Recife

32
5

description

Coleção Capitais do Brasil - recife - volume 10

Transcript of Recife

Page 1: Recife

5

Page 2: Recife

6

Este livro faz parte da Coleção Capi-tais do Brasil. Contém 96 páginas,mas aqui neste modelo estão apenasalgumas delas.

O livro está dividido em 4 capítulos.No primeiro, temos Geografia: a cida-de em seu caráter natural, mostradacomo era antes da chegada de seusprimeiros desbravadores. Aqui falamosda terra, águas, flora, fauna e clima.Depois vem o capítulo sobre História,que trata da transformação do meionatural e da evolução urbana. No capí-tulo A Cidade Hoje, são abordadas ascaracterísticas gerais, mostrados seuspontos extremos e estudadas sua ar-quitetura, economia e estrutura. A via-gem termina com o capítulo Cultura,onde o morador da cidade é apresen-tado, estudando as etnias que o for-maram, seu artesanato, sua arte e suagastronomia.

Page 3: Recife

1

Page 4: Recife

2

Coleção Capitais do Brasil - Ensinando a CidadeColeção Capitais do Brasil - Ensinando a CidadeColeção Capitais do Brasil - Ensinando a CidadeColeção Capitais do Brasil - Ensinando a CidadeColeção Capitais do Brasil - Ensinando a CidadeRECIFERECIFERECIFERECIFERECIFEEduardo FenianosEduardo FenianosEduardo FenianosEduardo FenianosEduardo Fenianos

Edição: Editora Univer CidadeCriação, Texto, Pesquisa e Fotos: Eduardo Emílio FenianosProgramação Visual: Tatiana Kropernicki FerreiraEstagiária: Gisele Martins VazRevisão e Tradução: Américas Internacional Ltda.

Reservados todos os direitos. Proibida qualquer reprodução desta obra por qualquer meio ou forma,seja mecânica ou eletrônica, sem permissão expressa, sob pena de incidir nos termos previstos em lei.

SÃO PAULO / 20101ª edição

EDITORA UNIVER CIDADE

Rua Presidente Rodrigo Otávio, 813Alto da XV - Curitiba - PRFone: 41 3079-7879 / 41 3362 3307

Rua Alfredo Mendes da Silva, 395, apto 163, torre 2Vila Sônia - São Paulo - SPFone: 11 3751-8842

[email protected]

Dados internacionais de catalogação na publicaçãoBibliotecária responsável: Mara Rejane Vicente Teixeira

Fenianos, Eduardo Emílio, 1970- Recife / Eduardo Fenianos ; revisão e tradução:Américas Internacional Ltda. - São Paulo : EditoraUniver Cidade, 2009. 96 p.: il. ; 18 x 25 cm. -- (Capitais do Brasil - Ensinando a Cidade ; v. 10)

ISBN 978-85-86861-27-7 Inclui bibliografia.

1. Recife (PE) - Descrições e viagens.2. Recife (PE) - Obras ilustradas. 1. Título. II. Série.

CDD (22ª ed.)918.1341

Page 5: Recife

3

Espaço de até 1700 caracteres emportuguês, com tradução para o inglêspara a mensagem do presidente ou re-presentante da empresa aos seus co-laboradores, parceiros e clientes.

FIQUE PARA SEMPRENA MEMÓRIA DE SEUS

PARCEIROS E CLIENTES

Iniciei minha viagem em Recife por seu Marco Zero. Eram6:15 da manhã, quando cheguei à ele. Foi o mais fácil, maisescancarado e mais bonito de todos os marcos Zero que jáencontrei. Uma placa de bronze no centro indica o km 0 domunicípio. Em um primeiro círculo ao seu redor, estão as in-dicações dos pontos cardeais. Em um próximo círculo, aindamaior, a indicação do sol, de Vênus, Marte, Júpiter e outrosastros. É um monumento que expressa meu pensamentosobre o mundo. Desde o local em que estamos tudo o quefazemos tem relação com o TODO. Tudo num círculo aoredor de nós. Tudo em um círculo que nos envolve.

E, justamente à partir deste ponto inicial, Recife é infinita.Dele parti para a história judaica, na Rua Bom Jesus e

depois para a arte universal de Brennand, ao atravessar oRio Capibaribe. A Rússia e a Ucrânia, encontrei na TorreMalakof. A Holanda, nas pontes e lembranças de Maurí-cio de Nassau. A França, na arquitetura que passou avestir a cidade, à partir de meados do século XIX.

O Brasil, no olhar de cada um que conheci. Recife.Para Manuel Bandeira, mais do que a Veneza americana, ela

era a Rua da União, onde ele brincava de chicote-queimado,junto à casa de seu avô. Para Chico Science, era amanguetown, a selva de concreto erguida entre os mangues.

Para os “europeizados”, é a Veneza Brasileira.Mas Recife é só Recife e nada mais do que isso, ou tudo

mais do que isso. Cidade do mangue. Mangue Cidade.Entre manguezais, “humanozais” e “recifezais”, aqui me

tornei caranguejo. Um caranguejo que sempre viverá an-dando e olhando pra todos os lados, buscando eterna-mente enxergar e tocar a manguetown que me cerca.

A todos nós, uma boa viagemEduardo Fenianos

Urbenauta

I began my voyage around Recife from its Zero Point. It was6:15 in the morning, when I arrived. It was the easiest, mostpublic and most beautiful Zero Point that I have everencountered. A bronze plaque marks the 0 km point of themunicipality. In the first circle of its outline, you will find the points ofthe compass. In the next, even larger, there are the Sun, Venus,Mars, Jupiter and other planets. It is a monument, which expres-ses my thoughts on the world. From this location, everything thatwe do is related to EVERYTHING ELSE. Everything circulatesaround us. Everything involves us in the circle.

