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01 16 de Agosto de 2014 Rádio São Miguel - 93.5 FM Rádio Pampilhosa -97.8 FM Grupo Fercorber, Av. São Domingos, nº 51 3280-013 Castanheira de Pera Linha aberta 236 438 200 Rádio São Miguel 93.5 --> das 10:00 H às 12:00 H Rádio Pampilhosa 97.8 --> das 16:00 H às 18:00 H Serviços Comerciais: 236 438 202 Estúdios em Pampilhosa da Serra: 235 098 049 Associação Desportiva de Figueiró dos Vinhos José Carlos Agostinho é o novo presidente da direcção As eleições do dia 11 de Julho ditaram novos corpos soci- ais para a Associação Desportiva de Figueiró dos Vinhos. Fernando Manata e Fernando Batista são os presidentes da Assembleia-Geral e Conselho Fiscal Conheça o novo elenco completo e o projecto para esta em- blemática Associação do concelho Página 6 Museu do Xadrez Foi com uma exposição renovada que o Museu do Xadrez de Figueiró dos Vinhos comemorou o seu primeiro aniversário. Show Cooking Iniciativa para revitalizar o mercado municipal e valorizar os produtos endógenos Última Página Cultura: Dois autores figueiroenses, Alcides Martins e Pedro Lopes apresentaram os seus novos livros na Bib- lioteca Municipal Irene Borges Costa expõe no Clube Figueiroense – Casa da Cultura até 12 de Setembro Páginas Centrais José Malhoa e Henrique Pinto em Pedrógão Grande, um trabalho de Aires Hen- riques Página 9

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16 de Agosto de 2014

Rádio São Miguel - 93.5 FMRádio Pampilhosa -97.8 FM

Grupo Fercorber, Av. São Domingos, nº 513280-013 Castanheira de Pera

Linha aberta 236 438 200Rádio São Miguel 93.5 --> das 10:00 H às 12:00 HRádio Pampilhosa 97.8 --> das 16:00 H às 18:00 HServiços Comerciais: 236 438 202Estúdios em Pampilhosa da Serra: 235 098 049

Associação Desportiva de Figueiró dos Vinhos

José Carlos Agostinho é o novo presidente da

direcçãoAs eleições do dia 11 de Julho ditaram novos corpos soci-ais para a Associação Desportiva de Figueiró dos Vinhos.Fernando Manata e Fernando Batista são os presidentes daAssembleia-Geral e Conselho FiscalConheça o novo elenco completo e o projecto para esta em-blemática Associação do concelho

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Museu do XadrezFoi com uma exposição renovada que o Museu do

Xadrez de Figueiró dos Vinhos comemorou o seu

primeiro aniversário.

Show CookingIniciativa para revitalizar o mercado municipal e

valorizar os produtos endógenos

Última Página

Cultura:

Dois autores figueiroenses,Alcides Martins e PedroLopes apresentaram osseus novos livros na Bib-lioteca Municipal

Irene Borges Costa expõeno Clube Figueiroense –Casa da Cultura até 12 deSetembro

Páginas Centrais

José Malhoa e HenriquePinto em Pedrógão Grande,um trabalho de Aires Hen-riques

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Propriedade: FERCORBER – Madeiras e Materiais de Construção, Lda.NIF 501 611 673Registo na ERC Entidade Reguladora para a Comunica-ção Social nº 126547

Director: Fernando Correia BernardoDirector adjunto: António Manuel Bebiano CarreiraSubdirector: Francisca Maria Correia de CarvalhoEditor: Manuela FreirePaginação: António Bebiano CarreiraImpressão: Coraze – Oliveira de Azeméis Tel. 256 040 526 / 910 253 116 / 914 602 969E-Mail: [email protected] desta edição: 5.000 exemplares

Contactos:E-Mail Geral: [email protected]. 236 432 243 - 236 438 799Fax 236 432 302Sede e redacção: Av. São Domingos, nº 51 – 2º3280-013 Castanheira de PeraInternet:http://www.oribeiradepera.com/category/o-figueiroense/Todos os artigos são da responsabilidade de quem os es-creve

Ficha Técnica

16 de Agosto de 2014

Continuando a nossa abordagem sobre a im-prensa regional no concelho, esta caracteriza-se por uma longa listagem de títulos noperíodo que decorre entre o seu primeiro jor-nal “Zêzere, O (1895-1897” e ao ultimo “Co-marca , A (1991”. Figueiró dos Vinhos teve, durante estes 96anos, os mais variados títulos, 41 no total, al-guns com cariz de política local, como alistagem seguinte esclarece:

Zêzere, O (1895-1897)Figueiroense, O (1897-1921)Escola do povo (1899)Primavera, A (1901)Echo de Figueiró, O (1906-1907)União figueiroense (1910-1918)Tesoura, A (1923)Regeneração, A (1925-1979)Correio de Figueiró (1925-1926)Figueiró dos Vinhos (1933)Figueiró dos Vinhos (1938)Jornal da Casa da Comarca de Figueiró dosVinhos (1947)Vida paroquial (1952-1964)Norte do Distrito, O (1953-1974)Boletim da Casa da Comarca de Figueiródos Vinhos (1957)

Risota, O (1958)Risota, O (1959-1962)Notícias de Campelo (1961-1980)Correio de Arega (1962)Voz das cinco vilas (1967-1974)Degrau, O (1969)Vida académica (1969)Farol (1969-1974)Comarca de Figueiró (1975-1983)Jornal de Figueiró dos Vinhos (1982-1998)Filarmónica, A (1988)Casulo, O (1987-1991)Gato bravo, O (1987-2003)Filarmónica, A (1988)Revista de Figueiró da gente (1989)Mensagem Socialista (1991- )Presença social democrata (1991- )Comarca , A (1991- )Jornal escolar de Figueiró dos Vinhos (1991-1992)Em Destaque (1992-2003)Boletim informativo (1993)Figueiró dos Vinhos hoje (1993)Voz d'Arega (1993-1997)Gatos bravos (2003-2010)Biblas, O (2003-2004)Revista Informativa Municipal (2006- )

A Imprensa Regional no Concelhode Figueiró dos Vinhos

A boa estratégia pressupõe um bom dia-gnóstico acerca das vulnerabilidades eoportunidades com que nos confrontamos.Enquanto não percebermos que o diag-nóstico que a direita faz da crise está er-rado, e que o problema da austeridadenão é um mero problema de dose, nuncasairemos da situação em que nos encon-tramos. A implementação de uma boa es-tratégia pressupõe, ao mesmo tempo,uma boa identificação dos instrumentosque temos ao nosso dispor para ultrapas-sar essas vulnerabilidades e potenciar asverdadeiras oportunidades. Portugal é hoje um país bloqueado. Sãoconhecidas as fragilidades económicas esociais que afetam o país. Temos um po-tencial de crescimento muito reduzido, po-breza e desigualdades sociais a aumentare um nível de desemprego intolerável.Pela sua diversidade, o distrito de Leiria ébem o espelho desses bloqueios. Mas étambém o espelho das múltiplas oportuni-dades que o país tem à sua frente. Opor-tunidades que exigem visão estratégica,mas também capacidade de mobilizaçãoe liderança política. Pelos recursos quetem, Leiria está em condições excelentespara abraçar o impulso que é necessáriodar aos clusters emergentes: o mar, ocomplexo agro florestal, o território. Istosem descurar a valorização dos setorestradicionais e a prioridade ao relança-mento do investimento no distrito.O próprio turismo, pilar já tradicional daeconomia portuguesa, pode contribuirmuito mais para o crescimento económicoe para a criação de emprego na região,desde que consigamos qualificar a oferta

e promover novos produtos e novas rotas.Leiria tem um dos mais prestigiados Insti-tutos Politécnicos do país. Leiria e o IPLnão podem viver de costas voltadas. Pre-cisamos de darum novo impulso a esta relação, atravésda criação de um consórcio de instituiçõesde ensino superior, de investigação cien-tífica e do meio empresarial, com a lide-rança do IPL. Uma verdadeira agência dedesenvolvimento da região, orientada paraa criação de centros de investigação eciência, de interfaces de transferência detecnologia para as empresas e de centrosde empreendedorismo.Temos também certamente as nossas vul-nerabilidades neste território diversificadoque constitui o distrito de Leiria. Os empre-sários em dificuldades precisam de políti-cas públicas que estimulem a procurainterna e que os ajudem a internacionali-zar-se. As famílias precisam de políticassociais, laborais e fiscais mais amigas danatalidade e do rejuvenescimento popula-cional. As pessoas exigem uma sociedademais justa e mais coesa, com políticas so-ciais ativas para os que mais precisam ecom políticas de emprego mais ambicio-sas, que não desperdicem o investimentoque fizemos na educação dos nossos jo-vens. Temos também de reconhecer o am-biente como área prioritária, resolvendo,de uma vez por todas, os problemas cró-nicos que afetam a nossa região. Maspara fazermos face a estas vulnerabilida-des, e para aproveitarmos as novas opor-tunidades que temos à nossa frente,precisamos de criar as condições políticasadequadas – os instrumentos para imple-mentar a nossa estratégia.Nas eleições do passado dia 25 de maio,aos bloqueios económicos e sociais veiojuntar-se um impasse político que ameaçaprolongar a crise com que estamos con-frontados. É pois essencial que o PS con-siga transformar a enorme maioria deprotesto numa clara maioria de projeto. OPS precisa de mudar a estratégia políticae de conseguir uma mobilização nacional,através da proximidade aos problemasespecíficos das pessoas e dos territóriosque formam Portugal. É pela mudança emLeiria e em Portugal que me candidato àpresidência da Federação Distrital de Lei-ria do Partido Socialista.

José Miguel Medeiros

Uma Nova Agenda paraLeiria e para Portugal

Editorial

Coube-me a mim a honra de escrever o Edi-torial do número um d’ O Figueiroense, títuloque esteve adormecido durante 93 anos, eque renasce agora pela mão de FernandoCorreia Bernardo, director deste jornal, quecom grande coragem, espírito cívico, de mis-são e de serviço o ressuscita, colmatando ovazio informativo criado neste concelho coma suspensão da publicação do jornal A Co-marca.Com coragem porque o sentido que o sectorleva é o inverso, é a recessão, não a expan-são, como o provam os sucessivos encerra-mentos de títulos da imprensa regional, nanossa região e não só.Com espírito cívico, de missão e de serviçoporque como pessoa ligada à ComunicaçãoSocial e apaixonado pela sua região, com-preendeu que um concelho como Figueiródos Vinhos, onde a tradição da imprensa re-gional ascende ao Século XIX, onde já sepublicaram 41 títulos, quanto mais não fossepor estas razões, não poderia ficar sem umapublicação periódica informativa. E, prezadaleitora ou leitor, asseguro-lhe que o meu di-rector não tomou esta iniciativa para enrique-cer…Um órgão de informação local cumpre diver-sas funções na Sociedade, desde logo a in-

formativa, que pela sua qualidade de proxi-midade com as populações, é única e in-substituível: o noticiário dos grandes, mastambém dos pequenos acontecimentos,constituiu um repositório da memória colec-tiva dos povos, que se perderia irremedia-velmente se a imprensa local não existisse.Que o diga Pedro Lopes, que encontrou naimprensa local da Régua dos finais do Sé-culo XIX, princípios do Século XX as fontespara o seu novo livro, cujo lançamentoacompanhamos nesta edição.E também é a trompeta da indignação, o veí-culo dos que não têm voz e que o usam parafazer chegar as suas mensagens junto doPoder, uma função muitas vezes incom-preendida, e não raras vezes fonte de atritoscom este.Mas é também o cimento, o elo de ligaçãoentre os residentes e os que procuraramnoutros lugares o seu sustento, e que assimtêm no jornal local um ponto de união com otorrão natal.Que O Figueiroense cumpra na íntegratodas as funções que cabem a um jornal deinformação local é a missão a que nos pro-pusemos. Contamos coma sua ajuda.

