Universidade Estadual Vale do AcaraúCentro de Ciências Humanas

Curso de História

Oliver Gandhi Lima Sá

Resumo do filme “A Guerra do Fogo”

Sobral/Ce

2015

Tanto a obra audiovisual de Harold Ramis como o livro de Jaime Pinsky engendram um período infelizmente distorcido pela contemporaneidade, através de “pré-conceitos” e orgulhos ocidentais positivistas. Sempre nos deparamos com documentários ou reportagens televisas retratando sociedades primitivas e milenares, e muitas das vezes ficamos espantados com tantas tradições contrárias aos nossos valores, ou nos pressionamos com a riqueza cultural e social desses grupos.

Nossos queridos ancestrais não eram tão diferentes se comparados ao nosso etnocentrismo civilizatório. Guerreavam, matavam outros primitivos com desenvolturas diferentes-adequadas a regiões e culturas específicas-, brigavam por água e comida... Embora não tivessem utilizado a escrita, não significa que não são seres históricos (partindo do conceito de pré-história). Isso se observa através da confecção de instrumentos de sobrevivência e de caça, atividade coletora e do intercâmbio cultural através do contato com outras sociedades. Esse intercâmbio possibilitou a difusão de técnicas de domínio e produção de fogo, e posteriormente, agricultura e criação. Porém, o contato com indivíduos “menos evoluídos” ou sociedades de agricultores-criadores quase sempre se dava de forma hostil, por estranhamento de características consideradas modernas ou obsoletas, dependendo das variantes condições climáticas onde são localizadas as sociedades, não justificando o desaparecimento de algumas espécies e o “sucesso” de outras (típica seleção natural), geralmente oriundas de um “tronco” comum.

Talvez o fogo fosse para o homem “pré-histórico” sua principal conquista. Sabendo a sua utilidade na preparação de alimentos, no domínio sobre outras espécies (posse) e como mecanismo de defesa de animais selvagens (poder), o homem descobriu sua primeira manifestação religiosa, atribuindo a esse fogo um valor espiritual e significativo, mesmo podendo fabrica-lo posteriormente. Essas questões são abordadas no filme, que objetiva retratar a vida das sociedades primitivas e suas busca por algo maior (que era o próprio fogo), deixando claro em sua introdução: “A tribo que possuísse o fogo possuía a vida”.

Fontes de pesquisa:

PINSKY, Jaime: As primeiras civilizações. São Paulo, Atual, 1987.

COTRIM, Gilberto: História Global: Brasil e geral.2.ed.São Paulo: Saraiva, 2013

A Guerra do Fogo. Direção de Harold Ramis. França/Canadá, 1981, 100 min.

Oliver Gandhi Lima Sá

Resumo do Filme “A Guerra do Fogo”

O presente resumo destina-se à disciplina de História Antiga, inserida no curso de História, da Universidade Estadual Vale do Acaraú, semestre 2014.2, sob instrução do professor Edilberto Florêncio.

Sobral/Ce

2015