Ragga Drops #122

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MSN >> [email protected] raggadrops.com.br >> quinta-feira, 24 de junho de 2010 DIVULGAÇÃO Skank >> Club Teen BH >> Festivais sustentáveis >> Agente Fifa Você pode se lembrar pouco (ou nada), mas foi quando muita banda brasileira atual começou a engatinhar Páginas 4 e 5 Digão, Rodolfo, Fred e Canisso – Raimundos em sua melhor fase

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Você pode se lembrar pouco 9ou nada), mas foi quando muita banda brasileira atual começou a engatinhar.

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Skank >> Club Teen BH >> Festivais sustentáveis >> Agente Fifa

Você pode se lembrar pouco (ou nada), mas foi quando muita banda brasileira atual começou a engatinhar

Páginas 4 e 5

Digão, Rodolfo, Fred e Canisso – Raimundos

em sua melhor fase

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ESTADO DE MINAS >> quinta-feira, 24 de junho de 2010

O que aconteceu com o pintinho que não passou manteiga de cacau no inverno? Rachou o bico.

O que uma impressora disse para a outra?Essa folha é sua ou é impressão minha?

Você sabe quando o Mário está triste? Quando ele está passando por uma fase difícil.

Por que o japonês não perde a moto dele? Porque ele compra yamarra.

Qual o tipo de alimento que o político mais gosta? As massas.

COLÍRIOS @raggadrops Adorei a entrevista com o fofo do @lorranstanley *-* Ele é um fofo e mt mt lindo. s2 Ragga Drops é o melhor.@telettubia, pelo Twitter

A matéria dos colírios fez muito sucesso, viu? E os caras são bacanas mesmo! Não vai demorar muito para que eles apareçam de novo aqui no Drops.

LIGA ESTUDANTIL Oi, Ragga Drops! Gostaria de convidar todos para participar da comunidade do Orkut Liga Estudantil (migre.me/PMCi), onde são discutidos temas que interessam ao estudante que se liga na educação.Aline Santos (17), de Belo Horizonte, pelo MSN

Curtimos a iniciativa, Aline! Tomara que você consiga muitos adeptos na sua comunidade.

RAMMSTEIN Gostaria de ver uma matéria com a banda de rock alemã Rammstein.Juliano Bernardo de Oliveira (20), de Viçosa, pelo MSN

Demorou, Juliano! Rock pesado também é Ragga Drops!

CARL

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Skankarando no Mineirão

O que você está achando do Ragga Drops? Não quer sugerir alguma matéria pra gente? Escreva! Nosso e-mail é [email protected]

O SKANK COMEMOROU 20 ANOS E A FESTA DE ANIVERSÁRIO FOI NO GIGANTE DA PAMPULHA!

No sábado, 19, um clássico lotou o Minei-rão, mas nada de futebol e torcidas rivais. Quem botou o time em campo por uma ra-zão mais do que nobre foram os mineiros do Skank, que armaram uma festa em alto estilo para comemorar os 20 anos da banda. Do espetáculo sairão o CD, DVD e Blu-ray Multishow ao vivo – Skank no Mineirão.

As 30 mil pessoas que se aglomeravam nas arquibancadas e gramado eram prova de que o Skank é uma das poucas bandas brasileiras que agrada a vários tipos de pú-blico. Famílias completas, adolescentes, na-morados, turmas de amigos. Todos queriam ver o quarteto. O baterista Cacau Macedo, de 27 anos, foi um dos que curtiram a festa. “Para mim, é a melhor banda brasileira da atualidade e não posso negar que o som de-les influenciou muito na minha formação musical”, conta o músico.

O repertório escolhido a dedo pelos fãs via internet foi composto principalmente de hits. É claro que dentro do grande acervo de sucessos da banda, cada um na plateia tinha sua canção favorita. “Escutar É uma partida de futebol aqui no Mineirão vai ser fantásti-

co”, confessou Evandro Menezes, 41, acom-panhado do filho Vitor, 7. Já Tatiana Gomes, 25, aguardava ansiosamente pela unânime Garota nacional: “Essa música marcou mi-nha pré-adolescência”, relembrou.

