Redução de Queimadas em Pastagens

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ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS PARA A REDUÇÃO ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS PARA A REDUÇÃO DE QUEIMADAS NA AGROPECUÁRIA DE QUEIMADAS NA AGROPECUÁRIA Newton de Lucena Costa Newton de Lucena Costa Embrapa Roraima Embrapa Roraima

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ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS PARA A REDUÇÃO ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS PARA A REDUÇÃO

DE QUEIMADAS NA AGROPECUÁRIADE QUEIMADAS NA AGROPECUÁRIA

Newton de Lucena CostaNewton de Lucena CostaEmbrapa RoraimaEmbrapa Roraima

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA

Queimadas e Mudanças Climáticas•Redução da biodiversidade•Assoreamento de lagos, rios e igarapés•Doenças respiratórias•Alterações significativas no padrão de chuvas•Períodos secos mais longos•Ondas de calor•Tempestades mais frequentes•Interrupção no fornecimento de energia elétrica

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURAMedidas para a Redução de Queimadas

•Implantação do Programa de Monitoramento, Prevenção e Controle das Queimadas na Agricultura

Instituições Envolvidas•Secretaria Estadual de Meio Ambiente•IBAMA•Universidades•Prefeituras Municipais•Associações de produtores

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA

• CONDIÇÕES AMBIENTAIS RONDÔNIA P/ AGROPECUÁRIA• CLIMA• SOLOS: FERTILIDADE / RELÊVO

• COLONIZAÇÃO• - TRADIÇÃO DOS COLONIZADORES• - AGRONEGÓCIO FAMILIAR 80% < 100 ha• - DESMATAMENTO > 25% - DERRUBA/QUEIMA• - EXPLORAÇÕES:CAFÉ, LEITE, CARNE, MADEIRA, GRÃOS• - 5 MILHÕES PASTAGENS, 500 MIL CULTIVOS, 500 MIL CAPOEIRAS,

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O fogo e a agricultura no trópico úmido

•É uma tecnologia ancestral•Compromete a biodiversidade•É uma ferramenta útil na agricultura primitiva•Afeta os processos físico-químicos e biológicos•Deteriora a qualidade do ar•Pode provocar incêndios•Contribui para mudanças globais

FOGO

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O fogo e a agricultura no trópico úmido

•Agricultura migratória (derruba e queima)

•Pecuária tradicional

•Destruição de restos culturais contaminados

•Avanço da fronteira agrícola

Origem do fogo na agricultura

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PROGRAMA PROGRAMA

MONITORAMENTO, PREVENÇÃO E MONITORAMENTO, PREVENÇÃO E

CONTROLE CONTROLE

DAS QUEIMADAS NA AGRICULTURADAS QUEIMADAS NA AGRICULTURA

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OBJETIVOEstabelecer uma agenda positiva através:• Conscientização da população urbana e

rural dos riscos e prejuízos das queimadas• Incentivo ao uso de alternativas

tecnológicas para a prática das queimadas• Redução do número total de queimadas

que ocorrem no brasil a cada ano

PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA20012001

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURAResultados da campanha 2000Resultados da campanha 2000 Redução das queimadas:

• 18% no Brasil• 24,5 % nos estados participantes da campanha• 8,5% nos outros estados

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURAResultados da campanha 2000Resultados da campanha 2000

Redução das queimadas:Nº de queimadas Participação % Nº de queimadas Participação %

Var.% Var.%19991999 2000 2000 19991999 20002000

Mato Grosso 39.890 24.737 34,3 26,1 -38,0Pará 18.606 16.206 16,0 17,1 -12,9Tocantins 7.246 6.505 6,2 6,9 -10,2Maranhão 7.168 7.570 6,2 8,0 + 5,6

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MONITORAMENTO DAS QUEIMADAS

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•Há 10 anos a Embrapa monitora queimadas• Recebe imagens diariamente •Antena móvel para recepção in loco•Mapas de queimadas semanais, mensais e anuais•Disponibilizados semanalmente

