Redução dos espaços para atividades pecuárias

Reduzidas margens de retorno econômico

Maior eficiência produtiva

Uso dominante de MILHO e FARELO DE SOJA em dietas para aves e suínos

Forte impacto ambiental

Custo elevado e com grandes variações no mercado

Corresponde em média a 70% do custo de produção

Competição com o consumo humano

Tais razões obrigam os nutricionistas a concentrarem maiores esforços na pesquisa de fontes alternativas que atendam às necessidades qualitativas e econômicas de produção na avicultura (Moreira et al., 1998).

Resíduos agroindustriais representam um grande potencial para a alimentação animal

Objetiva diminuir a inclusão de milho e farelo de soja nas dietas animais

FARINHAS FARELOS TORTAS

Segundo Silva (1999), resíduos agroindustriais são os elementos considerados não diretamente produtivos, que são gerados ao se cultivar, criar e elaborar produtos agrícolas não manufaturados, como frutas, vegetais e grãos.

Inicialmente parte destes resíduos podem se tornar material poluente

Ou simplesmente perder-se por falta de logística

Alguns desses resíduos têm recebido maior atenção quanto ao controle de qualidade, passando à categoria de subprodutos, que apresentam elevado potencial para redução dos custos com alimentação (Ezequiel et al., 2006).

América Latina 500 milhões de toneladas de subprodutos e resíduos agroindustriais

Brasil contribuí com 50% dessa produção.

As suas agroindústrias representam mais de 30% da sua economia

Destacando-se os segmentos de abate e preparo de carnes, fabricação e refino de açúcar, laticínios, panificação e fabricação de massas, óleos vegetais e indústrias de sucos (Alves et al., 2007).

Os resíduos da agroindústria surgem como ingredientes alternativos na alimentação animal e potenciais fontes substitutivas parciais em dietas de monogástricos.

Podem apresentar valor nutricional variável e baixa qualidade por influência da forma de processamento e das substâncias utilizadas nesses processamentos.

Faz-se necessário estudos para avaliar o valor nutricional desses subprodutos. (Correia et al., 2006).

Hoje, buscar alternativas é fundamental, seja do ponto de vista ambiental, sustentável e econômico.

A pupunha (Bactris gasipaes) tem se tornado uma opção agrícola na região cacaueira, além do palmito, com excelente valor de mercado há a produção dos seus frutos que merecem ser analisados pela sua potencialidade.

O seu uso como alimento alternativo na dieta de animais, neste caso, aves, seja de corte ou poedeiras comercias e também os suínos merecem destaque.

É fundamental com que novos destinos comerciais sejam elaborados, permitindo ao produtor um maior valor agregado ao fruto e decerto, uma comercialização garantida.

Não podemos deixar de conferir que se bem utilizada na forma de ração, proporcionará ainda aos produtores locais uma forma viável de sua utilização via redução dos custos de produção.

O primeiro passo é conhecer quimicamente o fruto através da forma de farinha ou farelo

Poderá ser destinada à produção das dietas secas para as aves e suínos, portanto facilitando o seu armazenamento e ao seu uso devidamente.

Foram analisadas oito amostras da farinha no laboratório de Nutrição Animal do Curso de Zootecnia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Nutrientes %

Amostras 01 02 03 04 05 06 07 08

Matéria Seca 92,2 91,2 91,7 92,2 91,5 91,3 92,1 91,7

Proteínas 5,22 4,95 5,65 5,77 5,35 5,75 4,85 5,20

Fibras 2,34 2,75 2,66 3,25 2,46 2,55 2,75 2,45

Extrato etéreo 9,55 10,12 9,70 9,65 10,5 9,30 9,66 9,80

Matéria Mineral 1,77 1,45 1,75 1,85 1,66 1,58 1,64 1,77

Energia Bruta (kcal) 166 187 172 168 185 162 166 170

Tabela 1. Valores de composição química da farinha de pupunha

São amostras parciais

Podem ser indicativos para os testes de digestibilidade em aves e suínos,

Indicar seguramente os níveis de sua utilização em dietas e nas suas respectivas fases de desenvolvimento.

Dada a sua composição química, esta farinha poderá substituir parcialmente o milho nas dietas, entretanto só a realização destas pesquisas comprovará o fato.