Com uma hora de atraso, Samuel, Lelo, Haroldo e Henrique deram início à apresen-tação, que levantou a galera durante quase três horas de espetáculo. As inéditas De re-pente e Presença foram apresentadas ao pú-blico, mas foram os velhos clássicos como Esmola, Jackie Tequila e Tão seu que trans-formaram a “torcida” em um grande coral. Emocionado, o vocalista Samuel se derretia em elogios à capital mineira. “Por mim, to-caria até as 6 da manhã, mas a polícia não deixaria”, brincou.

De fato, a vontade de Samuel não pode-ria ser feita e era hora de encerrar a festa. Era quase meia-noite quando o quarteto se uniu em reverência à plateia anunciando o fim. Satisfeito, o público só falava na expec-tativa de conferir o registro no Multishow, previsto para setembro, mas com a certeza de que só quem esteve presente pôde sentir o que foi aquela noite mágica.

Confira a galeria de fotos desta matéria no site raggadrops.com.br

Samuel superanimado:

“Queria tocar até as 6h da

manhã”

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raggadrops.com.brMANDA O SEU

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NO CLUB TEEN BH

................................................. Lorran Stanley (18) e Felipe Silva (16)

............................................................................. Bruna Prade (18)

........................... Laysla Leticia (14) e Larissa Cascardo (14)

............................... Aline Mahe (14) e Amanda Andrade (14) ..................................................................................... Lu Alone (17) Helena Martins (13), Amanda Almeida (15) e Camila Moyses (15)

............ Julia Santiago (13), Nicole Santos (14) e Izabela Freire (18) ............................................................................ Samir Rachid (16)

................................................................................................................ Galera ........................... Marina Lopes (15) e Gabriela Marques (14)

.................................... Carolina Garcia (16) e Julia Rodrigues (16) .............................................................................. Ian Alone (18)

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ESTADO DE MINAS >> quinta-feira, 24 de junho de 2010

vocais do Cidade Negra, enquanto o públi-co cantava É proibido fumar com o Skank, e Gabriel O Pensador começava sua car-reira tirando sarro de loira burra.

“Passei o ano inteiro no estúdio, foi um ano em que as coisas começaram a mudar no Brasil”, recorda o produtor musical Miranda, que só em 1994 lançou Raimundos, Mundo Livre S/A, Little Quail e Maskavo Roots pelo selo Banguela. Foi uma época de transformação nos padrões de consumo, como lembra B Negão, “Hou-ve uma reviravolta no mercado fonográfi-co. Os caras de todas as gravadoras esta-vam procurando alguém que fizesse um som pesado, agressivo e tivesse carga de novidade e desobediência social”, explica o músico, se referindo ao rock polêmico do Planet. Fred Zero Quatro, vocalista do Mundo Livre S/A, conta que 1994 foi tem-po de aberturas em todo o Brasil. “Havia a demanda natural pelo surgimento de um pop com identidade brasileira. Até então só se repetiam fórmulas importadas.”

Não apenas nostálgico, 1994 represen-tou uma ruptura oficial com o estrangeiro e a valorização do nosso som. Movimento semelhante já havia rolado anteriormen-te com o Rock Brasil dos anos 1980, a Tro-picália nos anos 1960 e a Jovem Guarda — que, apesar de ter traduções de músicas estrangeiras entre muitos de seus hits, contribuiu para que a música nacional to-casse no rádio e ultrapassasse as gringas em número de execução.

“Demos coragem para as bandas can-tarem em português de novo”, lembra o guitarrista Digão, do Raimundos. Nesse ano, as letras sacaneadas do grupo ga-nharam consistência e as lojas de todo o país com o primeiro álbum, homônimo da banda. O músico, que hoje divide os vocais com Tico Santa Cruz, do Detonau-

tas, também acredita que a banda foi percussora de uma geração que viu que era possível chegar lá. “O Raimundos aca-bou representando um chute na porta da grande mídia, abrindo caminho para as bandas que viriam na sequência”, aponta.

Ainda como promessa, o Planet Hemp conquistava adeptos em shows esfumaça-dos, com guitarras ensurdecedoras, mui-ta psicodelia e um rap que reclamava a legalização da maconha. Nessa época, o ex-integrante Bacalhau, hoje baterista do Autoramas, recorda de um festival me-morável que reuniu em Juiz de Fora as bandas Virna Lisi, Pato Fu, Chico Science e Nação Zumbi, Rappa e Planet Hemp, uma galera que marcou não apenas o ano, mas a geração dos anos 1990. “Foi demais. Só faltou o Raimundos nesse dia. Esse show não me sai da cabeça até hoje, foi muito marcante”, revive.

