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86 Polímeros: Ciência e Tecnologia - Jul/Set - 99

ARTIGO

DE

MERCADOLOGIA

A Inserção dos Tranformadores de Plásticos naCadeia Produtiva de Produtos Plásticos

Gabriela M. A. Padilha e José V. Bomtempo

Resumo::::: Uma cadeia produtiva pode ser definida como um sistema constituído por agentes formadores dedecisão, envolvidos em um processo interdependente, por meio de um fluxo de produtos e serviços em umadireção. O artigo apresenta um modelo de cadeia produtiva de produtos plásticos, discutindo os seusprincipais atores e a inserção dos transformadores de plásticos nessa cadeia. De acordo com a inserçãona cadeia produtiva, os transformadores de plásticos terão posturas diferentes em relação à inovação,marketing, gerenciamento tecnológico, oferta de serviços e outros investimentos.

Palavras-chave::::: Materiais plásticos, cadeia produtiva, transformação de plásticos, inserção na cadeiaprodutiva, relações cliente-fornecedor.

Introdução

A indústria de transformação de plásticos noBrasil compreende cerca de 5200 empresas quefaturaram em 1998, aproximadamente, US$ 12 bi-lhões. Foram transformados 3,3 milhões de tonela-das de resinas como Polietilenos (PE), Polipropileno(PP), Poliestireno (PS), Policloreto de Vinila (PVC)e Polietileno Tereftalato (PET). Trata-se de um seg-mento formado por 68% de micro empresas, 24%de pequenas, 7% de médias e apenas 1% de empre-sas grandes (ABIPLAST, 1998) .

Pressionada pelos atores a montante (IndústriaQuímica e Petroquímica) e pelos atores a jusante(Indústrias Automobilística, Alimentícia, Farmacêu-tica, Cosméticos, entre outras), a Indústria de Trans-formação de Plásticos vive um período dereestruturação, procurando encontrar posiçõescompetitivas que permitam explorar as oportuni-dades de crescimento dos materiais plásticos.

O presente trabalho tem como objetivo anali-sar a inserção dos transformadores na cadeia pro-dutiva de produtos plásticos.

O trabalho está organizado da seguinte for-ma: inicialmente na seção 1 será apresentado ummodelo de cadeia produtiva de produtos plásticose discutidos os principais elementos dessa cadeia.Na seção 2 discute-se a inserção dos transforma-dores de plásticos nessa cadeia produtiva. Essadiscussão apoia-se em grande parte em resultadosde pesquisa de campo realizada juntos às empre-sas transformadoras no Rio de Janeiro (Padilha,1999). Por fim, a seção 3 apresenta as conclusõesdo trabalho.

Apresentação da cadeia produtiva de produtosplásticos

Uma cadeia produtiva pode ser definida comoum sistema constituído por agentes formadores de

Gabriela M. A. Padilha e José V. Bomtempo, Escola de Química, UFRJ, Ilha do Fundão CT, Bloco E, CEP: 22949-900, Rio de Janeiro, RJ, E-mail:[email protected] e [email protected].

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decisão envolvidos em um processo interdepen-dente, por meio de um fluxo de produtos e serviçosem uma direção. Pode envolver desde fornecedo-res de matéria prima, produção propriamente dita,distribuição e até consumidores finais. Todos os ele-mentos ou níveis de uma cadeia executam funçõesimportantes, cujos respectivos desempenhos deter-minam de forma interdependente o desempenho dosistema como um todo (Towill, Nam & Wilkner apudFigueiredo, Zambom,1998).

A cadeia produtiva de produtos plásticos queestá representada na Figura 1, tem início na utili-zação das matérias primas nafta ou gás natural paraa obtenção dos produtos petroquímicos básicos.Essa conversão é feita no Brasil por três empresasque são as centrais de matérias-primas dos PólosPetroquímicos - Pólos Petroquímicos de São Pau-

lo, Camaçari e Triunfo - e constituem a PrimeiraGeração Petroquímica. Estão em andamento ain-da projetos para a instalação de mais dois empre-endimentos (Rio de Janeiro e Paulínia), para aprodução de petroquímicos básicos.

