Quimica Organica Experimental_Relatorio 5 e 6 - Cristalização e Sublimação.pdf
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GRADUAÇÃO 2015.1
RELATÓRIO 5 e 6 –
RECRISTALIZAÇÃO E SUBLIMAÇÃO QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL
ESCOLA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
PROFESSOR EDSON FERREIRA
Cristiano da Vitoria Teixeira
Luiz Antônio Almeida dos Santos
Rafael de Souza Menezes
Rodrigo de Souza
Junho/2015
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 3
2. OBJETIVOS ........................................................................................... 4
3. MATERIAL NECESSÁRIO ................................................................. 5
4. PROCEDIMENTO ................................................................................ 5
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................ 6
6. CONCLUSÃO ........................................................................................ 9
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 9
GRADUAÇÃO 2015.1
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Química Orgânica Experimental
1. INTRODUÇÃO
Uma substância sublima quando passa diretamente do estado sólido para o estado gasoso,
como é o caso de certas substâncias como o Naftaleno e o Iodo que quando aquecido e, em
contato com uma superfície fria, voltam ao seu estado sólido, na forma de cristais puros da
substância. Sublimação é um processo de purificação de substâncias sólidas que têm pressão
de vapor relativamente alta abaixo do seu ponto de fusão. A substância é vaporizada, por
aquecimento, diretamente do estado sólido. O fenômeno de sublimação ocorre quando a
pressão do ambiente não é suficiente para frear a aceleração das partículas permitindo a
passagem direta do estado sólido para o gasoso. O ponto de fusão é a temperatura à qual uma
substância funde ou passa do estado sólido para o estado líquido. Uma substância pura sob
condições padrão de pressão possui um ponto de fusão definido. Para se determinar o ponto de
fusão de algumas substâncias, utiliza-se a técnica do tubo de Thielle. As substâncias puras
fundem-se a uma temperatura constante. Já as impuras (misturas) não apresentam um único
ponto de fusão definido e, sim, uma faixa de fusão, que será tanto maior quanto mais impureza
contiver a substância. No procedimento foi efetuado o processo de recristalização e sublimação
com o intuito de separar os componentes de uma mistura, possibilitando dessa forma visualizar
as etapas do processo de cristalização como também de sublimação.
A Cristalização é uma operação de separação onde, partindo de uma mistura líquida
(solução) se obtêm cristais de um dos componentes da mistura, com 100% de pureza. Na
cristalização criam-se as condições termodinâmicas que levam as moléculas a aproximarem-se
e a agruparem-se em estruturas altamente organizadas, os Cristais. Por vezes, as condições
operatórias não permitem obter cristais 100% puros verificando-se a existência, nos cristais, de
inclusões (impurezas) de moléculas que também têm grande afinidade para o soluto. A razão
de enfatizar essa operação é que a última operação na produção de substâncias cristalinas afeta
a pureza e pode evitar ou diminuir propriedades indesejáveis no produto final: ex.
empedramento, retenção demasiada de umidade e altas perdas de material devido à formação
de pó. Esta operação é muito utilizada na finalização de produtos em indústrias químicas e
farmacêuticas. Ela não é destinada exclusivamente a isolar o produto final; ela intervém
igualmente na purificação dos produtos intermediários.
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Química Orgânica Experimental
Um solvente apropriado para a cristalização deve ter os seguintes requisitos:
1. À temperatura elevada, dissolva rapidamente uma grande quantidade de composto;
2. À baixa temperatura, dissolva pouca quantidade de soluto;
3. Não reaja com o composto a ser cristalizado;
4. Dissolva as impurezas a baixa temperatura;
5. Seja suficiente volátil para sua fácil evaporação.
Logo, a sublimação é a uma técnica usada quando um dos componentes da mistura
sólida sublima facilmente, isto é, passa diretamente do estado sólido ao estado gasoso, por
aquecimento, e do estado gasoso ao estado sólido, por arrefecimento. Pode ser usada para
purificar sólidos. O sólido é aquecido até que sua pressão de vapor se torna suficientemente
grande para ele vaporizar e condensar como sólido numa superfície fria colocada logo acima.
O sólido é então contido na superfície fria enquanto as impurezas permanecem no recipiente
original. A vantagem que esta técnica apresenta é que nenhum solvente é necessário e assim
não é preciso removê-lo mais tarde. A sublimação também permite a remoção de material
ocluso, como moléculas de solvatação. Ela consiste num método mais rápido de purificação do
que a cristalização, no entanto, não é tão seletiva, pois é difícil lidar coma similaridade de
pressão de vapor entre os sólidos.
