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LEIA NO PANORAMA GERAL Ações em 2016 fortalecem Extensão Rural para 2017 LEIA NESTA EDIÇÃO Trigo: números encerram safra de trigo no RS N.º 1.430 29 de dezembro de 2016 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Analises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL Ações em 2016 fortalecem Extensão Rural para 2017 Nesta semana encerramos o segundo ano da nossa gestão e o momento é propício para avaliarmos os resultados da Assistência Técnica e Extensão Rural e Social prestada no Rio Grande do Sul pela nossa Emater/RS-Ascar. As conquistas na melhoria da qualidade de vida e de produção foram diárias, fruto do trabalho de nossos extensionistas, que com dedicação e compromisso para com o bem-estar do agricultor familiar contribui para o engrandecimento da agricultura e da economia gaúcha. Avançamos na capacitação dos técnicos e extensionistas, para que, atualizados, prestem uma Aters cada vez mais conectada com os anseios e demandas da sociedade. Para isso, investimos na aplicação de técnicas de produção que favoreçam a fertilização do solo e a redução de agrotóxicos nas lavouras e nos hortigranjeiros. Incentivamos a permanência dos jovens no campo ao lançarmos, em junho deste ano, o Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, que visa à gestão integral da propriedade rural, incentivando o protagonismo da juventude e promovendo a autonomia das mulheres e a geração de renda, a partir de programas e políticas públicas voltadas ao meio rural. A partir de convênio com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), com o apoio irrestrito do secretário Tarcísio Minetto, promovemos e participamos de grandes e inúmeros eventos por todo o Estado, sendo prestigiados inclusive pela presença do governador José Ivo Sartori, que teve a oportunidade de conhecer o trabalho fundamental executado pela Emater/RS-Ascar, através de dias de campo sobre fruticultura, em Flores da Cunha, sobre gado leiteiro, em evento dirigido a mulheres produtoras de leite em Arroio do Padre, e sobre solos em Passo Fundo, entre inúmeros outros que expressam a rica diversidade de ações que realizamos. Com todos esses e outros avanços que conquistamos e fortalecemos durante o ano que se encerra, temos a certeza de que a Emater/RS- Ascar voltou a fazer a velha e boa Extensão Rural, aliada à tecnologia de ponta que hoje temos acesso, através de diversas políticas públicas. É importante ressaltar a capacidade que nossos técnicos têm de adaptar toda essa tecnologia à pequena propriedade rural, para que o agricultor tenha condições de permanecer no campo com renda, menor penosidade no trabalho e maior qualidade de vida. Nossas perspectivas para o ano que inicia é avançar mais para que todas as ações tenham como foco/meta a sucessão familiar rural. Queremos que os jovens compreendam e comprovem que o melhor emprego é ser dono do próprio negócio, e isso nosso Programa de Gestão Sustentável permite. A cada dia e a cada ano, é possível perceber que a Extensão Rural e Social é vital para a economia das famílias, se refletindo no fortalecimento da economia dos municípios e do Estado. Enquanto extensionistas da Emater/RS-Ascar, somos uma grande ferramenta para que o Estado possa sair dessa crise econômica, fortalecendo e qualificando o meio rural e a produção de alimentos saudáveis de forma continuada, para a melhoria das condições de trabalho e de vida de todos os gaúchos. Nós confiamos no nosso trabalho e é por isso que acreditamos que 2017 será um ano ainda melhor! Feliz e saudável novo ano! Clair Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

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LEIA NO PANORAM A GERAL Ações em 2016 fortalecem Extensão Rural para 2017 LEIA NESTA EDIÇÃO

Trigo: números encerram safra de trigo no RS

N.º 1.430

29 de dezembro de 2016

Aqui você encontra:

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando

você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

Ações em 2016 fortalecem Extensão Rural para 2017

Nesta semana encerramos o segundo ano da nossa gestão e o momento é propício para avaliarmos os resultados da Assistência Técnica e Extensão Rural e Social prestada no Rio Grande do Sul pela nossa Emater/RS-Ascar. As conquistas na melhoria da qualidade de vida e de produção foram diárias, fruto do trabalho de nossos extensionistas, que com dedicação e compromisso para com o bem-estar do agricultor familiar contribui para o engrandecimento da agricultura e da economia gaúcha. Avançamos na capacitação dos técnicos e extensionistas, para que, atualizados, prestem uma Aters cada vez mais conectada com os anseios e demandas da sociedade. Para isso, investimos na aplicação de técnicas de produção que favoreçam a fertilização do solo e a redução de agrotóxicos nas lavouras e nos hortigranjeiros. Incentivamos a permanência dos jovens no campo ao lançarmos, em junho deste ano, o Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, que visa à gestão integral da propriedade rural, incentivando o protagonismo da juventude e promovendo a autonomia das mulheres e a geração de renda, a partir de programas e políticas públicas voltadas ao meio rural. A partir de convênio com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), com o apoio irrestrito do secretário Tarcísio Minetto, promovemos e participamos de grandes e inúmeros eventos por todo o Estado, sendo prestigiados inclusive pela presença do governador José Ivo Sartori, que teve a oportunidade de conhecer o trabalho fundamental executado pela Emater/RS-Ascar, através de dias de campo sobre fruticultura, em Flores da Cunha, sobre gado leiteiro, em evento dirigido a mulheres produtoras de leite em Arroio do Padre, e sobre solos em Passo Fundo, entre inúmeros outros que expressam a rica diversidade de ações que realizamos. Com todos esses e outros avanços que conquistamos e fortalecemos durante o ano que se encerra, temos a certeza de que a Emater/RS-Ascar voltou a fazer a velha e boa Extensão Rural, aliada à tecnologia de ponta que hoje temos acesso, através de diversas políticas públicas. É importante ressaltar a capacidade que nossos técnicos têm de adaptar toda essa tecnologia à pequena propriedade rural, para que o agricultor tenha condições de permanecer no campo com renda, menor penosidade no trabalho e maior qualidade de vida. Nossas perspectivas para o ano que inicia é avançar mais para que todas as ações tenham como foco/meta a sucessão familiar rural. Queremos que os jovens compreendam e comprovem que o melhor emprego é ser dono do próprio negócio, e isso nosso Programa de Gestão Sustentável permite. A cada dia e a cada ano, é possível perceber que a Extensão Rural e Social é vital para a economia das famílias, se refletindo no fortalecimento da economia dos municípios e do Estado. Enquanto extensionistas da Emater/RS-Ascar, somos uma grande ferramenta para que o Estado possa sair dessa crise econômica, fortalecendo e qualificando o meio rural e a produção de alimentos saudáveis de forma continuada, para a melhoria das condições de trabalho e de vida de todos os gaúchos. Nós confiamos no nosso trabalho e é por isso que acreditamos que 2017 será um ano ainda melhor! Feliz e saudável novo ano!

