Qumica Dos Perfumes

download Qumica Dos Perfumes

of 56

Transcript of Qumica Dos Perfumes

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    1/56

    A Qumica Dos Perfumes

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    2/56

    A perfumaria a arte que utiliza

    o maior nmero de matrias-

    primas diferentes.

    Hoje em dia, centenas de

    produtos naturais e milhares de

    produtos sintticos

    so encontrados em diversas

    formulaes de perfumes.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    3/56

    Perfume formado de notasde cabea (ou sada), corpoe fundo.Onde as matrias-primas esto relacionadas

    quanto a sua volatilidade ouseja grandeza que est

    relacionada facilidade dasubstncia de passar do

    estado lquido ao estado devapor ou gasoso

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    4/56

    Atualmente, todo e qualquer

    perfume feito baseado nopblico alvo a ser alcanado,cada perfume pertence a uma

    famlia olfativa, sendo esta

    uma classificao dada scomposies criadas,

    considerando as matrias-primas que mais se destacam

    em termos de odor.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    5/56

    Os primeiros perfumes surgiram, provavelmenteassociados a atos religiosos, h mais ou menos

    800 mil anosEssa prtica foi posteriormente incorporada pelos

    sacerdotes dos mais diversos cultos, que

    utilizavam folhas, madeira e materiais de origem

    animal como incenso, na crena de que a fumaa

    com cheiro adocicado levaria suas preces para osdeuses.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    6/56

    O passo seguinte na evoluo douso dos aromas, foi o uso

    particular, algo que provavelmenteaconteceu entre os egpcios,mastarde bastante aprimorada pelos

    arabes.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    7/56

    A concepo de perfume citada na Biblia era a

    extrao a partir de certas flores e outros materiaisvegetais e animais, quando imersos em gordura ou

    leo, deixavam nestes uma parte de seu aroma

    Os rabes tiveram grande participao no

    aprimoramento na fabricao dos

    perfumes,entretanto aps o surgimento do

    cristianismo,o uso dos perfumes no corpo foiassociado a rituais pagos.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    8/56

    Os rabes, no entanto, cuja religio noimpunha as mesmas restries, foram osresponsveis pela perpetuao de seu uso.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    9/56

    Uma outra contribuio significativa foia das Cruzadas: retornando Europa,os cruzados trouxeram toda a arte e a

    habilidade da perfumaria oriental.

    Alm de informaes relacionadas s

    fontes de gomas, leos e substncias

    de cheiros exticos como jasmim,

    almscar e sndalo.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    10/56

    J no final do sculo dezoito,

    Paris tornara-se a capitalmundial do perfume.

    At hoje, muitos dos melhores

    perfumes provm da Frana.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    11/56

    Um perfume , quimicamentefalando, um material poro dematria com mais de uma

    substncia .

    A anlise qumica dos perfumesmostra que eles so uma mistura

    complexa de compostos orgnicos

    denominados : Fragrncias

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    12/56

    Quanto mais especfica e difcil de encontrar

    a matria-prima maior o valor do produtoAs matrias-primas dos perfumes so muito

    variadas e numerosas.

    Atualmente existem centenas de produtos

    naturais e milhares de produtos sintticosutilizados pelas perfumarias.

    Flores:

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    13/56

    Flores:

    Jasmim: A mais usada nos grandes perfumes. So

    necessrios mais ou menos 5 milhes de flores para obter 1kg

    de essncia de jasmim. Local: Frana e frica do Norte.

    Flor de Laranjeira: Cuja essncia chama-se Neroli. Local:Frana, Itlia e Egipto.

    Lavanda: Frana.

    Gros:

    Coentro: Pases Mediterrneos.

    Fava Tonka: Venezuela.

    Ambrete: Vem do mbar. Local: ndia e Antilhas.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    14/56

    Folhas:Patchouli: Indonsia.

    Ervas aromticas:

    Tomilho. Menta.

    Ctricos: Laranja: Espanha e Flrida. Limo: Itlia e Califrnia. Bergamota: Costa do Marfim. Tangerina: Itlia.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    15/56

    Resinas:

    Mirra do Oriente

    Benjoin do Sio

    Razes:

    Gengibre ndia e China

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    16/56

    mbar Gris: mbar Secreo rejeitadapelo cachalote e recolhidas nas guas doOceano ndico e ao longo da Costa do Peru.