2. OBJETIVOS
Purificar substâncias sólidas à partir das diferenças de solubilidade entre elas e as impurezas
num dado solvente ou mistura de solventes.
Purificar substâncias sólidas que tiverem maior pressão de vapor do que as impurezas.
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Química Orgânica Experimental
3. MATERIAL NECESSÁRIO
Água destilada
Bico de Bunsen;
Balança analítica;
Bastão de vidro;
Becker;
Bomba de vácuo;
Carvão Ativado
Etanol;
Espátula;
Funil de Büchner;
Hexano;
Kitassato de 1000 mL;
Papel de Filtro;
Pipetas de 5 mL, 10 mL;
Placa de Petri;
Tela de Amianto
Tripé;
Vidro de relógio;
4. PROCEDIMENTO
Sublimação
Em um primeiro momento foi colocado 1,005g de Naftaleno (pesado em uma balança
eletrônica), em um béquer de 100mL. Sobre esse béquer foi colocado uma placa de Petri com
cubos gelo dentro. Após isso essa estrutura foi colocada sobre uma placa de aquecimento.
Quando o Naftaleno já estava todo cristalizado, foi retirada a água de cima da placa de Petri
com o auxilio de uma pipeta. Em seguida, realizamos a pesagem do naftaleno já sublimado.
Recristalização
Com o auxílio do tripé, tela de amianto e bico de bunsen a água foi fervida em um
béquer. Aproximadamente 1g do soluto (carvão e ácido benzóico) foi misturado à água fervente
em um béquer pequeno. A mistura foi filtrada utilizando-se o funil de Buchner, papel filtro
posto dentro do funil e umedecido com água para garantir melhor aderência, evitando que a
mistura passasse pelas laterais e comprometesse a filtragem. O anel de vedação para o
funcionamento do vácuo e encaixe no Kitassato e bomba à vácuo. É possível verificar
visualmente a presença do ácido na água em temperatura ambiente, pois o ácido se mantém na
forma de cristais dispersos no líquido em questão. A filtragem foi repetida em temperatura
ambiente para garantir a mistura (ácido benzóico e água) com menos impurezas.
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Química Orgânica Experimental
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Sublimação
No início do experimento quando o béquer e a Placa de Petri foram colocados sobre a placa
de aquecimento e foi observado:
1- Em um primeiro momento o Naftaleno começou a formar cristais na parte mais
fria do béquer (próximo a placa de Petri com gelo).
2- Após este momento o Naftaleno já líquido, começou a ferver e quando a parte
líquida acabou, foi observado que o mesmo estava cristalizado na parte fria do
experimento (béquer junto com a placa de Petri).
A amostra de Naftaleno após essa primeira etapa de cristalização foi pesada.
Naftaleno puro = 0,079g
1,005g --------------- 100%
0,079g ------------------- X %
X= 7,86% de rendimento.
Cristalização
Como apenas o ácido do soluto (carvão e ácido benzóico) solubilizou-se no solvente,
com a filtragem o ácido ficou contido juntamente com a água no kitassato. Desta forma o carvão
e as impurezas foram retidas no funil de Buchner. O rompimento da estrutura cristalina do
sólido seguido pelo resfriamento da solução que produz novamente os cristais, eliminando as
impurezas.
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Química Orgânica Experimental
Ácido benzóico
Pertence ao grupo dos ácidos carboxílicos, é um composto aromático, seu nome oficial
é ácido benzeno monocarboxílico. Foi descoberto no século XVI, é considerado o mais simples
dos ácidos carboxílicos, por ser uma carboxila COOH ligada a um anel benzênico, é bastante
solúvel em solventes orgânicos como éteres, alcoóis e benzeno, por serem menos polares, são
praticamente insolúveis em água. O C7H6O2 é bastante utilizado na indústria de alimentos para
conservá-los, também na indústria de fármacos para produz cosméticos e medicamentos, pela
propriedade antimicrobiana que possui o ácido benzóico.
