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Prof. lucasMarqui
Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020‐080 Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234
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Como vimos na aula anterior, os seres vivos estão divididos em grupos de espécie, estudaremos aqui o reino das bactérias, denominado Reino Monera.
Reino Monera
O Reino Monera é o mais primitivo de todos e compreende os micro‐organismos:
bactérias, arqueobatérias e cianobactérias. Todos os seres pertencentes a esse reino
são procariontes (que não possuem membrana nuclear, a carioteca, dividindo seu material
genético), aliás, este é o único reino existente que se classifica como procarionte, todos os
outros são eucariontes (possuem membrana que divide a célula).
Os micro‐organismos do reino monera são unicelulares. Podem também ser anaeróbios (que
não utilizam o oxigênio como fonte de produção de energia); ou aeróbicos (que precisam do
oxigênio para produção de energia, nesse caso, conhecida como ATP). Esses seres podem
ainda ser classificados como autotróficos (que fazem fotossíntese ou quimiossíntese, não
necessitando se alimentar de matéria orgânica) ou heterotróficos (que precisam se alimentar
de matéria orgânica).
A célula dos pertencentes ao reino tem presença de parede celular, composta pela substância
química mureína. E algumas bactérias além de ter membrana plasmática e parede celular,
possuem uma cápsula que lhe fornece mais resistência.
Sua estrutura de locomoção contém cílios e flagelos. Os cílios servirão tanto para locomoção
como formam uma espécie de ponte, a pili, que serve para trocar material genético quando
ocorre reprodução sexuada, no caso conjugação.
Imagem: Reprodução
Algumas características relacionadas às bactérias
- Possuem apenas um DNA que formará cromossomo circular.
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- Um pedaço do DNA da bactéria, o plasmídeo, serve pra trocar com outras bactérias genes que são resistentes a antibióticos, assim ao passar para a outra, esta irá adquirir tal resistência. - A única organela que se encontra dentro de uma célula de bactéria é o ribossomo. - Possuem mesossomos, estruturas que são responsáveis pelo processo de respiração celular, já que “esses indivíduos” não possuem mitocôndrias para fazer tal tarefa. - O Antibiótico serve para curar uma doença bacteriana, normalmente atacando duas estruturas: parede celular, enfraquecendo a célula; ou afeta a síntese proteica, impossibilitando ela de fazer proteínas.
Metabolismo
- Anaeróbicas: comem, fazem fermentação e não usam o oxigênio para quebrar a glicose ingerida. - Aeróbicas: se alimentam e fazem respiração celular, usando o oxigênio para quebrar a glicose e produzir ATP como fonte de energia. - Aeróbicas Facultativas: fazem tanto fermentação quanto respiração celular.
Bactérias Heterotróficas
- Saprofítica: obtém alimento de seres em decomposição, as chamadas por isso, decompositoras, fazem reciclagem dos compostos orgânicos. - Parasita: obtêm alimento de uma forma que prejudica o indivíduo onde se instala. - Que fazem relação de simbiose/mutualismo: obtém o alimento, mas não prejudicam seu hospedeiro. Ex: bactérias que se instalam no estômago da vaca e digerem a celulose (que ela não consegue digerir).
Autotróficas
- Fotossíntese: não existe presença de cloroplasto. Nessa fotossíntese não se usa água usa-se então Co2, luz do sol e produz matéria orgânica mais simples e liberação de enxofre e formação de água, geralmente não ocorre produção de oxigênio. - Quimiossíntese: é uma espécie de fotossíntese sem necessidade da presença de luz, a energia utilizada é a de algum composto inorgânico, onde se obtém energia provida da ligação do composto que reagira com oxigênio.
Exemplos da importância das bactérias:
na decomposição de matéria orgânica morta. Esse processo é efetuado tanto aeróbia, quanto anaerobiamente;
agentes que provocam doença no homem; em processos industriais, como por exemplo, os lactobacilos, utilizados na indústria de
transformação do leite em coalhada; no ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas fases, fazendo com que o nitrogênio
atmosférico possa ser utilizado pelas plantas; em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias, entre
elas a insulina e o hormônio de crescimento.
Estrutura das Bactérias
Bactérias são microorganismos unicelulares, procariotos, podendo viver isoladamente ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. A célula bacterianas contém os quatro
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componentes fundamentais a qualquer célula: membrana plasmática, hialoplasma, ribossomos e cromatina, no caso, uma molécula de DNA circular, que constitui o único cromossomo bacteriano.
A região ocupada pelo cromossomo bacteriano costuma ser denominada nucleóide. Externamente à membrana plasmática existe uma parede celular (membrana esquelética, de composição química específica de bactérias).
É comum existirem plasmídios - moléculas de DNA não ligada ao cromossomo bacteriano - espalhados pelo hialoplasma. Plasmídios costumam conter genes para resistência a antibióticos.