Clair Kuhn Presidente da Emater/RS

e superintendente geral da Ascar

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O agronegócio precisa de estratégia para avançar

O Agronegócio precisa de uma estratégia constante para avançar, mas é preciso fazer isso com muita informação, inovação e tecnologia. É preciso ter gestão, ser eficiente e competitivo para se manter na atividade. A discussão sobre tendências do agronegócio mundial baliza-se por questões como produção, mercado, logística, grãos, carnes, bioenergia e agricultura digital. Chega-se à conclusão de que o tema de estratégias deve ser permanente e estar inserido no dia a dia do negócio. É preciso estar pronto para o dinamismo do mercado, as mudanças e inovações tecnológicas e, mais do que nunca, conectado ao mercado. O cenário futuro é de que a China vai continuar comprando, devendo ampliar seus negócios com a América do Sul, e que estão dispostos a investir em infraestrutura no agronegócio do Brasil, desde que o governo ofereça algum tipo de garantia ao investidor. A ONU/FAO reitera que o mundo precisa dos alimentos produzidos pelo pequeno produtor. A Organização Mundial do Comércio afirma que não basta produzir, é preciso se posicionar e conquistar espaço no mercado internacional. Sobre logística o cenário é de que se sabe produzir, se está aprendendo a vender, mas é preciso entregar; logo é preciso integrar estradas, ferrovias, hidrovias e portos, em uma solução multimodal, para dar mais eficiência e competitividade não apenas ao agronegócio, como também à economia dos países sul-americanos. O desafio está na integração de rotas de escoamento, assim como na produção e na geopolítica agro da América do Sul. Não há outro caminho no mundo para o desenvolvimento que não seja essa integração, um ajudando o outro. O processo de entendimento entre as nações é bastante complexo, principalmente em regiões em que há disparidade econômica, como na América do Sul. O IICA - Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola aloca à discussão a dimensão recursos humanos. É preciso formar agrolíderes como condição à integração sul-americana; o setor agrícola tem todo o potencial, mas requer o surgimento de novas lideranças. Precisa-se de jovens que posicionem o setor permanecendo no rural. É preciso discutir estratégias para a América do Sul porque, juntos, os países sul-americanos lideram, por exemplo, a exportação de soja e milho e respondem por quase 30% da oferta mundial de carnes; trata-se, pois, de avançar nestes abastecimentos e na segurança alimentar. Fonte: Gazeta do Povo

Cadeia produtiva de suínos pode fechar o ano com maior índice do setor

O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) estima que, em 2016, o desempenho do setor seja estável e fique próximo de 67 milhões de toneladas de rações, o mesmo volume registrado no ano passado. Segundo o órgão, no acumulado de janeiro a setembro, a demanda por rações totalizou pouco mais de 50 milhões de toneladas, uma evolução de apenas 1%. O destaque do período foi a cadeia produtiva de suínos, com incremento de 3,4%, o maior índice do setor. “A partir de então, o ritmo da demanda foi mais lento, mas deve superar 3,5%, em 2016”, afirma Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações. Por outro lado, a avicultura (corte e postura) foi a mais afetada e deve encerrar o período com queda de 11% no consumo de ração. Para 2017, ele acredita que o consumo de ração animal apresente leve recuperação, alcançando 69 milhões de toneladas, estimulado, principalmente, pela queda dos preços do milho que, em sua opinião, devem ficar abaixo dos valores registrados neste ano. O CEO do Sindirações recomenda cautela para o setor, pois um evento climático poderia frustrar as perspectivas de uma boa safra de milho, como ocorreu em 2015/16. “Além disso, as instabilidades políticas no Brasil e no mundo podem provocar outra forte oscilação cambial, a exemplo do ocorreu nos últimos dois anos, favorecendo as exportações do cereal”, analisa. “A expectativa de crescimento do setor depende da recuperação da economia brasileira, do comércio internacional, da confiança do empreendedor e do consumidor brasileiro”, reforça o executivo. Fonte: SNA/Suinocultura Industrial.

Custos de produção de suínos registram queda em

novembro

Os custos de produção de suínos divulgados pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa (www.embrapa.br/suínos-e-aves/cias), registraram em novembro mais um mês de queda. O ICPSuíno/Embrapa oscilou -2,85%, caindo para 223,21 pontos (chegou a ser 253,74 pontos em abril, maior valor do ano). O preço do quilo do suíno vivo em Santa Catarina, maior produtor nacional e usado como referência no índice, ficou em R$ 3,22 em novembro, mantendo o valor desde setembro. Já o custo de produção deste mesmo quilograma de suíno vivo foi de R$ 3,90 no mês passado.

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Principal item na composição dos ICPSuíno (78,85% do preço), a nutrição dos animais recuou 3,09% em outubro, representando R$ 3,04 do total do custo de produção. No ano, o ICPSuíno ainda acumula alta, agora de 10,05%, e chega a 8,97% nos últimos 12 meses. “O atual momento poderia ser melhor para a cadeia produtiva de suínos. No entanto, apesar de os custos de produção ainda serem expressivos, o setor pode comemorar com alegria a passagem do ano de 2016, pois os preços do milho e do farelo de soja (principais ingredientes utilizados na produção de rações) bateram recorde no mercado interno. Mas, de acordo com o previsto no início do segundo semestre, as estatísticas de custos de produção tenderam para sucessivas quedas, apresentando em novembro um recuo de 2,85% para suínos, isto quando comparado com o mês de outubro”, diz o analista da área de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves, Ari Jarbas Sandi. Fonte: Embrapa

GRÃOS Trigo - RS supera expectativa de produtividade do trigo Com uma amostra de 255 municípios que cultivam trigo no Rio Grande do Sul, e que cobrem em torno de 86% da área total cultivada, a Emater/RS-Ascar finaliza a última pesquisa com os dados da safra 2016 de trigo no RS. O levantamento indica que o Estado deverá alcançar 3.132 kg/ha de produtividade média nas lavouras gaúchas, em uma área de 766.864 hectares, alcançando uma produção de 2.402.119 toneladas do produto. Comparado com a safra passada, esses números representam uma elevação de 96,7% na produtividade e de 72,6% na produção, quando o Estado alcançou 1.592 kg/ha de produtividade e 1.391.829 toneladas de produção, mesmo com uma redução de área de -13,1%. Já em relação à média das últimas cinco safras de trigo, esta, em conclusão, deverá ter uma produção 8,9% maior e a produtividade, um acréscimo de 41,6%, a segunda maior alcançada no Estado com a cultura, ficando atrás apenas do ano de 2013, quando o Estado alcançou 3.164 kg/ha, segundo dados do IBGE.

Safra Área (ha) Produção

(t) Produtividade

(kg/ha)

2011 932.390 2.744.936 2.944

2012 989.534 1.866.254 1.941

2013 1.059.032 3.351.150 3.164

2014 1.180.179 1.670.623 1.417

2015 882.566 1.391.829 1.592

Média 1.008.740 2.204.958 2.212 Safra 2016 (dez./16)

766.864 2.402.119 3.132

Variação (média x safra 2016)

-23,98 8,94 41,59

Fonte: EMATER/RS-ASCAR, Gerência de Planejamento/Núcleo de

Informações e Análises, com dados do IBGE.

“O expressivo aumento se deve a diversos fatores, como a boa tecnologia empregada aliada à assistência técnica no cultivo, além das condições climáticas adequadas à evolução da cultura”, avalia o presidente da Emater/RS-Ascar, Clair Kuhn, ao ressaltar o trabalho dos técnicos e extensionistas, “fundamental para que a cultura do trigo supere a expectativa de rentabilidade e qualidade”. No quadro abaixo, são apresentados os resultados da pesquisa segundo as 12 regiões administrativas da Emater/RS-Ascar.

SAFRA DE TRIGO dez./2016

ESREG Área (ha)

Produtividade (kg/ha)

Produção (t)

Bagé 54.860 2.986 163.810

Caxias do Sul

35.368 3.554 125.698

Erechim 32.196 3.845 123.795

Frederico Westphalen

89.526 3.333 298.390

Ijuí 204.209 3.092 631.415

Lajeado 1.443 2.544 3.670

Passo Fundo

59.012 3.438 202.883

Pelotas 4.796 2.800 13.430

Porto Alegre

1.499 2.218 3.325

Santa Maria 48.089 2.795 134.410

Santa Rosa 203.526 2.956 601.622

Soledade 32.340 3.082 99.672 Fonte: EMATER/RS-ASCAR, GPL/NIA.

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Arroz - As lavouras de arroz estão em fase de desenvolvimento vegetativo, com boa evolução e sem problemas significativos. As condições climáticas das últimas semanas têm favorecido o desenvolvimento da cultura. Foram realizadas algumas adubações nitrogenadas; os aguadores estão monitorando a irrigação das lavouras. A previsão é de uma boa safra. Produtores realizam aplicação de herbicidas, de ureia e manejo da irrigação na lavoura em desenvolvimento vegetativo (100%). Na Fronteira Oeste e Campanha, os reservatórios estão com nível máximo de armazenagem de água para a irrigação. Na região Central do Estado, em lavouras que utilizam água para irrigação de pequenos cursos hídricos, produtores já estão enfrentando alguma dificuldade, pois estes cursos estão com nível de água muito baixo; um dos municípios que está enfrentando esta situação é Cachoeira do Sul. Os valores do produto permanecem estáveis, oscilando para mais ou para menos em pequenas escalas. Nessa semana o valor médio da saca de 50 kg do arroz em casca caiu 0,14%, ficando em R$ 48,41.