MONITORAMENTO DAS QUEIMADAS

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Ano Ano 20012001

Estado Total de queimadas Freqüência

Mato Grosso 24.737 26,1Pará 16.206 17,1

Maranhão 7.570 8,0Bahia 6.879 7,3

Tocantins 6.505 6,9Rondônia 5.501 5,8

Minas Gerais 4.859 5,1Piauí 4.658 4,9Goiás 3.921 4,1

MONITORAMENTO DAS QUEIMADAS

O Brasil teve 94.786 queimadas

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Ano Ano 20012001

Estado Total de queimadas Freqüência

Amazonas (14) 743 0,8

Acre (16) 451 0,5

Amapá (21) 146 0,2

Roraima 64 0,1

MONITORAMENTO DAS QUEIMADAS

O Brasil teve 94.786 queimadas

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RondôniaRondônia2001/02 2001/02 - 24,8%- 24,8%

MONITORAMENTO DAS QUEIMADAS

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MaranhãoMaranhão

MONITORAMENTO DAS QUEIMADAS

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MatoMatoGrossoGrosso

MONITORAMENTO DAS QUEIMADAS

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ParáPará

MONITORAMENTO DAS QUEIMADAS

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TocantinsTocantins

MONITORAMENTO DAS QUEIMADAS

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Alternativas para reduzir as queimadas

Soluções Tecnológicas

Page 21: Redução de Queimadas em Pastagens

Alternativas para reduzir as queimadas

A Embrapa dispõe de várias tecnologias que,

devidamente utilizadas, e com apoio governamental,

podem reduzir bastante a prática das queimadas,

como instrumento de manejo agrícola , trazendo

benefícios ao meio ambiente e à sociedade

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Zoneamento Agroecológico

Orienta:•a proteção da biodiversidade•o melhor período para o plantio (quando ?)•o local mais adequado (onde ?)•a melhor localização da reserva ambiental •proteção das fontes e mananciais de água•como diminuir os riscos da degradação

Alternativas para reduzir as queimadas

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Plantio Direto - > 20 milhões ha

Alternativas para reduzir as queimadas

Requisitos básicos: •solos corrigidos, •presença de cobertura morta •maquinaria apropriada

Vantagens: •controle de erosão•maior infiltração•controle de enchentes•estabilidade de produção•retomada do plantio após chuvas•elimina a queima da palhada• reduz custos de produção•promove agricultura sustentável

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Cultivares apropriadas Cultivares apropriadas

Alternativas para reduzir as queimadas

Variedades resistentes a condicionantes biológicos fruteiras, grãos e hortaliças

Variedades resistentes a fatores abióticos Al+++, excesso de umidade do solo e seca

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Sistemas agroflorestais de agricultura familiarSistemas agroflorestais de agricultura familiar

Alternativas para reduzir as queimadas

Soluções

•organização da produção: abertura de mercados •verticalização da produção: poder de barganha•diversificação da produção: diminuição de riscos•sistemas agroflorestais: maior eficiência produção/uso terra

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Intensificação da exploração: Intensificação da exploração:

Alternativas para reduzir as queimadas

GLOBALIZAÇÃO/COMPETITIVIDADE

Soluções

•manejo da capoeira na agricultura de derruba e queima

•cobertura verde ou morta, e compostos orgânicos

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Agricultura OrgânicaAgricultura Orgânica

Alternativas para a prática das queimadas

Café - Embrapa Rondônia

Hortaliças - Embrapa Amazônia Ocidental

Agricultura Orgânica em SAF´sAgricultura Orgânica em SAF´s Castanha do Brasil - Embrapa AcrePupunha, castanha do Brasil e cupuaçu - Embrapa Amazônia

Ocidental e a Embrapa Acre

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O fogo e a agricultura no trópico úmido

MANEJO FLORESTAL

- Fazer os tratos silviculturais para favorecer a regeneração e aumentar a produtividade, tais como, corte dos cipós, anelamento,desbaste, retirada dos galhos secos e até pragas, a cada dois anos.

- Planejar as trilhas para transporte, a fim de que a derrubada de uma árvore não acarrete prejuízo para muitas outras.

- Quanto menos a mata for agredida, tanto melhor será a regeneração das árvores.

- Aproveitar todas as partes das árvores retiradas.- Fazer o controle contábil da exploração econômica e ambiental. - Manter vigilância e tomar precauções para evitar incêndios na área da

exploração.