Quem também estreava seu primeiro álbum em 1994 era O Rappa. O grupo lan-çou no mercado um trabalho que com-binava bem dub, reggae, rap e rock, com alguns toques de samba. A princípio, a banda não repercutiu como esperado. “O Rappa começou, mas ninguém lembrou. Sorte que a gravadora ficou insistindo”, relembra Miranda. Dois anos depois, aí sim, o disco Rappa Mundi colocou de vez o grupo no cenário nacional com can-ções que se tornariam hits, como Pesca-dor de ilusões, A feira e Hey Joe, versão de Jimi Hendrix.

Planet Hemp no auge, o primeiro CD do Raimundos e o marco do movimento Manguebeat. Precisa de mais?

Mil novecentos e noventa e quatro. É provável que você não conheça muito desse ano. Seus pais se lembram, seus amigos mais velhos devem ter boas histó-rias para contar. E sabe aquele seu primo distante, com tatuagem no braço e sorriso devagar? Procure fotos antigas no álbum de sua família. Na época, ele com certeza usava cabelo grande e barba fechada, ves-tia camisa de flanela e arranhava Come as you are, do Nirvana, em um violão antigo. Tudo bem se você não pôde estar lá. Além de ter sido um ano histórico por conta do tetracampeonato mundial do Brasil pra cima da Itália, 1994 foi um marco his-tórico para a música brasileira que você escuta até hoje, 16 anos depois. Prepare-se para uma pequena viagem no tempo.

Bom, não podemos negar. Em 1994, muitos artistas entupiam a programação das rádios populares e da TV nas tardes de domingo com canções um tanto pie-gas, digamos assim. Os recheios açucara-dos pegaram as duplas sertanejas de jeito. E as coreografias dos pagodeiros? Elas só não batiam os passos sincronizados do axé baiano, que, querendo ou não, todos sabiam cantar de cor. Mas outras lem-branças musicadas vêm à mente quando falamos desse ano.

Bem longe desse cenário, a Nação Zumbi mixava suas guitarras sujas com a percussão nordestina, enquanto Chico Science e Fred Zero Quatro idealizavam o movimento Manguebeat, no Recife. Mar-celo D2 defendia um discurso polêmico com o Planet Hemp, enquanto Falcão aca-bava de ser selecionado em anúncio de jornal para formar O Rappa com a banda que acompanhou a turnê do jamaicano Papa Winnie pelo Brasil. O Raimundos explodia seu hardcore irreverente e boca suja. Além disso, Tony Garrido assumia os

UM ANO PARA RECORDAR

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raggadrops.com.br

Em sentido horário: Chico Science e Nação Zumbi, Planet Hemp, Gabriel O Pensador, O Rappa e Skank. Estes são só alguns dos

culpados pela boa música de 1994

LEGADO MANGUEBEATHá uns muitos quilômetros do eixo Centro-Sul e com a

defesa de um discurso territorial engajado, Chico Science e Nação Zumbi promoviam a mistura de maracatu e mú-sica pop. Da lama ao caos lançava oficialmente, em 1994, a carreira do grupo. “Foi o trabalho de uma vida toda. Tudo o que pensamos até aquele momento colocamos no disco. A ideia ainda era fresca até para nós mesmos e tentamos deixar o mais original possível. Conseguimos”, revive Lúcio Maia, guitarrista da Nação, mais conhecido como Jackson Bandeira.

Com vontade de sobra para voltar os olhos do país para o Recife e sua diversidade, Chico Science se juntou a Fred Zero Quatro, vocalista do Mundo Livre S/A, para idealizar o Manguebeat. Fred considera cumprido o obje-tivo principal do Mangue. “O Mangue talvez tenha sido a última cena musical que trouxe o sentido de território. Foi uma utopia que paradoxalmente foi cumprida, ele buscava colocar o Recife definitivamente no campo das ideias contemporâneas. Isso nós conseguimos”, afirma.