Soja - A lavoura encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo e em início de floração das cultivares superprecoces semeada em outubro. Nessas áreas mais adiantadas da cultura, apresenta-se no estádio V6 (com trifólios completamente desenvolvidos), com bom desenvolvimento vegetativo, sendo necessário o monitoramento diário para amostragem de pragas e doenças. O stand de lavouras é bom, beneficiadas pelas chuvas, mesmo que irregulares, com calor e luminosidade. Em algumas regiões, durante a semana anterior, as plantas apresentavam sintomas de murchamento, com folhas viradas, nos locais com falta de precipitação; mas com o retorno das chuvas, a cultura voltou a apresentar bom desenvolvimento. No município de Ijuí, algumas lavouras apresentam folhas enrugadas, preocupando produtores, pois ainda não foram identificadas as prováveis causas. Na lavoura sentinela em Cruz Alta, a análise em laboratório realizada pela Unicruz detectou a presença de ferrugem. Os tratos culturais baseiam-se no controle de invasoras e alguns insetos. O mercado está focado no clima da América Latina e no câmbio. A saca de soja de 60 kg teve significativa queda de preço médio na semana, baixando 2,51%, ficando em R$ 68,86.

Milho - Lavoura em estádios de desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos, apresentando bom padrão geral até o momento. No Planalto Médio, as estimativas apontam para um rendimento entre 8 e 9 t/ha. Em algumas áreas na calota Norte do RS, especialmente na região Noroeste, condições climáticas vinham causando preocupação em algumas localidades, aliviada com as últimas chuvas da semana, que vieram em boa hora para garantir a produção. As condições climáticas até então eram de pouca quantidade de chuva e baixa umidade do ar, que, aliadas ao forte calor e à radiação solar (aumento na evaporação da umidade do solo), vinham provocando folhas “retorcidas” nas plantas de milho que estão em formação da espiga, com perspectivas de redução do tamanho e peso do grão. As lavouras que apresentavam sintomas de murchamento foram imediatamente colhidas para silagem e apresentaram boa produção de massa. As chuvas foram importantes também para a realização da adubação de cobertura nas lavouras implantadas mais tardiamente. Observou-se que as temperaturas se elevaram sobremaneira, ultrapassando a marca dos 35°C e por vários dias consecutivos no último período, subindo aproximadamente cerca de 10°C da normal. Nas áreas onde o milho destina-se preferencialmente para alimentação dos animais, se intensificam os trabalhos com o corte de milho para silagem; na grande maioria das áreas, apresenta uma excelente produtividade de massa verde. Algumas lavouras estão colhendo mais de 50 t/ha, e a média fica por volta dos 43 t/ha. Milhos cultivados com tecnologia de pivôs se encaminham para a colheita que deverá iniciar de meados a final de janeiro. Em áreas com problemas de umidade e cultivo de sequeiro, há possibilidade de algumas lavouras aderirem ao Proagro, pois houve falta de chuvas no período crítico de enchimento de grão, como na região do Alto da Serra do Botucaraí. As exportações brasileiras perderam força diante da entrada da safra americana no mercado. Seguem as importações do Paraguai e da Argentina. O clima será fator determinante na formação dos preços a médio e longo prazo. A pesquisa de preços mostra nessa semana, que a saca de 60 kg do milho, no Estado, manteve-se estável com pequeno aumento de 0,03%, estando em R$ 34,84. Feijão 1ª safra – O padrão de lavouras é bom, beneficiado pelas chuvas sequenciais dos últimos

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dias na maioria das regiões produtoras. Os tratos culturais concentram-se na aplicação de inseticidas para controle de cascudinhos e de fungicida para controlar mancha angular e antracnose. As primeiras lavouras colhidas apresentam boa produtividade, dentro do esperado, apesar de o clima em determinadas épocas do ciclo da cultura não ter sido plenamente favorável, com ocorrência de frio na fase vegetativa e escassez de chuvas nas fases de floração e enchimento de grãos; mesmo assim, os resultados têm deixado os agricultores satisfeitos. Agricultores de várias regiões já implantam o feijão safrinha ou 2ª safra. A cotação média da saca de feijão preto no RS, nessa semana, foi de R$ 234,44, subindo 4,20% em relação à anterior.

Painço - No Noroeste do Estado, a cultura está em conclusão de colheita, com ótimos rendimentos, atingindo até 50 sacas/ha. Nos principais municípios produtores, como Tucunduva, a área é de mil hectares; de 1.800 ha em Novo Machado, de 300 ha em Horizontina, com áreas cultivadas também em Tuparendi. O preço da semana se encontra em queda, por volta de R$ 80,00/saca de 60 quilos

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais

No Vale do Taquari, cerca de 80% da área de cultivo de tomate foi colhida, apresentando frutos de boa qualidade que foram comercializados no período a preços médios de R$ 1,50/kg (queda de 25% do valor). O clima no período foi desfavorável ao desenvolvimento da cultura da alface; ocorreu o pendoamento de algumas cultivares devido às altas temperaturas, restando basicamente cultivos em ambiente protegido, onde o comportamento é favorável à qualidade, exigindo irrigação e sistema protegido com sombreamento. A alface foi comercializada em média a R$ 1,00/unid. A cultura do feijão-vagem restringe-se apenas aos feirantes e se encontra em fase final de colheita, sendo comercializado a R$ 2,00/kg.

No Vale do Caí, o clima facilitou o trabalho no período – ensolarado, com chuvas esparsas, bem distribuídas, temperaturas elevadas ao longo do dia e relativamente amenas à noite. Os preços estão em baixa (alface R$ 6,00/dz.; tomate de boa qualidade a R$ 20,00/cx.); em muitos casos não

cobrem os custos de produção, aumentados devido à necessidade mais intensiva da irrigação. Houve relato de problemas pontuais causados por doenças, principalmente fúngicas, abortamento de flores e ataque de pragas como a mosca-branca.

Nas Missões e Fronteira Noroeste, as condições de umidade do solo devido às últimas chuvas têm sido benéficas para o cultivo das olerícolas. Entretanto, devido à forte irradiação solar, somente produtores que têm hortas protegidas com sombrite estão com produção de folhosas para consumo da família ou para comercialização.

Boa produção e oferta de cenoura e beterraba no comércio local. Observa-se excelente sanidade em relação à produção de cucurbitáceas e espera-se uma ótima produção. Pepino apresenta boa condição de desenvolvimento com a colheita inicial apresentando boa produtividade, mas o sol forte exige proteção dos frutos para que não fiquem “queimados”. As hortas caseiras estão em declínio devido ao intenso calor e às chuvas irregulares; porém as hortas comerciais e as domésticas que dispõem de irrigação produzem boa variedade de produtos. Em andamento a colheita de pepino, vagens, moranga, abobrinhas e tomate. Em Porto Vera Cruz foi realizada a 11ª Festa da Fruta, que teve também grande oferta de verduras. Na fruticultura está em andamento a colheita de uva, melão e melancia com excelente produção. Os produtores começaram a comercializar uvas e melancia na feira e como ambulantes nas cidades. A safra do pêssego apresentou ótima produtividade, estando praticamente encerrada. Há expectativa de excelente produtividade de uva, melão e melancia; inclusive, constata-se ótima sanidade. O moranguinho está em final de colheita; no geral apresentou boa produtividade, sendo vendido de R$ 16,00 a R$ 20,00/kg.

