Saúde Mental e Reforma Psiquiátrica Brasileira: Reflexões Acerca ...
Reflexões acerca do paradigma pedagógico da avaliação da aprendizagem no ensino superior
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REFLEXÕES ACERCA DO PARADIGMA PEDAGÓGICO DA AVALIAÇ ÃO DA
APRENDIZAGEM NO ENSINO SUPERIOR 1
Me. Fabricio J. Nazzari Vicroski*
Resumo: O atual contexto do sistema educacional brasileiro é de reestruturação, a crescente influência de políticas neoliberais tem provocado alterações estruturais, com reflexos no processo de definição dos objetivos das instituições de ensino. Este cenário exige a problematização de algumas questões relacionadas à prática docente, a exemplo dos métodos e técnicas de avaliação. O objetivo do presente paper, é trazer à discussão as deficiências e a necessidade de atualização dos paradigmas da avaliação da aprendizagem, apresentando uma breve reflexão acerca da situação atual, com destaque para o contexto do ensino superior.
Palavras-chave: Ensino. Aprendizagem. Avaliação
1 Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina de Estágio Docência I – Pedagogia Universitária, ministrada pelo prof. Dr. Altair Alberto Fávero (PPGH/UPF).
*Graduado em História pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI / Erechim), mestre em História Regional pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Passo Fundo (UPF), bolsista CAPES. Arqueólogo da Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural (EPAHC/CMC/SMC) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. [email protected]
Introdução
Dentre as discussões inseridas na perspectiva epistemológica do professor reflexivo,
percebe-se a necessidade de buscar alternativas metodológicas que visem suprir as carências
contemporâneas do modelo de avaliação da aprendizagem no Brasil, comumente baseado em
práticas defasadas e pouco eficientes, pois além de não considerarem o amplo
desenvolvimento das concepções pedagógicas observado nas últimas décadas, não preocupa-
se em responder aos anseios da universidade contemporânea, perpetuando concepções com
características dos sistemas de educação das sociedades industriais no período da
modernidade (LEITE apud MASETTO, 2008).
Da mesma forma que os objetivos das instituições escolares têm adquirido novos
contornos ao longo dos tempos, os métodos e técnicas de avaliação também exigem
adequações, um exemplo seria a alteração de paradigmas, ou seja, alterar o foco atualmente
voltado ao ensino e, consequentemente ao professor, direcionando-o à aprendizagem e seu
sujeito, o aluno. No entanto, este processo tem se mostrado pouco dinâmico em comparação
com as alterações ocorridas no contexto educacional como um todo.
A necessidade de avaliar o processo de ensino/aprendizagem na escola é decorrente do
modelo educacional adotado, que exige uma mensuração tangível do processo a fim de
subsidiar o planejamento das atividades educacionais. Na prática, as metodologias de
avaliação tradicionais acabam focalizando a capacidade de memória dos alunos, com a
intenção de nivelá-los de acordo com parâmetros considerados satisfatórios, mostrando-se
pouco eficientes para analisar a capacidade crítica dos discentes, bem como, fornecer um
panorama geral do processo de construção do conhecimento considerando o desempenho
individual.
A mudança de comportamento que se faz necessária, exige, no entanto, um esforço de
reflexão que passa pela renovação do próprio sentido da escola e da atividade docente. Trata-
se de um empenho intelectual que precisa ser fruto da tomada de consciência de toda a
sociedade, pois de outra forma, quaisquer alterações no sistema educacional estarão sujeitas a
um caráter provisório.
O objetivo do presente paper, é trazer à discussão as deficiências e a necessidade de
atualização dos paradigmas da avaliação da aprendizagem, apresentando uma breve reflexão
acerca da situação atual, com destaque para o contexto do ensino superior.
Escola e sociabilidade
As instituições de ensino contemporâneas têm se apresentado como importantes
instrumentos de sociabilidade, sobretudo, a partir dos preceitos de democratização e
laicização do ensino difundidos pelo iluminismo a partir dos séculos XVII e XVIII.
A escola, que antes destinava-se a instruir uma pequena parcela da população
representada pela elite econômica e intelectual da sociedade, abandona seu caráter elitista para
se tornar democrática, incorporando progressivamente novas funções sociais de acordo com
as configurações da sociedade.