Segundo Fred, o pós-1994 também foi fundamental para os outros movimentos que vieram pelo país. “Essa foi uma década que ajudou a consolidar e mostrar que nem tudo ocorre no âmbito das gravadoras, no eixo Su-deste; e foi aí que muitas das coisas mais legais surgi-ram”. Miranda concorda com a opinião do músico: “O mais importante movimento dos anos noventa foi o Manguebeat, que deixou todo um legado que continua e vem se misturando com outras bandas, dando origem a uma nova geração de músicos. Essa coisa moderna que vemos hoje”, conclui.

BOA DOSE DE NOSTALGIASão muitos os motivos que nos mantêm li-

gados a 1994 e que extrapolam a própria músi-ca. A programação da extinta Rede Manchete registrou, a partir desse ano, uma audiência fora do comum com a estreia do fenômeno Os cavaleiros do Zodíaco. Ídolo do grunge mundial, Kurt Cobain se despediu com uma carta redi-gida ao amigo imaginário de infância, Boddah. Justin Bieber, o canadense mais precoce da atualidade, chegou ao mundo em 1994.

O ano também marcou a perda de Ayrton Senna. A fatídica curva Tamburello, em Ímola (ITA), no Grande Prêmio de San Marino, inter-rompeu a brilhante carreira do piloto brasilei-ro de Fórmula 1, sagrado tricampeão mundial. Outro que deixou saudade foi o trapalhão Mus-sum, que trouxe mais alegria para a televisão e o cinema brasileiro com frases do tipo “negão é o teu passadis”.

E não podemos deixar de citar o tetracam-peonato da Seleção Brasileira, marcado pelo pênalti que o italiano Roberto Baggio mandou pra fora, em Los Angeles. O Natal daquele ano também foi especial. Milhares de crianças em todo o mundo lotaram as lojas atrás do seu Playstation. É tudo meio nostálgico, mesmo que pareça ainda recente. Dezesseis anos nos separam da intensidade desses dias. Memórias inesquecíveis. Tudo isso foi 1994.

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ESTADO DE MINAS >> quinta-feira, 24 de junho de 2010

POR Daniel Oliveira >> pilulapop.com.br

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AÇÃO

@OCriador Cuidado com vegans que propagam os be-nefícios dos vegetais. A serpente fazia o mesmo, sobre a maçã.

@reynan_ Parabéns ao Instituto Galvão Birds, mais uma campanha Save The Geisy Arruda Whales, belís-simo trabalho. :D

@outrageoous Estamos brincando de gata molhada aqui! Todo mundo que passa de branco a gente joga um balde d’água! Tá tão legal! Ai que sabadão sertanejo!

@gustavodemoraes Quando alguém lança uma bio-grafia aos 21 anos está querendo dizer que mais nada de bom irá acontecer em sua vida até ela morrer?

@victoroliveira Geisy Arruda quer lançar biografia – Pág. 1: fui expulsa da faculdade. Pág. 2: apareci no Me-lhor do Brasil. – Pág. 3: fim.

@microcontoscos Amor não é aquilo que te deixa desnorteado e parece não ter fim. O nome disso é vu-vuzela. Amor é outra coisa.

@amatos30 Essa Copa tá dando mais sono que a de 2002, que foi de madrugada.

@xuxaverde “SAMINAMINA EH EH WAKA WAKA EH EH.” É CLARA A REFERÊNCIA DE ILARIÊ NESSA MÚSICA. DR. BARRETOS JA ESTÁ ENTRANDO COM PROCESSO!

@entojo Hoje só quero cama, coberta e cream cheese. :)

migre.me/Qd9l >> Choro norte-coreano na Copa.

migre.me/PMWM >> Essa aí é brasileira, sem dúvidas.

migre.me/QcM2 >> A mais pura male-molência infantil.

migre.me/QcXV >> Selton Melo e Seu Jorge viajam nos filmes de Tarantino.

migre.me/QV7b >> Galvão adere à campanha “Cala a boca, Galvão!”

migre.me/Qd4l >> Fãs de Lady Gaga no Japão se reúnem.

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Sabe quando você lê um livro e já imagina o filme, com diretor, elenco e tudo? E a adaptação nunca é o que você esperava? Bem, pode adicionar aí a exceção para confirmar a regra. Cansado de esperar a MGM arrumar o dinheiro para ele fazer o próximo 007, Sam Mendes decidiu dirigir a versão cinematográfica do livro Na praia, de Ian McEwan (Reparação).