Frutícolas

Ameixa – As condições climáticas da Serra, tanto hibernais quanto as da primavera e do início do verão vêm sendo bastante favoráveis ao desenvolvimento e produção da cultura. Pomares com boa sanidade, vigor e carga de frutos; estes, com bom calibre e sabor e ótima coloração. A variedade Fortune, localmente também conhecida por “Italianinha”, está em plena colheita. Outra cultivar de grande importância na região serrana é a Letícia, em plena maturação dos frutos; em

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locais em pouco mais quentes, inicia a colheita. Momento de poda verde para arejamento do dossel vegetativo (copa) e para monitoramento das pragas, de modo especial a mosca das frutas. Assim como ocorre com o pêssego, a grande oferta de frutos vem abarrotando o mercado, deixando-o um tanto travado. Muita fruta sendo entregue de forma consignada e outra parte sendo estocada para venda futura, no intuito de reação da cotação. Preço médio na propriedade em R$ 1,00/kg. Citros - O principal cultivo de citros na região do Vale do Caí são as bergamoteiras, e nestas, uma das atividades que mais demanda mão de obra é o raleio, que ocorre nos meses de dezembro a março. Esta prática consiste na retirada de parte das frutas ainda pequenas, para permitir que as frutas remanescentes obtenham melhor tamanho e qualidade. O raleio tem ainda o objetivo de evitar uma característica das bergamoteiras: a alternância, segundo a qual em uma safra produzem grande quantidade de frutas e na safra seguinte pouco ou nada produzem. Atualmente os citricultores já finalizaram o raleio da bergamota Satsuma, a mais precoce entre todas as frutas cítricas, e estão iniciando o raleio na bergamoteira Caí, do grupo das “mexericas” ou “tangerineiras do Mediterrâneo”. Este grupo inclui ainda as bergamoteiras Pareci e Montenegrina. O raleio é realizado com as frutas pequenas; para que o efeito desejado seja alcançado, a prática deve ocorrer quando a fruta está com um diâmetro de até três centímetros. Como o desenvolvimento das frutas é mais rápido nas cultivares mais precoces, estas são raleadas antes que as tardias. Além do raleio os citricultores estão executando práticas de podas, roçadas, adubações e tratamentos preventivos à ocorrência de pragas e doenças. As laranjeiras, que também são cultivadas no Vale do Caí, estão com bom desenvolvimento, sendo que a primeira cultivar a ser colhida é a laranja Céu Precoce, cuja colheita se dará a partir de maio. A lima ácida Tahiti, popular limão da caipirinha, tem fluxos de floração permanente, e em consequência, produção também durante todo o ano, com concentração nos meses de inverno. Atualmente a produção no Vale do Caí está muito pequena, sendo que o mercado gaúcho está sendo abastecido com frutas provenientes de São Paulo.

Banana – No Litoral Norte, municípios de Morrinhos do Sul, Três Cachoeiras, Mampituba, Dom Pedro de Alcântara e Torres, as atuais condições climáticas com dias quentes e boa umidade no solo estão propícias para o desenvolvimento da cultura da banana, que está com excelente procura/demanda no mercado, especialmente pela variedade Prata. Houve aumento de preço na semana devido à demanda e produção de melhor qualidade de frutos em função da época. A cultivar Platina tem encontrado resistência no mercado, tendo em vista sua baixa aceitação pela população, em decorrência do despencamento precoce, polpa mole e amilácea quando madura e de baixa durabilidade nas prateleiras de supermercados e fruteiras. A produtividade inicial é de 10 t/ha. Preços no mercado local, para caixas de 20 quilos: variedade Prata: R$ 46,00 de primeira qualidade e de R$ 23,00 para a banana de segunda qualidade. Variedade Caturra: R$ 36,00 de primeira qualidade e de R$ 18,00 para banana de segunda qualidade. A atual condição de mercado é a baixa disponibilidade de frutos na região, abaixo das quantidades normais para a época. Banana Caturra se mantém com preços acima das médias históricas da região. O preço pago ao produtor para banana da cultivar Prata orgânica tem variado de R$ 1,30 a R$ 2,20/kg. Uva - Na região alta do Vale do Taquari, onde está concentrada a área de cultivo de videiras, representada pelos municípios de Dois Lajeados, Nova Bréscia, Putinga, Relvado, Arvorezinha e Vespasiano Corrêa, as plantas encontram-se na fase de enchimento das bagas. Já nos municípios produtores de uva da parte baixa do Vale do Taquari, como Roca Sales e Muçum, onde o inverno é mais ameno, estão em início de maturação as uvas pretas das variedades Bordô, Isabel Precoce e Concord, esta última também conhecida como Francesa, e estão em colheita as variedades Niágara branca e Niágara rosa. O tempo seco e frio do inverno proporcionou uma boa dormência e uma excelente brotação das videiras. Além disso, a primavera, também seca, com chuvas regulares, foi favorável ao bom desenvolvimento dos ramos, com boa produção e baixo índice do aparecimento de doenças fúngicas, como antracnose e míldio. Entretanto, o inverno intenso e prolongado fez com que a

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maturação atrasasse em média 10 dias em relação à safra passada. No município de Anta Gorda, ocorreu chuva de granizo em 7 de dezembro, atingindo uma parte do município e causando perdas nos parreirais localizados nessa região. A produção da grande maioria destes parreirais estava destinada à elaboração de vinho para consumo da família; em 2,5 ha de um produtor, a uva seria destinada à comercialização para terceiros. O mercado tem se caracterizado pela procura das agroindústrias, devido à frustração da safra passada e em função de baixos estoques de vinho e suco nas indústrias e no mercado, com ofertas de preços acima do preço mínimo. No município de Vale Real, no Vale do Caí, onde o mesoclima mais quente propicia antecipação na maturação das uvas, estão em início de colheita as variedades Niágara branca e Niágara rosada. Neste município são cultivados 290 ha de uvas Niágara, sendo 200 ha de Niágara rosada e 90 ha da Niágara branca. O mercado encontra-se aquecido e, devido à demanda pelo produto e baixa produção, os preços têm se mantido em alta. No município encontram-se parreirais com produtividades estimadas de 15 mil quilos por hectare, inferior ao potencial do cultivo. A menor produtividade pode ser explicada pela péssima safra anterior, com grandes problemas climáticos e de doenças, o que fez com que as videiras não acumulassem reservas para esta safra, resultando em menor produtividade; porém, considerando cor e sabor, a qualidade está muito boa. O tempo favorável ao desenvolvimento da cultura, com pouca chuva e dias ensolarados, tem favorecido e acelerado a maturação e colheita das uvas Niágara. A produção da Niágara rosa é comercializada na Ceasa de Porto Alegre e Caxias do Sul, Flores da Cunha, bem como em Santa Catarina e outros estados do país. O preço médio recebido pelos viticultores para a uva comercializada na Ceasa está em R$ 3,50/kg; para a uva comercializada para outros estados em caixinhas de 700 g o preço em média é de R$ 3,00. Nesta semana que antecede o final de ano, há uma grande procura pela uva; muitos viticultores estão comercializando com pouca maturação, pois o preço está atrativo; em alguns mercados, chega até a R$ 4,00/kg. Morango - Os produtores que produzem morangos em solo (dentro dos estufins) no Vale do Taquari estão em final da colheita, estimando-se que 90% da safra já tenha sido colhida. A

floração/frutificação, a partir de agora, ocorre de forma esporádica na lavoura e com frutos menores. Quanto ao morango protegido e semi-hidropônico, a produção também alcança de 80 a 85% de colheita. Este ano a safra começou tarde e parece que finalizará mais cedo, ficando a produção e produtividade abaixo dos patamares históricos. Registra-se no momento ocorrência significativa de trips e oídio nas áreas em produção. O preço de comercialização situou-se entre R$ 12,00 e R$ 15,00/cx. com meia dúzia de cumbucas. A produção orgânica alcança preços que variam de R$ 15,00 a R$ 20,00/kg. Hortícolas Tomate - Lavouras cultivadas nos mesoclimas quentes da região Serrana, no vale de rios, já se encaminham para o final do ciclo produtivo, acelerado pela ocorrência de altas temperaturas nos últimos dias. Inicia a colheita dos tomateiros cultivados nas partes mais altas, sendo a safra do cedo. Estas plantas se mantêm com sanidade e demonstram grande carga de frutos, com bom calibre e ótima coloração. Tempo seco e calor favorecem bastante essas lavouras. Nessas localidades, também inicia o transplantio das áreas da safra do tarde. Com grande oferta de tomates no mercado, a comercialização vem sofrendo sérios entraves, deixando os tomaticultores insatisfeitos e amargando prejuízos com a cultura. Preços médios na propriedade: longa vida, R$ 1,00/kg; Gaúcho, R$ 1,70/kg. No Vale do Caí, a cultura encontra-se em plena colheita, com frutos de boa qualidade. A ocorrência de chuvas regulares e as noites com temperatura amena têm favorecido a olericultura em geral. A situação fitossanitária é razoável; registra-se a ocorrência de mosca-branca e septoriose. Os preços se mantiveram estáveis para o período, se situando em torno de R$ 1,70 a R$ 1,90/kg, e R$ 25,00/ cx. de 20 quilos. Tomate cereja: R$ 10,00 por meia dúzia de cumbucas/300 gramas (1,8 kg) ou de R$ 2,50 a R$ 5,00/kg.

