R E V I S T A A T T A L E A A G R O N E G Ó C I O S 1 .... Agrº Carlos Arantes Corrêa ... onde no...

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1 R E V I S T A A T T A L E A A G R O N E G Ó C I O S Abril de 2008

Transcript of R E V I S T A A T T A L E A A G R O N E G Ó C I O S 1 .... Agrº Carlos Arantes Corrêa ... onde no...

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Encomendas pelos Fones:

Fazenda Monte Alegre: (16) 3723-5784

André Cunha: (16) 9967-0804

Luis Cláudio: (16) 9965-2657

Encomendas pelos Fones:

Fazenda Monte Alegre: (16) 3723-5784

André Cunha: (16) 9967-0804

Luis Cláudio: (16) 9965-2657

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Mudas de café produzidas no sistema

convencional (saquinhos), tubetões

e mudões para replantio.

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FOTOS: Viveiro Monte Alegre

Mudas de café

certificadas pelo

Ministério da Agricultura

Temos também Mudas de

Eucalipto e de Nativas

para Reflorestamento

Temos também Mudas de

Eucalipto e de Nativas

para Reflorestamento

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CartasEditora Attalea Revista de Agronegócios

Rua Profª Amália Pimentel, 2394.CEP 14.403-440, Franca (SP) ou

[email protected].

A Revista Attalea Agronegócios, registrada noRegistro de Marcas e Patentes do INPI, é

uma publicação mensal da Editora Attalea Revista deAgronegócios Ltda., com distribuição gratuita,reportagens atualizadas e foco regionalizado

na Alta Mogiana, Triângulo, Sule Sudoeste de Minas Gerais.

TIRAGEM3 mil exemplares

EDITORA ATTALEA REVISTADE AGRONEGÓCIOS LTDA.CNPJ nº 07.816.669/0001-03

Inscr. Municipal 44.024-8Rua Professora Amália Pimentel, 2394, São José

CEP: 14.403-440 - Franca (SP)Tel. (16) 3723-1830

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DIRETOR E EDITOREng. Agrº Carlos Arantes Corrêa

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DIRETORA COMERCIALAdriana Silva Dias

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JORNALISTA RESPONSÁVELRejane Alves MtB 42.081 - SP

PUBLICIDADEAdriana Silva Dias (16) 9967-2486

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OAB/SP 140.385

CTP E IMPRESSÃOCristal Gráfica e Editora

Rua Padre Anchieta, 1208, CentroFranca (SP) - Tel/Fax (16) 3711-0200

www.graficacristal.com.br

CONTABILIDADEEscritório Contábil Labor

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É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTALDE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS

ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIAAUTORIZAÇÃO DO EDITOR.

Os artigos técnicos e as opiniões e conceitos emitidosem matérias assinadas são de

inteira responsabilidade de seus autores,não traduzindo necessariamente a opinião da REVISTA

ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Foto da Capa:

Editora Attalea

SAFIRA DA ALTOESTIVA, premiadana 45ª EXPASS.

Fazenda Paraíso,Franca (SP).

Leite mantém ritmo de crescimentoLeite mantém ritmo de crescimentoLeite mantém ritmo de crescimentoLeite mantém ritmo de crescimentoLeite mantém ritmo de crescimento

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leaO preço do leite longa

vida já aumentou cercade 20% no primeirotrimestre de 2008 e devecontinuar em alta esteano. A previsão tem comobase não só a entressafraque se inicia e reduz aquantidade de leite innatura produzido edisponível para beneficia-mento, como também avalorização do mercadomundial de lácteos, cujaprodução ainda estáaquém da demanda.

Esses fatores, aliados ao aquecimen-to do mercado interno, deverão susten-tar o preço do leite e de seus derivados,entre os quais o longa vida, em níveispróximos dos registrados em 2007.

Na região de Franca (SP), váriosprojetos estão sendo desenvolvidosvisando organizar a produção leiteiraem pequenas propriedades. É o casodo CATI-Leite, da Secretaria deAgricultura do Estado de São Paulo,onde no final do mês passado teve olançamento regional na propriedade doSr. Honofre Bazon, em Itirapuã (SP).

Nesta edição, continuamos a retra-tar algumas propriedades que explorama atividade leiteira no município deCarmo do Rio Claro (MG).

Destacamos, também, mais umartigo da Drª Josiane Ortolan, discor-rendo sobre o tema qualidade de leite -efeitos do teor de energia da dieta de

vacas em lactação.Vários eventos acontecerão nestes

próximos dias: Agrishow, em RibeirãoPreto (SP), Dia-de-Campo de Leite, emPatrocínio Paulista (SP), Encontro daFamília Rural, em Claraval (MG) e a 39ªEXPOAGRO, em Franca (SP).

O zootecnista Gilmar Brüningretrata, em artigo, os aspectos relevantesna reforma e implantação de pastagens.

Apresentamos, ainda, um artigoimportante sobre o controle biológicoda lagarta-do-cartucho-do-milho.

Destacamos, também, a preocu-pação dos pesquisadores e citricultorescom relação ao aparecimento daMosca-Negra-dos-Citros no estado deSão Paulo.

A Fafram - Faculdade Dr. FranciscoMaeda, de Ituverava, divulga o iníciodas segundas turmas de Pós-GraduaçãoLato Sensu.

Boa leitura a todos.

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Região se prepara para a Agrishow 2008Região se prepara para a Agrishow 2008Região se prepara para a Agrishow 2008Região se prepara para a Agrishow 2008Região se prepara para a Agrishow 2008

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Local: Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológicodos Agronegócios do Centro-Leste

Anel Viário • Km 321 • Ribeirão Preto • SP

De 28 de abril a 03 de maio

AGRISHOW 2008

Av. Dr. Nilton Cristiano, 509 - Fone / Fax: (16) [email protected]

Tem festa na Agrishow

Além das novidades tecnológicas da Agrishow eaquela orientação especializada, você sempre consegue

o melhor negócio com o .

Você é nosso convidado!O comemora 20 anos de atuação no mercado.

Prevista para acontecer de 28 de abrila 03 de maio próximo, em Ribeirão Preto(SP), a Agrishow 2008 - Feira Interna-cional da Tecnologia Agrícola em Açãosinaliza para superar a edição anterior,que atingiu um público total de 140 milvisitantes, em uma área total de 190.000m2 de exposição, com a participação de660 expositores e movimentação finan-ceira da ordem de R$ 710 milhões.

Desde a sua criação, em 1994, o prin-cipal objetivo da feira é fomentar negó-cios, desenvolver e valorizar o produtorrural, a agricultura, a pecuária e agro-indústria nacional.

Um dos indicadores do sucesso daAgrishow é o conceito de feira agrícoladinâmica com demonstrações de máqui-nas, equipamentos e implementosagrícolas em ação.

A expectativa dos agricultores é o deconhecer as novidades tecnológicasprincipalmente em maquinários eimplementos.

As demonstrações dinâmicas são ogrande fator diferencial da Agrishow

Ribeirão Preto. O momento em que “asempresas que confiam no seu taco” – naexpressão do ministro Roberto Rodrigues– não só expõem seus produtos de formaestática, mas demonstram também a suaeficiência e produtividade, ou seja, asqualidades intrínsecas que de fato inte-ressam ao cliente em potencial. Para eles,é o momento de tirar dúvidas comparan-do o desempenho de equipamentossimilares. Para os fabricantes, é a hora daverdade, de provar a superioridade dosseus produtos.

A crescente disposição das empresasem participar das dinâmicas demonstra

que se trata da melhor forma de conquis-tar clientes.

“A participação nas demonstraçõesdinâmicas cresceu tanto que foi necessá-rio estabelecer algumas restrições”, ex-plica Luiz Mario Machado Salvi, diretorda Araiby Feiras e Eventos, a empresacontratada para organizar as demons-trações dinâmicas desde a primeira ediçãoda Agrishow Ribeirão Preto.

“Elas foram organizadas em módulos,de acordo com o tipo de tarefa a ser exe-cutada – plantio, pulverização, colheitaetc. Além disso, foi necessário restringir aparticipação das empresas a uma máquinapor módulo, senão não seria possívelatender a todas. Mesmo assim, atual-mente são realizadas cerca de 200 de-monstrações por dia.”

Desde 2004, as demonstrações sãoclassificadas em três grupos: agriculturaempresarial, agricultura familiar epecuária. A principal preocupação dosorganizadores é com o respeito às regrasdestinadas a garantir uma participaçãototalmente ética e imparcial.

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Empresária ou familiar, pecuária deEmpresária ou familiar, pecuária deEmpresária ou familiar, pecuária deEmpresária ou familiar, pecuária deEmpresária ou familiar, pecuária deleite se destaca em Carmo do Rio Claroleite se destaca em Carmo do Rio Claroleite se destaca em Carmo do Rio Claroleite se destaca em Carmo do Rio Claroleite se destaca em Carmo do Rio Claro

Luis Antonio da Silva (LWS) e o criadorLuis Antonio da Silva (LWS) e o criadorLuis Antonio da Silva (LWS) e o criadorLuis Antonio da Silva (LWS) e o criadorLuis Antonio da Silva (LWS) e o criadorRenato Antônio Rey Jr., entre os filhosRenato Antônio Rey Jr., entre os filhosRenato Antônio Rey Jr., entre os filhosRenato Antônio Rey Jr., entre os filhosRenato Antônio Rey Jr., entre os filhosLeonardo e Maurício.Leonardo e Maurício.Leonardo e Maurício.Leonardo e Maurício.Leonardo e Maurício.

À esquerda, o pecua-À esquerda, o pecua-À esquerda, o pecua-À esquerda, o pecua-À esquerda, o pecua-rista Ailton Silva Frei-rista Ailton Silva Frei-rista Ailton Silva Frei-rista Ailton Silva Frei-rista Ailton Silva Frei-re. À direita, bagacilhore. À direita, bagacilhore. À direita, bagacilhore. À direita, bagacilhore. À direita, bagacilhode cana, utilizado comode cana, utilizado comode cana, utilizado comode cana, utilizado comode cana, utilizado comocama no cama no cama no cama no cama no free stahlfree stahlfree stahlfree stahlfree stahl.....

Sala de ordenha com capacidade paraSala de ordenha com capacidade paraSala de ordenha com capacidade paraSala de ordenha com capacidade paraSala de ordenha com capacidade para6 animais6 animais6 animais6 animais6 animais

A pecuária leiteira na região deCarmo do Rio Claro (MG) ultrapas-sou os limites da tradição. Familiar ouempresária, as propriedades produto-ras de leite estão investindo cada vezem mais em tecnologias, buscando re-duzir os custos de produção e, conse-quentemente, aumentar a rentabi-lidade.

O pecuarista Renato Antônio ReyJr. e a D. Alessandra produzem leitehá mais de 20 anos e são exemplosdos momentos bons e ruins que a ati-vidade já passou. “Já trabalhei comgado Jersey, já abandonei a atividadepor não ter retorno financeiro. Hojenós aprendemos que o sucesso da ativi-dade está em adotar tecnologias práticase mais baratas, bem como reduzir os cus-tos de produção”, afirma Renato.

Com exceção de um empregado, apropriedade utiliza apenas a mão-de-obra familiar: a esposa D. Alessandra e osfilhos Leonardo e Maurício.

A propriedade possui 30 alqueires eum plantel de 100 animais, sendo 43 emlactação que, em três ordenhas diárias,produzem 1.000 litros/dia. O Sr. Renatoadotou um pequeno sistema de ordenhacanalizado para seis animais de cada vez.“Na alimentação dos animais, adotamosa silagem de milho misturado a 1/3 decapim-cameron (média de 30 kg/dia/ani-mal) e uma quantidade diária de raçãobalanceada aqui na própria propriedade”,explica Renato.

