Registo ed225

16
www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 04 de Outubro de 2012 | ed. 225 | 0.50 O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14 Horta das Figueiras | 7005-320 Évora 266771284 PUB Reserva ecológica nacional com “maior flexibilidade” 08 Greve geral da CGTP a 14 de Novembro Pág.03 A decisão saiu do Conselho Na- cional da Intersindical de ontem e foi tor- nada pública já depois de o ministro das Fi- nanças anunciar um agravamento do IRS no próximo ano, uma das medidas que o Governo incluirá na proposta de Orçamen- to para 2013 para cumprir a meta do défice de 4,5% do PIB. Na resolução onde anuncia a convocação da greve geral, a CGTP cha- ma “mentiroso” ao Governo. Governo anuncia mais e Forte austeridade Pág.02 A conclusão retira-se dos anún- cios feitos ontem pelo ministro das Fi- nanças na conferência de imprensa destinada a dar a conhecer ao país as me- didas alternativas à desvalorização fiscal que foi anulada pelo Governo. Vítor Gaspar revelou que o Executivo vai repor, em 2013, aos funcionários públicos um dos dois subsídios que lhes foram re- tirados este ano. Eborae com jornadas de Música Pág.15 No dia 4 de Outubro, às 10,15h, reali- za-se uma Conferência pelo Professor Paulo Estudante subordinada ao tema “ Vozes e cha- ramelas no seio das igrejas ibéricas dos séculos XVI e XVII”. Paulo Estudante é doutorado em História da Música e Musicologia pela Uni- versité Paris IV-Sorbonne e a Universidade de Évora. Ainda na Université Paris IV-Sorbonne obtém a licenciatura e o Diplôme d’Etudes Ap- profondies (DEA) em Musicologia. Feira de São Francisco em Redondo Pág.07 “A diversidade cultural, patri- monial e natural de Redondo é uma refe- rência em que temos apostado no âmbito das competências municipais, requalifi- cando e inovando, de modo a que a po- pulação do concelho tenha uma melhor qualidade de vida e quem nos visita se sinta bem e com vontade de voltar”, re- fere o presidente da Câmara de Redondo em entrevista exclusivo ao Registo.

description

Edição 225 do Semanário Registo

Transcript of Registo ed225

Page 1: Registo ed225

www.registo.com.pt

SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 04 de Outubro de 2012 | ed. 225 | 0.50€

O Melhor Petisco | Rua Catarina Eufémia , 14Horta das Figueiras | 7005-320 Évora

266771284

PUB

Reserva ecológica nacional com “maior flexibilidade” 08

Greve geral da CGTP a 14 de NovembroPág.03 A decisão saiu do Conselho Na-cional da Intersindical de ontem e foi tor-nada pública já depois de o ministro das Fi-nanças anunciar um agravamento do IRS no próximo ano, uma das medidas que o Governo incluirá na proposta de Orçamen-to para 2013 para cumprir a meta do défice de 4,5% do PIB. Na resolução onde anuncia a convocação da greve geral, a CGTP cha-ma “mentiroso” ao Governo.

Governo anuncia mais e Forte austeridadePág.02 A conclusão retira-se dos anún-cios feitos ontem pelo ministro das Fi-nanças na conferência de imprensa destinada a dar a conhecer ao país as me-didas alternativas à desvalorização fiscal que foi anulada pelo Governo.Vítor Gaspar revelou que o Executivo vai repor, em 2013, aos funcionários públicos um dos dois subsídios que lhes foram re-tirados este ano.

Eborae com jornadas de MúsicaPág.15 No dia 4 de Outubro, às 10,15h, reali-za-se uma Conferência pelo Professor Paulo Estudante subordinada ao tema “ Vozes e cha-ramelas no seio das igrejas ibéricas dos séculos XVI e XVII”. Paulo Estudante é doutorado em História da Música e Musicologia pela Uni-versité Paris IV-Sorbonne e a Universidade de Évora. Ainda na Université Paris IV-Sorbonne obtém a licenciatura e o Diplôme d’Etudes Ap-profondies (DEA) em Musicologia.

Feira de São Francisco em RedondoPág.07 “A diversidade cultural, patri-monial e natural de Redondo é uma refe-rência em que temos apostado no âmbito das competências municipais, requalifi-cando e inovando, de modo a que a po-pulação do concelho tenha uma melhor qualidade de vida e quem nos visita se sinta bem e com vontade de voltar”, re-fere o presidente da Câmara de Redondo em entrevista exclusivo ao Registo.

Page 2: Registo ed225

2 04 Outubro ‘12

Director Nuno Pitti Ferreira ([email protected])

Propriedade

PUBLICREATIVE - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural; Contribuinte 509759815 Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 Évora - Tel: 266 751 179 fax 266 751 179 Direcção Silvino Alhinho; Joaquim Simões; Nuno Pitti Ferreira; Departamento Comercial [email protected] Redacção Luís Godinho; Pedro Galego Fotografia Luís Pardal (editor) Paginação Arte&Design Luis Franjoso Cartoonista Pedro Henriques ([email protected]); Colaboradores António Serrano; Miguel Sampaio; Luís Pedro Dargent: Carlos Sezões; António Costa da Silva; Marcelo Nuno Pereira; Eduardo Luciano; José Filipe Rodrigues; José Rodrigues dos Santos; José Russo; Figueira Cid Impressão Funchalense – Empresa Gráfica S.A. | www.funchalense.pt | Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, nº 50 - Morelena | 2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal | Telfs. +351 219 677 450 | Fax +351 219 677 459 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Quinta-Feira Nº.Depósito Legal 291523/09 Distribuição PUBLICREATIVE

Ficha TécnicaSEMANÁRIO

Mais e Forte Austeridade

A conclusão retira-se dos anúncios feitos ontem pelo ministro das Finanças na conferência de imprensa destinada a dar a conhecer ao país as medidas alternati-vas à desvalorização fiscal que foi anula-da pelo Governo.

Vítor Gaspar revelou que o Executivo vai repor, em 2013, aos funcionários pú-blicos um dos dois subsídios que lhes fo-ram retirados este ano. Aos pensionistas vai repor 1,1 subsídios. Em contraparti-da, vai reduzir o número de escalões do IRS e introduzir uma sobretaxa de 4% deste imposto, semelhante à aplicada em 2011. As duas mudanças no IRS pro-duzirão um agravamento da taxa média efectiva do imposto de mais 3,2 pontos percentuais.

De acordo com o ministro das Finan-ças, a taxa média efectiva do IRS é ac-tualmente de 9,8%. Passará agora para 13,2%. Isto significa que o agravamento na factura de IRS a suportar pelos portu-gueses será, em média, superior a 30%.

Dois pontos percentuais deste agrava-mento estão relacionados com a redução dos escalões do IRS de oito para cinco. O resto está relacionado com a sobretaxa do IRS.

O ministro disse ainda que as altera-ções a efectuar no IRS farão aumentar a progressividade do imposto. Assim, o aumento da taxa será mais significativo nos rendimentos mais elevados e mais moderado nos mais baixos.

Em relação à sobretaxa, Gaspar afir-mou que, ao contrário do que aconteceu em 2011, não deverá ser aplicada exclusi-vamente no subsídio de Natal, repartin-do-se os seus efeitos ao longo dos venci-mentos dos 12 meses do ano.

Vítor Gaspar anunciou também que se irá proceder a um agravamento adicio-nal da tributação sobre os rendimentos de capital, rendimentos de poupança, património, bens de luxo, tabaco e tran-sacções financeiras. E que o Governo aprovou um conjunto de propostas para combater a evasão fiscal e a economia paralela – medidas que, no seu conjunto, considerou tratar-se de um “enorme” au-mento dos impostos.

Para Vítor Gaspar, as medidas repar-tem o “esforço de ajustamento” pela po-pulação “de uma forma justa e equilibra-da”. E, por isso, considerou, a esmagadora maioria dos funcionários públicos e pen-sionistas ficará melhor em 2013.

Em relação à criação da taxa sobre as transacções financeiras, nada concre-tizou. “Está em aberto”, assumiu, expli-cando que será introduzida em sintonia com outros Estados-membros da União

Agravamento na factura de IRS a suportar pelos portugueses será, em média, superior a 30%

Europeia, porque “estão a desenvolver-se esforços a nível europeu”. A questão estará em cima da mesa da reunião de ministros das Finanças da zona euro da próxima semana, e o próprio ministro português irá defender um avanço mais rápido “nesta matéria”, prometeu.

Gaspar remeteu para a apresentação do Orçamento do Estado para 2013, a 15 de Outubro, detalhes em relação a outras medidas, nomeadamente um aumento da tributação em sede de IRC, justifi-cando que “o exercício [de elaboração do documento] não está fechado” e que as suas explicações não são para apresentar o orçamento.

Mais desemprego em 2013Gaspar reviu ainda em alta a previsão

do nível de desemprego para 2013. Em vez de uma taxa de 16% da população activa, como previa ainda há três sema-nas, o Governo aponta agora para 16,4%. Embora considere que a proposta de al-teração da Taxa Social Única (TSU), que o Governo deixou cair nos termos em que o primeiro-ministro a apresentou em Se-tembro , visava conter o agravamento do desemprego e teria impactos positivos

na criação de emprego, reconheceu que, pela forma como foi recebida, não teria “condições de aplicabilidade”.

Gaspar diz não existir “uma medida alternativa” que responda aos objectivos definidos pelo Governo para a medida – promover o crescimento e a competi-tividade –, mas adiantou que existem muitas ideias “parcelares” dos parceiros sociais, com “margem de adaptação”, que “precisam de ser afinadas” para serem postas em prática.

Mais IMI para 2013, 2014..A subida do valor do IMI, fruto dos no-

vos valores das avaliação dos imóveis le-vada a cabo em 2012, deixa de poder ser contida com a cláusula de salvaguarda prevista no Código do IMI. Essa cláusula será eliminada em 2013, o que quer dizer que o valor do IMI vai poder subir várias vezes, em linha com a evolução da ava-liação realizada.