    Musk (almscar): Provm de uma glndula dacabra do Tibete. Local: Himalaia.

    Civete: Extrado do gatoselvagem da Abissnia.

    Produtos de Origem Incomum:

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    17/56

    O Sistema Moderno de Classificao dosPerfumes, composto por 14 grupos,

    segundo sua volatilidade.

    Ctrica (Limo),

    Lavanda, Ervas (Hortel),

    Aldedica,

    Verde (Jacinto), Frutas (Pssego), Florais (Jasmim),

    Especiarias (Cravo),

    Madeira (Sndalo), Couro (Resina De Vidoeiro),

    Animal (Alglia),

    Almscar, mbar (Incenso)

    Baunilha.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    18/56

    Os perfumes tm em sua composio umacombinao de fragrncias distribudas

    segundo o que os perfumistas denominam denotas de um perfume.Assim, um bom perfume possui trs

    notas:

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    19/56

    NOTA DE TOPO (ou DE SADA):

    a primeira impresso do perfume, so ocheiro percebido quando o frasco deperfume aberto, suas molculas somenores, portanto so mais volteis,evaporam em at 10 minutos.

    A escolha da composio da noto de topo muito importante, pois geralmente ela

    a responsvel pela aceitao ou no doproduto.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    20/56

    NOTA DE CORPO (ou DE MEIO):

    So consideradas o carter, o corao doperfume.

    So as molculas respons veis peloreconhecimento do perfume.

    Elas compes 40 % da essncia e por teremuma volatilidade menor ,permanecem maistempo na pele, tendo uma dura o de 15minutos a 4 horas.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    21/56

    NOTA DE FUNDO:

    formada por mol culas pesadas, A nota defundo funciona como fixador no sendo apenasuma substncia que mant m o cheiro doperfume por mais tempo, e sim uma essncia

    que alm de aumentar a dura o das demaisnotas, ainda em um papel importante nacomposio do aroma final do perfume.

    A nota de fundo representa os 40 % finas daquantidade de essncia e pode chegar a durar 8horas na pele (e at mais tempo nas roupas!).

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    22/56

    Os qumicos j identificaram cerca de trs

    mil leos essenciais, sendo que cerca de

    150 so importantes como ingredientes deperfumes.

    Para que possam ser usados com essefim,os leos essenciais devem ser

    separados do resto da matria prima .

    As tcnicas usadas para isso baseiam-seem suas diferenas de solubilidade,

    volatilidade e temperatura de ebulio.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    23/56

    Quando obtido o leo essencial a analisequmica permite identificar os componentes

    presentes. O uso de tcnicas avan adas como

    cromatografia a g s, espectrometria de massa,

    ressonncia magn tica nuclear de analisespossibilita hoje o reconhecimento de todos oscomponentes ate mesmo em m nimasquantidades.

    A partir da identifica o dos componentes doleo essencial que se pode fabric -lossinteticamente e torn -lo mais barato.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    24/56

    Uma outra possibilidade a sntese denovos compostos com aroma similar ao

    produto natural, porm com estruturastotalmente diferentes.

    A grande maioria das fragrncias usadas

    hoje em dia fabricada em laboratrio. Os produtos sintticos so usados para

    aromatizar produtos de limpeza (sabes,

    detergentes,amaciantes de roupas) eprodutos de higiene pessoal (talcos,desodorantes).

    U d t ib i d i

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    25/56

    Uma grande contribuio da qumica

    sinttica tem sido, sem sombra de dvida,

    a possibilidade de preservao de certasespcies animais e vegetais que corriam o

    risco de extino devido procuradesenfreada de leos essenciais.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    26/56

    A concentra o de uma fragrncia pode ser

    classificada de acordo com a quantidade de leosaromticos dilu dos no(s) solvente(s), onde os

    mais comuns so etanol e gua. Perfume: 20% a 40% de compostos arom ticos Eau de parfum: 10% a 20% de compostos

    aromticos

    Eau de toilette : 5% a 10% de compostosaromticos

    gua de colnia : 2% a 5% de compostosaromticos.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    27/56

    Processo Industrial

    Segmentos do Setor

    Dada a diversidade de utilizao e de produtos, o setor pode ser subdividido em trs segmentosbsicos:

    Higiene Pessoal: englobam sabonetes, produtos para higiene oral, desodorantes axilares ecorporais, talcos, produtos para higiene capilar e produtos para barbear. Tambm esto contidosnesse segmento absorventes, papis higinicos e fraldas descartveis.

