Reabilitação de PC

download Reabilitação de PC

of 7

Transcript of Reabilitação de PC

  • 7/30/2019 Reabilitao de PC

    1/7

    Anais do 2 Congresso Brasileiro de Extenso UniversitriaBelo Horizonte 12 a 15 de setembro de 2004

    Reabilitao de Portadores de Paralisia Cerebral por Intermdio de AtividadesAquticas

    rea Temtica de Sade

    ResumoEste projeto tem como objetivo a reabilitao de portadores de Paralisia Cerebral (PC), pormeio de atividades aquticas visando o melhor bem estar fsico e da qualidade de vida.Estudos comprovaram a eficincia da natao e da hidroginstica em vrios aspectos,podendo at mesmo ser considerada um dos esportes mais completos, pois desenvolve: noaspecto fsico, a agilidade, flexibilidade, fora, equilbrio, resistncia, coordenao erespirao e no psicossocial, oportuniza a maior interao entre as pessoas, criando umambiente de descontrao e dinamismo. A seleo das crianas participantes do projeto foi

    realizada conjuntamente pela equipe multidisciplinar da APAE-Viosa e os bolsistas. Para oincio das atividades prticas foi feita uma avaliao fsica e funcional pelos professores,quanto aos acometimentos dos alunos para que com isso, pudessem ser desenvolvidos osprogramas de atividades. O trabalho realizado em piscina aquecida trs vezes por semana(em parceria com a Academia Centro Aqutico-Viosa), onde so realizadas atividades denatao e hidroginstica. Os resultados se restringem s observaes e narrativas dosparticipantes, seus pais e demais professores da APAE, que indicam para os bolsistas amelhora em aspectos tais como: sociabilidade, afetividade, relacionamentos sociais, dentreoutros.

    Autores

    Bruno Euclydes Pereira Borges Bolsista de extensoPaulo Srgio Oliveira Vilela Bolsista de extensoJos de Ftima Juvncio Professor coordenadorPaulo Lanes Lobato Professor orientador

    InstituioUniversidade Federal de Viosa - UFV

    Palavras-chave: Paralisia cerebral; reabilitao; atividades aquticas.

    Introduo e objetivosVrios trabalhos vm sendo realizados na rea das deficincias com o intuito de

    ampliar os conhecimentos, dos mais variados profissionais que atuam neste mbito, e buscamas respostas de como, por que e quando elas aparecem e quais so os seus acometimentos elimitaes que so impostas vida dessas pessoas.

    A Coordenadoria Nacional Para Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia(CORDE) do Ministrio da Justia estima que o nmero de deficientes no Brasil esteja entre16 e 40 milhes. Esse dado calculado com base no ndice da Organizao Mundial de Sade(OMS), que estima que o nmero de portadores de algum tipo de deficincia fsica oscilaentre 10 e 15% da populao total dos pases em desenvolvimento. A OMS elaborou em1980, a classificao internacional de Impedimentos, Deficincias e Incapacidades, na

    tentativa de esclarecer melhor o uso destes termos. Deficincia: diz respeito a seqelasresultantes de um impedimento e, que venha restringir a execuo de uma ou mais atividadesconsideradas normais s pessoas.(OMS)

  • 7/30/2019 Reabilitao de PC

    2/7

    Em relao s deficincias, Moura (1992) destaca: A concluso que chegamos deque a deficincia fsica, sensorial, mental, orgnica e... s se torna de fato um problema,UMA DEFICINCIA, quando no tratada com EFICINCIA. E que uma condio deaparente normalidade pode de fato se tornar uma deficincia no seu sentido genrico, se umindivduo se sente incapaz de realizar as tarefas do cotidiano.(p.8)

    Dentre estes nmeros sobre as deficincias, h uma estatstica da UCP/USA de termosuma mdia de 5 mil recm nascidos nos Estados Unidos com diagnstico de ParalisiaCerebral (PC). J no Brasil podemos situar a faixa de novos casos, a cada ano, entre 30 e 40mil recm-nascidos. Este nmero se deve a fatores multiplicadores, principalmente pelo fatode ainda termos muitos casos ligados s condies de atendimento da mulher e dos recm-nascidos em nosso pas.