Quando foi criado, o IMI ficou previsto que a totalidade dos imóveis tivesse de ser reavaliada com base na fórmula de avaliação prevista na reforma de 2003, o que permitiria uma baixa de taxas de imposto para a totalidade dos proprietá-

rios. Mas o que se passou foi que todos os prazos para realizar essa reavaliação foram ultrapassados e, quando a troika interveio em Portugal, impôs que essa reavaliação fosse feita em 2012. O que foi feito.

Mas dado que os valores das matri-zes prediais estavam claramente suba-valiadas face aos valores de mercado e temendo-se que se verificasse um agra-vamento da tributação em IMI, fruto da reavaliação dos valores dos imóveis, impôs-se uma cláusula de salvaguarda para impedir um agravamento muito acentuado.

Para a colecta a realizar em 2013 e 2014, a colecta de IMI não poderia exce-der o valor da colecta do IMI devido no ano imediatamente anterior adicionada em cada ano, de 75 euros; ou não poderia exceder o valor da colecta do IMI devido no ano imediatamente anterior adicio-nada, em cada um desses anos, de um terço da diferença entre o IMI resultante do valor patrimonial fixado na avalia-ção geral e o IMI devido no ano de 2011. Ora, a partir de 2013, segundo o ministro das Finanças, esses limites deixam de vigorar.

Actual

Para Vítor Gaspar, as medidas repartem o “esforço de ajustamento” pela população “de uma forma justa e equilibrada”.

D.R.

Page 3: Registo ed225

3

PUB

Actual

A CGTP apela “a todos os sindicatos” e aos trabalhadores para se associarem à greve geral.

Greve geral da CGTP é a 14 de Novembro

A decisão saiu do Conselho Nacional da Intersindical de ontem e foi tornada pública já depois de o ministro das Fi-nanças anunciar um agravamento do IRS no próximo ano, uma das medidas que o Governo incluirá na proposta de Orçamento para 2013 para cumprir a meta do défice de 4,5% do PIB.

Na resolução onde anuncia a con-vocação da greve geral, a CGTP chama “mentiroso” ao Governo, considerando que “depois de arruinar a vida de mi-lhares de famílias, já anunciou hoje que vai inscrever no Orçamento de Es-tado para 2013 mais medidas dirigidas ao roubo nos salários e ao agravamento da carga fiscal para os trabalhadores, os reformados e pensionistas e as famí-lias em geral”.

A CGTP apela “a todos os sindicatos” e aos trabalhadores para se associarem à greve geral, sem fazer qualquer refe-

Na resolução onde anuncia a convocação da greve geral, a CGTP chama “mentiroso” ao Governo

rência à possibilidade de ter consigo na organização a UGT, que a 24 de No-vembro dos dois últimos anos esteve ao lado da CGTP, mas que ficou de fora da última greve geral, a 22 de Março (a primeira de Arménio Carlos como

secretário-geral).Ainda antes de se saber da data de 14

de Novembro, porém, o líder da UGT, João Proença, veio afirmar à RTP In-formação que a central sindical só está disponível para “outro tipo de greve”

Na intervenção inicial com que a abriu a comissão política do partido, que contou com a participação dos deputados e ter-minou já perto da 1h da madrugada de ontem, António José Seguro justificou a recusa de votar ao lado das moções dos partidos à sua esquerda com a diferença de fundo do posicionamento face ao me-morando da troika.

O deputado José Junqueiro revelou no final do encontro a posição do partido: O PS vai abster-se. O vice-presidente da bancada socialista disse mesmo que a abstenção “significa a afirmação de uma alternativa responsável, que foi assumi-da por unanimidade por toda a Comis-são Política Nacional do PS e que teve a participação dos deputados do grupo parlamentar”.

Só que, alguns minutos depois, o líder da bancada parlamentar dos socialistas, Carlos Zorrinho, colocava no Twitter,

uma versão menos clara da posição do partido: “Comissão Política do PS apro-vou por unanimidade a decisão de não votar favoravelmente as moções de cen-sura do PCP e do BE.”

Ou seja, uma versão que podia levar que o PS se pudesse abster numa mo-ção de censura e votar contra noutra, votar contra as duas, ou abster-se em ambas.

Para o PS, disse Seguro na sua inter-venção, há três “questões inegociáveis”: Portugal deve continuar na União Euro-peia e na zona euro, deve honrar as me-tas do memorando e deve pagar a dívida. “Quem não concordar com isto não pode contar com qualquer convergência do PS”, afirmou.

No entanto, também defendeu que o memorando se deve adaptar à realidade e que devem ser reduzidos os custos de financiamento do país, recuperando a

ideia de que a taxa de juros deve ser re-duzida. E insistiu no “caminho alterna-tivo” de conciliar rigor orçamental com crescimento económico.

Mas Seguro sugeriu ainda outra razão para a falta de apoio do PS às moções de censura. Ao fazer uma leitura histórica destas iniciativas do BE e do PCP, lem-brou que a maior parte das censuras apresentadas foram contra governos so-cialistas.

Mas o líder socialista fez questão de fri-sar a oposição do seu partido ao Gover-no, acusando-o em especial de ter vindo a desvalorizar o diálogo social, não fa-lando com os partidos da oposição nem com os parceiros sociais sobre as suas propostas. E frisou, em particular, não ter sido informado sobre as medidas que o ministro das Finanças apresentou on-tem em alternativa às mexidas na Taxa Social Única.

PS vai abster-se nas moções de censura de PCP e BE

que não tenha os dois objectivos que vê na paralisação da CGTP: “rua com a troika e abaixo o Governo”.

O Conselho Nacional é claro na re-solução que divulgou esta tarde: “Por-tugal não pode continuar subjugado a um Governo que, assumindo a sua natureza de classe ao serviço do gran-de capital, assenta a sua governação no agravamento dos sacrifícios impos-tos aos trabalhadores e ao povo portu-guês”.

A greve acontece já depois da votação do orçamento na generalidade, mas ainda antes da votação final global, a 27 de Novembro. Até à paralisação, es-tão agendadas outras acções, a começar já esta quinta-feira.

Uma concentração em frente à re-sidência oficial do primeiro-ministro está prevista para esta quinta-feira, às 18h, “contra as medidas de austeridade” anunciadas pelo executivo de coligação.

A partir de sexta-feira e até 13 de Ou-tubro, a CGTP vai promover a iniciativa “Grande Marcha Contra o Desemprego” em várias cidades.

D.R.

D.R.

Page 4: Registo ed225

4 04 Outubro ‘12

Actual

Entre medalhas de ouro, prata e bronze e outras distinções são vários os galardões que este vinho já arrecadou.

PUB

Herdade das Servas lança ‘Monte das Servas Colheita Seleccionada tinto 2010’

Depois de uma enorme procura, uma vez que a colheita de 2009 estava já esgotada há mais de seis meses, chega agora ao mercado o ‘Monte das Servas Colheita Seleccionada tinto 2010’. Uma proposta da Herdade das Servas – pro-jecto da família Serrano Mira, uma das mais antigas na produção de vinho alentejano – “nascida e criada” em Es-tremoz e ideal para degustar no dia-a-dia por um consumidor mais exigente.

Touriga Nacional (40%), Alicante Bouschet (20%), Syrah (20%) e Trinca-deira (20%) são as quatros castas que dão corpo a este tinto de cor rubi escura, aromas profundos e nuances de frutos muito maduros. Com estágio parcial em madeira – a Touriga Nacional afinou durante doze meses em barricas de car-valho francês e americano – revela-se um vinho complexo num conjunto bem estruturado de final agradável e persis-tente.

Entre medalhas de ouro, prata e bron-ze e outras distinções são vários os ga-lardões que este vinho, cuja primeira

Referência estava esgotada há mais de 6 meses

colheita remonta a 2001, já arrecadou. A destacar a Grande Medalha de Ouro que a colheita de 2009 ganhou este ano na 19.ª edição do Concurso Mundial de Bruxelas. A Herdade das Servas foi o

único produtor alentejano a “trazer para casa” duas Grandes Medalhas de Ouro neste concurso (a outra foi atribuída ao ‘Herdade das Servas Touriga Nacional tinto 2008’).

A Câmara Municipal de Ourique apro-vou por unanimidade, em reunião ordinária do passado dia 26 de Setem-bro, a execução dos Planos de Urbani-zação das Freguesias do Concelho de Ourique.

Este processo permitirá uma reor-ganização do território dentro dos perímetros urbanos das freguesias do concelho, valorizando uma melhor e mais eficaz regeneração desse mesmo território e da paisagem.

As áreas em estudo no concelho de Ourique têm uma superfície total aproximada de 360 hectares, sendo que a execução dos Planos de Urbani-zação é da mais fundamental impor-tância para uma reorganização urba-nística que responda às necessidades estratégicas de coesão demográfica e territorial, constituindo um novo instrumento de reforço da competiti-vidade.

Os Planos de Urbanização das Fre-guesias promovem ainda a facilitação dos processos de construção por parte de cidadãos, empresas e instituições até à conclusão definitiva do Plano Director Municipal.

Aprova PU’s das freguesias

Ourique

D.R.

Page 5: Registo ed225

5

Azeite em destaque na terceira edição do Festival Internacional

A terceira edição do “Alentejo das Gastrono-mias Mediterrânicas - Festival Internacio-nal” realiza-se em Portalegre, de 17 a 21 de Outubro, e tem o azeite como produto em destaque. Organizado e promovido pela Turismo do Alentejo, ERT, o evento aposta na valorização da gastronomia, dos produ-tos tradicionais e da cozinha e culturas do mediterrâneo.

O primeiro dia do festival fica marcado pela Conferência Internacional “Olivotu-rismo: um novo produto turístico para o Alentejo” que, a realizar no Centro de Ar-tes e Espectáculos de Portalegre, coloca em debate a temática do azeite pela voz de dis-tintos especialistas nacionais e internacio-nais.

“O azeite é, desde tempos remotos, um dos produtos mais utilizados na cozinha

Turismo do Alentejo, ERT realiza “Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas” em Portalegre

Actual

A ideia partiu da Associação Coração Delta do Grupo Nabeiro-Delta Cafés – através do projecto “Tempo para Dar”.

