Ragga Drops #88

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009 MSN [email protected] CARLOS HAUCK/ESP. EM O Ragga Drops viajou no tempo para resgatar algumas vozes femininas que você já ouviu Páginas 4 e 5 Girl power Luana Piovani fala sobre polêmicas, paparazzi e teatro Página 2 Jambolada Fomos até Uberlândia para conferir o festival Página 8 Hoje, bandas como a Hey Ladies!, de BH, conservam a tradição de mulheres que fazem música

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O Drops viajou no tempo para resgatar algumas vozes femininas que você já ouviu.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009 MSN [email protected]

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O Ragga Drops viajou no tempo para resgatar algumas vozes femininas que você já ouviu

Páginas 4 e 5

Girl power

Luana Piovanifala sobre polêmicas,

paparazzi e teatroPágina 2

JamboladaFomos até Uberlândia

para conferir o festivalPágina 8

Hoje, bandas como a Hey Ladies!, de BH, conservam a tradição de mulheres que fazem música

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Uma simples volta de bicicleta na praia, com-prinhas no shopping ou tomar um sorvete com o namorado, não importa: tudo que ela faz é notícia e estampa as capas dos sites de fofoca internet afora. A vida de Luana Piovani mais parece uma novela e ela concorda, pon-tuando: “Sou eu quem escreve os capítulos!”.No auge dos 33 anos (com corpinho de 23), Luana coleciona mais de 20 trabalhos na TV, seis peças de teatro, sete filmes, além de um amontoado de participações especiais, comer-ciais e capas de revistas. E experimente colocar o nome dela no Google para ver no que dá.Protagonista de um dos maiores barracos amorosos dos últimos tempos, ela agora só quer saber de trabalhar e curtir os bons fru-tos da carreira de atriz de teatro e a nova fase como produtora. Sumida da telinha desde 2006, quando deixou o programa Saia justa, do GNT, e fez o especial de fim de ano que levou seu nome, Luana Piovani é Lu, na Glo-bo, ela vem se dedicando cada dia mais à sua grande paixão: o teatro.No cinema, o sucesso não ficou por menos. Seu último trabalho, o filme A mulher invisí-vel, bateu o recorde de arrecadação da War-ner Bros para uma produção brasileira.Longe das câmeras e, principalmente, das lentes dos famigerados paparazzi, Luana Piovani pouco lembra a celebridade com ar de antipática e de pavio curto. De riso fácil e papo descontraído, ela conversou com o Ragga Drops. Confere aí:

expedienteragga agência de comunicação integrada(31) 3225-4400

MANDA O SEU:[email protected]

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DIRETOR GERAL Lucas FondaDIRETOR DE MARKETING E PROJETOS ESPECIAIS Bruno Dib

DIRETOR FINANCEIRO J. Antônio Toledo Pinto JORNALISMO Bernardo Biagioni, Sabrina Abreu,

Bruno Mateus, Daniel Ottoni e Izabella Figueiredo DESIGNERS Marina Teixeira, Anne Pattrice e Maytê Lepesqueur

FOTÓGRAFOS Bruno Senna e Carlos Hauck ARTICULISTA Lucas Machado

COLABORADORES Fernanda Oliveira, Guilherme Torres, Natália Martino e Pílula Pop

Você anda meio sumida da TV e firme no teatro. Foi uma escolha? Ou rolou uma “ge-ladeira” para você na TV?Não, foi uma escolha minha. Desde que co-mecei a produzir teatro, nunca mais parei. Gosto mais de teatro, me satisfaz mais pes-soal e profissionalmente.Você já foi modelo, atriz e apresentadora. Qual dá mais prazer?Ser atriz. A coisa que mais amo na minha vida é estar no palco de um teatro. Não troco por nada.Você já ficou com galãs da TV por quem as meninas são loucas. O que é fundamental na hora da conquista? Acho que o fundamental é aquela coisa de “olho no olho” e, principalmente, o olhar ba-ter. Mas não me acho muito boa de paquera.Você se diz uma pessoa humilde, simples pra caramba, dessas que faz amizade na praia. Seu problema então é com a imprensa?Não sei o que ocorre, mas realmente sou as-sim. Acho que o problema é que não gosto de falar da minha vida pessoal e sim de traba-lho. E isso que às vezes os irrita (imprensa).Você se lembra de alguma paranoia de quan-do era adolescente? Rs. Sim! Quando comecei como modelo, com 14 anos, me achava muito “bunduda”, pois tinha que ter 90cm de quadril e tinha 98cm. Ficava pensando: “Meu Deus, como vou esconder isso?”. Era uma paranoia horrí-vel, eu contava as calorias de tudo.