And exactly starting from this point, Recife is infinite.From here, we leave for the Jewish history in Bom Jesus Street

and then the universal art of Brennand, to the crossing of theCapibaribe River. Russia and the Ukraine, I encountered at theMalakof Tower. Holland, its bridges, and memories of Mauríciode Nassau. France, its architecture, which embellished the city,from the middle of the XIX Century.

Brazil, from the point of view of everybody I know. Recife.For Manuel Bandeira, it is more than the American

Venice, it was Union Street, where he played chicote-queimado (hunt the thimble) at his grandfather’s house.For Chico Science, it was mangrove-town, the forest ofconcrete built among the mangroves.

For the “Europeanized”, it is the Brazilian Venice.But Recife is only Recife and nothing more than this, or

everything more than this. City of Mangroves. Mangrove City.Between mangroves humans and reefs, here I became

a crab. A crab, which is always walking and lookingaround, eternally looking to find and touch themangrove-town all around me.

I wish us all a nice tripEduardo Fenianos

Urbinaut

Page 6: Recife

8

NomeName

O nome da cidade revela a relação de seus primeirosdesbravadores, com a geografia da região. Com isso, agrande barreira de arenito que se estende por toda a suacosta, chamada de arrecife ou recife, nominou o localque inicialmente servia somente como um porto.

The city’s name reveals the relationship of the firstpioneers with the geography of the region. Thus, thegreat sandstone barrier that extends along its entirecoast, called arrecife or recife, named the location whichinitially served only as a port.

Vista aérea de formação de arrecifes entre o Rio Capibaribe e ooceano Atlântico.

Aerial view of the reef formation between the Capibaribe River andAtlantic Ocean.

Page 7: Recife

9

Símbolos da CidadeSymbols of the City

Brasão MunicipalÉ protegido e ladeado por dois leões coroados, que

representam o escudo de armas de Mauríciode Nassau e as lutas históricas dePernambuco.

O arco-íris sob o céu azul éuma lembrança à Confederaçãodo Equador. A coroa no alto,expressa a situação de Recifecomo um município brasileiro.

No listel, que fica na parte de-baixo do brasão, cada data pos-sui um significado. No ano de1537, Duarte Coelho recebiauma carta de direitos feudais,que deu origem à capitania e aoEstado de Pernambuco. Ao seulado, o ano de 1637, lembra o início do Governo doConde Maurício de Nassau. Os anos de 1710, 1823 e1827 marcam, respectivamente, as datas em que Recife,durante sua história, foi elevada à vila, cidade e, finalmen-te, capital pernambucana.

Bandeira MunicipalA bandeira do Recife foi instituída pela Lei 11.210, de

15 de dezembro de 1973. Com formato retangular, édividida em três colu-nas verticais, sendoduas azuis nas lateraise uma branca ao cen-tro. As cores lembramo céu brasileiro, a paze a bandeira do Estadode Pernambuco. Noseu centro, o leão co-roado é uma referên-cia ao escudo de ar-mas de Maurício deNassau e ao períodoem que a cidade foigovernada pelos ho-landeses. Além disso,Leão do Norte foicodinome recebido por Pernambuco, em função desuas lutas históricas. A cruz em que ele se apóia, repre-senta a colonização portuguesa e o cristianismo que che-gou com ela. O sol e a estrela são alusivos à repúblicabrasileira. A frase em latim “Virtus et Fides”, ressalta a for-ça e a palavra dada.

Municipal Coat of ArmsIt is protected and flanked by two crowned lions that

represent the coat of arms of Maurício de Nassauand the historic battles of Pernambuco.

The rainbow over the blue sky isa relic of the Confederation ofEcuador. The crown above,expresses the status of Recifeas a Brazilian municipality.

On the listel, which makes upthe lower part of the coat ofarms, each date is significant.In 1537, Duarte Coelhoreceived a letter with feudalrights, which originated theCaptaincy and the eventualPernambuco State. Next to it,

the year 1637, is a reminder of the beginning of thegovernment of the Conde Maurício de Nassau. The years1710, 1823 and 1827 mark, respectively, the dateswhen Recife, during its history, was elevated to the statusof town, city and, finally, the capital of Pernambuco State.

Municipal FlagThe flag of Recife was instituted by Law No. 11,210, of

December 15th 1973. In a rectangular format, it isdivided into threevertical columns; thetwo lateral stripes areblue and the centralstripe white. The colorssignify the Brazilian sky,peace and thePernambuco state flag.At its center, thecrowned lion refers tothe coat of arms ofMaurício de Nassauand the time when thecity was governed bythe Dutch.Furthermore, the Lionof the North was the

codename given to Pernambuco, as the result of itshistoric struggles. The cross that the lion is holdingrepresents the Portuguese colonization and theChristianity that accompanied it. The sun and star alludeto the Brazilian Republic. The phrase in Latin “Virtus etFides”, emphasizes the strength and the word given.

Page 8: Recife

10

A TerraThe Land

Do encontro do mar com a terra, nasceu Recife. Aformação rochosa, próxima à costa, submersa logo abai-xo da superfície, que aos olhos dos primeiros desbrava-dores criava um tipo de barreira natural contra invasões eseu território plano, de relevo moderado, criaram o ce-nário para o desenvolvimento de uma cidade. Sua altitu-de média em relação ao nível do mar é de 4 metros,mas algumas formações de várzea estão abaixo dele.

Quanto à sua forma e relevo, Recife apresenta basica-mente duas paisagens: as planícies, junto à baixada litorâ-nea e os morros que vão se formando conforme se dis-tancia do litoral.