Os produtos petroquímicos básicos, proveni-entes da primeira geração, são transferidos paraas empresas da segunda geração, as quais irãotransformá-los em resinas plásticas. No Brasil exis-tem cerca de 20 empresas produtoras de resinas, amaioria localizada nos Pólos Petroquímicos.

As principais resinas termoplásticas, do pontode vista comercial, produzidas por estas empresassão:Polietileno de Alta Densidade (PEAD);Polietileno de Baixa Densidade (PEBD); Polietilenode Baixa Densidade Linear (PEBDL); Polipropileno(PP); Poliestireno (PS); Poliestireno Expandido

Central de matéria-prima

Unidade de polimerização

Nafta e Gás Natural

Indústria QuímicaAditivos

Petroquímicos básicos

Máquinas

Aditivos Formulador Distribuidor

Distribuidor

Ferramentaria

Fabricantes deequipamentos

Unidade de Transformação

Unidade deTransformação II

Comércio Cliente Industrial

Consumidor Final

Compostos

Masterbatch

Moldes

Resinas

PeriféricosChapas

Filmes

Peças Injetadas

Peças Sopradas

Peças Extrudadas

Figura 1.Figura 1.Figura 1.Figura 1.Figura 1. Cadeia Produtiva de Produtos Plásticos

Fonte: (Padilha, 1999)

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(EPS); Policloreto de Vinila (PVC); PolietilenoTereftalato (PET).

As resinas são compradas pelas empresastransformadoras de plástico, as quais irão transformá-las , em geral através dos processos de extrusão, in-jeção, sopro, termoformagem e rotomoldagem, numagrande diversidade de produtos.

Ressalte-se que a chamada indústria de trans-formação de plásticos não se enquadra na defini-ção habitual que considera indústria como umgrupo de empresas fabricantes de produtos quesão substitutos bastante próximos entre si. A in-dústria de transformação de plásticos, converte asresinas produzidas pela segunda geração, em ar-tefatos de diferentes cores, formatos e finalidades,que atendem aos mais diversos setores da econo-mia, tais como: setores agrícola, alimentício, au-tomobilístico, cosméticos, construção civil,eletroeletrônico, farmacêutico, higiene e limpeza,médico- hospitalar.

O setor de transformação pode ser entendidocomo formado de grupos de empresas, cada umdeles apresentando uma inserção peculiar na ca-deia. Esses grupos têm em comum, a montante nacadeia produtiva de produtos plásticos: fornece-dores de matérias-primas, equipamentos e perifé-ricos, além dos processos básicos de produção. Ajusante, entretanto, pouco têm em comum.

A Figura 2 sintetiza a apresentação da ca-deia produtiva de produtos plásticos, permitin-do uma visão estruturada de seus principaisatores. Nessa figura, representa-se o número deempresas no Brasil em cada elo da cadeia, co-meçando pelas centrais de matérias-primas

(1ageração), passando pelos produtores de resi-nas (2a geração) e chegando aos transformado-res (3ageração). São indicados, a título ilustrativo,os investimentos médios para a construção deunidades de produção de eteno, polietilenos eprodutos transformados.

A inserção dos transformadores de plásticos nacadeia produtiva de produtos plásticos

A postura dos transformadores na cadeia pro-dutiva de produtos plásticos é definida principal-mente pelo tipo de cliente que ele possui: clientesindustriais ou clientes comerciais. De acordo como tipo de cliente, as empresas terão comportamen-to diferenciado em relação à : inovação, adminis-tração de marketing, investimentos.

O setor de transformação de plásticos é, se-gundo a classificação de Pavitt (Tidd, Bessant,Pavitt, 1997) quanto à origem das inovaçõestecnológicas, um setor dominado pelos fornece-dores. Em tais setores as mudanças tecnológicassão originadas pelos fornecedores de equipamen-tos e de insumos.

No caso do setor de transformação de plásti-cos, as inovações originam-se prioritariamente dosfabricantes de equipamentos, moldes, dos produ-tores de resinas e da indústria química.