    A Paralisia Cerebral uma perturbao da funo muscular que surge aps umadestruio ou uma ausncia congnita dos neurnios motores superiores. Essa alteraofreqentemente complicada pela ocorrncia de convulses, alteraes do comportamento ouretardo mental. (Adams et al. 1985, p.80)

    So vrios os fatores que podem levar ao surgimento da PC. De acordo com o Manual

    de Identificao Precoce de Deficincias (1984) e Larson (1983) estes fatores podem aparecerdurante a gravidez, durante o parto ou no perodo ps-parto.

    Problemas durante a Gravidez: m alimentao quando a gestante se alimenta mal, acriana que est sendo gerada no recebe alimento suficiente para a formao e crescimentonormais do corpo e da mente; presso alta, albumina na urina, inchao nas pernas, no resto enas mos constituem o que se chama de pr-eclampsia. Quando a gestante est nestasituao, a criana que est sendo gerada no recebe os alimentos e o oxignio de quenecessita para a sua formao; as bebidas alcolicas, o fumo e certos medicamentos podemprejudicar a criana que est se formando. As bebidas alcolicas podem causar defeitosfsicos e retardo na inteligncia; certos remdios podem provocar defeitos fsicos; o fumo acausa de crianas pequenas e de pouco peso, as quais tm maior risco de leso cerebral econseqente retardo mental e motor; trabalho pesado e cansao podem causar abortamento ounascimento prematuro (antes do tempo); doenas como sfilis, a toxoplasmose e a rubolapodem passar da me para o filho, durante a gravidez, causando cegueira, surdez, defeito nocorao e leses no crebro.

    Problemas Durante o Parto: ao nascer de um parto demorado ou difcil, o recm-nascido pode demorar para respirar e chorar. Sua pele fica roxa (ciantica), ou muito plida.Esta alterao da cor da pele indica falta de oxignio no crebro, com ou sem hemorragiacerebral (derrame de sangue dentro da cabea). Como conseqncia, h perda (morte) declulas nervosas (nervos do crebro). A falta destas clulas nervosas causa incapacidademotora que impede o desenvolvimento normal da criana.

    Problemas Aps o Parto: s vezes, depois do nascimento, a pele e o branco dos olhosda criana ficam amarelos. Isto quer dizer que a criana tem excesso de bilirrubina, umpigmento que chega ao sangue e pode atingir o crebro lesando clulas do sistema nervoso.Esta leso das clulas nervosas provoca deficincias na criana, tornando-a incapacitada paraouvir, falar, etc.

    Como foi visto anteriormente, a maior incidncia de PC durante a gravidez e duranteo parto, por isso que de suma importncia a mulher se cuidar durante estes perodos. Paraajudar a evitar a PC, a mulher deve se atentar para: fazer controle da gestao, desde o incio,indo periodicamente ao mdico; alimentar-se muito bem, comendo alimentos construtores,energticos e reguladores. Pedir orientao sobre alimentao de gestantes; no tomarremdios sem receita mdica, no fumar e no beber; no se cansar demais; se tiver ameaas

    de aborto (clicas e sangramento), deve fazer repouso at melhorar; se tiver inchao, deveparar com o sal (no colocar sal na comida) e tomar poucos lquidos.

  • 7/30/2019 Reabilitao de PC

    3/7

    Kudo e cols. (1994) salientam que as leses podem ocorrer em diferentes partes e, estefato levou a uma classificao para facilitar a identificao do grau de acometimento dasndrome. A classificao feita da seguinte forma, levando em conta a parte do corpoafetada pela leso: Diplegia: h um comprometimento global (membros superiores einferiores) com predominncia nos membros inferiores, onde mais grave; Tetraplegia ou

    Quadriplegia: comprometimento dos quatro membros de maneira idntica; Hemiplegia:comprometimento de um lado do corpo. Em geral, o membro inferior mais afetado;Paraplegia: acometimento somente dos membros inferiores (raro); Monoplegia: somente ummembro afetado (raro); Dupla-Hemiplegia: os dois lados do corpo so afetados de maneiraassimtrica (desigual).

    Uma outra classificao feita, pelos mesmos autores, porm, com relao ao grau detonicidade muscular apresentada pelos paralisados cerebrais: Espasticidade (grave, moderadae leve): o tnus muscular apresenta-se aumentado e modifica-se de acordo com o estadoemocional do indivduo ou de um esforo excessivo; Flacidez: o tnus muscular bastantebaixo, variando de um estado de atetose a uma distonia de tenso; Distonia de tenso: tnusmuscular variando de um estado de hipotonia a hipertonia, com momentos de extenso ou

    flexo do corpo; Hipercinesia: a alterao do tnus muscular afeta, principalmente, acoordenao motora fina da criana; Ataxia: neste quadro, a musculatura tende a umahipotonia, com presena de tremores corporais e com as reaes de equilbrio bastantealteradas; Atetose: aqui, o tnus flutua entre hipotnico e normal com movimentao distalinvoluntria nos membros superiores e membros inferiores. A atetose apresenta algumasvariaes como a Coreoatetose que a movimentao do corpo todo, inclusive da lngua equadros de atetose com espasticidade e atetose com distonia de tenso.

    Ento, como apresentado, temos vrias classificaes que se baseiam desde o grau detonicidade muscular e at o grau de acometimento para sua caracterizao, isso implica emque cada pessoa tenha uma caracterstica diferente, assim como as respectivas necessidadesdecorrentes de seu comprometimento.

    Dependendo desse grau de acometimento e do grau de tonicidade muscularapresentado pelo paralisado cerebral, diferentes trabalhos devero ser desenvolvidos comoforma de facilitar e viabilizar o atendimento/tratamento de cada portador.

    Todos portadores de alguma deficincia, no nosso caso PC, merecem e devem teracesso a algum tipo de reabilitao, aqui entendido, como conjunto de aes que possibilitamo desenvolvimento integral (bio-psico-social e afetivo) do indivduo, facilitandoprincipalmente a sua insero no meio social em que vive. O conceito de reabilitao scombina com reintegrao social.

    Este projeto tem como objetivo a reabilitao de portadores de Paralisia Cerebral (PC),por meio de atividades aquticas visando o melhor bem estar fsico e qualidade de vida.

    De acordo com a AST (1986) PC uma afeco que resulta de uma leso cerebral.Algumas vezes, acompanhada por retardo mental, epilepsia e distrbios emocionais.Baseado nas afirmativas que encontramos em AST (1986): Muitos indivduos com

    PC so beneficiados pelo relaxamento relativo do espasmo muscular, que ocorre durante assesses de natao, o que lhes d prazer. Se eles puderem nadar, obtm-se uma melhora docontrole, velocidade e fora em funo do tempo em que permanecerem na gua. queresolvemos buscar mecanismos que possam ser utilizadas sistematicamente com o objetivo demelhorar a qualidade de vida dos PC.

    Neste sentido destacamos nas atividades aquticas, a natao e a hidroginstica, quetalvez possam proporcionar resultados benficos tanto para os deficientes como soproporcionados s pessoas ditas normais, pois aps vrios estudos na rea esportiva, foi

    comprovada a eficincia, principalmente da natao em vrios aspectos de nossas vidas,podendo at mesmo ser considerada um dos esportes mais completos, pois desenvolve no

  • 7/30/2019 Reabilitao de PC

    4/7

    aspecto fsico, a agilidade, flexibilidade, fora, equilbrio, resistncia, coordenao erespirao. Outro aspecto que poderamos ressaltar refere-se ao psicossocial, pois asatividades aquticas oportunizam uma maior interao entre as pessoas, criando um ambientede descontrao e dinamismo.

    Para ratificar o que citamos anteriormente, Escobar (1985) apresenta que a

    exercitao dos dois lados do corpo nos nados simultneos e alternados e a manuteno doalinhamento postural conferem simetria musculatura, dando-lhe condies para manter apostura esttica e cintica adequadas. por este motivo que a natao um meio decompensao e/ou correo de deficincias morfo-posturais..., o que encaixa perfeitamenteno nosso caso com os portadores de paralisia cerebral.

    Escobar (1985) ainda salienta que crianas portadoras de certos tipos de deficinciascomo mentais e motoras podem apresentar uma respirao curta e oral, relacionada comdiversos aspectos da ansiedade e incompatvel com a fixao da ateno, que implica retenoe controle da respirao.

    No que diz respeito s propriedades fsicas da gua, Reis (1982), Skinner e Thomson(1985), dizem que a temperatura da mesma pode ser benfica para algumas deficincias,

    como por exemplo, a espasticidade, pois o calor alm de reduzir a sensibilidade dasterminaes nervosas, diminuem o tnus, medida que os msculos so aquecidos. Em geral,a temperatura da gua deve estar entre 35,5 36,6 C, ou acima da temperatura da pele que 33,3 C.

    Alguns efeitos teraputicos so propostos pelos autores supracitados comoconseqentes da imerso do corpo na gua quente durante o exerccio: relaxamento;manuteno e aumento da amplitude das articulaes; reeducao dos msculos paralisados;fortalecimento dos msculos e desenvolvimento da fora e resistncia; melhora das atividadesfuncionais da marcha; aumento da circulao, e assim, da condio da pele; reforo da moraldo paciente, proporcionando confiana para alcanar mxima independncia funcional.

    Novamente, nos reportamos a Escobar (1985) que salienta que progressos tambm soobtidos compensando as debilidades cardiovasculares e respiratrias e msculo-posturais,ajudando, ainda, a evitar contraturas e/ou atrofias musculares.

    Reconhecendo a necessidade do portador de Paralisia Cerebral de movimentoscorporais, de equilbrio, de fora, de respirao, entre outras e finalmente levando emconsiderao as vrias classificaes de PC e suas necessidades individuais, acreditamos nosbenefcios que podem ser gerados por um trabalho aqutico.

    MetodologiaO nosso projeto atende 12 crianas carentes da comunidade de Viosa-MG e regio,

    matriculadas na APAE-Viosa, todas elas portadoras de PC, com idades entre 3 e 19 anos.

    Devido diversidade de idade e de acometimentos, temos a necessidade de um nmeroproporcional de estagirios em relao s crianas, principalmente devido ao trabalhoindividualizado que realizado no projeto.

    As crianas foram avaliadas e selecionadas juntamente com a equipe multidisciplinarda APAE-Viosa (Mdica, Fonoaudiloga, Psicloga, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional,Pedagoga e Educadora Fsica). A seleo das crianas obedeceu alguns critrios, como:controle de esfncter e doenas de pele contagiosas. Aos pais ou responsveis destas crianasselecionadas, foi apresentado um Termo de Compromisso onde eles, ao assinarem este termo,estariam autorizando a participao de seus filhos(as) e estabelecendo um compromisso paracom os realizadores do projeto.

    Elaborao de um programa de atividades aquticas, atividades estas que so de

    natao e de hidroginstica, realizadas em uma piscina aquecida, 3 vezes por semana, sendotera, quinta e sexta-feira das 13hs s 13hs45min. No programa de atividades aquticas esto

  • 7/30/2019 Reabilitao de PC

    5/7

    previstos exerccios de alongamento/relaxamento (para alongar principalmente asmusculaturas mais afetadas), de adaptao ao meio lquido, de aprendizagem dos nados(Crawl, Costas, Peito e Borboleta) e de fortalecimento muscular (atravs da hidroginstica).Trabalhamos tambm noes de percepo cinestsica, autocontrole tnico, afirmao dalateralidade, orientao espacial e exerccios para a alterao da funo respiratria. Para

    viabilizar estas prticas so utilizados materiais como: espaguete (macarro), prancha, p-de-pato, halter, caneleira para hidroginstica, plataformas, bolas, arcos, materiais que biam,materiais que afundam, palmar e a prpria escada da piscina. Desenvolvimento do programaestabelecido.

    Sero realizadas quatro baterias de testes e avaliaes nos meses de Abril, Junho,Agosto e Dezembro para verificao da interferncia das atividades no aspecto fsico dosalunos. Testes estes encontrados basicamente no livro Educao Fsica Especial JosGorla.

    Os testes e avaliaes realizados foram: Freqncia Cardaca de repouso;circunferncia de brao acometido relaxado; circunferncia de brao acometido contrado;circunferncia de coxa acometida; circunferncia de perna acometida; flexibilidade de

    abduo de membros inferiores tendo como referncia os joelhos; Teste de sentar ealcanar; Teste de flexo abdominal; Teste de equilbrio esttico (aviozinho) em 10observar a resposta mecnica perante o teste; Lanamento com preciso: realizar doislanamentos em cada estao, procurando acertar dentro do bambol, sendo que cada estao,dista de 90 em 90 cm do bambol. Anotaes: dentro do bambol vale dois pontos; na bordado bambol 1 ponto; anotar se os lanamentos foram longos ou curtos, com desvios para adireita ou para a esquerda; filmagem das crianas andando e paradas de frente e de lado.

    A APAE com sua equipe multidisciplinar ir realizar um controle em relao aosaspectos sociais e psicolgicos, e ns iremos, em visitas bimestrais, efetuar um contato com aequipe dita acima, para verificao da interferncia da atividade aqutica na vida dessascrianas.

    ATIVIDADES ABR MAI JUN AGO SET OUT NOV DEZ2004 2004 2004 2004 2004 2004 2004 2004

    PlanejamentoDas atividades X X X X X X X XAplicaoDas atividades X X X X X X X XAplicaoDos testes X X X XAcompanhamento junto

    equipe da APAE X X X X XApresentaode relatrios X X XApresentao finaldo trabalho X

    Resultados e discussoTendo em vista as diversas situaes, temos apenas como parmetro a prpria

    percepo diria dos bolsistas e estagirios do projeto, onde foi observado: a grandemotivao das crianas na participao das aulas (isso averiguado nas chamadas feitas

    diariamente) com 85% de presena das mesmas; o empenho dos pais ao estarem semprepresentes nas aulas e a interao dos mesmos com os professores dando um retorno dos

  • 7/30/2019 Reabilitao de PC

    6/7

    benefcios que as atividades proporcionam aos seus filhos; o timo relacionamento dos alunosentre si e com os professores, assim como entre os prprios pais, onde, em conversasinformais notada a grande socializao que o projeto proporciona a todos.

    A nossa inteno tambm, com este projeto, a de gerar referenciais prticos comrelao reabilitao e ao manuseio de pessoas portadoras de PC, devido ao escasso material

    bibliogrfico que dispomos hoje em dia quando nos solicitado uma interveno em umpblico desta natureza.Este projeto, que j existe a mais de dois anos, iniciou-se como um projeto de

    pesquisa, que hoje em dia se busca restabelecer e dever ocorrer no prximo perodo, uma vezque j dispomos de pessoas integradas para desenvolver tambm este aspecto.Espera-se que o trabalho com as atividades aquticas possa melhorar o desenvolvimento totaldo corpo, a coordenao motora e o nvel geral de atitude onde o sentido de independnciadentro da piscina agiria como um grande reforo em nvel moral e psicolgico do portador dePC, proporcionando a esses uma maior liberdade de ao e qualidade de vida, dando nfase naincluso destas crianas dentro da sociedade.

    Foi realizada no ms de Abril a primeira bateria de testes, onde os resultados

    encontrados foram os seguintes: 1 - Freqncia Cardaca de repouso; 2 - Circunferncia debrao acometido relaxado; 3 - Circunferncia de brao acometido contrado; 4 -Circunferncia de coxa acometida; 5 - Circunferncia de perna acometida; 6 - Flexibilidade deabduo de membros inferiores referncia os joelhos; 7 - Teste de sentar e alcanar; 8 -Teste de flexo abdominal; 9 - Teste de equilbrio esttico (aviozinho); 10 - Lanamentocom preciso.