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O fogo e a agricultura no trópico úmido

REFLORESTAMENTO SOCIAL

A Amazônia brasileira tem cerca de 55 milhões ha de áreas alteradas, onde podem ser plantadas espécies madeireiras de crescimento rápido para produção de celulose, madeira, laminados e carvão vegetal. Para o reflorestamento dessas áreas, em condições de pleno sol, algumas espécies são mais indicadas como parapará (Jacaranda copaia), morototó (Didymopanax morototoni), taxi-branco (Sclerolobium paniculatum), castanha-do-pará (Bertholletia excelsa), paricá (Schyzolobium amazonicum) e araracanga (Aspidosperma desmanthum).

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O fogo e a agricultura no trópico úmido

Espécies fruteiras também podem ser utilizadas como banana, cupuaçu, manga, caju, taperebá, como ainda palmáceas tais como pupunha, dendê, açaí e côco, café, plantas medicinais e pequenos animais, entre outras, com objetivo de atender ao consumo familiar e evitar a aquisição de itens passíveis de serem produzidos na propriedade.

O enriquecimento de florestas secundárias ou capoeiras pode ser feito usando as espécies freijó (Cordia goeldiana), tatajuba (Bagassa guianensis), mogno (Swietenia macrophylla), quaruba (Vochysia maxima), andiroba (Carapa guianensis) e morototó (Didymopanax morototoni).

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O fogo e a agricultura no trópico úmido

VANTAGENS- REMOÇÃO CAPIM PASSADO E REJEITADO PELO GADO- ESTIMULAÇÃO DE NOVAS BROTAÇÕES- DESTRUIÇÃO DE ECTOPARASITAS (CARRAPATO, BERNE)- CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS- PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS (CAPIM VELHO)- PREPARA SOLO E ESTIMULA GERMINAÇÃO SEMENTES- ELEVA A PRODUÇÃO DE FORRAGEM E MELHORA SUA

QUALIDADE (PB, DIGESTIBILIDADE)- MELHORIA DAS CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DO SOLO

. > pH, CÁLCIO, MAGNÉSIO, POTÁSSIO

. < ALUMÍNIO

FOGO NAS PASTAGENS

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O fogo e a agricultura no trópico úmido

- AUMENTO DAS PERDAS DE SOLO POR EROSÃO- AFETA CARACT. SOLO: MENOR INFILTRAÇÃO E

MAIORES PERDAS POR EVAPOTRANSPIRAÇÃO- REDUZ CONTEÚDO MATÉRIA ORGÂNICA SOLO- ELIMINAÇÃO DE INSETOS INIMIGOS NATURAIS DE

PRAGAS- EXPÕE SOLO DIRETAMENTE ÀS INTEMPERIES

CLIMÁTICAS- AFETA CONSIDERAVELMENTE A MICROFLORA E

MICROFAUNA

DESVANTAGENS

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• PERDAS DE NUTRIENTES EM UMA CAPOEIRA COM 7 ANOS

• CARBONO - 14,4 t/há = 98%• NITROGÊNIO - 205 kg/há = 96%• POTÁSSIO - 39 kg/há = 48%• FÓSFORO - 4 kg/há = 47%• CÁLCIO - 107 kg/há = 35%• MAGNÉSIO - 18 kg/há = 40%

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• NUTRIENTES CONTIDOS NAS CINZAS PROVENIENTES DA QUEIMADA DE UMA FLORESTA SECUNDÁRIA COM 17 ANOS DE IDADE. YURIMAGUAS, PERU

• NUTRIENTES % KG/HA• NITROGÊNIO 1,72 67• FÓSFORO 0,15 6• POTÁSSIO 0,97 38• CÁLCIO 1,91 75• MAGNÉSIO 0,41 16

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• B, brizantha cv. Marandu - 10 t/ha MS

• TEOR DE P = 0,12%• EXTRAÇÃO DE P = 12 kg/ha/ano

• TEOR DE NITROGÊNIO = 1,25%• EXTRAÇÃO DE N = 125 kg/ha/ano

• QUALIDADE DAS CINZAS = QUALIDADE DA BIOMASSA

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA1. Diferimento de Pastagens • Oscilações climáticas durante o ano, a produção de forragem apresenta

flutuações estacionais, ou seja, abundância durante o período chuvoso (outubro a maio) e déficit no período seco (junho a setembro), o que resulta em variações significativas dos índices de produtividade animal, ocasionado a perda de peso ou a redução drástica na produção de leite.

