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Reabilitao neuro-funcional nas doenas neurolgicas

Hemiplegia:AVEos centros superiores (inibidores) ficam bloqueados, deixando livre a atuao da atividade reflexa.O tratamento do hemipartico controvertido, devido ao grande nmeros de tcnicas elaboradas e defendidas.Deve-sesempreutilizar o movimento normal como base sobre a qual se possa escolher tcnicas apropriadas de facilitao e inibio que permitem que o paciente hemipartico retorne a uma vida com a qualidade de funo mais alta possvel.

Sinergias Bsicas

oTrabalham em conjunto como uma unidade funcional;oSo de natureza primitiva e automtica;oSo controladas pela medula espinal;oApresentam-se em sinergias flexora e extensora.

ESTRUTURASINERGIA FLEXORASINERGIA EXTENSORA

CINTURA ESCAPULARElevao retraoDepresso e protrao

OMBROAbduo e REAduo e RI

COTOVELOFlexoExtenso

ANTEBRAOSupinaoPronao

QUADRILFlexo, abduo e REExtenso, aduo e RI

JOELHOFlexoExtenso

TORNOZELODorsiflexo e inversoFlexo plantar e inverso

Distrbios do MovimentoHemiplegia ou hemiparesiaReflexos e Reaes:Reflexos posturais alteradosRTCSRTCARTLReao de SouqusReaes associadasROTs hiperativos

Deficincias motorasPerda de controle:Movimento ativo e fora muscularTono muscular:Fase aguda: flacidezFase crnica: espasticidadeEquilbrio e Reaes ProtetorasEncurtamento muscular: alteraes mecnicas da espasticidadeIncoordenaes: falha na inibio recprocaApraxiasIdeomotoramovimento no ocorre sob comando.Ideativamodifica a seqncia de gestos.

Deficincias: Funo da linguagemAfasia de Brocaafasia motora.Afasia de Wernickeafasia sensorial.Afasia globalBroca + Wernicke.

Deficincias: Funo perceptivaDecorrentes de leses do lobo parietal, occipital e temporal (depende dos sinais mostrados):Distrbios na imagem corporalNegligncia unilateralAstereognosia, agnosia auditiva, agnosia visualOutros tipos de apraxiasDecorrentes de leses do lobo parietal, occipital e temporal (depende dos sinais mostrados):Distrbios na imagem corporalNegligncia unilateralAstereognosia, agnosia auditiva, agnosia visualOutros tipos de apraxias

Problemas secundrios e complicaesProblemas psicolgicosContraturas e deformidadesTrombose venosa profunda (TVP)Dor: leses que afetam o tlamo, articular, muscular.Problemas urinrios e intestinaisDisfuno oro-facialdisfagia.Problemas cardio-vasculares.

Limitaes funcionaisPosturasassimetria corporalDDDLDVSentadoGatasAjoelhadoSemi-ajoelhadoEm p

Postura em p:Flexo lateral da cabea e tronco em direo ao lado afetado com rotao da cabea em direo ao lado no afetado.Depresso e retrao da escpula, RI, aduo do brao, flexo do cotovelo e pronao do antebrao, flexo do punho e dedos.Retrao e elevao do quadril, com extenso do quadril e joelho e aduo do quadril, ou flexo do quadril e joelho com abduo do quadril. A flexo plantar do tornozelo comum em ambos.

Movimentos funcionais: incio, transio e concluso:RolarDD para sentadoSentado para em pSentado para gatasGatas para ajoelhadoAjoelhado para semiSemi para em p

ARTICULAOFASE DE APOIO: LIMITAOFASE DE APOIO: DEFICINCIA

Tronco e PelveDbil extenso e contratura em flexo, Trendelemburg +Fraqueza de Glteo Mdio

QuadrilExtenso limitadaFraqueza de extensores do quadril e FP, espasticidade de reto femoral.

JoelhoHiperextensoQuadrceps e FP espsticos e fraqueza abdominal e IQT.

Tornozelo e PEquinovaroFraqueza de tibial anterior e FP espsticos

ARTICULAOFASE DE BALANO: LIMITAOFASE DE BALANO: DEFICINCIA

Tronco e PelveInclinao para o lado bom, elevao da pelve e falha na dissociaoFraqueza de flexores do quadril e abdominais

QuadrilFlexo inadequadaFraqueza de flexores do quadril e abdominais

JoelhoFalha na acelerao e desaceleraoEspasticidade de reto femoral e Fraqueza de flexores do quadril

Tornozelo e PEquinovaroEspasticidade dos FP, fraqueza de tibial anterior

CONDIES PATOLGICAS DE LIMITAO FUNCIONAL E SUGESTES DE TRATAMENTOSLimitaes:Alteraes biomecnicas relacionadas ao ombroSubluxao do ombro70-80% dos pacientesAfeta funes como marcha e deficincia no equilbrio.Ombro normal:

- Fossa glenide se orienta para cima, para frente e lateralmente.

