Racismo e Xenofobia

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Direitos humanos: O Racismo e a Xenofobia.

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Direitos

humanos: O Racismo e a

Xenofobia.

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Racismo O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em

que se dá grande importância à noção da existência de raças

humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a

convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características

físicas hereditárias, e determinados traços de carácter e inteligência

ou manifestações culturais, são superiores a outros. Os racistas

definem uma raça como sendo um grupo de pessoas que têm a

mesma ascendência. Diferenciam as raças com base em

características físicas como a cor de pele e o aspecto do cabelo.

Investigações recentes provam que a “raça” é um conceito inventado.

A noção de “raça” não possui qualquer fundamento biológico. A

palavra “racismo” é igualmente usada para descrever um

comportamento abusivo ou agressivo para com os membros de uma

“raça inferior”. A diferença de cor entre as pessoas tem uma

explicação científica

para a qual o homem

n ã o c o n t r i b u i

minimamente: a maior

ou menor concentração

de melanina da pele,

que torna a pele da

pessoa mais o menos

escura.

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Vários tipos

de racismo:

Racismo individual ou a modalidade individual,

realça-se nos estereótipos mais estranhos, nas

atitudes, nos comportamentos e até nos interesses

pessoais que estão socializados entre brancos, negros

e indivíduos de outros segmentos sociais (somos um

povo “mente colonizada.

Racismo institucional ou modalidade institucional, é

claramente demonstrado em dados oficiais. O negro, o

índio, o judeu, o cigano, os mineiros, os peões, os

mendigos, os bêbados, os gigolôs, os homossexuais, a

mulher – sobretudo negra – e toda sorte de

marginalizados, destituídos e enjeitados, são oculta

ou abertamente discriminados em nosso sistema de

trabalho, na Justiça, na Economia, na Política e nas

demais instituições.

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Continuação dos vários tipos de racismo: Racismo cultural, ou modalidade cultural, que traz ele-

mentos do racismo individual e do institucional, manifes-

ta-se nos valores, nas crenças, na religião, na língua, na

música, na filosofia, na estética etc. Pierre André

Taguieff, citado pela brilhante Marilena Chauí, ao escrever

sobre o novo nacionalismo racista distingue três níveis de

racismo – primário, secundário e terciário – de dois gran-

des tipos de racismo contemporâneo – universalista ou

discriminatório, e comunitarista, ou diferencia lista.

Racismo primário é um fenómeno psicossocial, emocional

ou passional, sem qualquer elaboração ou justificação;

corresponde ao que chamo de mito. Há uma mitologia

racista, que é um estado de espírito passional, irracional,

que exprime medo e cólera, terror e ódio. O racismo

secundário, que consiste no etnocentrismo, é um fenó-

meno psicossocial mais sofisticado. O racismo terciário é

o que desenvolve justificativas científicas – no século XIX

e início do século XX, a justificativa vinha da biologia e da

genética; actualmente, vem da antropologia e da psicolo-

gia social. Curiosamente, esses três níveis de racismo

têm como adversários argumentos anti-racistas, que na

maioria das vezes são também racistas.

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Racismo comunitarista ou diferencialista… é o racismo contemporâneo que se

apropriou dos pontos centrais do anti-racismo, isto é, que raça não é natureza,

mas cultura ou etnia, e que todos temos o direito à diferença. Agora, afirma-se

o carácter sagrado da comunidade, a identidade do grupo ou da nação, a obri-

gação de defender a integridade, a identidade e a especificidade da nação

ou comunidade e, portanto, sua diferença.

Nazismo – Mesmo abominado e repreendido pela Comunidade Universal e

com os seus crimes sentenciados e condenados pelo Tribunal Militar (TMI)

de Nuremberg, o nazismo continua vivo, fundado sobretudo no chamado

direito à diferença.

Racismo ecológico ou ambiental – É a forma ou subespécie mais recente de dis-

criminação – ecológica, racial, económica, política, social, tecnológica etc. – con-

tra a “Mãe Terra”, os seus ecossistemas e, sobretudo, os povos mais pobres.

Sionismo – Movimento nacionalista judaico, cujo propósito era fundar em

Estado na Terra Santa, como pátria do povo judeu. Fundado em 1897, o sio-nismo alcançou seu principal objectivo político com a criação, em 1948, do

Estado de Israel.

Apartheid – Com a recente eleição de Nelson Mandela à presidência da África do Sul,

o apartheid vira uma triste lembrança de uma variante moderna do nazismo, no que

ele tinha e tem de mais abominável.

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Xenofobia:

Xenofobia quer dizer aversão a

outras raças e culturas. Muitas

vezes é característica de um

n a c i o n a l i s m o e x c e s s i v o .

A xenofobia é um medo

intensivo, descontrolado e

desmedido em relação a pessoas

o u g r u p o s

diferentes, com

as quais nós

hab i t ua lmen t e

não contactamos.

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Xenofobia

como doença:

Neste sentido mais restritivo de xenofobia, aceita-se apenas o

medo excessivo e descontrolado do desconhecido.

O medo natural do desconhecido não é mais parte de xenofobia,

sendo xenofobia o excesso deste medo. Xenofobia, neste sentido,

é uma doença psicológica, e insere-se no grupo das perturbações

fóbicas, sendo este uma fobia específica.

Estas fobias são caracterizadas por

ansiedade clinicamente significativa,

provocada pela exposição a uma

situação ou objecto temido (neste caso,

pessoas ou situações estranhas ao

doente) que, frequentemente, conduz a

um comportamento de evitar algo.