• A utilização de práticas de manejo adequadas é uma das alternativas para reduzir os efeitos da estacionalidade da produção de forragem, além de evitar o uso indiscriminado das queimadas.

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• A conservação do excesso de forragem: feno ou silagem• Diferimento ou feno-em-pé: reserva de pastos durante a estação chuvosa surge

como alternativa para corrigir a defasagem da produção de forragem durante o ano.

• Consiste em suspender a utilização da pastagem durante parte de seu período vegetativo, de modo a favorecer o acúmulo de forragem para utilização durante a época seca.

• Uso do diferimento facilita a adoção de outras tecnologias, tais como o banco-de-proteína, a mistura múltipla e a suplementação à campo com uréia pecuária, associada ou não com a cana-de-açúcar.

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• O período de diferimento está diretamente relacionado com a fertilidade do solo. Em solos de baixa fertilidade pode ser necessário o diferimento da pastagem por períodos de tempo mais longos, porém, com a utilização de adubações, o período pode ser reduzido, em função das taxas de crescimento da planta forrageira.

• Para as condições edafoclimáticas de Rondônia, utilizando-se o diferimento em abril, as gramíneas mais promissoras, em termos de produção de MS, foram B. humidicola, A. gayanus cv. Planaltina, P. maximum cv. Tobiatã, P. guenoarum FCAP-43 e B. brizantha cv. Marandu.

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA2. Bancos-de-Proteína• Período Seco - suplementação alimentar indispensável visando amenizar o déficit

nutricional dos rebanhos e reduzir os efeitos da estacionalidade da produção de forragem durante o ano.

• Utilização de leguminosas forrageiras - alternativa mais viável para assegurar um bom padrão alimentar dos animais, já que estas, em relação às gramíneas, apresentam alto conteúdo proteico, melhor digestibilidade e maior resistência ao período seco.

• Além disso, face a capacidade de fixação do N da atmosfera, incorporam quantidades consideráveis deste nutriente, contribuindo para a melhoria da fertilidade do solo.

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• As leguminosas podem ser utilizadas para a produção de feno, farinha para aves e suínos, como cultura restauradora da fertilidade do solo, consorciadas com gramíneas ou plantadas em piquetes exclusivos denominados de bancos-de-proteína.

• O banco-de-proteína é um sistema integrado, em que uma parte da área de pastagem cultivada é destinada ao plantio de leguminosas forrageiras de alto valor nutritivo.

• O acesso dos animais pode ser livre, ou limitado a alguns dias por semana, ou horas por dia, ao longo do ano, ou em determinadas épocas.

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• A utilização estratégica do banco-de-proteína tem por finalidade corrigir a deficiência em proteína e minerais e fornecer forragem de melhor qualidade aos animais. Como complemento de pastagens cultivadas, é uma prática que pode substituir, com vantagem, a utilização das queimadas.

• Leguminosas para a formação de bancos-de-proteína - produtividade, composição química, palatabilidade, competitividade com plantas invasoras, persistência, além da tolerância a pragas e doenças.

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• Condições edafoclimáticas de Rondônia: amendoim-forrageiro (Arachis pintoi), acacia (Acacia angustissima), guandu (Cajanus cajan), leucena (Leucaena leucocephala), pueraria (Pueraria phaseoloides), desmodio (Desmodium ovalifolium), centrosema (Centrosema macrocarpum), stylosantes (Stylosanthes guianensis) e calopogônio (Calopogonium mucunoides).

• A área plantada depende da categoria e do nº animais a suplementar, suas exigências nutritivas e da disponibilidade e qualidade da forragem das pastagens. Normalmente, 10 a 15% da área da pastagem cultivada com gramíneas. Utilização com vacas em lactação ou animais destinados a engorda. Em média, um ha alimenta satisfatoriamente 15 a 20 (chuva) e 10 a 15 animais adultos (seca).

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• O período de pastejo deve ser de uma a duas horas/dia, durante a época chuvosa, preferencialmente após a ordenha matinal. Gradualmente, à medida que o organismo dos animais se adapta ao elevado teor proteico da leguminosa, o período de pastejo pode ser aumentado para duas a quatro horas/dia, principalmente durante o período seco, quando as pastagens apresentam baixa disponibilidade e qualidade de forragem. Períodos superiores a quatro horas/dia podem ocasionar distúrbios metabólicos (timpanismo ou empazinamento), notadamente durante a estação chuvosa, em função dos altos teores de proteína da leguminosa.