1200 caminharam em nome da solidariedade

Foi um verdadeiro mar de gente que, na manhã de sábado 29 de Setembro, encheu as ruas do centro histórico de Évora para a Caminhada Solidária promovida pelo projecto “Tempo para Dar” da Associação Coração Delta e pelo município eborense. Mil e duzentas pessoas de todas as idades e dos mais diversos pontos do Alentejo juntaram-se para ajudar 124 idosos da região a minorar os efeitos do isolamento geográfico em que vivem.

Ultrapassou todas as melhores expec-tativas a resposta dos eborenses em par-ticular e dos alentejanos de uma forma geral ao convite para caminhar, anga-riando fundos para a aquisição de tele-móveis sénior destinados aos 124 idosos sinalizados pela GNR em situação de isolamento relativamente aos centros urbanos.

A ideia partiu da Associação Coração Delta do Grupo Nabeiro-Delta Cafés – através do projecto “Tempo para Dar”, e a ela se associou a Câmara de Évora, tendo na Fundação PT e na Guarda Na-cional Republicana os parceiros institu-cionais.

Antes do início da caminhada, o palco montado na Praça do Giraldo animou-se com as actuações de três grupos mu-sicais representativos de associações de idosos da cidade de Évora: Grupo de Ca-vaquinhos “Sons de Évora”, Cantadeiras da Senhora da Saúde e Grupo de Música Tradicional “Amigos da Malagueira”. Ain-da em palco, o padrinho da Caminhada, João Baião, foi recebido em euforia pelas centenas de pessoas que ali se concentra-vam e que na altura faziam exercícios de aquecimento.

Logo a seguir, durante cerca de hora e meia, a imensa mancha de t’shirts bran-cas e bonés azul-celeste percorreu os

Ultrapassou todas as melhores expectativas a resposta dos eborenses

quatro quilómetros e meio do trajecto, ao longo das principais ruas e avenidas da Cidade Museu e Património Mundial.

A GNR, que vai ter a seu cargo a dis-tribuição dos telemóveis pelos idosos, recebeu no final da Caminhada os dois primeiros aparelhos, entregues por Rui Nabeiro em representação da Associação Coração Delta e dos 1200 caminhantes e por Graça Rebocho em nome da Funda-ção PT.

Presente no acto, a coordenadora do Ano Europeu do Envelhecimento Activo e Solidariedade entre Gerações, Joaquina Madeira, deixou palavras de apreço para

com a iniciativa e de agradecimento a to-dos quantos a ela se associaram.

Enquanto mentor da Associação Co-ração Delta, o comendador Rui Nabeiro afirmou que a Caminhada Solidária de sábado em Évora “foi um sucesso” e que “começámos no nosso Alentejo uma sé-rie de iniciativas que queremos levar a outras províncias do país, para que esta nossa atitude de solidariedade dê cada vez mais frutos e possa chegar a muitas mais pessoas, principalmente aos ido-sos”.

A Caminhada Solidária de sábado em Évora foi ainda aproveitada para apre-

sentar uma pequena exposição de ajudas técnicas – cadeiras de rodas, cadeiras para banho, andarilhos e outros equipamen-tos – que o projecto “Tempo para Dar” vai entregar às quatro instituições parceiras do Alentejo, para que estas as coloquem à disposição dos idosos das respectivas áreas que se encontram no seu domicílio. O Lar e Centro de Dia de Degolados (Cam-po Maior), Fundação Eugénio de Almei-da, de Évora, Cáritas Diocesana de Beja e Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém são as instituições parceiras do “Tempo para Dar” nesta vertente do pro-jecto.

alentejana e um dos bens mais preciosos da gastronomia mediterrânica. Contudo, as suas valência podem e devem estender-se à área do turismo, daí o tema da conferência e o destaque dado ao Olivoturismo”, explica o Presidente da Turismo do Alentejo, Antó-

nio Ceia da Silva. “Produtos com nomes de Regiões – DOP/

IGP”, “Azeite na Gastronomia e Restaura-ção”, “Azeite como produto turístico de uma região” e “Olivoturismo” são os títulos dos painéis da conferência.

O worshop “O Azeite: o ouro líquido do mediterrâneo que distingue a nossa gastro-nomia” - que tem como principal público-alvo os estudantes da área de hotelaria e turismo - assinala o segundo dia do evento.

“A Festa das Gastronomias Mediterrâni-cas” - cujo cartaz oferece aulas de culiná-ria, cozinha de degustação, showcooking e um Mercado dos Sabores Alentejanos -, está agendada de 19 e 21 de Outubro. Como complemento ao Festival realiza-se, entre os dias 17 a 23, a Semana das Comidas de Azeite, uma iniciativa que desafia os res-taurantes da região a confeccionar pratos inspirados no produto em destaque.

Refira-se que o “O Alentejo das Gastrono-mias Mediterrânicas – Festival Internacio-nal” – cujas edições anteriores se realizaram em Évora e Beja - tem vindo a afirmar-se como um importante palco de divulgação da gastronomia de tradição mediterrânica na região e, nas edições anteriores, atraiu ao território milhares de pessoas, oriundas de vários pontos do país.

D.R.

D.R.

Page 6: Registo ed225

6 04 Outubro ‘12

Actual

O POTS – Plano Operacional do Turismo de Sousel, tem como objetivo, dinamizar e promover o turismo do território.

PUB

Apresentado o Plano Operacional de Turismo de Sousel

No dia 29 de setembro, pelas 10h30, foi apresentado o Plano Operacional de Tu-rismo de Sousel. Da mesa fizeram par-te, Dr. Armando Varela, Presidente do Município, Dr. António Ceia da Silva, Presidente da E.R.T, Dr. António Fontes, Diretor da Essentia e a Dr.ª Marta Carujo, Chefe de Divisão do Turismo da Autar-quia-

O POTS – Plano Operacional do Turis-mo de Sousel, tem como objetivo, dina-mizar e promover o turismo do territó-rio bem como o seu desenvolvimento sustentado, com benefícios para todos os agentes com interesses ou atividades, envolvidos no processo. É uma carta de acordos e compromissos não apenas para a autarquia, mas um instrumento operacional dirigido a todos os serviços públicos, aos agentes económicos, so-ciais, culturais e aos cidadãos em geral – um plano dinâmico e estratégico que replique a um desafio maior: uma visão

A elaboração do POTS corresponde a uma necessidade sentida pela Câmara Municipal

e estratégia para o futuro turístico de Sousel!

A elaboração do POTS corresponde a uma necessidade sentida pela Câmara

Municipal de Sousel, de encontrar um novo modelo de desenvolvimento para o concelho, visto que as estratégias tra-dicionais, baseadas no investimento in-

fraestrutural, não estavam a produzir os resultados esperados.

O progresso do turismo, na conjuntura atual, exige modificações profundas que forçam a dar mais importância às pes-soas, tanto residentes como visitantes, a encarar a cultura e o ambiente dos des-tinos, a diversificar os produtos e eleger a qualidade e a inovação como fatores de competitividade das regiões, sendo decisivo para o sucesso deste percurso a valorização das diferenças e o desen-volvimento de novos produtos de base regional.

Queremos olhar o futuro do nosso con-celho e da nossa região, com uma mere-cida qualidade de vida para os nossos munícipes, sustentada por um projeto de desenvolvimento que enalteça as nossas potencialidades endógenas, que desen-volva uma ação turística e económica de qualidade, que fortaleça a competência do nosso tecido económico, que aumen-te atividades de Inovação e Tecnologia, que acione a união do nosso tecido so-cial e por fim que englobe o nosso ter-ritório no contexto regional, nacional e internacional.

D.R.

Page 7: Registo ed225

7

ExclusivoA Feira de S. Francisco é, pois, um ponto de encontro de Redondo com a sua história e a sua cultura.

Caravana da Educação Rodoviária da Fundação MAPFRE

Évora recebe a Caravana da Educação Rodoviária da Fundação MAPFRE já no próximo dia 2 de outubro no Rossio de S. Brás, prolongando-se a estadia deste pro-jeto na cidade até ao próximo dia 6, pro-jeto que conta também com o apoio da Câmara Municipal de Évora.

A sua apresentação será feita numa conferência de imprensa, agendada para o próximo dia 2, pelas 11 horas, no Rossio, cujos participantes são o Diretor Regio-nal da MAPFRE, Estevão Infante; a Vere-adora da Câmara de Évora, Cláudia Sousa Pereira; o Gerente da MAPFRE em Évora, Luís Fialho; e Inês Silva, da Fundação MAPFRE.

De 2 a 6 de Outubro, no Rossio de Évora

Este evento lúdico-pedagógico é com-posto por um circuito de karts e de aulas de formação para crianças e jovens, onde para além da diversão, os intervenientes apren-dem mais sobre regras e sinais de trânsito. Durante a semana, a caravana recebe cerca de seis centenas de alunos das escolas do concelho e no sábado, dia 6 de Outubro, está aberta à participação das famílias.

Segundo a organização, a Caravana da Educação Rodoviária é um projeto itine-rante e anual da Fundação MAPFRE, que promove o conhecimento e o respeito pela sinalização rodoviária, com o pro-pósito de fomentar atitudes responsáveis e cívicas junto de crianças e jovens de todo o país, com idades compreendidas entre os nove e os doze anos. Integra um camião que funciona como sala de aula e um circuito de karts com 1.000 m2, com

insufláveis, rotundas, sinalização verti-cal e horizontal.

A Caravana da Educação Rodoviária permanece uma semana em cada cidade, nos dias úteis recebe grupos escolares e aos sábados está aberta ao público. Os pais e jovens podem inscrever-se previamente para participar através da página www.mapfre.pt/fundacao e www.facebook.com/fundacaomapfre, onde também po-derão saber mais informações sobre esta entidade.

No final de cada ação, os jovens rece-bem um diploma de participação e outras ofertas especiais da Fundação MAPFRE, entre as quais uma foto de grupo para mais tarde recordarem a sua experiência, e têm ainda a possibilidade de ganharem uma viagem à Euro Disney, através da participação num passatempo especial-

mente destinado a validar os conheci-mentos adquiridos.