A planície do Recife, conhecida como planície ou baixa-da litorânea é de origem flúvio-marinha, ou seja, formou-se pela acumulação de sedimentos trazidos por rios epelo mar. Em seu solo são encontradas camadas deareia fina e média, onde estão intercaladas camadas deargila orgânica, areia compacta ou arenitos consolidados.São áreas de solo pobre, pouco utilizados para a práticaagrícola.

Já em porções junto aos morros, colinas e várzeas,distantes do litoral, onde os solos são mais ricos, desen-volveu-se o cultivo da cana-de-açúcar, base da economiada cidade por muitos anos.

Na parte oeste da cidade, os terrenos planos que caracterizamboa parte de seu relevo.

Recife was born as the consequence of the sea’sencounter with the land. The rocky formation, close tothe coast, submerged beneath the surface, which to theeyes of the first colonizers created a type of naturalbarrier admirably suited against invasions and its flatterrain, with its moderated relief, created the scenario forthe development of a city. Its average altitude is fourmeters above sea level, but some lowland formations arebelow this.

As well as its relief, Recife presents two basic landscapes:the plains, together with the lowland coast and theheadlands that are formed some distance from coast.

The Recife Plateau, also known as the plain or lowlandcoast, originates from the river flow to the sea and isformed by the accumulation of river and sea sediment. Itssoil contains layers of fine sand and medium, where thereare interlaced layers of organic clay, compacted sand orconsolidated sandstone. This is poor soil, little used foragriculture.

However, in parts, close to the headlands, hills, andlowlands, far away from the coast, where the soils arericher, the cultivation of sugarcane, the city’s economicbase for many years, was first developed.

In the western part of the city, the flat terrain which characterizesmuch of its relief.

Page 9: Recife

11

Detalhe de arrecife na Praia do Pina. Detail of a reef on Pina Beach.

Page 10: Recife

14

Apesar de ter a sua cobertura vegetal devastada desdeo século XVI, ainda é possível encontrar em Recife, áre-as que preservaram sua vegetação nativa.Predominantemente, sua coberturavegetal era coberta pormanguezaismanguezaismanguezaismanguezaismanguezais e Mata AtlânticaMata AtlânticaMata AtlânticaMata AtlânticaMata Atlântica.

Os manguezaismanguezaismanguezaismanguezaismanguezais são encon-trados na parte sul do município,nos arredores do RioCapibaribe e nas divisas comOlinda. Ecossistema costeiro detransição entre os ambientes ter-restres e marinhos, o manguezalé um “berçário”, onde se desen-volvem muitos peixes, crustáce-os e outros animais da fauna ma-rinha. Sua principal planta é o Man-gue (vermelho ou branco), com suasfolhas largas e outras árvores caracterizadaspor suas raízes aéreas. No caso da Mata AtlânticaMata AtlânticaMata AtlânticaMata AtlânticaMata Atlântica, a co-bertura vegetal se organiza de outra forma. Em sua porçãoinferior, predominam árvores de pequeno porte e umavegetação rasteira. Na porção superior, estão as árvoresde grande porte, como perobas, palmitos, ipês e cedros.Suas folhas são largas, para facilitar a transpiração num lugarquente e úmido. O Jardim Botânico e o Parque Dois Ir-mãos são os locais mais indicados para se ter contatocom a Floresta de Mata Atlântica, em Recife.

A FloraThe Flora

In Recife, it is still possible to find areas that havemaintained their native vegetation, despite most of its

vegetal cover having been devastatedeversince the XVI Century. The vegetal

cover is predominantly mangrovesmangrovesmangrovesmangrovesmangrovesand the Atlantic RainforestAtlantic RainforestAtlantic RainforestAtlantic RainforestAtlantic Rainforest.

The mangrovesmangrovesmangrovesmangrovesmangroves are found inthe southern part of themunicipality, adjacent to theCapibaribe River and its borderwith Olinda. As a costalecosystem in transition betweenthe terrestrial and marineenvironments, the mangroves area “nursery”, where many fish,

crustaceans and other marinecreatures grow. The mangroves’

principal plant is the Mangrove (red orwhite), with its wide leaves and other trees

characterized by their air roots. In the case of theAtlantic RainforestAtlantic RainforestAtlantic RainforestAtlantic RainforestAtlantic Rainforest, the vegetal cover is organized inanother form. At the lower levels, the predominating treesare small-sized and the surrounding vegetation scrubland.At higher levels, there are large-sized trees, such asperobas, palmetto, ipês and cedars. Their leaves are wide,to facilitate transpiration in a hot and humid place. TheBotanical Gardens and Dois Irmãos Park are the mostpopular Atlantic Rainforest sites to visit in Recife.

Page 11: Recife

15

Page 12: Recife

24

Século XVIIIEighteenth Century

Com o fim da União Ibérica, em 1640, muitos portu-gueses passaram a imigrar para o Brasil. Vários vinham embusca de riqueza, investindo suas economias na nova colô-nia. No caso de Recife, muitos ocuparam o espaço deixa-do por judeus e holandeses, dedicando-se ao comércio, àespeculação imobiliária e à agiotagem. Além da proximida-de com o porto e a prosperidade local, também se benefi-ciaram da descoberta de ouro nas Minas Gerais e no cen-tro-oeste brasileiro. Junto aos tropeiros do sul, estavam oscomerciantes de Pernambuco e da Bahia, que abasteciamas minas com gado, tecidos e outros utensílios, que essesmineradores precisavam. Com isso, enriqueceram rapida-mente. Já os senhores de engenho de Olinda, viviam umasituação contrária. Entre 1701 e 1710 uma arroba de açú-car baixou cerca de 50%. Sem outra alternativa buscaramempréstimo, junto aos comerciantes do Recife, que passa-ram a controlar a economia. Este confronto entre Recife eOlinda, comerciantes e senhores de engenho, chegou aoseu ápice em fevereiro de 1710, quando Recife foi elevadaa condição de vila, o que a libertava de Olinda. Sem suces-so em suas manobras políticas para voltar a ter Recife emsuas mãos, os senhores olindenses com cerca de 1.100homens, invadiram a vila, em 9 de novembro de 1710.Era o início da Guerra dos Mascates, uma referência à pala-vra que lembrava o vendedor de porta em porta, pela qualos comerciantes eram chamados por seus rivais.