António B. Carreira

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Resultante do um pedido, por um grupo desócios cooperantes, ao vice-presidente(demissionário) da assembleia-geral da“FICAPE” – Cooperativa Agrícola do Nortedo Distrito de Leiria, para a convocação deuma Assembleia-Geral extraordinária, de-pois desta convocada, reuniram no pas-sado dia 19 de Julho, na sede dacooperativa em Figueiró dos Vinhos, cujoobjectivo era destituir todos os seus Ór-gãos Sociais.Os motivos são conhecidos por voz cor-rente e órgãos de comunicação socialentre estes “O Ribeira de Pera”, nas suasedições de 15 de Março de 2013, e de 15de Junho de 2014, com alguma relevânciapara esta ultima informação, ficou demons-trado o descontentamento e revolta dos só-cios cooperadores pela forma como adirecção tem vindo a administrar a sua ac-tividade comercial, pois no entender de al-guns cooperadores, está-se na presençade um deslize acentuado de uma situaçãofinanceira para uma possível insolvência,situação que este grupo de sócios coope-rantes pretendem com urgência inverter.Com todo o respeito pelos Órgãos Directi-vos destituídos bem como da comissãopromotora do pedido da assembleia-geralextraordinária e de todos os Órgãos Direc-tivos eleitos, a fundamentação para estanotícia, provém da versão de alguns ele-mentos da “comissão organizadora”, opi-nião pública, Código Cooperativo e alguma(fraca) informação dos Presidentes da As-sembleia Geral e Direcção destituídos.

Merecia algum apoio e compreensão oesforço deste “grupo de sócios cooperan-tes” se a convocação e deliberações toma-das, minimamente se enquadrassem paraalém do seus Estatutos e Código Coope-rativo, “num estado de direito e demo-crático em que nos encontramosinseridos”. A carta dirigida por este grupo de coope-rantes ao presidente da assembleia-geralacompanhada de cerca 120 assinaturas desócios cooperantes, no nosso entender de-veria ter sido endereçada ao presidente daassembleia-geral, para a sede da FICAPE,Rua Comendador J. Araújo Lacerda, 20-22, 3260-412-Figueiro dos Vinhos. En-tende-se que, para isolar a direcção eocultar a esta o desenrolar dos aconteci-mentos, a carta foi dirigida para a residên-cia do presidente da assembleia-geral, sitaem Pinheiro Bolim, Vila Facaia, PedrógãoGrande, tendo sido recusada pelo destina-

tário.Da recusa, é nosso entendimento o seudomicílio não vir a ser confundido por umafilial ou delegação da FICAPE, ou estar adar o seu apoio à direcção destituída.Segundo informação da própria comissãopromotora, após a devolução da carta, estadeslocou-se à sua residência, no PinheiroBolim, Pedrógão Grande, com o único ob-jectivo de entregar a carta pessoalmente,que mais uma vez recusou argumentandoassuntos familiares e se encontrar “demis-sionário”.Em alternativa a esta segunda recusa, a“comissão promotora”, deslocou-se nopassado dia 25 de Junho, à residência dovice-presidente da assembleia-geral, resi-dente em Pera, Castanheira de Pera, tam-bém demissionário com o pedidoformulado há cerca de um ano, esclare-cendo-o dos esforços antes feitos, e poresse motivo, apelavam para na sua quali-dade de vice-presidente, convocar uma As-sembleia-Geral extraordinária para o dia 19de Julho.Este, sem antes consultar o Presidente daAssembleia Geral, acedeu ao pedido for-mulado assinando a “Convocatória” convo-cando uma Assembleia Geral para o dia 19de Julho, tendo esta “convocatória” vindoa ser publicada no jornal “Diário de Leiria”no dia 27 de Junho. No nosso entendimento, devido ao pedidode demissão do vice-presidente da AG, di-rigido por carta registada com aviso de re-cepção, ao presidente da assembleia-geralda FICAPE, este procedimento enquadrou-se de forma legal e por esse motivo, dever-se-ia ter considerando desvinculado docargo e responsabilidades, recusando as-sinar a convocatória.Já o presidente da Assembleia-Geral,quando consultado pela comissão organi-zadora, ao considerar-se “demissionário”esqueceu representar o órgão supremo daFICAPE, obrigado a manter-se em funçõesaté sua substituição; o seu pedido de de-missão não pode ser formalizado por cartaregistada com aviso de recepção endere-çada a si próprio (Presidente da Assem-bleia-geral), o seu pedido de demissãoteria de ser apresentado numa assem-bleia-geral aos sócios que o elegeram.Este perdeu a oportunidade de, caso ti-vesse aceite o pedido para a convocaçãoda AG, inserir na Ordem de Trabalhos, noseu primeiro ponto a discutir e votar, “Pe-dido de demissão do Presidente da As-sembleia Geral”; caso o tivesse feito,depois de ser discutida e aprovada a suademissão, abandonaria imediatamente ostrabalhos e local onde estes decorriam,sendo que, para a sua substituição, no en-quadramento do nº 4, do Artigo 46º do Có-digo Cooperativo: “Na falta de qualquerdos membros da mesa da assembleia-geral, competirá a esta eleger os res-

pectivos substitutos, de entre os coo-peradores presentes, os quais cessarãoas suas funções no termo da reunião”,escolhidos entre os cooperadores presen-tes a composição da mesa que iria presidiraos trabalhos, terminando estes o seumandato no final dos trabalhos. (o subli-nhado é nosso).Não pode o Presidente da AssembleiaGeral recusar o pedido de uma convoca-ção de Assembleia Geral extraordinária,quando solicitada por 5% dos sócios coo-perantes, por esse motivo quer queira quernão, este é o único responsável moral ematerial pela recusa da qual resultaram ostristes acontecimentos. Se o tivesse feito,talvez esta “balbúrdia” não tivesse ocor-rido.Por esta sua recusa, entende-se por “con-luio” com a direcção destituída, bem podiaa comissão promotora do pedido de con-vocação para uma Assembleia-Geral ex-traordinária, recorrer à via judicial noenquadramento da alínea b) do Artigo 33.ºdo Código Cooperativo - Direitos dos coo-peradores-; “Requerer a convocação daassembleia geral nos termos definidosnos estatutos e, quando esta não forconvocada, requerer a convocação ju-dicial”, alternativa que no nosso entendi-mento deveriam ter seguido. (o sublinhadoé nosso).Da análise à ordem de trabalhos da as-sembleia-geral ocorrida no passado dia 19,destacamos; “1- Apreciação Discussão evotação da destituição dos membros dosÓrgãos Sociais da Cooperativa, nos ter-mos do artº 27º, nº 1 al. a) dos Estatutos edos arts. 49. al. a) e 65º do Código Coope-rativo; 2- Havendo deliberação do ponto1, no sentido da decisão de destituiçãodos Órgãos Sociais, a que se procedaem ato continuo à eleição dos ÓrgãosSociais; 3- Aprovação de auditoria por en-tidade externa e independente ao exercícioda actividade e contas da Cooperativa “FI-CAPE” – Cooperativa Agrícola do norte doDistrito de Leiria, CRL”.De registar ainda o facto dos sócios coo-peradores que subscreveram o pedido daAssembleia-Geral, ser necessário saber sereuniam as condições previstas pelo nº 2do Artigo 44º do Código Cooperativo; “Par-ticipam na assembleia-geral todos oscooperadores no pleno gozo dos seusdireitos”; essa verificação compete com acolaboração informativa do presidente dadirecção, ao Presidente da Assembleia-Geral. Segundo informação obtida essaverificação não foi feita o que poderá vir ainviabilizar esta AG.Com o devido respeito pelos eleitos, entreestes alguns da nossa amizade e convi-vência, sendo nossa convicção de estar-mos inseridos num estado de direito edemocrático, não podemos deixar de ma-nifestar o desagrado pela decisões toma-

das depois de encerrada esta Assembleia-Geral, entre outras a grave falta ao previstopela redacção da aliena d) do nº 2 do artigo46º do Código Cooperativo atrás referida;“Conferir posse aos cooperadores elei-

tos para os órgãos da cooperativa”,

uma vez que cabe ao Presidente da As-sembleia Geral a responsabilidade de con-ferir a posse aos novos Órgãos Sociais,entre estes os directivos.Contrariando essa falta, após encerradosos trabalhos, considerando-se auto empos-sados, imediatamente procederam à subs-tituição de todas as fechaduras das portasexteriores e interiores impedindo a direc-ção destituída (caso fosse esse o seu en-tendimento) como é prática corrente emtodos as instituições congéneres, atempa-damente preparar a transferência de pode-res.Da análise à “Ordem de Trabalhos” da con-vocatória esta não deixa duvidas, no seuponto 2; “Havendo deliberação do ponto1, no sentido da decisão de destituiçãodos Órgãos Sociais, a que se procedaem ato contínuo à eleição dos ÓrgãosSociais”, esta OT não indicou nem a AGdeliberou para a imediata tomada de possedos Órgãos Sociais, também NÃO delibe-rou no sentido imediato para a substituiçãode todas as fechaduras das portas e deacesso aos gabinetes com apoderaçãoimediata da administração da cooperativa.Recordando o “Gonçalvismo”.Tratando-se de uma cooperativa com acti-vidade comercial de significativo movi-mento, a sua existência e patrimóniodeveria com alguma calma e ponderaçãoser inventariado, através de auto de en-trega transferindo todos os poderes e res-ponsabilidades aos novos eleitos.Não podemos deixar de manifestar anossa discordância sem que para tal setenha concluído qualquer auditoria, pelaforma informativa e difamatória sobre a si-tuação financeira da FICAPE, só depois deuma auditoria concluída se pode compro-var o que essa “vozearia” propaga. Osacontecimentos a decorrer, até prova emcontrário quer queiram quer não, é conde-nar cidadãos em “praça pública” por crimesque dada a falta da auditoria, só o tribunalse pode pronunciar mesmo assim, nos ter-mos do nº 2, do artigo 32º da C.R.P. “Todoo arguido se presume inocente até aotrânsito em julgado da sentença de con-denação, devendo ser julgado no maiscurto prazo compatível com as garan-tias de defesa”.