O modelo de ensino adotado está centrado na figura de dois protagonistas, o professor
e o aluno, onde comumente ao primeiro é delegada a função de transmitir informações,
possibilitando a construção do conhecimento por parte do aluno, que supostamente se proverá
de um aporte intelectual que lhe propiciará o domínio de métodos e técnicas que auxiliarão
sua inserção na sociedade.
A sociedade se reformula constantemente, as certezas e incertezas mostram-se
maleáveis, as necessidades e os valores que direcionam a tomada de decisões e determinam as
relações dos indivíduos em sociedade adquirem novos contornos. Num cenário onde a escola
ainda é considerada um modelo de formação social, nada mais natural esperar que ela
acompanhe as transformações coletivas, do contrário, um dos seus principais objetivos – a
formação de sujeitos preparados para assumir os desafios e as responsabilidades como atores
sociais críticos - será substituído pela lógica mercadológica de qualificação visando a
competitividade e a excelência seletiva, elementos que vêm permeando as políticas
educacionais neste cenário de globalização que atinge também o processo de (de)formação da
intelectualidade brasileira
Vivemos, hoje, momentos de grandes incertezas que se traduzem de variadas maneiras na vida humana em geral e, em particular, nas instituições educacionais. Tempo de transformações muito rápidas, tempo que deixa suas marcas em cada um de nós na sua marcha de globalização, de tantas desigualdades e distâncias sociais (LIMA & GOMES, 2002, p. 164).
Notadamente, o modelo de escola direcionada à socialização dos indivíduos está em
crise, assim como muitos valores sociais, precisamos, portanto, redefinir os objetivos e
determinar de forma precisa a missão que delegamos a escola, e, por conseguinte, os
paradigmas que nortearão o processo pedagógico e a atuação docente. A escola não é o único
espaço de aprendizagem, portanto, ela precisa estar em constante processo de reformulação
para atender os anseios da sociedade, caso contrário, sob uma ótica pessimista, a qual
esperamos que não se concretize, ela pode se tornar obsoleta.
O papel do conteúdo no processo de ensino/aprendizagem
Os fundamentos do atual processo de ensino/aprendizagem baseiam-se na difusão de
informações, são priorizadas determinadas áreas do conhecimento consideradas mais
apropriadas para o desenvolvimento cognitivo dos alunos, prevendo a avaliação de sua
capacidade intelectual. No ensino superior, a escola também agrega a função de proporcionar
a aquisição de informações específicas de acordo com a área de formação escolhida,
possibilitando sua futura atuação profissional.
A priori, o conteúdo programático das disciplinas é utilizado como um instrumento
que propiciará o desenvolvimento de seu senso crítico, sua capacidade de reflexão e a
construção do conhecimento por parte do aluno, logo, o que dever ser avaliado não é a
capacidade de apreensão das informações, mas sim o desenvolvimento pessoal de cada aluno,
com base no progresso ocorrido ao longo do processo, através de técnicas dinâmicas e o
acompanhamento progressivo do aluno, e não apenas ao final do semestre ou período letivo,
como comumente tem ocorrido.
O novo contexto pedagógico, apoiado pelo desenvolvimento de outras áreas do saber,
como a psicologia da aprendizagem e a neurologia, exige uma mudança de comportamento
por parte dos professores, o conteúdo não deve mais ser visto como um objetivo em si, a ser
transmitido como simples informação e “retornado” pelos alunos em avaliações tradicionais,
novamente como conteúdo puramente informativo.
O conteúdo pode propiciar outra dimensão didática para o professor, onde é utilizado
como um instrumento que orientará o desenvolvimento da capacidade crítica dos discentes e
de sua autonomia intelectual. O professor deve transmitir a informação de forma que o aluno
possa transformá-la em conhecimento, desenvolvendo assim de forma efetiva a
aprendizagem.
Aprender e ensinar x aluno e professor
Da mesma forma que os conceitos de aprender e ensinar muitas vezes são entendidos
separadamente, de forma dissociada do contexto, a responsabilidade de alunos e professores
também tende a ser compreendida como dois campos distintos, diferenciados, onde cada qual
preocupa-se com o “seu papel”, com sua atuação isolada, com um baixo nível de
interdependência.
Nesta perspectiva, o professor é compreendido como o sujeito do processo e o centro
das atividades, enquanto ao aluno cabe assimilar e repetir o que lhe foi transmitido
(MASETTO, 2005).
