Radiologianota10 Elementos

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Radiação eletromagnética São ondas produzidas pela oscilação ou aceleração de uma carga elétrica. Não necessita de um meio material para se propagar e se deslocam no vácuo na velocidade a luz. ≈ 300.000 k/s no vácuo. O comprimento de onda e a são fundamentais para determinar sua energia. Ex: radiação gama, radiação x, ondas de rádio, luz visível, raios infravermelhos, etc. Tubo de raios-x O catodo (-) eletrodo negativo: é composto de um fio de filamento enrolado e na forma espiral com aproximadamente 1,5 mm de diâmetro e de 10 a 15 mm de comprimento. É montado em um prendedor chamado de copo de foco. Quando aquecido os filamentos ficam incandescentes e ao seu redor os elétrons ficam em constante movimento, dando origem a nuvem de elétrons. Quanto maior o aquecimento maior o número de elétrons em torno do filamento. O anodo (+): é formado por um bloco de cobre, que vai até o centro do tubo. Na face anterior do anodo é colocado uma placa de tungstênio de 3 mm de espessura e 10 a 15 mm de comprimento, onde 1

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Radiação eletromagnética

São ondas produzidas pela oscilação ou aceleração de uma carga elétrica. Não necessita de um meio material para se propagar e se deslocam no vácuo na velocidade a luz. ≈ 300.000 k/s no vácuo.

O comprimento de onda e a são fundamentais para determinar sua energia.

Ex: radiação gama, radiação x, ondas de rádio, luz visível, raios infravermelhos, etc.

Tubo de raios-x O catodo (-) eletrodo negativo: é composto de um fio

de filamento enrolado e na forma espiral com aproximadamente 1,5 mm de diâmetro e de 10 a 15 mm de comprimento. É montado em um prendedor chamado de copo de foco.

Quando aquecido os filamentos ficam incandescentes e ao seu redor os elétrons ficam em constante movimento, dando origem a nuvem de elétrons. Quanto maior o aquecimento maior o número de elétrons em torno do filamento.

O anodo (+): é formado por um bloco de cobre, que vai até o centro do tubo. Na face anterior do anodo é colocado uma placa de tungstênio de 3 mm de espessura e 10 a 15 mm de comprimento, onde incide o feixe de elétrons. Este local é chamado de objetivo.

O local do objetivo onde incidem os elétrons é chamado de ponto de foco ou ponto focal.

O ponto focal pode ser fino ou largo (grosso) conforme o tamanho do filamento do catodo.

O anodo giratório 1

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Anteriormente ao seu surgimento os anodos eram estáticos e eram de pouca durabilidade, devido o bombardeio de elétrons ocorrerem em um único ponto. Hoje só temos este dispositivo em equipamentos odontológicos.

Foi produzido então um anodo em forma de disco com um rotor que o movimenta em alta velocidade, fazendo com que o choque dos elétrons ocorra em toda superfície do dispositivo.

A superfície do disco do anodo onde os elétrons se chocam se chama pista focal.

Extremidade do disco do anodo tem uma inclinação de 15° dependendo do fabricante, para direcionar os raios-x através da janela do tubo ou diafragma.

Produção de raios-xNo interior do tubo, os elétrons incidentes sobre o

alvo do anodo perdem sua energia de modo gradual nas inúmeras colisões.

Apenas uma pequena parte dos elétrons que se chocam são desacelerados bruscamente, liberando um fóton de raios-x. A radiação gerada desse modo é

conhecida como radiação de frenamento ou BREMSSTRAHLUNG.

Então temos um fóton de raios-x, um feixe de elétrons que produz um espectro contínuo de raios-x de várias energias, com vários comprimentos de onda diferentes.

Os raios-x são absorvidos de maneira diferente por diferentes materiais. Elementos com maior número

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atômico como o cálcio e o bário, absorvem melhor a radiação, sendo vistos com mais facilidade nas radiografias.

O carbono, o hidrogênio e o oxigênio são péssimos absorvedores de radiação e mais difíceis de serem vistos nas radiografias.