O PROCEDIMENTO LEGAL:É um direito previsto pelo Código Coope-rativo qualquer sócio cooperante, depoisde reunir o mínimo de 5% de assinaturassócios cooperantes no “uso dos seus di-reitos” (nº 2, artº 24º do Código Coopera-

Golpe “Palaciano” destituiu os Corpos Directivos da Ficape– Cooperativa Agrícola do Norte do Distrito

(informação da responsabilidade de Fernando C. Bernardo)

FICAPE - Esta é a minha opinião

Continua na página. 4

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tivo), solicitar uma assembleia-geral extraor-dinária desde que o pedido seja remetido porcarta registada com aviso de recepção, aoPresidente da Assembleia-Geral, para a sededa cooperativa.O Presidente da AG da FICAPE, após a suarecepção, fica obrigado de encaminhar a lis-tagem dos sócios subscritores, ao Presidenteda direcção para a verificação da sua situa-ção, se estes se encontram ou não no plenogozo dos seus direitos, (é previsível entreestes alguns com direitos perdidos ou sus-pensos).Caso o mínimo de 5% dos sócios cooperan-tes venham a ser considerados em plenogozo dos seus direitos, o Presidente da As-sembleia-Geral, terá no enquadramento do nº6, do artº 47 do Código Cooperativo, “A con-vocatória da assembleia-geral extraordiná-ria deve ser feita no prazo de quinze diasapós o pedido ou requerimento, previstosno n° 3 do artigo 45º, devendo a reuniãorealizar-se no prazo máximo de trinta dias,contados da data da recepção do pedidoou requerimento”, o prazo de 15 dias paraemitir e publicar a “convocatória”, fixando oprazo máximo de 30 dias para a realização daassembleia-geral.Caso a carta do pedido da Assembleia Geralextraordinária endereçada ao Presidente daAssembleia Geral venha a ser devolvida coma declaração de “recusada pelo destinatário”,os subscritores podem no enquadramento daalínea b) do Artigo 33.º do Código Coopera-tivo -Direitos dos cooperadores-; “Requerera convocação da assembleia-geral nos ter-mos definidos nos estatutos e, quandoesta não for convocada, requerer a convo-cação judicial” (o sublinhado è nosso).Admitindo nessa assembleia-geral haja sidodeliberada a destituição dos órgãos directivos,o presidente da AG ou quem o substituir, de-pois de ouvir os demissionários e eleitos,deve marcar uma data para a sua tomada deposse. (Este é o procedimento, além do seuenquadramento legal, única forma de actua-ção –repito- num estado de direito e demo-crático onde nos encontramos inseridos). É nosso entendimento que os procedimentostomados, nem em país do terceiro mundo se-riam reconhecidos. Fácil será concluir quetodo este imbróglio transformar-se-á num con-tencioso judicial previsto pelo nº 8 do Artigo43º do Código Cooperativo; “Das delibera-ções da assembleia-geral cabe recursopara os tribunais”. Segundo informação,esse procedimento já foi iniciado por ambasas partes, aguardaremos pelo seu desfechofinal.Bem poderá o Artigo 65.º do Código Coope-rativo, referenciado na Ordem de Trabalhos,vir a ter aplicabilidade aos responsáveis pelastomadas de posição contrárias aos Estatutose Código Cooperativo, se concluirmos pelasua redacção: “Responsabilidade dos di-rectores, dos gerentes e outros mandatá-rios; 1. São responsáveis civilmente, deforma pessoal e solidária, perante a coo-perativa e terceiros, sem prejuízo de even-tual responsabilidade criminal e daaplicabilidade de outras sanções, os direc-tores, os gerentes e outros mandatáriosque hajam violado a lei, os estatutos, osregulamentos internos ou as deliberaçõesda assembleia-geral ou deixado de execu-tar fielmente o seu mandato, designada-mente:

a) Praticando, em nome da cooperativa,actos estranhos ao objecto ou aos interes-ses desta ou permitindo a prática de taisactosb) Pagando ou mandando pagar importân-cias não devidas pela cooperativac) Deixando de cobrar créditos que, por

isso, hajam prescritod) Procedendo à distribuição de exceden-tes fictícios ou, que violem o presente Có-digo, a legislação complementar aplicávelaos diversos ramos do sector cooperativoou os estatutose) Usando o respectivo mandato, com ou

sem utilização de bens ou créditos da coo-perativa, em benefício próprio ou de outraspessoas, singulares ou colectivas2. A delegação de competências da direc-ção em um ou mais gerentes ou outrosmandatários não isenta de responsabili-dade os directores, salvo o disposto no ar-tigo 67° deste Código.3. Os gerentes respondem, nos mesmos

termos que os directores, perante a coo-perativa e terceiros, pelo desempenho dassuas funções”.Da informação que dispomos, à ultima horafoi pela direcção destituída tentada inviabilizara Assembleia-Geral através de uma “provi-dência cautelar”, tendo esta sido indeferidapela Srª Juíza, e em último recurso tentadoatravés de “notificação judicial avulsa” para aqual a Solicitadora de execução, devido a al-gumas “habilidades” do requerido a notificar,não conseguiu a notificação, inviabilizando osseus objectivos.O Ribeira de Pera, em 24 de Julho findo re-meteu ao Presidente da Assembleia-Geral ePresidente da Direcção destituídos, um ques-tionário solicitando informação para com todaa transparência e isenção jornalística informaros nossos leitores. No dia 4 de Agosto, o Presidente da Assem-bleia-Geral destituído, remeteu um fax ànossa redacção uma informação, que toma-mos de insinuação, da qual transcrevemos;“Em resposta à comunicação de V. Exª de24-07-2014, informo que remeti o assuntoao Sr. Presidente da Direcção, para quepreste os esclarecimentos que entenderpor conveniente.Entendo que, legalmente, será de contadesse jornal e dos seus autores, qualquerinformação não verdadeira, seja ou nãoclarificada por mim”.

NOTA;Em resposta ao Sr. Presidente da AssembleiaGeral, no que toca à insinuação “será deconta deste jornal” qualquer informação nãoverdadeira.De nossa parte, convém esclarecer o Sr. Pre-sidente da Assembleia-Geral das suas obri-gações previstas pelo Artigo 46º do CódigoCooperativo, se foram ou não por si respeita-das.É nossa convicção, por esquecimento, omis-são ou conivência com os Órgãos directivosestas suas obrigações estatuárias e legislati-vas não foram respeitadas.Para concluir dessa sua grave falta, transcre-vemos na íntegra do artigo 46º do CódigoCooperativo.

Mesa da assembleia geralA mesa da assembleia geral é constituída porum presidente e por um vice-presidente,

quando os estatutos não estipularemum número superior de elementos.2. Ao presidente incumbe:

a) Convocar a assembleia geral

b) Presidir à assembleia geral e dirigir

os trabalhos

c) Verificar as condições de elegibili-

dade dos candidatos aos órgãos da

cooperativa

d) Conferir posse aos cooperadores

eleitos para os órgãos da cooperativa3. Nas suas faltas e impedimentos, o presi-

dente é substituído pelo vice-presidente.4. Na falta de qualquer dos membros da

mesa da assembleia geral, competirá a esta eleger os respectivos substitutos, de entre

os cooperadores presentes, os quais cessa-rão as suas funções no termo da reunião.5. É causa de destituição do presidente da

mesa da assembleia geral a não convoca-

ção desta nos casos em que a isso estejaobrigado.6. É causa de destituição de qualquer dos

membros da mesa a não comparência semmotivo justificado a, pelo menos, três sessõesseguidas ou seis interpoladas. (o sublinhadoé nosso)O Presidente da Assembleia-Geral, ao recu-sar a recepção de uma carta, seguida de novarecusa quando por mão lhe tentaram entre-gar, desrespeitou o pedido previsto pela alí-nea a) do nº 2 do Artigo 46º .Nesse enquadramento, O Sr. Presidente daAssembleia-Geral, como previsto pelo nº 6 doatrás referido Artigo 46º foi destituído, é res-ponsável pelas confusões ocorridas.Deve o Sr. Presidente da Assembleia Geralcompreender que fomos ao seu encontro so-licitando-lhe algum esclarecimento, cumpri-mos o nosso dever para esclarecer os nossosleitores com verdade e transparência, consi-derando a forma como pretende escusar-sea essa sua obrigação, não são essas suas in-sinuações que silenciam este jornal. O nossodever foi cumprido.Também na mesma data registamos a recep-ção de fax subscrito pelo Presidente da Direc-ção da FICAPE (destituído), “AfonsoHenriques Rosa” cujo conteúdo transcreve-mos:Exmº Sr. Director O Ribeira de Pera.Em resposta a V/ comunicação datada de24 de Julho de 2014 e recebida a 29 domesmo mês, informo o seguinte:Em primeiro lugar quero deixar claro quenão se aceita a presunção de veracidadepor falta de resposta a qualquer dúvidadesse jornal como é afirmado na V/ comu-nicação. Na verdade, tal dedução nãoocorre de qualquer normativo legal, nem éesse o entendimento da ERCS que já foiconsultada a este propósito. Pelo que,para os devidos e legais efeitos esclareçoque correrá por conta desse jornal e dosrespectivos autores qualquer afirmaçãoque não corresponda à verdade, tenhasido previamente clarificada ou não pelaminha pessoa.Quanto ao objecto das dúvidas desse jor-nal, e porque creio se trata de um órgão decomunicação social que pretende dar amelhor e mais isenta informação sobre otemos esclareço o seguinte:Os órgãos da FICAPE foram eleitos poracto democrático e legítimo, à luz dos Es-tatutos e do Código Cooperativo, em 14 deOutubro de 2011.Ninguém levantou oposição ou suscitouqualquer discórdia em relação a tal elei-ção.Há cerca de um ano e meio a esta parte, ena sequência de decisões de funciona-

mento interno levadas a cabo pela Direc-ção, nomeadamente quanto a pessoal e or-ganização interna, começou a levantar-seum movimento de contestação lideradopor familiares e amigos de funcionários.Esse movimento rapidamente se adensoutendo determinado boicote a reuniões daAssembleia, nomeadamente inviabilizandoa aprovação de contas e determinado quea FICAPE não pudesse beneficiar de isen-ções fiscais e não pudesse candidatar-sea fundos de apoio à actividade, o quesomou largos prejuízos para a Coopera-tiva.Entretanto a FICAPE decidiu solicitar umaauditoria externa, com vista a regularizaralgumas situações, nomeadamente no querespeita a procedimentos internos de fun-cionamento, actualização dos cooperado-res e actualização das entradas de capital.Na sequência de tal auditoria constatou-seque a deliberação da Assembleia que háanos a esta parte decidiu pelo aumentodas entradas de capital mínimo terá de sercumprido, sob pena se continuar numa si-tuação ilegal a à margem dos Estatutos.Foi concedido um prazo de 30 dias e umprazo suplementar de 90 dias para que oscooperadores cumprissem com essa obri-gação, só alguns o tendo feito.Este facto contribuiu para que o movi-mento de oposição aos órgãos legitima-mente eleitos congregasse m aisseguidores, ao ponto de terem invadido asinstalações da FICAPE contra as indica-ções da Direcção em Maio ultimo, com re-curso à força e à violência, o quedeterminou participação criminal contra osrespectivos autores. Entre estes elemen-tos do tal movimento contam-se coopera-dores e não cooperadores.Entretanto os referidos contestários con-vocaram uma reunião extraordinária à re-velia da Lei e dos Estatutos, paradestituição dos órgãos e nomeação de ou-tros.Esta situação está a ser alvo de processojudicial, que corre no tribunal sob forma deprocedimento cautelar, a que se seguiráprocesso para anulação das deliberaçõese pagamento de indemnizações aos titula-res dos órgãos destituídos.Neste momento é a melhor informação quepode ser prestada tendo em conta o carác-ter confidencial do tema, tendo em contaa existência de pessoas e instituições en-volvidas.Relembro mais uma vez que não dou qual-quer assentimento ou concordância a in-formações que venham a ser publicadas eque prejudiquem a minha pessoa poreventual não coincidência com a verdade.Figueiró dos Vinhos, 04 de Agosto de2014-08-04Com os melhores cumprimentosAfonso Henriques Rosa Morgado.

NOTAEm resposta ao Sr. Presidente (destituído) da Dire-ção da FICAPE, dada a sua simultaneidade de re-cepção nos obriga a concluir tratar-se de remessa“consertada” com o Sr. Presidente da Assembleia-Geral.O Director de O Ribeira de Pera, lembra a estesquando da recepção dos faxes, já a notícia se en-contrava em paginação pronta para impressão. Asinsinuações e informações recebidas em nada vie-ram alterar o nosso objectivo, este nosso trabalhofundamentou-se como já referido na pesquisa jorna-lística como obvio e no Código Cooperativo.