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• Dois a três meses antes do final do período chuvoso, recomenda-se deixar a leguminosa em descanso para que acumule forragem para utilização durante a época seca, a qual deve estar em torno de duas a três t/ha de matéria seca.

• Quando os animais têm livre acesso e o pastejo não é controlado, deve-se ajustar a carga animal, de modo que a forragem produzida seja bem distribuída durante o período de suplementação. Neste caso, o pastejo poderia ser realizado em dias alternados ou três vezes/semana.

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA

• PRODUÇÃO DE LEITE DE VACAS HOLANDO-ZEBU COM ACESSO A BANCOS-DE-PROTEÍNA

• Chuva Seca• B.brizantha 7,33 6,50• + Pueraria 8,55 (17%) 7,25 (12%)• + Desmodium 7,97 (9%) 7,43 (15%)

• B.humidicola --- 3,92• + Pueraria --- 6,80 (73%)• + Arachis --- 7,45 (90%)

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA3. Recuperação de Pastagens com Leguminosas Forrageiras

• introdução de leguminosas, a qual além de incrementar a produção e qualidade da forragem produzida, por sua capacidade de fixação de nitrogênio, reduz a perda de peso doa animais durante o período seco. No entanto, a permanência da leguminosa na pastagem depende da exclusão da queima, uma vez que um dos efeitos deletérios do fogo é a destruição das leguminosas.

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• Em solos de baixa fertilidade natural, a utilização exclusiva de métodos físicos pode ser insuficiente para a recuperação da pastagem. Neste caso, torna-se indispensável assegurar um adequado suprimento, notadamente daqueles nutrientes limitantes à produção de forragem.

• Em Rondônia, pastagens de B. humidicola, recuperadas com a introdução de leguminosas (P. phaseoloides, Stylosanthes guianensis e C. pubescens) apresentaram maiores rendimentos de forragem com a aplicação de até 75 kg de P2O5/ha.

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• O desempenho animal, em pastagens recuperadas com a introdução de leguminosas, geralmente, está diretamente correlacionado com o estabelecimento e a sua participação na composição botânica da forragem em oferta. A introdução de M. atropurupureum e Neonotonia wightii, em pastagens de P. maximum, em vias de degradação, permitiu elevar a capacidade de suporte de 0,35 UA/ha para 0,81 e 1,1 UA/ha, respectivamente para o primeiro e segundo ano de utilização. Em pastagens de B. decumbens degradadas, a introdução de Centrosema macrocarpum CIAT-5713 e de C. acutifolium CIAT-5568, resultou em ganhos de 830 kg/ha/ano e 607 g/animal/dia, comparativamente a 550 kg/ha/ano e 451 g/animal/dia obtido na pastagem não recuperada.

Page 49: Redução de Queimadas em Pastagens

PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• No Pará, o estabelecimento de P. phaseoloides, C. pubescens e S. guianensis em pastagens degradadas de Panicum maximum proporcionou incrementos de 16 e 63%, respectivamente para os ganhos de peso vivo/animal/ano e hectare/ano.

• Utilizando-se as mesmas leguminosas, em Rondônia, os acréscimos foram de 46 e 40% nos ganhos de peso vivo/ha/ano, respectivamente para pastagens degradadas de H. rufa e B. humidicola.

• No Acre, recuperação de pastagens de P. maximum através da introdução de leguminosas, associadas à fertilização fosfatada (50 kg de P2O5/ha), independentemente da carga animal utilizada, resultou em incremento de 69% no ganho de peso/área (150 vs. 253 kg/ha/ano).

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA4. Renovação de Pastagens Via Culturas Anuais

• A utilização de culturas anuais como o milho, milheto, arroz e soja, implantadas em pastagens degradadas e dentro das recomendações técnicas específicas, tem possibilitado o restabelecimento da capacidade produtiva das pastagens e a produção de grãos durante um ou mais ciclos de cultivo.

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• A recuperação das pastagens é de grande importância, pois com a sua intensificação pode-se reduzir a expansão em áreas de florestas, propiciando benefícios de ordem ecológica (preservação da floresta), econômica (custo de formação de pastagem maior que o de recuperação) e social (necessidade de mão-de-obra).