Luana Piovani é polêmica e namoradeira. Mas não faz nada o tipo “loira burra”

Supersimpática, Luana fez um “Ragga” especial

para a gente com sua câmera e ainda contou

quem tirou a foto: o namorado, Felipe Simão

MENiNA VENENO

POR Guilherme Torres

LADO A LADONunca senti uma aproximação de um meio de co-municação tão grande como o que o Ragga Drops tem com o público. Sou muito fã de vocês!

Alana Mendes (17),de Paraopeba, pelo MSN

E nós somos muito fã de vocês, leitores. Por isso que a gente está sempre no MSN, Orkut, Twitter e qualquer outra ferramenta que aparecer!

BLiNk 182Pô, galera, já passou da hora de fazer uma ma-téria sobre o Blink. Essa é uma banda que real-mente fez a diferença na década de 1990. Muita coisa que existe hoje na música é por conta do Blink. Fica a sugestão. Valeu!

Juliano Cardoso (22),de Belo Horizonte, via MSN

Aí está uma verdade, Juliano. Blink 182 é, realmente, uma banda que influenciou mui-ta gente que está na música hoje. Vamos, sim, fazer uma matéria sobre eles!

QUEM é RaggaA cada edição o Ragga Drops fica ainda mais “ragga”. As matérias são o máximo e os assun-tos são atuais. Parabéns a todos pela produção do melhor boletim jovem do mercado. Desde o layout, apuração, redação e fotografia. Tudo!

Breno Nunes (17), pelo MSN

Valeu demais, meu caro! Sua carta foi muito bem recebida aqui na redação. É um prazer fazer o que a gente faz. E me-lhor ainda é ver que os leitores estão gos-tando. Grande abraço!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009ESTADO DE MiNASwww.raggadrops.com.br

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009ESTADO DE MiNASmanda o seu!

NO LANÇAMENTO DO EP MONÓLOgO, DA BANDA UTOPiA!

Banda Utopia!

João Pedro Ferreira (18) e Fernanda Parreiras (17)

Sarah Dias (16) e Marie Torres (16) Galera

Luiza Alvarenga (15), Fernanda Vieira (16) e Ana Clara (16)

Luisa Lamounier (16), Matheus Pires (18) e Isabela Castro (17)

Guilherme Jorge (17), Tomás Godoi (16) e Gabriel Castro (16)

Fernanda Bombonato (16) e Carolina Rossi (16) João Eduardo (18) e André Sanna (18)

Essa coluna é assinada pelas meninas do blog ameixajaponesa.blogspot.com. Passa lá!

Edson Rocha, de 20 anos, escolheu

bermuda e camiseta Art Man,

combinadas com lenço de brechó e

tênis da Sergio’s Calçados. Ele conta

que a opção é perfeita para o calor

belo-horizontino, que não anda dando

trégua, e o uso do lenço foi para dar um

toque de sofisticação à produção.

LUIZ

A FE

RRAZ

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009ESTADO DE MiNASwww.raggadrops.com.br

Elas no comando

O êxito das mulheres nos palcos não é de hoje, mas o preconceito continua como sempre

Letícia, Paulinha, Leca e isadora: a banda Hey Ladies! em seu

local de ensaio

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E só estamos começando...

manda o seu!

Levante a mão o primeiro que nunca sonhou em ter uma banda! Não importa o estilo, a maioria das pessoas que curtem ouvir música já pensou em fazer parte do tentador mundo da fama tocando o próprio som. Desses candidatos a ídolos, poucos persistem na ideia. A verdade é que, por trás de cada artista bem-sucedido e milionário, há um trabalho árduo, pesaroso e ininterrupto. E quando se trata de mulheres, o esforço é ainda mais tenso e complicado.