Algumas espécies de bactérias possuem, externamente à membrana esquelética, outro envoltório, mucilaginoso, chamado de cápsula. É o caso dos pneumococos (bactérias causadoras de pneumonia). Descobriu-se que a periculosidade dessas bactérias reside na cápsula em um experimento, ratos infectados com pneumococo sem cápsula tiveram a doença porém não morreram, enquanto pneumococos capsulados causaram pneumonia letal.
Reino Protista
Na aula passada vimos sobre reino monera representada pelas bactérias e cianobastérias,
agora veremos sobre o Reino Protista representada pelos protozoários e certos algas.
O Reino Protista é um dos reinos da natureza, caracterizado por uma organização celular do tipo eucarionte (com núcleo organizado), cujos representantes podem ser autótrofos (produzem seu alimento através da fotossíntese), ou heterótrofos (que não fazem fotossíntese), unicelulares ou pluricelulares. Os protistas compreendem os protozoários, as algas
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Os protozoários são seres unicelulares e eucariontes, com estrutura que garante seu
funcionamento, realizando as mesmas tarefas básicas de um animal, como respiração,
digestão, circulação, excreção, em alguns até uma primitiva coordenação.
Antigamente eram classificados no reino animal, por realizarem essas funções e
serem heterótrofos, no entanto, por serem unicelulares, alguns taxonomistas criaram o reino
protista para reunir esses filos de organismos mais simples.
Apresentam grande variedade de formas e ocupam ambientes úmidos (os que têm vida livre)
ou o interior de outros organismos. Alguns são parasitas, causadores de doenças.
Os protozoários são divididos em quatro grupos, de acordo com as estruturas locomotoras que
apresentam:
‐ Sarcodinos: são as amebas que se locomovem por meio de pseudópodes. A Entamoeba coli,
por exemplo, é um morador habitual do intestino grosso humano, onde obtém abrigo e
alimento sem acarretar nem prejuízo nem benefício para seu hospedeiro. Enquanto a
Entamoeba histolytica é parasita do intestino grosso do ser humano.
‐ Mastigóforos: locomovem‐se por meio de flagelos. Alguns são parasitas,ou seja, obtêm
alimento a partir da associação com outros seres vivos. Exemplos são: a giardia que parasita o
intestino delgado do ser humano e o Trypanosoma cruzi, que instala‐se em tecidos humanos e
de outros animais, como na musculatura do coração ou na parede do tubo digestivo.
‐ Esporozoários: não possuem estrutura locomotora. São os plasmódios, como o causador da
malária.
‐ Ciliados: locomovem‐se por meio de cílios. Exemplos são: Vorticella, Balantidium coli, mas o
mais conhecido é o paramécio, de vida livre, como a maioria dos protozoários desse grupo que
não são parasitas.
Algas
As algas são divididas em cinco grupos, de acordo com os pigmentos intracelulares:
‐ Verdes (Clorofíceas): presença de clorofilas A e B e carotenoides, reservas de amido, parede
celular de celulose. Podem ser uni ou pluricelulares. Há espécies comestíveis.
‐ Vermelhas (Rodofíceas): presença de clorofila A e ficobilina uniram ou pluricelulares,
filamentosas e fixadas a substratos, há espécies comestíveis. Certas algas vermelhas têm nas
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paredes de suas células, um material de consistência gelatinosa, denominado ágar, que
é acrescentado a vários alimentos, como balas e doces. Tem ainda grande utilidade em
técnicas laboratoriais, sendo empregado como componente de meios de cultura para
microrganismos.
‐ Pardas (Feofíceas): presença de clorofilas A e C, carotenoides e fucoxantina, parede celular
com um polissacarídio, a algina, pluricelulares, há espécies comestíveis. O alginato, material
preparado a partir da algina, é bastante empregado na fabricação de cosméticos, sorvetes e
massa de modelagem utilizada na odontologia.
‐ Douradas (Crisofíceas): formas unicelulares isoladas ou coloniais. Importantes componentes
do plâncton; incluem as diatomáceas, que contêm o diatomito. Formado por sílica,
o diatomito apresenta consistência porosa, sendo empregado como componente de filtros;
pulverizado, pode ser adicionado como abrasivo a polidores de metal e a cremes dentais.
‐ Cor de fogo (Pirrofíceas): unicelulares isoladas ou coloniais. Fazem parte do fitoplâncton e
inclui também dinoflagelados, responsáveis pelas marés vermelhas.
Reino Fungi
Nesta aula iremos estudar ao 3º reino a ser visto: Reino Fungi, representado pelos fungos
(bolores, mofos, leveduras e outros)
Existem espécies de vida livre ou associadas (em simbiose) com outros organismos, como, por
exemplo, os liquens, uma relação harmônica interespecífica de fungos e algas. Contudo,
algumas espécies são parasitas, mantendo relações desarmônicas com plantas e animais. A
maioria é saprofágica, alimentando‐se da decomposição de cadáveres.