Pepino - No Vale do Caí, a colheita do pepino conserva foi intensificada, ocorrendo grande oferta de produto e redução da remuneração alcançada. A situação fitossanitária é regular, com ocorrência de ácaros, mosca-branca e doenças fúngicas.

Pepino conserva – de R$ 15,00 a

25,00/cx. de 20 quilos (preço de entrega

dos produtores)

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Pepino salada – entre R$ 12,00 a R$

15,00/cx.

Repolho - Época de final de colheita das lavouras implantadas na primavera no Vale do Caí. Apesar da qualidade satisfatória, o excesso de oferta e/ou a pouca demanda ainda estão proporcionando a queda relativa de preço e o acúmulo de produtos nas lavouras; em certos casos, inviabilizando a colheita. O preço médio praticado não reagiu no período, ficando entre R$ 0,30 e R$ 0,35/cab. Pequenas áreas estão sendo implantadas naquelas unidades de produção que possuem adequados sistemas de irrigação e reservação de água.

Brócolis e couve-flor - Devido ao intenso calor (com registro de até 37ºC), resta uma ou outra área em colheita; por causa disso, nesse período o cultivo é retomado somente na segunda quinzena de fevereiro. Quanto ao preço, permanece estável, sendo os brócolis comercializados a R$ 20,00/dz. e a couve-flor a R$ 25,00/dz., com plena produção normal. Alguns produtores que ainda não possuem irrigação sofrem para fazer o replantio devido à falta de chuva.

Alface - A região produtora do Vale do Caí apresenta produção em quantidade e qualidade adequadas; porém, há queda acentuada no preço (de R$ 4,00 a R$ 5,00/dz.) e elevação de custos dada a exigência de irrigação sistemática, o que desestimulou novas áreas de plantio no período.

Aipim - A cultura se encontra em fase de desenvolvimento vegetativo. Alguns produtores estão realizando as capinas, e o desenvolvimento no geral é bom nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste. Em Nova Candelária, uma lavoura apresentou graves problemas de doenças em poucos dias; tudo indica que seja bacteriose. A mandioca de sobreano, produto colhido nessa época, apresenta qualidade inferior, pois apresenta dificuldade de cozimento e sabor mais amargo. No Vale do Caí, na cultura do aipim, se observam lavouras bastante adiantadas no desenvolvimento fenológico e outras mais atrasadas, pois ocorreram muitos replantios devido à baixa qualidade de manivas neste ano. Nos últimos dias foram verificadas lavouras com sérios danos ocasionados por Xanthomonas sp. o que poderá acarretar em queda de produção. Apesar da dificuldade encontrada por muitos agricultores na aquisição de ramas (manivas), o

plantio está sendo feito normalmente em áreas da região Metropolitana. A produção tem considerável importância na região toda, tendo como principal destino o consumo na propriedade e para as criações. Alguns produtores comercializam o produto no PNAE (merenda escolar) e em mercados locais. O preço médio de comercialização é de R$ 2,00/kg. Temperos em geral - Permanece baixo o preço praticado nestas culturas, devido à oferta exagerada de produção.

Feijão-vagem - Produção em plena fase de colheita, com preços médios praticados à ordem de R$ 25,00 a R$ 35,00 (saco de 10 quilos).

Batata-doce – Na região Centro Sul, municípios de Mariana Pimentel, Barra do Ribeiro e Sertão Santana, já foram colhidos e comercializados 97,2% da produção. Intensificam-se o período de plantio das áreas e também o preparo de solo e a aquisição de insumos. Observa-se a intensificação do preparo do solo e do plantio da safra 2016-2017; até o momento, estão plantados 70% da área total de cultivo. A falta de chuva dos últimos dias tem preocupado os agricultores. As lavouras estão produzindo em média 14 t/ha, com produto de média qualidade, pois a qualidade reduz à medida que o final da safra se aproxima. Os preços baixaram em função da entrada de batata-doce vinda da região Nordeste do país; para caixa com 20 quilos, estabeleceram-se da seguinte forma: batata-doce de cascas branca e roxa está sendo negociada na lavoura a R$ 18,00; a de casca rosa recebe um preço diferenciado, R$ 15,00.

Comercialização de Hortigranjeiros Dos 35 produtos principais analisados semanalmente pela Gerência Técnica da CEASA/RS, entre o período de 20/12/2016 a 27/12/2016, tivemos 26 produtos estáveis em preços, 04 em alta e 05 em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Um produto destacou-se em alta: Tomate Caqui Longa Vida – de R$ 1,50 para R$ 2,50 / kg (+ 66,67%). Entraram nesta oportunidade para comercio cerca de 338.397kg de Tomates tipo Caqui Longa Vida, volume este bem inferior a media por dia forte

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ocorrida nos últimos três anos para dezembro que foi 433.975kg. A oferta geral brasileira no momento está reduzida por diversos motivos. Embora os preços altos praticados no mesmo período do ano anterior tenham motivado uma certa intenção de elevação nos plantios, na pratica, com a retração nas vendas sentida no ano inteiro os produtores refletiram e optaram por reduzir sensivelmente os plantios buscando um equilíbrio da oferta com a procura, ou seja, buscando não sofrer prejuízos com possíveis sobras. Observemos que com a retração nas vendas do produto fato inclusive que andou nos meses anteriores influenciando a retração do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Por outro lado ocorreram problemas de oferta devido a fatores climáticos como o do Paraná, onde o excesso de chuvas prejudicou a implantação das lavouras. No RS, segundo alguns produtores a baixa qualidade da oferta do momento é devida também ao excesso de chuvas no desenvolvimento da cultura e temperaturas baixas fora de época. Mesmo em plena safra gaúcha 25% do tomate no momento esta vindo de fora do RS. Como registro em relação nossos dados históricos, o preço mais comum de atacado formado nesta terça-feira estabeleceu-se por volta de R$ 2,50/kg, muito próximo da media por dia forte, ocorrida nos últimos três anos para dezembro foi de R$ 2,58/kg. Nenhum produto destacou-se em baixa.

Preços de comercialização praticados na Ceasa Serra por produtores do Vale do Caí

Repolho - R$ 0,40 unid.

Beterraba - R$ 20,00 cx.

Cenoura - R$ 20,00 cx.

Alface - R$ 6,00 dz.

Couve-flor e brócolis - R$ 10,00

dz.

Tomate - R$ 20,00 cx.

Pimentão - R$ 25,00 cx.

Quiabo - R$ 18,00 dz.