- Mecanismo de travamento do ombro: com o MS aduzido, a parte superior da cpsula e o ligamento glenoumeral esto tensos e impedem o movimento lateral da cabea umeral e seu desvio para baixo. Ao realizada pelo supra-espinhoso;

- Abduo ou flexo: a cpsula superior fica frouxa, eliminando a estabilidade, sendo substituda pela contrao muscular. Na abduo dependem exclusivamente do manguito rotador;

- Msculos importantes na subluxao: fibras horizontalsupra e infra espinhoso e deltide posterior.

Subluxao do ombromudana no ngulo da fossa glenidea (mais vertical): o mero escorrega para baixo e para fora.Subluxao inferiorSubluxao anteriorSubluxao superior

Raio X:mal alinhamento do ombro na postura sentado. Porm, em abduo completa, a cabea do mero era corretamente localizada na fossa glenide

Subluxao inferior do ombroCausas:Inclinao inferior da escpulahipotonia. Perda da ao do serrtil anterior e elevador da escpula.ngulo inferior da escpula aduzidoBorda vertebral da escpula tracionado para longe das costelashipertonia do peitoral menor.Alm da cpsula frouxa, os msculos supra, infra e deltide posterior esto fracos

Ombro dolorosoPrecoce ou tardio, hipo ou hipertonia, subluxao ou no.Queixa: dor aguda precisa ao final da ADM passiva.Causa:

- Ritmo escapuloumeral: AB 9060 gleno-umeral, 30 escpulo-toracica. AB 180120 gleno-umeral e 60 escpulo-toracica;- Na hemiplegia, na abduo ocorre um retardo na rotao da escpula;- Ou seja, quando a escpula no se move durante uma abduo, ocorre traumatismo, provocando dor;- Isso ocorre devido hipertonia dos msculos da escpula;- Rotao externa inadequadadevido hiepertonia dos RI, durante a abduo h o choque entre tubrculo maior e acrmio;- Ausncia do movimento de deslizamento da cabea do mero para baixo na fossa glenidehipertonia;

Limitaes:Alteraes biomecnicas relacionadas moInterao dos movimentos do punho e mo

Extenso do punhosinergia com flexores dos dedosFlexo do punhosinergia com extensores dos dedos

Alterao do comprimento dos tendes digitais

Alcance, preenso e manipulao anormaisCoordenao das multi-articulaestorque de interao.Causa:Espasticidadeinibio recproca alteradaFraqueza dos antagonistas

Comportamento Motor do HemiplgicoFases de recuperao funcional:Fase Iflacidez imediataFase IIincio da espasticidade e surgimento das sinergias.Fase IIIespasticidade atingindo o seu grau mximo.Fase IVespasticidade comea perder a intensidade.Fase Vespasticidade esboada.Fase VIespasticidade ausente e contrao muscular isolada.Fase VIIrestaurao completa da funo motora

Avaliao do hemiparticoTeste de Fugl-Meyerquantitativo.Teste de SIASAvaliao de Equilbrio de BergAvaliao do controle de movimentoEscala de AshworthAnlise descritiva das atividades funcionaisRetraes muscularesEscala de medio de dor anloga visualndice de Barthel

Reabilitao durante a fase flcidaMetas:Minimizar os efeitos das anormalidades de tono.Manter ADM normal e impedir deformidades.Melhorar as funes respiratrias e oromotoras.Estimular atividades funcionaisPromover a conscientizao, movimentao ativa e o uso do lado hemipartico.Melhorar o controle do tronco e o equilbrio na posio sentada.Iniciar as atividades de cuidados pessoais

1. Posicionamento2. Mudanas de posies4. Exerccios no leito:Movimentao passivaMovimentao auto-passivaAuto massageamentoPonteRolamentoExerccios de tronco

Reabilitao durante fase espsticaMetas:Minimizar os efeitos da espasticidade e promover um equilbrio dos antagonistas.Manter ADM e impedir deformidades.Promover o uso funcional e a reintegrao do lado partico, e o controle dos movimentos seletivos, afora os sinergismos.Melhorar o controle postural e equilbrio dependente.Desenvolver independnciasMelhorar a resistncia cardiorrespiratria.