É, apesar de estarmos para lá dos anos dois mil, a mulherada ainda sofre preconceito e não é levada a sério no mercado fonográfico. Mesmo arrancando boas palavras da crítica conservado-ra, cantoras como Ana Cañas e Marina de La Riva não chegaram onde estão por mera ação do destino. São exemplos claros de mulheres que conseguiram, com dedicação e personalidade, furar o bloqueio de uma sociedade silenciosa-mente machista.

A sorte é que a ala feminina não se deixa abater por comentários infelizes e, a todo cus-to, continua firme na ideia de fazer música. Ga-nhando cada vez mais espaço nos palcos e na mídia, as vozes femininas surpreendem desde amantes do axé até os críticos mais indies es-palhados pelo país.

Como nada vem de bandeja, o jeito é correr atrás, como é o caso das meninas da banda de rock belo-horizontina Hey Ladies!, formada por Isadora Lins, de 18 anos, na bateria; Leca Novo, de 23, no baixo; Letícia Filizzola, de 20, na gui-tarra; e Paula Kfuri, de 16, nos vocais.

A Hey Ladies! toca, além de músicas pró-prias, releituras de clássicos dos Ramones, Mi-chael Jackson e The Hives e é composta só por meninas porque “quando tem garotos e garotas em uma mesma banda, o mérito acaba sendo deles”, conta Leca. Para as mineiras, ser mulher no mundo musical não é nada fácil. “O assédio é tanto que chega a beirar a falta de respeito”, diz a guitarrista Letícia, seguida pela baterista Isadora, que confessa já ter jogado uma baque-ta em “um cara abusado no meio do show”.

Elas dizem achar estranho o fato de o público feminino aceitar melhor a banda do que os es-pectadores homens: “Muitos caras vão ao show e ficam analisando se sabemos tocar mesmo”, lamenta Leca. Embora as garotas sejam amigas de outras bandas formadas unicamente por ho-mens, a turma da Hey Ladies! prefere não ser associada a elas, justamente para “alcançar uma identidade própria”.

A tão sonhada identidade própria também é

prioridade para a banda Submarino cor-de-rosa. Formada por Luisa Godoy e Samia Costa nos vo-cais, Daniel Godoy na guitarra, Neném Godoy na bateria e Raphael Righi no baixo, a banda tem um repertório baseado em músicas lado B dos Beatles com uma pegada folk. “Batizamos nosso estilo de foldie, pois são músicas pou-co conhecidas com uma pegada nossa. Somos a única banda do Brasil que canta Beatles com mulheres no vocal”, orgulha-se Samia.

Mesmo com os shows sempre lotados, as vo-calistas confessam ser alvo de preconceito, in-clusive de alguns amigos, que não acreditavam no sucesso do grupo. “Continuamos recebendo críticas e olhares de reprovação, mas não damos tanta importância. A certeza de que estamos fa-zendo um trabalho fiel à proposta inicial já nos deixa muito contentes”, contam.

Em todo caso, há quem diga que, enquanto houver o homem, existirá o preconceito. A me-lhor receita para vencer isso e a falta de estímu-mo do mercado é o bom trabalho e a dedicação. Diante das mais recentes contribuições das mu-lheres para a música nacional (veja abaixo), fica evidente que o reinado delas já está engatinhan-do. E talvez seja até a hora de dizer para que todo mundo se prepare, porque agora é que são elas!

Em 1927, a substituição do obso-leto processo de gravação mecânico pelo digital revolucionou a indústria fonográfica brasileira. Foi assim que, se valendo de equipamentos como micro-fones sensíveis e amplificadores poten-tes, os estúdios abriram as portas para mulheres como Elizeth Cardoso e Araci de Almeida, que praticamente não ti-nham vez no processo mecânico.

Nos anos 1950, o samba-canção revelou belas vozes, como Ângela Ma-ria, Elis Regina e Maysa, precedendo a bossa nova que, nos anos 1960, fez escola não só no Brasil, mas em todo o mundo. Vinícius de Morais, João Gil-berto e Tom Jobim ajudaram a coroar sucessos interpretados por Astrud Gil-berto e Nara Leão, algumas das mu-lheres que presidiram várias edições dos festivais da canção, concursos musicais comuns da época.

