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ESTÁGIO SUPERVISIONADO – OBSERVAÇÃO FICHA ACOMPANHAMENTO - LÍNGUA PORTUGUESA REFERENCIAL TEÓRICO – PREENCHIMENTO RELATÓRIOS Prezados, Para orientá-los no decorrer do estágio leia atentamente os referenciais teóricos abaixo, os quais fundamentam e justificam as observações que devem ser realizadas de acordo com a Ficha de Acompanhamento, disponível na área do aluno. Lembrando que o preenchimento do relatório é obrigatório e avaliativo. Quanto ao Docente: 1.Libâneo (2003) destaca que o professor terá condições de alcançar o desenvolvimento profissional valorizando sua formação quando se eliminar o conceito de que o professor é mero executor de decisões alheias, e for capaz de tomar decisões que permitam transformar sua prática docente. Pensando nisso, o docente possui formação adequada para a função que desempenha na instituição? 2.O trabalho docente tem sido assunto de séria e intensa discussão mundial. Devido às mudanças ocasionadas na sociedade contemporânea, propostas de reformas educativas vêm sendo implantadas para adequar as necessidades às mudanças da sociedade atual, nesse sentido, o docente participa de algum programa de formação continuada (pós-graduação, complementação pedagógica, mestrado, etc.)? 3. Os PCNs explicitam que o professor deve ter propostas claras sobre o que, quando e como ensinar e avaliar, a fim de possibilitar o planejamento de atividades de ensino para a aprendizagem de maneira adequada e coerente com seus objetivos. É a partir dessas determinações que o professor elabora a programação diária de sala de aula e organiza sua intervenção de maneira a propor situações de aprendizagem ajustadas às capacidades cognitivas dos alunos (39). O docente mostra-se comprometido com a docência (planeja e prepara as atividades com antecedência, etc.)? 4.O planejamento é de suma importância e necessário ao professor, pois estabelece os objetivos e metas.para desenvolver um trabalho significativo na sala de aula. Além disso, o planejamento cuidadoso e prévio oferece ao docente condições para utilizar adequadamente várias técnicas para dinamizar o ensino, e por conseguinte evitar problemas de disciplina, de desinteresse do aluno no cotidiano escolar. Sendo assim, o docente segue planejamentos de ensino e/ou da aula? 5. Os Parâmetros Curriculares Nacionais constituem um referencial de qualidade para a educação no Ensino Fundamental em todo o País. Sua função é orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a participação de técnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com menor contato com a produção pedagógica atual.Considerando isso, o docente orienta seu trabalho por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa ou outros documentos, como o projeto pedagógico da instituição? 6. O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos (PCNs p. ii.). Desenvolve atividades em que valores e princípios são ministrados, incentivando a formação cidadã de seus alunos?

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ESTÁGIO SUPERVISIONADO – OBSERVAÇÃO FICHA ACOMPANHAMENTO - LÍNGUA PORTUGUESA

REFERENCIAL TEÓRICO – PREENCHIMENTO RELATÓRIOS Prezados, Para orientá-los no decorrer do estágio leia atentamente os referenciais teóricos abaixo, os quais fundamentam e justificam as observações que devem ser realizadas de acordo com a Ficha de Acompanhamento, disponível na área do aluno. Lembrando que o preenchimento do relatório é obrigatório e avaliativo. Quanto ao Docente: 1.Libâneo (2003) destaca que o professor terá condições de alcançar o desenvolvimento profissional valorizando sua formação quando se eliminar o conceito de que o professor é mero executor de decisões alheias, e for capaz de tomar decisões que permitam transformar sua prática docente. Pensando nisso, o docente possui formação adequada para a função que desempenha na instituição? 2.O trabalho docente tem sido assunto de séria e intensa discussão mundial. Devido às mudanças ocasionadas na sociedade contemporânea, propostas de reformas educativas vêm sendo implantadas para adequar as necessidades às mudanças da sociedade atual, nesse sentido, o docente participa de algum programa de formação continuada (pós-graduação, complementação pedagógica, mestrado, etc.)? 