Os comerciantes reagiram. Juntaram armas, mantimen-tos e contrataram soldados na Paraíba, em Goiana e Una.

Em 18 de junho de 1711 retornaram à cidade, toman-do-a novamente. As severas punições dadas aosolindenses, na época, considerados revoltosos por nãoobedecerem a uma determinação legal, agradaram a Co-

In 1640, with the end of the Iberian Union, manyPortuguese immigrated to Brazil. They came to maketheir fortunes in the new colony. In the case of Recife,many occupied the positions left by the Jews and Dutch,devoted to trade, land speculation and usury. As well asbeing close to the port and its prosperous location, Recifealso benefited from the discovery of gold in Minas Geraisand the Brazilian central-west. Together with mule trainsfrom the south, the merchants from Pernambuco andBahia supplied the miners’ requirements with cattle, clothand utensils. This brought rapid wealth. However, theOlinda mill owners lived quite a different existence.Between 1701 and 1710, the price of a 15 kg sack ofsugar fell by 50%. Without an alternative source ofloans, the merchants of Recife took control of theeconomy. This confrontation between the merchants andmill owners of Recife and Olinda came to a head inFebruary 1710, when Recife was elevated to the statusof a town, which liberated it from Olinda. Afterunsuccessful political maneuvers to return Recife to itscontrol, the Olinda mill owners, with around 1,100 men,invaded the town, on 9 November 1710. This was thebeginning of the Mascates’ War, a reference to thederogatory name given to the merchants by their rivals,signifying a door-to-door sales man.

The merchants responded. They took up arms, storedprovisions and hired mercenaries from Paraíba, in Goianaand Una.

On 18 June 1711, they retook the city. The severepunishments meted out to the Olindenses, in thatépoque considered rebels for not obeying a legalresolution, pleased the Portuguese Crown, preoccupied at

Acer

vo: B

iblio

teca

Nac

iona

l

Prospecto da Villa do Recife em 1759. View of Villa do Recife in 1759.

Page 13: Recife

25

roa Portuguesa, preocupada em manter a ordem na co-lônia. Ganharam Recife e cerca de 16 mil habitantes, quepassaram a ser vistos com simpatia ainda maior.

A mudança econômica também trouxe mudanças nacidade. Muitas das terras, que antes eram usadas para aplantação de cana de açúcar, foram compradas por co-merciantes que as transformaram em sítios, surgindonovos arrabaldes, como Poço da Panela, em 1758,Caxangá, em 1772, e Várzea.

Estes recifenses, que procuravam viver longe do agito doporto, também passaram a olhar o Rio Capibaribe comoutros olhos, banhando-se ou admirando suas águas.

that time in maintaining order in the colony. Recife grewby around 16 thousand inhabitants, who came to beseen in a more sympathetic light.

Economic changes brought with it changes in the city.Much of the land previously used as sugarcaneplantations, were bought by merchants who transformedthem into ranches, creating new suburbs, such as Poço daPanela, in 1758, Caxangá, in 1772, and Várzea.

The Recifenses, who wanted to live far away from theexcitement of the port, also began to view theCapibaribe River with a different attitude, bathing in oradmiring its waters.

Acer

vo: G

abin

ete

de E

studo

s Arq

ueol

ógico

s da E

ngen

haria

Milit

ar, L

isboa

Mapa do Recife em 1760. Map of Recife in 1760.

Page 14: Recife

34

Anos 60The Sixties

Até o início dos anos 60, muitos habitantes da cidade, principalmente crianças, sereuniam às margens do Rio Capibaribe, para assistir ao espetáculo dos botos, ca-çando tainhas.

Neste início de década, a cidade já vê concluída a Avenida Norte, em sua ligaçãocom a BR 101, e alargada a Rua da Aurora. Em Boa Viagem, são realizadas váriasobras de infra-estrutura e asfaltadas suas principais ruas. A região central, formadapelos bairros do Recife, São José e Santo Antônio, apresenta um decréscimo emsua população e deixa de ter um perfil predominantemente residencial, para dar lu-gar aos setores de comércio e de serviços. Esse novo perfil vai transformando o“centro” em um espaço congestionado, pelo excesso de automóveis e ônibusdurante o dia, e quase deserto à noite. Já bairros então distantes, como CasaAmarela e Boa Viagem, têm expressivos aumentos de população.

No final da década, surge na cidade a Turma do Beco do Barato, formada pormúsicos e artistas, que naqueles tempos misturava o rock psicodélico, a música in-diana e a música nordestina. Dessa turma, saíram artistas como Zé Ramalho, Al-ceu Valença, Geraldo Azevedo, Robertinho do Recife, Zé da Flauta, Lula Côrtes,Lailson e Marconi Notaro.

At the beginning of the1960s, many city inhabitants,mainly children, met at themargins of the Capibaribe River,to watch the spectacle of theTunney fish catching Mullet.