De acordo com Luis Antonio da Silva,da LWS Equipamentos de Refrigeração,o pecuarista poderia reduzir ainda maisos seus custos, se adequasse a quantidadede milho na ração balanceada. “A silagemde milho é o melhor volumoso que o pe-cuarista pode ter. Se bem preparada, asilagem ainda é mais nutritiva e mais ba-rata que a ração industrializada. Porém,sem necessidade, os criadores acabamaumentando os seus custos de produçãoquando adicionam uma quantidade ain-da maior de milho triturado na raçãobalanceada”, explica Luisinho. “É umdesperdício e é fácil de se observar. É sóolhar as fezes das vacas.

O produtor adotou ainda um sistemade piquetes, onde são distribuídos os ani-mais de acordo com a fase de vida (vacassolteiras, vacas em lactação, novilhas e

bezerras).“A atividade leiteira

trabalha com uma mar-gem muito pequena. Oque sobra é praticamenteo que se gasta. Mas estamoscontentes com os resul-tados obtidos nos últimosanos”, ressalta Renato.

Em uma propriedadevizinha, o pecuarista Ail-

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Secretaria de Agricultura lança CATI-LEITE em ItirapuãSecretaria de Agricultura lança CATI-LEITE em ItirapuãSecretaria de Agricultura lança CATI-LEITE em ItirapuãSecretaria de Agricultura lança CATI-LEITE em ItirapuãSecretaria de Agricultura lança CATI-LEITE em Itirapuã

ton Silva Freire possui uma história devida parecida. “Estou na atividade há uns20 anos. Já criei gado Girolando e o tempome mostrou que o gado Holandês é maisprodutivo. Comecei com 60 litros/dia ehoje, após um trabalho de genética e in-vestimentos em alimentação, alcancei amarca de 2.500 litros/dia”, explica Ailton,que atualmente emprega cinco funcio-nários mais a família.

Na alimentação do plantel de 250vacas, sendo 110 em lactação, Ailton uti-liza para os lotes principais a silagem demilho como principal volumoso. “Paraos lotes mais fracos, usamos a silagem decapim”, diz. A propriedade não tem pi-quetes, apenas um pasto para o gadosolteiro. Por outro lado, o criador adotouo sistema de free-stahl para abrigar asvacas em lactação.

Atualmente, tanto o Sr. Renato, quan-to o Sr. Ailton arcam com os custos deprofissionais veterinários.

Estas duas realidades distintas retra-tam a aptidão leiteira do município de

Grande parte do milho empregado naGrande parte do milho empregado naGrande parte do milho empregado naGrande parte do milho empregado naGrande parte do milho empregado naalimentação das vacas acaba não sendoalimentação das vacas acaba não sendoalimentação das vacas acaba não sendoalimentação das vacas acaba não sendoalimentação das vacas acaba não sendoaproveitado pelo trato digestivo dosaproveitado pelo trato digestivo dosaproveitado pelo trato digestivo dosaproveitado pelo trato digestivo dosaproveitado pelo trato digestivo dosanimais.animais.animais.animais.animais.

No último dia 27 de março, napropriedade do Sr. Honofre Bazon, emItirapuã (SP), foi realizado o lançamentodo Projeto CATI-Leite, na regional deFranca (SP).

O Engº Agrº João Bruneli Jr.representou o coordenador da CATI,Sr. Francisco Eduardo Bernal Simões e,ao lado do Engº Agrº Carlos PaganiNeto, (gerente técnico do CATI-Leite);do Engº Agrº Pedro César Avelar (moni-tor do projeto CATI-Leite na regionalFranca); do prefeito de Itirapuã,Marcos Henrique Alves; do Méd. Vet.José Eduardo Macedo (secretário mu-nicipal de agricultura) e de outrasautoridades, lançaram oficialmente oprograma na região.

João Bruneli Jr, Luis Gustavo Lopes (EDR-Orlândia), o produtor HonofreJoão Bruneli Jr, Luis Gustavo Lopes (EDR-Orlândia), o produtor HonofreJoão Bruneli Jr, Luis Gustavo Lopes (EDR-Orlândia), o produtor HonofreJoão Bruneli Jr, Luis Gustavo Lopes (EDR-Orlândia), o produtor HonofreJoão Bruneli Jr, Luis Gustavo Lopes (EDR-Orlândia), o produtor HonofreBazon, Carlos Pagani Netto e Pedro César Avelar.Bazon, Carlos Pagani Netto e Pedro César Avelar.Bazon, Carlos Pagani Netto e Pedro César Avelar.Bazon, Carlos Pagani Netto e Pedro César Avelar.Bazon, Carlos Pagani Netto e Pedro César Avelar.

Novos no projetoNovos no projetoNovos no projetoNovos no projetoNovos no projeto: Arthur Chinelato (Embra-: Arthur Chinelato (Embra-: Arthur Chinelato (Embra-: Arthur Chinelato (Embra-: Arthur Chinelato (Embra-pa/São Carlos) entre os pecuaristas Aristeupa/São Carlos) entre os pecuaristas Aristeupa/São Carlos) entre os pecuaristas Aristeupa/São Carlos) entre os pecuaristas Aristeupa/São Carlos) entre os pecuaristas AristeuLespinasse Filho e Ricardo Freitas de Souza.Lespinasse Filho e Ricardo Freitas de Souza.Lespinasse Filho e Ricardo Freitas de Souza.Lespinasse Filho e Ricardo Freitas de Souza.Lespinasse Filho e Ricardo Freitas de Souza.

Free-stahl da propriedade do Sr.Free-stahl da propriedade do Sr.Free-stahl da propriedade do Sr.Free-stahl da propriedade do Sr.Free-stahl da propriedade do Sr.Ailton.Ailton.Ailton.Ailton.Ailton.

Carmo do Rio Claro e a preferência pelasilagem de milho como principal ali-mento volumoso.

Na próxima edição retrataremos apropriedade do Sr. Moizés Lemos, queproduz 10 mil litros diários.

O “CATI-LeiteCATI-LeiteCATI-LeiteCATI-LeiteCATI-Leite” um pro-jeto da Secretaria de Agricul-tura e Abastecimento do Estadode São Paulo e tem no EDR -Escritório de Desenvolvimen-to Rural de Franca sua base re-gional. É uma continuidade do“Projeto de Viabilidade daProjeto de Viabilidade daProjeto de Viabilidade daProjeto de Viabilidade daProjeto de Viabilidade daPecuária LeiteiraPecuária LeiteiraPecuária LeiteiraPecuária LeiteiraPecuária Leiteira”, iniciadoem parceria com a EmbrapaPecuária Sudeste, de São Carlos(SP), e que teve por finalidadecapacitar os profissionais daCATI a desenvolver, a partir de

agora, os trabalhos junto aos pecuaristasde cada regional.

“O grande diferencial do projeto é agestão da propriedade. Fazer com queos produtores entendam a importânciadas atividades de administração, comoquanto se gasta com a atividade, apren-dendo a fazer a escrituração zootécnicados animais, bem como a escrituraçãocontábil. Só assim ele poderá saber seestá tendo lucro ou prejuízo com aatividade”, explicou o Engº Agrº PedroCésar Avelar.

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• Plantel Gir Selecionado para Leite;

• Animais premiados em várias exposições;

• Venda permanente de Tourinhos, Novilhas,

Matrizes e Embriões das Melhores Matrizes;

• Sucesso do “Leilão Berço do Gir”;

GIR LEITEIRO - FRANCA/SP

• Em pesagens oficiais da ABCZ, vários animais

ultrapassaram os 25 kg diários;

• CAÇADORA DE BRASÍLIA atingiu a incrível

marca de 41,9 kg em um único dia.

77 anos de tradição, seleção

e criação de Gir Leiteiro

77 anos de tradição, seleção

e criação de Gir Leiteiro

ARIANA TE KUBERA

Campeã Vaca Sênior e Melhor Úbere Vaca

Sênior na 45ª EXPASS

ARIANA TE KUBERA

Campeã Vaca Sênior e Melhor Úbere Vaca

Sênior na 45ª EXPASS

UNO DA SILVANIA

Campeão Touro Sênior na 45ª EXPASS

UNO DA SILVANIA

Campeão Touro Sênior na 45ª EXPASS

SAFIRA DA ALTO ESTIVA

Campeã Vaca Jovem,

Reservada Grande Campeã e

Reservada Melhor Úbere Jovem na 45ª EXPASS

SAFIRA DA ALTO ESTIVA

Campeã Vaca Jovem,

Reservada Grande Campeã e

Reservada Melhor Úbere Jovem na 45ª EXPASS

Proprietária: MARIA TEREZA LEMOS (Tóla Lemos)Rodovia João Traficante, km 3,5 (Rod. Franca/Ibiraci) - Tel (16) 8155-4444Email: / Site:[email protected] www.fazendaparaiso.com.br

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Josiane HernandesJosiane HernandesJosiane HernandesJosiane HernandesJosiane HernandesOrtolanOrtolanOrtolanOrtolanOrtolan11111

Energia da dietaEnergia da dietaEnergia da dietaEnergia da dietaEnergia da dieta

O fornecimento altasconcentrações de energia nadieta de vacas em lactaçãotende a aumentar o teor deproteína do leite, pois es-timula a síntese de proteínamicrobiana no rúmen, po-rém, essa estratégia pode emmédio prazo, comprometer asaúde do rúmen (acidose) eda vaca.

Por outro lado, nas con-dições atuais encontradas nocampo, como as deficiênciasnutricionais, tanto em ener-gia, proteína e balanço mineral, se melho-rarmos o fornecimento de energia, jámelhoraria e muito a produção da vacaem lactação, porém, sempre lembrandoque um balanço da dieta segundo aexigência nutricional do animal, sempreé o mais adequado.

Gordon (1977) em um de seus tra-balhos demonstra muito bem que a por-centagem de proteína do leite aumentana medida em que o aporte, tanto deproteína, quanto de energia, atende àsexigências para a produção de leite.(Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1).

Atendidas as exigências, a resposta aoaumento da proteína é mínima, enquantoque em relação ao aumento no aporteenergético ainda pode haver resposta.

Suplementação comSuplementação comSuplementação comSuplementação comSuplementação comgordura na dietagordura na dietagordura na dietagordura na dietagordura na dieta

Vacas de alta produção exigem umamaior demanda de suplementação comalimentos energéticos, e os níveis antescomuns de, apenas, 3 a 4 % de gordurana MS vem sendo dobrados com o usocontrolado de gordura vegetal e animale de produtos especiais, como a chamadagordura inerte no rúmen, ou “by-pass”(sabões de cálcio), já dissertados em outro

Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (6)Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (6)Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (6)Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (6)Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (6)Efeitos do teor de energia da dieta de vacas em lactaçãoEfeitos do teor de energia da dieta de vacas em lactaçãoEfeitos do teor de energia da dieta de vacas em lactaçãoEfeitos do teor de energia da dieta de vacas em lactaçãoEfeitos do teor de energia da dieta de vacas em lactação

FIGURA 1. Efeito dos aportes deenergia e proteína no teor de proteína

(%) do leite (Gordon, 1977)

artigo (“Utilizando gordura na ali-“Utilizando gordura na ali-“Utilizando gordura na ali-“Utilizando gordura na ali-“Utilizando gordura na ali-mentação de vacas de alta pro-mentação de vacas de alta pro-mentação de vacas de alta pro-mentação de vacas de alta pro-mentação de vacas de alta pro-dução”dução”dução”dução”dução”).

De acordo com Kennelly et al.(1999), a suplementação com gordurageralmente tem um efeito negativo sobrea porcentagem de proteína do leite, em-bora em certos estudos tenham sido en-contrados até aumentos na produção deproteína, face ao aumento da produçãode leite.

Causas da redução no teorCausas da redução no teorCausas da redução no teorCausas da redução no teorCausas da redução no teorde lactose do leitede lactose do leitede lactose do leitede lactose do leitede lactose do leite

Segundo pesquisas, a lactose é o com-ponente do leite menos afetado pelaalimentação. Sob condições normais, o

teor de lactose é um poucomenor no início e ao fimda lactação, acompanhan-do a curva de produção.