Adequao do tonoEstimulao Sensorial (Rood):Estmulos facilitatrios nos antagonistas ao padro (inibio recproca):Exteroceptivo: retirada fsica, escovao, uso repetitivo de gelo.Proprioceptivo: percusso, alongamento rpido.Estmulos inibitrios:Imerso com geloPresso inibidora

Tcnica de contrao-relaxamento (inibio autognica);Tcnica de contrao do agonista (inibio recproca);Tcnica de contrao-relaxamento-contrao (inibio autognica e recproca);Criomassagem;Tala de lona ou inflvel;Gesso seriado;Massagem clssica;TENS;

Conceito neuroevolutivo (Bobath)Tcnicas de facilitao de movimentos ativos:Facilitao de sequncias de movimentosControle de cabeaApoio de brao e extenso protetora (reao de pra-quedas)Reao de balano

Pontos chaves de controleTcnicas de estimulao ttil e proprioceptivaSuporte de peso com ou sem presso e resistnciaPlacing e HoldingTappingInibioPressoAlternadoDeslizamento

Controle motorValorizao de padres de movimentos seletivos (sem sinergismos).Devem ser enfatizadas combinaes motoras que permitem sua independncia.Controle do tronco e postural:Sentado: movimentos do tronco superior, inferior e rotaesSentado para em pEm pUtilizao de bolas e rolos.

Reaes de equilbrioSentadoAjoelhadoSemi-ajoelhadoEm pExerccios na bola sua

Treino de marchaSem ao dos sinergistas, minimizar a marcha ceifante.Transferncias de pesoInibio da espasticidadeDissociao de cinturasEquilbrioDiferentes trajetosUso de dispositivos auxiliares.Treino com obstculosTreino em diferentes relevosFortalecimento muscular

FES na marchaColocao dos eletrodos: cabea da fbula e regio supra-patelarF= 40 50 Hz T=200sUsar disparador (trigger)Disparar na fase de impulso at apoio do calcneo

Uso da esteira rolanteMarcha simtricaDescarga de pesoDissociao de cinturasSuporte parcial de peso

Tratamento para subluxao do ombroMobilizao escapularFES:Colocao do eletrodo: supra-espinhoso e deltide posterior.F= 50Hz e T=200.Fortalecimento muscular

Efeito do fortalecimento muscular no hemiparticoTreinamento de alongamento e fortalecimento.Melhora das atividades funcionais, velocidade da marcha, fora muscular.Sem aumento do tono muscular.Aumenta o recrutamento de unidades motorasCapacidade de gerar foraDiminui rigidez muscular e timing na gerao de foraPreserva extensibilidade funcional dos msculos.Promoo de aprendizado motor

Treinamento para ApraxiaUso de vdeoInverso de papisUso de espelhosAuto-questionamentoExerccios simples

Consideraes finaisAvaliao minuciosaEscolha do melhor tratamentoMinimizar respostas automticasRelao interdisciplinar

Tratamento do paciente hemiplgico-Este material no significa o atendimento para todos os indivduos hemiplgicos.- baseado no conceito Bobath, FNP, Rood, Exerccios na Bola Sua e

Exerccios teraputicos Avaliao; Identificao de limitao funcional, deficincias; Metas a curto e longo prazo; Plano de tratamento:

1. Posicionamento no leito

2. Transferncias

Limitaes Funcionais: Objetivos e TratamentosLimitao funcional:a paciente no rola de supino para lateral ou prono.Deficincia:fraqueza dos oblquos, hipertonia dos rotadores internos, fraqueza de rotadores externos e internos do quadril.Objetivo:estimular o rolar

Tratamento:-Fortalecimento dos oblquos: solicitar a paciente a realizar o exerccio de pndulo com os MMII. Para maior eficcia, faquir com o terapeuta na frente e segurando na cintura plvica da paciente. Dar estmulos para paciente com brinquedos fazendo-a encostar no objeto e voltar (pode utilizar desde bolas, bonecos...)-Hipertonia dos rotadores internos: alongamento dos rotadores internos com atcnica de contrao relaxamento, e a facilitao do movimento de rotao durante o rolar. Pode utilizar a bandagem funcional e RE do quadril.-Fortalecimento dos rotadores internos: desde diagonais de FNP que contenha RI at o prprio exerccio de rolar.-Rolando:1) exerccio de ponte ou tentculo para auxiliar o rolar do tronco inferior em MI;2) Dissociar a cintura escapular passivamente ou auto-assistida com as mos entrelaadas;3) solicitar a paciente a rolar com ponto-chave de quadril para facilitar a RI;4) padres de escpula e pelve.

