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Referenciação Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo 31.10.2016; 06.11.2016; 08.11.2016 – Aulas 21-23

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Referenciação

Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II

Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo

31.10.2016; 06.11.2016; 08.11.2016 – Aulas 21-23

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Introdução: de referência a objetos-do-discurso

As questões referenciais têm sido objeto tradicional de investigação e de reflexão daFilosofia da Linguagem, da Lógica e da Linguística. Nesses quadros, tratou-se, inicialmente, oproblema da referência como uma questão de representação do mundo, de verbalização doreferente, de modo que se podia entendê-la como uma espécie de designação extensional dasentidades do mundo extralinguístico.

Nesse sentido, a concepção partia do pressuposto fundamental de que havia uma relaçãoespecular entre um elemento linguístico x e uma realidade linguística y a ser verbalizada. Emconsequência disso, o sentido tornava-se escravo de uma possível avaliação de verificabilidade,baseada em um valor de verdade cujo critério fundante era a correspondência biunívoca entreextra e intralinguístico.

A emergência dos estudos pragmáticos, discursivos e textuais, além da chamada viradacognitivista, que se processa na década de 60 e se fortalece a partir da década de 80, impulsionauma nova abordagem do fenômeno, que propõe substituir a noção de referência pela dereferenciação.

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Introdução: de referência a objetos-do-discursoNesse sentido, deixa-se de tratar o fenômeno apenas como uma correlação entre língua e mundo e

passa-se a examiná-lo como uma atividade de natureza sociocognitiva, operada por atores sociais queconstroem objetos-de-discurso, ativando, desativando e reativando-os em operações que estãointrinsecamente relacionadas ao conhecimento partilhado entre os participantes do evento discursivo, às suasideologias, à natureza da interação e aos seus propósitos comunicativos — em outros termos, privilegia-se arelação intersubjetiva no seio da qual distintas visões e versões da realidade são construídas na/pela interação.

Uma consequência básica dessa mudança de perspectiva é a negação de uma relação especular oureflexiva entre língua e mundo, uma vez que, cognitivamente, a apreensão da realidade envolve tanto aspectossensoriais quanto discursivos, e esses se encontram inexoravelmente relacionados a condições culturais,sociais, históricas e contextuais, o que permite inferir que os objetos-de-discurso apresentam uma relaçãorefratária em relação ao mundo e são construídos durante o processamento discursivo.

[...] a discursivização ou textualização do mundo por meio da linguagem não consiste em um simples processo deelaboração de informações, mas em um processo de (re)construção do próprio real. Os objetos-de-discurso não seconfundem com a própria realidade extralinguística, mas (re)constroem-na no próprio processo de interação: arealidade é construída, mantida e alterada não apenas pela forma como nomeamos o mundo, mas, acima de tudo,pela forma como, sociocognitivamente, interagimos com ele. (Koch 2005: 34)

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Foria e Dêixis

Classicamente, pode-se afirmar que a dêixis se ancora na situação enunciativa,tendo como centro de perspectiva o ego-hic-nunc (eu-aqui-agora) instaurado na posse dapalavra pelo enunciador ou produtor textual. Pronomes pessoais, advérbios e locuçõesadverbiais de tempo e de espaço são casos prototípicos. Há também verbos deiticamenteorientados e os ditos dêiticos de memória.

1. Amanhã eu trago ela para a minha casa aqui na Lapa.

2. Diálogo entre X e o feirante: “Seu João, me vê aquele pastel lá!” “É pra já, seu Paulo!”

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Foria e Dêixis

Os fóricos ancoram-se na construção discursiva e nos universos de mundopossíveis suscitados pela produção textual, tendo em vista não só o material linguístico,mas também as condições de produção. A foria subdivide-se em anáfora e catáfora.

O termo anáfora é usado para designar expressões que, no texto, se reportam aoutras expressões, enunciados, conteúdos ou contextos textuais (retomando-os ou não),contribuindo assim para a continuidade tópica e referencial. (MARCUSCHI, 2005: 34-5,destaque nosso).

A anáfora é prototipicamente retrospectiva, ao passo que a catáfora é prospectiva.Nosso estudo focalizará a anáfora, embora as categorizações sejam válidas para a catáfora.

Destacam-se três grandes tipos de relação anafórica: 1. Anáfora direta; 2. Anáforaindireta ou associativa; 3. Anáfora metadiscursiva.

Antes, contudo, precisamos fazer uma ‘parada’ no sintagma nominal (SN).