3. Os PCNs explicitam que o professor deve ter propostas claras sobre o que, quando e como ensinar e avaliar, a fim de possibilitar o planejamento de atividades de ensino para a aprendizagem de maneira adequada e coerente com seus objetivos. É a partir dessas determinações que o professor elabora a programação diária de sala de aula e organiza sua intervenção de maneira a propor situações de aprendizagem ajustadas às capacidades cognitivas dos alunos (39). O docente mostra-se comprometido com a docência (planeja e prepara as atividades com antecedência, etc.)? 4.O planejamento é de suma importância e necessário ao professor, pois estabelece os objetivos e metas.para desenvolver um trabalho significativo na sala de aula. Além disso, o planejamento cuidadoso e prévio oferece ao docente condições para utilizar adequadamente várias técnicas para dinamizar o ensino, e por conseguinte evitar problemas de disciplina, de desinteresse do aluno no cotidiano escolar. Sendo assim, o docente segue planejamentos de ensino e/ou da aula? 5. Os Parâmetros Curriculares Nacionais constituem um referencial de qualidade para a educação no Ensino Fundamental em todo o País. Sua função é orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a participação de técnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com menor contato com a produção pedagógica atual.Considerando isso, o docente orienta seu trabalho por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa ou outros documentos, como o projeto pedagógico da instituição? 6. O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos (PCNs p. ii.). Desenvolve atividades em que valores e princípios são ministrados, incentivando a formação cidadã de seus alunos?

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7. De acordo com os PCNs, o papel do professor no processo de formação dos educandos é crucial, pois a ele cabe apresentar os conteúdos e atividades de aprendizagem de forma que os alunos compreendam o porquê e o para que do que aprendem, e assim desenvolvam expectativas positivas em relação à aprendizagem e sintam-se motivados para o trabalho escolar (p.48). O docente mostra preparo e organização na aplicação das atividades cotidianas? 8. Observa-se nos PCNs que a capacidade afetiva está estreitamente ligada à capacidade de relação interpessoal, que envolve compreender, conviver e produzir com os outros, percebendo distinções entre as pessoas, contrastes de temperamento, de intenções e de estados de ânimo. O desenvolvimento da inter-relação permite ao aluno se colocar do ponto de vista do outro e a refletir sobre seus próprios pensamentos (p.47). Nessa perspectiva o docente mostra se preocupado em promover a interação adequada e respeitosa professor-aluno e aluno-aluno? 9. A escola é um ambiente de formação, de troca de experiências, de aprendizado mútuo e que, a princípio, busca o desempenho maximizado dos alunos envolvidos. A escola oferece um contexto que lhe propicie ao docente um bom trabalho (recursos materiais, salas não numerosas, etc.)? 10.Como a política educacional atual propõe-se a diagnosticar problemas e deficiências na educação, a avaliação tem importância significativa e deve ser aplicada respeitando os conteúdos trabalhados em sala de aula. Partindo do princípio que há várias modalidades avaliativas (provas, exercícios, exposições orais, trabalhos, etc.). Além disso, destaca-se nos PCNs - A avaliação é considerada como elemento favorecedor da melhoria de qualidade da aprendizagem, deixando de funcionar como arma contra o aluno. É assumida como parte integrante e instrumento de auto-regulação do processo de ensino e aprendizagem, para que os objetivos propostos sejam atingidos. A avaliação diz respeito não só ao aluno, mas também ao professor e ao próprio sistema escolar (p.42). Quanto às atividades em classe: 1.Conforme destacado nos Parâmetros Curriculares Nacionais, desenvolver atividades que trabalhem a modalidade oral da língua é essenciail para a formação integral do aluno: “ ... ensinar o aluno a utilizar a linguagem oral no planejamento e realização de apresentação públicas: realização de entrevistas, debates, seminários, apresentação teatrais, etc. Trata-se de propor situações didáticas nas quais estas atividades façam sentido de fato, pois é descabido treinar um nível mais formal da fala, tomado como mais apropriado para todas as situações (p.25). 