Limitao funcional:a paciente na realiza a transio de supino para sentadoDeficincia:fraqueza abdominalObjetivo:estimular a transio de supino para sentado

Tratamento:-Faquir, balana, ula-ula. Terapeuta na frente da paciente segurada pela cintura plvica.Limitao funcional:a paciente no senta sem apoio ou apresenta assimetria nesta posturaDeficincia:dficit proprioceptivo e de equilbrio, fraqueza de extensores de tronco, alterao do tono muscular (desde hipo, hiper e flutuaes de tono)Objetivo:estimular ou melhorar a posio sentada sem apoio

Tratamento:-Iniciando o tratamento: observar se h a necessidade de apoio dos MMII. Lembre-se se no houver apoio dos MMII, h maior independncia da paciente nesta posio.-Dficit proprioceptivo: quicar na bola (cowboy).-Utilizando rolo ou bola (pode ser a coxa do terapeuta): descarga de peso lterolateral, rotao de tronco, Antero-posterior (atividades com bolas, brinquedos nas laterais da paciente).

-Flexo e extenso seletivas do tronco inferior:

-Rotao com flexo do tronco

-Rotao do tronco com descarga de peso

-Mobilizao passiva da coluna lombar

-Reaes de equilbrioSentadoMover-se para suporte lateral do antebrao

-Transferncia lateral

-Sentado com as pernas cruzadas

-Estimulao das reaes da cabea e do tronco atravs da rotao de ambos os joelhos fletidos

Limitao funcional:a paciente no realiza as preenses voluntrias palmarDeficincia:hipertonia dos flexores de punho e dedos, fraqueza de extensores de punho e dedos, oponentes e intersseos e lumbricais e coordenao.Objetivo:estimular ou melhorar as preenses palmares voluntrias

Tratamento:-Pode ser feita em qualquer postura.-Hipertonia: alongamento muscular atravs do manuseio, bandagem funcional em abdutor do polegaranclagem na falange proximal do polegar e punho, realizar trao com at trs esparadrapos do polegar ao punho e depois reforar a anclagem.Sempre encaminhar para a confeco e utilizao de rtese.-Fraqueza: utilizao da FES em extensores de punho, estimulao sensorial(retirada fsica, escovao...) associado a objetos como copos, bolas, peaspequenas.-Orientao: utilizar pequenos objetos como feijes, ou pequenos brinquedos. Fazer a paciente pegar o mximo desses pequenos objetos para trabalhar os intersseos e depois soltar.-FNP: estimular a extenso dos dedos: padro flexor da primitiva, padro extensor da funcional.

-Padro de Inibio Recproca:

-Tapping de deslizamento

- Prendendo e soltando um basto

-Williams: inibio do padro flexor do MS e extensor do MI

-Inibindo a espasticidade da escpula

-Alongamento de Membros Superiores seguido de Diferentes Formas para transferncia de Peso

Alongamento do MS hemipartico utilizando padro em diagonal.Transferncia de peso para o MS partico associada rotao de tronco e flexo lateral de tronco. Em ambas s figuras, o peso deslocado para todo o Hemicorpo Partico Descarga de peso na parede associada flexo de gleno umeral, extenso de cotovelo, punho e dedos; padro oposto ao adotado pelo paciente com seqelas de AVC.

Transferncia de peso com paciente sentado e terapeuta estabilizando a articulao do cotovelo. Novamente o peso transferido para o hemicorpo partico.

Associao da descarga de peso em cotovelo com a rotao de tronco e dissociao de cinturas.

Utilizao de bola para realizao da descarga de peso com objetivo de propriocepo. A utilizao da bola (superfcie instvel) tambm favorece os ajustes posturais e o equilbrio dinmico.

Estimulao sensorial para extensores de cotovelo, punho e dedos

1. Exteroceptiva: retirada fsica, escovao, uso repetido de gelo.2. Proprioceptiva: percusso, alongamento rpido

Placing

Auto mobilizaoFlexo seletiva do cotovelo com supinao

Bola sua

Escpula

Mobilizao passiva da escpula

Reestabelecendo a protrao ativa da escpula com ativao dos

msculos oblquos abdominais

Tapping na cabea do mero

Atividades Ativas de Membros Superiores

Deslizando a bola apoiada na parede para ativao damusculatura flexora e extensora de ombro e cotovelo.

Limitao funcional:a paciente no permanece em p ou tem dificuldade nesta posio.Deficincia:equilbrio, propriocepo, alterao do tono, fraqueza de extensores do quadril e tronco.Objetivo:estimular a postura em p.

Tratamento:Alterao de tono: utilizao dos manuseios. A paciente no poder ter nenhuma compensao.Fortalecimento de extensores de quadril: Paciente em prono na bola, estimular como o peixinho, FES nos glteos mximo com a paciente em p. FNP padres extensoresFortalecimento de extensores de tronco: testa de ferro

Equilbrio e propriocepo: superfcies irregulares, como a prancha de equilbrio, cama elstica, sit fit...