É preciso entender o significado de aprender e ensinar num sentido mais amplo,
englobando o campo da mediação, onde o conhecimento deve ser compartilhado de forma
recíproca, as experiências e saberes pessoais de alunos e professores devem ser socializados
de forma reflexiva. Aprender e ensinar foram e continuam sendo ações primordiais no
desenvolvimento humano, desde a pré-história, onde a transmissão de informações e a
construção do conhecimento tem se constituído como um dos principais diferenciais da
espécie humana e, portanto, inerente a sua existência.
Aprender e ensinar constituem duas actividades muito próximas da experiência de qualquer ser humano: aprendemos quando introduzimos alterações na nossa forma de pensar e de agir, e ensinamos quando partilhamos com o outro, ou em grupo, a nossa experiência e os saberes que vamos acumulando (SOUZA, 2005, p. 35).
Há uma marcante e indissociável relação de interdependência entre professores e
alunos, não apenas somente o professor, mas o aluno deve situar-se no centro do processo, e
precisa ser chamado a assumir sua co-responsabilidade, e assim como o professor, manifestar
suas expectativas e objetivos, proporcionando a integração entre todos os sujeitos envolvidos
no processo.
A avaliação da aprendizagem
A despeito da lógica neoliberal que gradativamente vem delineando novos contornos
ao sistema educacional brasileiro, onde o ensino passa a adquirir um caráter mercadológico,
pode-se afirmar que, no contexto da política educacional atual, ainda considera-se que a
escola deve propiciar o desenvolvimento da capacidade intelectual dos alunos, que deverá
atingir patamares estabelecidos de acordo com as demandas e ideais da sociedade, visando,
entre outros fatores, a inserção do indivíduo na comunidade e a socialização do conhecimento
construído.
Tendo em vista a diversidade humana, bem como a multiplicidade das capacidades
cognitivas e as possibilidades de progresso individual, a sociedade utiliza recursos de
avaliação da aprendizagem não apenas com o intuito de avaliar o desempenho dos alunos,
mas também para identificar as deficiências do processo de ensino/aprendizagem, visando seu
constante aperfeiçoamento.
A aprendizagem é um processo natural e inerente à condição do ser vivo e à necessidade de sobrevivência. É através da interação com o meio que os organismos, tanto os mais simples como os mais complexos, processam informações que permitem identificar os estímulos do meio interno ou externo e preparar respostas adequadas à informação decodificada (SOUZA, 2005, p. 39).
Na realidade, os usos e desusos que se pode fazer da avaliação da aprendizagem são os
mais variados, o importante é utilizar a avaliação como um instrumento de aprendizagem, que
nos possibilitará definir as melhores políticas educacionais e os métodos e técnicas utilizados
em sala de aula. A mesma lógica dever permear a avaliação dos docentes e das instituições de
ensino.
O primeiro passo para uma avaliação baseada em parâmetros coerentes exige uma
alteração de paradigmas, ou seja, é preciso substituir a ênfase no ensino – onde o docente é o
transmissor de informações e o discente o receptor - pelo foco na aprendizagem, onde o
aprendiz é encarado como sujeito responsável pelas ações que levarão à aprendizagem,
enquanto o professor é considerado o mediador do processo. Assim, da mesma forma que
ocorre quando estamos fora do ambiente escolar, na escola a aprendizagem deve ocorrer
através da interação entre o grupo de alunos e professores, onde a construção do
conhecimento pessoal decorrerá da ação coletiva.
A ênfase na aprendizagem como paradigma para o ensino superior alterará o papel dos participantes do processo: ao aprendiz cabe o papel central de sujeito que exerce as ações necessárias para que aconteça sua aprendizagem – buscar as informações, trabalhá-las, produzir um conhecimento, adquirir habilidades, mudar atitudes e adquirir valores. Sem dúvida, essas ações serão realizadas com os outros participantes do processo: os professores e os colegas, pois a aprendizagem não se faz isoladamente, mas em parceria, em contato com os outros e com o mundo. O professor terá substituído seu papel exclusivo de transmissor de informações para o de mediador pedagógico ou de orientador do processo de aprendizagem de seu aluno (MASETTO, 2005, p. 83).
Outro ponto que considero fundamental nesta mudança de paradigma, diz respeito ao
conteúdo programático, que por sua vez exige a reflexão sobre o que queremos, enquanto
sociedade, das instituições educacionais, pois assim poderemos exercer uma avaliação
condizente com os anseios coletivos.