Os fótons de raios-x se propagam em todas as direções dentro do tubo e também para fora pela janela do tubo. Tanto o espalhamento dos raios-x, quanto sua absorção por diversos materiais, é chamada de atenuação.

Fatores Elétricos mA (miliampere) significa unidade de medidas

da corrente elétrica.Nos aparelhos de raios-x podem ser de 25mA, 50mA,

100mA, 150mA, 200mA, 300mA, 500mA e 800mA.Quanto maior a miliamperagem maior a energia que

meu aparelho possui, ou seja, mA indica a capacidade do aparelho.

Kv (kilovoltagem) determina a qualidade dos raios-x e é determinado pela espessura da região que vamos radiografar.

Quanto maior a espessura da região maior será a kilovoltagem e quanto mais densa a região maior será a miliamperagem.

Dessa maneira a aplicação correta e equilibrada dos fatores elétricos é indispensável para radiografias de ótima qualidade.

O cálculo do Kv é realizado com a ajuda de um instrumento de medida chamado espessômetro.

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Inventado por Gregório Vidaureta, o espessômetro é formado por duas hastes de alumínio em forma de esquadro, com marcação de medida em centímetros e polegadas.

O espessômetro deve ser usado na região a ser radiografada no sentido da incidência dos raios-x. A medida encontrada é multiplicada por dois somada a constante do aparelho ( CA ).

Kv= E x 2 + CAE é espessuraCA é constante do aparelho. Trabalharemos com CA

de 30 para exames com o paciente deitado e 40 para exames com o paciente em pé.

Ex: E=20 CA=30Kv=20x2+30Kv=70

mAs (miliamperagem segundo )Devido à diferença da densidade das estruturas, a

quantidade de raios-x deve ser diferente.

Fator tempo (t)O tempo é o fator que utilizamos para determinar a

quantidade ideal de raios-x que precisamos.A unidade de tempo que utilizamos é o segundo (s).Então mAs é o produto do aparelho em um

determinado tempo, sendo:mAs= mA x t

ex: qual a capacidade de um aparelho de 200 mA emitir radiação em 1s.

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mAs =200 x 1mAs =200

Filtragem do Feixe de RX

Os fótons com energia abaixo de 20 Kv prejudicam a formação da imagem, por isso não interessam ao Radiodiagnóstico, apenas aumentam a dose de radiação no paciente.

Por isso há a necessidade de filtragem desses raios-x.

Abaixo de 20 Kv somente 45% dos fótons conseguem atingir a profundidade de 10 mm de músculo.

Sabemos então que o Kv está relacionado com o poder de penetração dos raios-x, e também com a qualidade do feixe.

O próprio corpo atua como um filtro retirando os fótons de baixa energia.

Para diminuir a dose do paciente, uma solução foi interpor entre o feixe de raios-x primário e o paciente um material que sirva de filtro.

O material geralmente utilizado para este propósito é o alumínio.

Toda máquina de raios X tem uma “filtragem de alumínio”.

Outros componentes do equipamento também filtram parte dos fótons de baixa energia tais como, a janela do tubo de vidro, o óleo usado no resfriamento do e o colimador do feixe.

Grade AntidifusoraCriada pelo Dr. Gustav Bucky, consiste em um

conjunto de lâminas finas de chumbo, separadas por material radiotransparente. Existem dois tipos de grade antidifusora.

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Grade fixa- tem o inconveniente de projetar na imagem a sombra das lâminas de chumbo. Deixando a imagem com aspecto “gradeado” ou buckado”.

Grade móvel- foi desenvolvida pelo dr. Hollis E. Potter, com objetivo de evitar a imagem das lâminas de chumbo na imagem radiográfica, causadas pela grade fixa.

É também conhecida como sistema Potter-Bucky.