Caso a paciente no conseguir permanecer em p: Stand-in-table, prancha ortosttica (em casos que no haja controle de tronco suficiente).

Transferncia lateral

Prancha de equilbrio

Fortalecimento:FNP com padro flexor de MI, utilizao da FES durante a marcha.

Fazendo ponte

Descarga de peso

Dando passos para trs com a perna hemipartica

AtaxiasDefinio:Ataxia um termo geral que significa uma decomposio de movimentos.

TiposSensitivaCerebelarVestibular

1. Ataxia SensitivaInputproprioceptivo aferente interrompido.Sinal de Romberg positivoDismetria, decomposio dos movimentos e disdiadococinesia.Tabes dorsalise a degenerao subaguda combinada da medula, polineuropatia.Marcha Atxica/Talonante: viso.

2.Ataxia CerebelarEsttica e dinmica.Esttica:comprometimento no paleocerebeloAtaxia axial ou de troncoEm posio vertical, o paciente oscila e tende a aumentar a base de sustentao para evitar a quedaMarcha ebriosa.

Dinmico:comprometimento do neocerebelo.tremor cinticoDismetriaatividade agonista reduzida em magnitude e prolongada no tempoDisdiadococinesiaincapacidade de cessar a atividade do msculo antagonista,Decomposio de movimentosdisartria e o nistagmo.

Incapacidade na interao entre os torquesReao antecipatria alteradaPatologias: esclerose em placas, nos tumores do cerebelo, nas degeneraes espinocerebelares.Romberg positivo.Leso unilateral: desvio para o lado acometido.Hipotonia transitria, fadiga.Atrofia cerebelar: dficit no aprendizado

3.Ataxia VestibularDistrbios vestibulares perifricos ou centrais que afetam o ncleo vestibular e/ou suas conexes aferentes/eferentes como acidente vascular medular.Sistema vestibularreaes posturais e na estabilidade da cabea, ajudando sentir a orientao do corpo na vertical.Distrbios de equilbrio em p e sentado.

Marcha estrela.Pode inclinar-se para trs ou para o lado da leso.Vertigem, viso embaada e nistagmo.Tratamento fisioteraputico

Uso de pesos para tremor, resistncias manuais, estabilizaes rtmicas, equoterapia e bola sua.expor o paciente a posies cada vez mais instveis do corpo, a fim de facilitar a redistribuio e o recrutamento das capacidades de controle. As ajudas na postura e na marcha aliviam s momentaneamente os problemas de equilbrio do paciente, mas quando usados continuamente iro piorar os sintomas (Brandtet al., 1981).

Exerccios de FrenkelDesenvolvidos em 1889 para o tratamento dos pacientes com ataxia.Exerccios de extrema simplicidade: substituio da perda da sensibilidade atravs do uso da viso e da audio.Exigem um grau elevado de concentrao mental, controle visual dos movimentos e tambm, vrias repeties

Recomendaes para a realizao dos exercciosa) Os exerccios para a coordenao e no para o fortalecimento muscular.b) Os exerccios comandados e contados em voz alta, em tom constante e lento ou ao ritmo de uma msica.c) Os exerccios devem ser feitos dentro do alcance normal dos movimentos.d) Primeiro os exerccios mais simples depois prosseguir para os mais difceis

Exerccios em decbito dorsal1.Flexo completa da articulao coxo-femural e do joelho, mantendo o p apoiado sobre uma base e voltar PI.2.Flexo total do quadril e do joelho, far tambm a abduo e aduo da perna flexionada. Voltar posio inicial.3.Fazer abduo e aduo da articulao coxo-femural com os joelhos estendidos.4.Tocar o meio da tbia com o calcanhar. Voltar posio inicial.5.Tocar o joelho com o calcanhar e ir deslizando at chegar ao tornozelo. Voltar posio inicial.6.O fisioterapeuta toca vrios pontos da perna do paciente, alternadamente. Ele deve acompanhar tocando os mesmos locais com o calcanhar da outra perna.7.Uma perna faz flexo do joelho e coxo-femural, a outra ir fazer a abduo da articulao coxo-femural, com o joelhoem extenso. Nomovimento de volta, enquanto a perna flexionada faz a extenso, a outra estendida ir fazer a aduo.

Exerccios em posio sentada1.O paciente deve levantar o joelho e tocar o calcanhar em uma barra.2.O paciente ir fazer abduo e aduo da articulao coxo-femural.3.O paciente deve arrastar o p sobre uma marca de cruz feita no cho4.O paciente deve tocar com a ponta do p alguns pontos marcados no cho.5.Treino para levantar da cadeira:

a)O paciente dobra os joelhos e puxa os ps para baixo da cadeira.

b)Inclinar o tronco para frente.

c)O paciente levanta-se, endireitando os quadris, estendendo os joelhos e o tronco.