Se esperamos que o aluno desenvolva seu senso crítico e suas capacidades intelectuais,
naturalmente não podemos utilizar técnicas baseadas na avaliação da capacidade de memória
para reproduzir as informações que lhe foram transmitidas em aula, desta forma, sendo
otimistas, o aluno irá no máximo utilizar sua capacidade inventiva para burlar o sistema de
avaliação.
Este é um erro a que todos os professores estão sujeitos, onde em virtude da
sobrecarga de trabalho a perspectiva do professor reflexivo acaba por ser deixada de lado, por
pura e simples falta de tempo, “o professor que trabalha não pode refletir sobre sua própria
prática, porque não tem tempo, não tem recursos, até porque, para sua saúde mental, é melhor
que não reflita muito” (SACRISTÁN, 2002, p. 82).
Em tal contexto, muito professores acabam esquecendo que o conteúdo programático
de uma disciplina é apenas um instrumento de construção do conhecimento, e não o objetivo
em si, portanto, nas avaliações não deve-se exigir a reprodução das informações, mas sim o
desenvolvimento da capacidade reflexiva do aluno com base no seu arcabouço teórico e
considerando as limitações de nosso sistema educacional, que tende a privilegiar as
inteligências lógico-matemática e lingüística, em detrimento das inteligências visual-espacial,
musical, corpóreo-cinestésica, entre outras, o que pode imprimir um caráter extremamente
subjetivo aos métodos de avaliação.
O processo de avaliação deverá estar integrado ao processo de aprendizagem, de tal modo que funcione como elemento motivador da aprendizagem e não como um conjunto de provas e/ou trabalhos que apenas verifiquem se o aluno passou ou não (MASETTO, 2005, p. 106).
A capacidade de percepção do aluno deve ser estimulada para que ele próprio consiga
perceber quais suas dificuldades e facilidades no processo de aprendizagem, esta informação
pode ser compartilhada pelo grupo, subsidiando o diálogo e suscitando sugestões, onde o
próprio diagnóstico consistirá num momento de aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem deve constituir uma prática constante, onde observa-se o
crescimento do aluno e suas capacidades, considerando seu progresso sob os mais variados
aspectos, e não apenas sua capacidade de aquisição de conteúdos, mas, sobretudo, suas
competências, habilidades e atitudes, suas formas de interagir e se relacionar com os colegas,
pois as atitudes adotadas em sala de aula se refletem na convivência em sociedade, e vice-
versa.
Considerações finais
A sociedade passa constantemente por transformações nos mais variados domínios,
onde os anseios da população como coletividade também são gradativamente reformulados.
Neste contexto, a escola tem o papel de preparar os indivíduos para sua inserção na social.
Hoje, mais do que nunca, a reflexão sobre a prática docente se faz necessária, para que
possamos constantemente redefinir o papel da escola, do contrário, a exemplo da conjuntura
atual, as transformações no sistema educacional ocorrerão pautadas pela lógica
mercadológica, sem a participação de professores e alunos.
A reflexão sobre qual o modelo de escola e de sociedade que desejamos estimular
envolverá a discussão e reformulação do modelo educacional, onde certamente a avaliação da
aprendizagem no ensino superior - e também nos demais níveis - deverá ocupar um lugar de
destaque, pois o modelo predominante não corresponde nem mesmo às expectativas atuais,
tornando inconcebível a continuidade desta prática, que deve ser imediatamente substituída
por um espaço de avaliação dinâmico, sustentado por novos paradigmas que deverão nortear
uma prática pedagógica comprometida com os ideais de uma sociedade de bem-estar social.
Referências bibliográficas
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LIMA, Maria do Socorro Lucena; GOMES, Marineide de Oliveira. Redimensionando o Papel dos Profissionais da Educação: algumas considerações. In: PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro (orgs). Professor Reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito.São Paulo: Cortez, 2002.
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SACRISTÁN, José Gimeno. Tendências Investigativas na Formação de Professores. In: PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro (orgs). Professor Reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito.São Paulo: Cortez, 2002.
SOUZA, Óscar C. De. Aprender e Ensinar: Significados e Mediações. In: TEODORO, António; VASCONCELOS, Maria Lucia (orgs). Ensinar e Aprender no Ensino Superior. São Paulo: Editora Mackenzie; Cortez, 2005.