    Cosmticos: constitudo por produtos para colorao, tratamento, fixao e modelagem capilar,maquiagem, protetores solares, cremes, loes para a pele e depilatrios.

    Entretanto, tais produtos no sero contemplados no presente trabalho em funo dascaractersticas diferenciadas de seus processos produtivos, ficando enfatizado apenas o setor deperfumaria.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    28/56

    Principais Caractersticas

    Apesar da diversidade, os produtos citados so obtidos por processos fabris caracterizados por:

    Baixo consumo de energia: grande parte dos processos realizada temperatura ambiente.Aqueles que necessitam de aquecimento so feitos por curto perodo de tempo, atingindo umatemperatura mxima de 80 C, em funo da caracterstica da maioria das matrias-primas, quese degradam quando expostas a temperaturas superiores. A quase totalidade dos produtospossui seus procedimentos de envase temperatura ambiente.

    Grande consumo de gua: considerada, em termos de quantidade, como uma dasprincipais matrias-primas na fabricao de produtos de higiene pessoal, perfumaria ecosmticos. Alm da incorporao em muitos produtos, a gua tambm utilizada em sistemasde resfriamento, na gerao de vapor, bem como em procedimentos de limpeza e sanitizao demquinas, equipamentos, tubulaes de transferncia e mangueiras.

    Produo por batelada: a produo de forma descontnua (processo pelo qual as matrias-

    primas adicionadas so convertidas em produto final), em uma determinada quantidade, numprazo de tempo determinado, o que implicam variveis a serem controladas de uma bateladapara outra. utilizada, principalmente, em funo da diversidade de produtos e das quantidadesnecessrias para suprir a demanda de mercado.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    29/56

    Etapas do Processo Produtivo

    As atividades relacionadas ao recebimento, armazenagem, separao e pesagem de matrias-primas, alm de suas anlises fsico-qumicas e organolpticas (para fins de controle de

    qualidade, quando aplicvel), ao envase, embalagem, armazenamento e expedio de produtoacabado so consideradas comuns na obteno de todos os produtos.

    Recebimento de matrias-primas: verificao do material recebido, por amostragem eanlises. Eventuais desconformidades identificadas podem levar devoluo dos compostosaos respectivos fornecedores.

    Armazenagem: estoque de matrias-primas, embalagens para os produtos acabados edemais insumos normalmente recebidos em recipientes retornveis. Pode haver segregao deprodutos, por razes de compatibilidade, bem como necessidade de condies especiais deconservao, como, por exemplo, refrigerao.

    Pesagem e separao de matrias-primas para produo do lote: para cada produto a serobtido, as matrias-primas so previamente separadas e pesadas de acordo com as

    quantidades necessrias, e encaminhadas produo. Os insumos recebidos a granel eestocados em tanques ou silos podem ser conduzidos ao setor produtivo por linhas dedistribuio, dependendo do nvel tecnolgico da empresa.

    Produo: em funo da diversidade de produtos e das peculiaridades verificadas em seusprocessos produtivos, para essa etapa foram desenvolvidos fluxogramas especficos por tipo

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    30/56

    ou grupo de produtos que envolvam operaes similares.

    Anlises: uma vez finalizado, o lote produzido amostrado e submetido a anlises fsico-qumicas e microbiolgicas (quando aplicvel), e, aps atestada sua adequao, este encaminhado para envase/embalagem. Nos casos em que o produto acabado no est de

    acordo com os padres estabelecidos, o lote poder ser reprocessado a fim de atender sexigncias/padro de qualidade e reaproveitado na fabricao de outros produtos oudescartado. Envase/Embalagem: confirmada a adequao do produto, o mesmo acondicionado emrecipientes apropriados e identificados. Esta etapa engloba o acondicionamento de produtosem frascos (plsticos ou de vidro), sacos, bisnagas ou o empacotamento, no caso desabonetes, por exemplo. Uma vez embalado, o produto identificado por rtulo ou

    impresso.Armazenamento de produtos acabados: o produto, j acondicionado em embalagem paracomercializao, encaminhado para a rea de armazenamento, onde permanece at queseja enviado ao cliente. Expedio: ponto de sada dos produtos acabados para o comrcio.