By the start of the decade,the city had just concludedNorte Avenue’s link to HighwayBR 101, and the widening ofAurora Street. In Boa ViagemDistrict, infrastructure repairsand asphalting of its principalstreets were carried out. Thecentral region, formed by theRecife, São José and SantoAntônio Districts, showed adecrease in its population,which left a predominantlyresidential profile and gaveplace to the commercial andservice sectors. This new profiletransformed “downtown” into acongested space for cars andbuses during the day andalmost a desert at night. By thistime, distant neighborhoodssuch as Casa Amarela and BoaViagem Districts had significantincreased populations.

At the end of the decade, theTurma do Beco do Barato,formed by musicians and artists,who mixed psychedelic rock,Indian music and northeasternmusic, appeared in the city.Artists such as, Zé Ramalho,Alceu Valença, GeraldoAzevedo, Robertinho do Recife,Zé da Flauta, Lula Côrtes,Lailson e Marconi Notaroemerged from this ‘gang’.

Aterro da Rua da Aurora em1967.Aurora Street Embankment in1967.Ac

ervo

: Arq

uivo

DP/

D.A

Pre

ss

Page 15: Recife

35

Anos 70The Seventies

A década de 1970 inicia marcada por várias interven-ções da administração pública, na região central da cida-de. A maioria delas busca soluções para o tráfego de veí-culos na região e para agilizar o deslocamento entre ocentro e a zona sul, onde morava a maior parte dos pro-prietários de automóveis. Para tanto, são destruídas maisde 10 ruas e demolidos mais de 400 casas e edifícioshistóricos, dentre eles, apesar de várias manifestaçõespúblicas e políticas, o Quartel do Regimento de Artilharia,de 1786, a Igreja do Bom Jesus dos Martírios, a únicado Brasil totalmente construída por escravos, e o Hospi-tal de São João de Deus, local de onde se irradiou a re-volução pernambucana, em 1817.

Em 1973, é criada a Região Metropolitana do Recife.Era mais um resultado do aumento da população e deuma política, que buscava soluções conjuntas para Recifee seus municípios vizinhos. Um de seus frutos foi a cria-ção, em 19 de novembro de 1979, do Sistema deTransporte Público de Passageiros, na região metropoli-tana do Recife. Também em 1979, é criada a lei de Pre-servação dos Sítios Históricos do Recife, que nos anosseguintes, resultaria em um grande projeto de restaura-ção e valorização da arquitetura histórica da cidade.

The beginning of the 1970s was marked by variouspublic administrative interventions in the city’s centralregion. The majority of theses interventions were trying tofind solutions to the traffic problems in the region and tospeed up the dislocation between the center and thesouthern zone, where most of the vehicle owners lived.Therefore, more than ten streets were destroyed andmore than 400 historic houses and buildings weredemolished. These included, despite public politicalprotests, the Artillery Regiment Barracks, built in 1786,the Church of Bom Jesus dos Martírios, the only Brazilianchurch built entirely by slaves, and the São João de DeusHospital, where the Pernambuco Revolution of 1817 hadbroken out.

In 1973, the Metropolitan Region of Recife wascreated. It was the more the result of the populationincrease than a policy to resolve problems betweenRecife and its neighboring municipalities. One of the fruitswas the creation, on 19 November 1979, of the PublicPassengers’ Transport System, in the Recife metropolitanregion. Also in 1979, the Law for the Preservation ofHistoric Sites in Recife was created; this later on resultedin a large project to restore and esteem the historicarchitecture of the city.

Região da Avenida Dantas Barreto na década de 1970.

Acer

vo: N

arcis

o Li

ns/D

P/D

.A. P

ress

The Dantas Barreto Avenue region in the 1970s.

Page 16: Recife

40

A Cidade HojeThe City Today

Fundada em 1537, Recife, capital do Estado dePernambuco, é a mais antiga das capitais brasileiras. Durantemuito tempo serviu apenas como porto para escoar a pro-dução de cana-de-açúcar dacapitania. Em 1630, em bus-ca das riquezas proporciona-das pela cana, os holandesesdominaram a região. Sob ocomando do Conde Maurí-cio de Nassau, que a gover-nou entre 1637 e 1644,Recife passou por uma re-volução urbanística, com arenovação do traçado desuas ruas, construção depontes e afloramento deuma nova arquitetura. Essasinfluências são vistas atéhoje, principalmente na região central da cidade.

Em seu extremo sul, ficam o bairro e a praia de Boa Vi-agem onde, além da bonita e bem estruturada orla, en-contramos hoje a arrojada arquitetura de seus edifícios.Já em Apipucos, bairro onde viveu o escritor GilbertoFreyre, as casas lembram a Recife do início do séculoXX.

Se no passado foram as pontes as responsáveis pela li-gação de diferentes partes da cidade, hoje são as grandesavenidas que desempenham esse papel, nos conduzindoa uma Recife muito maior e mais diversa do que aquelaque os holandeses construíram bela.

Founded in 1537, Recife, capital of the State ofPernambuco, is the oldest of the Brazilian capitals. For along time it was used only as a port to sell the captaincy's

sugar cane production. In1630, the Dutch dominatedthe region in search of thewealth the sugar cane cropsoffered. Under thecommand of Count Mauricede Nassau, who ruled it from1637 to 1644, Recifeexperienced an urbanrevolution that renewed theplan of its streets, builtbridges and produced theoutburst of a newarchitecture. Theseinfluences are seen to date,

mainly in the city’s central region.The district and beach of Boa Viagem is at its extreme

south where, besides the beautiful and well-structuredcoast, we presently find the bold architecture of itsbuildings. On its turn, in Apipucos, the neighborhoodwhere writer Gilberto Freyre lived, the houses resembleRecife from the early twentieth century.

If in the past the bridges were responsible forconnecting the different parts of the city, presently thewide avenues play this role in leading us to a muchgreater and more diverse Recife than the one the Dutchbuilt beautiful.