• O uso de culturas anuais na formação e/ou renovação de pastagens é uma pratica recomendada para diminuir os custos, pois aproveitam-se o preparo do solo e a adubação exigidas pela cultura associada.

Page 52: Redução de Queimadas em Pastagens

PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• B. decumbens + arroz (IAC-47), cujas sementes foram misturadas e plantadas em sulcos, no espaçamento de 0,5 m entre linhas = 1.000 e 1.350 kg/há de grãos, não sendo afetada pelos níveis de adubação fosfatada (0 a 300 kg de P2O5/ha) e nem pelas diferentes densidades de semeadura da forrageira.

• No Pará, capim-colonião renovadas com o plantio simultâneo de gramineas (A. gayanus cv. Planaltina. P. maximum e B. humidicola) + leguminosas (C. pubescens e C. mucunoides) em associação com milho (BR-5102) e arroz (IAC-47). A produção de milho foi de 2798 kg/ha e a de arroz 254 kg/ha,

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• Em pastagens consorciadas de B. decumbens com leguminosas, os rendimentos de arroz foram de 3,5 t/ha, enquanto que as forrageiras produziram 560, 113 e 174 kg de MS/ha para a gramínea, Centrosema acutifolium e Stylosanthes capitata, respectivamente, sendo a participação das plantas invasoras de apenas 175 kg de MS/ha.

• Em Rondônia, arroz de sequeiro cv. Progresso semeado em associação com gramíneas tropicais, os rendimentos de arroz em casca foram de 2.166; 1.870 e 1.305 kg/ha, respectivamente para os consórcios com B. brizantha cv. Marandu, B. humidicola e Paspalum atratum cv. Pojuca, comparativamente a 2.578 kg/ha quando plantado em monocultura, independentemente do método de plantio (linhas ou à lanço).

Page 54: Redução de Queimadas em Pastagens

PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA5. Pastagens Consorciadas• VALOR NUTRITIVO DAS LEGUMINOSAS: • alto conteúdo proteíco, maior digestibilidade, maior tolerância a seca e

menor declínio do valor nutritivo com o avanço dos estádios fenológicos da planta.

• Fixação e transferência de N ao sistema solo-planta-animal (80% transferido para a gramínea associada via compostos solúveis liberados pela planta, resíduos vegetais e excrementos dos animais em pastejo.

• melhor cobertura do solo, aumento da produção de forragem (até 80%)

Page 55: Redução de Queimadas em Pastagens

PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• Em termos de produção de MS, composição botânica e persistência, as consorciações mais promissoras para a Rondônia foram:

• A. gayanus cv. Planaltina com D. ovalifolium, P. phaseoloides, C. macrocarpum, Stylosanthes capitata e S. guianensis cv. Cook

• B. humidicola com D. ovalifolium, P. phaseoloides, C. pubescens, C. acutifolium e C. brasilianum

• B. brizantha cv. Marandu com D. ovalifolium, P. phaseoloides, C. pubescens e C. brasilianum

Page 56: Redução de Queimadas em Pastagens

PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

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CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• P. maximum com C. pubescens, P. phaseoloides, D. intortum e Macroptilium atropurpureum

• Setaria sphacelata com P. phaseoloides, D. intortum e S. guianensis

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E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• MANEJO DA PASTAGEM• 1. Pressão de pastejo• 2. Sistema de Pastejo• Composição botânica/estabilidade da pastegen• A proporção de leguminosas na pastagem é o parâmetro mais pratico para se

determinar a taxa de lotação adequada, a qual deve oscilar entre 20 e 40 % para que ocorram efeitos significativos na produção animal.

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PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA6. Cigarrinha-das-Pastagens• As cigarrinhas-das-pastagens representam um dos principais problemas que

afetam a produção e persistência das pastagens cultivadas. • A diversificação das pastagens com a utilização de gramíneas resistentes é a

alternativa mais prática e econômica para a sua solução, além de ser um dos fatores que contribui para reduzir a prática da queimada.

Page 59: Redução de Queimadas em Pastagens

PROGRAMA MONITORAMENTO, PREVENÇÃO

E

CONTROLE DAS QUEIMADAS NA

AGRICULTURA• Sugere-se, na medida do possível, a inclusão de novas gramíneas durante a formação de novas áreas ou quando da renovação das pastagens.