FICAPE: Esta é a minha opinião Continuação da página 3:

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No âmbito da sua candidatura à FederaçãoDistrital de Leiria, José Miguel Medeiros vi-sitou Figueiró dos Vinhos, onde foi recebidona Câmara Municipal pelo presidente evice-presidente da Câmara, Jorge Abreu eMarta Braz, e pelo Chefe de Gabinete Gon-çalo Braz, com os quais reuniu para apre-sentar a sua estratégia para os territóriosde baixa densidade.José Miguel Medeiros comprometeu-se adefender a gestão regionalizada dos fun-dos do eixo III do PRODER (iniciativas de

desenvolvimento económico e social nosterritórios de baixa densidade através dametodologia LEADER) – pelas mesmas en-tidades gestoras dos Programas Operacio-nais Regionais – e a capacitação daRegião de Leiria para aceder aos fundosgeridos directamente pela Comissão Euro-peia, através da criação de uma equipa téc-nica especializada, no quadro da agênciade desenvolvimento da região que preco-niza na sua moção global de estratégia.Na sua opinião, dada a pequena dimensão

dos projectos do eixo III do PRODER, faztodo o sentido a descentralização da ges-tão para as regiões, por questões de proxi-midade e de simplificação. No diálogo com os responsáveis autárqui-cos de Figueiró dos Vinhos, José MiguelMedeiros afirmou que a Comunidade Inter-municipal da Região de Leiria (CIMRL)deve ter uma preocupação especial com asespecificidades dos concelhos no Norte dodistrito de Leiria, propondo, como um dosprojectos comuns da CIMRL, a definição deuma estratégia intermunicipal de fomentoindustrial e de fixação de investimentos.Comprometeu-se também a dar o apoiototal aos autarcas da região na defesa darequalificação do IC8 entre Pombal e oPontão, considerando inaceitável que aobra tenha sido eliminada por este go-verno. Medeiros considerou o IC8 como umdos temas em que a Região precisa de teruma voz mais forte, lembrando que foi porsua iniciativa enquanto Governador Civil deLeiria e dos Governadores de Coimbra eSantarém à data (Henrique Fernandes ePaulo Fonseca), que se desbloqueou o pro-cesso de construção do IC3 (atual A13).Sobre a defesa da floresta contra incêndiosdefendeu que há apenas uma solução con-

sistente: a gestão florestal, em termos fun-diários, económicos e de ordenamento.No quadro do consórcio de instituiçõescientíficas, de ensino superior e empresa-riais que defende para o distrito, lideradopelo IPL, Medeiros sustentou que nada im-pede que um centro de investigação se fixeno Norte do distrito de Leiria, fixando inves-tigadores de universidades portuguesas eestrangeiras, criando emprego qualificadoe fortalecendo as dinâmicas territoriais.Num contexto em que o mercado é omundo, este território reúne os factores delocalização da nova economia: proximidadede mão-de-obra qualificada e às cidadesmédias, boas acessibilidades e condiçõesde bem-estar e de qualidade de vida.José Miguel Medeiros comprometeu-seainda com a defesa do SNS em Figueiródos Vinhos, nomeadamente do horárioalargado de funcionamento do Centro deSaúde.Visitou seguidamente o Centro de Empregode Figueiró dos Vinhos, que abrange tam-bém os concelhos de Pedrógão Grande,Castanheira de Pera, Ansião e Alvaiázere,para se inteirar da evolução do desem-prego nos últimos três anos.

. 516 de Agosto de 2014

José Miguel Medeiros apresentou estratégia para os territórios de baixa densidade

A Associação de Moradores de Casal de S.Simão – Refúgios de Pedra, encontra-se apromover um concurso de fotografia emque a surpreendente Aldeia do Xisto deCasal de S. Simão será o mote para estaaventura fotográfica.Existem três categorias para o concurso aoqual os participantes podem concorrer: aAldeia do Xisto de Casal de S. Simão; asFragas de S. Simão e o concelho de Fi-gueiró dos Vinhos.Em cada categoria haverá 3 prémios:- 1º prémio – Estadia de duas noites noCasal de São Simão para 2 pessoas;

- 2º prémio – Refeição para duas pessoasno restaurante Varanda do Casal;- 3º prémio – “Guia das Aldeias de Xisto”,editado pela Foge Comigo.As fotografias deverão ser originais, da au-toria do concorrente, captadas entre 1 deagosto e 30 de outubro de 2014 e enviadasaté ao dia 7 de novembro de 2014.O regulamento está disponívelem www.casaldesaosimao.com/con-

curso/, as inscrições e o envio de fotogra-fias devem ser feitas para o [email protected]

Casal de S. SimãoConcurso fotográfico

O alargamento do Parque Empresarial doCarameleiro, iniciado em 2012 e entretantoparado por falta de financiamento, vai serretomado este mês, uma vez que o muni-cípio conseguiu garantir o respectivo finan-ciamento via Mais Centro – ProgramaOperacional Regional do Centro, do QREN.O investimento orçado em 720.000 euros écomparticipado a 85%, e abrange 11 hec-tares onde ficarão implantados 40 lotesdestinados à instalação de empresas, dosquais 11 já se encontram a laborar na partemais antiga do parque, e mais de 20 estãoainda disponíveis. Os lotes são disponibili-zados mediante o pagamento simbólico deum euro por metro quadrado, valor quepode ainda ser reduzido em alguns casos.O Gabinete de Apoio ao Investimento do

município de Figueiró dos Vinhos é a enti-dade a contactar para mais informações.

António B. Carreira

Obras do Parque Empresarial vão ser retomadas

Edição para o concelho de Figueiró dos Vinhos

Encontra-se à venda na “PAPELARIA JARDIM” Telefone nº 236 553 464Rua Dr. Manuel Simões Barreiros – 3260 – FIGUEIRO DOS VINHOS

Nesta Papelaria, recebem-se pedidos e pagamentos de assinaturas e de publicaçõesobrigatórias ou quaisquer outras de carácter pessoal.

Os assinantes de “O Ribeira de Pera” e de “O Figueiroense” usufruem de descontode 15% nas publicações obrigatórias e 20% nas restantes.Também pode tratar directamente com a redacção de “O Figueiroense” Av. São Do-mingos, nº 51, Castanheira de Pera, Telefone nº 236 438 799 Fax 236 438 302 [email protected]

Desejo assinar o jornal O Figueiroense, pelo período de um ano com

início no mês de de 20

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casa, basta preencher, assinar e recortar este talão, e remetê-lo, acompanhado do respectivo paga-

mento para Jornal O Figueiroense, Avenida de São Domingos, nº 51, 2º, 3280-013 Castanheira de Pera.

O pagamento deve ser feito em cheque ou vale de correio, à ordem de FERCORBER, LDA.

Se preferir, pode tratar de tudo isto na Papelaria Jardim, em Figueiró dos Vinhos, ou nas papelarias

Lápis Poéticos (antiga 100Riscos) em Pedrógão Grande, Printpost em Castanheira de Pera, ou ainda

na redacção, na morada acima indicada.

Preços de Assinatura:

Residentes no Continente e Ilhas: Activos: 15,00 euros, reformados: 12,00 euros.

Europa: 23,40 euros, Resto do Mundo: 26,00 euros

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6 . 16 de Agosto de 2014

Na assembleia-geral realizada em 11 deJulho foi apresentada a escrutínio umaúnica lista, com José Carlos Agostinho a li-derar a direcção, Fernando Manata na As-sembleia-Geral e Fernando Batista noConselho Fiscal, que foi eleita para o biéniode 2014/2016, e cuja composição completatranscrevemos:

Assembleia-Geral Presidente: Fernando Manuel ConceiçãoManataVice-Presidente: José da Conceição Bar-reto NapoleãoSecretário: José Manuel Fidalgo AbreuSuplente: Jorge Rui Pinto

Conselho Fiscal Presidente: Fernando Manuel Carvalho Ba-tista Vice-Presidente: Juvenal Alves DominguesSecretário: Carlos Alberto Godinho Simões

Direcção Geral Presidente: José Carlos Antunes AgostinhoVice-presidente: Fernando Mendes Silva Secretário: Sara Patrícia Borges SimõesTesoureiro: David José da Silva MorgadoVogal: Abílio Manuel! Faria Assunção Vogal: Armindo Santos Silva Vogais Suplentes: António Manuel Mendes Lopes

Alexandra Margarida Silva Soares Pinto Alexandre Delmino Costa RodriguesAntónio Carlos Oliveira Martins Carvalho António José Cruz Aires Carlos Baião SimõesCarlos Manuel Gomes Ferreira Diogo Rafael Santos LopesEurico Farinha Medeiros Fernanda Maria Paiva Alves LeitãoFernando Conceição Silva Fernando de Almeida FerreiraFernando NapoleãoGonçalo Filipe Graça QuaresmaIsidro Alberto Silva Gonçalves Tomé João Miguel Conceição FranciscoJoaquim Mendes Conceição DiasJorge Humberto Cruz Cardoso Fernandes Jorge Manuel de Jesus AgriaJosé Aníbal Avelar Santos José António Herdade Barreiros José Mendes JorgeMaria Odete do Carmo Soares Pinto Mário da Conceição LuísPaulo Jorge Henriques Loja Santos LopesPaulo Jorge Tavares Reis Paulo Renato Conceição Nogueira Pedro Manuel da Silva Santos Rogério Paulo Tomás dos Santos Rui Miguel das Dores Leitão Sandra Cristina Costa Simões Vítor Manuel Carvalho de Oliveira Representante da Secção de Veteranos:Marçal Manuel Batista Rebelo Representante da Secção de Xadrez: RuiManuel de Almeida e Silva Representante da Secção de Pesca: Antó-nio Vasco Conceição Pereira Martins Representante da Secção de Natação: Ar-lindo José Bernardo Dinis Representante da Secção de Andebol:João Cardoso Araújo

Sucedendo a Jorge Abreu, que ocupou olugar de presidente da Associação Despor-tiva de Figueiró dos Vinhos durante 10anos, e que foi entretanto eleito presidente

da Câmara Municipal, José Carlos Agos-

tinho conta com esta vasta equipa para oajudar a liderar a instituição, como o Vice-presidente, Fernando Silva, que já treinavaem épocas anteriores os escalões de for-mação e que este ano vai além disso sertreinador adjunto da equipa sénior, ou osvogais Abílio Assunção e Armindo Silva,que transitam da anterior direcção, comoaliás muitos dos vogais suplentes que inte-gram a actual direcção geral.

Actividade desportivaPara além do futebol, a associação contatambém com outras modalidades em plenaactividade, como: Secção de Pesca Desportiva, com algumasdezenas de praticantes e que tem nestemomento um atleta em vias de competir na1ª divisão nacional da modalidade, paraalém de realizar diversos eventos ao longoda época desportiva; Secção de Xadrez que participa com regu-laridade em provas regionais e nacionais; Secção de Natação com cerca de 80 prati-cantes; Secção de Veteranos, Os Jolas, que aindaeste ano participaram em Espanha numtorneio internacional; Secção de Andebol, a única que está demomento sem actividade.No futebol, os escalões de formação movi-mentam cerca de 70 atletas, distribuídosem equipas de Benjamins B, Iniciados, Sub13 e Juniores. A equipa de seniores vai disputar este anoo Campeonato da 1ª Divisão Distrital deLeiria, em virtude de ter sido despromovidana época anterior da Divisão de Honra. Háno entanto a hipótese de a despromoçãonão acontecer se alguma das equipas queterão lugar nesta divisão não conseguirefectuar a inscrição junto da AF Leiria, enesse caso a A. Desportiva de Figueiródos Vinhos será a primeira equipa a ser

convidada para preencher a vaga.O regresso à Divisão de Honra, onde oclube figueiroense tem presença regular, é,a par da aposta na formação para preen-cher os quadros da equipa principal, ogrande objectivo da nova direcção paraeste mandato.Para tal, a direcção conta com a preciosacolaboração do treinador principal, João Al-meida, e de Fernando Silva, como treinadoradjunto e treinador dos escalões de forma-ção, ambos a transitarem da época ante-rior.