    Figura 01-Etapa Processo de Produo Simplificado

    Processo de Extrao leos EssenciaisO l i i b t i t i ti lt i

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    31/56

    Os leos essenciais so substncias naturais, aromticas e volteis que possueminmeras funes dependendo da sua localizao na planta. Sero apresentados alguns dosmtodos de extrao tais como,Enfleurage,arrastamento de vapor dgua, Extrao comsolventes volteis,headspace,CO2 Supercrtico.

    EnfleurageGeralmente usado em ptalas de flores que tem compostos sensveis demais para usaroutros mtodos, e que tem uma quantidade pequena de leos essenciais.

    O mtodo:Na enfleurage so utilizadas flores frescas que tem baixo teor de leos essenciais e que

    so extremamente delicadas, ao ponto de no poderem ser usadas outros mtodos mais

    prticos, como arraste por vapor d'gua. Algumas dessas flores, como caso do jasmim,podem continuar a produzir seu perfume at 24 horas depois de retiradas da planta.O mtodo propriamente dito consiste basicamente em colocar tais ptalas em um

    chassi, que uma armao com placa de vidro, recoberta de gordura e compostospreservativos por ambos os lados. Estas placas so postas umas sobre as outras, de modo aevitar o contato direto com o ar atmosfrico. As ptalas so substitudas por outras frescaspor um perodo que pode variar conforme o caso, mas usualmente tende a ser 24 horas.

    Aps 8 a 10 semanas, a gordura chega a seu ponto de saturao em relao aos leosdas flores. Com isso, esta removida e sofre uma extrao por lcool, aproveitando-se doprincpio de maior solubilidade neste solvente, para a recuperao do perfume. Esta soluo resfriada para remoo da pequena quantidade de gordura dissolvida, e recebe aps issoo nome de "extrato" das flores. Este passa por um processo de destilao, visandofinalmente separar o solvente dos leos essenciais desejados.

    No BrasilA tcnica foi gradualmente substituda por processos industriais mais produtivos,

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    32/56

    baratos e de melhor rendimento. Mas O Boticrio apostou nela e, em parceria com a Unicamp,modernizou-a, substituindo a gordura animal pela de origem vegetal (mais de acordo com osvalores da empresa) e instalou um espao exclusivo em seu parque industrial, destinadoexclusivamente obteno do leo essencial, a exemplo do que faziam os antigos perfumistas.

    Neste espao, profissionais treinados extraem, de forma artesanal a essncia absoluta dosLrios Stargazer, vindos de Holambra , maior regio produtora de flores do Brasil, que estproduzindo, pela primeira vez, especialmente para o processo de enfleurage.

    A tcnica do enfourage de lrios foi utilizada para torn-los parte essencial da fragrnciacujas notas buscam essencialmente a feminilidade, a elegncia, a sofisticao. As notas desada trazem um frescor especiado, com mandarina, Pra, Pssego, Damasco e Pimenta Rosa.As notas de corpo so essencialmente florais: Osmanthus, Gardnia, Jasmin, Rosa, Violeta,Lrio, ris e Narciso. As notas de fundo combinam notas amadeiradas de Sndalo, Musgo, Vanilla,Patchouli, Vetiver e mbar.

    Lily Essencede acordo com a empresa, uma fragrncia considerada uma eau de parfum,ou seja, um perfume que contm leos essenciais raros e caros, que permitem uma perfumaonica e prolongada

    Arraste por vapor d'guaGeralmente usado em folhas e ervas mas nem sempre indicado para extrair-se o leo

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    33/56

    Geralmente usado em folhas e ervas, mas nem sempre indicado para extrair se o leoessencial de sementes, razes, madeiras e algumas flores, porque devido as altas pressese temperaturas empregadas no processo as frgeis molculas aromticas podem perderseus princpios ativos.

    O mtodo:A destilao a vapor o mais comum mtodo de extrao de leos essenciais. Esta feita em um alambique, onde partes da planta frescas ou secas so colocadas.

    Quando as substncias a serem separadas no so solveis em gua, alm de umadelas ser ligeiramente voltil e as outras fixas ou para o caso de que uma das substncias aser destilada se decomponha com ao direta do calor, ou seja, apresente sensibilidadetrmica.