2.Toda a educação comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para que o aluno possa desenvolver sua competência discursiva, isto é, o desenvolvimento da capacidade de utilizar a língua de modo variado, para produzir diferentes efeitos de sentido e de adequar o texto a diferentes situações de interlocução oral e escrita (PCNs p.23). 3.Segundo os PCNs, a interdisciplinaridade supõe um eixo integrador, que pode ser o objeto de conhecimento, um projeto de investigação, um plano de intervenção. Nesse sentido, ela deve partir da necessidade sentida pelas escolas, professores e alunos de explicar, compreender, intervir, mudar, prever, algo que desafia uma disciplina isolada e atrai a atenção de mais de um olhar, talvez vários (PCNs p. 88-89), com base no extrato de interdisciplinaridade dos PCNs. 4. A integração no ensino de língua, literatura e produção textual é destacado nos PCNs: Quando se toma o texto como unidade de ensino, os aspectos a serem tematizados não se referem somente à dimensão gramatical. Há conteúdos relacionados às dimensões pragmática e semântica da linguagem, que por serem inerentes à própria atividade discursiva, precisam, na escola, ser tratados

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de maneira articulada e simultânea no desenvolvimento das práticas de produção e recepção de textos. Quando se toma o texto como unidade de ensino, ainda que se considere a dimensão gramatical, não é possível adotar uma categorização preestabelecida. Os textos submetem-se às regularidades lingüísticas dos gêneros em que se organizam e às especificidades de suas condições de produção: isto aponta para a necessidade de priorização de alguns conteúdos e não de outros. Os alunos, por sua vez, ao se relacionarem com este ou aquele texto, sempre o farão segundo suas possibilidades: isto aponta para a necessidade de trabalhar com alguns desses conteúdos e não com todos (p.78-79). 5. Com relação ao tratamento dado pela escola ao texto literário, os PCN declaram que: A questão do ensino da literatura ou da leitura literária envolve, portanto, esse exercício de reconhecimento das singularidades e das propriedades compositivas que matizam um tipo particular de escrita. Com isso, é possível afastar uma série de equívocos que costumam estar presentes na escola em relação aos textos literários, ou seja, tratá-los como expedientes para servir ao ensino de boas maneiras, dos hábitos de higiene, dos deveres do cidadão, dos tópicos gramaticais, das receitas desgastadas do ‘prazer do texto’, etc. Postos de forma contextualizada, tais procedimentos pouco ou nada contribuem para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os sentidos, a extensão e a profundidade das construções literárias. (p. 28) 6. De acordo com LAJOLO (1994: 11-12): O que fazer com ou do texto literário em sala de aula funda-se, ou devia fundar-se, em uma concepção de literatura muitas vezes deixada de lado em discussões pedagógicas. Estas, de modo geral, afastam os problemas teóricos como irrelevantes ou elitistas diante da situação precária que, diz-se, espera o professor de literatura numa classe de jovens. A precariedade de tal situação costuma ser resumida nos clichês e preconceitos que afloram quando vêm à baila temas que relacionam jovens, leitura, professor, escola, literatura e similares,...” Vale considerar que a inclusão da heterogeneidade textual não pode ficar refém de uma prática estrangulada na homogeneidade de tratamento didático, que submete a um mesmo roteiro cristalizado de abordagem uma notícia, um artigo de divulgação científica e um poema. A diversidade não deve contemplar apenas a seleção dos textos; deve contemplar, também, a diversidade que acompanha a recepção a que os diversos textossão submetidos nas práticas sociais de leitura. Os PCNs salientam ainda: Formar leitores é algo que requer condições favoráveis, não só em relação aos recursos materiais disponíveis, mas, principalmente, em relação ao uso que se faz deles nas práticas de leitura. A seguir encontram-se apresentadas algumas dessas condições. A escola deve dispor de uma biblioteca em que sejam colocados à disposição dos alunos, inclusive para empréstimo, textos de gêneros variados, materiais de consulta nas diversas áreas do conhecimento, almanaques, revistas, entre outros (p. 71). 