Características da gradeRazão da grade- é dada pela formula:

r= razão da graded= distância entre as lâminas de chumboh= altura das lâminas de chumbo

Tipos de grade Grade não focalizada – possui lâminas de chumbo

paralelas, usadas para exames no leito. Grade focalizada – as lâminas de chumbo tem

angulação convergindo para o ponto focal da grade. Grade ortogonal ou cruzada – possui lâminas de

chumbo que se cruzam perpendicularmente. Chassi gradeado – a grade faz parte do chassi, a

grade é do tipo não focalizada.

Limitadores de Campo

São métodos ajustáveis para diminuir o campo irradiado, são eles: o colimador, cones e cilindros.

Colimador

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É o mais comum limitador de campo, também chamado de colimador luminoso. Formado por placas de chumbo que são ajustadas para limitar o foco.

Possui uma lâmpada em seu interior e um espelho para direcionar a luz, que serve apenas de indicação do tamanho do campo de irradiação.

O Raio Central – RCCorresponde ao eixo central do feixe de radiação e é

perpendicular ao tubo de raios-x.É demonstrado pela intersecção do raio longitudinal,

com o raio transversal. Posicionamos o RC em pontos de reparo anatômicos, a fim de direcionarmos a maior energia dos raios-x sobre estas estruturas.

O RC pode ser perpendicular, quando este incidir perpendicularmente ao filme, ou oblíquo quando tem inclinação em relação ao filme.

Distância“LEI DO INVERSO DO QUADRADO DA

DISTÂNCIA”. A intensidade da radiação decresce proporcionalmente ao quadrado da distância da fonte emissora.

A intensidade dos raios X está diretamente relacionada com a distância.

Quanto maior a distância, menor a intensidade dos raios-x sobre o objeto, e vice-versa.

Como fator óptico, a distância relaciona-se com o tubo.

A distância entre o tubo e o filme é a DFF.Para cada órgão ou região do paciente devemos

utilizar determinada distância, a fim de que a imagem reproduzida não se apresente com distorção. (aumento da imagem)

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Regra da distância

75 a 100 cm – ossos e articulações100 cm – órgãos abdominais150 a 183 cm – tórax183 a 200 – coração e vasos da base

A radiografia feita com DFF de 150 a 200 cm é chamada de teleradiografia.

A distância também se relaciona com o paciente, sendo DFO e DOF.

DFO – compreende a distância entre o foco e o objeto.

- nunca deve ser inferior a 25 cm, pois pode causar gravíssimos acidentes dermatológicos.

DOF – compreende a distância entre o objeto e o filme.

Assim como a DFF ela causa distorção na imagem.Quanto maior a DOF, maior a distorção.Isso nos leva a crer que se um órgão está na região

anterior do corpo, é óbvio, que deverá ser posicionado em PA.

O coração por exemplo, está mais anterior que posterior, devendo sempre ser radiografado com o paciente em PA, a fim de diminuir a DOF.

EFEITO ANÓDICO – corresponde à absorção pelo próprio anodo, de fótons x do feixe de radiação, além da divergência dos raios.

Isto significa que do lado do anodo a radiação tem intensidade de até 20% menor que o RC.

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Formação da imagemÉ regida pelas leis da ótica geométrica, ou seja,

obedecem à relação direta das distâncias relativas entre o foco, o objeto e o filme.

Penumbra- zona de perda da nitidez geométrica. Quanto maior o ponto focal, maior a zona de penumbra.

Nitidez- delimitação exata das bordas da imagem projetada. Quanto menor o ponto focal, maior o detalhe e a nitidez da imagem.

Distorção- diz respeito à ampliação da imagem. Quanto maior a DOF, maior a distorção.

As propriedades dos raios X

a) Atravessam o corpo tanto maior quanto for à tensão no tubo (kV).

b) Ao atravessarem o corpo, são por ele absorvidos.c) Em todos os corpos que atravessam, produzem

radiações secundárias. d) Fazem florescer certos sais metálicos e) Enegrecem emulsões fotográficas

f) Propagam-se em linha reta (do ponto focal) para todas as direções.

g) Transformam gases em condutores elétricos (ionização).

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