Exerccios em p1.Andar de lado, com passos pequenos, depois mdios e finalmente, largos passos.2.Andar para frente.3.Andar para trs.4.Marcha nos calcanhares.5.Andar sobre marcas feitas no cho.6.Dar voltas: o paciente d voltas sobre seu prprio eixo, ou realiza a marcha em ziguezague.7.Subir e descer escadas. Colocar o p direito em um degrau e depois, o esquerdo, no mesmo degrau

ParkinsonismoO termo parkinsonismo refere-se a um grupo de doenas que apresentam em comum os mesmos sintomas, associados ou no a outras manifestaes neurolgicas.A DP tambm chamada de parkinsonismo primrio ou idioptico porque uma doena para a qual nenhuma causa conhecida foi identificada. Cerca de 2/3 de todas as formas de parkinsonismo correspondem forma primriaParkinsonismo secundrio quando uma causa pode ser identificada ou quando est associada a outras doenas degenerativas.Os fatores que podem desencadear a sndrome parkinsoniana ou parkinsonismo, so:

a) Uso exagerado e contnuo de medicamentos. Um exemplo : cinarizina, pode bloquear o receptor que permite a eficcia da dopamina.b) Trauma craniano repetitivo.c) Isquemia cerebral.d) Freqentar ambientes txicos: mangans, de derivados de petrleo e de inseticidas.

Introduo:Patologias que afetam os ncleos da baseEssas patologias apresentam alteraes que envolvem:Alteraes no tono muscularDiminuio na coordenao dos movimentosPresena de movimentos involuntrios.

Relaes dos ncleos da base com movimento e posturaMovimento automtico:Leso no caudadoo animal corre pra frente como se estivesse sob um impulso irresistvel. (Magendie)Leso no globo plidotoro da coluna com a convexidade para o lado da leso. (Nothnagel)Leses na substncia negraproduz imobilidade.Estimulao eltrica no Ncleo caudadono produz movimentos dos msculos como fazia na estimulao do crtex motor. Porm, padres e posturas corporais totais eram evocados.Portanto, os ncleos da base esto envolvidos na iniciao dos movimentos e programao postural e de movimentos.

Problemas motores em animais:Leso na substncia negrapobreza nos movimentos e posturas fixas. (Stern)Leses amplas nos ncleos da basemacacos assumiam posturas de cambalhotaCongelamento no putmen e globo plidomovimentos lentos e posturas fletidas. EMG: aumento da co-contrao de agonistas e antagonistas.

DOENA DE PARKINSONDefinio e IncidnciaA doena de Parkinson (DP) uma doena neurolgica progressiva caracterizada por bradicinesia, tremor de repouso, rigidez e instabilidade postura.

A prevalncia100 a200 : 100.000, cometendo preferencialmente o sexo masculino a partir da sexta dcada de vida.

DiagnsticoBaseado em critrios essencialmente clnicos.O diagnstico definitivo s possvel com o estudo antomo-patolgico que mostra degenerao preferencial dos neurnios dopaminrgicos da parte compacta da substncia negra mesenceflica associada a incluses citoplasmticas eosinoflicas de agregados proticos, denominados corpos de Lewy.

Sinais iniciaissensao de cansao ou mal-estar no fim do diacaligrafia menos legvel ou com tamanho diminudofala montona e menos articuladadepresso ou isolamento sem motivo aparentelapsos de memria, dificuldade de concentrao e irritabilidadedores musculares, principalmente na regio lombar.um dos braos ou uma perna movimenta-se menos do que a do outro ladoa expresso facial perde a espontaneidade, diminui a freqncia dos piscamentosos movimentos tornam-se mais vagarosos, a pessoa permanece por mais tempo em uma mesma posio

Sinais ClnicosTremor: via reflexa de ala longa hiperativa, ativada no ncleo ventrolateral (VL) do tlamo influenciada pela via aferente IA.Rigidez: hipertonia plsticacontrole anormal de interneurnios; hiperatividade nas vias reflexas de ala longa.Acinesia: bradicinesia, hipocinesia, fadiga rpida em movimentos repetitivos, dificuldade em realizar movimentos simultneos e seqenciais.Fenmeno de congelamento: dificuldade em iniciar o movimentoTempo de reao e tempo de movimentoMarcha: lentido, dificuldade em iniciar, passos curtos e arrastada (marche petit pas), comprimento de passos desiguais, postura fletida, diminuio do balanceio dos MMSSfenmeno de festinaoAjustes posturaismaior incidncia de quedasFuno respiratria: postura flexoraFuno oro-motora: disfonia, rouquido, diminuio no volume da voz e disfagia.Dficits cognitivos e comportamentais: demncia, perturbaes do humor (depresso), dficits de memria, habilidade conceitualLevodopa: perodos On e Off e discinesias.