Os fabricantes de equipamentos introduzem nosetor novas possibilidades de processamento,otimizando variáveis importantes no processo deconcepção de um produto plástico como: veloci-dade do ciclo, redução do desperdício, qualidade,economia de matéria prima e energia.

1ª Geração3 empresas

2ª Geração20 empresas

3ª Geração5200 empresas

Ex.: Unidade de etenoCap.: 450 mil ton/anoInv.: US$ 500 M

Ex.: Unidade de polietilenoCap.: 200 mil ton/anoInv.: US$ 100 - 500 M

Ex.: Produtos transformadosCap.: 1550 ton/anoInv.: < US$ 15 M

Simbolos: Cap= capacidade em mil toneladas/ano; Inv= investimentos em US$; M= milhões

Figura 2.Figura 2.Figura 2.Figura 2.Figura 2. Das matérias-primas petroquímicas aos produtos plásticos: número de empresas no Brasil, capacidades e investimentos típicos.(Fonte: Padilha, 1999)

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Os fabricantes de moldes permitem que pe-ças mais complexas sejam criadas tornando asempresas de transformação mais capazes paracompetirem em novos campos que exigem pe-ças mais elaboradas e com nível tecnológico maiselevado, como por exemplo o setor automobi-lístico.

Os produtores de resinas introduzem novosgrades e novas resinas a fim de atender às neces-sidades existentes dos transformadores, além de,criar como os fabricantes de moldes, novas fren-tes para o uso do plástico, permitindo que os trans-formadores tornem-se mais competitivos emmercados dominados por outros materiais.

Os efeitos da indústria química refletem indi-retamente nos transformadores, uma vez que asinovações propostas por ela no ramo de catalisa-dores e aditivos, entre outros, impulsionam osprodutores de resinas para o desenvolvimento denovos produtos.

Cabe ao setor de transformação explorar asoportunidades surgidas com as inovações dos seusfornecedores e com elas desenvolver vantagenscompetitivas ou reforçar vantagens já conquista-das. Essas oportunidades podem estar voltadaspara o produto, isto é, para o melhor atendimentodas necessidades dos clientes com a oferta de pro-dutos com melhor qualidade, maior nível tecno-lógico, design mais moderno, ou podem estarvoltadas para o processo, isto é, para o aperfeiço-amento do processos de produção, possibilitandoa oferta dos produtos especificados, dentro dosprazos estabelecidos e com um custo aceitávelpelos clientes.

Clientes Comerciais

Os clientes comerciais representados pelossupermercados, lojas de departamentos, lojas

especializadas. compram dos transformadores:calçados, utilidades domésticas, brinquedos, fiose cabos, produtos utilizados na construção civil(tubos, canos, conexões, etc), entre outros. Essesprodutos, segundo a ABIPLAST1, representam35% do consumo total de resinas.

O relacionamento dos transformadores ao lon-go da cadeia é um relacionamento que segue omodelo da Figura 3.

As setas pretas representam as relações comer-ciais entre fornecedores e clientes ao longo da ca-deia. Enquanto que as setas vermelhas representama existência de outros tipos de interações, alémdas comerciais, entre os atores da cadeia. Essasinterações envolvem a troca de informações e emalguns casos, a cooperação no desenvolvimentonovos produtos, serviços ou no aperfeiçoamentodos produtos existentes.

Os transformadores relacionam-se com a segun-da geração de duas formas: a primeira consiste nacompra da resina disponível, em uma relação pu-ramente de mercado, e a segunda consiste no de-senvolvimento conjuntivo de soluções que atendamàs necessidades dos transformadores.

O comércio funciona como um elo importanteentre os transformadores e os consumidores finais.As relações transformador-comércio e comércio-consumidor final são relações de mercado quepriorizam as variáveis preço e qualidade.