Há mais de dez anos a circular por ci-dades espanholas, a Caravana de Educa-ção Rodoviária chegou pela primeira vez a Portugal em 2009. Além das crianças que participam ativamente nas dinâ-micas lúdicas e formativas, este projeto envolve também os pais, professores e outros agentes educativos. Integra-se no programa anual para a prevenção e segu-rança rodoviária da Fundação MAPFRE, a instituição que operacionaliza a estra-tégia de responsabilidade social do Grupo MAPFRE, que já abrangeu mais de 10 mil crianças, jovens e adultos de 20 cidades do país. A caravana recentemente passou por Lisboa e Vila Real, chegando agora a Évora e, ainda durante este mês, visitará também Leiria, Cascais e Aveiro.

Feira de São Francisco em Redondo

Redondo tem este fim de semana mais uma Feira de S. Francisco. Como é viver e reviver este evento?

Reviver a tradição é respeitar a história e a memória de Redondo, mesmo num contexto económico difícil que o país atra-vessa pelo que viver a Feira de S. Francis-co em 2012 é acreditar que melhores dias virão e procurar ajudar a economia local e reforçar o ponto de encontro dos redon-denses, mesmo os não residentes.

A aposta na diversidade do Concelho está ganha. Como se liga a sua diversidade com a tradição?

É verdade, a diversidade cultural, patri-monial e natural de Redondo é uma refe-rência em que temos apostado no âmbito das competências municipais, requalifi-cando e inovando, de modo a que a po-pulação do concelho tenha uma melhor qualidade de vida e quem nos visita se sinta bem e com vontade de voltar.

Tanto as diversas programações de ac-tividades como a variedade de equipa-mentos são, hoje, uma referência que nos valoriza e potencia em termos de quanti-dade e qualidade dos visitantes.

O conjunto de museus pró-activos – Mu-seu Regional do Vinho, Museu do Barro e Ecomuseu - são exemplos de que, para além da história, queremos interagir com as pes-soas e com a nossa identidade cultural.

Os visitantes desta edição de 2012 da Feira de S. Francisco têm, assim, a opor-tunidade de ver e viver uma feira tradi-cional, ver e provar os nossos produtos re-gionais no espaço da gastronomia- quem não aprecia os nossos vinhos, os nossos queijos e enchidos e o sabor do mel da serra d’Ossa- ver e comprar os nossos pro-dutos de artesanato- onde a olaria e a mo-

Alfredo Barroso em discurso directo

bília alentejana se destacam mas há sur-presas que vale a pena vir descobrir.

Sugestões para os visitantes desta ediçao 2012 ?

Como a diversidade é o nosso lema, por-que não assistir à tradicional tourada do dia 5 de Outubro, visitar a requalificada zona envolvente do Castelo com as suas portas e torres bem como os museus e o

espaço multidisciplinar do centro cultu-ral, entre outros pontos de interesse.

A feira de S. Francisco é, pois, um ponto de encontro de Redondo com a sua his-tória e a sua cultura, que se cruzam no espaço físico do parque de feiras e exposi-ções, mas acima de tudo com as suas gen-tes que tão bem sabem receber.

O Município de Redondo sempre tem apostado na tradicionalidade da sua fei-

ra anual e está confiante de que os visi-tantes de 2012 ficarão satisfeitos por mais uma Feira de S. Francisco e voltarão no próximo ano.

É que vale a pena vir à vila de Redondo pela feira e pelas muitas coisas boas que aqui se fazem e podem ser usufruídas por todos. Os Redondenses merecem e sabe-rão corresponder com a sua hospitalidade alentejana.

D.R.

Page 8: Registo ed225

8 04 Outubro ‘12

Exclusivo

A REN inclui, desde a sua criação em 1983, três tipologias de áreas: as de proteção do litoral, as que

Governo revê reserva ecológica nacional para permitir ”maior flexibilidade“ aos municípios

Atualmente, 60 por cento da área do território nacional é demarcada pelos regimes jurídicos da Reserva Ecológica Nacional e Reserva Agrícola Nacional, acresce que cerca de 21,5 por cento do território encontra-se classificado no âmbito da Rede Nacional de Áreas Protegidas e Rede Natura 2000, verificando-se frequentemente uma elevada dispersão em resultado das múltiplas sobreposições.

Redação | Registo

A Secretaria de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território apresentou uma proposta de alteração do regime jurídico da Reserva Ecológica Nacional (REN) e a aprovação das Orientações Es-tratégicas de âmbito nacional e regional para a delimitação da REN a nível muni-cipal. Fonte do Governo diz que a medi-da “pretende dar resposta à necessidade de sistematizar e adaptar o atual regime da REN ao enquadramento legal do or-denamento do território, do ambiente e da conservação da natureza, garantindo uma eficaz articulação”.

A REN é uma servidão administrativa que proíbe a edificação, abrangendo um terço do território nacional. Inclui, desde a sua criação em 1983, três tipologias de áreas: as de proteção do litoral, as que são relevantes para a sustentabilidade do ci-clo hidrológico e as de prevenção de riscos naturais. Na sua génese, o regime da REN visava a proteção de áreas consideradas sensíveis e inadequadas à transformação do uso do solo, numa época em que não existiam os atuais planos de ordenamen-to do território nem o atual quadro legal ambiental e de conservação da natureza.

Atualmente, 60 por cento da área do território nacional é demarcada pelos regimes jurídicos da Reserva Ecológica Nacional e Reserva Agrícola Nacional, acresce que cerca de 21,5 por cento do ter-ritório encontra-se classificado no âmbito da Rede Nacional de Áreas Protegidas e Rede Natura 2000, verificando-se fre-

quentemente uma elevada dispersão em resultado das múltiplas sobreposições.

“Os principais objetivos que presidiram à instituição da REN têm vindo, por con-seguinte, a perder relevância prática e a potenciar disfunções no próprio ordena-mento do território”, diz o Secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, Pedro Afonso de Paulo.

“Em resultado de um processo minucio-so de avaliação do atual enquadramento legal da REN, concluiu-se que a sobre-posição de tutelas provocada pelo atual regime da REN resulta em situações de dupla e, em alguns casos, tripla proteção dos mesmos recursos e valores naturais, contendo muitas vezes estes regimes de proteção orientações contraditórias ema-nadas de diferentes serviços da adminis-tração pública, criando dificuldades ex-cessivas, desnecessárias”.

De acordo com o Secretário de Estado, esta realidade agravou-se com a entrada em vigor da Lei da Água, na medida em que as tipologias que a REN pretendia proteger passaram a estar salvaguarda-das nesta legislação.

Pretende-se assim com esta iniciativa, entre outros objetivos, endereçar as sobre-posições de regimes promovendo a devi-da articulação dos diplomas legais e, logo, a atuação das várias entidades públicas, introduzindo racionalidade aos proces-sos de tomada de decisão.

Segundo o secretário de Estado, o regi-me da REN “assentou em alguns equívo-cos, desde logo a sua própria denomina-ção, uma vez que as áreas ecologicamente

protegidas não estão incluídas neste regi-me, estando atualmente já salvaguarda-dos em regimes específicos de conserva-ção da natureza, como seja a Rede Natura 2000 e os planos especiais de ordenamen-to do território”.

“Impõe-se, por isso, a reponderação do

regime jurídico da REN à luz do contex-to atual, que é muito diferente daquele que justificou a sua criação, quer no que concerne à ocupação do território, quer ao quadro legal respetivo e aos instrumen-tos de proteção dos recursos hídricos e da conservação da natureza vigentes, ne-nhum dos quais existente à data da cria-ção da REN”.

A manifesta falta de sistematização legal, acentuada ao longo dos anos pela implementação do quadro legal do or-denamento do território, do ambiente e da conservação da natureza, exige à ad-ministração pública e aos particulares o cumprimento procedimentos idênticos para o mesmo objeto administrativo, “com inegáveis perdas para a competiti-vidade económica do território nacional”.

A iniciativa de alterar o regime de REN surge, desta forma, enquadrada no âmbi-to de uma revisão alargada do enquadra-mento legal do ordenamento do território e do urbanismo, constituindo um dos de-sideratos que o atual Executivo se propôs realizar a curto prazo.

No horizonte está a promoção de uma efetiva coordenação e integração das po-líticas públicas com impactes territoriais, para potenciar o esforço coletivo de de-senvolvimento económico, competitivi-dade e inclusão social, salvaguardando sempre os fins e objetivos específicos do ordenamento do território e os interesses ambientais associados. “Ao proceder-se à alteração do atual regime jurídico da REN pretende-se criar um sistema mais célere e racional, articulado com todos os

“Os principais objetivos que presidiram à instituição da REN têm vindo, por conseguinte, a perder relevância prática e a potenciar disfunções no próprio ordenamento do território”.

Page 9: Registo ed225

9

Exclusivo

são relevantes para a sustentabilidade do ciclo hidrológico e as de prevenção de riscos naturais.

A Liga para a Proteção da Natureza acusa o Governo de querer “desmante-lar” a Reserva Ecológica Nacional. “O sentido da ‘simplificação’ e ‘desburocra-tização’ dos mecanismos de protecção e de ordenamento do território em Portugal materializa-se no desman-telamento de todas as ferramentas de gestão do território e do ambiente”, refere a organização ambientalista em comunicado, acrescentando que a nova Lei de Bases do Ambiente proposta “remete para o futuro várias legisla-ções incertas que acautelarão, de modo abstracto, o estado de conservação do território nacional”.

Em causa está, por exemplo, a dis-tribuição da REN por outros diplomas legais, nomeadamente a Lei da Água. “As administrações das regiões hidro-gráficas mostram-se já incapazes de garantir fiscalização sequer da actual vigência da Lei da Água, quanto mais quando for acrescido um grande volu-me de processos”.