A classificação dos quatro Filos obedece a critérios reprodutivos (diferença entre as estruturas
reprodutivas), com ciclo de vida em duas fases: uma assexuada e outra sexuada.
Na assexuada formam‐se esporos por divisões mitóticas, podendo essa fase se prolongar por
indeterminado período em resposta às alterações ambientais, aguardando estímulo para
desencadear o início da fase sexuada, por divisão meiótica.
Dessa forma, o Reino Fungi se subdivide nos Filos: Ascomycetes, Phycomycetes,
Basidiomycetes e os Deuteromycetes.
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Ascomycetes (ascomicetos): assim chamados em razão do processo de reprodução sexuada
formando sacos, conhecidos cientificamente como ascos (daí a origem do nome), que
posteriormente se transformam em esporos.
Phycomycetes (ficomicetos): são os fungos mais simples, semelhantes a uma alga, contendo
esporos dotados de flagelos.
Basidiomycetes (basidiomicetes): formam estruturas reprodutivas denominadas basídios,
cuja base encontra‐se fixa ao corpo de frutificação (eixo de sustentação), ficando com
extremidades livres formando os basidiósporos, estrutura que aloja os esporos (exemplo:
cogumelos).
Deuteromycetes (deuteromicetes): ou fungos imperfeitos, com estrutura reprodutora pouco
detalhada e conhecida, sendo a grande maioria parasita causadores de doenças.
Os Fungos e sua Importância
Ecológica
Os fungos apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como saprófagos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; como parasitas, quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se beneficiam. Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam.
Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual eles se instalam, degradando-o à moléculas simples, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.
Os fungos saprófagos são responsáveis por grande parte da degradação da matéria orgânica, propiciando a reciclagem de nutrientes. Juntamente com as bactérias saprófagas, eles compõem o grupos dos organismos decompositores, de grande importância ecológica. No processo da decomposição, a matéria orgânica contida em organismos mortos é devolvida ao ambiente, podendo ser novamente utilizada por outros organismos.
Apesar desse aspecto positivo da decomposição, os fungos são responsáveis pelo apodrecimento de alimentos, de madeira utilizada em diferentes tipos de construções de tecidos, provocando sérios prejuízos econômicos. Os fungos parasitas provocam doenças em plantas e em animais, inclusive no homem.
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Dentre os fungos mutualísticos, existem os que vivem associados a raízes de plantas formando
as micorrizas (mico= fungo; rizas = raízes). Nesses casos os fungos degradam materiais do
solo, absorvem esses materiais degradados e os transferem à planta, propiciando‐lhe um
crescimento sadio. A planta, por sua vez, cede ao fungo certos açucares e aminoácidos de que
ele necessita para viver.
Econômica
Muito fungos são aeróbios, isto é, realizam a respiração, mas alguns são anaeróbios e realizam
a fermentação.
Destes últimos, alguns são utilizados no processo de fabricação de bebidas alcoólicas, como a
cerveja e o vinho, e no processo de preparação do pão. Nesses processos, o fungo utilizado
pertence à espécie Saccharomyces cerevisiae, capaz de transformar o açucar em álcool etílico
e CO2(fermentação alcoólica), na ausência de O2. Na presença de O2 realizam a respiração. Eles
são, por isso, chamados de anaeróbios facultativos.
Na fabricação de bebidas alcoólicas o importante é o álcool produzido na fermentação,
enquanto, na preparação do pão, é o CO2. Neste último caso, o CO2 que vai sendo formado se
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acumula no interior da massa, originando pequenas bolhas que tornam o pão poroso e mais
leve.
O aprisionamento do CO2 na massa só é possível devido ao alto teor de glúten na farinha de
trigo, que dá a "liga" do pão. Pães feitos com farinhas pobres em glúten não crescem tanto
quanto os feitos com farinha rica em glúten.
Imediatamente antes de ser assado, o teor alcoólico do pão chega a 0,5%; ao assar, esse álcool
evapora, dando ao pão um aroma agradável.
Alguns fungos são utilizados na indústria de laticínios, como é o caso do Penicillium camemberti e do Penicillium roqueforte, empregados na fabricação dos queijos Camembert e
Roquefort, respectivamente.
Doenças Causadas por Fungos
As micoses que aparecem comumente nos homens são doenças provocadas por fungos. As
mais comuns ocorrem na pele, podendo‐se manifestar em qualquer parte da superfície do
corpo.
São comuns as micoses do couro cabeludo e da barba (ptiríase), das unhas e as que causam
as frieiras (pé‐de‐atleta).
As micoses podem afetar também as mucosas como a da boca. É o caso so sapinho, muito
comum em crianças. Essa doença se manifesta por multiplos pontos brancos na mucosa.
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Existem, também, fungos que parasitam o interior do organismo, como é o caso do fungo
causador da histoplasmose, doença grave que ataca os pulmões.