A lactose é quem dá oritmo à produção de leite,ou seja, quanto mais ácidopropiônico estiver dispo-nível para a síntese de lac-tose no úbere, mais leite ésecretado, isso por que alactose e o potássio no lei-te da vaca sem mastitemantém o equilíbrio os-mótico entre o leite e osangue, através da retiradade água dos fluidos extra-celulares e intra-celulares.

Assim, quanto maislactose é secretada, mais

água é necessária para formar o leite, quetem na sua composição 87,5 % de água.Entretanto, em situações de subnutriçãoenergética (cetose) principalmente nopré-parto ou logo no pós-parto, em quenão há “pico” de lactação, há diminuiçãono teor de lactose (Thomas & Rook,1983).

Alteração do ponto deAlteração do ponto deAlteração do ponto deAlteração do ponto deAlteração do ponto decongelamento do leitecongelamento do leitecongelamento do leitecongelamento do leitecongelamento do leite

Em situações de alimentação deficien-te, especialmente na falta de suplementa-ção adequada com concentrados e mi-nerais, quando o leite apresenta uma di-minuição no teor de lactose, ocorre umaredução no peso específico do leite e no

1 - Médica veterinária, mestre em Qualidade eProdutividade Animal e doutoranda emQualidade e Produtividade Animal pela FZEA-USP. Email: [email protected]

FIGURA 1.FIGURA 1.FIGURA 1.FIGURA 1.FIGURA 1. - Efeito dos aportes de energia e proteína no teor de proteína (%) do leite(Gordon, 1977)

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seu ponto de congelamento,produzindo efeitos seme-lhantes à fraude pela adiçãode água.

Aspectos de manejo ali-mentar também podemafetar o ponto de congela-mento do leite.

O acesso limitado aoalimento concentrado e à ingestão deágua nos intervalos entre ordenhas,quando compensados pelo livre acessologo antes da ordenha, podem ser causasda diminuição do ponto de conge-lamento do leite, conforme revisão deKirchgessner et al. (1965) sobre esteassunto.

Manejo alimentarManejo alimentarManejo alimentarManejo alimentarManejo alimentar

Além dos fatores já citados ao longodos 6 artigos já comentados sobrequalidade do leite e nutrição da vaca emlactação, envolvendo ingredientes dadieta que afetam a composição do leite,outros aspectos de manejo alimentarrelacionados ao modo de fornecer oalimento ao animal, devem serconsiderados.

Por tudo que já foi dito anteriormen-te, pode-se concluir que quando afermentação no rúmen estiver dentro delimites considerados normais, a produçãode leite estará otimizada, pelo menos noque se refere à qualidade.

Experimento 1Experimento 1Experimento 1Experimento 1Experimento 1

Número de refeiçõesProdução de leite (kg/d)Teor de gordura (%)

Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. - Efeito do número de refeições com concentrado sobre oteor de gordura do leite.

2x23,63,69

6x23,44,04

2x16,93,24

6x17,83,79

MunicípioMunicípioMunicípioMunicípioMunicípio

Fonte: Kaufmann et al., 1979

Experimento 1Experimento 1Experimento 1Experimento 1Experimento 1

Os problemas digestivos e metabó-licos da vaca leiteira que afetam a pro-dução e a composição do leite se origi-nam da dificuldade de conciliar potencialgenético de produção (altas exigênciasnutricionais para o úbere) com os limitesimpostos pela capacidade de ingestão(tamanho de rúmen) e pela qualidadenutritiva do alimento volumoso (velo-cidade de fermentação no rúmen).

Daí a necessidade de se usar racio-nalmente os alimentos concentrados,ajustando-se a quantidade a fornecer aonível de produção e aumentando-se afreqüência de refeições, ou seja, evitando-se fornecer acima de 4 kg por refeição.

Os efeitos positivos do maior númerode refeições sobre a melhor regulação dafermentação no rúmen e o aumento noconsumo de MS são amplamente conhe-cidos, havendo também um efeito posi-tivo sobre o teor de gordura do leite, con-forme os dados da Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1 (Kaufmann,et al., 1979).

Outro tipo de manejo adotado, comefeito, positivo sobre a produção e

composição do leite, é o for-necimento da dieta total-mente misturada (dieta total),onde em cada bocado a vacaingere o volumoso misturadoao concentrado (energético,protéico, mineral-vitamí-nico) evitando oscilações nafermentação ruminal e

mantendo o pH mais elevado e estável.O estímulo à ruminação é funda-

mental à saúde do rúmen, como já vistoacima, e principalmente em dietas comsilagem de milho que durante o processosofreu picagem num tamanho médio departícula de 1 a 2 cm, recomenda-sefornecer uma quantidade mínima (2 a 3kg de MS) de feno ou silagem pré-secadade boa qualidade, isso para ter ummínimo de fibra efetiva para uma boaruminação.

A regra prática para garantir omínimo de fibra efetiva na dietarecomenda que 75 % de FDN consumi-da pelo animal, proceda de volumososuficientemente estruturado.

Na próxima edição, manteremos omesmo foco: nutrição da vaca emlactação, mas com outras abordagens.

Gostaria também de lembrar quedúvidas e sugestões são bem vindas edevem ser mandadas à revista ou no e-mail, [email protected].

Até a próxima.

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Franca realiza a 39ª ExpoagroFranca realiza a 39ª ExpoagroFranca realiza a 39ª ExpoagroFranca realiza a 39ª ExpoagroFranca realiza a 39ª Expoagro

Personalidades na festa de lançamento da 39ª ExpoagroPersonalidades na festa de lançamento da 39ª ExpoagroPersonalidades na festa de lançamento da 39ª ExpoagroPersonalidades na festa de lançamento da 39ª ExpoagroPersonalidades na festa de lançamento da 39ª Expoagro

Acima, Heitor de Lima,Acima, Heitor de Lima,Acima, Heitor de Lima,Acima, Heitor de Lima,Acima, Heitor de Lima,coordenador técnico dacoordenador técnico dacoordenador técnico dacoordenador técnico dacoordenador técnico daExpoagro 2008. À direita,Expoagro 2008. À direita,Expoagro 2008. À direita,Expoagro 2008. À direita,Expoagro 2008. À direita,os criadores de Nelore Joséos criadores de Nelore Joséos criadores de Nelore Joséos criadores de Nelore Joséos criadores de Nelore JoséMilton de Souza (acima) eMilton de Souza (acima) eMilton de Souza (acima) eMilton de Souza (acima) eMilton de Souza (acima) eWaguinho Samello (abaixo).Waguinho Samello (abaixo).Waguinho Samello (abaixo).Waguinho Samello (abaixo).Waguinho Samello (abaixo).

José Augusto Freixes e Geraldo Cintra DinizJosé Augusto Freixes e Geraldo Cintra DinizJosé Augusto Freixes e Geraldo Cintra DinizJosé Augusto Freixes e Geraldo Cintra DinizJosé Augusto Freixes e Geraldo Cintra Diniz

Eduardo Henrique e esposaEduardo Henrique e esposaEduardo Henrique e esposaEduardo Henrique e esposaEduardo Henrique e esposa Alexandre Botina e esposaAlexandre Botina e esposaAlexandre Botina e esposaAlexandre Botina e esposaAlexandre Botina e esposa

EVENTOS

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Investindo no agronegócio e emparcerias institucionais, a prefeitura e aComissão Organizadora intensificaramações na organização da 39ª Expoagro -Exposição Agropecuária de Franca (SP),que será realizada de 12 a 25 de maio, norecinto do Parque de Exposições “Fer-nando Costa”.

As tradicionais exposições pecuáriasforam ampliadas, em raças e em númerode animais. Serão ao todo quatro raçasbovinas (Nelore, Girolando, Brahman eGir Leiteiro), duas equinas (Mangalargae Árabe), duas ovinas (Santa Inês eMorada Nova), provas de hipismo e atradicional exposição de cães.

O julgamento de Nelore está marcadopara os dias 17 e 18. O do Cavalo Man-

galarga, para os dias 16 a 18.No domingo, dia 18, aconteceo julgamento de ovinos, ran-queado na Aspaco - Associa-ção Paulista dos Criadores deOvinos.

No segundo turno, nos dias22 a 24 acontecerão os julga-mentos de Cavalo Árabe eGado Brahman. Nos dias 23 a24 acontecerão os julgamentosde Gado Gir e Gado Girolando.

“Estamos resgatando aindao Torneio Leiteiro de Gado Gir,que já foi tradicional em épo-cas passadas e estamos nego-ciando a realização do leilão deGado Nelore”, afirmou Heitor

de Lima, diretor da Divisãode Atividades Produtivas e coor-denador da exposição. O torneio teminício no dia 22, quinta-feira, comtérmino programado para o sábado,dia 24.

Para a edição deste ano, a prefei-tura não mediu esforços em reformasna estrutura do Parque FernandoCosta. Além dos telhados, dos bar-racões de animais, dos banheiros, dapintura e dos jardins, a prefeiturareformou completamente a Casa doCriador, transformando-a em umespaço próprio para receber palestras,

seminários e congressos tecnológicos.A prefeitura pretende reinaugurar o

auditório no dia 16 de maio, homena-geando um ilustre “filho-de-Franca”: Dr.Fábio de Salles Meirelles, presidente daFAESP, do SEBRAE-SP, do SENAR-SP,da CNA e do FUNDEPEC.

A comissão organizadora firmouainda parceria com o Escritório Regionaldo Sebrae e pretendem realizar, durantea Expoagro, um Congresso Tecnológicoabordando o tema “panorama demercado”, envolvendo as atividades deprodução de leite, café, cachaça, ovinos,peixes, orgânicos, frutas e mel.

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16SHOWS

17 18 23 24 25Banda

EvaInimigosda HP

Victor &Léo

RoupaNova

Gino &Geno

João Neto &Frederico

21Cláudia

Leite

Uma das maioresexposições agropecuáriasdo Estado de São Paulo

12 a 25 de maio - Pq. Fernando Costa

39ª

20 a 25/0520 a 25/05GADO GIRGADO GIR

19 a 25/0519 a 25/05GADO BRAHMANGADO BRAHMAN

14 a 18/0514 a 18/05CAVALO MANGALARGACAVALO MANGALARGA

20 a 25/0520 a 25/05GADO GIROLANDOGADO GIROLANDO

19 a 25/0519 a 25/05CAVALO ÁRABECAVALO ÁRABE

12 a 18/0512 a 18/05GADO NELOREGADO NELORE

25/05EXPOCÃES

16 a 25/0516 a 25/05OVINOS

TORNEIO LEITEIRO

Gado Gir

Dias 22 a 24Dias 22 a 24CONGRESSO

DE AGRONEGÓCIO

Dias 19 a 21Dias 19 a 21

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Organização prevê superarOrganização prevê superarOrganização prevê superarOrganização prevê superarOrganização prevê superar2007 em negócios e em público2007 em negócios e em público2007 em negócios e em público2007 em negócios e em público2007 em negócios e em público

A UFLA - Universidade Federal deLavras juntamente com inúmerasinstituições parceiras, realizarão nos dias18, 19 e 20 de junho, na FazendaExperimental da Epamig, município deTrês Pontas (MG), a EXPOCAFÉ 2008,maior feira de tecnologia agrícola voltadapara o agronegócio café.

O evento foi idealizado e criado apartir de projetos financiados pelo CNPq/BIOEX-Café e surgiu como uma excep-cional oportunidade para que produtoresbusquem novas tecnologias e conheci-mentos fundamentais à sustentabilidadedo agronegócio, onde a produtividadedas lavouras, a melhoria da qualidade doproduto e a redução dos custos de produ-ção, aliadas à preservação dos recursosnaturais são muito importantes.