“As áreas delimitadas de REN, que visavam criar um contínuo ecológico passarão a estar desconectadas. A defi-nição e protecção das áreas acauteladas

pela REN e das faixas de protecção dos sistemas hídricos, arribas, dunas, leitos de cheia, zonas com riscos de erosão, passará a ser feita nos Planos Directo-res Municipais com interesses urbanís-ticos”, critica a LPN.

Segundo a mesma fonte, a Comissão Nacional da Reserva Ecológica Nacio-nal, na qual a Liga para a Protecção da Natureza tem assento em nome das Organizações Não-Governamentais de Ambiente e Ordenamento do Territó-rio, que até agora era responsável pela delimitação e desafectação de áreas da REN, “não foi sequer informada” acerca das alterações legislativas.

“As delimitações e desafectações das áreas em REN passarão a estar direc-tamente dependentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional em articulação com os mu-nicípios, e apenas em caso de litígio a Comissão será ouvida. Por outro lado as excepções e interesse público deixarão de ser definidos em Conselho de Minis-tros, passando a ser responsabilidade da tutela”.

“As anteriores excepções à auto-rização de construção e operações

na REN (largamente ignoradas e vigorando claramente a política do betão e do facto consumado) trans-formar-se-iam em regra, sendo assim desmantelada uma importantíssima ferramenta de gestão do território criada, tal como a Reserva Agrícola Nacional, com um intuito muito importante de conservação, coesão e integração territorial, instrumento que foi dos poucos obstáculos à espe-culação imobiliária”.

De acordo com os ambientalistas, a mudança de valor de um terreno que esteja dentro do regime REN e que seja desafectado “poderá ser vertiginosa”: “Se mesmo com a existência da REN já se construíam ilegalmente em terrenos dentro de área protegida, sem a REN caem quaisquer constrangimentos à construção dentro de áreas sensíveis e protegidas”.

“O actual executivo na sua febre sim-plificadora e facilitadora do crescimen-to económico demonstra mais uma vez que pretende acabar com quaisquer obstáculos ou regulamentação. O prin-cípio da precaução a aplicar ao ambien-te caiu”, conclui a LPN.

LPN contra “desmantelamento” da REN

valores hídricos e do litoral, e num plano sectorial de riscos, já em elaboração, no respeitante aos riscos naturais e tecnoló-gicos.

Até lá, são aprovadas as orientações es-tratégicas que permitem a plena vigência do atual regime da REN, bem como a pros-secução das revisões de planos diretores municipais em curso. Em simultâneo, inova-se através da presente alteração do regime jurídico da REN, ao estabelecer-se um procedimento simplificado de altera-ção à delimitação da REN municipal que permitirá aos municípios adequar a REN a nível municipal com maior flexibilida-de e celeridade, sem prejudicar os valores ambientais em presença e a salvaguarda de riscos para pessoas e bens.

Em linha com esta medida, elimina-se a figura da “autorização” dos usos e ações compatíveis com a REN, acentuando-se a responsabilização dos particulares e a prevalência do controlo e fiscalização sucessivos desses usos e ações pelas enti-dades públicas competentes, generalizan-do-se as situações sujeitas a mera comu-nicação prévia ou isentas deste controlo prévio.

Finalmente, para salvaguarda da esta-bilidade e segurança jurídica dos planos de ordenamento do território em execu-ção e revisão – nomeadamente os planos diretores municipais - estabelece-se um regime transitório que permite salva-guardar as delimitações da REN em vigor ou cujos trabalhos estejam já em curso à data da entrada em vigor das orientações estratégicas ora aprovadas.

instrumentos existentes na área do orde-namento do território, do ambiente e da conservação da natureza”, enumera o go-

vernante. Pretende-se que o regime da REN, que

agora se vem alterar, seja integrado, a

curto prazo e de forma efetiva, na Lei da Água e respetivos diplomas complemen-tares no que diz respeito à proteção dos

D.R

.

Page 10: Registo ed225

10 04 Outubro ‘12

Exclusivo

Integrado nas comemorações do Ano do Brasil em Portugal, o Recital é uma iniciativa da Companhia da Outra.

PUB

Recital à Brasileira no Fórum Eugénio de Almeida

Nos dias 13 e 14 de outubro, pelas 21h30 e 18h00 respetivamente, o Fórum Eugé-nio de Almeida recebe o Recital à Bra-sileira, um espetáculo onde os poemas de Fernando Pessoa e seus heterónimos ganham uma inesperada vitalidade no corpo e na voz das actrizes brasileiras Elisa Lucinda e Geovana Pires.

Integrado nas comemorações do Ano do Brasil em Portugal, o Recital é uma iniciativa da Companhia da Outra, pro-jeto criado por Elisa Lucinda que tem como princípio, segundo a atriz, “devol-ver aos palcos a poesia que dele nasceu, elevando e revelando a dramaturgia que há sobre as palavras”.

Há mais de uma década que Elisa Lu-cinda, também poeta e fundadora da es-trutura Casa Poema, sede da Escola Lu-cinda de Poesia Viva, no Rio de Janeiro, ensina e diz poesia de uma forma viva e coloquial, renunciando a tradicional declamação poética.

Neste Recital, a atriz e encenadora Geovana Pires forma com Elisa Lucinda uma dupla emotiva, que revela parte da dor e do humor do poeta que tinha na

Integrado no Ano do Brasil em Portugal, atrizes brasileiras recitam poetas portugueses

língua portuguesa a sua pátria. Adélia Prado, Manuel Alegre, Adília

Lopes, António Vieira, José Régio e Mia

Couto são outros dos poetas portugue-ses e brasileiros que as atrizes irão de-clamar.

Em Évora a iniciativa conta com o apoio da Fundação Eugénio de Almei-da e representa, segundo Maria do Céu Ramos, Secretária Geral da Fundação Eugénio de Almeida, “uma oportunida-de única para dar a conhecer um pouco mais da cultura brasileira, bem como redescobrir os fortes vínculos que jun-tam dois países irmãos com mais de cin-co séculos de relação.

Para além da língua que nos une, bem como dos laços históricos, sociais e eco-nómicos, este é sem dúvida o Ano que celebra duas culturas, que celebra a di-versidade de dois países, que assim vêm reforçada a oportunidade de mostrar todo o seu potencial artístico, cultural e de pensamento, mas também económi-co, tecnológico e científico”.

Ficha TécnicaApresentação: Elisa Lucinda e Geovana Pires Figurinos: Cristina CordeiroCamareiro: Eduardo BrandãoProdução Executiva: Emilene Lima e marcelo DemarchiCoordenação geral: Geovana PiresRealização: Casa PoemaApoio: Fundação Eugénio de AlmeidaHorário: sábado às 21h30 e domingo às 18h00

D.R.

Page 11: Registo ed225

11

RadarProfissionais e amadores da polifonia para estudar e interpretar a “Missa Cantate Domino” a 8 vozes, de Duarte Lobo.

Concertos pelos Grupos Officium, Contrapunctus, Eborae Mvsica e Coro dos Participantes

A Associação Eborae Mvsica promove, entre 4 e 7 de Outubro, as XV Jornadas In-ternacionais “Escola de Música da Sé de Évora”. Participam profissionais e amado-res da polifonia para estudar e interpre-tar a “Missa Cantate Domino” a 8 vozes, de Duarte Lobo.

Os ateliers são orientados por: Peter Phillips, Armando Possante e Paulo Lou-renço, com acompanhamento ao piano por Nicholas McNair. O programa inte-gra uma Conferência por Paulo Estudan-te, no Convento dos Remédios, no dia 4, e Concertos, na Sé de Évora, no dia 6 por “Officium – Grupo Vocal”, sob a direção de Pedro Teixeira e, às 21h30, o Concerto pelo Grupo “Contrapunctus” (Inglaterra), sob a direção de Owen Rees. No dia 7, às 17h00, tem lugar o Concerto de Encerramento (Coro Polifónico Eborae Mvsica, direção de Pedro Teixeira, e Coro dos Participan-tes, direção de Peter Phillips, Paulo Lou-renço e Armando Possante).

Programas dos Concertos de dia 6, na Sé de Évora: às 18h00, por Officium Grupo Vocal - Códice 3 – A música de Manuel Re-belo e seus contemporâneos: Commissa meã, de Filipe de Magalhães (c.1563-1652); Missa a 5, de Manuel Rebelo (?) (c.1575-c.1647) – Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus e Benedictus, Agnus Dei I e II; Magnificat primi toni, a 4, de Manuel Rebelo; Versa est in luctum, de Estêvão Lopes-Morago (c.1575-1630); Commissa mea, de Estêvão Lopes-Morago; Audivi vocem, de Duarte Lobo (c.1565-1646) e Non mortui, de Frei Manuel Cardoso (c.1566-1650).

Fundado em Outubro de 2000 pelo seu orientador Pedro Teixeira, o grupo vocal Officium é um projecto que pretende dar primazia à interpretação de obras polifó-nicas de compositores portugueses dos sécs. XVI/XVII, dado o vastíssimo patri-mónio existente – muito dele ainda por descobrir – ao nível da produção musical da época.

Os ateliers são orientados por: Peter Phillips, Armando Possante e Paulo Lourenço

Apresentando-se como um dos raros grupos a nível nacional que se dedicam à música portuguesa desta época, Officium pretende levar a sua exigência de rigor a níveis bastante elevados, para que a Poli-fonia portuguesa redescubra a sua enor-me qualidade.

Às 21h30, pelo Grupo “Contrapunctus”- Circumdederunt me, de Juan de Ávila; Kyrie (Missa Paradisi portas), de Manuel Cardoso (1566–1650); Gloria (Missa Para-disi portas), de Cardoso; Adjuva nos de Manuel Leitão de Aviles; Credo (Missa Paradisi portas), de Cardoso; Pater pecca-vi de Lobo; Sitivit anima mea de Cardoso; Audivi vocem de cælo, de Duarte Lobo (c. 1565–1646); Sanctus (Missa Paradisi portas) de Cardoso; In jejunio et fletu, de Leitão de Aviles; Agnus Dei (Missa Para-disi portas), de Cardoso; Lamentations, de Leitão de Aviles; Jesu redemptor, suscipe illam, de Estêvão Lopes Morago (c. 1573–

depois de 1630) e Quomodo sedet sola, Luis de Aranda (d. 1627).