Equipamento e InstalaçõesPara além da Sede Social, património doclube, na Avenida dos Bombeiros Voluntá-rios, a associação conta também com ummini-autocarro, que para além das deslo-cações das diversas equipas, faz também,em regime de prestação de serviços aoMunicípio, transportes escolares, estandodevidamente legalizado para esta activi-dade, e também com uma viatura ligeira eoutra de nove lugares que estão em fim devida e vão ser substituídas brevemente.O Estádio Municipal Afonso Lacerda é olocal onde as equipas de futebol continuama treinar e a disputar competições oficiais,o que também sucede com a Secção deNatação em relação às Piscinas Munici-pais.

ReceitasPara além de todo o apoio logístico aquievidenciado, o Município contribui tambémcom um modesto subsídio anual, e o clubeconta ainda com donativos provenientesdas juntas de freguesia do concelho, bemcomo de algumas empresas, para alémdas receitas provenientes da cotização dossócios, bilheteira e receitas provenientes dobar que funciona nas instalações da Sede,e que está concessionado.

António B. Carreira

José Carlos Agostinho é o novo rosto da Associação Desportiva de Figueiró dos Vinhos

Decorreu no dia 11 de Agosto na BibliotecaMunicipal de Figueiró dos Vinhos, o lança-mento do livro Sonetos líricos & bucólicaslíricas do poeta figueiroense Alcides Mar-tins, cuja apresentação esteve a cargo deCarlos Lopes. Marta Braz vice-presidente da edilidade evereadora com o pelouro da Cultura, deuas boas-vindas aos presentes e endereçouos parabéns ao poeta Alcides Martins, aquem deu a palavra.Alcides Martins demonstrou-se emocio-nado pela presença dos seus amigos e fa-miliares, e esclareceu que este livro surgiuhá treze anos em Coimbra, quando estavaa recuperar de um esgotamento, aomesmo tempo escrevia outra obra, já publi-cada, a Epopeia Maubere. Ao livro chamou-lhe lírico porque fala de

amor, explicando que os sonetos são emestilo clássico, em verso heróico, com mé-trica contada e acentuação nas sextas enas décimas sílabas, “conforme compete”,e as bucólicas estão escritas em versolivre, “sem grandes retoques mas demons-trando profundidade e leveza ao mesmotempo”. Caracterizou o livro como muito di-vertido, e que “puxa um pouco pelo ero-tismo”, finalizou, antes de ler algunssonetos.Carlos Lopes considerou que o executivocamarário está de parabéns por patrocinaresta obra, e, como nota prévia, referiu queconhece o autor “há mais de 25 anos e es-tava longe de pensar que ele era tão desi-nibido, que era uma pessoa que nos traziaesta boa disposição, e que de algumaforma transmitia em verso aquilo que repre-

senta o amor, de uma maneira que divertee acaba por nos contagiar à medida queavançamos neste livro”. Após ler e comentar alguns versos destelivro, prosseguiu referindo que os versosconstruídos pelo autor encantam pela suaexpressividade artística e humana, e queatestam definitivamente estarmos peranteuma personalidade prodigiosamente multi-facetada.Concluiu com um elogio ao autor: “a humil-

dade que o Alcides evidencia em todos osmomentos da sua vida traduz-se perma-nentemente num acto de inteligência, é umhomem muito competente, muito capaz,muito sensível, de quem muito nos orgulha-mos pelo seu percurso literário, que se ma-terializa num conjunto de publicações quenos têm aquecido a alma e o coração,sendo esta obra que aqui apresentamos oseu último bom exemplo”.

António B. Carreira

Apresentação do livro “Sonetos líricos & bucólicas líricas” de Alcides Martins

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. 716 de Agosto de 2014

A Biblioteca Municipal de Figueiró dos Vi-nhos foi o palco escolhido para, no dia 24de Julho, Pedro Lopes apresentar o seulivro “A Regoa na Memória da República”.De salientar o grande interesse que estelançamento despertou junto dos figueiroen-ses mais ligados à causa cultural, regis-tando-se casa cheia para assistir àapresentação.Fernando Martelo apresentou o autor:“olhando para a plateia que tenho aqui àminha frente, isto é quase chover no mo-lhado, porque vocês todos conhecemmuito melhor o Pedro do que o conheçoeu.”Traçou depois o percurso académico eprofissional de Pedro Lopes, actualmenteprofessor do ensino secundário em Pesoda Régua, a quem reconheceu desdemuito jovem bastantes qualidades, bemcomo o percurso político, sobre o qualdisse: “de todas as facetas do Pedro, euacho que a menos relevante será mesmoa política… e ele não quererá repetir a ex-periência… porque estou em crer que pelomenos da maneira como hoje em dia seexerce a política em Portugal, para umhomem de bem este chamamento não émuito apelativo..”Sobre o livro, Fernando Martelo referiu queeste dá uma perspectiva do que foram osprimeiros tempos da República e fim daMonarquia, não só na zona da Régua mastambém no país inteiro, tendo ficado sedu-zido não só pela forma simples e interes-sante de seguir como está escrito, commuitas transcrições da época, mas igual-mente pela semelhança de algumas partesdo livro com os tempos actuais, tendo lidoalgumas passagens, terminando a “apre-sentar ao Pedro os meus parabéns pelo

magnifico livro que aqui nos deixa”.Falou de seguida o autor, Pedro Lopes,que fez a apresentação do seu livro.Começou por explicar que este livro resultado “ser” do professor, que não pode ser ummero reprodutor daquilo que alguém escre-veu, porque muitas vezes é preciso fazerinvestigação, preencher algumas lacunasque acontecem no conhecimento que estádisponível. E surgiu de uma necessidadeque sentiu quando foi para a Régua daraulas, em 2005, vinda de uma prática queimplementou na sua carreira, incutida pelasua professora do ensino secundário emFigueiró dos Vinhos, Margarida Lucas, quedizia que “devemos ir sempre à histórialocal, para melhor fazermos compreenderàqueles que estão perante nós a razão deser das comunidades”. Na Régua, recorrendo às monografias lo-cais, percebeu que existia um período pra-ticamente em branco na história no Douro,entre a “Ferreirinha” (Dona Antónia Fer-reira, da Casa Ferreira nos finais do Sec.XIX) e a fundação da Casa do Douro, nosanos trinta. Ora, “a História tem os seus si-

lêncios, e é preciso interpretar os silênciosque a História nos coloca, e portanto tiveque partir à descoberta”.Para se documentar nesta pesquisa,valeu-se da imprensa local, já que nestaépoca existiam na Régua quatro jornais, o5 de Outubro, O Independente Réguense,O Mensageiro da Virgem e O Douro, con-siderando que “a existência ou inexistênciade um jornal aquece ou arrefece, ou gelacompletamente aquilo que é o debate po-lítico”. A leitura destes jornais prolongou otrabalho de investigação por dois anos emeio, em sucessivas deslocações entre aRégua e a Biblioteca Geral da Universi-dade de Coimbra. E, abrindo um parênte-sis, enalteceu o grande trabalho levado acabo pela Biblioteca Municipal de Figueiródos Vinhos, biblioteca associada daUNESCO, nomeadamente pelo seu actualresponsável Sérgio Mangas, que numa ini-ciativa de Álvaro Gonçalves e do anteriorexecutivo, levou a cabo a digitalização daimprensa local, desde a última década doSéc. XIX até à actualidade, uma “tarefahercúlea muito útil a todos”.Sobre o livro, considerou que se trata deuma obra essencialmente pedagógica,para a qual partiu, como é habitual em His-tória, do enquadramento geral, para aquestão particular focada na Régua, ini-ciando por isso com a abordagem dos sím-bolos nacionais: a Bandeira, o HinoNacional, e “como sou figueiroense nãopodia deixar de o referir” do busto da Re-pública, que se encontra no Museu e Cen-tro de Artes em Figueiró dos Vinhos. Aquinovo parêntesis para referir a importânciado novo Museu num contexto de turismocultural, bem como o trabalho desenvol-vido por Margarida Lucas e Miguel Portela

na divulgação do património cultural doconcelho, trabalho que carece de continua-ção, lembrando o falecido To Zé Silva “comcerteza um dos grandes historiadores queFigueiró teria”, apelando a que “a culturanão seja vista como um fardo no orça-mento municipal, mas que seja sobretudovista como um potencial elemento do pro-gresso do concelho no seu desenvolvi-mento integrado… e peço à Marta que nasua estratégia para a cultura que continuea desenvolver este trabalho, que vem comcerteza de várias Câmaras atrás…”Retomando o livro, explicou que se divideessencialmente em duas partes, uma pri-meira parte que aborda a evolução do re-publicanismo até à República, visto comouma estratégia que se começa a desenharnos meados do séc. XIX e culmina com afuga do Rei Dom Manuel II na sequênciada revolução de 5 de Outubro, e a segundaparte com assuntos mais locais, como oabastecimento de água, o aparecimento deenergia eléctrica, a história do imposto ca-marário sobre o bacalhau e a revolta quese lhe seguiu, a questão do Douro, quelevou a outra revolta popular em 1915, comincêndios na repartição de finanças e nasecretaria da Câmara, campanários daIgreja, e uma carga militar sobre a popula-ção em Lamego de que resultaram maisde duas dezenas de mortos. Esta segundaparte aborda também aspectos nacionais,como as eleições para as Constituintes de1911, a não universalidade do voto, o anti-clericalismo, a ditadura de Pimenta deCastro e a de Sidónio Pais, a educação, aeconomia e a emigração, a Grande Guerrae a pneumónica.

António B. Carreira

Pedro Lopes apresentou o seu novo livro“A Regoa na Memória da República”

Abriu no dia 2 de Agosto, na sala poliva-lente do Clube Figueiroense - Casa da Cul-tura, a exposição de pintura de IreneBorges Costa - “Vertentes” - que reúne vá-rios trabalhos da pintora e que estarão pa-tentes até ao dia 12 de Setembro.Em breves palavras que antecederam a

abertura da exposição, a pintora natural daArega, teve oportunidade de agradecer aosserviços culturais da Câmara Municipal, eao presidente e vereadora da cultura, oapoio demonstrado para a realização destaexposição, revelando que tem em projectoum trabalho sobre a sua terra e freguesia

natal, para o qual solicitou apoio à autar-quia.Jorge Abreu deixou uma palavra de espe-rança quanto a este tipo de apoios, já quese inserem e “encaixam na perfeição” napolítica de dinamização da cultura e do tu-rismo cultural que a autarquia pretende se-guir.