A EXPOCAFÉ é um órgão vinculadoa Pró-Reitoria de Extensão da UFLA,criado pela Resolução CUNI no 027, de19 de outubro de 2000. Recebe cerca de45 mil visitantes de várias regiões e estadosbrasileiros.

Nestes quase 11 anos de existência, aEXPOCAFÉ vem contribuindo de formasubstancial no desenvolvimento da ca-feicultura nacional, notadamente naregião do Sul de Minas, tornando-a maiscompetitiva.

No tocante à extensão, processoeducativo, cultural e científico que arti-cula o ensino e a pesquisa de forma in-dissociável e que viabiliza a relação trans-formadora entre Universidade e socie-dade em que se insere, a EXPOCAFÉ tempropiciado à comunidade acadêmica

oportunidadespara elaboraçãoda práxis do co-nhecimento. Essecontato da comunidade acadêmica coma sociedade produtora tem permitidoreflexões no sistema ensino-apren-dizagem.

O substancial crescimento do eventodevido ao reconhecimento por parte detodos os segmentos relacionados aoagronegócio café, demonstra claramenteque a EXPOCAFÉ é o referencial dacafeicultura nacional. A quantidade evalor de negócios, diretos e indiretos,proporcionados vêm aumentando. Noano passado, foram contabilizados cercade R$ 112 milhões em negócios e umpúblico de 30 mil pessoas.

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O evento, sem fins lucrativos, foi até2002 realizado na Fazenda São Sebastiãoe em 2003 foi transferida para a FazendaExperimental da EPAMIG, ambos loca-lizados em Três Pontas (MG).

Concomitantemente com a dinâmicade máquinas (colhedoras, derriçadoras,recolhedoras, abanadoras, pulverizado-res, podadoras, esqueletadoras, distribui-doras de fertilizantes e corretivos, trans-portadoras, classificadoras, secadores etc),o evento conta com exposição, feira,palestras, fórum de debates, rodadas denegócios, lançamentos e cozinha expe-rimental (receitas a base de café).

Tudo isso em um ambiente onde oprodutor pode se sentir à vontade, en-contrar tecnologias adequadas ao seuempreendimento e mesmo assessoriastécnicas de profissionais de universidades,principalmente da UFLA – UniversidadeFederal de Lavras; de extensionistas decooperativas e das Emater’s – Empresade Assistência Técnica e Assistência Rurale de pesquisadores da Epamig – Empre-sa de Pesquisa Agropecuária de MinasGerais, além de aproximadamente 50monitores (alunos de graduação e de pós-graduação dos cursos de Engenharia

Agrícola, Agronomia, Administração,Zootecnia, Ciência da Computação, Ciên-cias Biológicas, Engenharia de Alimentos,Química, Engenharia Florestal e deMedicina Veterinária) intermediando arelação produção x indústria x comérciox universidade.

Desta forma, o evento tem recebidoprodutores e técnicos de todo o Brasil edo exterior, autoridades políticas do setorcafeeiro, além de estudantes de graduaçãoe de pós-graduação dos diversos cursosde ciências agrárias do país.

Garota ExpocaféGarota ExpocaféGarota ExpocaféGarota ExpocaféGarota Expocafé

A Expocafé em parceria com a TVAlterosa – Varginha abriu inscrições parao Concurso Garota Expocafé 2008.

Segundo o Regulamento poderão seinscrever garotas entre 18 e 27 anos,independente do seu estado civil, envian-do a ficha de inscrição devidamentepreenchida, que está à disposição no sitewww.expocafe.com.brwww.expocafe.com.brwww.expocafe.com.brwww.expocafe.com.brwww.expocafe.com.br, com duasfotos (uma de corpo inteiro e outra derosto). A inscrição também poderá serrealizada através do endereço eletrônicogarota [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected],mas só serão aceitas as inscrições cujasfotos estiverem anexadas.

O período de inscrição via inter-netserá de 1º de abril a 25 de maio de 2008e via correio será de 1º de abril a 20 demaio de 2008. As inscrições enviadas viacorreio, só terão validade se tiverem ocarimbo dos Correios com data até 20 demaio de 2008. O concurso aconteceráno dia 19 de junho de 2008, durante oExpocafé 2008.

O concurso será divulgado durante aprogramação semanal da TV Alterosa,outdoor e panfletos.

Edição EspecialEdição Especial

18 a 20 de junho • Três Pontas (MG)

RRevista AttaleaRevista Attalea

Reserve já o seu espaço • Fechamento dia 20 de maio

A Editora Attalea Revista de Agronegócios está organizando a publicaçãode uma Edição Especial, que circulará durante a 11ª EXPOCAFÉ.

Convidamos a sua empresa a participar desta edição, que pretende divulgaro que existe de melhor em tecnologia e serviços na cafeicultura brasileira.

A Edição Especial terá uma tiragem de 10 mil exemplares eserá distribuída gratuitamente durante a feiraÉ uma oportunidade única de divulgação.

Telefone (16) 3723•1830 / (16) 9967-2486 c/ AdrianaEmail: [email protected]

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Av. Wilson Sábio de Mello, 1490, São JoaquimAv. Wilson Sábio de Mello, 1490, São Joaquim

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SILVA & DINIZ COMÉRCIO EREPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA.

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NOVOS TELEFONESNOVOS TELEFONES

Jan/06Fev/06Mar/06Abr/06Mai/06Jun/06Jul/06Ago/06Set/06Out/06Nov/06Dez/06Jan/07Fev/07Mar/07Abr/07Mai/07Jun/07Jul/07Ago/07Set/07Out/07Nov/07Dez/07Jan/08Fev/08Mar/08

Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. - Evolução história Conillon e Arabica,em reais por saca.

ConilonConilonConilonConilonConilonTipo 6Tipo 6Tipo 6Tipo 6Tipo 6

ArábicaArábicaArábicaArábicaArábicaTipo 6Tipo 6Tipo 6Tipo 6Tipo 6

Diferença*Diferença*Diferença*Diferença*Diferença*Arab/ConArab/ConArab/ConArab/ConArab/Con

R$ 179,54R$ 179,42R$ 179,75R$ 167,15R$ 154,36R$ 158,60R$ 160,80R$ 171,94R$ 183,01R$ 185,92R$ 202,95R$ 216,42R$ 213,28R$ 198,07R$ 201,85R$ 197,28R$ 189,43R$ 203,00R$ 201,49R$ 201,06R$ 205,14R$ 205,28R$ 206,47R$ 207,18R$ 209,73R$ 221,46R$ 228,62

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FONTE: Cepea

R$ 291,50R$ 269,75R$ 254,44R$ 248,82R$ 234,86R$ 224,58R$ 218,16R$ 232,82R$ 233,47R$ 235,12R$ 269,13R$ 291,35R$ 281,63R$ 267,66R$ 252,72R$ 238,87R$ 232,20R$ 240,80R$ 238,63R$ 254,55R$ 259,15R$ 255,84R$ 245,82R$ 261,28R$ 267,84R$ 285,19R$ 263,28

- R$ 111,96- R$ 90,33- R$ 74,69- R$ 81,67- R$ 80,50- R$ 65,98- R$ 57,36- R$ 60,88- R$ 50,46- R$ 49,20- R$ 66,18- R$ 74,93- R$ 68,35- R$ 69,59- R$ 50,87- R$ 41,59- R$ 42,77- R$ 37,80- R$ 37,14- R$ 53,49- R$ 54,01- R$ 50,56- R$ 39,35- R$ 54,10- R$ 58,11- R$ 63,73- R$ 34,66

* Diferença de preços, em reais por saca, entre arábica tipo 6duro para melhor e conillon tipo 6 Espírito Santo.

O café brasileiro vai passar porum novo processo de identifica-ção e qualificação dos grãos ver-des e do produto torrado e moí-do. De acordo com a nova porta-ria divulgada pelo MAPA - Mi-nistério da Agricultura, Pecuáriae Abastecimento, as medidas paraestabelecer um padrão oficial dequalidade levam em considera-ção a origem do café verde outorrado e incluem a avaliação sen-sorial de aroma, fragrância, vis-cosidade e acidez

Após a consulta pública sobre oregulamento técnico com as novasregras, as opiniões com fundamenta-ções técnicas sobre o projeto devemser encaminhadas ao Ministério daAgricultura em até 60 dias.

O consumo per capita de café noBrasil chegou ao 74 litros por ano em

Novas regras para a qualificação dos torradosNovas regras para a qualificação dos torradosNovas regras para a qualificação dos torradosNovas regras para a qualificação dos torradosNovas regras para a qualificação dos torrados

2007, segundo a Associação Brasileirada Indústria de Café (Abic). O índice épróximo ao constatado na Alemanhae Itália, que estão entre os maiorespaíses consumidores. O mercado naci-onal corresponde a 14% da demandamundial, e consumiu no ano passadocerca de 17,1 milhões de sacas.

Para Natan Herszkowicz, diretorexecutivo da ABIC, a iniciativa éextremamente positiva e vai atender

a cadeia produtiva como um todo. Ele explicaque o consumidor ganha com um produtoidentificado e de qualidade comprovada, osprodutores com uma melhor remuneraçãopelo grão segregado e a indústria com a orga-nização do setor. “A melhora da qualidade éa ferramenta que impulsiona o consumo”,disse.

Na regulamentação antiga, as análiseseram feitas em torno da classificação do grãoverde de acordo com as normas brasileiras.

Herszkowicz diz que no processo de torrefaçãosão definidas as características quanto ao aromae sabor, que são muito complexas. E isso não eracontemplado com o antigo código. Segundo ele,as novas regras são as mais avançadas no mundoem relação a qualificação do produto final e ex-plica que isso deverá separar o café do dia-a-dia,dos gourmets - que possuem maior qualidade.

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Celebração da Colheita em PratápolisCelebração da Colheita em PratápolisCelebração da Colheita em PratápolisCelebração da Colheita em PratápolisCelebração da Colheita em PratápolisNo último dia 03 de abril, na

fazenda Correnteza, em Pratá-polis (MG), foi realizado o “Dia-de-Campo de Milho Celebraçãoda Colheita”, organizado pelamultinacional BASF, em parceriacom a Dekalb e a Agroceres.

O tempo chuvoso atrapalhouum pouco. Mas os produtoresque participaram puderam ava-liar o aumento na produção demilho quando da utilização doOpera. Segundo Pedro PaulinoMendonça, pesquisador da BASF,o produto está sendo indicadopara a região do sudoeste mineirodevido a alta incidência dos fun-gos Phaeosphaeria e Cercospora.“Além destes fungos, temos observado naregião um aumento da incidência dedoenças do colmo no milho”, afirmouMendonça.

Segundo o Engº Agrº Renato Pádua,Representan-te Técnico de Vendas daBASF na região de Franca, a proposta dodia-de-campo foi o de mostrar a impor-

tância da aplicação de fungicidas,evitando-se que este fator reduza aprodução de milho.

Além da aplicação do fungicida, osprodutores puderam conhecer ainda asqualidades e o potencial de dois materiaishíbridos de milho: o DKB-177, da Dekalbe o AG-7088, da Agroceres.

Produtores de milho da região de Pratápolis (MG)Produtores de milho da região de Pratápolis (MG)Produtores de milho da região de Pratápolis (MG)Produtores de milho da região de Pratápolis (MG)Produtores de milho da região de Pratápolis (MG)

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Gilmar BrüningGilmar BrüningGilmar BrüningGilmar BrüningGilmar Brüning11111

Conforme o ANUALPEC,2007, das 43.862.130 cabeçasabatidas no Brasil, em 2007,2.181.050 cabeças foramterminados em confinamento,2.365.160 cabeças termi-nadas em semi-confinamentoe 849.990 cabeças terminadasem pastagens anuais deinverno. Desta forma, veri-fica-se que 87% dos animais,abatidos no Brasil foramterminados exclusivamenteem pastagens. E o restante daprodução também dependediretamente das pastagens, pois prati-camente a totalidade dos processos de criae recria é baseada no uso de pastagens.