• Danos: acentuado decréscimo na disponibilidade e valor nutritivo da forragem e até implicar na degradação da pastagem.

• São insetos sugadores, essencialmente graminícolas. • Na fase adulta, os insetos sugam a seiva das folhas e inoculam toxinas, causando

intoxicação sistêmica nas plantas (fitotoxemia), interrompe o fluxo da seiva e o processo vegetativo, cujos sintomas iniciais são estrias longitudinais amareladas que aumentam para o apíce da folha e posteriormente secam, podendo, no caso de ataque intenso, ocorrer o amarelecimento e secamento total da pastagem.

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AGRICULTURA• As ninfas sugam continuamente a seiva das raízes ou coleto, produzindo uma espuma branca típica, semelhante à saliva, a qual serve como proteção para os raios solares e de certos predadores.

• Nesta fase, ocorre um desequilíbrio hídrico e o esgotamento dos carbohidratos de reserva utilizados no processo de crescimento das plantas.

• Dentre as gramíneas forrageiras introduzidas e avaliadas em Rondônia, as que se mostraram resistentes às cigarrinhas-das-pastagens foram A. gayanus cv. Planaltina, B. brizantha cv. Marandu, Tripsacum. australe, Axonopus scoparius, Paspalum atratum cv. Pojuc, P. guenoarum FCAP-43 e P. secans FCAP-12.

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AGRICULTURA- Condições favoráveis: ovos eclodem cerca de 22 dias após a postura,

passando pela fase de ninfa até atingirem o estágio adulto,

completando o ciclo biológico entre 67 e 69 dias, conforme a espécie.

- As espécies detectadas na região foram Deois incompleta, D. flavopicta

e Zulia entreriana, com predominância para a primeira, as quais

atacam várias gramíneas (B. deccumbens, B. ruziziensis, B.

humidicola e P. maximum).

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AGRICULTURA• Recentemente, foram detectados surtos da espécie Mahanarva

fimbriolata em cultivos simultâneos de milho, arroz e P. maximum cv. Tanzânia, havendo vários relatos de produtores e técnicos de ataque à B. brizantha cv. Marandu.

• A população de cigarrinhas-das-pastagens durante a estação chuvosa alcança níveis muito altos, podendo-se encontrar até 100 ninfas/m2. Em condições de campo, são parcialmente controladas por vários inimigos naturais, entre eles o mais importante é o fungo Metarhizium anisopliae que parasita as ninfas e os adultos.

• Também tem sido observado larvas da mosca Salpingogaster nigra penetrando a massa espumosa para se alimentarem das ninfas.

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AGRICULTURA• Práticas para o controle das cigarrinhas-das-pastagens:• manter, no mínimo, 30% das pastagens formadas com espécies

resistentes à praga• evitar a utilização de superpastejo, obedecendo a altura de pastejo

recomendada para cada espécie• reduzir a carga animal nas pastagens de gramíneas susceptíveis,

durante o pico populacional das cigarrinhas (novembro a março), deslocando a maior parte do rebanho para as pastagens com gramíneas resistentes

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AGRICULTURA• após abril, utilizar as pastagens com gramíneas susceptíveis, deixando as de gramíneas resistentes em descanso, visando acumular forragem para utilização durante o período de estiagem

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Ninfas Recobertas por Espumas

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Deois flavopicta

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EFEITO ESTUFA

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• Fenômeno natural e necessário a sobrevivência dos seres vivos no planeta. Manutenção do calor da Terra através de gases presentes na atmosfera em quantidades muito pequenas que possuem efeito estufa, ou seja, possuem essa capacidade de absorver a radiação solar. Caso não houvesse tal efeito, o planeta seria 30 graus mais gelado do que é hoje e estaria coberto por uma camada de gelo.

• O problema está no aumento excessivo de gases de efeito estufa na atmosfera, causado pela ação antrópica. Ocorre então o chamado aquecimento global, que nada mais é do que a elevação da temperatura do planeta.