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O sintagma nominal: introdução à ancoragem nominalDeterminante Quantificador Tipo Modificador

carro(s)

carro(s) bonito(s)

três carros bonitos

Aqueles três carros bonitos

Determinantes podem serartigos (indefinidos oudefinidos), pronomesdemonstrativos oupossessivos e até mesmo Ø.Identifica o (sub)conjunto emrelação ao contextodiscursivo e aoconhecimento partilhado.

Quantificadores podem serabsolutos (“numerais”) ou relativos(“pronomes indefinidos”, comovários, poucos, todos, nenhum, etc.).Especificam a quantidade do(sub)conjunto para o qual se devefocalizar atenção.

Substantivo núcleo: categoriaculturalmente sancionada. É umesquema derivado da abstraçãoda experiência com váriasinstâncias referenciais do nome.

Modificadores podem seradjetivos, sintagmaspreposicionais (“locuçãoadjetiva”) ou oraçãosubordinadas adjetivas.Constroem subconjuntos dotipo.

Todos os componentes possíveis do SN têm significado (lexical ou gramatical) – nome-núcleo, modificador, quantificador edeterminante –, mas é só o SN em si que tem referência, que aponta para uma entidade para a qual o produtor do texto orienta oouvinte/leitor a focalizar sua atenção. Logo, a noção de significado não coincide com a de referência. Cuidado!O SN não apresenta necessariamente todos os componentes acima – apenas expusemos as possibilidades, embora tenda a seassumir que haja, pelo menos, um determinante e um tipo (ainda que Ø). Referentes podem ser muito genéricos (ex. “Ø carrossão uma arma”) ou muito específicos (ex. Aqueles três carros bonitos são caros).

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Anáfora Direta

Não se trata de clonagem referencial. Nela, sempre há correferencialidade e,portanto, reativação de referentes prévios. A cossignificação tende a ocorrer no âmbitoda pronominalização e do uso de elipses, enquanto a recategorização é processada pormeio de descrições definidas e certos tipos de descrição indefinida.

1. Fui para a faculdade ontem, mas ela estava vazia.

2. Joaquim esqueceu o livro em casa, mas Ø voltou mais tarde para buscá-lo. (Ø marca uma elipse do objeto-de-discurso anteriormente textualizado).

Pode-se afirmar que há uma outra anáfora em 2. Qual é a âncora textual? Que recurso realizou o procedimento fórico?

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Anáfora Direta

Descrições nominais definidas ou indefinidas: atuam na categorização ou recategorização dereferentes, implicando sempre uma escolha entre uma multiplicidade de formas de caracterização,escolha esta que será feita, em cada contexto, segundo a proposta de sentido do produtor dotexto. Por meio dela, ativam-se traços ou características do referente segundo conhecimentosculturalmente pressupostos como partilhados, permitindo ao interlocutor concebê-lo a partir deum determinado prisma, o que revela dados essenciais sobre a representação e a identidade doprodutor na construção do sentido — refratado.

O papel dos determinantes: demonstrativo – artigo definido – artigo indefinido

Demonstrativos atuam como elementos que, a partir do ego-hic-nunc, apontam para umobjeto-de-discurso, forçando a focalização conjunta de atenção para ele.

Artigos definidos sinalizam para o ouvinte que o falante considera que ele é capaz derecuperar o objeto-de-discurso e identificá-lo, sem, entretanto, apontar para ele.

Artigos indefinidos sinalizam para o ouvinte que o falante considera que ele não é capazde recuperar o objeto-de-discurso e identificá-lo tanto pelo fato de o falante também não saberquanto pelo fato de o falante não julgar necessário/desejável que o ouvinte faça a identificação[dentre outros possíveis motivos].

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Anáfora Direta

1. O garoto loiro entrou na sala atrasado e assustado. Aquele cubículo está sempre bloqueado pormarginais.

2. Marta Suplicy (PT), atual Ministra da Cultura e apoiadora de Fernando Haddad, candidatopetista a prefeito de São Paulo, fez ataques agressivos a Celso Russomanno, postulante do PRB,na noite do último sábado. Ela afirmou que Russomanno está fazendo "pilantragem" para atrairvotos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Chamando o rival de Haddad de "lobo em pele de cordeiro", Marta falou sobre as apariçõestelevisivas de Russomanno. "Vocês têm que entender que é pilantragem. Na TV a imagem é linda,mas não é assim. Ele faz comércio com a angústia do povo, com a infelicidade, com a dificuldade",disse ela.

3. Sob qualquer ângulo que se considere, é superlativo o desafio que o Supremo Tribunal Federal(STF) enfrentará a partir de quinta-feira, com o julgamento do mensalão.