Contrapunctus formou-se a partir do grupo vocal A Capella Portuguesa, como consequência do alargamento do seu re-portório e da sua dedicação à música de compositores de vários países, entre os quais incluímos a Inglaterra, os Países Baixos, Espanha, Portugal e a Alemanha, particularmente durante os séculos de-zasseis e dezassete.

A faceta mais académica do trabalho deste grupo – incluindo a descoberta de música há muito desaparecida e a recons-trução dos ambientes das representações originais – permite ao público vivenciar as primeiras apresentações de muitas pe-ças na época atual. Contrapunctus é um grupo vocal residente na Universidade de Oxford.

Programa do Concerto de dia 7, na Sé de Évora, às 17h00: Coro Polifónico Ebo-

rae Mvsica - Missa pro defunctis, de Es-têvão de Brito (c.1570-1641)- Introitus; Lucis creator optime , de Estêvão de Brito (?); Oculi mei, de Estêvão Lopes-Mo-rago (c.1575-c.1630); Versa est in luctum, de Estêvão Lopes-Morago e Alleluia, de Manuel Mendes (c.1547-1605) e Coro dos Participantes – “Missa Cantate Domino” a 8 vozes, de Duarte Lobo para apresenta-ção do trabalho desenvolvido durante os quatro dias das Jornadas.

A Associação Eborae Mvsica é uma estrutura financiada pela Secretaria de Estado da Cultura (Direcção Regional da Cultura do Alentejo e Direcção Geral das Artes). Tem o Apoio da Câmara Munici-pal de Évora. Esta iniciativa tem o apoio do Cabido da Sé, Universidade de Évora, Fundação Eugénio de Almeida, Caixa Geral de Depósitos, Cafés Delta, Antena 2, Diário do Sul, Jornal Registo e Rádio Diana.

António Chaínho publica décimo livro

António Chaínho, professor e Presidente da Assembleia Municipal de Grândola apresentará, publicamente, no próximo dia 15 de Outubro, pelas 21 horas, na Bi-blioteca Municipal, a sua décima obra. Trata-se de um romance histórico, com o título “A Crioula”.

A narrativa situa-se nas últimas déca-das da presença portuguesa em África e nos primórdios da independência de Cabo Verde. Aborda o papel que muitos portugueses e crioulos tiveram nesses

“A Crioula” é apresentado dia 15 de Outubro

cruzamentos da história, sendo atribuí-da às principais personagens uma forte cumplicidade afectiva e humana, que pode exemplificar a referência de amiza-de sempre existente entre os dois povos irmãos.

Miranda de Vasconcellos, médico, na-tural da aldeia da Fonte (Melides), a exer-cer na vila do Tarrafal e Alzira, mulata, fermento de uma ilha (Santiago, Cabo Verde) e de uma cultura crioula, carre-gam percursos de vida que asseguram o fio condutor de uma narrativa marcada pelos sentimentos de quem tem apenas o céu e o mar como fronteiras.

Ao longo da história marca presença o

papel histórico da mulher crioula no so-frimento das suas gentes, nas incertezas do futuro, no amor a quem lhe é próximo, na revolta para com o sistema colonial e no júbilo do nascimento de uma nova pátria.

Da sua obra, figuram os seguintes tí-tulos, que vão do trabalho académico à ficção: Em procura de um projecto de de-senvolvimento local (1997); Educar para preservar (1998); Ruralidades (2002); Vinte anos de reflexões (2003); Filhos do tempo (2004); Percursos, Memórias e Projectos/co-autor (2005); Trilhos de Abril (2006); Po-der local em Grândola 1974/2005 (2008); O sonho do Comendador (2010).

D.R.

Page 12: Registo ed225

12 04 Outubro ‘12

Em pleno centro da vila portelense realizou-se um programa com muitos festejos e motivos para visitar a feira.

Radar

O conceito de “alienação” corresponde à tradução nas línguas latinas e em Inglês de pelo menos três expressões diferentes utilizadas por Marx para exprimir situa-ções de perda da plena capacidade dum sujeito para percepcionar a sua situação na sociedade e no mundo, e para agir em conformidade com a realidade dessa po-sição.

Mas a que nos interessa aqui é sobretu-do a que aparece nos textos como “Entfre-mdung”: o processo de se tornar estranho, de se afastar de si próprio ao ponto de se tornar estrangeiro a si próprio (“Fremde” é o estrangeiro).

Assim, por exemplo, uma classe inteira pode ignorar a sua posição na sociedade (Marx pensava nos trabalhadores), e agir como se o seu interesse (que desconhece) e o seu destino não importassem.

Nada mais rigorosamente adequado que a noção de alienação para dar conta da relação que muitos “estudantes” uni-versitários inscritos nas nossas universi-dades mantêm com as suas vidas.

O mundo está em crise, a Europa, aqui à porta, em convulsões, o país afunda-se numa derrocada imparável sob a férula de iluminados adoradores dum modelo tão perfeito quanto irreal.

As perspectivas de futuro para os jo-vens são terríveis, com taxas de desempre-go dos jovens que se cifram, oficialmente, em 36,4% em Portugal, e mais de 52% na Espanha e na Grécia? Que importa? Em Portugal propõem-se hoje “empregos” a jovens engenheiros a 500€ por mês? De-zenas de milhares de diplomados, com licenciaturas e mestrados ficam à porta do mundo do trabalho? Há algum proble-ma? “Não nos interessa”, é o que significa um modo de vida que mostra a nossa ju-ventude alheada do seu próprio destino.

Évora: chegam aqui, vindo de casa às segundas-feiras; às terças, quartas e quin-tas-feiras, bebedeiras, Sexta, regresso a casa dos pais, para descansar.

Ausentes das aulas, ocupados, os mais velhos, a praxar os caloiros, impedidos es-tes de ir às aulas e de estudar, semeiam na cidade desmandos, cobrem os passeios do vomito da má cerveja vendida em dum-ping por bares sem vergonha que pelas 3 e meia das manhãs, entornam bandos de jovens bêbados para as ruas da cidade. Não é optimismo e confiança no futuro, é alienação: Entfremdung. Fatal.

José Rodrigues dos SantosAntropólogo, Academia Militar e CIDEHUS,

Universidade de Évora29 de Setembro 2012

[email protected]

Um olhar antropológico

A alienação universitária 1- O maravilhoso mundo estudantil

92

JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS*Antropólogo

Portel - Enchente garante nova edição da Feira Medieval

A viagem ao passado que se realizou no último fim-de-semana em Portel foi um sucesso com muitos milhares de visitan-tes. De tal forma que a autarquia garante o regresso dos personagens históricas no próximo ano.

Foram ultrapassadas todas as expec-tativas. Sendo difícil dizer quantos tive-ram na Feira, houve momentos em que, o enorme e muito agradável recinto da Horta da Matriz, esteve completamente cheio, afirma Norberto Patinho, Presi-dente do Município.

O autarca refere ainda que esta edição da Feira cumpriu todos os objectivos que a Câmara municipal se propunha atingir. Deu uma dimensão popular às comemo-rações dos 750 anos da Fundação do Cas-telo e do Foral e de uma forma geral todos os participantes e visitantes ficaram mui-to agradados com o evento.

Foi para mim muito gratificante a grande participação e envolvimento dos portelenses que de uma forma geral ade-riram à iniciativa. Associações, escolas, crianças, adultos e alunos da universida-de sénior responderam com grande entu-siasmo e trajando ao rigor da época, parti-cipando nas recriações históricas, deram ao evento características muito singula-res que nos deixaram muito orgulhosos da feira que construímos.

Integrada no âmbito das comemora-ções dos 750 anos da fundação do castelo e do primeiro foral de Portel, realizou-se no passado fim-de-semana a I Feira Me-dieval. Iniciativa da Câmara Municipal de Portel que iniciou este ano com 3 dias de uma autêntica viagem temporal.

E foram muitos os que aproveitaram para visitar Portel nos dias 28, 29 e 30 de Setembro, tornando este seu primeiro cer-tame medieval num verdadeiro sucesso. Sempre com o seu imponente e vistoso castelo em fundo, o Parque da Matriz foi o local escolhido para acolher o evento, demonstrando a sua grande versatili-dade urbanística, envolvendo natureza, estruturas e pessoas de forma singular e apelativa.

Em pleno centro da vila portelense rea-lizou-se um programa com muitos feste-jos e motivos para visitar aquela grande feira. Representações históricas, jogos de destreza e perícia para os mais novos e mais afoitos, cortejos reais, batalhas, ex-posições de armas, espectáculos de ma-labarismo e de fogo, torneios de cavalo onde se distinguiram os mais fiéis e co-rajosos cavaleiros para servir em batalha, sarau de trovadores com cantigas de ami-go, bailias e folguedos.

Houve de tudo um pouco, para todos os gostos e entre os comeres e beberes daquela época, mouros, judeus e cristão fizeram de Portel o seu melhor mercado. Estava portanto alcançado o primeiro ob-jectivo desta bela feira Medieval em Por-tel com a recriação entre dois séculos de história (XIII e XIV), dos seus usos e cos-tumes, reforçando a sua identidade local, evocando para tal os episódios marcantes da sua história e fazendo “renascer” os

Evento superou expectativas e irá voltar no próximo ano com a segunda edição.

seus personagens mais evidentes. Através de várias representações ima-

ginárias ao longo daqueles três dias, foi possível recriar e desvendar os momen-tos de maior fulgor documental da vila de Portel, e contemplar a admiração não só dos muitos visitantes, mas sobretudo de alguns portelenses que encontraram nestes capítulos teatrais partes de uma história até aqui desconhecida.

A outorga do foral por parte de D. João Peres de Aboim, a passagem da comitiva de D. Álvaro Gonçalves Pereira a cami-nho da Batalha do Salado para recolher a relíquia do Santo Lenho de Vera Cruz e por último a tomada do Castelo por D. Nuno Álvares Pereira, foram marcas desta I Feira Medieval de Portel a que nenhum dos presentes conseguiu ficar indiferente.