Uma boa pastagem começa na lim-peza do terreno, coleta adequada dasamostras de solo para análise, inter-pretação dos resultados, recomendaçõesde correção, fertilização e a utilização deuma boa semente da espécie desejada.Observando-se a aptidão do solo e clima,o nível de produção e intensificaçãodesejada e o sistema de manejo a seradotado.

A produção de bovinos de corte empastejo apresenta grandes vantagenscomo: menor custo de produção,diminuição da poluição ambiental, menorestresse dos animais e a transformação deforragens de baixa qualidade, que nãopodem ser utilizadas por outras espécies,em proteínas de alto valor biológico.Diminuindo a competição por alimentosnobres, como milho e soja, que podemser utilizados na alimentação humana.Entretanto, Sbrissia & Silva 2001, alertamque a degradação das pastagens é um dosmaiores problemas da pecuária, estiman-do-se que 80% das pastagens do BrasilCentral (que responde por 60% da pro-dução de carne nacional) encontra-se emalgum estágio de degradação, podendotornar um elevado potencial de produção

Aspectos relevantes na reforma eAspectos relevantes na reforma eAspectos relevantes na reforma eAspectos relevantes na reforma eAspectos relevantes na reforma eimplantação de pastagensimplantação de pastagensimplantação de pastagensimplantação de pastagensimplantação de pastagens

1 - Zootecnista, Mestre em Plantas forrageiras,Consultor da Tropeiro Assessoria e AssistênciaTécnica. E-mail: [email protected]

animal no país subutilizado, ou inex-plorado.

A degradação torna-se evidentequando as pastagens passam a suportartaxas de lotações cada vez menores, a pre-sença de invasoras aumenta conside-ravelmente, diminuindo a produção, oca-sionando mudanças na composição botâ-nica, com grande diminuição no estandede plantas da espécie desejada, podendocausar erosão e compactação do solo.

Costa & Rehman (1999) afirmaramque a principal causa da degradação depastagens é o superpastejo, um cenárioque freqüentemente resulta de manejoinadequado. Em entrevistas realizadaspor esses autores com produtores doMato Grosso do sul, 80% dos pecuaristasreconheceram que o problema de degra-dação varia de “importante” a “extre-mamente importante” em suas proprie-dades e mesmo assim o problema ocorre.O superpastejo é causado pelo pastejo deuma área por um número de animaisacima da capacidade de suporte pelaprodução de forragem desse pasto.

Outra causa importante da degra-dação de pastagens é a falta de reposiçãodos elementos minerais exportados dosolo pelas plantas e animais, e, ou perdidospor lixiviação e escorrimento superficial.Freitas et. al. (1993) encontraram níveisde fertilidade do solo menores em pasta-gens degradadas, com maior acidez emenor saturação por bases, além de

menores teores de cálcio +magnésio, potássio enxofre efósforo. Vilela et. al. (1982; ci-tados por Aguiar, 1997) re-portaram que em pastagensconsorciadas com legumi-nosas tropicais, onde não se fezreposição de nutrientes, ocor-reu uma diminuição de cercade 43% na taxa de lotação doprimeiro ao quinto ano deutilização, enquanto nas áreasonde a reposição foi feitaanualmente houve aumentode 25% na produtividade noquinto ano.

A viabilidade econômicada adubação de correção e manutençãodas pastagens freqüentemente tem sidoquestionada. Contudo, a degradação depastagens, o maior obstáculo para oestabelecimento de uma pecuária bovinasustentável, está quase sempre associadaà deficiência de nutrientes no solo. Noprocesso de formação e reforma depastagens, a correção da fertilidade é umcomponente fundamental. Porém, deveser acompanhada de bom manejo paragarantir a eficiência de colheita, pois denada adianta se produzir alta quantidadede forragem, se não ocorrer a sua con-versão em produto animal.

Conforme o senso do IBGE, no Brasila área ocupada por pastagens cultivadasaumentou em 43% no período de 1996à 2002, enquanto o rebanho aumentou17% no mesmo período, demonstrandoque o aumento na área de pastagens nãoresultou em aumentos na taxa de lotação(animais/ha), pelo contrário reduziu em6%. Com isso, embora tenha ocorridointensificação nas áreas de expansão dapecuária, a degradação de pastagens,provavelmente, tenha contribuído paraessa redução na taxa de lotação.

Os custos da implantação ou reformade pastagens variam de acordo com ograu de degradação, e conseqüente-mente, com o tipo de intervenção, quepode ser:

••••• Simplesmente calagem e adubaçãocorretiva;

Pastagem com sinais visíveis de degradação, lotação acima dacapacidade de suporte, baixa massa de forragem, “rapada” no mêsjaneiro em pleno período das águas.

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••••• Preparo mínimo, cala-gem e adubação;

••••• Preparo total do solocom aração, gradagem, cala-gem e adubação;

••••• Subsolagem, aração,gradagem, calagem, aduba-ção e substituição da espécieforrageira ou consorciação.

Entre as consorciaçõesque podem ser utilizadas, aintegração com milho, ondese efetua a semeadura da pas-tagem e em seguida o plantioda lavoura com milho e apósa colheita dos grãos ou ensila-gem do milho, a pastagem ficaestabelecida, com a venda dos grãos dilui-se os custos da reforma da pastagem.

Outra consorciação interessante quepode ser trabalhada é a mistura dabrachiária com milheto e Stylosanthes,onde as principais vantagens são, umamelhor cobertura do solo, evitando-seerosão e desenvolvimento de plantasinvasoras, antecipação do pastejo, umavez que, o milheto além de suportar altalotação com ganho médio diário próximode 0,700 kg por animal/dia, podendo serpastejado em torno de 45 – 50 dias apóso plantio.

O Stylosanthes, além melhorar aqualidade da dieta, que poderá serselecionada pelos animais, principalmentenas épocas em que a pastagem apresentateor de proteína bruta abaixo 6%, poderáaumentar a produção da pastagem pelafixação de nitrogênio, diminuindo os cus-tos com aplicação de uréia e proporcio-nando maior sustentabilidade ao sistema.

A diversificação de espécies forra-geiras na propriedade também é umaalternativa interessante, o plantio de al-gum cultivar de Panicum, Mombaça,Tanzânia ou Aruana em torno de 20%da área pastoril da propriedade, pode seruma ferramenta de manejo, pois estaespécie (Panicum) apresenta uma altaprodução de forragem no período daságuas, com rebrote bastante vigoroso, ealta qualidade.

Com isso, apresenta uma alta capaci-dade de suporte e expressivo ganho médiodiário individual nos ani-mais, permitindovedar ou diminuir a carga nos pastos combrachiária para serem trabalhados naépoca da seca, e aumentar o ganho porárea na propriedade.

Um fator muito importante e quedeve ser levado em consideração na hora

de se fazer o investimento na intensifi-cação dos sistemas de produção, é opreço do produto final, seja carne ou leite,e o quanto se vai produzir a mais após aintervenção. Nos últimos meses, têm-seobservado uma expressiva valorização

Pastagem bem formada com Brachiaria brizantha, bom estande deplantas, carga animal ajusta e ausência de plantas invasoras e pragas.

no preço pago pela arrobade boi, e com tendências au-mentar ainda mais, apesarde os preços dos insumosterem aumentado tambémde forma significativa.

Diante deste panorama,fica clara a necessidade deuma exploração planejada,racional e sustentável doecossistema de pastagens.

Enquanto no mundo asregiões tradicionais de pro-dução de carne sofrem ape-los para “desintensificar” ossistemas de produção, oBrasil tem espaço de sobra

para aumentar sua produção semaumentar a área ocupada pela pecuária,e cada vez mais firmar-se como grandeprodutor de carne, de qualidade eecologicamente “correta”.

EVENTOSEVENTOSEVENTOSEVENTOSEVENTOS

Acontecerá nos dias 03 e 04 de maio,em Claraval (MG), o lº Encontro dalº Encontro dalº Encontro dalº Encontro dalº Encontro daFamília Rural. Família Rural. Família Rural. Família Rural. Família Rural. O evento está sendo orga-nizado pela Emater de Claraval, pela Asso-ciação de Pequenos Produtores Rurais daRegião de Claraval e será realizado no salãode eventos Dom Carmelo Recchia.

O evento contará com estandes, mini-palestras educativas (uso correto e segurode defensivos, prevenção de doenças às fa-mílias, meio ambiente, tecnologias de pro-cessos produtivos, etc.); demonstração demáquinas, equipamentos, insumos e uten-sílios para o agronegócio; lançamento daFeira Livre do Produtor Rural. (Fone/Fax:(Fone/Fax:(Fone/Fax:(Fone/Fax:(Fone/Fax:(34) 3353-5200 ou 3353-5106)(34) 3353-5200 ou 3353-5106)(34) 3353-5200 ou 3353-5106)(34) 3353-5200 ou 3353-5106)(34) 3353-5200 ou 3353-5106)

Encontro da FamíliaEncontro da FamíliaEncontro da FamíliaEncontro da FamíliaEncontro da FamíliaRural de Claraval (MG)Rural de Claraval (MG)Rural de Claraval (MG)Rural de Claraval (MG)Rural de Claraval (MG)

Dia do Agricultor emDia do Agricultor emDia do Agricultor emDia do Agricultor emDia do Agricultor emCristais Paulista (SP)Cristais Paulista (SP)Cristais Paulista (SP)Cristais Paulista (SP)Cristais Paulista (SP)

A Prefeitura de Cristais Paulista (SP)está organizando o 9º Dia do Agricul-9º Dia do Agricul-9º Dia do Agricul-9º Dia do Agricul-9º Dia do Agricul-tortortortortor, que será realizado entre os dias 27 e29 de agosto, no recinto do Parque deExposições.

A abertura do evento acontecerá às 19hdo dia 27, com um show com a Orquestrade Violeiros de Franca.

A cada edição, a prefeitura investe noevento, que se destaca pela exposição ecomercialização de máquinas e implementosagrícolas direcionadas para várias culturas,em especial para o café.

Informações: (16) 3133-1296,Informações: (16) 3133-1296,Informações: (16) 3133-1296,Informações: (16) 3133-1296,Informações: (16) 3133-1296,3133-1124 ou 8149-8530, com3133-1124 ou 8149-8530, com3133-1124 ou 8149-8530, com3133-1124 ou 8149-8530, com3133-1124 ou 8149-8530, comGerson Rocha.Gerson Rocha.Gerson Rocha.Gerson Rocha.Gerson Rocha.

Dia-de-Campo de Leite em Patrocínio Paulista (SP)Dia-de-Campo de Leite em Patrocínio Paulista (SP)Dia-de-Campo de Leite em Patrocínio Paulista (SP)Dia-de-Campo de Leite em Patrocínio Paulista (SP)Dia-de-Campo de Leite em Patrocínio Paulista (SP)Está marcado para o dia 18 de abril o

Dia de Campo de Leite de Patrocínio Pau-lista (SP). O evento pretende demonstrara evolução do Sítio São Sebastião, depropriedade de Washington FernandoKaram & Filhas. O evento foi organizadoatravés da parceria Sebrae, Faesp/Senar,Sindicato Rural de Patrocínio Paulista,CATI e Prefeitura Municipal.

Vários assuntos serão abordados, comdestaque para o planejamento e gerencia-mento de fazendas leiteiras, com enfoque

em técnicas de produção animal em pasta-gens irrigadas e de sequeiro, tendo comopalestrante o Dr. Adilson Aguiar da FAZU- Faculdade de Agronomia e Zootecnia deUberaba (MG).

“O objetivo do programa é dar conti-nuidade às ações já desenvolvidas com osgrupos atendidos pelo Sebrae-SP, atravésdo programa SAI - Sistema AgroindustrialIntegrado, além de fomentar a adesão denovos produtores à cadeia produtiva doleite”, afirmou Lauro Spessoto Goulart.