O embate de um jovem casal inglês do início dos anos 1960, encarando na noite de núpcias as consequências da repressão sexual (e de suas virgindades) em um mundo pré-Beatles e pré-faça-

APENAS UM SONHO

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AEROCIRCO, DE SANTA CATARINA

PARA BHAh, essa música pop... Sempre apron-

tando surpresas. Às vezes nem são tão no-vas, pois ninguém consegue acompanhá-la com tamanha voracidade. Caso tenha perdido os quatro CDs anteriores (soman-do um ao vivo), está na hora de conhe-cer Invisivelmente, novíssimo trabalho dos catarinenses do Aerocirco, que fazem o show de lançamento sábado, no Estúdio B, em BH. No mesmo palco ainda tem o Ro-cknova, banda mineira que já desbravou o Sul do país em uma série de shows.

O Aerocirco é formado por Fábio Della (voz e guitarra), Mauricio Peixoto (guitar-ra), Rafael Lange (contrabaixo) e Henrique Monteiro (bateria), que neste CD com 12 faixas o que mais se percebe é a melodia, o

refrão. Sim, a herança beatle é latente, mas vão além. Apresentam a alegria de Não me leve a mal (e seu videoclipe divertido), até a ótima balada O resto tanto faz, remetendo ao britpop. A faixa título cai bem em qual-quer rádio do país, sem assustar qualquer ouvinte que não gosta de ouvir rádio. O que não é pra qualquer banda.

Invisivelmente veio pra deixar marcas e marcar presença, tenham certeza disso.

AEROCIRCO E ROCKNOVAQuando: Sábado, a partir das 22hOnde: Estúdio B (Av. do Contorno, 3.849 – São Lucas)Quanto: R$ 15 (masculino) / R$ 12 (feminino)Outras informações: (31) 3283-2393

amor-não-faça-guerra foi escrito para o diretor de Foi apenas um sonho e Beleza americana. Melhor ainda é a provável escalação de Carey Mulligan (Educação) como a protagonista Florence.

Para completar o triângulo perfeito, só falta o anúncio de Jamie Bell (Billy Elliot) ou Nicholas Hoult (Direito de amar) como o recém-casado Edward. Considerando que Bell deve ser o novo Homem-Aranha, ocupando sua agenda pelos próximos trocentos anos, Hoult seria nossa escolha.

Enquanto a gente sonha alto, ainda dá tempo de você ler as pouco mais de 100 páginas da obra-prima de McEwan, chorar bastante e discordar de tudo que escrevemos aqui. O filme não tem previsão de estreia.

POR Tomaz de Alvarenga

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MANDA O SEUraggadrops.com.br

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TERSGrito de ordem nos dias atuais, quase uma obrigação

cívica, a palavra sustentabilidade é ouvida e jogada aos quatro ventos pelas campanhas publicitárias de bancos, mineradoras ou qualquer outra empresa que queira se vestir com as mantas e vantagens da responsabilidade socioambiental. E nessa onda de discursos e ações res-ponsáveis, os grandes eventos de música não ficam de fora e abraçam a causa. Os festivais de Glastonbury, na Inglaterra, e o Coachella, em abril, nos EUA, são dois dos que levantam a bandeira da preocupação ambiental. Na edição deste ano do Glastonbury, que está rolando des-de ontem e vai até o dia 27, haverá milhares de banhei-ros para que as pessoas não urinem e contaminem os riachos próximos ao local. Coleta seletiva de resíduos e distribuição de pequenos lixos também farão parte das ações, além do incentivo ao uso de transporte coletivo ou caronas para chegar à fazenda onde rolam os shows.

Mas não são só os grandes festivais de rock que exi-bem e propagam a urgente e tão perseguida sustenta-bilidade. O Axé Brasil deste ano também aderiu à cam-panha. Uma empresa foi contratada pela produção do evento para medir as emissões de gases causadores do efeito estufa durante os dois dias de folia. Poluição gera-da pelo transporte de funcionários e artistas, consumo de água, quantidade de lixo gerado, entre outros dados, também entram no relatório. O objetivo é compensar essa poluição por meio do plantio de mudas de árvores, por exemplo. Depois do resultado – que ainda está em fase de apuração –, será possível saber a quantidade de mudas a serem plantadas. É aquela mea-culpa: poluí, mas vou compensar de alguma forma.