Não se trata somente do maior processo nos 121 anos de história do tribunal, mas também docaso mais complexo -e de maior impacto político- que terá sido levado ao exame da corte.

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Anáfora Direta

Descrição indefinida: trata-se de um procedimento anafórico calcado no uso mínimo de um indefinido e umnúcleo nominal. A descrição indefinida opera relações partitivas, associativas (e, portanto, nãocorreferenciais estritamente), especificadoras (maior tendência correferencial) ou simples retomadas.Nesse sentido, nos três primeiros casos, não ocorre cossignificação, e correferencialidade só ocorre nos doisúltimos. Por conseguinte, só os dois últimos casos constituem exemplares de anáforas diretas:

1. Um megaevento acontecerá na Letras em breve. Um sarau em homenagem a Murilo Mendes reunirácentenas de estudantes na sala 102.

2. Ivete Sangalo, uma excelente representante da música brasileira, fará variados show no exterior.

3 Uma pomba está jogada no meio da calçada. Uma pomba está morta. Ninguém se importa.

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Anáfora DiretaE agora? Brincando de hipóteses linguísticas...

a. Em quais há correferencialidade?

b. Quais diferenças estruturais vocês notam entre os casos que são e que não são correferenciais?

c. Que possíveis explicações podem ser levantadas?

5. Maria consultou uma vidente. Uma vidente famosa.

6. Maria consultou uma vidente. Uma vidente apareceu na TV.

7. Maria consultou uma vidente. Uma vidente que sabia falar esperanto.

8. Maria consultou uma vidente. Uma vidente foi assaltada ontem em frente de casa.

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Anáfora Indireta ou Associativa

Procedimento de progressão textual que, geralmente, é realizado por expressõesnominais definidas, indefinidas ou pronomes interpretados referencialmente sem quehaja correspondência em relação a um referente prévio. A anáfora associativa ou indiretanão reativa referentes prévios; ela ativa referentes novos. É tratada como anáfora namedida em que os referentes novos se ancoram num universo textual virtual depreendidode objetos-de-discurso anteriores. Em outros termos, sua instauração depende douniverso semântico proporcionado por elementos cotextuais anteriores, mas não assume,em relação a eles, caráter correferencial nem cossignificativo.

Há autores que diferenciam anáforas associativas de indiretas, atrelando asprimeiras a relações metonímicas e as últimas a uma maior interferência do conhecimentoenciclopédico. Não faremos essa diferença aqui.

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Anáfora Indireta ou Associativa1. Diálogo:— Fábio está noivo. Finalmente!— Ela é rica?

2. Fui ao supermercado ontem. O caixa foi, novamente, gentil.

E agora? 3. Fui ao supermercado ontem. O pianista foi, novamente, gentil.

E se... 4. Aquele supermercado está sempre inovando e, durante a noite, sempre convidam ummúsico para tocar. Ontem, eu dei uma passada lá. O pianista foi, novamente, gentil.

5. Muitos pais estão preocupados com o período das férias escolares que se aproxima. "O que fazer com os filhos no mês de julho?": essa é a questão. (Rosely Sayão, Folha Equilíbrio, 26 de junho de 2012)

6. Um grupo de crianças passou gritando por aqui. Um garotinho loiro falou uma dezena de palavrões.

7. O computador simplesmente parou de funcionar. Uma placa deu problema.

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Anáfora Indireta ou Associativa

8. Apaixonados por "Avenida Brasil", os atores Rodrigo Fagundes e Wendell Bendelack se uniram para criaruma paródia da novela de João Emanuel Carneiro. Na versão bem humorada, intitulada "Novela Brasil", a vilãCarminha (Adriana Esteves) recebeu o nome de Calminha e a mocinha Nina (Débora Falabella), virou MeNina.A brincadeira fez sucesso, ganhou status de websérie e outros dois episódios, que somados já atingem quasedois milhões de acessos via YouTube.

Os vídeos se tornaram "uma sensação" também entre o elenco da novela original. "Encontramos com a Eliane[Giardini], a Claudia [Missura] e a Cacau [Protásio] e elas disseram que todo mundo adorou. A Adriana[Esteves] e a Débora [Falabella] também me disseram que amaram, eu cheguei a fazer uma boneca e entregueipara a Adriana. Essa aprovação delas é nosso maior presente", contou Rodrigo.

Agora "Novela Brasil" ganhou os palcos e estreou nesta terça (11) no Theatro NET Rio, na zona sul do Rio. Atemporada fica em cartaz até o final do mês de outubro e – dependendo da resposta do público – pode ganharnovas datas ou viajar para outros Estados.

