reflexão perdão (vítima)

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19/07/2012 Dinâmica: Material: caixa, chocolate e aparelho de som (rádio ou CD). Procedimento: Encha a caixa com jornal para que não se perceba o que tem dentro. Coloque no fundo o chocolate e um bilhete: COMA O CHOCOLATE! Pede-se à turma que faça um círculo. O coordenador segura a caixa e explica o seguinte para a turma: _Estão vendo esta caixa? Dentro dela existe uma ordem a ser cumprida, vamos brincar de batata quente com ela, e aquele que ficar com a caixa terá que cumprir a tarefa sem reclamar. Independente do que seja... Ninguém vai poder ajudar, o desafio deve ser cumprido apenas por quem ficar com a caixa (é importante assustar a turma para que eles sintam medo da caixa, dizendo que pode ser uma tarefa extremamente difícil ou vergonhosa). Começa a brincadeira, com a música ligada, devem ir passando a caixa de um para o outro. Quando a música for interrompida (o coordenador deve estar de costas para o grupo para não ver com quem está a caixa) aquele que ficou com a caixa terá que cumprir a tarefa... Caso queira, pode indagar se a pessoa está animada ou prefere pedir uma chance e a caixa pode ser novamente passada. É importante que o coordenador faça comentários do tipo: Você está preparado? Se não tiver coragem... Depois de muito suspense quando finalmente o jovem abre a caixa

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19/07/2012

Dinâmica: Material: caixa, chocolate e aparelho de som (rádio ou CD).

Procedimento:

Encha a caixa com jornal para que não se perceba o que tem dentro. Coloque no fundo o chocolate e um bilhete: COMA O CHOCOLATE! Pede-se à turma que faça um círculo. O coordenador segura a caixa e explica o seguinte para a turma: _Estão vendo esta caixa? Dentro dela existe uma ordem a ser cumprida, vamos brincar de batata quente com ela, e aquele que ficar com a caixa terá que cumprir a tarefa sem reclamar. Independente do que seja... Ninguém vai poder ajudar, o desafio deve ser cumprido apenas por quem ficar com a caixa (é importante assustar a turma para que eles sintam medo da caixa, dizendo que pode ser uma tarefa extremamente difícil ou vergonhosa).

Começa a brincadeira, com a música ligada, devem ir passando a caixa de um para o outro. Quando a música for interrompida (o coordenador deve estar de costas para o grupo para não ver com quem está a caixa) aquele que ficou com a caixa terá que cumprir a tarefa... Caso queira, pode indagar se a pessoa está animada ou prefere pedir uma chance e a caixa pode ser novamente passada. É importante que o coordenador faça comentários do tipo: Você está preparado? Se não tiver coragem... Depois de muito suspense quando finalmente o jovem abre a caixa encontra a gostosa surpresa. (O jovem não pode repartir o presente com ninguém).

Objetivos: O objetivo desta brincadeira é mostrar como somos covardes diante de situações que possam representar perigo ou vergonha. Devemos aprender que em Deus podemos superar todos os desafios que são colocados a nossa

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frente, por mais que pareça tudo tão desesperador, o final pode ser uma feliz notícia. Que tudo que tivermos que enfrentar, todo e qualquer desafio, não seja motivo de medo ou insegurança, mas que possamos nos apoiar no Senhor.

REFLEXÃO : PERDÃO

O verdadeiro servo do Senhor não guarda rancor: ler Efésios cap.4 v.31 e 32. Eis aí um maravilhoso resumo de todo o ensino sobre perdão. Se aprendermos a seguir todos os ensinamentos contidos nesse texto, estaremos continuamente com a consciência limpa.

Ler Mateus cap.18 v.21 a 22. Os rabinos judeus, estudiosos do evangelho, eram instruídos para perdoar até três vezes. Setenta vezes sete é quatrocentos e noventa vezes.

Pergunta: Vocês querem explicar sobre ese resultado matemático?

A resposta de Jesus não é literalmente o resultado em número, ou seja, não podemos compreendê-la "ao pé da letra", mas Ele está nos ensinando que na verdade trata-se de um número infinito de vezes. Pedro incluiu número em sua pergunta e o Senhor respondeu conforme ele, ou seja, com número, porém, não há limite. Acredito que os discípulos devem ter ficado perplexos porque até a vinda do Senhor Jesus, não havia essa idéia plena sobre o perdão, por essa razão Ele narra uma parábola com uma lição muito forte: Mateus cap.18 v.23 a 35. Aquele servo que acabara de ser perdoado de seu gigantesco débito, volta-se contra um companheiro que lhe devia bem menos. Quando o rei soube daquele ato, ficou furioso e teve uma confrontação muita séria com o servo.