7. De acordo com Travaglia (2001) não é possível produzir ou entender qualquer texto (desde os constituídos de uma só palavra até os representados por volumes inteiros de livros) sem que se saiba gramática, sem que se use a gramática de uma língua. Nessa perspectiva, não é possível tomar como unidades básicas do processo de ensino as que decorrem de uma análise de extratos – letras/fonemas, sílabas, palavras, sintagmas, frases – que , descontextualizados, são normalmente tomados como exemplos de estudo gramatical e pouco tem a ver com a competência discursiva. Dentro desse marco , a unidade básica de ensino só pode ser o texto (PCNs, p.23). Ainda de acordo com os PCNs destaca-se que o ensino da língua portuguesa deve atender às necessidades dos alunos no que diz respeito ao texto e suas mais variadas formas de produção e interpretação, isto é, que a sistematização de regras deve ser realizada não com o intuito de estudá-las por si mesmas, mas em função do seu uso pelos alunos: (...) a atividade metalingüística deve ser instrumento de apoio para a discussão dos aspectos da língua que o professor seleciona e ordena no curso do ensino-aprendizagem.Assim, não se justifica tratar o ensino gramatical desarticulado das práticas de linguagem. É o caso, por exemplo, da gramática que, ensinada de forma descontextualizada, tornou-

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se emblemática de um conteúdo estritamente escolar, do tipo que só serve para ir bem na prova e passar de ano (...) O que deve ser ensinado não responde às imposições de organização clássica de conteúdos na gramática escolar, mas aos aspectos que precisam ser sistematizados em função das necessidades apresentadas pelos alunos nas atividades de produção, leitura e escuta de textos.” (p. 28-29). 8. De acordo com os PCNs, nas aulas de Língua Portuguesa, não se ensina a trabalhar com textos expositivos como os das áreas de História, Geografia e Ciências Naturais; e nessas aulas também não, pois considera-se que trabalhar com textos é uma atividade específica da Língua Portuguesa. Em conseqüência, o aluno não se torna capaz de utilizar textos cuja finalidade seja compreender um conceito, apresentar uma informação nova, descrever um problema, comparar diferentes pontos de vista, argumentar a favor ou contra uma determinada hipótese ou teoria. E essa capacidade, que permite a informação escrita com autonomia, é condição para o bom aprendizado, pois dela depende a possibilidade de aprender os diferentes conteúdos. Por isso, todas as disciplinas têm a responsabilidade de ensinar a utilizar os textos de que fazem uso, mas é de Língua Portuguesa que deve tomar para si o papel de fazê-lo de modo mais sistemático (PCNs p.26). 9. Ao professor cabe ler o que o aluno escreveu, respeitar suas idéias, ajudando-o a interagir com a linguagem. Isso significa, certamente, corrigir os erros mais evidentes, mas sobretudo em caso de dúvida, perguntar o que o aluno quis dizer com aquilo que produziu, quais foram as suas intenções ao colocar no papel o texto proposto. Compreendendo a importância da produção textual é possível detectar que há estímulo para a produção textual? 10. Segundo os PCNs a seleção e uso do recursos didáticos que se incorporarão à aula, tendo como critério a qualidade tanto do ponto de vista lingüístico quanto gráfico.Ao selecionar recursos didáticos para o trabalho pedagógico na área de Língua Portuguesa,deve-se levar em consideração os seguintes aspectos: • sua utilização nas diferentes situações de comunicação de fato; e • as necessidade colocadas pelas situações de ensino e aprendizagem (p.41). Bibliografia BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997.126p. FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação. Uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 1980. HERNANDES, F.; VENTURA, M. A organização do currículo por projetos de trabalho. 5 ed. Porto Alegre: Artmed,1998. LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1994. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F., TOSCHI, M. S. Educação Escolar: políticas, estruturas e organização. São Paulo: Cortez, 2003. p.15-54. NÓVOA, António (Org.) Profissão: professor. Porto: Porto Editora, 1995

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TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º. E 2º. Graus. São Paulo: Cortez, 2001. VEIGA, Ilma Passos Alencastro (coord.). Repensando a didática. 10ª edição. Campinas: Papirus, 1995.