    A partir de o desenho a seguir, pode-se observar que com o vapor d gua, gerado noprimeiro balo do equipamento, pode-se extrair a substncia mais voltil da mistura (que seencontra no segundo balo). O resultado do processo (o destilado) uma mistura formadapor gua e a substncia mais voltil (que podem ser separadas atravs da decantao porserem imiscveis).

    Figura 03Modelo mtodo porarraste de vapor de gua.

    Extrao com solventes volteisGeralmente usado em delicadas plantas para leos usados em perfumaria e

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    34/56

    Geralmente usado em delicadas plantas, para leos usados em perfumaria ecosmticos.

    O mtodo:As plantas so imersas em um solvente qumico adequado (pode ser utilizado a cetona,

    hexano ou qualquer derivado do petrleo) usado para extrair os compostos aromticos daplanta. Fornecendo um produto denominado concreto. O concretopode ser dissolvido emlcool de cereais para remoo dos solventes. Com a evaporao do lcool temos oabsoluto.

    No processo de extrao do concreto no s se obtm leo essencial, mas tambmceras, parafinas, gorduras e pigmentos. O concreto apresenta uma consistncia pastosa. Jabsoluto no somente sujeito a uma limpeza dos solventes empregados, assim como de

    obter uma mistura mais purificada de ceras, parafinas e substncias gordurosas presentes, oque leva o produto final ter uma consistncia mais lquida. O teor de solvente no produto finalvaria de 1% a 6%.

    Apesar de o rendimento ser bem maior e o custo benefcio bem maior que o daenfleurage, os leos obtidos por extrao a solvente apresentam resduos de solvente nofinal do seu processo, e podem apresentar efeitos colaterais dependendo do solventeempregado. Por isso absolutos e concretos costumam ser usados para perfumaria e

    cosmtica.

    Figura 04 -Aparelho de destilao tipo Clevenger

    Exemplo do Solvente Hexano

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    35/56

    Exemplo do Solvente Hexano

    Uma dificuldade que pode ocorrer na extrao a formao de emulso, que asuspenso coloidal de um lquido em outro. Gotas de um solvente orgnico freqentemente somantidas em suspenso em uma soluo aquosa, quando os dois so misturados

    vigorosamente e formam uma emulso, alm do mais quando materiais viscosos estopresentes na soluo. A presena de emulso interfere na extrao, prolongando o tempo para aseparao de fases, mas possvel evitar a sua formao atravs de uma extrao mais branda,suave e sem agitao, apenas girando o funil e com a adio de soluo saturada de cloreto desdio. Para finalizar este processo, utiliza-se a filtrao por gravidade. (FERNANDES et al, 2002)

    Figura 05 Formula estrutural do hexano

    CO2 S ti

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    36/56

    CO2 SupercrticoGeralmente usado em extrao de leos essenciais de frutas ctricas como bergamota,

    laranja, limo e toranja.

    O mtodo:As partes das plantas a serem extradas so colocadas em um tanque onde injetado

    dixido de carbono supercrtico, isto ocorre a extrema presso de 200 atmosferas etemperaturas superiores de 31C. Nessa presso e temperatura o CO2 atinge o que seria umquarto estado fsico, no qual a sua viscosidade semelhante a de um gs, mas a suacapacidade de solubilidade elevada como se fosse um lquido.

    Uma vez efetuada a extrao faz-se com que a presso diminua e o gs carbnico volta aoestado gasoso, no deixando qualquer resduo de solvente. A grande solubilidade e a eficinciana separao tornam o CO2 supercrtico mais indicado para ser utilizado na indstria do quesolventes orgnicos.