Problemas e complicaes secundrias:

Atrofia e fraqueza muscular por desusoAlteraes respiratriasda expansibilidade torcica devido a rigidez dos intercostais e da postura flexora.Alteraes nutricionaisdo pesoOsteoporoseAlteraes circulatriasContratura e deformidadelceras de decbito

Escala de Hoenh e Yahr ModificadaEstgio 0 nenhum sinal da doenaEstgio 1 Doena unilateralEstgio 1,5 envolvimento unilateral e axialEstgio 2 doena bilateral sem dficit de equilbrioEstgio 2,5 doena bilateral leve com recuperao no teste de empurroEstgio 3 doena bilateral leve a moderada; alguma instabilidade postural; capacidade para viver independentementeEstgio 4 incapacidade grave, ainda capaz de caminhar ou permanecer de p sem ajudaEstgio 5 confinado cama ou cadeira de rodas a no ser que receba ajuda

AvaliaoUPDRS (42 itens):Estado mentalAVDsExame motorComplicaes da terapia

Tratamento medicamentosoSelegilina, inibidor da monoamino oxidase-B (MAO-B), e o tocoferol (vitamina E) isoladamente ou em combinao retardarem a progresso.

Os anticolinrgicos, como o biperideno e o trihexifenidil, tm efeito sobre o tremor parkinsoniano e leve ao sobre a rigidez e a bradicinesiaEfeitos colaterais: cognitivas, constipao e reteno urinriaTratamento medicamentoso: Levodopa

A administrao conjunta de um inibidor da dopadescarboxilase, carbidopa ou benserazida, com a levodopa atenua efeitos colaterais e aumenta disponibilidade da droga para ao central.No SNC, a levodopa seria captada pelos neurnios dopaminrgicos remanescentes e convertida a dopamina.Tendem a desenvolver com o tempo uma srie de complicaes motoras, como as flutuaes e as discinesiasAs flutuaes consistem no fato de que, ao longo do dia, h momentos em que a levodopa funciona (perodoon) e outros em que seu efeito desaparece (perodooff)

Tratamento cirrgicoTalamotomia ventrolateralIndicao: supresso de tremor, com excelentes resultados em curto e longo prazo em 80% a 90% .Complicaes: bito por hemorragia intraparenquimatosa 9% a 23%PalidotomiaIndicaes: melhora os sintomas de DP, incluindo rigidez, bradicinesia e anormalidades da marcha, bem como as complicaes de longo prazo do tratamento com L-DOPAComplicao: escotoma no campo visual central inferior contralateral

Estimulao cerebral profunda (DBS):DBS palidal, DBS subtalmica e DBS talmicaVantagens: reversibilidade e a ajustabilidadeComplicaes: aumento do risco de infeco

Tratamento ReabilitativoMetas a longo prazo:Retardar ou minimizar a progresso e efeitos dos sintomas da doena.Impedir o desenvolvimento de complicaes e deformidades secundrias.Manter ao mximo as capacidades funcionais do paciente.

Metas a curto prazo:Manter ou aumentar ADM.Impedir contraturas e corrigir posturas defeituosas.Impedir a atrofia por desuso e a fraqueza muscular.Promover e incrementar o funcionamento motor e a mobilidade.Incrementar o padro de marcha.Melhorar os padres de respirao.Manter ou aumentar a independncia funcional nas AVDs.

Exerccios de Relaxamento Balano passivo lentoCadeira de balanoDV na bolaFrotamento lentoRespiraes lentas + alongamentos lentosBola Sua: Burrinho alongando voc e Alongando-me

Exerccios de amplitude de movimentoExerccios passivos, ativo-assistido, ativo.Exerccios ativosfortalecimento dos msculos extensoresContrao-relaxamento

Exerccios de mobilidadeEnfatizar exerccios para extensores, abdutores e rotacionaisExerccios para habilidades funcionaisUtilizar: comandos verbais, msica, palmas, marchas, metrnomos, espelhos e marcaes no piso.FNP (membros e tronco)Atividades em colchoneteFacilitao do msculos faciaisBobathreaes de endireitamento, equilbrio e proteo

Exerccios respiratriosReeducao diafragmticaRespironHigiene brnquicaPadres ventilatrios voluntrios

Treinamento da marchaAlongamento da passadaAmpliao da base de sustentaoAumento dos movimentos contra-laterais do tronco e oscilao dos braosRitmo na marcha

EXERCCIOS EM GRUPO.ORIENTAO DO PACIENTE E DA FAMLIA.