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Encapsulamento

Uso de forma nominal (ou de uma nominalização de um processo verbal) pararecategorizar segmentos precedentes ou subsequentes do cotexto, sumarizando-os eencapsulando-os em um único rótulo. O encapsulamento transforma um segmento textualfocalizado ou o conteúdo proposicional de dado enunciado em referente, tornando-o umobjeto-de-discurso recategorizado, a partir do qual a representação pode ser ancorada. Oencapsulamento (nominalização) é considerado, por alguns autores (SCHWARZ: 2000)como um subtipo de anáfora indireta; outros autores, como Magalhães (2002), oconsideram um caso distinto de anaforizante.

Alguns, como Cunha Lima (2004), distinguem encapsulamento de nominalização, reservando àquelesomente os casos em que ocorre a atualização de um referente genérico, posição de que partilha Koch (2005), e aeste último os casos em que há um nome deverbal que remete diretamente às ações descritas anteriormente(exemplo 6). Outros, como Magalhães (2002), não realizam tal distinção.

Aqui, trataremos como encapsulamento qualquer anáfora que tome como âncoraeventos, tornando-os assim sintagmas nominais e, portanto, objetos-do-discurso passíveisde nova predicação.

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Encapsulamento

1. "Quem não respeita a população fazendo essa baixaria perde votos. Isso tem sido demonstrado ao longodesses últimos dias. Eu não vou ceder a esse tipo de coisa." (Celso Russomanno – A Tarde online)

2. O candidato à prefeitura de São Paulo Fernando Haddad (PT) voltou a usar a história do caminhoneiroJosé Machado, que foi alvo de uma polêmica após ter seu sigilo médico violado pela prefeitura de São Paulo,com destaque em seu programa transmitido na TV na noite desta sexta-feira, como forma de atacar ocandidato do PSDB, José Serra.

O petista voltou a usar o fato após o jornal O Estado de S. Paulo divulgar matéria nesta sexta-feira queafirma que o caminhoneiro tem catarata. (Terra notícias)

3. Os raios de luz não mudam de direção ou sentido ao se cruzarem em um mesmo meio. O fenômeno éexplicado pelas teorias ópticas.

4. (Quando terminar de julgar os 38 réus), cada ministro terá enfrentado depoimentos de mais de 600testemunhas, ponderações de meia centena de advogados e, no mínimo, um mês de sessões plenárias.

O resultado dessa maratona será anunciado em mais de mil decisões individuais, pois cada um dos 11ministros precisará pronunciar-se sobre as várias acusações, uma a uma, que pesam contra cada réu.

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Referenciação metadiscursiva

Trata-se de um procedimento anafórico, realizado por meio de descriçõesdefinidas, indefinidas e nominalizações de metarrepresentações e atos ilocutórios,atuando no sentido de realizar uma “auto-representação do dizer pelo enunciador dotexto” (JUBRAN, 2005: 237). Assim, as anáforas metadiscursivas não são correferenciaisnem cossignificativas, uma vez que ela se apoia na construção de um objeto-de-discursoque aponta para o ato comunicativo, e não para o conteúdo proposicional do texto.

1. Diálogo:

— Você roubou todo o dinheiro da entidade! Todos nós sabemos disso!

— Cuidado, amigo! Essa acusação pode render um processo.

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Referenciação metadiscursiva

1. "Ela [Dilma] está usando a cadeia nacional para fazer política eleitoral. Ela está fazendo campanhaeleitoral com a Presidência da República", rebateu Serra hoje.

"Veja, a Dilma participar de eleição é normal, não tenho nenhuma objeção e faz parte da regra do jogo.Agora, usar a cadeia nacional para fazer política eleitoral está muito errado", concluiu.

O tucano falou sobre o assunto após reunião com representantes de movimentos pela habitação popular nacapital. Durante o evento, Serra criticou indiretamente adversários, ao dizer que "campanha não é ummercado de ilusões". (Folha de São Paulo).

[Esse é aquele caso em que a linha divisória com encapsulamento fica obscura]

2. Os estudos vericondicionais privilegiam a relação língua-mundo, enquanto os estudos sociocognitivistasfocalizam a intersubjetividade na construção dos referentes. A comparação é importante para decidirmosacerca da perspectiva a partir da qual pretendemos analisar o fenômeno.

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Em resumo...

Anáfora Metadiscursiva

EncapsulamentoAnáfora DiretaAnáfora Associativa ou Indireta