António B. Carreira

Irene Borges CostaÉ natural de Carreira, Arega. Jovem rumoua Lisboa para junto de seus irmãos, ondecontinuou a estudar, licenciou-se, fez car-reira e constituiu família. Como terapia, pin-tava...! Aposentada, decidiu dar mais espaço àarte, pintura e escrita. Tão depressa pinta paisagens realistas,como dá pinceladas abstractas, como pintanaturezas mortas, ou mesmo naíf. Consi-

dera importante gostar do que faz, e fazero que gosta. Procura aperfeiçoar-se e ficarealizada quando lhe dizem que gostam deum trabalho seu. Pinta a óleo e a acrílico, usa técnicas mis-tas, usa pincéis, espátulas e outros auxilia-res que tenha à mão. Expôs por diversas ocasiões Figueiró dosVinhos, em Oeiras, Paço de Arcos, no Ca-sino do Estoril, em Pedrógão Grande, emCaldas da Rainha e expõe na Galeria En-tryDecore,. Participou no 3° Salão de Arteda Galeria Aberta do Estoril 2014 e está adecorrer uma exposição sua no MSESS,estando também representada no III Salãode Arte que está a decorrer em PedrógãoGrande, tendo ainda em agenda algumasexposições para o ano em curso. Muitasdas suas telas fazem parte de colecçõesparticulares em Portugal e no estrangeiro.

Editado a partir do folheto da exposição

Casa da Cultura: Vertentes - nova exposição de Irene Borges Costa

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8 . 16 de Agosto de 2014

No passado dia 22 de Julho, no lugar deAlge, Campelo, Figueiró dos Vinhos, onosso amigo Vítor Santos, celebrou nacompanhia da família e amigos mais umaniversário.

Vítor Santos, natural de Alge, emigrou paraa capital, Lisboa, em busca de melhorescondições de vida, e depois de algunsanos empregado no comercio estabele-ceu-se no “Bairo das Colónias (Lisboa)com estabelecimento de “talho”, tendoainda quando estabelecido em Lisboa,construído em Alge, onde desde algunsanos regressou para re-sidir, sendo nesta suavivenda onde recebe osseus habituais amigos enos presenteou, comohabitual, com um bomrepasto regado pelo tam-bém habitual bom vinho.Pessoa muito respeitadae estimada, desfruta deuma grande amizade naregião, reforçada quandoresponsável durante al-guns anos pela associ-ação “O Penico”.O “anfitrião” com sua esposa,estão sempre disponíveispara, sem restrições, recebercom muito agrado quemvisita Alge.

XXXVIII Aniversário da Associação “O Penico”

Observadores convidados “Pisca-pisca”(veterinário), Jorge e Abreu (Alentejano)

Vítor Santos esposa e amigos cantando os“parabéns a você”

HUMOR, em tempo de Festas

José Manuel

Almeida Teixeira

Não fugindo à tradição, no passado dia 16ocorreu a comemoração do trigésimooitavo aniversário da Associação de Culturae Recreio “O PENICO”, do lugar de Alge,Campelo, Figueiró dos Vinhos.

Como habitual, com o salão de festas re-pleto de sócios, famílias e amigos do lugar

de Alge, contou ainda com um convidadomuito especial, Dr. Fernando Manata quese fazia acompanhar pelo “EngenheiroCoelho”. Fernando Manata, que durantecerca de 19 anos se manteve à frente doexecutivo da Câmara Municipal de Figueiródos Vinhos, dada a estima e consideraçãoque a população de Alge tem por este ex-autarca, quando da sua entrada no salãoonde iria decorrer o convívio, foi por todosos presentes muito ovacionado com umaprolongada salva de palmas.Mais tarde, chegou o actual Presidente daCâmara Municipal de Figueiró dos Vinhos,Jorge Abreu, que justificou o seu atraso.O almoço foi muito bem confeccionadocomo habitual por um grupo de senhorasligadas ao lugar de Alge. No uso da palavrao Presidente da Associação “O Penico”,Senhor Fernando Jalles, agradeceu a pre-sença de todos os participantes, bem como

a Jorge Abreu, presidente do executivo mu-nicipal e Dr. Fernando Manata, a quemrecordou o ainda reconhecimento da pop-ulação de Alge, pelo seu contributo quandoà frente do executivo municipal.Falou de seguida Jorge Abreu, na quali-dade de Presidente da Câmara Municipal,que agradeceu o convite e mais uma vezmanifestou a sua disponibilidade para, noenquadramento da disponibilidade do mu-nicípio, dar continuidade ao apoio à popu-lação de Alge.Finalizou José Simões, na sua qualidadede Presidente da Assembleia Geral da as-sociação “O Penico”, que reforçou oagradecimento pela presença de JorgeAbreu e Dr. Fernando Manta referenciandotambém o apoio que o director do jornal “ORibeira de Pera” tem dado à associação.De nossa parte, registamos a informaçãode ter sido formulado também um conviteao Presidente da Junta de Freguesia deCampelo, o qual como com outros convitesformulados, não compareceu nem deuqualquer justificação. Esta lamentação dapopulação de Alge já se havia repetidoantes, quando do almoço de encerramentodos festejos ocorridos em Singral Cimeiro.Em nosso entendimento a “democraciapolítica” não se vive” constrói-se, essa con-

strução é feita sem olhar à “bandeirapolítica” através de contactos pessoais comtoda a população. A posição que tem vindoa ser assumida por este autarca indiciatratar-se de presidente da Junta de Fregue-sia do Partido Social Democrata, não deCampelo, que insere uma população comliberdade da sua opção politica.

Seguiu-se o cantar de aniversário tendo asvelas sido apagadas pelo jovem “AfonsoBrás”, neto de José Brás, que com umforte sopro apagou de uma só vez as velas.

Como o habitual, este convívio não termi-nou no final do corte do “Bolo de Aniver-sário”, prolongou-se pela tarde, com algunstrechos musicais tocados pelo “Fernandodos Pneus e filho” e também algumas ex-ibições de Francisca Maria, e pelas 18horas os habituais e apetitosos coiratos,febras e entremeada, seguida uma soparecordando a da nossa “avó”,

Aniversário de Vítor Santos

Ó Dr. pisca pisca, precisava queme resolvesses um problema, atua formação é veterinária ousaúde mental?

Já não tenshipótese …

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. 916 de Agosto de 2014

À semelhança de Alfredo Keil (1850-1907),José Vital Branco Malhoa (1855-1933) foium dos grandes pintores naturalistas1 por-tugueses que frequentou a região do Cabril- no Vale do Zêzere - e se radicou na vilade Figueiró dos Vinhos, onde – possivel-mente entre 1890 e1895 - construiu resi-dência e atelier - o célebre Casulo – e aífindou os seus dias em 1933.

Ao que sabemos, “a fixação de Malhoa emFigueiró começa com uma primeira visitano Verão de 1883 e cimenta-se em suces-sivos retornos, que se supõem cada vezmais prolongados, Verão após Verão… Sa-bemos que por ali ficava (possivelmenteem casa de amigos ou conhecidos), algu-mas vezes na companhia da mulher – Júlia-, ainda muito antes de construir o Casulo”2.

“O «Casulo» começa por ser uma casinhapequena: – duas janelas e uma porta, umaúnica divisão e uma pequena cozinha.«Para dormirem dividiam o espaço comuns biombos». Por isso, «de tão pequeninoque aquilo era, lhe chamou “O Casulo”».Só em 1898 é que se fazem grandes obrasde ampliação. Na prática, constrói-se umanova moradia de vários pisos, adoçada àantiga casinha que fica para atelier3”. Oprojecto é de Ernesto Reynaud, arquitectoque à data dirige as obras de reconstruçãoda fachada da igreja matriz de Figueiró.

José Malhoa terá sido atraído pelo colegae amigo Henrique Pinto que, como ele,fazia parte em Lisboa do denominadoGrupo do Leão. Em concreto, segundo a“tradição oral, por uma tardia entrevista,c.1928, de Malhoa e pela leitura crítica doscatálogos das exposições, Henrique Pintoe Malhoa terão ido juntos até Figueiró notal Verão de 1883, no seguimento de umalonga jornada pelo Vale do Vouga, possi-velmente já no regresso a Lisboa, e sabe-mos que a convite ou por indicação de JoséSimões d’Almeida Júnior, antigo professor

de ambos na Academia de Belas Artes. Fi-caram hospedados na casa da eira de umatia de Simões de Almeida (casa essa ondetornariam nos anos sequentes)”4.

Dois anos depois, em 1885, Manuel Henri-que Pinto - não resistindo aos encantos deuma jovem local - casa em Figueiró comMaria da Conceição de Almeida, filha dasenhoria e prima do escultor José Simõesde Almeida (Tio).

Não são conhecidas quaisquer pinturas,desenhos ou estudos de Henrique Pintoque tenham por cenário Pedrógão Grande,talvez explicado por as então deslocaçõesde Malhoa a Pedrógão terem decorrido emperíodo em que as prioridades - de ordemsentimental e profissional – do amigo Pintoeram outras. Esse “curto período coincide,na vida de Henrique Pinto, precisamentecom a altura em que vai tomar posse comoDirector da Escola Industrial de Portalegre(início do ano lectivo de1884) e, no ano se-guinte, com a vinda a Figueiró quase sópara tomar mulher e voltar (casa no iníciode Agosto de 1885). Nestes anos, aliás, etalvez por isso mesmo, a produção pictó-rica de Henrique Pinto em Figueiró é muitoreduzida”5.

Por sua vez, no que toca a José Malhoa,será em Figueiró dos Vinhos que este “en-contrará o seu local ideal para pintar (fre-quentemente na companhia de HenriquePinto) e inspiração para a maioria dos seusquadros, tanto de paisagem, como de gé-nero6, temática que se irá impondo aolongo da sua carreira”7. Mesmo assim, háa sublinhar que, nos primeiros anos de con-tacto com a região do Vale do Zêzere, oque ocorre ao longo de 1884 e 1885, Ma-lhoa pintou gentes e cenários pedroguen-ses.

Em concreto, José Malhoa visita PedrógãoGrande pela primeira vez em 1884, ha-

vendo dessa data notícia de dois pequenosestudos a lápis, sobre papel, com os títulos:Valado (15x9cm) e Casas em Pedrógão

Grande (9,5x15 cm)8.

E, regressando no ano seguinte, os seusinteresses pictóricos dividem-se entre ocentro histórico (medieval) da vila de Pe-drógão e as paisagens e ambientes de al-deia (Gravito, Escalos), a par dosrecolhidos ao longo da belíssima Ribeira dePera (ou Ribeira do Gravito), que nascidana Serra da Lousã – e atravessando as po-voações do Mosteiro e Rabigordo - desem-boca no Zêzere.

Desse trabalho nos dá conta na Exposiçãode Arte Moderna, promovida em 1885 peloGrupo do Leão, em que exibe as seguintespinturas (paisagens) referentes a9: - Interiorda Igreja Matriz (Séc. XII-XVI) de PedrógãoGrande (54x35 cm); - Rua Dourada10, namesma vila; - Aldeia dos Escalos, junto àRibeira dos Frades11;- Uma Rua nos Esca-los; - Aldeia do Gravito; - Ribeira do Gra-

vito12; - e Vale de Góis13, na margem direitado Zêzere, na zona do Cabril.

Coincidentes no tempo com a presença deMalhoa em Pedrogão Grande são conhe-cidas ainda algumas outras obras suas, asquais retratam alguns cidadãos aparente-mente de ascendência pedroguense. É ocaso dos retratos de Epifânio J. David, daSrª D. J. M. David e da jovem Maria Au-gusta David Martins14, produzidos entre1883 e 1885.

Deve-se ainda a José Malhoa uma gravurade Nª Sª dos Milagres (c. 1885, 21,5x15,5cm), que é venerada na Capela do Cabril,no panorâmico outeiro do Castelo Velho,sobranceiro ao Zêzere. Admitimos que talgravura possa ter sido oferecida pelo artistacom vista à angariação de fundos para a Ir-mandade local, à semelhança do se prati-cava no outro lado do rio, em PedrógãoPequeno, aquando da romaria da Sª daConfiança.