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Segunda turma de Geoprocessamento eSegunda turma de Geoprocessamento eSegunda turma de Geoprocessamento eSegunda turma de Geoprocessamento eSegunda turma de Geoprocessamento eGeoreferenciamento da Fafram inicia em maioGeoreferenciamento da Fafram inicia em maioGeoreferenciamento da Fafram inicia em maioGeoreferenciamento da Fafram inicia em maioGeoreferenciamento da Fafram inicia em maioA Fafram - Faculdade Dr. Francisco

Maeda, sediada em Ituverava (SP), pro-gramou para os próximos meses o inícioda segunda turma dos cursos de Pós-Gra-duação Lato-Sensu organizados pelainstituição.

Neste mês de abril tem início o cursode Agroindústria CanavieiraAgroindústria CanavieiraAgroindústria CanavieiraAgroindústria CanavieiraAgroindústria Canavieira. Já parao mês de maio iniciam-se os cursos deGeoprocessamento Georeferencia-Geoprocessamento Georeferencia-Geoprocessamento Georeferencia-Geoprocessamento Georeferencia-Geoprocessamento Georeferencia-mento de Imóveis Urbanos e Ru-mento de Imóveis Urbanos e Ru-mento de Imóveis Urbanos e Ru-mento de Imóveis Urbanos e Ru-mento de Imóveis Urbanos e Ru-raisraisraisraisrais; o de Agronegócio e Desenvolvi-Agronegócio e Desenvolvi-Agronegócio e Desenvolvi-Agronegócio e Desenvolvi-Agronegócio e Desenvolvi-mento Sustentávelmento Sustentávelmento Sustentávelmento Sustentávelmento Sustentável; e o de EducaçãoEducaçãoEducaçãoEducaçãoEducaçãoAmbiental e ResponsabilidadeAmbiental e ResponsabilidadeAmbiental e ResponsabilidadeAmbiental e ResponsabilidadeAmbiental e ResponsabilidadeSocialSocialSocialSocialSocial.

De acordo com a Dra. Maria AmáliaBrunini, Coordenadora do Programa dePós-Graduação da Fafram, ainda não estádefinida a data para o início da segundaturma dos cursos de Produção Agro-Produção Agro-Produção Agro-Produção Agro-Produção Agro-pecuária e Comercializaçãopecuária e Comercializaçãopecuária e Comercializaçãopecuária e Comercializaçãopecuária e Comercialização; e o deCertificação e Rastreabilidade deCertificação e Rastreabilidade deCertificação e Rastreabilidade deCertificação e Rastreabilidade deCertificação e Rastreabilidade deProdutos AgropecuáriosProdutos AgropecuáriosProdutos AgropecuáriosProdutos AgropecuáriosProdutos Agropecuários.

Para a primeira turma do curso deGeoprocessamento e Georeferencia-mento, a Fafram vem intensificando oensino aprendizado, adequando-se àsalterações propostas pela legislação.

A Lei nº 10.267, publicada em 2001,instituiu o novo CNIR - Cadastro Na-cional de Imóveis Rurais, um sistemagerido pelo Incra e pela Receita Federal,que é composto pelos dados contidos nasDeclarações para o Cadastro de ImóveisRurais e pelos polígonos formados pelascoordenadas georreferenciadas dosvértices que compõem os limites dosimóveis rurais de todo o país.

Em 3 de novembro de 2.004, o Ple-nário do Confea - Conselho Federal de

Engenharia e Arquitetura editou aDecisão PL-2087/2.004, que veio disci-plinar o exercício profissional nas ativida-des correlatas à Lei nº 10.267/01, estabe-lecendo, dentre outras coisas, os parâ-metros formativos necessários para defi-nir os profissionais aptos para desem-penhar essas atividades.

Não existem dados oficiais queassegurem o número de propriedadesefetivamente enquadradas pela Lei no10.267/01.

Um dos principais entraves para onão-cumprimento dessa exigência legalé a falta de recursos humanos devida-

mente qualificados para assumir a res-ponsabilidade técnica na execução dasatividades de georreferenciamento rural,na forma prevista na lei.

É nesse quadro que se desenha aproposta de realização deste Curso deAperfeiçoamento Profissional em Geo-processamento e Georreferenciamentode Imóveis Rurais, como forma decontribuir na capacitação profissional,formando profissionais legitimamentequalificados, à luz do ordenamentojurídico atual, para executar as tarefasinerentes ao georreferenciamento deimóveis rurais.

Profissionais da primeira turma de Especialização em Geoprocessamento eProfissionais da primeira turma de Especialização em Geoprocessamento eProfissionais da primeira turma de Especialização em Geoprocessamento eProfissionais da primeira turma de Especialização em Geoprocessamento eProfissionais da primeira turma de Especialização em Geoprocessamento eGeoreferenciamento de Imóveis Urbanos e Rurais em aula prática.Georeferenciamento de Imóveis Urbanos e Rurais em aula prática.Georeferenciamento de Imóveis Urbanos e Rurais em aula prática.Georeferenciamento de Imóveis Urbanos e Rurais em aula prática.Georeferenciamento de Imóveis Urbanos e Rurais em aula prática.

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Controle biológico da lagarta-do-cartuchoControle biológico da lagarta-do-cartuchoControle biológico da lagarta-do-cartuchoControle biológico da lagarta-do-cartuchoControle biológico da lagarta-do-cartuchodo-milho utilizando do-milho utilizando do-milho utilizando do-milho utilizando do-milho utilizando TrichogrammaTrichogrammaTrichogrammaTrichogrammaTrichogramma

• Venda de Bioprodutos (Trichobio, Beauveriobio, Metabio,Cladosbio e Bacillusbio);

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Márcio Antonio R. MonteiroMárcio Antonio R. MonteiroMárcio Antonio R. MonteiroMárcio Antonio R. MonteiroMárcio Antonio R. Monteiro22222

Spodoptera frugiperda conhecidana fase larval como lagarta-do-cartu-cho, é a principal praga dacultura domilho no Brasil e, nos últimos anos,vem aumentando de severidade emvárias áreas cultivadas. Entre os moti-vos apontados para esse aumento deimportância da praga, podem ser cita-dos o desequilíbrio biológico, pela eli-minação de seus inimigos naturais, etambém o aumento da exploração dacultura, que é cultivada em várias regiõesbrasileiras, em duas safras anuais.

Dessa maneira, livre dos inimigosnaturais e com a disponibilidade de ali-mento durante o ano todo, a praga temamplas condições de sobrevivência. O in-seto também ataca e causa danos a váriasoutras culturas de importância econômi-ca, como o algodão, arroz, alfafa, amen-doim, abóbora, batata, couve, espinafre,feijão, repolho, sorgo, trigo e tomate.

A mariposa coloca seus ovos em massa,geralmente na folha do milho. Uma massapossui em média cerca de 100 ovos,variando de 26 a 1.500 ovos.

Sob temperaturasvariando entre 25ºe 30º C, o período de incubação dura emtorno de três dias. Em temperaturas infe-riores a essas, esse período pode alongar-se até 8-10 dias. Findo o período de incu-bação, eclodem as lagartas, que começama alimentar-se dos tecidos verdes, ocasio-nando o sintoma de danos característicodenominado “folhas raspadas”. À medidaque a larva cresce, ela di-rige-se para a região docartucho, onde ocasionaseveros danos, se não forcontrolada.

Apesar do cartuchoser o local onde normal-mente se verifica a sua

presença, a praga pode ocasionar danosem várias outras partes da planta, comoos pendões, asespigase raízes adventícias.O período larval varia em função datemperatura.

Durante o verão, quando a tempe-ratura é mais elevada, o ciclo larval podeser completado em cerca de 15 dias.

Portanto, durante a época mais quen-te do ano, por exemplo, numa tempe-ratura média acima de 25ºC, o ciclo totaldo inseto pode ser completado em menosde 30 dias, possibilitando a essa espécie aprodução de várias gerações durante oano.

A Embrapa Milho e Sorgo vem pro-curando novas alternativas de controleda lagarta-do-cartucho e foram iden-tificados, na própria natureza, insetos que,além de não prejudicarem as lavouras,alimentam-se de ovos e larvas dessapraga, constituindo-se em seus inimigosnaturais, realizando o que se denomi-nacontrole biológico.

As vespinhas do grupo Tricho-

gramma parasitam os ovos de váriasordens de insetos e podem ser multi-plicadas em laboratório demaneirafácil e econômica, utilizando-se, paraisso, hospedeiros alternativos.

A fêmea adulta da vespinha colocaseus ovos no interior dos ovos dohospedeiro.

Todo o desenvolvimento do para-sitóide se passa dentro do ovo da pr-aga. O parasitismo pode ser verifi-cado cerca de quatro dias após a pos-tura, pois os ovos parasitados tornam-

se enegrecidos. O ciclo de vida do para-sitóide é, em média, de dez dias.

O número de ovos parasitados porfêmea depende daespécie do parasitóide,do tipo de hospedeiro e da longevidadedo adulto. A fecundidade do hospedeiroé função do suprimento alimentar, dadisponibilidade do hospedeiro, da tempe-ratura e da atividade da fêmea, sendovariável de 20 a 120 ovos por fêmea.

Ciclo de vidaCiclo de vidaCiclo de vidaCiclo de vidaCiclo de vida

A criação das vespinhas teve grandeimpulso nos últimos 20 anos, através douso de dietas artificiais e da utilização dehospedeiros alternativos. Estes dois pro-cessos proporcionam um grande númerode insetos de boa qualidade e com idadeconhecida. A utilização desses hospe-deiros alternativos é vantajosa, devido aobaixo custo de criação, facilidade do pro-cesso e alta capacidade de reprodução.Hospedeiros alternativos são aqueles queproporcionam o desenvolvimento de

uma espécie parasita deforma semelhante à deseu hospedeiro prefe-rencial. Os insetos maisutilizados como hospe-deiros alternativos paraa criação de vespinhassão: Cocyra cephalonica,Sitotroga cerealella eAnagasta kuehniella.

Para a criação do Tri-chogramma na Embra-pa Milho e Sorgo, utili-zam-se como hospe-deiro alternativo ovosde, conhecida como atraça-das-farinhas, que

1 - Eng. Agr., Ph.D.,Entomologia EmbrapaMilho e Sorgo - CaixaPostal151 CEP35701-970.Sete Lagoas (MG). E-mail:[email protected]

2 - Eng.-Agr., M.Sc.Fitotecnia. Embrapa Milhoe Sorgo. Caixa Postal 151.CEP35701-970. SeteLagoas(MG)

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é uma pequena mariposa, de coloraçãocinza escura, cujo ciclo de vida dura emtorno de 40 dias.

Os fatores que afetam a eficiência doparasitóide liberado artificialmente nocampo são os seguintes: número de inse-tos liberados, densidade da praga, espécieou linhagem de Trichogramma liberada,época e número de liberações, métodode distribuição, fenologia da cultura,número de outros inimigos naturaispresentes e condições climáticas.

A quantidade de insetos a ser liberadapor unidade de área varia em relação àdensidade populacional da praga. Emmédia, para a cultura do milho, tem-seliberado cerca de 100.000 indivíduos porhectare.

Cada bio-laboratório tem o sua ma-neira de fabricar as cartelas contendo asvespinhas, alguns colocam em capsulasfechadas cerca de 2000 ovos parasitados,outros as colocam em cartelascom nume-ro de ovos parasitadosvariando de 40.000a 60.000. Dependendo do fluxo deentrada da praga na área, especialmenteem locais onde o desequilíbrio biológicoé evidente, às vezes serão necessárias no-vas liberações, o que deve ser feito sem-pre após constatada a presença de mari-posas na área.