Para além da Feira Medieval, a Câmara Municipal de Portel assinalou em parale-lo os 750 anos da fundação do castelo e do seu foral, com mais um colóquio que tem como objectivo promover a discussão sobre o conhecimento da história e patri-mónio material e imaterial de Portel.

O colóquio “Poderes, Arquitecturas e Evangelização. A Construção de uma

Nova Paisagem em Portel (Séculos XVI a XVIII)”, teve lugar no Auditório Muni-cipal de Portel e contou com a presença de Sua Excelência Reverendíssima o Se-nhor Arcebispo de Évora, D. José Alves que presidiu à mesa de abertura, assim como do Secretário-Geral da Fundação da Casa de Bragança, Dr. João Carlos Boléo-Tomé.

D.R.

Page 13: Registo ed225

13

Na sexta-feira, dia 5 de outubro, atua a Banda da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense.

Radar

PUB

Outubro abre com concerto da Banda da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense

A iniciativa cultural Outubro Mês da Música propõe concertos com bandas filarmónicas, um coro polifónico e um quarteto de trombones, espetáculos de dança contemporânea, fado e flamen-co. Os espetáculos que o Município de Reguengos de Monsaraz vai apresentar todos os fins-de-semana do mês reali-zam-se às 21h30, no Auditório Munici-pal, exceto o concerto agendado para o Coreto do Parque da Cidade.

Na sexta-feira, dia 5 de outubro, atua a Banda da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense e no sába-do decorre o espetáculo “Gerações do Fado”, com interpretações do fado nas suas mais variadas vertentes, desde o da “velha guarda” mais tradicional até ao mais moderno com novos arranjos musicais.

Em palco vão estar os fadistas José Geadas, Patrícia Leal, Rui Soldado, Paula Ficalho e João Ficalho. O acom-panhamento está a cargo de Joaquim

Em palco vão estar os fadistas José Geadas, Patrícia Leal, Rui Soldado, Paula Ficalho e João Ficalho

Esquetim na guitarra portuguesa e de João Ficalho na viola de fado.

No dia 13 de outubro realiza-se o es-petáculo “Aires Flamencos”, com o gru-

po de flamenco e sevilhanas Serva la Bari. Este grupo de Sevilha formado em 1999 vai apresentar em Reguengos de Monsaraz os diferentes estilos de

flamenco.No âmbito das comemorações do

Dia Mundial da Música que a Direção Regional de Cultura do Alentejo está a promover este mês, vai decorrer no dia 14 de outubro, às 17h, no Coreto do Parque da Cidade, um concerto com o Quarteto de Trombones da Banda Si-mão da Veiga, da Casa do Povo de La-vre. Constituída por três trombones tenores e por um trombone baixo, esta versátil formação da música de câmara vai interpretar sucessos de diversos gé-neros musicais, do ligeiro ao jazz.

No dia 20 de outubro sobe ao palco a Companhia de Dança Contemporânea de Évora com o espetáculo “Gentes da Minha Terra”. A partir de fados de Amá-lia Rodrigues foi criado um bailado em sua homenagem, pleno de lirismo e de imagens oníricas.

A fechar o Outubro Mês da Música re-aliza-se no dia 27 de outubro o concer-to com a Banda e o Coro Polifónico da Sociedade Filarmónica Corvalense. Os espetáculos “Gerações do Fado”, “Aires Flamencos” e “Gentes da Minha Terra” são financiados pelo projeto TEIAS - Rede Cultural do Alentejo.

D.R.

Page 14: Registo ed225

14 04 Outubro ‘12 Anuncie no seu jornal REGISTOTodos os anuncios classificados de venda, compra, trespasse, arrendamento ou emprego, serão publicados gratuitamente nesta página

(à excepção dos módulos). Basta enviar uma mensagem com o seu classificado para o Mail.: [email protected]ÁRIO

Compra/aluga-se

alugo quarto, cozinha e W.C. inde-pendente, anexo, em quinta a 2 km da cidade. Apenas estudantes e pessoas deslocadas. tel 96 76 66 078

aluga-se Espaço comercial em Aguiar com 90m2 com ou s/ equipamento de Hotelaria ou qualquer outro ramo. Con-taCto: 969265011

aluga-se t2 - ÉVORA Em zona hab-itacional tranquila (Cartuxa). Sala comum com lareira, dois quartos, um WC, cozinha com despensa e hall de entrada. Lugar de garagem e arrecada-ção. Gás canalizado. Servido por trans-porte público. ContaCto telemóvel 963030430

reguengos: arrendo espaço para Loja , Comercio ou escritório , 50 m2, 2 divisões e WC, no centro de Reguen-gos de Monsaraz. 275 EU/mes. mais informações tm 96 01 222 66 ou e-mail: [email protected]

alugo quarto duplo – a estu-dante em vivenda no Bacelo, 250€ com despesas incluídas. ContaCto: 960041500

arrenda-se t2 no centro da cidade de Montemor-O- Novo. Disponível em Novembro. ContaCto: 934074432

arrenda-se ou vende-se espaço ComerCial para café - gelataria no centro da cidade de Montemor-o-Novo ContaCto: 934074432

alugo sotão 80m2 – vivenda no Bacelo com 1 quarto,1 sala, casa de banho e serventia de cozinha. Con-taCto: 960041500

arrenda-se – Armazéns com áreas a partir de 80m2 até 300m2 com es-critórios, wc’s e vestuários. Estrada do Bacelo para os Canaviais ContaCto: 964052871

trespassa-se Café Restaurante, com 40 lugares sentados, remodelado re-centemente, a funcionar com refeições e petiscos variados, Bom preço, Con-taCto 915188755.

arrenda-se um estudio/ aparta-mento t0 no centro, mobilado com um frigorífico, micro-ondas, placa para cozinhar, lava-louça, Roupeiro, Cabine de Duche “Hidromassagem”, WC, cama simples individual, 1 mesa, 2 cadeiras, localizado no Centro Renda 175,--/mês. Caução: duas rendas. Reguengos de Monsaraz tm 96 01 222 66 ou e-mail: [email protected]

vendo andar, T3, boas áreas, Horta das Figueiras em Évora, bem localizado, gás naturas, 105.000€. tm 964426509 ou [email protected]

aluga-se armazém no centro histórico, 50 m2 em rua c/ circulação automovel. A 100 m da Praça do Giral-do, e Mercado 1º de Maio. ContaCto: 965805596

vende-se t2 horta das figueiras, Co-zinha equipada com gás natural, sala com recuperador de calor, AC, quartos amplos corticite, perto Supermer-cados, Hospital, Praça do Giraldo, Escola Primária, Creche. ContaCto 963689494

reguengos: arrendo espaço para Loja , Comercio ou escritório , 50 m2, 2 divisões e WC, no centro de Reguengos de Monsaraz. 275 EU/mes. mais infor-mações tm 96 01 222 66 ou e-mail: [email protected]

Massagens TerapêuticasMassoterapeuta Cassilda Pereira

- Reduz problemas de tensão ansiedade, depressão- Prevenção de espasmos e contra-turas musculares- Reduz edemas das extremidades (pernas e pés inchados) através do método DLM- Reduz sintomas do síndrome da fadiga crónica

- Reduz sintomas do síndrome de fibromialgia - Prevenção de Artrites e Artroses- Patologias da coluna vertebral (lombalgias, cervicalgias, dorsal-gias)- Ajuda no Sistema Respiratório e na Circulação geral e local do sangue e da linfa.

Atendimento ao domicíloTlm: 918 731 138/934 866 418 | e-mail: [email protected]

http://massoterapia-cassilda.blogspot.com

emprego

liCenCiada em engen-haria com experiencia em ambiente,qualidade,formação e segu-rança e higiene no trabalho procura em-prego compatível. Preferência pelo alen-tejo ou Lisboa. ContaCto: 963833519

srª ofereçe-se para part-time, para serviços de limpeza ou ajudante de cozinha, a partir das 19h e aos fins-de-semana. Contato: 924324872

Carpintaria e pintura montagem de portas, roupeiros, cozinhas, pavimen-tos flutuantes, tetos falsos, divisorias . recuperação e pituras de portas e moveis substituição de puxadores,fechaduras e dobradiças. etc Contato 961917788

Homem sério e responsável oferece-se para trabalhar em quintas (tratar de animais, horta, jardim , etc.) Contato: 936003339

tarot Em época de crise não arisque! Se acredita na leitura das cartas, não hesite e contacte-nos 967626057

senhora Aceita roupa para passar a ferro,0,50€ a peça. Faz recolha e entrega ao domicilio. Arranjos de costura preço a combinar. ContaCto: 961069671

expliCações de Ciências da Natureza e Matemática até ao 9º ano. Preço acessível. Professora licenciada. tm: 967339918

srª ofereCe-se para trabalhos de lim-peza, durante a semana somente man-hãs. telemovel: 963197063

srª ofereCe-se para part-time só manhãs Contato: 966871640 Com 12º ano

outros

Encontrou-se gatinho branco com mal-has cinzentas, c. 4 a 5 meses, na zona do polivalente do bacêlo. ContaCto: 964481723 (só para este assunto)

expliCações individuais e pre-paração para exame às disciplinas de Física e Química, Ciências Físico-Químicas e Matemática. ContaCto: 969 898 476

passo artigos/trabalhos académicos em LaTEX.. [email protected]

geometria desCritiva Explicações e preparação para exame ContaCto: 967291937

traduções/traduções técnicas/Traduções comerciais de Inglês para Português [email protected]

engenheiro topogrÁfiCo (Licen-ciatura anterior a Bolonha) Procuro emprego. ContaCto 963886522.

traduções/traduções técnicas/Traduções comerciais de Inglês para Português mail: [email protected]

passagem a ferro 1 cesto por semana = 20€; 4 cestos por Mês = 75€; 5 cestos por Mês = 90€; (O.b.s. não condiciona nº peças) ContaCto: 968144647

passo artigos/trabalhos aCa-démiCos em latex. mail: [email protected]

expliCações Professora licenciada prepara alunos para exame de Biologia e Geologia 10 º e 11º ano. (Aceitam-se alunos externos para preparação de exame) ContaCto: 963444914

vendo ou troCo merCedes 300 td, de garagem. Carro a gasoleo com caixa, automatica, nacional e com reg-isto de Março de 1993 (com inspecção feita em Março de 2012). Extras: ABS; Jantes AMG; Antena electica; Tecto de abrir; Bancos com encostos electricos; Espelhos aquecidos; Pintura como nova, sem riscos nem queimada do sol. 4.000.00 € - PREÇO NEGOCIAVEL. João Almaça- 927778370

PUB

Page 15: Registo ed225

15

Paulo Estudante é doutorado em História da Música e Musicologia pela Université Paris IV-Sorbonne e a UÉvora.