OUTRAS CULTURAS Cana-de-açúcar - As áreas de cana-de-açúcar estão em fase de desenvolvimento vegetativo no Noroeste do RS. A cultura apresenta

desenvolvimento normal, sem ataques de pragas e fungos que demandem controle. Os agricultores estão encerrando nos próximos dias a adubação dos canaviais e os tratos culturais de entressafra, devendo concluir tais práticas em função de as plantas alcançarem altura que impossibilita a entrada das máquinas. Fumo - Apesar de o desenvolvimento ter ficado um pouco aquém do esperado, devido ao frio e à falta de chuvas que permaneceu até o início de outubro na região Noroeste, temos uma boa safra. Inúmeros produtores acionaram o seguro da Afubra, devido à queda de granizo em algumas localidades, mas sem grandes prejuízos. Também ocorre a colheita, avançando na fase final, um pouco mais antecipada que em outros anos, principalmente devido à ocorrência de doenças, em especial da ferrugem; ainda assim, é uma safra de bom rendimento, que corre sem sobressaltos pela pouca ocorrência de chuvas. Vários agricultores pretendem iniciar a classificação ainda antes da virada de ano.

CRIAÇÕES Pastagens – Tal como acontece com as outras culturas, o clima - com temperaturas amenas pela manhã, elevando-se gradativamente ao longo do dia, com umidade e alta luminosidade - também favorece as condições de produção das pastagens anuais de verão; as áreas cultivadas com milheto, sorgo forrageiro e capim sudão apresentam ótima condição de utilização e há perspectiva de aumento na produção de leite com redução no custo de produção devido à boa oferta de forragem. Este quadro também se repete nas pastagens de tifton, que apresentam um quadro bastante favorável à produção animal. Houve dificuldade na implantação de algumas pastagens anuais de verão devido à falta de chuvas durante o mês de dezembro. O campo nativo e as pastagens perenes de verão estão sendo utilizados para o pastejo de animais. Em áreas de pastagens perenes de verão, com tifton e similares, observam-se ataques de lagarta das pastagens e cigarrinha. As lagartas que atacam estas pastagens são a Mosis latipes e Spodoptera frugiperda; o controle se dá com produtos à base de Bacillus thuringiensis, que se mostra bastante efetivo e não prejudica a utilização das pastagens pelos bovinos. Para a cigarrinha, o controle não é efetivo e as práticas são voltadas mais ao convívio com a praga do que

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à eliminação; assim, recomenda-se manutenção e conservação da fauna nativa, cultivo de diferentes espécies de forrageiras, equilíbrio nutricional das plantas e utilização de predadores e parasitas desta espécie. Alguns produtores estão implantando milho e sorgo para silagem; o clima está favorável às culturas e há boas perspectivas de produção. Os produtores estão manejando os rebanhos adequando a carga animal às condições de disponibilidade forrageira dos campos nativos; alguns produtores que estão manejando áreas do campo com cercas elétricas e com ajuste da carga animal apresentam os melhores resultados na obtenção de ganho de peso dos animais. Bovinocultura de corte - As condições de produção da pecuária de corte estão dentro da normalidade para a época. Os rebanhos apresentam boa condição corporal, o clima é favorável à produção de forragem das pastagens naturais, a oferta de pasto tem apresentado constância e a tendência é de manutenção deste quadro. É importante a suplementação dos rebanhos com sal mineral ou sal comum. O clima quente e úmido tem favorecido a incidência elevada de carrapatos, bernes e mosca-do-chifre nos rebanhos. Os produtores estão realizando aplicações periódicas de endocidas e ectocidas nos animais. Em alguns casos, os produtos utilizados em banho e pour on (aplicação tópica) têm apresentado pouca eficiência no controle, principalmente do carrapato, que pode ser atribuída a dois fatores: a ocorrência de chuva após a aplicação e a resistência dos parasitas ao princípio ativo utilizado. Esta situação tem levado os produtores a utilizar novas moléculas e associar produtos para controlar a infestação de carrapatos. O procedimento eleva os custos e em alguns casos pode haver intoxicação dos animais. É recomendado que os produtores busquem orientação, preferencialmente de um médico veterinário, e sigam as recomendações de utilização de cada produto; além disso, é necessário que tomem os devidos cuidados na manipulação e aplicação destes produtos, evitando risco para as pessoas e os animais. Os rebanhos estão sendo vacinados contra as clostridioses e dosificados para combate à verminose. Em algumas propriedades, ainda estão nascendo terneiros. Segue o período de entouramento, sendo que o índice de prenhez deverá ser alto, considerando-se as boas condições de escore corporal das matrizes.

Nesse período em que inicia o predomínio de temperaturas elevadas, é fundamental proporcionar aos animais condições favoráveis de sombra e água de qualidade, reduzindo desta maneira o estresse hídrico, principalmente em raças europeias. Comercialização Na região de Bagé, o mercado de animais para abate e reposição está em baixa; há pouca procura por gado gordo e os produtores estão apreensivos para realizar as reposições. Contribuiu para este quadro uma oferta elevada de gado gordo em outubro e novembro, com animais oriundos das pastagens de inverno praticadas em áreas de soja. Os fiscais sanitários do Estado estão em greve; algumas inspetorias veterinárias e zootécnicas - IVZs da região estão fechadas, e a emissão de Guia de Trânsito Animal - GTA está ocorrendo onde há fiscais contratados e também está com cobertura de outro município. Este quadro prejudica as negociações e causa transtorno aos produtores. Preços recebidos pelos pecuaristas da região (R$/kg vivo)

Produtos Mínimo Máximo Médio

Boi gordo 4,80 5,30 4,90

Vaca gorda 4,30 4,70 4,40

Terneiro 5,00 6,00 5,00

Vaca de invernar 3,75 4,20 3,90

Novilho de invernar 4,70 5,30 5,00 Fonte: Escritório regional EMATER/RS-Ascar de Bagé.

Na Região de Caxias do Sul, os preços dos bovinos mantiveram-se estáveis, conforme tabela abaixo:

Produto Unidade R$

Boi gordo kg vivo 5,10

Vaca gorda kg vivo 4,60

Terneiro kg vivo 5,00

Novilho sobreano kg vivo 4,00

Novilho 2 anos kg vivo 4,30

Novilho 3 anos kg vivo 4,70

Vaca descarte kg vivo 4,00

Novilha 2 anos kg vivo 4,00 Fonte: Escritório regional EMATER/RS-Ascar de Caxias do Sul.

Na região de Passo Fundo, semana com menor intensidade na movimentação de bovinos de corte, com preços estáveis pagos ao produtor: boi gordo, entre R$ 5,25 e R$ 5,30/kg vivo; vaca descarte

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entre R$ 4,40 e R$ 4,50/kg vivo; novilho para engorda de R$ 5,20 a R$ 6,00/kg vivo. Na região de Porto Alegre, na microrregião Centro-Sul (Butiá, São Jerônimo, Arroio dos Ratos, Minas do Leão), produtores informam aumento no valor oferecido por animais prontos para abate e diminuição dos preços ofertados por compradores a animais de recria; preços: boi gordo a R$ 5,10/kg vivo, vaca gorda a R$ 4,60/kg vivo, terneiro de sobreano de R$ 6,00/kg vivo. Na microrregião do Litoral Médio (Mostardas, Palmares do Sul, Capivari do Sul), não houve alteração de preços ao produtor; prazo pagamento: 30 dias. O preço da vaca para invernar, novilha e terneiro apresenta grande variação, dependendo da qualidade genética do animal (ex.: a vaca vazia pode variar de R$ 1.000,00 a 1.450,00 por cabeça). Há tendência de manter o preço alto e o mercado aquecido do boi gordo. Terneiros e vacas para engorda permanecem com preço baixo, também devido ao aumento da oferta de animais com a redução da área de pastagem, por causa da implantação de lavouras de verão. Outro fator que pode estar influenciando na queda de preço é a diminuição de financiamentos para aquisição de animais. Acredita-se que deverão recuperar o preço a partir do final de dezembro, com melhora do campo e pastagens de verão. Preços: boi gordo de R$ 5,20 a R$ 5,30/kg vivo e vaca gorda de R$ 4,60 a R$ 4,70/kg vivo. Na região de Santa Maria, continua a mesma a situação de comercialização e preços praticados no mercado do boi gordo e mesmo de gado de cria e terneiros: preços baixos, pouca comercialização e muita oferta por causa do gado que saiu das pastagens. O preço médio praticado nesta semana foi de R$ 5,06/kg do boi vivo gordo; já o preço da vaca saiu a R$ 4,46/kg vivo, quebrando uma leve tendência de elevação dos preços. Na região de Santa Rosa, a situação dos bovinos a campo é boa, visto que os campos nativos se apresentam em boas condições. O mercado não se apresenta favorável, embora frigoríficos tenham demandado um número maior de animais para o abate com a proximidade do final do ano. Preços praticados pelos pecuaristas da região

Produto (unid./medida)

Mínimo (R$) Máximo (R$)

Terneiro (cab.) 900,00 1.000,00

Terneira (cab.) 750,00 800,00

Novilho 2 anos (cab.)