No auge da ditadura militar, em me-

ados de 1970, muitos cantores e com-positores estavam fora do Brasil, mas a música popular mostrou um grande poder de renovação e se revelou uma das grandes marcas da resistência ao duro regime da censura. Gal Costa (do movimento tropicalista) e a gran-de revelação Maria Bethânia, irmã de Caetano Veloso, foram boas surpresas daquela época, apesar de todo o sofri-mento e as restrições proporcionados pela gestão militar.

Com o fim da ditadura, uma geração de jovens politicamente conscientiza-dos se formou e mais uma vez as mu-lheres marcam território. Nos anos 1980, cantoras como Marina, Marisa Monte, Rita Lee (filha do Tropicalis-mo) e bandas cujo sucesso não seria o mesmo se não fossem as simpáti-cas mocinhas, como Blitz (Fernanda Abreu e Márcia Bulcão), Kid Abelha (Paula Toller) e Metrô (Virginie), em-

balaram as festas dos jovens que não tinham celular, MSN nem iPods.

Apesar da grande projeção alcança-da pelas mulheres, nenhuma década foi tão forte nessa categoria quanto a de 1990. Além das cantoras de MPB Adriana Calcanhotto e Cássia Eller, a era também foi carimbada pela explo-são do axé music, consagrando Da-niela Mercury como um dos maiores fenômenos da música pop brasileira e, mais tarde, Ivete Sangalo e sua Banda Eva, entre outras. Grupos de pagode como É o Tchan reinaram nas paradas por muito tempo graças, também, às

belas e rebolativas dançarinas.Nos últimos anos, as mulheres

vêm desempenhando trabalhos ain-da mais ricos, diversificados e com a preocupação de preservar as raízes da música brasileira. A nova MPB nada mais é do que uma junção de antigas influências com experimenta-lismos do século 21. Isabela Taviani, Ana Cañas, Céu, Marina de La Riva, Malu Magalhães, Vanessa da Mata, Roberta Sá e Aline Calixto são alguns exemplos de cantoras cheias de fres-cor, disposição e com poucos e bons discos no currículo.

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Elizeth, Elis, Gal, Daniela e Vanessa

Letícia, Paulinha, Leca e isadora: a banda Hey Ladies! em seu

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Weeeezer

DiCAS DE COMOESTUDAR

Com o objetivo de direcionar os estudos de vestibulandos, a professora Carla Couto, orientadora profissional do Colégio Mag-num Cidade Nova, elaborou um guia com dicas bem bacanas. Vamos publicar aqui al-gumas delas e o texto completo você vê no nosso site (raggadrops.com.br).

ESTUDAR é TRABALHARNo momento de preencher um docu-

mento, qual profissão você escreve? “Es-tudante”. Essa é a sua profissão e, como um “profissional competente”, você jamais poderá se limitar a reler um texto somente na última hora, um dia antes da prova. Isso não é um bom trabalho!Atenção para os fatores externos e internos:

Fator externo (ambiente) O ambiente adequado para o estudo

deve ser: • Sossegado, de preferência sem música• Com boa iluminação• Com uma mesa (somente com os ma-

teriais básicos para o estudo, para que não haja distração com outras coisas: mural de fotos, revistas, computador, celular etc.)

• Uma cadeira confortável• Um bom dicionário não pode faltar

Fator interno (motivação)Um fator que determina o bom estudo é

a vontade de querer saber mais e encontrar um motivo para estudar, ou seja, uma mo-tivação. Sem essa vontade e sem esse mo-tivo o aluno não chegará a nenhum lugar. Para que isso ocorra, o aluno deve saber onde quer chegar. Enfim, ter os objetivos bem definidos. E se a ansiedade aparecer, a melhor forma de lidar com ela é desenvol-ver a autoconfiança.

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Já vagam pela internet trechos da nova deze-na de músicas do Weezer, banda californiana que une guitarras pesadas e refrões ganchu-dos desde que lançou o primeiro disco, há 15 anos. Na primeira orelhada já ficam claras as intenções da banda do nerd boa-praça Rivers Cuomo. Raditude, sétimo álbum do grupo, mantém a mesma pegada pop do disco ante-rior. O primeiro single é (If you’re wondering if I want you to) I want you to. A banda narra o romance desengonçado entre um geek vege-tariano e uma moça de família. Ficou curioso? Ouça em tinyurl.com/weezernovo.