Talvez a relação mais importante na cadeia sejaa relação entre transformadores e consumidoresfinais. Embora não seja uma relação direta do tipocliente-fornecedor, ela é importante para que ostransformadores conheçam - através de contatocom os consumidores finais, pesquisas de merca-do, relatórios de vendedores - as carências, anseiose sugestões dos consumidores finais dos seus pro-dutos. A partir desse conhecimento, os trans-formadores tornam-se capazes de detectar

1 Exposição da ABIPLAST no Seminário: Os desafios da indústria do Plástico. São Paulo, 1999.

Figura 3.Figura 3.Figura 3.Figura 3.Figura 3. Relacionamentos dos atores na cadeia produtiva de transformadores com clientes comerciais

2ª geração 3ª geração Comércio

Consumidor final

1ª geração

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oportunidades para desenvolverem novos produ-tos e serviços e empreenderem melhorias nos jáproduzidos.

Clientes industriais

O mercado industrial consiste em todas as orga-nizações que adquirem bens e serviços usados naprodução de outros produtos ou serviços, que sãovendidos, alugados ou fornecidos a terceiro. (Kotler,1998). Esses possuem diversas características quediferem dos mercados comerciais, entre elas: pre-sença de poucos e grandes compradores, relaciona-mento estreito entre fornecedor e comprador,demanda derivada da demanda por bens de consu-mo, demanda flutuante, compra direta. (Kotler 1998).

Os principais produtos transformados vendi-dos a clientes industriais são: embalagens, peçastécnica, filmes e acessórios.

Embalagens

O setor de embalagens no Brasil movimentaanualmente mais de R$ 12 bilhões. (Pinho, 1998).O material plástico vem assumindo um papel muitosignificativo neste mercado e segundo ABIPLAST1

corresponde a 55% do consumo total de resinasplásticas, consumindo no total aproximadamente1,8 milhões de toneladas ano.

As embalagens plásticas atendem principal-mente aos setores: alimentício, de higiene e lim-peza, cosméticos, farmacêutico e industrial e sãodividias em : flexíveis, rígidas e sacaria de ráfia.

De acordo com o tipo de produto acondicio-nado e o mercado consumidor a importância daembalagem para a comercialização do produto serádiferente, embora, geralmente, ela tenha as fun-ções de atrair a atenção, descrever as característi-cas do produto, criar confiança do consumidor eproduzir uma impressão global favorável.

Alguns clientes demandam embalagens quepriorizam o caráter de proteção ao produto, comoé o caso das embalagens industriais como sacariae containers. Neste caso, o transformador pode serum agente inovador, tanto no produto quanto noprocesso, visando sempre a atender às necessida-des do seus clientes no que tange às característi-cas físicas, químicas e mecânicas da embalagem.A escolha do produto transformado é baseado ematendimento às exigências do cliente em relação aperformance da embalagem e preço.

Outros clientes que priorizam o design, a funcio-nalidade e a qualidade, como no caso das indústriasalimentícias, de cosméticos e farmacêutica. Emba-lagens bem desenhadas podem criar valor de conve-niência para o consumidor e valor promocional parao fabricante dos bens de consumo. Nesse caso, aescolha pelo produto é por atendimento às espe-cificações do produto, qualidade, preço.

A proposta da inovação da embalagem surgepredominantemente do cliente, e é feita através deamostra, molde, CAD ou desenho, cabendo aotransformador a função de executar o pedido compouco espaço para inovar no produto. Entretanto,ela pode ser introduzida também através de proje-tos conjuntos nos quais transformadores e clien-tes trabalham na elaboração da inovação, ouatravés do transformador que elabora a inovação.

Peças Técnicas

Nesse segmento estão agrupados os produtosdestinados ao setores automobilístico, eletroele-trônico e de eletrodomésticos.

Segundo a ABIPLAST1esse segmento respon-de por 10% do consumo total de resinas plásticas,que são distribuídos da seguinte forma: 5% é des-tinado à indústria automobilística, 3% à indústriade eletroeletrônicos e 2% às peças industriais.

Uma das características desse segmento é o altonível de exigências dos clientes, principalmente aindústria automobilística. Os transformadores devematender rigorosamente às especificações técnicas ede qualidade dos produtos, para isso os transforma-dores que atuam nesse segmento devem possuirtecnologia avançada e competência na produção.