    Figura 06- Modelo processo extrao de leos essenciais de frutas ctricas.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    37/56

    HeadspaceEste mtodo consiste em absorver alguns micro gramas de molculas responsveis pela

    produo de odores, seja de uma flor, folhas, cascas ou at mesmo de cenrios olfativos comocheiros de uma floresta. O material coletado passa por diversas leituras qumicas atravs detcnicas como cromatografia gasosa, espectrometria de massas e outros, que identificam asmolculas responsveis por criar aquela identidade olfativa. (BEHAN, 1996)

    Quando as flores so tratadas usando tcnicas tradicionais de extrao tais como adestilao a vapor ou a extrao por solventes orgnicos, as substncias obtidas so diferentesda fragrncia original, isto , distante do cheiro da flor viva. Quando os mtodos do headspaceso usados, as molculas odorferas so desprendidas da flor cortada e so transportadas por

    uma corrente de gs, antes mesmo de serem concentradas em um absorvente apropriado, talcomo o carbono ativo ou um polmero orgnico. Em seguida so feitas anlises no aparelhocromatogrfico. O uso destes mtodos no causa nenhum dano s plantas, deste modo garantecerta segurana para se trabalhar com espcies raras. (VUILLEUMIER; FLAMENT;SAUVEGRAIN, 2007)

    Em SO principal atributo do headspace a possibilidade da determinao de componentesvolteis da amostra a ser estudada de forma direta, ou seja, sem muitas etapas de reao. Alm

    disso, o headspace torna-se importante e muito eficiente, pois possibilita a introduo daamostra sem pr-tratamento no cromatogrfo a gs. Isto se torna mais crtico principalmentedevido baixa preciso dos detectores cromatogrficos e a indesejvel contaminao da colunapor resduos no-volteis. (VUILLEUMIER; FLAMENT; SAUVEGRAIN, 2007)

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    38/56

    Setor de Cosmticos

    Crescimento do Setor

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    39/56

    Crescimento do Setor

    H uma grande diversidade empresarial, tantonacional como internacional; diversificada ouespecializada.

    Diviso do Setor : Pequenas/Mdias e GrandesEmpresas.

    IBGE e Abihpec- PIB do pas e das indstriasgerais cresceu em 2008 5,1% e 4,3%respectivamente, enquanto o setor decosmticos 7,1%.

    Com a participao feminina no mercado de

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    40/56

    p p trabalho, lanamentos constantes de produtose a utilizao de tecnologia de ponta explicam

    o bom resultado do setor.Aumento da produo gerando preos

    competitivos dos produtos.

    Brasil considerado o terceiro maior mercado decosmticos no mundo.

    Produtos naturais e orgnicos dentro do setor decosmticos tem apresentado fora e destaque

    (2010 4% ; 2012 10%).

    R l t S it i

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    41/56

    Regulamentao Sanitria

    Definidos e Regulados quanto forma efinalidade de uso ( Lei 6360 de 23 de setembrode 1976).

    ANVISA (Agncia Nacional de VigilnciaSanitria) Finalidade de regulamentar,controlar e fiscalizar os produtos.

    Resoluo n 79 Compabilizar osregulamentos nacionais de acordo comMercosul.

    C id d O i t

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    42/56

    Cuidados e Orientaes

    Ao adquir produtos cosmticos, verifique se elespossuem registro na ANVISA/Ministrio daSade.

    Produtos de menor risco no possuem nmero deregistro.

    Apenas adquirir produtos cuja embalagensestejam limpa e bom estado.

    Ler atentamente todas informaes da rotulagem.

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    43/56

    Cuidado com uso de cosmticos

    em crianas.

    Ocorrncia de irritao alrgica

    comunicar SAC (Sistema deAtendimento ao Consumidor)do produto e comunicar aAnvisa

    ([email protected])

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    44/56

    Meio Ambiente

    Principais impactos provenientes deatividades das empresas do setor de

    cosmticos:

    g a

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    45/56

    gua

    Utilizao em larga escala para diversos fins;limpeza e lavagem de mquinas, equipamentose instalaes industriais, sistema deaquecimento e refrigerao.

    Uso de recursos hdricos subterrneos tem sidoa alternativa mais atraente.

    Necessrio conscientizar os usurios quanto a

    formas de diminuir o consumo de gua

    Energia

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    46/56

    Energia

    O setor de cosmticos no grande consumidorde energia. Deve-se considerar o consumo de eletricidade por

    mquinas ou equipamentos como motores,bombas, misturadores e outros.

    comum o uso de caldeiras alimentadas por leocombustvel (liberando monxido de carbono exido de enxofre).

    O emprego do gs natural considerado o mais

    adequado. Uso de caldeiras eltricas chamadas caldeiraslimpas.