VEST

AGENDAQuer saber das melhores baladas de BH

e interior de Minas? Acesse: raggadrops.com.br

quinta-feira, 29 de outubro de 2009ESTADO DE MiNASwww.raggadrops.com.br

Prepa

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Quem passou pela Praça da Estação no dia 24 passado, teve a oportunidade de curtir um fim de semana diferente. Dan-ças, artesanato, praça de lazer, capoeira, exposições de projetos sociais, oficinas e shows de várias bandas. Essas e outras atividades foram atrações do BH na Paz, evento marcado pela proposta de promo-ver a paz por meio da inclusão cultural.

A vontade de prevenir a violência estava por toda parte, principalmente entre os jovens, que veem em todas as formas de manifestações artísticas uma maneira de seguir pelo caminho do bem. “É muito in-teressante ver a iniciativa da galera. O BH na Paz conscientiza todos e evita que os jovens façam coisas erradas”, relata Car-los Henrique, de 16 anos.

A paz pode ser entendida em valores como a solidariedade, o respeito, a prevenção à violência e a fraternidade. Todos esses conceitos, ligados à cultura, têm o poder de cativar e chamar a atenção das pesso-as para uma grande causa. “Nossa missão

Evento reúne bandas em prol de uma sociedade mais sossegada

é a formação humana de crianças jovens e adultos pela arte, trabalhando valores de paz”, resume o coordenador do BH na Paz, Anderson Martins. O cantor da banda católica Dominus, Leo Rabello, foi um dos idealizadores do projeto Arte para Todos. Segundo ele, centenas de jovens são bene-ficiados com o projeto, que oferece diversas oficinas culturais para a população carente.

Os cantores André Valadão, André Leono e as bandas Dominus, Adoração e Vida e 14 Bis foram as principais atrações, que deram uma incrementada no evento. A mistura de MPB, gospel, católico e rock mostrou que, independentemente da religião, a intenção era promover a paz. “Sempre que tiver esse tipo de evento que envolva uma boa causa o 14 Bis vai estar presente”, afirma Cláudio Venturini, vocalista e guitarrista da banda.

A campanha BH na Paz é promovida pela Associação Arte pela Paz, organização sem fins lucrativos criada em 2002 que propicia o acesso dos cidadãos aos bens culturais e artísticos.

////////Arte que vem da paz/////////////////

conta aí!D

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POR Fernanda Oliveira

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ESTADO DE MiNAS quinta-feira, 4 de junho de 2009

POR Natália Martino

ESTADO DE MiNAS quinta-feira, 29 de outubro de 2009

manda o seu!

Emicida: “Não tenho sonhos, tenho projetos”

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Leandro Roque já foi de pedrei-ro a ilustrador. Hoje, é nome re-corrente na mídia. Nas inúmeras vitórias nas batalhas de freesty-le, ganhou o apelido de Emicida, matador de MCs. Concorreu no VMB, da MTV, nas categorias rap

e videoclipe. Tudo isso sem apoio de gravadoras. Produziu sua mix-tape e vendeu 6 mil cópias em 6 meses, a R$ 2 cada. Na capa, um boneco com uma fita cassete no lugar do rosto.

Usando chapéu de palha e óculos escuros da MTV, o rapper mostrou à Ragga suas ilustrações. Entre elas, vários bonecos como os dos CDs representavam diferentes artistas, de Djavan a Bob Marley. Só uma amostra da variedade de influências absorvidas por ele.

Seu rap apresenta inspirações

A política no Brasil, inevitavelmente, já virou piada faz tempo. Quem nunca parou para dar uma risada durante as propagandas eleitorais? O que não falta é candidato bizarro prometendo o impossível, ape-lando para a baixaria e se fantasiando das figuras mais inesperadas. E, nessa brincadeira, até um macaco ganhou alguns minutinhos de fama. O grande circo eleitoral, com a seleção dos “melhores” candi-datos, você confere em um vídeo do Dzaí.

Manifeste seu mundo. Publique um blog, notícia, vídeo, foto ou podcast no Dzaí. A gente está de olho, e quem sabe seu conteúdo não vem parar no jornal?