ESCALA DE ESTADIAMENTO DE HOEHN E YAHR MODIFICADA

ESTGIO 0 = nenhum sinal da doena.ESTGIO 1 = doena unilateral.ESTGIO 1,5 = envolvimento unilateral e axial.ESTGIO 2 = doena bilateral sem comprometer o equilbrio.ESTGIO 3 = doena bilateral de leve a moderada, alguma instabilidade postural, fisicamente independente.ESTGIO 4 = incapacidade grave, ainda capaz de ficar ereto sem ajuda.ESTGIO 5 = preso cadeira de rodas ou leito. Necessita de ajuda.

Mini Exame do Estado Mental - MEEMOrientao1.Em que dia da semana estamos? (1 ponto)2.Em que dia do ms estamos? (1 ponto)3.Em que ms estamos? (1 ponto)4.Em qual estao do ano estamos? (1 ponto)5.Em que ano estamos? (1 ponto)6.Onde estamos aqui? Que hospital? (1 ponto)7.Em que andar estamos? (1 ponto)8.Em que cidade estamos? (1 ponto)9.Em que estado? (1 ponto)10.Em qual pas? (1 ponto)

Registro de dadosRepita as palavras (1 ponto)Repetir trs vezes as palavras (2 pontos)

Ateno e ClculoSubtraia 7 de 100 (1 ponto)Do resultado, subtraia 7 de novo e assim por diante quatro vezes (4 pontos)

MemriaVoc se lembra das trs palavras que falamos ainda h pouco? (3 pontos, sendo 1 para cada uma)

LinguagemO que isso? Mostrar um lpis (1 ponto)O que isso? Mostrar um relgio (1 ponto)Repita nem sim, nem e, nem mas (1 ponto)Realize as trs ordens: tome esta folha de papel, dobre-a e coloque-a no cho (3 pontos, um por comando realizado corretamente)Leia e faa o que est escrito Feche os olhos (1 ponto)Escreva uma frase nesta folha de papel (1 ponto)Atividade MotoraCopie este desenho (1 ponto)

Esclerose Mltipla:

Sinais e sintomas

Mais comuns:Fadiga: 88%Fraqueza muscularParestesia: 60%Deambulao instvel: 87%Diplopia: 58%Tremores: 41%Disfuno vesical/intestinal: 65%Problemas cognitivos

Menos comuns:HemiplegiaNeuralgia do trigmeoParalisia facialAtaxia

Evoluo e prognsticoEM recidivante-remissiva: recidivas, recuperao e estabilidade.Progressiva primria: deteriorao contnua, progresso constante, no interrompidas por recorrncias definidas.Progressiva secundria: recidiva e remisso, seguida de progresso com ou sem recadas ocasionais, discreta remisso ou plat.Progressiva recidivante: progressiva desde o incio, com recorrncias claras, que podem regredir ou no

Fatores de exacerbaoFadiga excessivaTraumaAumento da To:InternafebreExternabanho quente ou To climtica elevada

DiagnsticoPelo menos dois episdios de distrbio neurolgico com idade entre 10 e 59Evidncias em leses no SNC: RM

MedicamentosReduo na taxa de recorrncia:Avonex (interferon beta 1a)Betaferon (interferon beta 1b)Copaxone (acetato de glatiramer)

AvaliaoForaTnusADMEquilbrioCoordenaoMarchaFadiga/resistnciaCondio cardiovascular e respiratriaMobilidade no leito/locomooDeficincia intestinal/vesical/sexualDeglutioFalaCondio visualSensibilidadeAVDCognio

Tratamento

Problema

ObjetivoPlano

FraquezaFortalecimento

Exerccios conforme protocolo, Kabat

Espasticidade

Adequao do tono

Alongamento, crioterapia, TENS.

Sensibilidade diminuda

Estimular percepo sensorial

Estimulao sensorial (Rood)

Dor

Suprimir a fonte de dor

TENS, terapia manual

Fadiga

Aumentar e conservar a energia

Exerccios conforme protocolo

Equilbrio

Aumentar equilbrio

Pranchas, bolas suas, rolos

Coordenao

Estimular o controle

Exerccios de Frenkel, Kabat

Deambulao/ transferncias

Mobilidade segura e eficiente

Reforar os itens anteriores e treino de marcha

Programa de fortalecimento (Schapiro, 1991):1.Alongamentos2.Exerccios resistncia submxima3.Intervalo de1 a5 minutos4.Incio: 8-10 repeties5.Cada 2-3 semanas aumentar 1-2 repeties at 20-25.6.Depois disso acrescentar a1 kge as repeties reduzidas a 8-107.Temperatura ambiental baixa