Assim, se um dia – com Malhoa e HenriquePinto – uma parcela do mais expressivoconvívio artístico lisboeta, que se reunia naCervejaria Leão d’Ouro, se fascinou pelosambientes serranos, e se deslocou para o“centro de um caleidoscópio naturalista”,“para a tranquilidade rural, com serenas ob-servações das vivências diárias e pitores-cas, numa situação de encantamento e

fruição”15, não temos dúvidas de que ofresco e belo Vale do Zêzere é um promis-sor espaço de lazer, reflexão e deleite quenecessitamos divulgar.Troviscais, em 18 de Julho de 2014

1 Vide A Escola Naturalista de Figueiró, Exposi-

ção de escultura e pintura, ed. CM Figueiró de

Vinhos, Junho/Julho 2004.

2 Texto de Luís José Pinto Borges da Gama,

neto de M. Henrique Pinto.

3 Idem, Luís Borges da Gama

4 Idem, Luís Borges da Gama

5 Idem, Luís Borges. Vide Homenagem a Henri-

que Pinto, Exposição de Pintura, ed. CM Fi-

gueiró dos Vinhos, Junho/Julho 2002.

6 Em que domina como temática a figuração hu-

mana e cenas da vida quotidiana.

7 Vide José Malhoa – Catálogo Raisonné, de

Nuno Saldanha, ed. Scribe, 2012, a págs. 371

8 Vide José Malhoa – Tradição e Modernidade,

de Nuno Saldanha, ed. Scribe, Nov. 2010, a

págs. 32.

9 Vide José Malhoa – Catálogo Raisonné, de

Nuno Saldanha, ed. Scribe, 2012, a págs- 371

10 Actual Rua 5 de Outubro e que também, no pas-

sado, foi chamada de Rua do Eirado.

11 Também conhecida como Ribeira dos Escalos,

na zona que atravessa as três aldeias que osten-

tam o nome de Escalos.

12 Denominação dada à Ribeira de Pera, no sítio

da aldeia do Gravito, onde existe uma ponte que

liga as aldeias da Mó e Rabigordo aos Troviscais.

13 Aldeia a nordeste da vila de Pedrógão, junto ao

rio Zêzere. Aldeia muito falada porque, até 1954,

aí existia uma célebre praia fluvial – a Praia do

Vau -, conhecida pelas suas notórias qualidades

terapêuticas.

14 Este quadro esteve presente na 13ª exposição

da Promotora, em 1884. Vide José Malhoa – Ca-

tálogo Raisonné, de Nuno Saldanha, ed. Scribe,

2012, a págs. 233-234.

15 Vide Figueiró dos Vinhos, no centro de um ca-

leidoscópio naturalista, de Maria de Aires Sil-

veira, Conservadora do Museu do Chiado-Museu

de Arte Conteporânea, in A Escola Naturalista de

Figueiró, Exposição de escultura e pintura, ed.

CM Figueiró de Vinhos, Junho/Julho 2004

Gravura publicada na revista ‘O Occidente’ nº256, de 11 Fev. 1886, a págs.

32, que reproduz o quadro «Aldeia dos Escallos», c.1885, e de que consta

a indicação de ter sido adquirido pela Raínha D. Maria Pia. Junto à aldeia

passa a Ribeira dos Frades, a que - nos princípios do Séc. XVII – o escritor

Miguel Leitão de Andrada apelidava de Ribeira dos Escalos, e a ela asso-

ciava a lenda da Princesa Peralta, no seu percurso entre a Lousã e o Zê-

zere.

Ilustres visitantes do Cabril: O pintor José Malhoa

Desenho e óleo da «Aldeia do Gravito»,1885

Por Aires B. Henriques

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10 . 16 de Agosto de 2014

Nuno Santos Fernandes

Advogado

Fonte do Casulo3260-021 Figueiró dos Vinhos

Tel./Fax: 236 552 172 Tlm. 919 171 456

----- Certifico que por escritura de vinte e umde Julho de dois mil e catorze, no Cartório No-tarial da Sertã de Teresa Valentina CristóvãoSantos, lavrada de folhas cento e vinte e oitoa folhas cento e trinta e uma, do livro de notaspara escrituras diversas número cento e se-tenta e seis - F, compareceram: ----- ÂNGELO DE PINHO BRANDÃO e mulherGENEROSA TEIXEIRA TAVARES, casadossob o regime da comunhão de adquiridos, nat-urais ele da freguesia de Várzea, concelho deArouca e ela da freguesia de Santa Eulália,concelho de Arouca, residentes habitualmentena Vivenda das Andorinhas, freguesia deVárzea, concelho de Arouca, contribuintes fis-cais, respectivamente, 174.002.335 e191.876.720, E DECLARARAM: ----- Que são donos e legítimos possuidores,com exclusão de outrem, dos seguintes pré-dios:----- UM - Rústico, sito em Vale das Pedras,freguesia de Campelo, concelho de Figueiródos Vinhos, composto de pinhal e mato, coma área de duzentos e quarenta metrosquadrados, a confrontar do norte com Fran-cisco José Tenreiro Leal, sul com a barroca,nascente com Deolinda Rosa Matos e poentecom Sesinando da Conceição Loja, inscritona matriz sob o artigo 5871. ----- DOIS - Rústico, sito em Vai da Manoita,freguesia de Campelo, concelho de Figueiródos Vinhos, composto de eucaliptal, pinhal emato em terreno rochoso de encosta, com aárea de mil seiscentos e oitenta metrosquadrados, a confrontar do norte com De-olinda Rosa Matos, sul com Sesinando daConceição Loja, nascente com a ribeira epoente com Maria da Conceição Loja, inscritona matriz sob o artigo 9681. ----- TRÊS - Metade do prédio rústico, sito em

Souto Longal, freguesia de Campelo, con-celho de Figueiró dos Vinhos, composto depinhal, mato e eucaliptal, com a área de setemil setecentos e dez metros quadrados, aconfrontar do norte com Manuel PereiraMendes e outros, sul com Artur Simões Se-guro e outros, nascente com Mário Nunes eoutros e poente com a barroca, inscrito na ma-triz sob o artigo 1956. ----- QUATRO - Rústico, sito em Relvinhas,freguesia de Campelo, concelho de Figueiródos Vinhos, composto de pinhal e mato, coma área de seiscentos metros quadrados, aconfrontar do norte com Isidro Domingos daConceição, sul com Alfredo Domingos Mari-ano, nascente com Manuel Lourenço e poentecom Manuel dos Santos, inscrito na matriz sobo artigo 5501. ----- CINCO - Rústico, sito em Fetinha, fregue-sia de Campelo, concelho de Figueiró dos Vin-hos, composto de pinhal, mato e eucaliptal,com a área de mil duzentos e sessenta metrosquadrados, a confrontar do norte com Aníbalde Jesus Martinho, sul com Deolinda RosaMatos, nascente e poente com o caminho, in-scrito na matriz sob o artigo 10017. ----- SEIS - Rústico, sito em Caratão, freguesiade Campelo, concelho de Figueiró dos Vinhos,composto de pinhal e mato, com a área desete mil quinhentos e quarenta metros quadra-dos, a confrontar do norte com Eduardo Carvalho Rosinha, sul e poente comterreno de passagem de gado e nascente com Alice da Conceição Car-valho, inscrito na matriz sob o artigo 3226.----- SETE - Rústico, sito em Regateira,freguesia de Campelo, concelho de Figueiródos Vinhos, composto de pinhal e mato, coma área de seis mil e quinhentos metrosquadrados, a confrontar do norte e nascente

com Alice da Conceição Carvalho, sul comEduardo Carvalho Rosinha e poente com ocaminho, inscrito na matriz sob o artigo 3030. ------ Todos os prédios se encontram omissosna Conservatória do Registo PrediaI. ----- Que eles justificantes possuem em nomepróprio os prédios referidos sob os númerosum e dois, desde mil novecentos e oitenta eseis, já no estado de casados, por comprameramente verbal a Aurélio AbrantesFigueiredo Loja e mulher Maria SeneditaVarandas Rosa Loja, residentes na Rua Pro-fessor Mark Athias A-5, primeiro S, Lisboa,cujo título não dispõem. ------ Que em relação ao prédio identificadosob o número três, são comproprietários comJoaquim Carvalho, viúvo, residente que foi naRua das Terras dos Vales, número 16, se-gundo esquerdo, Amadora, cuja metade aindanão se encontra registada, tendo possuídoessa fracção com ânimo de compropriedade. ----- Que eles justificantes possuem em nomepróprio a referida metade do prédio númerotrês, desde mil novecentos e oitenta e seis, jáno estado de casados, por compra mera-mente verbal a Aurélio Abrantes FigueiredoLoja e mulher Maria Benedita Varandas RosaLoja, residentes na Rua Professor Mark AthiasA-5, primeiro B, Lisboa, cujo título não dis-põem. ----- Que eles justificantes possuem em nomepróprio os prédios referidos sob os númerosquatro e cinco, desde mil novecentos e oitentae cinco, já no estado de casados, por comprameramente verbal a Manuel Simões Branco,viúvo, residente em Campelo, Figueiró dosVinhos, cujo título não dispõem. ----- O referido Manuel Simões Branco, viúvo,adquiriu verbalmente o referido prédio identi-ficado na verba cinco, por compra meramente

verbal a Vitorino Carvalho, viúvo, residenteque foi no lugar e freguesia de Campelo, con-celho de Figueiró dos Vinhos.----- Que eles justificantes possuem em nomepróprio o prédio referido sob o número seis,desde mil novecentos e oitenta e sete, já noestado de casados, por compra meramenteverbal, a Zulmira Carvalho, solteira, maior, res-idente que foi na Rua Cidade de Setúbal, 3,primeira Cave esquerda, Alto da Bela Vista,Agualva-Cacém, Sintra, cujo título não dis-põem. ----- Que eles justificantes possuem em nomepróprio o prédio referido sob o número sete,desde mil novecentos e oitenta e seis, já noestado de casados, por compras meramenteverbais, dois terços a Zulmira Carvalho,solteira, maior, residente que foi na RuaCidade de Setúbal, 3, primeira Cave es-querda, Alto da Bela Vista, Agualva-Cacém,Sintra e o outro terço a Manuel de Carvalhocasado com Maria das Dores, residentes nolugar de Ponte Fundeiro, freguesia deCampelo, concelho de Figueiró dos Vinhos,cujos títulos não dispõem.

----- Está conforme.

----- Cartório Notarial da Sertã, 21 de Julho de2014.

(Maria Helena Teixeira Marques Xavier, colab-oradora nº 322/5 do Cartório Notarial da Sertã,no uso das competências conferidas pelaNotária Teresa Valentina Cristóvão Santos,através de autorização publicitada em27/02/2013 no sítio da Ordem dos Notários.)