Page 17: Recife

41

Centro DowntownBerço histórico, coração e alma da cidade, seu centro

reúne os bairros do Recife, São José, Santo Antônio eBoa Vista. Nele, estão as construções mais antigas, asruas estreitas, as histórias, os monumentos, os achadosarqueológicos que, entre o movimento dos carros e oconcreto, revelam a evolução da capital de Pernambuco.Misturam-se na região central, as influências de holande-ses, portugueses, judeus e franceses que, entre a terra eo mangue, o rio e o mar, levantaram os alicerces da cida-de atual.

The historic cradle, heart and soul of the city, its centerreunited the Recife, São José, Santo Antônio and BoaVista Districts. Within, are the oldest buildings, the narrowlanes, the histories, monuments, the archeological findsthat between the movement of cars and the concretereveal the evolution of the Pernambuco capital. Thefoundations of the present city were built on the blend ofDutch, Portuguese, Jewish and French influences on theterrain between the land and the mangroves, the riverand the sea.

Page 18: Recife

48

Viagem ao CentroA Journey Downtown

Para conhecer o centro histórico de Recife ou o centrode qualquer cidade, o ideal é sempre desbravá-los a pé.Assim, podemos olhar com calma os detalhes das cons-truções, conversar com as pessoas, olhar para cima,para os lados. Para facilitar sua movimentação, o mapaabaixo indica tais locais. A nossa, vai começar pelo RecifeAntigo, cruzando o local onde a cidade começou.

In order to get to know the historic center of Maceió orany other city, for that matter, it should ideally beexplored on foot; we can calmly study the details ofbuildings, chat to the locals, and look above eye-level andon all sides. To help your tour, the map below indicatesthese locations. So, let us start in Old Recife, crossing tothe location where the city was born.

Page 19: Recife

49

Page 20: Recife

50

Marco ZeroThe Zero Point

Desde 1938, quando a PraçaBarão do Rio Branco passou aindicar o quilômetro zero da ci-dade, a região tornou-se conhe-cida por esse nome. Em 1999,ganhou um novo formato, dan-

do a Recife o mais belo MarcoMarcoMarcoMarcoMarcoZeroZeroZeroZeroZero do Brasil. A partir dele, olhan-

do na direção do Rio Capibaribe e domar, se vê o PPPPParque das Esculturasarque das Esculturasarque das Esculturasarque das Esculturasarque das Esculturas, criado pelo artistaplástico Francisco Brennand. No sentido oposto, na dire-ção oeste, para onde cresceu a cidade em seu início, en-chem os olhos, os prédios históricos do Instituto Cul-Instituto Cul-Instituto Cul-Instituto Cul-Instituto Cul-tural Banco Realtural Banco Realtural Banco Realtural Banco Realtural Banco Real, da Associação ComercialAssociação ComercialAssociação ComercialAssociação ComercialAssociação Comercial e doCentro Cultural da Caixa Econômica FederalCentro Cultural da Caixa Econômica FederalCentro Cultural da Caixa Econômica FederalCentro Cultural da Caixa Econômica FederalCentro Cultural da Caixa Econômica Federal.

Since 1938, when the Barão do Rio Branco Squarebecame the zero kilometer point of the city, the regionhas become known by this name. In 1999, it won a newepithet, when Recife was deemed the most beautifulZero PZero PZero PZero PZero Pointointointointoint in Brazil. From there, look in the direction ofthe Capibaribe River and sea, and gaze at theSculpture PSculpture PSculpture PSculpture PSculpture Parkarkarkarkark, created by the sculptor FranciscoBrennand. In the opposite direction, to the west, imaginehow and where the city started to grow, feast your eyeson the historic buildings of the Banco Real CulturalBanco Real CulturalBanco Real CulturalBanco Real CulturalBanco Real CulturalInstituteInstituteInstituteInstituteInstitute, the Commercial AssociationCommercial AssociationCommercial AssociationCommercial AssociationCommercial Association and theCaixa Econômica FCaixa Econômica FCaixa Econômica FCaixa Econômica FCaixa Econômica Federal Cultural Centerederal Cultural Centerederal Cultural Centerederal Cultural Centerederal Cultural Center.

Page 21: Recife

51

Page 22: Recife

52

Page 23: Recife

53

Page 24: Recife

72

Cruzando a PPPPPonte 6 de Marçoonte 6 de Marçoonte 6 de Marçoonte 6 de Marçoonte 6 de Março, iniciamos a viagem pelo Bairro da Boa VistaBoa VistaBoa VistaBoa VistaBoa Vista. No meio da caminhada, já é pos-sível enxergar as torres da Igreja Matriz da Boa VistaIgreja Matriz da Boa VistaIgreja Matriz da Boa VistaIgreja Matriz da Boa VistaIgreja Matriz da Boa Vista, construída entre 1784 e 1793. A primeira parada é naPPPPPraça Maciel Praça Maciel Praça Maciel Praça Maciel Praça Maciel Pinheiroinheiroinheiroinheiroinheiro, para admirar seu belo chafariz e conversar com Clarice Lispector, escritora que nasceu naUcrânia e que entre 1924 e 1934 viveu no Recife. A casa em que ela viveu fica junto à praça, na esquina com a Tra-vessa do Veras. Seguindo pelas ruas do Hospício e Sete de Setembro, no sentido do PPPPParque Tarque Tarque Tarque Tarque Treze de Maioreze de Maioreze de Maioreze de Maioreze de Maio, cru-zaremos o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de PInstituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de PInstituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de PInstituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de PInstituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambucoernambucoernambucoernambucoernambuco, criado em 1862 e segundomais antigo do Brasil, a antiga Escola de EngenhariaEscola de EngenhariaEscola de EngenhariaEscola de EngenhariaEscola de Engenharia, a Faculdade de DireitoFaculdade de DireitoFaculdade de DireitoFaculdade de DireitoFaculdade de Direito e a Câmara Municipal do Re-Câmara Municipal do Re-Câmara Municipal do Re-Câmara Municipal do Re-Câmara Municipal do Re-ci feci feci feci feci fe.