Vai lá: migre.me/9GiP

Circo eleitoral

tradicionais como Os Racionais e inesperadas, como Cartola. “A gente vai hoje a um show e não acha estranho encontrar emos, punks, patricinhas. Isso é uma conquista e é meu ideal”, orgu-lha-se. Ele acredita que comba-te preconceitos ao colocar essas pessoas cantando juntas em um mesmo lugar.

A derrota no VMB não o inco-moda. Acredita que a vitória sig-nificaria dizer que não são neces-sários grandes investimentos para fazer sucesso. “Seriam levantadas questões que não são interessan-tes para a mídia. Acredito que esse foi o motivo real de a gente não ter chegado lá”, explica. Olhando para frente, Emicida quer gravar um CD oficial, sozinho de novo, se preciso, e investir no site noiz.com.br. Medo do futuro? “Não, o que tenho que fazer, eu faço. Não tenho sonhos, tenho projetos.”

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009ESTADO DE MiNASwww.raggadrops.com.br

Por que as loiras demoram para beber um iogurte?Porque no rótulo está escrito “consumir em uma semana”.

Por que o elefante não pega fogo? Porque ele já é cinza.

Por que a mulher se divorciou do Hulk? Porque ela queria um homem mais maduro.

Por que as plantinhas não falam?Porque elas são mudas.

Em sua quinta edição, Jambolada se afirma como um dos principais festivais de música independente do país

UBERLÂNDiA – Por cinco dias de impregnante calor, o Jambolada 2009 transformou Uberlândia, no Triângulo Mineiro, na capital nacional da música independente e espaço de debates so-bre cultura e arte de diversas regiões do país. O evento rolou entre os dias 21 e 25 deste mês. Contando com atrações de peso como Devotos, Pato Fu e Sepul-tura, o Jambolada, realizado pela primeira vez por dois coletivos da cidade, o Goma e o Valvulado, chega à quinta edição e se afirma como um dos mais importan-tes festivais de música independente do Brasil. Para completar a maratona de 32 shows, uma programação com cinema, fotografia, debates sobre literatura, cul-tura digital e o 1º Encontro do Circuito Fora do Eixo Minas, uma reunião dos co-letivos mineiros.

“O Jambolada reúne coletivos de mú-sica, literatura, cinema e fotografia. O nascimento de outros grupos possibilitou essa multiculturalidade do evento”, afirma Talles Lopes, integrante do coletivo Goma. “O festival é o instrumento para fomen-tar essa cultura independente”, completa Alessandro Carvalho, do Valvulado.

Na primeira noite de shows, os per-nambucanos do Devotos, pela primeira vez em Uberlândia, fizeram um show marcante. Às duas da madrugada soma-

das a um quarto de hora, a 13ª e última banda a pisar no palco de sexta-feira foi o Pato Fu, que teve suas músicas can-tadas pelo público. Na segunda noite, outras 13 bandas retumbaram seu som. As mineiras 4instrumental e Porcas Borboletas estavam entre elas. Canas-tra, banda carioca do ex-baterista do Los Hermanos Barba, foi a última a se apresentar antes da principal atração da noite: Sepultura. O grupo se apresentou na cidade depois de 18 anos. “É um pra-zer muito grande voltar aqui depois de tanto tempo. A outra vez que a gente veio, era diferente. Agora todo mundo tá sabendo o que está rolando na região e que tem uma porrada de gente tocan-do”, diz Paulo, baterista da banda.

O último dia do festival foi especial. Em uma praça da cidade, onde podiam-se ver piqueniques e churrascos impro-visados, 2 mil pessoas – foram quase 10 mil nos três dias de shows – assistiram às seis bandas. A belo-horizontina Gra-veola e o Lixo Polifônico era uma das mais esperadas. No último show do Jambolada 2009, a sambista mineira Maria Alcina botou todo mundo para dançar. .“Tenho muitos anos de carreira e não me lembro de ter feito um show tão emocionante”, disse a artista, que até chorou no palco.

Por Bruno Mateus*

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*Repórter e fotógrafo viajaram a convite da organização do evento.

Canibal, da banda pernambucana

Devotos, mostrou um pouco da

música que vem sendo produzida

no Nordeste

Pato Fu agitou Uberlândia com os maiores clássicos da banda