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A dívida aqui tratada era de alto valor, exigindo uma infinita capacidade de perdoar e esse perdão representa o perdão de Deus para o pecador. Deus é aqui representado pela figura do rei. Negar o perdão é uma atitude hipócrita. Reler os v.32 e 33. Comentar a oração do Pai Nosso: ...perdoa as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores... ou ...Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem... Já que fomos agraciados com suprema misericórdia por parte do Senhor, quem somos nós para exigirmos extrema execução contra outros? A compaixão que Deus demonstra em nosso favor, exige que façamos o mesmo com os outros, portanto, negar o perdão é uma atitude hipócrita. A história encerra-se no v. 34 com séria consequência para o não perdoador: verdugo significa vara verde que era usada naquela época para castigar os criminosos, portanto essa idéia é apavorante, que nos faz pensar em tormento, sofrimento, opressão e agonia. No v.35, Jesus avisa com seriedade. Não escaparemos do tormento de que fala o Senhor, caso não perdoemos, que são as consequências de não perdoar: pensamentos torturantes, sentimentos de amargura, o ressentimento, a raiva, corroendo nossa paz e tranquilidade interior.

Perdoar é a cura das nossas chagas interiores. Esquecer é a remoção de uma cicatriz.

Pergunta: Vocês já ouviram ou já fizeram o seguinte comentário? "Perdôo, mas não esqueço" ou "Perdoar, eu perdôo, mas nunca vou esquecer". Expliquem sobre o que isso significa.

Às vezes ouvimos isso com frequência que até chega a parecer uma reação natural.

Pergunta: A Mente nos permitirá esquecer?

Conforme Deus nos criou, nossa memória pode ser comparada a um arquivo e assim é difícil acreditar que

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possamos esquecer alguma coisa que nos marcou, até mesmo coisas que queremos esquecer e não conseguimos. Muitos estudiosos comparam nossa mente a um computador: complexo e eficiente. Eles concluíram que nosso cérebro tem a capacidade de registrar oitocentas recordações por segundo e que o corpo cansa-se com a idade, enquanto que o cérebro não. O que ocorrre é que não o exercitamos bem, pois costumamos usar somente 2% da sua capacidade. Tudo que vivenciamos fica registrado em nossa mente permanentemente, apesar de nem sempre conseguirmos trazer todos os fatos à lembrança, mas se algo ou alguém lembrar algum fato, muitas vezes nós também lembramos. Por isso quando se fala em esquecer não quer dizer "ao pé da letra" mas espiritualmente significa que não devemos guardar rancor e sim desconsiderar, parar de ficar pensando e não fazer julgamento da conduta alheia. Ler Mateus cap.7 1 a 5. Podemos aprender também com Paulo em Fil. cap.3 v 12 a 14:

1) Ainda não cheguei lá

2) Esqueço o que está para trás

3) Prossigo para o que está à frente.

São as características do serviço cristão: Dependência do Senhor, carência pessoal reconhecer nossas limitações ou falhas, humildade, recusar ficar pensando no passado, não levar em consideração as ofensas infligidas, não ficar amarrados no passado; pelo contrário, sermos determinados a alcançar os objetos futuros. Ler II Cor. cap.11 24 a 27 . Já quase no fim da vida, uma vida plena e frutífera, Paulo escreveu o seguinte: Combati o com combate, completei a carreira, guardei a fé (II Tim. cap. 4v.7).

Perguntas: 1) Existe alguma coisa ou alguém que recusei esquecer e que impede que eu me torne uma pessoa feliz?

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Pare e confesse isso imediatamente a Deus, pedindo-lhe que remova esse sofrimento e amargura.

2) Estou entregando-me à autocompaixão, levando uma vida de paralização, dominado pela angústia e desespero? Pare e pense nas consequências de viver o resto de sua vida encontrando desculpas para a sua depressão, em vez de entregar tudo Àquele que pode removê-la de sua vida.