Método de liberação no campoMétodo de liberação no campoMétodo de liberação no campoMétodo de liberação no campoMétodo de liberação no campo

Para liberar o parasitóide, existemvários métodos, um deles é através da li-beração das vespinhas adultas já emer-gidas. Para isso, utilizam-se recipientes deplástico ou de vidro, de 1,6 a 2 litros decapacidade, onde são colocadas as carto-linas com os ovos parasitados (duas a seiscartelas de 150 cm²). Os recipientesdevem ser acondicionados com um panopreto, preso por um elástico ou goma.Algumas horas após a emergência dosadultos, os recipientes são levados aocampo, onde são, intermitentementeabertos e fechados, a medida que sepercorre o local de liberação, calibrandoo passo dos operários de tal maneira acobrir uniformemente o campo.

No dia seguinte os recipientes devemnovamente ser levados ao local, paradistribuição do material restante queemergiu, depositando, cuidadosamente,no final, as cartelas sobre as plantas. Essasegunda liberação deve ser realizada emsentido contrário à do primeiro dia. Énecessário que o operário aproxime omáximo a boca do recipiente da planta,para facilitar o encontro dos adultos com

as folhas da mesma.Quando se usa a técnica de levar o

recipiente aberto todo o tempo, ele deveestar na posição horizontal, com a bocaem direção contrária àquela em que secaminha, deixando que as vespinhas sal-tem, aproximando-se o recipiente omáximo possível da planta.

Outro método de distribuição é atra-vés da colocação da própria cartela, an-tes da emergência dos adultos. Deve-serecortar as cartelas que já vem previa-mente quadriculada, em 20 pequenasquadrículas.

Quando for observada a emergênciados primeiros adultos, leva-se o materialpara o campo (quadrículas de cartelapreviamente cortadas), colocando-as nabainha da planta (ponto de inserção dafolha no colmo).

Quanto mais uniforme for a liberaçãodos insetos, melhor será a eficiência docontrole.

Na utilização de cartelas com insetospróximo à emergência, os pontos de libe-ração variam de 40 a 60 por hectare.

Nesse caso, as cartelas são subdividi-das de acordo com o número de pontosa ser liberado, e em seguida distribuídasnos pontos estabelecidos.

A distribuição do no campo deve sersincronizada com o aparecimento dosprimeiros ovos e/ou adultos da praga. Asliberações devem ser repetidas com umafreqüência semanal ou menor intervalo,dependendo do grau de infestação dosovos da praga. A época correta de seiniciar as liberações, a freqüência emmantê-las e a quantidade empregada sãofatores fundamentais para garantir aeficácia do controle biológico com oTrichogramma. É muito importantefazer avaliações antes e depois das libera-

Cuidados na liberaçãoCuidados na liberaçãoCuidados na liberaçãoCuidados na liberaçãoCuidados na liberação

1. - As espécies de Trichogrammasão fototrópicas positivas por isto,apresentam máxima atividade deoviposição durante o dia; portanto,podem estar muito sujeitas aos efeitostóxicos da aplicação de inseticidas nãoseletivos.

2. - A eficiência do Trichogrammano campo também é afetada pelascondições climáticas. Tem-se verifi-cado, para algumas espécies, que aumidade relativa não tem efeito nasobrevivência e na capacidade dedispersão do parasitóide na faixa de 33a 92%. Também a ação dovento, emvelocidades menores que 3,6m/seg,não tiveram influência na dispersãodas fêmeas.

A taxa de dispersão (cm/min) doparasitóide, em ambos os sexos, au-menta com a elevação da tempera-tura. Os machos parecem ser maissensíveis às altas temperaturas do queas fêmeas, embora temperaturas abaixode 20ºC tenham reduzido a capa-cidade de dispersão delas.

3. - Ao fazer as liberações, é indis-pensável ter em conta a direção dovento, o excesso de radiação solar(calor) e a presença de chuvas.

4. - Para maior eficiência doparasi-tóide, é necessária a redução oua eliminação do uso de inseticidasquímicos. Se for preciso, em algumasituação, deve-se selecionar produtosmenos tóxicos e continuar liberandoos parasitóides dois ou três dias após,incrementando a dose e a frequência,para restaurar o equilíbrio biológico.

5. - A integraçãodasliberações comoutras medidas culturais, microbio-lógica, físicas e mecânicas podemaumentar a eficiência.

Trichogramma pretiosumTrichogramma pretiosumTrichogramma pretiosumTrichogramma pretiosumTrichogramma pretiosum parasitando parasitando parasitando parasitando parasitandoovos da lagarta ovos da lagarta ovos da lagarta ovos da lagarta ovos da lagarta Anticarsia gemmatalisAnticarsia gemmatalisAnticarsia gemmatalisAnticarsia gemmatalisAnticarsia gemmatalis.....

ções, para qualificar o comportamentodo parasitóide e poder medir sua açãoreguladora. Dessa maneira, pode-setambém fazer os ajustes necessários. Sepossível, deve ser realizada a distribuiçãode ovos em pontos estratégicos, para sedeterminar o índice de parasitismo. Casocontrário, fazer essa determinaçãocoletando-se ovos da população naturalda praga. Por amostragem, a avaliaçãoda eficiência poderá também ser comple-mentada através da avaliação dos danosàs espigas, através de escala de danos.

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Temos mudas para reflorestamento ambiental

A concessão de auto-rizações de desmata-mento no Estado de SãoPaulo, a partir de agora,terá de levar em contatambém os mapas dedistribuição de espécieselaborados pelo ProjetoBiota, além da legislaçãovigente.

Nas áreas classifica-das como de maior con-centração de biodiver-sidade, o corte de vege-tação só será autorizadomediante a recupera-ção de uma outra áreaaté seis vezes maior do que a desmatada ede igual importância biológica dentro doEstado.

As novas regras foram publicadas emmeados de março pela Secretaria deEstado do Meio Ambiente, cinco mesesapós a divulgação dos mapas pelo Biota -um grande consórcio de pesquisadores,financiado pela Fapesp - Fundação deAmparo à Pesquisa do Estado de SãoPaulo, que há oito anos estuda a biodiver-sidade paulista.

Para os cientistas, é a concretizaçãode um dos objetivos centrais do projeto:o apoio à formulação de políticas públicasde conservação, com base em dadoscientíficos de qualidade.

Um dos pontos-chave da resolução éque a compensação florestal precisará serfeita em áreas consideradas importantes

Aval para desmatar em SãoAval para desmatar em SãoAval para desmatar em SãoAval para desmatar em SãoAval para desmatar em SãoPaulo terá de considerar espéciesPaulo terá de considerar espéciesPaulo terá de considerar espéciesPaulo terá de considerar espéciesPaulo terá de considerar espécies

e que estejam atualmente degradadas. Aexpectativa, com isso, é fomentar a recu-peração de corredores florestais em áreascríticas, que facilitem o trânsito de espéciesentre os remanescentes florestais jáexistentes.

Uma das prioridades será para arecomposição de matas ciliares, às mar-gens de rios e lagos.

As leis ambientais proíbem o corte deflorestas primárias de mata atlântica, masnão havia nenhum mecanismo até agoraque exigisse a compensação ambiental deáreas de floresta legalmente desmatadas.

Em municípios com menos de 5% decobertura florestal remanescente, acompensação deverá ser feita indepen-dentemente de ser uma área prioritáriaou não, e sempre dentro do própriomunicípio.

Qual é a situação atual das matasciliares no Estado de São Paulo, aschamadas APPs - Áreas de Pre-servação Permanente ? Para respon-der à questão, a Secretaria Estadualdo Meio Ambiente (SMA) envioucorrespondência para 650 proprie-tários rurais, que possuem áreassuperiores a 2 mil hectares, para quecomuniquem até o próximo dia 30,a situação das propriedades sob suaresponsabilidade. O comunicadodeverá ser em formato digital,constando a situação atual do local,se está ou não cercado e em queestado se encontra a vegetação.

Atualmente, há uma estimativade que cerca de 1,7 milhão de hec-tares das margens dos corpos d´águano território paulista precisa de recu-peração. Com o levantamento quese inicia pelas grandes propriedadese usinas de álcool, a SMA pretendetraçar um retrato realista da situaçãoque servirá de suporte e aprimora-mento ao Projeto Ambiental Estra-tégico Mata Ciliar.

A previsão é de recuperar as áreasciliares degradadas em até 25 anos, oque dará ao Estado uma coberturavegetal nativa da ordem de 5,1 mi-lhões de hectares, 20% do territóriode São Paulo, contra as 14% atuais.

O comunicado da situação dasáreas ciliares é regulado pelaResolução SMA 42, de 26/09/2007,que estabelece que propriedades ouposses rurais com área igual ousuperior a 2.000 (dois mil) ha, áreasexploradas por empresas florestais dosetor de papel e celulose e áreas mar-ginais a reservatórios administradospor empresas de energia e sanea-mento, deverão fazer os comunica-dos até o dia 30 deste mês.

Para propriedades ou possesrurais com área entre 500 e 2.000ha., o prazo se encerra em 30 desetembro deste ano. As propriedadesmenores, com área entre 200 e 500ha., têm prazo até 30 de setembrodo próximo ano.e ação do protocoloagroambiental.

Outras informações podem serobtidas nos escritórios do Departa-mento Estadual de Proteção dosRecursos Naturais – DEPRN.

Grandes áreas devemGrandes áreas devemGrandes áreas devemGrandes áreas devemGrandes áreas devemcomunicar área ciliarcomunicar área ciliarcomunicar área ciliarcomunicar área ciliarcomunicar área ciliar

até dia 30 de abrilaté dia 30 de abrilaté dia 30 de abrilaté dia 30 de abrilaté dia 30 de abril

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Apesar do cenário de con-flitos sobreo desmatamento ilegal de florestas naAmazônia, a madeira certificada estáditando as rédeas de muitas negociaçõesno País. Empresas como Embraer, Gafisa,Takaoka, Natura e Sawaya Engenharia,puxam a demanda com realização deprojetos sustentáveis. Há também muni-cípios que estão mudando processos decompra, especialmente para obras deinfra-estrutura, visando conter o finan-ciamento público da destruição da flo-resta Amazônica.

O crescimento das florestas certifica-das torna-se realidade, é o que apontamdados do Conselho de Manejo FlorestalFSC Brasil. Segundo a orga-nização, 40%das florestas do País são certificadas,somando 5 milhões de hectares. Em 2003,apenas 1 milhão de hectares eramcertificados. Trata-se da mais conhecidacertificação ambiental do mundo, quegarante a rastreabilidade da matéria-prima desde a floresta, passando portodas as etapas de transformação doproduto até o consumidor final.

Com a crescente preocupação am-biental, surgiu a idéia de se estabelecernormas para a exploração dos recursosnaturais e garantir sua sustentabilidade.

Assim, governos e organizações nãogovernamentais (ONGs) de vários paísesformularam um conjunto de normas quevisa regular o comércio de produtosprovenientes das florestas tropicais atra-vés de acordos internacionais, pelos quaissomente seriam comercializados osprodutos retirados de florestas enqua-dradas em um plano de manejo, certi-ficado por organismos internacional-mente reconhecidos.

A pressão destes organismos interna-cionais tem levado as empresas madei-reiras a buscarem a sustentabilidade nosseus métodos de produção nas florestastropicais.

A princípio a certificação abrange to-dos os produtos provenientes de flores-tas e atualmente tornou-se um passapor-te para a comercialização em vários paí-ses, com destaque aos pertencentes aUnião Européia. Esta visão de “passapor-te” deu origem a expressão selo verde,hoje muito comum.

A certificação é expedida através desolicitação da empresa, que arca com oscustos da implementação e exigências daempresa certificadora. Uma vez entre-gue, o certificado é sinônimo de garantiaque a madeira tem origem em uma áreamanejada de forma adequada e é econo-micamente viável, sem trazer danos so-ciais. No caso da madeira, especificamen-te, a certificação visa comprovar suaorigem em área florestal manejada, cujaextração segue critérios científicos emetodológicos.