MÚSICA E MEIO AMBIENTE NO MESMO PALCO

Seguindo a linha dos festivais de rock de Glastonbury e Coachella, de 9 a 11 de outu-bro, em Itu, no interior paulista, rola o SWU (sigla para Starts with you, que em portu-guês significa Começa com você) Music and Arts Festival. Além de música – Incubus, Dave Matthews Band e Linkin Park estão confirmados, assim como a banda america-na Pixies –, nos três dias de evento haverá

o Fórum Sustentável, com debates sobre temas ligados à ecologia. A ideia do SWU é ser mais que um apanhado de shows, como os produtores dizem no Twitter oficial do evento: “Não somos um festival, somos um movimento! Por isso é importante a compreensão de todos e a disseminação da ideia. O SWU – Começa com você – é um grande movimento de conscientização em prol da sustentabilidade, inédito no Brasil. É um convite à ação”.

O rock quer salvar o mundo?Grandes festivais aderem às campanhas de responsabilidade ambiental e se transformam em cenário de discussões sobre o tema

POR Bruno Mateus

No festival de Glastonbury, milhares de pessoas se amontoam em barracas. Este ano, a organização, preocupada com o meio ambiente, leva a sério a palavra sustentabilidade

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raggadrops.com.brESTADO DE MINAS >> quinta-feira, 24 de junho de 2010

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MANDA O SEU

O AGENTE FIFA RENÊ SALVIANO CONTA COMO É GERENCIAR A CARREIRA DE ASPIRANTES A ESTRELAS DO FUTEBOL. PROFÉTICO, ELE JÁ SABE QUEM VAI SER O CAMPEÃO DA COPA

Revelando craques

do futuro

saber como estão na escola. Estou sempre por perto, pro-ximidade total. Com alguns eu falo quase diariamente.”

Se você pensa que é fácil se tornar um agente Fifa, está fantasmagoricamente enganado. Além de exigir uma penca de documentos e escolaridade superior com-pleta, há um prova anual, no Rio de Janeiro, que testa os conhecimentos sobre história do futebol e, principal-mente, as leis do esporte.

Como neste mês de junho nenhum brasileiro fica alheio ao maior evento de futebol do planeta, Renê tem o seu palpite na ponta da língua quando o assunto é Copa do Mundo. Brasil, Argentina, Inglaterra e Espanha serão os quatro semifinalistas, diz ele, para, em seguida, escancarar seu otimismo com a seleção canarinho. “Vai dar Brasil. Pode escrever”, garante.

POR Bruno Mateus

Sonho de nove entre 10 garotos brasileiros, ser joga-dor de futebol ainda faz os olhos dos meninos brilharem. A maioria não consegue realizar o desejo de jogar por grandes clubes do Brasil e do mundo e a fantasia é inter-rompida pela necessidade de estudar, arrumar emprego, ter uma rotina das 9h às 18h de segunda a sexta-feira, ganhar uma grana... Enfim, todos aqueles contratos so-ciais que alguém determinou que deveríamos cumprir.

Para quem quer se aventurar nos campos de futebol, disciplina, saber lidar com a ansiedade e os altos e bai-xos do começo de carreira e muita força de vontade são ingredientes valiosos. Essas são as dicas de Renê Salvia-no, de 34 anos, que há três é um dos 150 agentes licen-ciados no Brasil pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pela Fifa, entidade máxima do esporte. Desde então, Renê é proprietário da Meio di Campo, empresa que oferece assessoria de imprensa, marketing, financei-ra e jurídica para os 23 atletas gerenciados e que estão em clubes como Cruzeiro, Atlético, Corinthians, Coritiba e Ceará. “O foco é o gerenciamento do atleta em todos os aspectos, pensar o garoto como cidadão, não como uma mala de dinheiro. Esses meninos tentam realizar o sonho que eu também tinha”, diz.

A preocupação com o rendimento escolar dos joga-dores e um constante contato com a família são, na opi-nião de Renê, importantíssimos no desenvolvimento dos atletas. “A relação tem que ser muito próxima. Quero

Segundo Renê, disciplina e

força de vontade são essenciais

para quem quer se tornar

um jogador de futebol