Radar

Jornadas internacionais ”Escola de Música Sé de Évora“A Associação Eborae Mvsica promove, entre 4 e 7 de Outubro, as XV Jornadas In-ternacionais “Escola de Música da Sé de Évora”. Participam profissionais e amado-res da polifonia para estudar e interpre-tar a “Missa Cantate Domino” a 8 vozes, de Duarte Lobo.

Os ateliers são orientados por: Peter Phillips, Armando Possante e Paulo Lou-renço, com acompanhamento ao piano por Nicholas McNair. O programa integra uma Conferência por Paulo Estudante, no Convento dos Remédios, no dia 4, e Concertos, na Sé de Évora, no dia 6, pelo Grupos “Officium – Grupo Vocal”, direção de Pedro Teixeira e pelo Grupo “Contra-punctus” (Inglaterra), direção de Owen Rees e, no dia 7, o Concerto de Encerra-mento pelos participantes.

No dia 4 de Outubro, às 10,15h, realiza-se uma Conferência pelo Professor Paulo Estudante subordinada ao tema “ Vozes e charamelas no seio das igrejas ibéricas dos séculos XVI e XVII”.

Paulo Estudante é doutorado em Histó-ria da Música e Musicologia pela Univer-sité Paris IV-Sorbonne e a Universidade de Évora. Ainda na Université Paris IV-Sorbonne obtém a licenciatura e o Dip-lôme d’Etudes Approfondies (DEA) em Musicologia.

Após ter trabalhado com os professores Filipe Nabucco-Silvestre e Ana Mafal-da Castro, prosseguiu os seus estudos de cravo, música de câmara e baixo contínuo em Paris com o professor Ilton Wjuniski. É ainda licenciado em Matemática Apli-cada à Ciência dos Computadores pela

Conferência por Paulo Estudante

Universidade do Porto.Docente da Universidade de Coimbra,

membro dos centros de investigação Centro de Estudos Clássicos e Humanísti-cos (U. Coimbra) e Patrimoines Musicaux (U. Sorbonne), centra a sua investigação no património musical português ante-rior ao século XIX, nomeadamente em

torno do fundo musical da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra assim como das práticas instrumentais na mú-sica sacra ibérica durante os séculos XVI e XVII.

A Associação Eborae Mvsica é uma estrutura financiada pela Secretaria de Estado da Cultura (Direcção Regional da

Cultura do Alentejo e Direcção Geral das Artes). Tem o Apoio da Câmara Munici-pal de Évora. Esta iniciativa tem o apoio do Cabido da Sé, Universidade de Évora, Fundação Eugénio de Almeida, Caixa Geral de Depósitos, Cafés Delta, Antena 2, Diário do Sul, Jornal Registo e Rádio Diana.

PUB

A Deco Proteste visitou 593 lojas de todo o Pais e revela que os preços mais baixos moram nas lojas do Jumbo.

A revista dos consumidores analisou 69 437 preços para 3 caba-zes: um com 100 produtos de características definidas, para quem privilegia as marcas do fabricante; outro com 81 produtos, a pen-sar em quem escolhe o mais barato; e outro com 58 produtos ape-nas de marca própria das superfícies (marca do distribuidor).

As dicas da Proteste garantem o melhor negócio perto de si, bas-ta acertar no supermercado. Por exemplo, em Évora, o Pingo Doce é a loja mais económica para rechear o carrinho. Se gastar 150€ todos os meses, pode amealhar 145€ por ano ao esmiuçar aquele sítio, em vez do Continente Modelo. Em Beja, a poupança é mais sedutora, o Continente, na Rua Zeca Afonso, permite economizar mais de 205€, face ao Minipreço na Rua D. Afonso Henriques. Em Portalegre, a Proteste revela, que a economia anual será muscu-lada em 309€, se preferir o Continente Modelo, na Rua do Joinal, face ao Lidl.

No confronto por cadeias, o Jumbo exibe os melhores negócios

no cabaz 1 e 2, sendo acompanhado pelo Aldi. Para o cabaz 3, com marcas próprias de diferentes cadeias o Continente, Continente Modelo e Pingo Doce são bicampeões.

Os produtos com marca do distribuidor permitem em média, uma poupança de 33% face às marcas do fabricante, podendo a poupança chegar aos 40%. Nas cadeias que vendem marcas eco-nómicas, o preço é ainda mais vantajoso. Mas não se deixe impres-sionar. Compare o preço da unidade de medida.

Cláudia TiqueVice-Presidente da Delegação

Regional de Évora da DECO

Delegação Regional de ÉvoraTravessa Lopo Serrão, n.ºs 15 A e 15 B, r/ch, 7000-629 Évora

Telefone: 266744564 – Fax: [email protected] /www.deco.proteste.pt

SupermercadosMorada certa vale 309€ por ano

D.R.

Page 16: Registo ed225

SEMANÁRIO

Sede Rua Werner Von Siemens, n.º16 -7000.639 ÉvoraTel. 266 751 179 Fax 266 751 179Email [email protected]

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Region-al do Alentejo irá partici-par uma vez mais no evento Open Days, Semana Europeia das Regiões e Cidades, que vai decorrer em Bruxelas en-tre 8 e 11 de Outubro, e cujo tema deste ano Europe’s re-gions and cities: Making a difference

A CCDR Alentejo cuja del-egação será composta pelo Vice-Presidente da CCDR Alentejo, Dr. Roberto Grilo, pelo Chefe de Divisão de Cooperação Inter-regional, Dr. Paulo Silva e pela ora-dora convidada, Dra. Maria José Comenda participa num conglomerado liderado pela Região de Extremadura e for-mado pelas regiões e cidades de Opolskie (Poland), City of Varna (Bulgária), Hedmark

County (Norway), East Border Region (Republic of Ireland/United Kingdom), Värmland (Sweden), Öresund Region (Denmark/Sweden) e Olo-mouc Region (Czech Repub-lic).

O conglomerado organiza-se sob a forma de debate, inscreve-se no subtema pro-posto para esta 10.ª edição dos Open Days Cooperação Terri-torial: uma mais-valia para a Europa e tratará o tema O Mercado de Trabalho Trans-fronteiriço: um desafio que faz a diferença.

Será moderador da sessão e do debate o Secretário-geral da Associação das Regiões Fronteiriças da Europa, ARFE, D. Martin Guillermo Ramirez.

Será ainda oradora con-vidada pela CCDR Alentejo

a Dra. Maria José Comenda, Conselheira do EURES Alen-tejo que oportunamente co-laborara com informação téc-nica e estatística no estudo que a ARFE se encontra a re-alizar em toda a sua área de influência sobre o mercado de trabalho transfronteiriço e é profunda conhecedora, pela sua actividade laboral no quadro do IEFP/EURES do Alentejo, da problemática em causa, nomeadamente neste contexto regional.

A temática do Seminário é, pois, abordada numa con-fluência de interesses estra-tégicos, científicos e técnicos prosseguida pelos membros do conglomerado e enquadra-dos numa ambivalência de recolha/produção de infor-mação relativos ao estudo in-dicado.

Bailado

“Gentes da Minha Terra”A Câmara Municipal do Crato e a Delegação Regional da Cultura do Alentejo apresentam, a 4 de outubro de 2012 (5ºfeira), pelas 21h30, no Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa, o espetáculo de bailado “Gentes da Minha Terra” da Companhia de Dança Contemporânea de Évo-ra. No momento em que a cultura nacional afirma o Fado como património IMATERIAL da humani-dade, a coreografa Nélia Pinheiro cria um espetá-culo pleno de imagens oníricas, que pretende homenagear essa grande figura da música portu-guesa – Amália. A cria-ção apresenta um diálogo lírico entre o fado, os poemas, o vídeo e o cor-po. Cada momento fala da vida no dia a dia de Alfama. Fala de um lugar no tempo onde persiste na genética das gentes, a saudade, e o fado ecoa pelas ruelas estreitas e se espelha no Tejo.O Fado é a marca, Amá-lia a inspiração.

CCDR do Alentejo na 10.ª edição dos Open Days

Bruxelas

D.R.

A Câmara Municipal de Mora pre-para anualmente um programa específico para a população sénior do concelho, que representa cerca de 30 por cento do total, no mês que lhe é dedicado, com música, cultu-ra e actividades diversas.

O programa arranca a 5 de Ou-tubro, com um almoço de confra-ternização na sede do concelho, seguindo-se a 12 do mesmo mês, em Pavia, o 5º Encontro Concelhio de Poetas Populares, para que não morra a memória colectiva.

A 14 tem lugar a festa de ani-versário do Grupo de Cantares da Misericórdia de Pavia para, a 17, a já tradicional caminhada entre todos os grupos de Envelhecimen-to Activo do concelho que reúne cerca de 1.500 participantes em Cabeção. Dia 20, a Casa do Povo de Cabeção é palco do IV Festival de Acordeões e, a 24, tem lugar o se-minário Saúde Rastreio do Cancro Colo-rectal, onde serão apresenta-dos os resultados do mesmo, que decorreu em Setembro em todas as freguesias morenses. Finalmente, a 27, Festival de Teatro em Cabeção e assinala-se o aniversário do Gru-po de Cantares de Brotas. O progra-ma termina a 31 de Outubro com uma manhã de actividade física no Estádio Municipal de Mora.

Mês do Idoso com animação

Mora

PUB