Madeira certificada rouba a cena no mercadoMadeira certificada rouba a cena no mercadoMadeira certificada rouba a cena no mercadoMadeira certificada rouba a cena no mercadoMadeira certificada rouba a cena no mercadoSILVICULTURA

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O desafio de vencer osobstáculos no campo temnovo momento. A pesquisacientífica do Estado de SãoPaulo está iniciando ações decontrole e combate da moscanegra dos citros (Aleurocan-thus woglumi), identificada,nos últimos dias, pela primeiravez em lavouras paulistas.

O Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agri-cultura e Abastecimento deSão Paulo, que confirmou aocorrência da mosca, já iniciou ativida-des no sentido de gerar respostas ao setorprodutivo. Dois fungos que agem comoinimigos naturais da praga já foramidentificados pelo IB-APTA na região deArtur Nogueira (SP), desde a confirma-ção da existência da mosca.

O trabalho das instituições de pesquisapaulistas segue também com açõesemergenciais. No dia 03 de abril, emCampinas (SP), o pesquisador do IB-APTA, Adalton Raga, ministrou um cursocom o objetivo de capacitar engenheirosagrônomos para emissão do CertificadoFitossanitário de Origem (CFO). Essedocumento é exigido no trânsito devegetal e para emiti-lo o profissional deveser habilitado. Daí a necessidade de capa-citar engenheiros agrônomos. A emissãodo documento é feita pela Coordenadoriade Defesa Agropecuária, outro órgão daSecretaria de Agricultura.

“A mosca destrói mais o negóciocitrícola que a planta”, diz João PauloFeijão Teixeira, coordenador da APTA -Agência Paulista de Tecnologia dos

Pesquisa paulista inicia ações dePesquisa paulista inicia ações dePesquisa paulista inicia ações dePesquisa paulista inicia ações dePesquisa paulista inicia ações decontrole da mosca-negra-dos-citroscontrole da mosca-negra-dos-citroscontrole da mosca-negra-dos-citroscontrole da mosca-negra-dos-citroscontrole da mosca-negra-dos-citros

Agronegócios, ao considerar que a restri-ção do transporte de materiais temgrande impacto sobre o setor.

De acordo com o Adalton Raga, ascondições atuais de temperatura e umi-dade são ideais para o desenvolvimentoda praga e dos fungos entomopato-gênicos, usados no controle biológico. Elealerta que o uso de agroquímicos no com-bate à mosca poderá levar ao desequilí-brio do ambiente, resultando no desen-volvimento de resistência por parte dapraga e na redução dos inimigos naturais.Segundo Raga, há um único produtoquímico para combater a mosca, que já éusado para controlar outras pragas dacitricultura. Ele acredita que deveráocorrer um aumento nas aplicações deinseticidas nos municípios afetados pelamosca-negra.

Na pesquisa, o primeiro passo, é fazero mapeamento geográfico da ocorrênciada praga. “Temos que amostrar diferen-tes localidades do Estado, coletar possíveisplantas hospedeiras, com georeferen-ciamento da localidade”, explica. Essa

ação requer investimentosem recursos humanos e ma-teriais. Está em elaboraçãoprojeto de pesquisa comvistas à captação de recursosjunto a agências de fomen-to. “O Governo precisa des-sas informações para infor-mar produtores e compra-dores de outros estados e atéde outros países. Esse é oponto inicial”, diz o pesqui-sador. Ele acredita que anecessidade atual deverá

resultar em parcerias entre ossetores privado e público paragerar tecnologias.

No Instituto Biológico, otrabalho está sendo orientado nosentido de investir no controlebiológico da praga, por meio dolevantamento da ocorrêncianatural de fungos entomopatogê-nicos e também de insetos quecontrolam a mosca, chamadosparasitóides.

Após a identificação dosfungos, a próxima etapa envol-

verá multiplicação do material e teste-piloto em campo. Raga explica quealguns fungos são de difícil multiplicação,por isso não é possível antecipar emquanto tempo se chegará a esse resultado.“Em geral, quando uma nova pragachega, não há no local inimigos naturaisespecíficos”, diz.

Outra fase envolverá a definição dedoses de aplicação dos fungos. O pes-quisador explica que a elaboraçãoenvolve aspectos de formulação, con-centração e viabilidade para se chegar àindicação da dose.

O que o produtor pode fazerO que o produtor pode fazerO que o produtor pode fazerO que o produtor pode fazerO que o produtor pode fazer

Na avaliação do pesquisador AdaltonRaga, os produtores devem se informarpara minimizar o impacto da nova praga.A orientação principal é o monitoramen-to do pomar para observar se há ocor-rência da mosca negra.

Há ainda a recomendação para lavaros equipa-mentos usados na colheita doscitros, como caixas plásticas, e tambémos veículos de transporte, que podemservir para levar a mosca de uma regiãopara outra.

Como a mosca hospeda-se em outrasfrutíferas e também em plantas ornamen-tais, o pesquisador recomenda que oprodutor que ainda não tem a praga napropriedade evite a entrada de plantassem origem definida na área. Raga ressaltaa importância da informação e dainstrução para os agricultores, conside-rando que todos devem cuidar paraevitar a presença da mosca negra eminimizar efeitos.

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ALVORADA

A partir desta edição, apresentaremosnesta coluna algumas orientações paraque o proprietário rural contrate empre-gados rurais sem maiores “dores-de-cabeça”.

O ideal é que o produtor procure umescritório de contabilidade rural para queseja melhor orientado.

1º) - O empregado rural pode1º) - O empregado rural pode1º) - O empregado rural pode1º) - O empregado rural pode1º) - O empregado rural podeiniciar o trabalho sem a realizaçãoiniciar o trabalho sem a realizaçãoiniciar o trabalho sem a realizaçãoiniciar o trabalho sem a realizaçãoiniciar o trabalho sem a realizaçãodo exame médico admissional?do exame médico admissional?do exame médico admissional?do exame médico admissional?do exame médico admissional?

Não. Depois de realizada a seleção doempregado rural e preenchida a ficha deseleção, deverá ser encaminhado para arealização do exame médico admissional.

2º) - Quais são os requisitos2º) - Quais são os requisitos2º) - Quais são os requisitos2º) - Quais são os requisitos2º) - Quais são os requisitosobrigatórios do Atestado de Saúdeobrigatórios do Atestado de Saúdeobrigatórios do Atestado de Saúdeobrigatórios do Atestado de Saúdeobrigatórios do Atestado de SaúdeOcupacional ASO?Ocupacional ASO?Ocupacional ASO?Ocupacional ASO?Ocupacional ASO?

a) - Nome Completo do trabalhador,número da carteira de identidade efunção;

b) - Os riscos ocupacionais a que estáexposto;

c) - Indicação dos procedimentos mé-dicos a que foi submetido e a data emque foram realizados;

d) - Definição de apto ou inapto para afunção específica que o trabalhador vaiexercer, exerce ou exerceu;

e) - Data, nome, número de inscriçãono Conselho Regional de Medicina e assi-natura do médico que realizou o exame.

3º) - Sendo considerado APTO3º) - Sendo considerado APTO3º) - Sendo considerado APTO3º) - Sendo considerado APTO3º) - Sendo considerado APTOao trabalho, qual o procedimentoao trabalho, qual o procedimentoao trabalho, qual o procedimentoao trabalho, qual o procedimentoao trabalho, qual o procedimentoseguinte?seguinte?seguinte?seguinte?seguinte?

O empregador rural deverá solicitarao empregado que apresente, entreoutros, os seguintes documentos:a) - Carteira de Trabalho e Previdência Social CTPS;b) - duas fotografias 3 x 4;c) - Título de Eleitor;d) - Cédula de Identidade;e) - Certidão de Nascimento/Casamento;f) - CPF;g) - Certificado de Reservista (somente para sexo masculino);h) - Cartão do PIS;i) - Cópias das certidões de nascimento dos filhos menores de 14 anos;j) - Atestado de vacinação dos filhos menores até seis anos de idade;k) - Comprovação de freqüência escolar dos filhos a partir de 7 anos de idade.

4º) - Além dos documentos4º) - Além dos documentos4º) - Além dos documentos4º) - Além dos documentos4º) - Além dos documentoslistados acima, é permitido solicitarlistados acima, é permitido solicitarlistados acima, é permitido solicitarlistados acima, é permitido solicitarlistados acima, é permitido solicitardo empregado rural uma carta dedo empregado rural uma carta dedo empregado rural uma carta dedo empregado rural uma carta dedo empregado rural uma carta dereferência?referência?referência?referência?referência?

Sim. É vedada qualquer solicitaçãoque discrimine o empregado rural.

5º) - O empregador rural po-5º) - O empregador rural po-5º) - O empregador rural po-5º) - O empregador rural po-5º) - O empregador rural po-derá reter os documentos exigidosderá reter os documentos exigidosderá reter os documentos exigidosderá reter os documentos exigidosderá reter os documentos exigidospara formalizar a contratação?para formalizar a contratação?para formalizar a contratação?para formalizar a contratação?para formalizar a contratação?

Não. O empregador rural deverá pro-videnciar com a máxima urgência a ex-tração dos dados dos documentos soli-citados para formalizar a contratação e,em seguida, devolvê-lo mediante recibo,datado e assinado pelo empregado rural.

6º) - O empregado pode iniciar6º) - O empregado pode iniciar6º) - O empregado pode iniciar6º) - O empregado pode iniciar6º) - O empregado pode iniciaro trabalho sem a assinatura dao trabalho sem a assinatura dao trabalho sem a assinatura dao trabalho sem a assinatura dao trabalho sem a assinatura daCTPS (Carteira de Trabalho e Pre-CTPS (Carteira de Trabalho e Pre-CTPS (Carteira de Trabalho e Pre-CTPS (Carteira de Trabalho e Pre-CTPS (Carteira de Trabalho e Pre-vidência Social)?vidência Social)?vidência Social)?vidência Social)?vidência Social)?

Recomenda-se que o empregadosomente inicie o trabalho após a anotaçãoda CTPS e registro em livro ou fichaprópria.

7º) - Quais as anotações que o7º) - Quais as anotações que o7º) - Quais as anotações que o7º) - Quais as anotações que o7º) - Quais as anotações que oempregador rural deverá procederempregador rural deverá procederempregador rural deverá procederempregador rural deverá procederempregador rural deverá procederna CTPS?na CTPS?na CTPS?na CTPS?na CTPS?

a) - Nome do empregado e endereço;b) - função que o empregado irá

exercer;c) - salário do empregado, especifican-

do-o detalhadamente: valor da habitação(se vier a ser descontada) e valor da ali-mentação (se vier a ser fornecida), ou en-tão, o percentual de comissões, preço etc;

d) - data da admissão e constar o tipode contrato no caso de ser determinado;

e) - assinatura do empregador ou deseu preposto;

f) - número no cadastramento do PIS/PASEP e agência bancária do depósitodo FGTS;

g) - data-base;h) - férias;i) - aumento de salário ou alteração

de função;j) - contribuição sindical;k) - interrupção ou suspensão do

contrato de trabalho.

8º) - O empregador rural de-8º) - O empregador rural de-8º) - O empregador rural de-8º) - O empregador rural de-8º) - O empregador rural de-verá fornecer EPI (Equipamentoverá fornecer EPI (Equipamentoverá fornecer EPI (Equipamentoverá fornecer EPI (Equipamentoverá fornecer EPI (Equipamentode Proteção Individual) aos em-de Proteção Individual) aos em-de Proteção Individual) aos em-de Proteção Individual) aos em-de Proteção Individual) aos em-pregados?pregados?pregados?pregados?pregados?

Sim. Recomenda-se que sejam forne-cidos, no primeiro dia de trabalho, me-diante recibo, os EPIs necessários à pro-teção do trabalhador, de acordo com asatividades a serem desenvolvidas na pro-priedade rural, conforme previsão da NR31.

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