Filmes e Acessórios

Os setores de embalagens e peças técnicas abremespaço para o surgimento de empresas produtorasde filmes, chapas, bobinas técnicas e acessórios comoválvulas spray, alças, lacres, entre outros.

Os filmes são usados principalmente para pro-dução de embalagens flexíveis, as chapas e perfispara a produção de peças técnicas e os acessóriossão usados para compor outros produtos ou paraauxiliar a performance do produto principal comopor exemplo os aplicadores de cremes .

De uma forma geral os relacionamentos nacadeia produtiva para os transformadores que pos-suem clientes industriais apresenta a forma apre-sentada na Figura 4.

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Os clientes industriais desejam obter os com-ponentes plásticos em tempo estabelecido, comuma excelente qualidade e performance exatamen-te de acordo com as suas expectativas. Existe atu-almente uma tensão na cadeia devido à reduçãodo número de fornecedores na maioria dos seto-res industriais. Sobreviverão aqueles transforma-dores que sustentarem uma posição competitivaem relação aos concorrentes e conseguirem estrei-tar o seu relacionamento com os clientes.

A interação entre segunda geração e clienteindustrial, embora, não seja uma relação do tipocliente-fornecedor é comum no desenvolvimentode soluções na busca de novos grades ou materi-ais, que atendam às necessidades do cliente.

Os transformadores exercem um papel de exe-cutores de tarefas, uma vez que nestes setores ospedidos tendem a chegar com todas as caracterís-ticas especificadas, deixando pouco espaço parao transformador inovar no produto. Cabe a eles:aprimorar o processo de transformação, visando aotimização da produção e redução nos custos eprincipalmente ter condições tecnológicas e estru-turais de atender aos pedidos dos clientes comsucesso.

As condições tecnológicas estão relacionadasaos equipamentos, e as condições estruturais rela-cionam-se à flexibilidade da empresas em se adap-tar às mudanças do cenário competitivo, mantendoos seus clientes e conquistando novos.

Conclusão

A cadeia produtiva de produtos plásticos é in-fluenciada principalmente pelos atores que intro-duzem as inovações: clientes industriais,fabricantes de resinas, equipamentos e moldes. Aterceira geração embora influencie a cadeia me-

nos do que esses atores, exerce umas das princi-pais funções da cadeia que é transformar em reali-dade produtos especificados pelos clientesindustriais e desejados pelos clientes comerciais,explorando todos os recursos tecnológicos propos-tos pelos outros atores da cadeia.

A peculiaridade da inserção na cadeia produ-tiva apresentada na seção 2 deve condicionar asiniciativas de apoio e incentivos ao setor de trans-formação de plásticos, assim como as estratégiasdos atores da cadeia.

Referências Bibliográficas

1. Associação Brasileira da Indústria do Plástico.Perfil 98 da Indústria-Brasileira de Transfor-mação do Plástico, São Paulo: (1998).

2. Figueiredo, R. S., Zambom, A. C. - A empresavista como um elo da cadeia de produção edistribuição. Revista de Administração. SãoPaulo, v.33., n.3, pg 30, (1998).

3. Kotler, P. - Administração de Marketing:Análise,Planejamento, Implementação e Controle.5.ed. São Paulo: Atlas, (1998).

4. Padilha, G. M. A. - Setor de Transformação dePlásticos: Caracterização e Determinação doPerfil Competitivo através da análise do se-tor no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UFRJ,Escola de Química. Tese de Mestrado emconclusão.

5. Pinho, V. G. - A Brasilpack e as tendências mun-diais da embalagem.Pack- Tecnologia eLogística de embalagem. São Paulo, n.14,p. 14-25, (1998).

6. Tidd, J., Bessant, J., Pavitt, K. - ManagingInnovation. Chichester: Jonh Willey, (1997).

Figura 4.Figura 4.Figura 4.Figura 4.Figura 4. Relacionamentos dos atores na cadeia produtiva de transformadores com clientes industriais

3ª geração

Consumidor final

1ª geração

Cliente industrial

2ª geração