1.300,00 1.400,00

Novilha 2 anos 1.200,00 1.300,00

(cab.)

Vaca com cria (cab.)

2.200,00 2.300,00

Vaca magra (cab.)

1.500,00 1.600,00

Boi gordo (kg) 4,80 5,00

Vaca gorda (kg) 4,30 4,50 Fonte: Escritório regional EMATER/RS-Ascar de Santa Rosa.

Bovinocultura de leite - No geral as condições de produção de forragem para o rebanho leiteiro são ótimas; há boa oferta de alimentos e foi iniciado o pastoreio nas pastagens de milheto e capim sudão que apresentam muito boa condição de oferta de forragem. Em áreas de pastagens perenes de tifton e jiggs, as condições também são favoráveis. As poucas restrições de umidade e as horas de luz diárias elevadas favorecem o rápido crescimento e rebrote das forrageiras. O período é de elevada produção de leite, ocasionando redução no preço pago aos agricultores. O milho para a produção de silagem está em pleno desenvolvimento; em algumas lavouras, em fase de enchimento de grãos, prejudicada nas regiões de pouca chuva. Em algumas áreas os produtores já estão fazendo corte de milho para silagem nas cabeceiras das lavouras e fornecendo esse material para as vacas leiteiras. O milho silagem em fase de floração está sendo prejudicado pela falta de chuvas. As vacas leiteiras apresentaram boas condições sanitárias e nutricionais. Alguns produtores realizam controle de ectoparasitas, especialmente carrapato e berne. Com o calor extremo verificado na semana, houve redução de produção em função do estresse térmico, especialmente nos dias em que concomitantemente tivemos alta umidade do ar, o

que reduz o consumo de alimentos, pois para se

protegerem do calor os animais ficam concentrados nos locais onde ainda há sombra. Nestes dias quentes, a estratégia no manejo dos animais é buscar aproveitar ao máximo o pastejo noturno e no início da manhã. Na região de Ijuí, há redução da oferta de forragem verde devido ao baixo crescimento das pastagens, nos locais com baixas precipitações. Agricultores familiares recorrem ao corte do milho destinado à silagem para suprir as necessidades de alimentação dos animais. Pastagens anuais apresentam dificuldade de rebrote. As condições do clima nas últimas semanas (chuvas abaixo do normal, temperaturas elevadas, alta incidência de radiação solar) reduziram o desenvolvimento das

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pastagens cultivadas perenes (tiftons, jiggs, aries, aruana, capim-elefante, entre outras) e de espécies anuais de verão (milheto e capim sudão). Na região de Soledade, com as chuvas leves, ocasionais e isoladas do final de semana e início dessa semana na maioria das regiões, houve um “alívio” para as pastagens (cultivadas e campo nativo) mantendo-se em desenvolvimento. O campo nativo também teve seu desenvolvimento reduzido em função da redução da umidade do solo (chuvas abaixo do normal durante as últimas semanas). Comercialização Região de Bagé – De maneira geral há uma redução em torno de 15 a 20% no preço pago pelo leite ao produtor; mesmo com bonificações de qualidade e quantidade, o preço base apresentou redução. As empresas alegam que há aumento na produção e redução no consumo o que é normal para a época do ano. Outro grave problema que tem ocorrido na região é o fato de que os produtores que entregam leite para cooperativa têm recebido o pagamento com atraso prejudicando a manutenção da atividade; muitos produtores estão migrando para outras empresas

ou abandonando a atividade. Preço do leite de R$ 0,75 a R$ 1,30/L.

Região de Caxias do Sul - O preço médio do leite pago ao produtor foi de R$ 0,15 a R$ 1,20, dependendo de bônus por qualidade e quantidade. Região de Frederico Westphalen- Preço pago pela indústria ao produtor entre R$ 0,84 e R$ 1,09/L e preço médio de R$ 0,96/L. Região de Ijuí - Preço com tendência de baixa, conforme tabela de preços médios pagos aos produtores em um universo pesquisado de 271.650 litros:

Faixa de produção

Volume amostrado

Preço (R$/L)

Até 1.500 L 2.459 L 0,89

1501 até 3.000 L

4.800 L 0,94

3.001 até 4.500 L

7.520 L 1,02

4.5001 até 6.000 L

9.871 L 1,12

6.001 até 9.000 L

16.000 L 1,12

9.001 até 15.000 L

26.000 L 1,22

15.001 até 30.000 L

27.000 L 1,33

30.001 até 75.000 L 1,35

75.000 L

Acima de 75.000 L

103.000 L 1,42

Preço médio 1,32 Fonte: Escritório regional EMATER/RS-Ascar de Ijuí.

Região de Porto Alegre - Produtores informam aumento na produção, queda no preço e maior disponibilidade de forragem. O preço do leite teve um aumento em relação à semana anterior; ficou entre R$ 0,90 e R$ 1,25/L conforme melhores parâmetros de volume, proteína, gordura, contagem de células somáticas – CCS, de acordo com Instrução Normativa 62 do Ministério da Agricultura - MAPA. Região de Santa Maria - Em setembro o preço médio do litro de leite ficou em R$ 1,28/L, já no mês de outubro o preço praticado foi de R$ 1,20/L; em novembro o preço médio foi de 1,09/L. O preço médio praticado nesta semana permaneceu estável, ficando em R$ 1,03/L, o que representa uma queda de preço de 19,53% no período de setembro a dezembro. Região de Santa Rosa - Os preços por litro pago ao produtor vêm baixando a cada mês. O descontentamento do produtor é notório e aumenta a especulação por um melhor preço na concorrência, o que resulta numa expressiva troca de compradores. O preço do leite permaneceu estável nos últimos dias; preços entre R$ 0,85 e 1,03/L e preço médio de R$ 1,20/L. Ovinocultura - Para os ovinos temos um período de final de safra de lã; estima-se que mais de 90% dos rebanhos estejam esquilados. De maneira geral os ovinos continuam com bom escore corporal, principalmente os já esquilados. Em Encruzilhada do Sul, segue a esquila em algumas propriedades, porém ainda não há informações sobre o preço da lã devido à dificuldade de comercialização. Os animais encontram-se em boas condições sanitárias. O aumento da umidade pode acarretar em maior incidência de parasitas no rebanho ovino; assim, os produtores estão realizando manejos estratégicos para o controle da verminose ovina com dosificações de acordo com a necessidade ou conforme a condição corporal do rebanho. Banhos sarnicida e piolhicida deverão ser feitos a partir do dia 1º de janeiro e a não comprovação acarretará em dificuldades junto à Inspetoria Veterinária e Zootécnica - IVZ na emissão de Guia de Trânsito Animal - GTA.