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AGRICULTURA• Da radiação solar total, temos que 70% atinge a superfície terrestre, sendo que os 30% restantes são refletidos para o espaço pela própria atmosfera antes mesmo de atingir a superfície. Dos 70% absorvidos pela superfície, parte é transformada em calor (radiação térmica) e a outra parte é absorvida pelos gases presentes na atmosfera que vão manter o calor da Terra. O efeito estufa ocorre no momento em que a energia absorvida pelos gases é irradiada de volta para a superfície terrestre.

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AGRICULTURA20012001

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AGRICULTURA• Os gases com efeito estufa

• 1. Metano (CH4): é produzido por processos naturais (fermentação em pântanos) e por processos antrópicos (queima da biomassa vegetal, plantio de arroz e fermentação no aparelho digestivo do gado). Boa parte desaparece na atmosfera e uma pequena parte é absorvida por microorganismos presentes no solo. Esse gás representa 15% no agravamento do efeito estufa.

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• 2. CFC’s (clorofuorcarbonos): são sintetizados há cerca de 60 anos e representa 20% no agravamento do efeito estufa. São originados na produção de refrigeradores, condicionadores de ar e sprays. Apenas os raios ultravioletas absorvidos pela camada de ozônio são capazes de destruí-los, mas tal processo acarreta na própria destruição da camada. Sem a camada de ozônio, acaba havendo uma maior radiação de raios ultravioletas na superfície terrestre que pode provocar um aumento de cerca de 1% nos casos de câncer de pele.

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AGRICULTURA• 3. Dióxido de Carbono (CO2): além de participar do processo de fotossíntese, encontra-se guardado nos chamados reservatórios de armazenagem: oceanos, solos e atmosfera. Os principais causadores do aumento do CO2 é a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento (queima ou corte).

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AGRICULTURA• 4. Solos Agrícolas: adições de fertilizantes nitrogenados sintéticos aos

solos agrícolas tem sido o principal responsável pelas crescentes emissões de N2O na atmosfera.

• As emissões de N2O ocorrem como consequência da desnitrificação a partir de N mineral. A desnitrificação (NO3-NO2 - N2O - N2) consiste na redução microbiana do nitrato (NO3- ) à formas intermediárias de N e então às formas gasosas (NO, N2O e N2) que são comumente perdidas para a atmosfera.

• Seu poder de retenção de raios infravermelhos é 270 vezes maior que o do CO2.

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• Emissão: 5,8 bi ton/ano – queima de combustíveis fósseis• 50,0 bi ton/ano – respiração de plantas• 2,8 bi ton/ano – desmatamento• 50,0 bi ton/ano – respiração dos solos• 100.0 bi ton/ano – emissão dos oceanos• Total: 208,6 bi ton/ano• Captação: 100,0 bi ton/ano – fotossíntese• 104,0 bi ton/ano – oceanos• Total: 204,0 bi ton/ano• São, portanto, 208,6 – 204 = 4,6 bi ton/ano de C lançados na atmosfera, sendo que 1,6 bi

ton/ano são absorvidos por fonte ainda desconhecida. Restam 3 bi ton/ano. 200 t/ha > 15 a 25 milhõs ha/ano

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• ESTRATÉGIAS PARA EVITAR O AQUECIMENTO GLOBAL• 1. Substituição dos combustíveis fósseis:• - energia produzida pelos ventos• - energia térmica produzida pelo Sol• - energia obtida de tecnologias que se servem da biomassa (resíduos vegetais)• 2. Uso mais eficiente da energia• O uso mais eficiente da energia significa desenvolver motores,

eletrodomésticos, lâmpadas, entre outros sistemas que utilizam menos energia e que, ao mesmo tempo, tenham melhor desempenho, o que diminuiria em pelo menos 3% ao ano em países ricos o uso de combustíveis fósseis

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• 3. Redução ou eliminação da produção de CFCs• A redução ou mesmo a eliminação da produção de CFCs, pela indústria química

e o desenvolvimento de mecanismos para recapturar aqueles hoje em uso são cruciais para diminuir o risco do aquecimento global, pois CFC, além de destruírem a camada de ozônio por reagirem com o ozônio troposférico, constituem os mais poderosos gases com efeito estufa.

• 4. Reflorestamento• Além de diminuir o desmatamento , o plantio de árvores contribui para tirar da

atmosfera o excesso. São as florestas e os solos que retém o carbono, impedindo que se concentre em oceanos e na atmosfera.

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