After crossing 6th of March Bridge6th of March Bridge6th of March Bridge6th of March Bridge6th of March Bridge, we startout journey into the Boa Vista DistrictBoa Vista DistrictBoa Vista DistrictBoa Vista DistrictBoa Vista District. In themiddle of the walk, it is already possible to viewthe spires of the Matriz da Boa VistaMatriz da Boa VistaMatriz da Boa VistaMatriz da Boa VistaMatriz da Boa VistaChurchChurchChurchChurchChurch, built between 1784 and 1793. Thefirst stop is in Maciel Pinheiro SquareMaciel Pinheiro SquareMaciel Pinheiro SquareMaciel Pinheiro SquareMaciel Pinheiro Square, toadmire its beautiful fountain and talk with ClariceLispector, a writer born in Ukraine and who livedin Recife between 1924 and 1934. The house inwhich she lived is attached to the square, on thecorner of Veras Lane. By walking along Hospício

and Sete de SetembroStreets, in the direction ofTTTTTreze de Maio Preze de Maio Preze de Maio Preze de Maio Preze de Maio Parkarkarkarkark, we

will come across theArcheological, HistoricalArcheological, HistoricalArcheological, HistoricalArcheological, HistoricalArcheological, Historicaland Geographicaland Geographicaland Geographicaland Geographicaland GeographicalInstitute ofInstitute ofInstitute ofInstitute ofInstitute ofPPPPPernambucoernambucoernambucoernambucoernambuco, establishedin 1862 - the second oldestin Brazil; the oldEngineering SchoolEngineering SchoolEngineering SchoolEngineering SchoolEngineering School, the

Law FacultyLaw FacultyLaw FacultyLaw FacultyLaw Faculty and theRecife MunicipalRecife MunicipalRecife MunicipalRecife MunicipalRecife MunicipalAssemblyAssemblyAssemblyAssemblyAssembly.

Boa VistaBoa Vista

Page 25: Recife

73

Page 26: Recife

76

Numa caminhada pelo centro do Recife, suas pontesmerecem um olhar especial. Por diferentes ângulos e lo-cais, cada uma delas ganha e ao mesmotempo revela novas formas deRecife e de si mesmas. APPPPPonte Maurício deonte Maurício deonte Maurício deonte Maurício deonte Maurício deNassauNassauNassauNassauNassau, com suasbelas estátuas, estáinstalada onde foiinaugurada, em1643, a primeiragrande ponte do Bra-sil. A PPPPPonte da Boaonte da Boaonte da Boaonte da Boaonte da BoaVistaVistaVistaVistaVista, apesar da estrutu-ra de ferro que ganhou noséculo XIX, ainda é vista comoaquela que mais se aproxima de suaestrutura original. A PPPPPonte 12 de Setembroonte 12 de Setembroonte 12 de Setembroonte 12 de Setembroonte 12 de Setembro, inaugura-da em 1971, no local da antiga Ponte Giratória, dá acessoao Bairro do Recife. A PPPPPonte Buarque de Macedoonte Buarque de Macedoonte Buarque de Macedoonte Buarque de Macedoonte Buarque de Macedo,inaugurada em 1890, liga o Bairro do Recife ao de SantoAntônio. A PPPPPonte 6 de Marçoonte 6 de Marçoonte 6 de Marçoonte 6 de Marçoonte 6 de Março chama a atenção, comseus velhos lampiões. Finalizam nosso circuito, as pontesPrincesa IsabelPrincesa IsabelPrincesa IsabelPrincesa IsabelPrincesa Isabel, de 1863, e primeira a utilizar o ferrocomo principal material, e Duarte CoelhoDuarte CoelhoDuarte CoelhoDuarte CoelhoDuarte Coelho, de 1943,que oferecem belas imagens de seus arredores.

Pontes de RecifeRecife Bridges

On the walk to downtown Recife, its bridges deservespecial attention. From different angles and positions,

each one of them reveals new ways ofseeing Recife and vice versa. The

Maurício de NassauMaurício de NassauMaurício de NassauMaurício de NassauMaurício de NassauBridgeBridgeBridgeBridgeBridge, with its fine

statues, was built whereit was inaugurated, in1643, the first largebridge in Brazil. TheBoa Vista BridgeBoa Vista BridgeBoa Vista BridgeBoa Vista BridgeBoa Vista Bridge,besides its iron

structure from the XIXCentury, can be still seen

almost in its original form.The 12th of September12th of September12th of September12th of September12th of September

BridgeBridgeBridgeBridgeBridge, inaugurated in 1971, on thelocation of the old Revolving Bridge, accesses the RecifeDistrict. The Buarque de Macedo BridgeBuarque de Macedo BridgeBuarque de Macedo BridgeBuarque de Macedo BridgeBuarque de Macedo Bridge,inaugurated in 1890, links the Recife District to that ofthe Santo Antônio District. The 6th of March Bridge6th of March Bridge6th of March Bridge6th of March Bridge6th of March Bridgewith its old lampposts, and at the end of our circuit, thePrincesa Isabel BridgePrincesa Isabel BridgePrincesa Isabel BridgePrincesa Isabel BridgePrincesa Isabel Bridge, of 1863, the first to use ironas its principal material, and the Duarte CoelhoDuarte CoelhoDuarte CoelhoDuarte CoelhoDuarte CoelhoBridgeBridgeBridgeBridgeBridge, of 1943, which offers beautiful views of itssurroundings, are all worth your attention.