    MEIO AMBIENTE

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    47/56

    MEIO AMBIENTE

    A seguir, apontaremos osprincipais impactos que podem serprovenientes de atividades dasempresas do setor de cosmticos

    e so discutidas tambm asrelaes de causa e efeito entre osprocessos produtivos e o meio

    ambiente

    U d I

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    48/56

    Uso de Insumos:gua

    A utilizao de gua no setor se d em larga

    escala e para diversos fins. Considervel parcela incorporada ao produto, parte empregada nasoperaes de limpeza e lavagem de mquinas,equipamentos e instalaes industriais, alm do

    uso na rea de utilidades e manuteno, taiscomo em sistemas de aquecimento erefrigerao.

    Energia

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    49/56

    Energia

    O setor de cosmticos no grande consumidor deenergia, devido s prprias

    caractersticas de seusprocessos produtivos, dos

    quais a maioria das etapasso realizadas temperaturaambiente.

    Matrias primas e ProdutosA ili

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    50/56

    AuxiliaresO conjunto de matrias primas e produtos auxiliares

    empregados pelo setor extremamentevariado:

    gua, detergentes, emulsificantes, steres de cidos graxos;

    polmeros (PEG), sais quaternrios de amnio; corantes, pigmentos, solventes orgnicos;

    lcalis (como soda e potassa),

    conservantes (como metilparabeno,

    propilparabeno e formol) e perxido

    de hidrognio;

    leos essenciais e outros.

    Principais Interferncias no Meio

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    51/56

    Os principais impactos ambientais dosetor podem estar associados tantoao processo produtivo, como

    gerao de efluentes, ao prprio usodos produtos ou mesmo gerao deresduos de embalagem ps-uso.

    Efluentes Lquidos

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    52/56

    A gerao de quantidades significativas de efluentes lquidosdepende basicamente da frequncia da realizao de operaes

    de lavagem e limpeza, e da maneira como estas so realizadas.

    A legislao ambiental estabelece que os despejos industriaisdevam ser tratados, de modo que as caractersticas fsico-qumicas dos efluentes estejam de acordo com os padres.

    Embora a composio dos efluentes do setor varie em funo dotipo de produto elaborado, pode-se apontar alguns componentesque normalmente ocorrem em concentraes acima daspermitidas em legislao especfica: leos e graxas, despejos

    amoniacais e tensoativos.

    RESDUOS

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    53/56

    RESDUOS

    De acordo com suas caractersticas ecomposio, os resduos sero classificadospelos critrios estabelecidos na Norma ABNTNBR10004/2004 e, em funo desta

    classificao, sero adotados os procedimentosadequados relativos s condies deacondicionamento, armazenamento edisposio. Esta classificao envolve arealizao de anlises e testes, como os delixiviao e solubilizao.

    Embalagens

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    54/56

    Embalagens

    A gerao de resduos de embalagens um dosimpactos mais significativos do setor e trata-se deuma questo complexa, uma vez que a geraoocorre durante o processo produtivo e tambm nops-consumo.

    A variabilidade de tipos de caixas depapel/papelo, frascos, potes, sacos ou galesplsticos, tambores, latas, rtulos e afins, podeocasionar srios danos ambientais se dispostosinadequadamente, uma vez que estes contenham

    restos do produto, devido ao potencial decontaminao do solo e guas subterrneas queapresentam.

    Solventes Orgnicos

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    55/56

    Os solventes orgnicos geralmenteso usados como desengordurantes

    (limpeza) e na formulao dosperfumes.Quando lanados com os efluenteslquidos, trazem risco de efeitostxicos agudos ao ambiente. Os

    organismos aquticos so os maisvulnerveis, uma vez que absorvemesses contaminantes pelos tecidos,brnquias, por ingesto direta dagua ou de organismos

    contaminados.

    Emisses Atmosfricas

  • 8/2/2019 Qumica Dos Perfumes

    56/56

    Os principais problemas de emisses atmosfricas dosetor de cosmticos esto relacionados emisso de

    material particulado e substncias odorferas.

    Alguns destes materiais em suspenso podem causardoenas ocupacionais e/ou contaminao ambiental,havendo a necessidade do enclausuramento de linhas,procedimentos operacionais cuidadosos, instalao desistema de ventilao local exaustora (SVLE) e

    equipamento(s) de controle de poluio do ar (ECPA);alm do uso de EPIs adequados para os funcionrios.