Publicado em O Figueiroense, nº 1, 2ª Série,de 16 de Agosto de 2014

CARTÓRIO NOTARIAL DA SERTÃ DE TERESA VALENTINA SANTOS

JUSTIFICAÇÃO

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Singral Cimeiro: Terminaram os festejos em honra de São Tiago

O Singral Cimeiro é o último lugar dafreguesia de Campelo, concelho deFigueiró dos Vinhos referenciado pelas co-ordenadas, Latitude 40.0408 – Longitude8.23927, altitude 733 metros, em plenaárea florestal da serra da Lousã.A sua população, em tempos, provinha asua agricultura, pastorícia, produção demel e de carvão, produtos que eram trans-portados à cabeça ou às costas paraserem vendidos no mercado de Castan-heira de Pera, usufruindo, quando na

época, do muito apetitoso cabrito.A juventude nessa época, dadas as fracascondições de futuro e sobrevivência, emi-grou em especial para a capital “Lisboa”,onde depois de alguns anos empregadosse estabeleceram, uma maioria no ramode “talhos”, reduzindo a população em cer-

tas épocas do ano a uma ou duas famíliasresidentes. Actualmente conta com um sig-nificativo número de habitações de acessodifícil, outras devido ao abandono pela rad-icação dos seus proprietários em Lisboa,em adiantado estado de ruína.É na época do Verão que um significativonúmero de “singralenses” regressa às suasorigens para, além de tratarem da conser-vação do seu património, passar com afamília e amigos alguns dias de lazer. O seu “padroeiro” São Tiago” é celebradono último domingo de Julho, cujos festejosiniciam ao sábado e terminam à segunda-feira, com o tradicional almoço oferecidopelos mordomos, que se prolonga pelatarde adiante num convívio muito animado,atraindo não só os “singralenses” como ummuito significativo número de amigos. Os festejos, no sábado pela noite, tiveramum baile abrilhantado pelo conjunto musi-cal “DUO TECLA”. No domingo, alvoradapelos gaiteiros “TOKANDAR”, e pelas 15horas Missa Solene e procissão, seguidado leilão de fogaças e oferendas ao SantoPadroeiro, e à noite mais um grandiosobaile abrilhanto pela jovem acordeonistaJoana Reis.

Na segunda-feira, almoço de confraterniza-ção composto por churrasco misto decarnes à moda do Singral, e pela tarde umgrandioso convívio na “Eira”, nele partici-pando não só os “Singralenses” como ummuito grande número de amigos onde aalegria e boa disposição prevaleceu.

Com um arrojado programa, da respons-abilidade dos senhores João António C.Batista (Major da GNR) e Ricardo MiguelG. Rodrigues, terminaram os festejos queneste fim de semana decorreram em Alge,Campelo, Figueiró dos Vinhos.

No dia 8, inicio dos festejos com a aberturada Quermesse e um grandioso baile abril-hantado pelo “Duo Musical CLAVE”. Nodia 9, Arruada pelo Grupo de Concertinas“Os amigos da Gaita”, abertura da quer-messe, pelas 18 horas a actuação da “Es-cola de Fado Alverquense” seguida demais um grandioso baile abrilhantado pelo“Grupo Musical NOTA 3”.

Dia 10, pelas 9,30horas, abertura doServiço de Bar e Quer-messe, e pelas 10horas, chegada da Filar-mónica Figueiroense,que percorreu as ruasdo lugar para recolhadas fogaças Pelas 15horas Missa Soleneseguida de procissão, eàs 18 horas chegada eactuação do Rancho deCantarinhas de Buar-

cos, seguido pela actu-ação do “Grupo Musical

IMPÈRIO” que abrilhantou mais umgrandioso baile.No dia 11, Arruada pelo grupo de concerti-nas “Amigos da Gaita”, abertura do Bar eQuermesse, seguida das habituais provasdesportivas tendo pela entrada da noite aactuação do grupo musical “BRYSAS”com abrilhantou até altas horas da noitemais um grandioso baile.No dia 12, encerramento dos festejos comum almoço de confraternização compostopor “porco no espeto” arroz de feijão,batata frita, salada e outras iguarias ondenão faltou o belo vinho tinto e banco.Para o próximo ano, dada a dificuldade deencontrar mordomos, foi constituída uma“comissão” que se responsabilizará pelosfestejos, composta por Lúcio Mendes, Ar-mindo Varandas, Amílcar Rosinha, Dia-mantino Nicolau, Vítor Manuel Tomás eFernando Jalles.

José Domingues, Mário “acordeonista” e Fernando Jalles

Fausto, Ramiro e o director de “O Ribeira de Pera”

O momento de dar ao pezinho com algunsmirones a aguardar oportunidade

Aqui não faltou o “repórter” da TV/Singral

Alge: Festas em honra do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora de Fátima

Ao centro a Vice-presidente e o Presidente da Câmara Municipal deFigueiró dos Vinhos

Mordomo (major da GNR) João António e esposa

Ao fundo, Lúcio Mendes e esposa

Fernando Jalles e Diamantino Nicolau e esposa

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12 . 16 de Agosto de 2014

Conforme noticiámos no nosso número an-terior, decorreu no Mercado Municipal deFigueiró dos Vinhos, nos sábados de 26 deJulho, 2 e 9 de Agosto, a iniciativa do mu-nicípio figueiroense Mercado com Sabor:Show Cooking 2014.Show cooking consiste num espectáculointeractivo entre o cozinheiro e o públicopermitindo, de uma forma informal e des-contraída, dar a conhecer os pratos da re-gião e o segredo para os confeccionar paraque fiquem dignos de um verdadeiro Chef.Com o Chef João Quaresma* à frente dacozinha improvisada numa das bancas domercado, mas com todas as condições ne-cessárias para o trabalho, foram sendoconfeccionadas diversas iguarias, queeram depois degustadas pelo público quesempre com grande interesse acompa-nhava a iniciativa.As sessões iniciavam-se sempre com oChef a percorrer as bancas do mercadopara comprar os ingredientes principais.No dia 26 de Julho, o tema era Sabores deFigueiró, da Ribeira de Alge, dos moinhos

e muito mais…! Com a ementa a ser cons-tituída por um Creme de Sabores de Fi-gueiró e de Alge, como prato principal, umcreme de legumes e tapa de truta de Alge(broa, filete de truta, chutney de pimentovermelho e tomate seco), e para sobre-mesa, uma Delícia do Verão em Figueiró(Pão de ló, mousse de requeijão e frutossecos, compota de amoras e morangos).O sábado de 2 de Agosto foi dedicado aotema Petiscos de Verão, tradicionais portu-gueses e mediterrânicos, e começava comuma Espetada de Petiscos Portugueses,prato composto de espetada de enchidoassado, maçã caramelizada e crocante dealheira, cogumelos e azeitonas, e SaladasMediterrânicas, uma fria de courgette, ce-noura, alfaces, tomate, frutos secos,melão, figos e queijo, e uma morna de le-gumes e cogumelos salteados e cuzcuz.A ementa do dia 9 era dedicada a Cozinhare Poupar, a rima que sabe ainda melhor! etinha como estrela do primeiro prato A Ca-vala, um peixe saboroso , barato e com-pleto, servida em filetes e acompanhadapor esmagado de batatas e legumes, como segundo prato a ser um Desafio: Umprato de encher o olho e a barriga por 0,50euros! Composto de esparguete, cenoura,courgette, pimento e bife de peru.Com esta iniciativa, a autarquia pretenderevitalizar e dinamizar o Mercado Municipal

de Figueiró dos Vinhos, onde ainda é pos-sível falar com quemproduz muitos dos le-gumes, carnes, frutas, azeite, entre muitasoutras coisas que levamos para casa.Local tradicionalmente muito frequentadonesta altura do ano, torna-se num espaçoprivilegiado para a realização de eventosgastronómicos, valorizando os produtosendógenos através da apresentação de umreceituário simples e acessível procurandoaproximar os produtores e os consumido-res.

António B. Carreira

*Chef João Quaresma - Finalizou em 2010 o CET de Técnicas Avançadasem Cozinha na Escola de Hotelaria e Turismo deCoimbra e realizou o estágio na Tasca da Esquinado chef Vítor Sobral em Lisboa - Ainda em 2010 criou o projeto João Quaresma, oseu chef! que é um serviço personalizado de cozi-nha em casa do cliente http://joaoquaresmaoseu-

chef.wordpress.com e que tem sido a sua atividadegastronómica principal - Desde 2011 é consultor gastronómico de projetosde apoio a pequenas e médias empresas na área darestauração - Nos últimos 4 anos tem realizado alguns workshopse ações gastronómicas em escolas transmitindo asua paixão pela cozinha mediterrânica.

Foi com uma exposição renovada que oMuseu do Xadrez de Figueiró dos Vinhoscomemorou o seu primeiro aniversário.No dia 26 de Julho estiveram presentes nainauguração da nova exposição, o anteriorlíder do executivo camarário, e um dos im-pulsionadores da iniciativa, Rui Silva, e oactual presidente, Jorge Abreu.Entre as novas peças em exibição nomuseu conta-se um quadro oferecido pelopintor figueiroense Vítor Costa.Assinalando o aniversário, o Museu do Xa-drez editou uma brochura com imagens etexto alusivos ao Museu.

O Museu do XadrezO Museu do Xadrez, primeiro em Portugaldedicado a esta modalidade, foi inauguradono dia 26 de Julho de 2013, pela autarquiade Figueiró dos Vinhos, e está instalado nopiso térreo do “Casulo”, moradia mandadaconstruir em 1895 pelo pintor José Malhoa.O espaço é constituído pelas salas ÁlvaroGonçalves e João Rocha, ambos destaca-dos praticantes da modalidade no conce-lho. A originalidade e cariz único, do espaçoe do acervo, serão decerto interessantespara todos os visitantes, desde praticantesocasionais a apaixonados pela modalidade.O visitante tem a possibilidade de mergu-

lhar no universo do xadrez e percorrer a ex-posição através da grande variedade deobjectos expostos, que vão desde tabulei-ros, fotografias, livros e partidas de xadrez,postais, selos e cartazes, em grande parteprovenientes de empréstimos e doações.O Museu do Xadrez de Figueiró dos Vinhosé um dos poucos museus no mundo dedi-cados a esta modalidade desportiva, co-nhecendo-se apenas mais alguns naEuropa: na Rússia, em São Petersburgo,na Holanda em Amesterdão e na Suiça nalocalidade de Kriens, perto de Lucerna; enos Estados Unidos, nomeadamente oWorld Chess Hall of Fame, com Sede emMiami, Florida e dependências em váriascidades norte americanas.

O XadrezJogo de raciocínio e de lógica, a origem doxadrez perde-se nas brumas da memória edo tempo. Alguns afirmam que o jogo terásido criado 3 mil anos antes Cristo, após adescoberta de um documento sobre a pin-tura mural da câmara mortuária de Mera,em Sakarah, no Egito, que aparentementemostra duas pessoas a jogar xadrez. Ou-tros dizem que teve a sua origem na Índia,por volta do século VI a.C, num jogo conhe-cido como “Chaturanga” e se espalhoupara a China e a Pérsia graças aos comer-ciantes. No século IX, o xadrez foi introdu-

zido na Europa, tornando-se popular emtodo o continente. As regras e os movimen-tos das peças do xadrez foram determina-das no século XV, garantindo ao jogo ostatus de “passatempo favorito da socie-dade aristocrática europeia”.O xadrez é um dos jogos mais popularesdo mundo, sendo praticado por milhões depessoas em torneios (amadores e profis-sionais), clubes, escolas, pela Internet, porcorrespondência e informalmente. Há umaestimativa de cerca de 605 milhões de pes-soas em todo o mundo que sabem jogarxadrez e destas, 7,5 milhões são filiadasnuma das federações nacionais que exis-tem em 160 países em todo o mundo.Desde 2001 que o Xadrez é consideradopelo Comité Olímpico Internacional comoum desporto e modalidade olímpica, tendoas suas próprias Olimpíadas e campeona-tos mundiais em todas as suas classes.

António B. Carreira

Museu do Xadrezcomemorou o primeiro aniversário

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