De cima para baixo as luminárias da Ponte 6 de Março e aspontes Buarque de Macedo, Boa Vista e Maurício de Nassau.

From above to below, the illumination on the 6 de Março Bridge, andthe Buarque de Macedo, Boa Vista and Maurício de Nassau Bridges.

Page 27: Recife

77

As estátuas são mais uma atração no centro doRecife. Acima, no meio, o Monumento aoMandacaru, próximo ao Forte das Cinco Pontas.Ao seu lado, estáticas na Praça da República, asdeusas Minerva, à esquerda, e Vesta, à direita. Aolado, Manuel Bandeira pensa, enquanto o caran-guejo acena para quem passa. Abaixo, opernambucano Luíz Gonzaga, rei do baião, tocae Chico Science continua cantando amanguetown.

The statues are one more attraction indowntown Recife. Above, in the middle, is theMonument to Mandacaru, next to the CincoPontas Fort. Close by, standing in RepúblicaSquare, are the goddesses Minerva, to the left,and Vesta, to the right. Alongside, ManuelBandeira thinks, whilst the crab waves at all whopass by. Below, the Pernambucano Luíz Gonzaga,King of Baião, plays and Chico Science continuesto sing about mangrovetown.

EstátuasStatues

Page 28: Recife

80

Oficina BrennandBrennand Workshop

O local é fruto de uma idéia do artista plástico FranciscoBrennand que, à partir do início dos anos de 1970, pas-sou a reconstruir a antiga cerâmica de seu pai. Transfor-mou o espaço num jardim de esculturas, que revelamsua inventividade e criatividade. Uma visita ao local é umpasseio por uma esquina, onde arte e natureza, mitologiae formas, se encontram e se harmonizam. A OficinaBrennand, está localizada no bairro da Várzea, comvisitação de segunda à quinta-feira, entre 8h e 17h, e àssextas-feiras entre 8h e 16h.

The location is the product of an idea of the sculptorFrancisco Brennand who, at the beginning of the 1970s,began rebuilding his father’s old ceramic workshop. Hetransformed the space into a sculpture garden, whichdisplays his inventiveness and creativity. A visit to theplace is a walk through a corner of the city where art andnature, mythology and forms meet and harmonize. TheBrennand Workshop is located in the Várzea District, withvisiting times from Monday to Thursday, between 8.00and 17.00, and on Fridays between 8.00 and 16.00.

Page 29: Recife

81

Page 30: Recife

90

Arte e ArtesanatoArt and Craftwork

Centro aglutinador e irradiador de cultura, Recife, alémdas obras locais, revela na Casa da Cultura, no MercadoSão José, na Feira do Terminal de Boa Viagem ou mes-mo em lojas de shopping, várias manifestações do arte-sanato pernambucano e nordestino.

Seja em madeira ou em cerâmica, sãomuito comuns as peças que homenageiamo trabalho do homem do campo, e queremetem à costumes rurais, à figuras típicasdo nordeste brasileiro, ou à história,como ocorre com as peças que lem-bram o pernambucano Lampião e suaesposa Maria Bonita.

Os bonecos de barro são em suagrande maioria, herança e influênciado Mestre Vitalino, pernambucanode Caruaru, que transformou emarte figurativa a vida do sertanejo.

Outras peças que utilizam princi-palmente materiais recicladosapresentam em tamanho reduzi-do, as manifestações folclóricas dacidade ou do estado, como omaracatu e o frevo. De Ibimirim,no interior do Estado, vêm asimagens religiosas em Madeira.De Passira, cerca de 100km dacapital, partem os bordados. DeOlinda, são as peças em queperfis da cidade são esculpidos em pequenos pedaçosde madeira. De influência indígena, são os trabalhos compalha. De seu trançado surgem bolsas, tapetes, chapéus,cestas.

Já o couro dos animais é transformado em alpercatas,perneiras, botas, alforjes e outros objetos, úteis no dia adia do sertanejo, ou transformados em objetos de deco-ração ou lembrança, para aqueles que visitam a cidade.

The irradiating and agglutinative culture center, Recife,as well as the local crafts, displayed in the House ofCulture, the São José Market, and the Terminal of theBoa Viagem Fair or its shopping malls, you can also find

examples of Pernambuco and Northeast craftwork.Whether from wood or ceramics it is very common

to find pieces that pay homage to the farm workersand reflect their rural customs/costumes, the typical

figures from the Northeast, or charactersfrom Pernambuco history, such as

Lampião and his wife, Maria Bonita.The clay figurines are in the most

part, the heritage and influence ofMaster Vitalino, a Pernambucanofrom Caruaru, who encapsulated

the rustic life in figurative art.Other pieces use mainlyrecycled materialsrepresented in small scale,the city’s or state’s folklorictradition, such as themaracatu and frevo. FromIbimirim, in the state’sinterior, come woodenreligious artifacts. FromPassira, close to 100 kmfrom the capital, comesthe embroidery. FromOlinda, there are small

sculptured wooden profiles of the city. The indigenousinfluence is to be found in the craftwork made from straw,i.e. bags, rugs, hats and baskets.

Leather is transformed into sandals, boots, purses, andother objects, used daily in the countryside, ortransformed into decorative objects or memorabilia, forthose visiting the city.

Page 31: Recife

91

Page 32: Recife

2

Para compras de50, 100, 200, 500, 1000ou outras quantidades,

consulte-nos.

Para mais informações e orçamentos:

[email protected]

41 3362 33070800 600 7879

ORÇAMENTO: