Raul Antelo Semana Argentina

download Raul Antelo Semana Argentina

of 44

description

Texto de Raul Antelo.

Transcript of Raul Antelo Semana Argentina

  • Caderno de Resumos

  • OrganizaoCOMISSO ORGANIZADORA

    Prof. Dr. Raul Antelo (UFSC)Profa. Dra. Liliana Rosa Reales (UFSC)Prof. Dr. Roberto Ferro (Universidad de Buenos Aires)Prof. Dr. Felipe Soares (UFSC)Prof. Dr. Jorge Wolff (UFSC) Prof. Dr. Jair Tadeu da Fonseca (UFSC)

    COMIT CINTFICO

    Prof. Dr. Raul Antelo (UFSC)Prof. Dr. No Jitrik (Universidad de Buenos Aires)Prof. Dr. Roberto Ferro (Universidad de Buenos Aires)Prof. Dr. Carlos Eduardo Capela (UFSC) Prof. Dr. Jos Roberto OShea (UFSC) Profa. Dra. Maria Lucia de Barros Camargo (UFSC) Prof. Dr. Eduardo Becerra (Universidad Autonoma de Madrid) Profa. Dra. Ana Luiza Andrade (UFSC)

    COMISSO DE APOIO

    Alexander BelivukAna Carolina Teixeira PintoAndr SchlichtingAvelar FortunatoByron VlezEdson BurgGaston CosentinoJanete Elenice JorgeLuz Adriana SanchezMaria Speack

    Mariana Martinez StasiRubens da CunhaSanto Gabriel VaccaroSelomar Borges

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 3

    SumrioApresentao .............................................................................................6

    Resumos..........................................................................................................7

    Rayuela e leitor: uma nova mirada Acacio Scos .........................................................................................................7

    Las huellas del gnero. Sobre Blanco nocturno de Ricardo Piglia Adriana Rodrguez Prsico ......................................................................8

    Un pueblo anglico y sencillo. ensayos mitopoticos de Leonardo Favio Ana Amado ............................................................................................9

    Cortzar e a perspectiva de um devir-axolotl Ana Carolina Cernicchiaro ...................................................................10

    Lectores lunticos y textos ilegibles. Acerca de las polticas de lectura de los escritores en la literatura argentina Ana Cecilia Olmos .................... 11

    Parasos inacessveis: de Mallarm a Cortzar Ana Luiza Andrade ...............................................................................12

    Borges compadrito e seu habilidoso cuchillo literrio Andr Rocha L. Haudenschild ............................................................... 13

    a senha do sainete Carlos Eduardo Schmidt Capela.....................................................................14

    Crnicas de viagens e a representao das cidades em Primeiras viagens de Ernesto Che Guevara Cristiano Mello de Oliveira ........................... 15

    Biblioteca Pizarnik Daniel Link ...........................................................................................16

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 4

    Luis Gusmn y yo, perdidos o calculados? Daniel Glaydson Ribeiro ....................................................................... 17

    O atraso, ou o destiempo da ambivalncia do pensamento de Macedonio Fernndez Davi Pessoa Carneiro .......................................18

    Aguafuertes porteas: Uma melancolia do fracasso Eleonora Frenkel ...................................................................................19

    Jantar felicidade: os zumbis do espetculo triunfante Flvia Cera ............................................................................................20

    O fio da trama borgeana Gastn Cosentino .................................................................................21

    Por un cine bastardo: apuntes sobre el cine argentino del presente Gonzalo Aguilar ....................................................................................22

    De cientista para escritor: a metamorfose de Sbato e o contexto literrio argentino do sculo XX Ins Skrepetz ..................................................23

    Cozarinsky: os mortos sempre voltam Felipe Soares.........................................................................................24

    Alm das bibliotecas e fronteiras: Artistas argentinos no Brasil Jair Tadeu da Fonseca ...........................................................................25

    Papis esperados. Julio Cortzar redivivo Jorge Wolff ...........................................................................................26

    Lendo um conto de Juan Rodolfo Wilcock Kelvin Falco Klein ................................................................................27

    A Buenos Aires de Roberto Arlt: um olhar para o expressionismo alemo Janete Elenice Jorge...........................................................................................28

    Materia e imaginario potico Jorge Monteleone..................................................................................29

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 5

    La biblioteca fantstica y maravillosa de Roberto Arlt. Un recorrido por sus relatos finales. Laura Jurez ............................................................31

    Astrada: entre Martn Fierro e Martin Heidegger Liliana Reales ........................................................................................33

    Anibal Cristobo: poesia, paralaxe Manoel Ricardo de Lima .......................................................................34

    Assim agia o compadrito: o culto coragem como demonstrao de valor aristocrtico Miguel Angel Rodriguez .........................................35

    Tres inmersiones fugaces (Ensayo, cleptomnesis, desprendimiento) No Jitrk ...............................................................................................36

    Osvaldo Lamborguini: insaciable desabonado de la biblioteca argentina Nuria Girona Fibla ................................................................................37

    Dispositivos e interpelaes Ral Antelo ...........................................................................................38

    Especular con el gnero. Esa mujer de Rodolfo Walsh Roberto Ferro........................................................................................39

    Jorge Luis Borges y un tributo a Rafael Cansinos Assens Santo Gabriel Vaccaro ..........................................................................40

    Distoro da paisagem: Juan Ortiz e Arturo Carrera Susana Scramin .....................................................................................41

    Bibliotecas infernais Tiago Guilherme Pinheiro......................................................................42

    Maio de 69 Wladimir Antnio da Costa Garcia ........................................................43

  • Apresentao

    Com o tema As bibliotecas insaciveis, o Simpsio Internacional de Literatura Argentina em seu Bicentenrio convida a pensar a produo literria, ensastica e crtica do pas vizinho na perspectiva do marco de celebraes

    dos dois sculos de sua histria.

    A imagem de Bibliotecas insaciveis aponta a caracterizar a convergncia e a tenso das tradies que se

    entrecruzam na Literatura Argentina desde os primeiros movimentos de sua gestao, no sculo XIX, passando por sua esplndida expanso no sculo XX, at chegar ao presente como ampla fonte de possibilidades para o

    futuro. A Literatura Argentina se desdobra em bibliotecas insaciveis nas que os textos que foram se reunindo ao longo de dois sculos demandam insistentemente novas

    leituras, sempre outras a cada vez.

    A imaginao criadora de suas narraes ficcionais e de suas invenes poticas se trama indissoluvelmente com a reflexo especulativa de sua escritura ensastica. Essas so suas dimenses constitutivas. Elas se entrecruzam colocando prova os limites de qualquer taxonomia classificatria. As confrontaes sociais, os debates intelectuais e polticos, as diversas problemticas da

    existncia atravessada pelas circunstncias histricas, inscritas nos textos literrios dessas Bibliotecas, aparecem marcadas por uma atitude frente s culturas cannicas que mescla conhecimento e desvio, o que outorgou Literatura

    Argentina um perfil prprio e inconfundvel.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 7

    ResumosRayuela e leitor: uma nova mirada

    Acacio ScosUniversidade Federal do Paran

    O objetivo desta proposta trabalhar com a concepo de leitor em Julio Cortzar, especificadamente no romance intitulado Rayuela (O Jogo da Amarelinha) e relacion-la com a teoria da leitura. O romance em questo tem um lugar especial na obra do autor, que vai desde a fico at escritos de teoria literria. No romance mencionado acima h captulos que levam o nome de Morellianas e h reflexes a respeito do texto e leitor, criando assim um discurso literrio dentro do discurso ficcional. Encontramos ento, nesses captulos reflexes sobre a figura do leitor. Objetivo principal deste artigo debater as concepes de leitor a partir da prpria obra e conceitos nela existentes, por exemplo: Lector hembra (leitor fmea). E tambm avaliar o papel do leitor na construo de uma obra literria.

    Acacio Scos formado em Letras Portugus/Espanhol pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, com o trabalho Metalinguagem e Jogo em Julio Cortzar com orientao da Profa. Dra. Silvana Oliveira. Atualmente mestrando em Estudos Literrios pela Universidade Federal do Paran, com projeto em andamento que tem como objetivo analisar o leitor na obra Rayuela de Julio Cortzar.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 8

    Las huellas del gnero. Sobre Blanco nocturno de Ricardo Piglia

    Adriana Rodrguez PrsicoUBA

    En una entrevista de 1984, dice Ricardo Piglia: En definitiva, no hay ms que libros de viajes o historias policiales. Se narra un viaje o se narra un crimen. Qu otra cosa se puede narrar? Fiel a su proyecto narrativo, Blanco nocturno se inscribe, a primera vista, en las reglas del gnero policial aunque quiebra la convencin mxima del descubrimiento del asesino. Poco despus, en 1986, en un dilogo con Saer, comenta: Yo creo que hay una pasin en las ideas, como hay una pasin en los cuerpos. Y en este plano incluso uno puede pensar que la pasin de las ideas tiene ms intensidad que la retrica de las pasiones. Para esa pasin, la ficcin opera como soporte del pensamiento mientras que el relato encuentra su origen en la actividad del pensarAmbas citas funcionan como hilos que tejen las tramas de las dos ltimas novelas, Plata quemada y Blanco nocturno. Una vez ms, Piglia usa las reglas del gnero para hablar de otra cosa: de la aventura, de algunos mitos, de hroes muy peculiares, de la obsesin por las ideas. La eleccin de una cierta temporalidad (dcadas de 1960 y 1970) dista de ser arbitraria. Como si el tiempo de la aventura perteneciera a un pasado inexorablemente ido, las novelas ponen en escena la inactualidad de la literatura. En Blanco nocturno, el anacronismo es la clave de bveda.

    Adriana Rodrguez Prsico es profesora de Teora Literaria en la Universidad de Buenos Aires e investigadora de CONICET (Consejo Nacional de Investigaciones Cientfica y Tcnicas). Ha enseado literatura latinoamericana en las universidades de San Pablo (Brasil), Duke y Maryland (Estados Unidos) y en Pars 8 (Francia). En 2009, recibi la beca Guggenheim. Autora de Relatos de poca. Un cartografa de Amrica Latina (1880-1920) (Rosario, Beatriz Viterbo, 2008), que recibi el Premio de ensayo Ezequiel Martnez Estrada de Casa de las Amricas (2010), Un huracn llamado progreso. Utopa y autobiografa en Sarmiento y Alberdi. Washington, OEA, INTERAMER, 1992. (2da. Edicin, 1993) y compiladora con Jorge Fornet de Ricardo Piglia: una potica sin lmites. Pittsburgh, Instituto Internacional de Literatura Iberoamericana, Coleccin Antonio Cornejo Polar, 2, Universidad de Pittsburgh, 2004. Escribi tambin numerosos ensayos sobre literatura argentina y latinoamericana y teora literaria.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 9

    Un pueblo anglico y sencillo. Los ensayos mitopoticos de Leonardo Favio

    Ana Amado UBA

    En su documental Pern. Sinfona del sentimiento Favio funde en un molde cristiano las tramas del peronismo y crea una vasta alegora del desconsuelo de un pueblo confiado, arrasado por una conjura diablica. Manipulando imagen y sonido recompone los hechos ocurridos como escenas imprecisas y demuestra segn lo hiciera Eisenstein desde sus primeras obras - que la tcnica del montaje cinematogrfico repite la metodologa formal del mito para narrar la historia. Las picas obreras, la felicidad comunitaria, el poder de la tcnica, el diseo popular de imgenes junto al despliegue de simbologas combatientes conforman el mapa temtico y visual con los que Favio repolitiza la esttica, con procedimientos que caben en el marco del debate actual sobre el retorno histrico en el terreno del arte. Al mismo tiempo define una de las posiciones en debate en Argentina respecto de las herramientas ideolgicas del populismo, que desde otro punto de vista es identificado negativamente con el peronismo y como tal objetado por su apelacin al mito como va de falsificacin de la realidad.

    Ana Amado es Doctora en Letras y Humanidades y Profesora en el grado y el posgrado de la Facultad de Filosofia y Letras de la Universidad de Buenos Aires. Ha sido profesora visitante en Duke y en Princeton, en la Universidad ARCIS de Santiago de Chile y en la Universidad Nacional Autnoma de Mxico. Ejerci la crtica de cine en los principales peridicos de Mxico y Argentina, realiz obras de radioteatro y films documentales. Es autora de La imagen justa. Cine argentino y poltica, 1980-2007 (2009), co-autora de Lazos de familia. Herencias, cuerpos, ficciones (2005), Espacios para la igualdad (1998). Cuenta con numerosos escritos sobre su especialidad en libros y publicaciones nacionales y extranjeras. Recibi la Beca Guggenheim 2010.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 10

    Cortzar e a perspectiva de um devir-axolotl

    Ana Carolina Cernicchiaro UFSC

    No conto Axolotl, de Julio Cortzar, mais do que qualquer perseverana no ser ou fixao de identidade, o que interessa a instabilidade, a desterritorializao, o contato, o contgio, o devir. Neste sentido, o texto expe o eu como limiar, como porta entre duas multiplicidades, e se aproxima do perspectivismo amerndio ao apresentar uma linha de fuga, que ultrapassa nossos dualismos, nossas classificaes, nossas estabilizaes, pela via do entre, do estar-entre.

    Ana Carolina Cernicchiaro doutoranda em Teoria Literria pelo Programa de Ps-Graduao em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina (PGL/UFSC) e bolsista CNPq. Desenvolve pesquisa sobre as relaes entre literatura e perspectivismo amerndio, sob a orientao do Prof. Dr. Srgio Medeiros. Mestre em Teoria Literria pelo mesmo programa, com a dissertao Sousndrade-Guesa em O Inferno de Wall Street: poticas polticas, Cernicchiaro tem textos publicados em diversos peridicos acadmicos e co-autora do livro Arte e animalidade, publicado pela editora Katarina Kartonera em 2009.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 11

    Lectores lunticos y textos ilegibles. Acerca de las polticas de lectura de los escritores en la literatura argentina

    Ana Cecilia Olmos USP

    Hacia los aos 70, la nocin de ilegibilidad se instal en la escena literaria argentina como criterio esttico para definir prcticas de escritura que abran el espacio de una discursividad autnoma que, liberada de las instancias de origen y fin de la palabra, le negaba al lector la posibilidad de organizar los signos en funcin de un sentido preestablecido. Se trataba de escrituras ilegibles en la medida en que ejercan un tratamiento transgresor sobre la lengua que desintegraba la convencin del hecho comunicativo al proponer textualidades que se organizaban segn una regla intrnseca e inusitada que se opona con hostilidad a los hbitos de una comunidad de lectores. Entre otras, la literatura de Hctor Libertella y Luis Gusmn fueron representativas de la radicalidad de esas polticas de escritura. De carcter reversible, la nocin de ilegibilidad no supone apenas una poltica de escritura sino tambin una poltica de lectura que, ms all del grado de subversin del canon que proponga, no renuncia a la posibilidad de organizar bibliotecas que, en ltima instancia, delimitan otro orden de lo legible (o un orden otro de lo legible) en el que una comunidad de lectores se reconoce. Este trabajo propone reflexionar sobre la interferencia de la nocin de ilegibilidad en las bibliotecas que configuran los ensayos literarios y los textos autobiogrficos de Libertella y Gusmn.

    Ana Cecilia Olmos Mestre em Teoria Literria (1994) e Doutora em Letras (2000). Professora adjunta de Literatura Hispano-Americana na Universidade de So Paulo e pesquisadora do CNPq. Atualmente concentra sua pesquisa no campo dos discursos crticos latino-americanos, na narrativa contempornea e no ensaio de escritores. Alm de artigos em peridicos acadmicos, publicou o livro Por que ler Borges, So Paulo, Globo, 2008. Organizou em colaborao os livros: Ensayos de narradores. Crdoba, Alcin, 2007; Em primeira pessoa. Novas abordagens de uma teoria da autobiografia, So Paulo, Annablume, 2009.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 12

    Parasos inacessveis: de Mallarm a Cortzar

    Ana Luiza AndradeUFSC

    Os verdadeiros parasos so os parasos perdidos (Proust). Seguem-se o artista Francisco Brennand (Dilogos do Paraiso Perdido) e os escritores Osman Lins (Avalovara) e Julio Cortzar (Rayuela) em suas passagens benjaminianas modernidade. Os parasos artificiais e as passagens a outros estgios de conscincia (sinestesia e anestesia). Da cidade terra como paraso natural (jardins botnicos do inconsciente ou infernos paradisacos). Parasos de passagem enquanto imagens-malcia (Didi-Huberman), no tempo e no espao: objetos. Do leque ao livro-objeto de Mallarm. Tradutores de Poe, Casa Tomada leitura-cmplice de A Casa de Usher retoma os modos de ler assim como A Quelqun au Paradis se enderea e se reflete em El Otro Cielo.

    Ana Luiza Andrade professora de Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina, autora de Osman Lins: criao e crtica (So Paulo: Hucitec, 1987) Transportes pelo Olhar de Machado de Assis (Chapec: Argos, 2001) e Outros Perfis de Gilberto Freyre, voltas duras/dceis ao cotidiano dos brasileiros (So Paulo: Nankin Editorial, 2007). Organizou trs reedies das crnicas machadianas (Chapec: Argos,2001) e escreveu outros captulos de livros sobre Osman Lins, Machado de Assis, Clarice Lispector e outros; traduziu o livro de Susan Buck-Morss Dialtica do Olhar: Walter Benjamin e o Livro das Passagens (Belo Horizonte/Chapec: EDUFMG/Argos, 2002) Atualmente traduz Dreamworld and Catastrophe : the passing of mass utopia in East and West tambm de Susan Buck-Morss. lder do Ncleo de Estudos Benjaminianos (UFSC).

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 13

    Borges compadrito e seu habilidoso cuchillo literrio

    Andr Rocha L. HaudenschildUFSC

    O artigo pretende investigar a narrativa borgeana como uma tcnica estilstica que se apropria do comportamento caracterstico de uma histrica figura arquetpica: a do compadrito rioplatense - fruto direto do trnsito pendular entre a civilizao e a barbrie da acelerada modernizao de Buenos Aires na virada do sculo XIX ao XX.De costas para o centro urbano e com os ps no arrabaldes portenho, o jovem Borges nos lana uma cosmoviso arrabarela ao deambular pelo cais da escrita: o lugar da etopoitica onde se d a funo esttica e poltica de criao de si (segundo Foucault). Eis uma das principais estratgias da esttica narrativa borgiana: o blefe, a burla e a coragem da inveno discursiva como heranas primordiais da experincia das margens.

    Andr Rocha, natural de So Paulo, poeta, cantor e compositor popular, tendo gravado diversos CDs autorais desde 1994, com Harpa, Voz e Violo. Atualmente realiza doutorado em Teoria Literria pela UFSC/Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianpolis/SC, exercendo pesquisa sob orientao do Prof. Dr. Cludio Celso Alano da Cruz, sobre a obra de Tom Jobim e a lrica da Bossa Nova.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 14

    a sanha do sainete

    Carlos Eduardo Schmidt CapelaUFSC

    O pensamento do prprio (do nomos e do domus, do locus, da natio) se esfora para atribuir o selo do natural a tudo aquilo de que se apropria, inclusive, seno principalmente, corpos, tanto fsicos como textuais. Assim parece ter ocorrido com o sainete, quando aporta na Argentina. Assistimos ento a um instigante processo de naturalizao, ou, num vocabulrio mais portenho, de criolizao (pelo qual a crtica se solidariza com a ordem poltico-jurdica), de resto similar quele que perpassa a representao/apresentao de imigrantes e estrangeiros. A pretenso discutir, tendo por base exemplos encontrados no enorme contingente de peas teatrais encenadas e publicadas na Buenos Aires do incio do sculo XX (de autores tais como Alejandro Berruti, Roberto Cayol, Vicente Martinez Cuitio, Defilippis Novoa, Rafael de Rosa, Armando Discepolo, Nemesio Trejo, Federico Mertens, Alberto Novin, Carlos Mauricio Pacheco, Carlos de Paoli, Pedro Pico, Florencio Sanches, Alberto Vacarezza, entre outros), o imbricamento destes processos de naturalizao - domesticao - de corpos. Carlos Eduardo Schmidt Capela Professor de Teoria da Literatura na UFSC e pesquisador do CNPq. Autor de Ju Bananre irrisor, irrisrio, e co-autor de Zublemend to Alle... manho. Possui ainda ensaios, artigos e captulos em diversas publicaes nacionais e internacionais.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 15

    Crnicas de viagens e a representao das cidades em Primeiras viagens de Ernesto Che Guevara

    Cristiano Mello de Oliveira

    UFSC

    O trabalho visa realizar uma incurso pela literatura de viagens e suas ramificaes. Postulamos que no despertar dessas andanas reflexivas podemos dialogar com algumas formulaes, problematizando algumas consideraes j realizadas e divulga-las para o meio acadmico. No corpo terico desse trabalho dialogaremos com Tzevetan Todorov, Silviano Santiago, Octavio Ianni, Levi-Strauss, entre outros. Objetivamos esboar algumas reflexes sobre as formulaes da literatura de viagens, exemplificando-as e tecendo nossas interpretaes. A contribuio desse artigo visa a divulgar a obra Primeiras Viagens para a conjuntura literria e tentarmos aproximar o pensamento do escritor Ernesto Che Guevara para o campo das discusses do leitor latino americano.

    Cristiano Mello de Oliveira mestrando em Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 16

    Biblioteca Pizarnik

    Daniel LinkUBA

    Como en los apuntes msticos que Pizarnik amaba y que persisten en su obra como ejercicios de teologa negativa, siempre hay una paradoja que constituye la tensin entre expresin y sentido, entre contenido y continente. La biblioteca de Pizarnik no es exterior a su obra, pero tampoco es interior: Consituye un umbral de inteligibilidad, es decir, de transformacin de la lengua en poema y viceversa: Palais du vocabulaire y Casa de citas: el encuentro amoroso y el despliegue incesante del sentido a lo largo de una serie.

    Daniel Link es catedrtico y escritor. Dicta cursos de Literatura del Siglo XX en la Universidad de Buenos Aires. Ha editado la obra de Rodolfo Walsh (El violento oficio de escribir, Ese hombre y otros papeles personales) y publicado, entre otros, los libros de ensayo La chancha con cadenas, Cmo se lee (traducido al portugus), Clases. Literatura y disidencia, Leyenda. Literatura argentina: cuatro cortes, y Fantasmas. Imaginacin y sociedad, las novelas Los aos noventa, La ansiedad, Montserrat y La mafia rusa, las recopilaciones poticas La clausura de febrero y otros poemas malos y Campo intelectual y otros poemas y su Teatro completo. Es miembro de la Associao Brasileira de Literatura Comparada (Abralic) y la Latin American Studies Association (LASA). Fue becario del CONICET y de la Fundacin Guggenheim (2004). Ha dictado conferencias y cursos de posgrado en las universidades Humboldt (Berln), NYU (USA), Penn (USA), Princeton (USA), Rosario, Tulane (USA) y UFSC (Brasil), Birkbeck College (Londres). En 2007 estren su primera obra de teatro, El amor en los tiempos del dengue. Su obra ha sido parcialmente traducida al portugus, al ingls, al alemn y al italiano.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 17

    Luis Gusmn y yo, perdidos o calculados?

    Daniel Glaydson RibeiroUSP

    Un ensayo que debiera ser acerca de El frasquito (1973), la primera novela de Luis Gusmn, pero que fue modificado o desbaratado por la lectura de La rueda de Virgilio, una autobiografa literaria (1988), donde el autor echa como ficcin perdida a sus tres primeras novelas por lo mucho de realidad que tienen (!), y as aisla la produccin posterior por ser vaca de una experiencia de vida y llena de literatura (la escritura que deseaba hablar quiere ahora solo escribir). En La ficcin calculada (1998), entonces, Gusmn se deja borrar por Kafka, Joyce, Flaubert. Este crtico o ensayista, delante de eso y de su propia congoja, pregunta de nuevo sobre: 1. qu puede decir un autor si lo dejan vivir (pero como leerse a s mismo?) y 2. qu puede hacer aun el crtico cuando dice algo (la transparencia ideal o la opacidad sacrlega?).

    Daniel Glaydson Ribeiro nasceu em Picos, Piau. Formou-se em Letras na Universidade Estadual Vale do Acara, em Sobral, Cear, com monografia sobre a Anunciao e Encontro de Mira-Celi, de Jorge de Lima, e hoje cursa Mestrado em Literatura Hispano-Americana na Universidade de So Paulo, dissertando sobre as condies e forjaduras da linguagem para a poesia pica moderna em Altazor de Vicente Huidobro, orientado por Ana Cecilia Olmos. Editou a Famigerado, revista virtual de literatura & adjacncias. Exps seus poemas no SESC em Sobral. Criou a msica e os rudos do espetculo Irremedivel, contemplado com o Myriam Muniz da Funarte. Participa na cooperao internacional entre a USP e a UBA.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 18

    O atraso, ou o destiempo da ambivalncia do pensamento de Macedonio Fernndez

    Davi Pessoa CarneiroUFSC

    A comunicao tem como objetivo pensar o procedimento da fico do escritor argentino, que faz uma crtica representao empreendida pelo realismo literrio. Macedonio por vrias vias questionava a crise da representabilidade, inventando um teatro, um romance, uma anedota que no esto, por exemplo, mais ligadas objetivamente a personagens, mas a conceitos, ou personagens-conceitos, proporcionando ao leitor, que tambm escreve em parceria, participar do prprio evento, convidando-o a chegar atrasado, salteando a leitura, deixando a ausncia fazer parte da presena, deixando o esquecimento potencializar mais uma vez e de maneira diversa a manifestao da memria.

    Davi Pessoa Carneiro doutorando em teoria literria (UFSC), com pesquisa sobre a escritora italiana Elsa Morante e o argentino Macedonio Fernndez, com orientao do prof. Ral Antelo. professor de lngua e literatura italiana e tradutor de A razo dos outros (2009), Ou de um ou de nenhum (2010, Lumme Editor) de Luigi Pirandello. Traduziu tambm Georges Bataille: filsofo (2010, Edufsc, prelo) dos filsofos Franco Rella e Susanna Mati; Desgostos (2010, Edufsc, prelo) de Mario Perniola. Publicou tambm o livro Terceira margem: testemunha, traduo (2008, Editora da Casa), sobre as tradues italianas de Guimares Rosa e sobre a relao do escritor mineiro com o tradutor italiano, Edoardo Bizzarri.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 19

    Aguafuertes porteas: Uma melancolia do fracasso

    Eleonora FrenkelUFSC

    Em uma crnica de Roberto Arlt publicada em dezembro de 1938, o busto de Francisco de Goya aparece condenado a contemplar as runas da igreja matriz de sua cidade natal, destruda durante a guerra civil espanhola. O narrador rumina espantado sobre a ironia do tempo que levou o gravurista dos desastres da guerra a restar, como monumento, em meio aos destroos. A questo que se abre se esses destroos podem ser pensados como as runas de que fala Walter Benjamin no drama barroco alemo, como alegoria da concepo barroca da histria sujeita s foras indomveis da natureza; ou como os restos de que fala Eugenio dOrs, que expressam a indecidibilidade da natureza e a fora dinmica que tensiona a arte barroca; ou, ainda, como manifestao do esvaziamento de uma pretensa racionalidade da histria.

    Eleonora Frenkel doutoranda em Teoria Literria pela UFSC, onde desenvolve pesquisa sobre as crnicas de Roberto Arlt e suas relaes com as gravuras de Francisco de Goya. mestre em Estudos da Traduo pela mesma universidade, com dissertao sobre as tradues de Los siete locos (R. Arlt, 1929) para o portugus. Participou do livro organizado por Jlia Studart, conversas, diferena n. 1 (Editora da Casa, 2009).

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 20

    Jantar felicidade: os zumbis do espetculo triunfante

    Flvia CeraUFSC

    Csar Aira autor de livros inclassificveis. Primeiro pela inviabilidade de abarcar sob um gnero a sua escrita escorregadia e nada previsvel, e tambm pela quantidade exorbitante de sua produo. Aira o exemplo perfeito de uma biblioteca insacivel. Beatriz Sarlo (2006) conseguiu encontrar uma recorrncia em suas obras: o abandono da trama; e, de fato, no encontramos coerncia, continuidade, cronologia em seus livros. Ao contrrio, ler Csar Aira constatar que o conceito de literatura no pode ser outro seno o do anacronismo, ou ainda, o anacronismo um procedimento inerente literatura. Josefina Ludmer (2007), por outro lado, o colocou entre os autores das escrituras ps-autnomas, ou seja, escrituras que j no permitem a separao em dois plos, e que operam, ou melhor, desoperam a esfera literria, em um sistema fusional entre realidade e fico, passado e presente, etc. Em La Cena, livro que analisaremos, encontramos muitos dos elementos citados pelas duas crticas: a fronteira indecidvel entre fico e realidade, entre fico e teoria, o abandono da trama, mas tambm outros pontos, como a paixo do Real, a miniaturizao, os mortos-vivos, que sero aspectos abordados neste texto.

    Flvia Cera Mestre em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutoranda pela mesma instituio sob a orientao do prof. Ral Antelo. Desenvolve pesquisa sobre literatura brasileira contempornea.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 21

    O fio da trama borgeana

    Gastn CosentinoUFSC

    Este trabalho tem como objetivo propor uma leitura de La trama a partir das reflexes que faz Georges Didi-Huberman em O que vemos, o que nos olha, onde introduz uma ideia que alimenta um modo singular de abordar o fenmeno do olhar. A figura do outro surge como elemento essencial para definir o olhar prprio. No possvel cindir o olhar: compartilhado sempre. E esta contemplao plural que amplifica uma leitura possvel, ou ilumina sob algumas coordenadas que justificam um novo olhar sobre o texto de Borges; vemos como opera a mscara do assassino no discurso da vtima. A figura do matador est esvaziada e, a sua vez, a que completa e motiva o fluxo do texto a referncias metatextuais. O que se reitera no somente o desenlace, o assassinato, seno tambm, todos os elementos que, somados, levam a essa circunstncia funesta: um jogo especular que abarca o insondvel da conduta humana. Borges consciente de este artifcio, do dispositivo que detona, da disposio dos espelhos y com esta luz que encende, cria uma imagem muito dinmica, que reverbera incensatemente y possibilita contornear o gesto na mitologa, na literatura, na histria, no cotidiano.

    Gastn Cosentino es Profesor de Castellano, Literatura y Latn. Dict clases de Lengua y Literatura en escuelas estatales de Buenos Aires y dio apoyo particular de Gramtica Latina en la misma ciudad. En la actualidad da clases de espaol en el Instituto Cervantes de Florianpolis. Es orientado por la profesora Dra. Liliana Reales en la Maestra en Literatura (UFSC), en la investigacin titulada: O caos perfeito: a maquinria aritmtica de Roberto Arlt Sus reas de investigacin son: Estudios Literarios y Culturales Latinomericanos y Relaciones entre Literatura y Filosofia. Es miembro activo del Ncleo Juan Carlos Onetti de Estudios Literarios Latinoamericanos de la UFSC.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 22

    Por un cine bastardo: apuntes sobre el cine argentino del presente

    Gonzalo AguilarUBA

    Una vez Jorge Luis Borges defini al cine como un arte bastardo. Contra todas las apariencias, no se trataba de un denuesto sino de un elogio: en el cine no haba pureza, haba mezcla, perversin, desvo. A partir, entonces, de la definicin borgiana, me preguntar hasta qu punto el cine de hoy ha sido o no fiel a su condicin bastarda. Introduo ao cinema argentino anmalo

    Gonzalo AguilarUBA

    Las condiciones de produccin y exhibicin del cine han cambiado vertiginosamente en los ltimos aos. En la Argentina, ha tenido lugar lo que denomino cine anmalo, una produccin que prescinde del apoyo del Estado y que traza alianzas inditas en lugares inesperados. A partir de una lectura de Historias extraordinarias de Mariano Llins propongo leer la categora de lo anmalo como una llave del presente pero tambin para recorrer las pelculas del pasado y repensar la temporalidad del cine y su relacin con lo real.

    Gonzalo Aguilar es investigador del Consejo Nacional de Investigaciones Cientficas y Tcnicas (CONICET) y profesor de literatura brasilea en la Facultad de Filosofa y Letras de la Universidad de Buenos Aires. Ha sido profesor visitante en las universidades de Harvard y Stanford (USA) y de la Universidad de So Paulo (Brasil). Es autor de Poesa concreta brasilea: las vanguardias en la encrucijada modernista (2003, traducido al portugus), Otros mundos: ensayos sobre el nuevo cine argentino (2005, traducido al ingls), y Episodios cosmopolitas en la cultura argentina (2009). Tiene actualmente en prensa dos libros: Por una ciencia del vestigio errtico (Ensayos sobre la antropofagia de Oswald de Andrade) -en colaboracin con Alexandre Nodari- y Borges va al cine en colaboracin con Emiliano Jelici.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 23

    De cientista para escritor: a metamorfose de Sbato e o contexto literrio argentino do sculo XX

    Ins Skrepetz UFPR

    Nesta breve trajetria intelectual que faremos de Sbato no sculo XX, pretendemos expor um pouco do pensamento ensastico e a criao literria neste percurso de intensa produo do autor argentino. neste contexto de intensas produes literrias e conflitos ideolgicos que Sbato encontra o seu destino; seduzido pelo surrealismo na Frana, o qual no segue fielmente, e entusiasmado com o contexto cultural da poca, ele abandona o racionalismo exacerbado e se dedica a estas problematizaes do ser e do mundo, e suas interaes, que sero constantes no decorrer das outras obras, sendo Uno y el Universo o marco de entrada, mais formalmente, de Sbato no contexto intelectual e literrio da Argentina. Entre as suas vrias produes, Sbato produziu muito mais obras ensasticas do que romances, sendo estes apenas trs: O Tnel (1948), Sobre Heris e Tumbas (1961) e Abadn o exterminador (1974).

    Ins Skrepetz possui Graduao em Letras (2005) e Especializao em Lngua Espanhola e Literaturas pela Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras de Unio da Vitria (2007). Possui experincia Docente no Ensino Superior (FAFIUV). Integra o Grupo GENTE, com pesquisa na rea de Literatura Hispana. aluna do Programa de Ps Graduao em Literatura da UFPR (2009) e bolsista da CAPES. Faz parte do Grupo de Pesquisa Linguagem e Cultura da UFPR, sob Coordenao do Prof. Dr. Rodrigo Vasconcelos Machado http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalheest.jsp?est=7316506658729654

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 24

    Cozarinsky: os mortos sempre voltam

    Felipe SoaresUFSC

    No romance Lejos de dnde, de Edgardo Cozarinsky, o protagonista (da segunda parte) escuta de um amigo: los muertos siempre vuelven, y las vctimas son los muertos ms tenaces. Proponho ler essa constatao como ponto de partida de boa parte das narrativas de Cozarinsky. Em primeiro lugar, entendo o ponto de partida, com Blanchot, como o lugar de onde brota a narrativa, lida porm, por fora da cronologia, como um todo. Assim como, em Blanchot, o lugar para onde as sereias teriam levado Ulisses o ponto de partida da Odissia, a proposio acima o lugar (lejos de dnde?) onde vrias narrativas de Cozarinsky surgem (ou vertem) inteiras num instante. O que vejo de importante nessa hiptese que essa volta insistente de todos os mortos, essa tenacidade, ainda que varivel, aponta para uma potica das imagens, em Cozarinsky, que nos traz no apenas mortos, mas, junto com eles, um passado (bergsoniano) que no passa, que no acaba, mas se acumula (em alguns casos benjaminianamente), que enfim se mistura a ns, fazendo-nos ver que de fato no h tica possvel que no surja da catstrofe.

    Felipe Soares professor do Curso de Graduao em Cinema e do Programa de Ps-Graduao em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina. Doutor em Letras (Ingls e Literaturas Correspondentes) pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001), com tese sobre construo de imagens de identidade nacional (brasileira e americana) durante a Segunda Guerra, a partir do discurso em torno de Carmen Miranda. Possui mestrado em Literatura, tambm pela Universidade Federal de Santa Catarina (1996). Tem pesquisado nas reas de Letras e Artes, com nfase em Estudos de Cinema, Teoria Literria e Crtica Cultural, optando por leituras assistemticas, a partir, em geral, de pressupostos nietzscheanos.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 25

    Alm das bibliotecas e fronteiras: Artistas argentinos no Brasil

    Jair Tadeu da FonsecaUFSC

    Uma operao transcultural e interartstica necessria ao sobrevo proposto sobre as trajetrias, do artista plstico Caryb, do cineasta Carlos Hugo Christensen, do msico Tony Osanah e do poeta Nstor Perlongher, no Brasil. Atravs de elementos de suas obras e trajetrias possvel repensar categorias como as de nacionalidade e cultura, em relao subjetividade, criao e ao imaginrio artsticos. Para isso, a noo de hibridismo importante como desafio reificao de identidades, nas fronteiras mveis entre artes, culturas e naes. Se a desterritorializao implica a reterritorializao, e a transculturao substitui noes como as de aculturao e desculturao, o hibridismo - para no ser reificado conceitualmente - deve ser considerado em sua labilidade. E a transculturao deve ser tomada como processo constitutivamente heterogneo e no de homogeneizao. Embora a hegemonia identitria seja posta em questo, ela no deixa de se recolocar, de outros modos, sob outras formas, j diferidas e difusas.

    Jair Tadeu da Fonseca Professor de Teoria da Literatura e de Cinema na UFSC, Doutor em Literatura Comparada pela UFMG, com vrios trabalhos publicados a respeito das relaes entre as artes e seu alcance cultural. tambm cancionista, com alguns discos gravados.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 26

    Papis esperados. Julio Cortzar redivivo

    Jorge WolffUFSC

    O livro Papis inesperados (2009) de Julio Cortzar comemorou os vinte e cinco anos da morte do autor, tendo sido rapidamente traduzido por uma editora brasileira, assim como a quase totalidade de seus livros. O presente trabalho buscar questionar as formas de leitura e circulao dos papis esperados do escritor tanto na Argentina - onde carrega o estigma de escritor para adolescentes - quanto no Brasil - onde lido como um escritor do nvel de Jorge Luis Borges.

    Jorge Wolff mestre e doutor em Teoria Literria pela Universidade Federal de Santa Catarina e professor de Literatura Brasileira da mesma instituio. Autor de Julio Cortzar. A viagem como metfora produtiva (Florianpolis: Letras Contemporneas, 1998) e Telquelismos latinoamericanos. La teora crtica francesa en el entre-lugar de los trpicos (Buenos Aires: Grumo, 2009). Tradutor de literatura e crtica argentina, um dos editores da revista eletrnica Crtica Cultural.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 27

    Lendo um conto de Juan Rodolfo Wilcock

    Kelvin Falco KleinUFSC

    Este trabalho se ocupar da leitura de um conto do escritor talo-argentino Juan Rodolfo Wilcock includo no livro La sinagoga de los iconoclastas. Trata-se de uma reflexo acerca do inventrio de ideias blicas e absurdas que a tomam lugar. O livro composto de fices breves que tomam eventos histricos como base para uma releitura irnica dos fatos, e sua feio enciclopdica problematiza todo um sistema de catalogao e sistematizao do prprio conhecimento histrico. Um exerccio que contm sua prpria crtica, em suma.

    Kelvin Falco Klein doutorando em Teoria Literria pela UFSC, bolsista CNPq e Mestre em Literatura Comparada pela UFRGS.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 28

    A Buenos Aires de Roberto Arlt: um olhar para o expressionismo alemo

    Janete Elenice JorgeUFSC

    A proposta do trabalho observar como foi construda a Buenos Aires ficcional do escritor argentino Roberto Arlt no texto Los siete locos e Los lanzallamas, e atravs das caractersticas da cidade que emerge da narrativa, verificar de que maneira o texto arltiano dialoga com o expressionismo alemo. Sero capturados alguns traos caractersticos do expressionismo, em especial da pintura expressionista, para reconhec-los na escritura arltiana. Acredito que o espao nos romances de Arlt, relacionado modernidade e urbanizao como fator negativo, tambm pode ser encontrado no expressionismo alemo numa releitura que coloca em dilogo as inquietaes de alguns artistas alemes com as do escritor argentino.

    Janete Elenice Jorge doutoranda do curso de Ps-Graduao em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina. Defendeu a Dissertao de Mestrado intitulada A cidade expressionista de Roberto Arlt: a construo do espao ficcional em Los siete Locos e Los Lanzallamas. Bacharel e Licenciada em Letras Espanhol e Literaturas pela mesma universidade e membro do Ncleo Juan Carlos Onetti de Estudos Literrios Latino-Americanos.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 29

    Materia e imaginario potico

    Jorge MonteleoneUBA

    La vaporizacin del objeto en Mallarm que implicaba la del sujeto y su transubstanciacin en Idea, supona un gesto previo: un rechazo existencial de la materia. Ese gesto hall en lo imaginario un desplazamiento y una compensacin, tanto como una conjura. En Proust la materia se espiritualiza o se transmuta, ya que los signos del arte son inmateriales. Bachelard hablaba del rabioso deseo de la imaginacin por explorar la materia, hallando en ella intimidad u hostilidad y as la premisa de una imaginacin material sera la de un sujeto transportado al interior de las cosas. El objetivismo explora el camino contrario: no hay ideas, dice W. C. Williams, sino en las cosas. Pero acaso sera posible indagar, antes que la transmutacin imaginaria de la materia objetal, cierta resistencia de la materia como indicio u ocasin de lo imaginario. Nombrar la materia provoca en el poema la conformacin de un imaginario especfico que ni la transmuta, ni la idealiza, sino debe sostenerla en su visible permanencia, sus cambios de estado, su gravitacin. Cmo sera recorrer las bibliotecas de la poesa argentina atendiendo a la materia nombrada en el imaginario de sus textos? Del ro de sueera y de barro de Borges al neobarroso o al barro de la zanjita de Juan Desiderio; de la muselina y la surah de Lugones al hule o el ltex de Perlongher. O bien el agua que transforma los cuerpos en Juanele o Viel Tmperley; la tierra ingerida en Girondo o la soterrada de Biagioni; la sangre de Alejandra Pizarnik y la tinta de Liliana Ponce; la materia degradada en Aulicino a la materia leve de Battilana. La materia como polo dinmico del sujeto imaginario, pero no como dinamismo de las analogas metafricas o mero indicio de las cosas.

    Jorge Monteleone es escritor, crtico literario y traductor. Profesor en

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 30

    Letras de la Universidad de Buenos Aires, es investigador en el Consejo Nacional de Investigaciones Cientficas y Tcnicas (CONICET), especializado en teora del imaginario potico y en poesa argentina desde 1983. Dicta seminarios de posgrado en universidades nacionales, obtuvo dos veces la beca del DAAD para desarrollar investigaciones y docencia en la Universidad de Kln, Alemania, y fue conferenciante en varias universidades extranjeras. Public cerca de doscientos ensayos crticos en libros y revistas acadmicas de Amrica y de Europa, y estudios que acompaan ediciones originales de poetas argentinos (Hugo Padeletti, Hugo Gola, Diana Bellessi, Mara Negroni, Adrin Navigante, entre otros). Ejerce, desde 1990, el periodismo cultural en diversos medios audiovisuales (actualmente en el suplemento adn Cultura del diario La Nacin, de Buenos Aires; en el diario El Da, de La Plata; y en la revista Teatro del Complejo Teatral de Buenos Aires). Integr la revista Ulises, entre 1978 y 1980, dirigida por Horacio Tarcus. Entre 1992 y 2006 dirigi el Boletn de Reseas Bibliogrficas y actualmente es secretario de redaccin de la revista Zama, dirigida por No Jitrik, en el Instituto de Literatura Hispanoamericana de la Universidad de Buenos Aires. Fue fundador y codirector, con Mara Negroni, de la revista de poesa Abyssinia. Public ngeles de Buenos Aires (con fotografas de Marcelo Crotti) (1992); El relato de viaje (1998); con Helosa Buarque de Hollanda, Puentes/ Pontes (2003), la primera antologa bilinge de poesa argentina y brasilea; la antologa de Alberto Girri, Poemas selectos (2010) y las antologas con motivo del bicentenario: 200 aos de poesa argentina (2010) y La Argentina como narracin (a publicarse en 2010). Tradujo al espaol la controvertida pieza teatral de Copi, Eva Pern (2000), y prepara una edicin de la correspondencia de Rimbaud.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 31

    La biblioteca fantstica y maravillosa de Roberto Arlt. Un recorrido por sus relatos finales.

    Laura JurezUNLP

    Las ficciones fantsticas marcan uno de los modos significativamente peculiares, preeminentes y distintivos en la narrativa argentina y en la escritura literaria del Ro de La Plata. El caso de Roberto Arlt pone en evidencia una zona dentro de esa produccin que no ha sido suficientemente analizada ni como corpus individual ni en relacin a los contextos de su emergencia. Porque si es a mediados de la dcada del treinta y en los primeros cuarenta que en las letras argentinas se discute cmo narrar, y las definiciones en este marco tienden a la consolidacin de lo fantstico en oposicin al realismo, como una de las poticas que empiezan a imponerse para la escritura de ficcin, los relatos que Roberto Arlt escribe en ese perodo deben situarse en ese espacio y en ese conjunto de problemticas.En efecto, entre los nuevos rasgos, gneros y procedimientos que aparecen en la literatura de Arlt en esos aos, los modos de lo fantstico y lo maravilloso que recorren su cuentstica son centrales para considerar un giro de su textualidad en los aos treinta y las formas en que su obra se redefine, modifica y reestructura. El recorrido que propone la ponencia considera cmo la conjuncin de exotismo y fantstico con que insistentemente se constituyen estos textos, genera cierto tipo de narraciones que se acercan en muchos casos al orden de lo maravilloso y no siempre al de lo fantstico, pues es el escenario africano el mbito donde se ubican las historias de estos relatos y lo fantstico se desarrolla preferentemente en un espacio extico y alejado. Ahora bien, si en el campo literario se empezaban a imponer con Borges, Bioy Casares y Silvina Ocampo, los textos de aventuras, las narraciones policiales y los relatos fantsticos, como el tipo de ficciones que abran un lugar en

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 32

    la literatura argentina, los cuentos de Arlt deben relacionarse y remiten indiscutiblemente a ese marco. No obstante, el anacronismo que aparece en muchos de sus textos y la apertura hacia lo maravilloso, hacen que la obra de Arlt siempre se inscriba en los contextos de su emergencia de un modo conflictivo y problemtico.

    Laura Jurez es profesora, licenciada y doctora en Letras, graduada en la Universidad Nacional de La Plata, Argentina. Se desempea como investigadora del CONICET y docente de la ctedra de Literatura argentina B de la Universidad Nacional de La Plata. Su tesis doctoral se centr en el anlisis de la obra de Roberto Arlt en la dcada del treinta. Ha publicado artculos y ensayos sobre Arlt y otros escritores argentinos en diversas revistas especializadas. En la actualidad estudia la produccin de escritores periodistas en la prensa masiva de Argentina en un perodo que va desde 1930 a 1945.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 33

    Astrada: entre Martn Fierro e Martin Heidegger

    Liliana RealesUFSC

    Trabalhando numa base conceitual heideggeriana, em sua leitura do Martn Fierro, o filsofo Carlos Astrada se prope pesquisar e discutir de que modo o destino histrico do homem argentino se afastou o no do seu mito de origem e para isso centra a sua pesquisa no ser e o sentido do ser do mito de origem que para ele est cifrado no pampa, paisagem primordial ou cena primria do homem pampiano, que para o filsofo un ser de lejania, um ser de distncia, de horizonte em fuga. Astrada entende que o poema de Hernndez cifra, no mito do gacho heri, Martn Fierro, no somente as origens da argentinidade, quanto o seu destino social e histrico.

    Liliana Reales professora de Literatura do Departamento de Lnguas e Literaturas Estrangeiras e do Programa de Ps-graduao em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina e Coordenadora do Ncleo Juan Carlos Onetti de Estudos Literrios Latino-americanos da mesma universidade. Doutora em Literatura pela UFSC, foi membro visitante do CRICCAL na Sorbonne Paris III e realizou seu ps-doutorado na Frana, onde foi professora visitante em Lille 3. Publicou A viglia da escrita. Onetti e a desconstruo, co-autora de Juan Carlos Onetti para a revista Fragmentos, co-organizadora e co-tradutora de Poesia Herege, de Evaristo Carriego, co-organizadora de Os anos de Onetti na Espanha, organizadora de Juan Jos Saer (no prelo) e co-autora de vrios livros didticos.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 34

    Anibal Cristobo: poesia, paralaxe

    Manoel Ricardo de Lima UNIRIO

    Este trabalho trata de uma breve leitura crtica da poesia de Anibal Cristobo (Buenos Aires, 1971) a partir da figurao da paralaxe e procura armar uma questo para a arte contempornea atravs de um desvio do olhar histrico para o olhar poltico. Anibal Cristobo escreve o que chamo de poesia anfbia, porque procura inserir seus poemas numa idia da viagem como deslocamento e impossibilidade de reteno da experincia, porque faz uso do espanhol e da traduo imediata para o portugus num uso bilngue da impresso e prope, por fim, um outro uso da operao crtica do que se convenciona chamar de sistema literrio (o argentino e o brasileiro) como ponto de contato com a histria e ponto de apagamento da histria.

    Manoel Ricardo de Lima poeta e professor de literatura brasileira na UNIRIO. autor de Falas Inacabadas com Elida Tessler (Tomo Editorial, RS), Entre Percurso e Vanguarda (Annablume, SP), As Mos / The Hands com traduo de Srgio Bessa (Lumme Editor, SP), quando todos os acidentes acontecem (7Letras, RJ) entre outros. Organizador das coletneas A nossos ps (Editora da Casa, SC) e A Visita com Isabella Marcatti (Barracuda, SP). Coordena a coleo Mbile de mini-ensaios (Lumme Editor) e a srie Alpendre de Poesia com Carlos Augusto Lima (Editora da Casa).

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 35

    Assim agia o compadrito: o culto coragem como demonstrao de valor aristocrtico

    Miguel Angel RodriguezUFSC

    O presente artigo procura relacionar o tema da moral aristocrtica em Nietzsche com as qualidades do compadrido borgeano, sobretudo as apresentadas em Evaristo Carriego. Inicialmente, busca-se contextualizar a temtica do culto coragem na literatura de Jorge Luis Borges. Em seguida, tecem-se consideraes acerca do entendimento que Nietzsche faz acerca da moral aristocrtica e da moral de rebanho. Por fim, relacionam-se as caractersticas que compem a figura do compadrito borgeano com os atributos que Nietzsche entendia como prprios da moral dos senhores.

    Miguel Angel Rodriguez formado em Histria pela UFSC. Tem Mestrado na rea de Histria Cultural pela mesma instituio, defendendo a dissertao intitulada Cinema clssico americano e produo de subjetividades: o cigarro em cena. Atualmente aluno do curso de Licenciatura em Letras-Ingls na modalidade a distncia e do Programa de Ps-graduao em Literatura, ambos oferecidos pela UFSC. Atua como professor universitrio lecionando as disciplinas de Histria Moderna e Histria da Educao, na Universidade Regional de Blumenau (FURB) e membro do Ncleo Juan Carlos Onetti de Estudos Literrios Latino-Americanos da UFSC.

    Miguel Angel Rodriguez membro do Ncleo Juan Carlos Onetti de Estudos Literrios Latino-Americanos. Formado em Histria pela UFSC no ano de 2004, concluiu o mestrado na rea de Histria Cultural pela mesma instituio, defendendo a dissertao intitulada Cinema clssico americano e produo de subjetividades: o cigarro em cena. Atualmente aluno do curso de Licenciatura em Letras-Ingls na modalidade a distncia e do Programa de Ps-graduao em Literatura, ambos oferecidos pela UFSC. Atua como professor universitrio lecionando as disciplinas de Histria Moderna e Histria da Educao, na Universidade Regional de Blumenau (FURB).

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 36

    Tres inmersiones fugaces (Ensayo, cleptomnesis, desprendimiento)

    No Jitrk UBA

    Bajo el ttulo general de Tres inmersiones fugaces presentar tres ensayos que versan sobre Desprendimiewnto/retencin, Intertextualidad y cleptomnesis y El ensayo. Este ltimo intenta indagar en esta especie discursiva, considerada comnmente como un gnero; el precedente se relaciona con los mecanismos de la escritura y su relacin con la memoria; el primero, ms literario en su forma, tiene cierto sesgo filosfico: intenta acercarse a estos conceptos rompiendo su costra semntica para sacarlos de la naturalizacin con que se los vive.

    No Jitrik es Profesor en Letras de la Universidad de Buenos Aires. Ense de manera permanente en las Universidades de Crdoba, Buenos Aires, Besanon, El Colegio de Mxico y la U.N.A.M. Es Direc tor del Insti tuto de Litera tura Hispanoamericana de la Universidad de Buenos Aires y Profesor Honorario en las Universidades de Buenos Aires, Uruguay y Los andes (Venezuela); D.H.C. en la Universidad de Puebla (Mxico), de Cuyo (Argentina) y del Uruguay. Public varios libros sobre litera tura latinoamerica na; sobre teora literaria (Temas de Teora (1987; poemas y novelas. Premios: Xavier Villaurrutia (1981) en Mxico, Trayectoria Artstica, Fondo Nacional de las Artes, Buenos Aires (1999); Chevalier des Arts et des Lettres (2003.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 37

    Osvaldo Lamborguini: insaciable desabonado de la biblioteca argentina

    Nuria Girona FiblaUniversidad de Valencia

    Cmo se puede escribir tan bien? se admiraba Csar Aira ante la escritura de Osvaldo Lamborghini, cuando unos aos antes Germn Garca se haba lamentado por esa obstinada manera de Escribir Mal. Derechos de lectura adquiridos o ajustes de cuentas, a las apreciaciones encontradas sucedieron lo que tambin se ha nombrado de diversas maneras: la intriga y la Operacin Lamborghini, el maldito mito y la lamborghinoflia, etc. No es posible dejar de evocar a este autor sin inaugurar campo de batalla o repeticin (l mismo lo predijo: llegaron los lectores / se acab la fiesta). Lo que no puede cesar de no escribirse, esa voracidad que arrastra significantes, lenguajes y tradiciones, anuncia el apuro de lalenguaLamborghini y de quien, fatigosamente, siempre se excede porque se lee mal: Yo novela? / Pero por favor!.

    Nuria Girona Fibla es profesora titular del Departamento de Filologa Espaola (Universidad de Valencia, Espaa). Actualmente dirige un equipo de investigacin con el tema Cultura y desarrollo. Prcticas, discursos y representaciones en imaginarios y procesos de desarrollo y es subdirectora de Centro de Postgrado de la Universidad de Valencia.Entre sus publicaciones destacan los libros: Escrituras de la historia. La novela argentina de la dictadura militar (1995), El lenguaje es una piel. Lecturas del cuerpo en textos hispanoamericanos (1996) y Rituales de la verdad. Mujeres y discursos en Amrica Latina (2008); las compilaciones: Narrativa e historia (2002), Tropos del cuerpo (2004) y las ediciones crticas de Tala y Lagar de Gabriela Mistral (2001) y de la Vida de Sor Francisca Josefa del Castillo (en colaboracin con B. Ferrs, 2009).

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 38

    Dispositivos e interpelaes

    Ral AnteloUFSC

    A literatura uma mquina de tempo. Mas numa literatura como a argentina, com no mais do que dois sculos de existncia, quais as consequncias de uma tal definio? Sua marcha constante? idntico o tempo que a mquina capta em seus incios e agora? A partir dos anos 60, os tempos sociais se aceleram, tornam-se vertiginosos e at mesmo encavalgados entre si, mas no menos problemticos porque o j-vivido se nos impe como uma ponte nem sempre slida entre um passado mtico, detentor de glrias e identificaes, mais ou menos picas, e um tempo heterogneo, de experincias pobres e imagens ausentes, que, mesmo enfraquecido, desenha um futuro ameaador. A literatura como mquina temporal adquiriu, na Argentina, diversas feies. Pretendo analis-las, da integrao modernista, com Arlt ou Bioy, passando pela integrao populista (La Nueva Argentina, um texto raro de Monteiro Lobato) at as posies adotadas pelo pensamento 68, na redemocratizao do pas.

    Ral Antelo professor titular de literatura brasileira na Universidade Federal de Santa Catarina. Pesquisador-senior do CNPq, foi Guggenheim Fellow e professor visitante nas Universidades de Yale, Duke, Texas at Austin, Autnoma de Barcelona e Leiden, na Holanda. Presidiu a Associao Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC). autor de vrios livros, dentre os ltimos, Algaravia. Discursos de nao; Transgresso & Modernidade; Potncias da imagem; Maria com Marcel. Duchamp nos trpicos; Crtica acfala e Ausncias. Colaborou em vrias obras coletivas, tais como as histrias da literatura argentina de David Vias e No Jitrik, Literary Cultures of Latin America. A Comparative History, Lectures dune oeuvre: Jorge Luis Borges; Arte de posguerra: Romero Brest y la revista Ver y estimar; A literatura latino-americana do sculo XXI e Argentina Hoy (CCBB, So Paulo-Rio, 2009). Editou Ronda das Amricas de Jorge Amado; Antonio Candido y los estudios latinoamericanos, bem como a Obra Completa de Oliverio Girondo para a coleo Archives da Unesco.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 39

    Especular con el gnero. Esa mujer de Rodolfo Walsh

    Roberto FerroUBA

    Esa mujer de Rodolfo Walsh es el relato de una conversacin en la que la insistente reiteracin del pronombre demostrativo Esa, y su expansin en una red que sostiene la fuerza de su designacin, marca y distingue la relacin con la ausencia en la que se inscribe el dilogo. En la escena se relata un intercambio propio de la oralidad, las palabras y la gestualidad convergen y se diversifican: se es el rasgo dominante del cuento; la anfora, que se sobreimprime en la conversacin instaura y define el tipo de relaciones que se establecen entre los personajes actuantes, el escritor y el coronel. El titulo de mi trabajo Especular con el gnero, alude a los trminos de una configuracin que relaciona los enunciados con las formas que asumen los protocolos normativos: la referencialidad especulativa que resulta de la puesta en acto de prescripciones genricas impone reglas al intrprete; se constituye pragmticamente, puesto que esa especulacin controlada trata de suturar el vaco tendido entre el discurso y el mundo al que el texto hace referencia; en ese proceso lo reflejado en la interpretacin es tan slo lo que la retcula genrica procesa. Pensados de este modo los gneros aparecen como figuras estticas de lectura.

    Roberto Ferro es escritor y crtico literario. Es Doctor en Letras por la Universidad de Buenos Aires, profesor e investigador de la Facultad de Filosofa y Letras. Ha dictado cursos de posgrado en Venezuela, Mxico, Francia , Italia, Uruguay y Brasil. Forma parte del Consejo Editorial de numerosas revistas acadmicas y literarias. Entre sus libros publicados estn Lectura (h)errada con Jacques Derrida. Escritura y desconstruccin (1995), El lector apcrifo (1998), La ficcin un caso de sonambulismo terico (1998), Sostiene Tabucchi (1999), Lnea de flotacin (2002), Onetti. La fundacin imaginada (2003) De la literatura y los restos (2009), Derrida. El largo trazo del ltimo adis (2009), Fusilados al amanecer (2010) y ha dirigido el volumen dedicado a Macedonio Fernndez de la Historia crtica de la literatura argentina (2007) y junto a Liliana Reales Os anos de Onetti na Espanha (2010).

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 40

    Jorge Luis Borges y un tributo a Rafael Cansinos Assens

    Santo Gabriel VaccaroUFSC

    Rafael Cansinos Assens, novelista, crtico, traductor y figura determinante en el nacimiento del ultrasmo, movimiento literario espaol en pocas de vanguardias europeas, y Jorge Luis Borges, introductor de los principios ultrastas en Argentina, inician una duradera relacin en la dcada del 20 del siglo pasado. Y es esta extensa relacin, que comienza en las tertulias de Assens en el Caf Colonial de Madrid, la que en este trabajo se quiere rescatar para proponerla como un smbolo de profunda admiracin por parte del escritor argentino hacia su maestro espaol.

    Santo Gabriel Vaccaro graduado em Direito pela UNLP, Universidad Nacional de La Plata, Argentina. Tambm Licenciado e Bacharel em Letras pela UFSC, Universidade Federal de Santa Catarina, e Mestre em Literatura pela mesma instituio, onde atualmente doutorando no Curso de Ps-graduao em Literatura. Na mesma universidade foi pesquisador do grupo de investigao Produtividade Lingstica Emergente e integrante do Ncleo Juan Carlos Onetti de Estudos Literrios Latino-Americanos. Ministrou minicursos e publicou alguns artigos sobre Jorge Luis Borges entre os que se destacam Jorge Luis Borges: entre o lingista e o filsofo, El mito del Minotauro en `La casa de Asterin de Borges y en `Los reyes de Cortzar e Influencias y confluencias: los textos inaugurales de Jorge Luis Borges.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 41

    Distoro da paisagem: Juan Ortiz e Arturo Carrera

    Susana Scramin UFSC

    A presena que a natureza tem na poesia de Juan Ortiz j foi comentada e analisada por seus crticos, contudo, a paisagem que se desenha nessa poesia e no o mapa da regio. A poesia de Arturo Carrera transita entre um naturalismo e um vitalismo com o qual se distorce a paisagem. O objetivo da leitura que aqui se empenha o de ler e analisar as relaes entre esses procedimentos poticos.

    Susana Scramim professora Associada de Teoria Literria da Universidade Federal de Santa Catarina. doutora em Teoria Literria e Literatura Comparada pela Universidade de So Paulo. Tem Ps-Doutorado na Universidade de Sevilla. bolsista de Produtividade em Pesquisa nvel 2 do Conselho Nacional de Pesquisa - CNPq, Coordenadora do Ncleo de Pesquisa em Estudos Literrios e Culturais NELIC/ UFSC. Edita o Boletim de Pesquisa do Ncleo de Estudos Literrios e Culturais da Universidade Federal de Santa Catarina desde 2009. autora do livro de ensaios de crtica literria Literatura do Presente (Ed. Argos, 2007). E do livro sobre Carlito Azevedo, para a coleo Ciranda de Poesia da Editora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro UERJ (publicao prevista para setembro de 2010). Possui ensaios publicados sobre poesia latino-americana, incluindo-se a o tema da vanguarda esttica concretista e os projetos de algumas poticas do presente. Organizou e preparou para a editora Argos a coletnea de ensaios de Giorgio Agamben, sob o ttulo de O que o contemporneo? e outros ensaios, em 2009, e tambm para editora Argos, organizou e preparou a publicao da traduo do livro do filsofo italiano Mario Perniola, sob o ttulo Enigmas. Egpcio, barroco, neo-barroco na sociedade e na arte, em 2009.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 42

    Bibliotecas infernais

    Tiago Guilherme PinheiroUSP

    Gostaria de examinar aqui algumas questes concernentes obra do escritor argentino Jorge Luis Borges, buscando traar, a partir da leitura de um dos seus contos mais famosos, La Biblioteca de Babel, a descrio de um mecanismo que proponho chamar de bibliotecas infernais, exibindo sua conexo com o mal de arquivo, tal como descrito por Jacques Derrida. Espero com isso oferecer uma pequena contribuio para a compreenso no s certas recorrncias na obra de Borges, como tambm sugerir a importncia que o problema vem tomando para a poltica e para a literatura latino-americanas.

    Tiago Guilherme Pinheiro bacharel em Comunicao Social - Jornalismo pela PUC-PR. Realizou pesquisas no Museu de Arte Contempornea de So Paulo, alm de participar do projeto Guia de Leitura: Jorge Luis Borges com Jorge Schwartz. Atualmente doutorando pelo Departamento de Teoria Literria e Literatura Comparada da USP, com a tese Autonomia e neutralizao: Representaes do campo literrio contemporneo em Roberto Bolao e J.M. Coetzee, orientada pelo Prof. Dr. Marcos Piason Natali.

  • Simpsio Internacional de Literatura Argentina - 2010 43

    Maio de 69

    Wladimir Antnio da Costa GarciaUFSC

    Maio de 69 um desvio, um sintoma sem gnero, uma diferena. Rel, isto , l mais uma vez, de novo, a relao, o que vem entre potica e poltica. Para tanto, recorta, divide, calcula n-1: a histria, os biografemas, os poemas: Walsh e Lamborguini. Entre eles transita um herosmo (Yo no olvidar) e uma ordem da promessa (gage, engagement): modos de expresso singular, modos de enfrentar o real (com sangue ou com sangue), pontos por onde vaza o olhar. Restituio e Destituio. Maio de 69 uma celebrao, uma fatia de caos, uma profecia, um sopro no tempo o que aconteceu?, o que viria a acontecer, o devir-memria do silncio e o devir-poema da memria (no pasarn).

    Wladimir Antnio da Costa Garcia professor da Universidade Federal de Santa Catarina, onde atua no Programa de Ps-Graduao em Literatura e no Programa de Ps-Graduao. Pesquisa e orienta pesquisas sobre as relaes (im)possveis entre Artes, Filosofia e Educao.

  • http://www.onetti.cce.ufsc.br/simposio

    http://simposioliteraturaargentinaufsc.blogspot.com/