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A disponibilidade de forragem nativa apresenta melhoras gradativas. Neste período, há alternativas interessantes para terminação de cordeiros, como o creep grazing e o creep feeding a fim de melhorar o aporte nutricional dos animais. Comercialização Os produtores estão com boas perspectivas de comercialização de cordeiros para as festas de final de ano, quando ocorrem o aquecimento das vendas e a valorização do produto; há boa oferta de animais. Preço do kg vivo do cordeiro nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar

Regionais Município Preço (R$/kg vivo)

Bagé Alegrete 5,35

Bagé Bagé 5,25

Bagé Dom Pedrito 6,10

Bagé Santana do Livramento

5,70

Bagé São Borja 5,50

Bagé São Gabriel 5,80

Bagé Uruguaiana 5,80

Pelotas Jaguarão 6,00

Santa Maria Júlio de Castilhos 5,00

Santa Maria Santigo 6,00

Santa Maria São Pedro do Sul 5,40

Santa Maria São Vicente do Sul

5,50

Santa Rosa Santa Rosa 6,00

Santa Rosa Santo Antônio das Missões

6,20

Soledade Encruzilhada do Sul

6,00

Soledade Soledade 5,90 Fonte: Escritórios regionais EMATER/RS-Ascar

Piscicultura - Neste final de ano, a maioria das criações comerciais está com os açudes povoados e já com alimentação regular. Os níveis dos açudes ainda estão bons. Em decorrência das oscilações das temperaturas, o desenvolvimento dos peixes está um pouco aquém do esperado para a época. No entanto, com as precipitações reduzidas, previstas para fevereiro, alguns produtores estão controlando para não alimentar os animais em excesso, já que não haverá recurso hídrico para a renovação da água dos viveiros. Os produtores estão mais conscientes quanto à lotação dos viveiros, principalmente para evitar superlotação e consequente mortandade em períodos como o que está por vir. Mesmo assim, é um período em que

ocorre o repovoamento de viveiros, e as recomendações de calagem e adubação dos mesmos são constantes nesta época do ano. Alguns produtores relataram mortandade de peixes devido ao manejo de transferência de indivíduos para outros viveiros, ou mesmo pelo mau manejo da qualidade da água, e também pelo aumento das temperaturas máximas médias, gerando aumento da comunidade fitoplanctófaga, do consumo de oxigênio dissolvido, ocasionando perdas financeiras na propriedade. Comercialização Nesta época do ano, em Marques de Souza, ocorrem despescas semanais em alguns produtores devido à vinda de turistas que frequentam os campings do município, e acabam consumindo o pescado oferecido para venda. É uma alternativa de renda às unidades de produção familiar em um período diferente do comumente praticado no Estado, a Semana Santa. Eventos A próxima feira do peixe de Estrela está prevista para 31 de dezembro e há possibilidade de suspensão uma vez que as temperaturas da água na região estão muito altas, o que causa mortalidades na depuração e transporte. Preços pago aos piscicultores da Zona Sul

Produto/espécie Mínimo (R$/kg)

Máximo (R$/kg)

Carpa Cabeça Grande (feira - vivo)

10,00 13,00

Carpa Cabeça Grande (vivo)

5,50 6,50

Carpa Capim (feira - vivo)

10,00 13,00

Carpa Capim (vivo) 5,50 6,50

Carpa Húngara (feira - vivo)

10,00 13,00

Carpa Húngara (vivo) 5,50 6,50

Carpa Prateada (feira - vivo)

10,00 13,00

Carpa Prateada (vivo) 5,50 6,50

Carpas em geral (eviscerada)

11,00 13,00

Carpas em geral (postas)

18,00 22,00

Tilápia (filé) 25,00 30,00

Tilápia (vivo) 5,50 7,00 Fonte: Escritório regional EMATER/RS-Ascar de Pelotas.

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Pesca artesanal - Espécies com pesca proibida: Cação, Cação Viola, Arraia e Garoupa. O mar com ressacas contínuas em função dos ventos não está dando boas condições de pesca aos pescadores artesanais de cabo, que encontram dificuldades para colocar e puxar redes e também para fixação de âncoras. O período é de piracema no Rio Uruguai, onde os pescadores artesanais podem pescar apenas para seu consumo. Preços pagos aos pescadores artesanais de Torres

Produto Preço (R$) Produção

Abrótea (filé) 13,00 boa

Anchova 12,60 baixa

Bagre (filé) 9,00 baixa

Corvina 10,00 boa

Linguado (filé) 24,80 baixa

Pampo 9,00 baixa

Papa-terra 11,00 boa

Peixe-anjo (filé) 14,50 média

Peixe-rei 10,50 baixa

Pescada (filé) 12,50 boa

Tainha 12,00 baixa Obs.: sardinha sem produção. Fonte: Escritório regional EMATER/RS-Ascar de Pelotas.

Apicultura – Na região de Bagé, os enxames estão fortalecidos pela alta floração dos campos nativos, com floradas ricas em pólen, o que provoca uma alta enxameação, resultando assim em captura de novos enxames pelos apicultores, otimistas com o aumento da produção. Após dois anos consecutivos de baixa produtividade de mel, este ano está sendo muito bom para os apicultores, que já iniciaram a primeira coleta do produto. A colheita de mel tem mostrado uma alta produção, o que confirma a floração rica em pólen. Alguns apicultores estão fazendo migração das colmeias para eucaliptos em floração. O preço praticado pela agroindústria está ao redor de R$ 10,00/kg e R$ 20,00/kg para a venda no varejo. Na região de Caxias do Sul, os enxames estão fortes e populosos e apresentam boas condições sanitárias. Com a elevada temperatura, as abelhas campeiras estão em plena atividade. Os produtores colhem uma boa safra de mel. Os apicultores colocam sobrecaixas em suas colmeias, em razão da grande produção pelas abelhas. Este final de ano tem sido muito bom para captura de enxames. Os preços do mel têm se mantido altos. Mel no varejo a R$ 20,00/kg e no atacado a R$ 10,00/kg. Na região de Passo Fundo, as condições ambientais favoráveis permitem o bom

desempenho das colmeias. Alguns apicultores já estão na segunda colheita. A florada predominante é de espécies nativas e exóticas. Há projeção de melhores rendimentos por colmeia, comparativamente às últimas safras. Na região de Porto Alegre, manejo das colmeias com boa florada neste período. Apicultores otimistas, com produtividade em torno de 15 quilos por colmeia de agosto a dezembro, apesar do excesso de chuvas no período de inverno e de dias ventosos no período de primavera, que inibem as revoadas em busca de pólen. Preço entre R$ 12,00 e R$ 25,00/kg. Na região de Santa Rosa, com o predomínio dos dias ensolarados e com temperaturas mais altas, foi observado o intenso movimento das abelhas em busca de alimentação ou fora da colmeia como forma de diminuir a temperatura interna. Preço é considerado bom para os apicultores (R$ 15,00 a R$ 20,00/kg), beneficiado pela falta do produto no mercado. Continua havendo demanda de cera laminada por parte dos agricultores. Na região de Soledade, a predominância do clima mais seco tem sido favorável à apicultura. Nessa época do ano as floradas são menos expressivas. A maioria dos apicultores realizou a colheita da safra de mel de primavera. De maneira geral a colheita foi satisfatória, principalmente nos apiários bem manejados. O mel está sendo comercializado a R$ 10,00/kg para exportação e de R$ 15,00 a R$ 20,00/kg para consumidores e feiras.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2011/2015

29/12/2016 22/12/2016 01/12/2016 31/12/2015 GERAL DEZEMBRO

Arroz em Casca 50 kg 48,41 48,48 48,15 43,93 37,03 39,15

Feijão 60 kg 234,44 225,00 214,70 139,60 140,65 140,23

Milho 60 kg 34,84 34,83 37,74 32,87 29,08 29,89

Soja 60 kg 68,86 70,63 71,49 80,44 67,26 70,02

Sorgo Granífero 60 kg 33,00 33,20 35,72 28,66 24,42 24,76

Trigo 60 kg 28,65 28,70 29,00 36,24 33,54 33,61

Boi para Abate kg vivo 5,00 5,00 4,89 5,65 4,43 4,50

Vaca para Abate kg vivo 4,53 4,50 4,38 5,06 3,98 4,06

Cordeiro para Abate kg vivo 5,70 5,67 5,85 5,66 4,87 4,87

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,59 3,56 3,40 3,81 3,35 3,65

Leite (valor liquido recebido) litro 1,12 1,11 1,11 0,93 0,91 0,91

26/12-30/12 19/12-23/12 28/11-02/12 18/12-01/01 - -

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2011-2015 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2011-2015.