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    Deivisson 66 21,4 22,7 48,1 32,4 45,5 6 17 sozinho 13 passou no 3

    Wesley 77 27 30 55,3 32,8 45 5 18 c/ auxlio 11 errou a 2 no 4

    Leandro 70 26 28,3 58,7 36,9 43,5 6 22 sozinho 14

    Fernanda 92 22,2 25,3 44,5 26,1 40 25 0 na gua alcanou, desv E

    Jaqueline 103 20,6 22 48,4 28,5 34,5 5 13 sozinho 4 alcanou no 2

    Edmeire 90 22 24,5 49 29 35,6 7 20 c/ auxlio 4 alcanou no 2

    Nilsinho 97 20 21 37,5 22,6 28,3 10 4 c/ auxlio 5 no alcanou no 3

    Gean 66 16,5 18 30,6 19 24,2 10 12 c/ auxlio 2 no alcanou no 2

    Anderson 95 18 19,5 42 26,5 33,5 6,2 0 c/ auxlio 7 no alcanou no 3

    Vincius 90 14 15 27 19 29 5,6 5 c/ auxlio 2 no alcanou no 2

    Juninho 81 15,6 16,3 37 25,3 39 6 21 c/ auxlio 5 c/ desv direita no 2

    Jlia 76 15,2 16,1 32 21,9 48 5 14 c/ auxlio 1 no alcanou no 2

    Obs.: 1- no teste 6, Nilsinho e Gean no conseguiram estender as pernas2- no teste 8, Anderson e Fernanda no conseguiram realizar os abdominais,

  • 7/30/2019 Reabilitao de PC

    7/7

    fazendo ambos uma contrao isomtrica3- no teste 8, Nilsinho apoiou o brao direito para realizar o abdominal4- o teste 11 foi realizado com um peso de 1 kg5- no teste 10 foi realizado uma filmagem para fazer futura comparao

    ConclusesAt o presente momento, por no termos uma outra bateria de testes para

    compararmos os resultados, no possumos nenhum dado comprovado para nossasconcluses, isso se deu pelo pouco tempo de realizao e desenvolvimento das atividades, epor isso efetuamos apenas a execuo da primeira bateria de testes de uma srie de quatro.

    Estes resultados demonstram que o desenvolvimento do projeto poder interferir muitosignificativamente na melhoria dos padres motores e fisiolgicos dos participantes.

    Por outro lado, tambm a APAE-Viosa ainda no repassou os relatrios bimestraissolicitados no incio do projeto, referentes a outros aspectos da anlise do comportamento dosparticipantes.

    Referncias bibliogrficasADAMS, R. C. e cols. Jogos, esportes e exerccios para o deficiente fsico. 3. ed. SoPaulo: Manole, 1985.AST (Association of Swimming Therapy). Natao para deficientes. So Paulo: Manole,1986.BOBATH, B. e BOBATH, K. Desenvolvimento motor nos diferentes tipos de paralisiaCerebral. So Paulo: Manole, 1978.ESCOBAR, M. O. Natao para portadores de deficincia. Rio de Janeiro: Ao LivroTcnico, 1985.GORLA, J. I. Educao Fsica Especial Testes. Rolndia: Physical-Fisio, 1997.

    KUDO, A. e cols. Fisioterapia, Fonoaudiologia eTerapia Ocupacional em Pediatria. 2ed. So Paulo: Sarvier, 1994.LARSON, H. Childhood Disability Information Kit. Nepal: Unicef, 1983.MINISTRIO DA PREVIDNCIA E ASSISTNCIA SOCIAL. Manual de identificaoprecoce dedeficincias. Braslia: Unicef, 1984.MOURA, L. C. M. A deficincia nossa de cada dia de coitadinho super-heri. SoPaulo: IGLU Ed., 1992.ROSADAS, S. C. Educao fsica e prtica pedaggica: Portadores de DeficinciaMental.Vitria: UFES, 1994.