Narrar a seguinte história:

O pastor americano Charles Swindoll fez uma viagem a um Seminário evangélico para contratar um pastor auxiliar. Ao entrevistar alguns seminaristas, conheceu um do qual nunca mais se esqueceu. Apesar de não ter contratado o mesmo naquele verão, ficou impressionado ao observar nele marcas de um coração de servo. Embora ainda fosse jovem e inexperiente, falava com brandura e espírito quebrantado. Notava-se que Deus estava operando em sua vida. Entre outras coisas, aquele jovem relatou um fato que ilustrava o modo como Deus o estava moldando e reformando através de "provas de perdão": Ele narrou que certa ocasião, já perto do final do ano escolar, estava orando e pedindo a Deus que lhe desse um ministério nas férias de verão. Pedia a Deus que abrisse as portas para ele trabalhar em alguma igreja ou organização evangélica. Mas nada aconteceu. Chegaram as férias e nada. Os dias foram se transformando em semanas e ele finalmente teve que encarar a realidade: precisava de qualquer serviço que pudesse encontrar. Examinou os anúncios de jornal e a única coisa que lhe pareceu viável foi dirigir um ônibus na periferia de Chicago que pelo menos lhe garantiria um dinheiro para ajudar a custear os estudos no próximo ano. Depois de um tempo aprendendo a rota do coletivo, ficou trabalhando sozinho. Um motorista novato, num perigoso

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setor da cidade. Não demorou muito para que um grupo de jovens delinquentes percebesse isso e começasse a tirar vantagens. Durante vários dias seguidos eles entravam no ônibus, passavam por ele sem pagar, ignoravam seus pedidos e desciam quando bem entendiam. E o tempo todo ficavam a dizer gracinhas para ele e os passageiros. Por fim, em um dia, quando a quadrilha entrou como de costume, ele viu um policial na esquina, parou o ônibus e deu parte dos rapazes. O policial deu ordem para que eles pagassem ou descessem imediatamente. Eles pagaram e ficaram no ônibus e quando o policial desceu, depois de rodarem um pouco, eles atacaram o motorista, que quando voltou a si, estava todo ensanguentado. Mais tarde, em seu apartamento, ele ficou pensando, incrédulo, com idéias de ressentimento e amargura, perplexidade, raiva, desilusão. Passou uma noite inquieta, lutando com o Senhor: "Como isso tudo pôde acontecer? Onde Deus se encaixa em tudo isso? Quero servi-lo de todo o coração. Orei pedindo um ministério. Estava disposto a servi-lo em qualqluer lugar, fazendo o que Ele quisesse... e esse é o agradecimento que recebo." No outro dia ele apresenou queixa. Com a ajuda do policial e o testemunho de várias pessoas que se dispuseram a ajudá-lo, grande parte da quadrilha foi apanhada e trancafiada na cadeia do município. Alguns dias depois houve uma audiência perante o Juiz. Primeiro entrou o jovem e seu Advogado e depois a quadrilha enraivecida. De repente, porém, o jovem foi dominado por novas idéias. Não idéias de ressentimento, mas de compaixão. Seu coração se condoeu dos rapazes que o haviam atacado. Sob a influência do Espírito Santo, sentiu que não mais os odiava, mas sentia compaixão por eles. Precisavam mais de ajuda do que de ódio. O que poderia fazer ou dizer? Pergunta: O que vocês acham que ele pode ter feito ali no Tribunal? De repente, depois de ter sido feita a confissão de culpa, o jovem, para

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espanto do Advogado e de todos os presentes, levantou-se e pediu permissão para falar: "_ Meritíssimo, gostaria que o senhor determinasse a pena desses rapazes, o total de duração de sua detenção e depois me deixasse ir para a prisão no lugar deles". O Juiz ficou sem saber o que fazer ou dizer e os dois Advogados ficaram paralizados de espanto. Os rapazes ficaram boquiabertos e de olhos arregalados, enquanto que o jovem olhou para os mesmos, sorrindo e disse calmamente: "-É porque eu os perdôo." O Juiz disse que aquilo era totalmente fora de ordem e que isso nunca havia acontecido anteriormente. Nesse momento o jovem replicou: "-Ah, já aconteceu sim, Meritíssimo. Aconteceu há vinte séculos, quando um "homem" da Galiléia pagou a penalidade que toda a humanidade teria que pagar.". A seguir, por alguns três ou quatro minutos ele falou sem ser interrompido, explicando como Jesus morrera em nosso lugar, demonstrando o amor e perdão de Deus. O Juiz não lhe concedera o que pedira, mas o jovem teve oportunidades de visitar a quadrilha na prisão, onde deu início a uma importante obra que alcançou muitos daqueles rapazes e outros presidiários. Esse jovem passou por uma dura prova, mas como resultado, abriram-lhe portas de serviço: era exatamente o que ele havia pedido anteriormente em oração. Através daquele sofrimento, dos abusos e da agressão sofrida, ele obteve um ponto de partida para servir aos outros.

O perdão, assim como a doação, aprimora nosso serviço.

Vídeo: Preço do perdão - Banda restaurados no sangue.