Para obter o ácido benzóico destinado para fins comercial é dado pela oxidação parcial
do tolueno (matéria prima usada para obter derivados do benzeno, entre outros) com oxigênio,
sendo usado naftalenatos de manganês ou do cobalto como catalisador ou mesmo oxidando o
tolueno em solução aquosa saturada de permanganato de potássio. Também é possível obter o
ácido benzóico a partir da reação do benzeno com o cloreto de metanoíla, o cloreto de cobre (I)
ou o cloreto de alumínio funciona como catalisador, que irá produzir a principio o benzaldeido,
depois será oxidado onde dará origem ao ácido benzóico. O ácido benzóico pode ser encontrado
na natureza, em frutas como: ameixas, morangos, amoras, framboesas e groselha, também em
resinas da arvore benjoeiro, onde surgiu o nome ácido benzóico.
Como qualquer ácido deve se tomar cuidado quanto ao seu manuseio. Se inalado seus
vapores causam irritações no nariz, garganta, provocando dores na garganta e tosse. Quando
ingerido poderá ocorrer dores abdominais, náusea e vômito. Em contato com os olhos causam
irritações e dores.
Adsorção
A diferença entre adsorção e absorção é proposital, porque a absorção é um fenômeno
em que uma substância permeia o volume de outra (por exemplo, uma esponja absorve água),
enquanto a adsorção é um fenômeno de superfície. A adsorção é importante em inúmeras
situações no dia-a-dia (por exemplo, em filtros de carvão ativado) e na indústria (por exemplo,
em catalisadores). Pensando em áreas superficiais, pode-se ter a impressão de que, para ter
uma adsorção eficiente, é preciso de grandes quantidades de material, pois o fenômeno depende
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Química Orgânica Experimental
da superfície, e em uma pequena quantidade de material. Superfícies com partículas pequenas
e de alta porosidade - por exemplo, um carvão ativado, quando tratado quimicamente, é possível
aumentar a área superficial. Existem dois tipos principais de adsorção: física e química. A
adsorção física é não-específica, rápida e reversível. O adsorbato encontra-se ligado à superfície
somente por forças de van der Waals (forças dipolo-dipolo e forças de polarização, envolvendo
dipolos induzidos). A adsorção química é específica e envolve a formação de um composto
bidimensional, como por exemplo, quando gases entram em contato com superfícies metálicas
limpas. A quantidade de substância adsorvida na superfície decresce com o aumento da
temperatura, já que todos os processos de adsorção são exotérmicos. A uma temperatura
constante a quantidade adsorvida aumenta com a concentração do adsorbato (em solução ou na
fase gasosa), e a relação entre a quantidade adsorvida (x) e a concentração (c) é conhecida como
a isoterma de adsorção.
Interações fluido-sólido, envolvendo contato de componentes de fases fluidas com as
superfícies de sólidos, podem destacar efeitos físicos e/ou químicos. No processo adsortivo as
espécies das fases fluidas aderem e são ou não retidas nas superfícies em dois principais níveis
de interação. Um primeiro tipo, de natureza física, é dito adsorção física. Interações mais fortes,
a nível energético de reações químicas são identificados como adsorção química. Etapas
deliberação dos componentes adsorvidos incorrem sobre o fenômeno de dessorção. Após
ocorrer o processo de adsorção, o fluido fica retido na superfície do sólido até que ocorra a
reação e, após a finalização desta há a separação dos produtos formados, sendo esta etapa
chamada de dessorção. Durante a adsorção, as moléculas do fluido perdem energia para as
vizinhanças ao aderirem no sólido. Para ocorrer o processo inverso, conhecido como dessorção,
é necessário que haja fornecimento de energia à molécula para que esta se separe do sólido,
resultando em uma diminuição da temperatura. Para o desenvolvimento do processo de
adsorção, pode-se utilizar um leito ou coluna de partículas granulares porosas ou permeáveis
para a remoção seletiva de um componente valioso ou de um sem valor, de uma alimentação
gasosa ou líquida. O leito pode ser fixo ou fluidizado. A composição da alimentação e a vazão
podem ser constantes ou variáveis. Com base em medições é possível determinar-se a
quantidade de fluido que foi adsorvida, assim pode-
se propor um modelo que descreva como a reação se processa, com base em parâmetrosimpor
tantes mensurados durante o experimento
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Química Orgânica Experimental
6. CONCLUSÃO
O processo de cristalização a partir dos dados analisados, observa-se uma eficiência
no processo de sublimação, que o que justifica quando é dito na literatura que a sublimação é
um bom processo de purificação de sólidos, porém não é com qualquer substância que pode ser
aplicado esse método, visto que as substâncias "sublimáveis"
possuem características pouco polares e são geralmente razoavelmente simétricas. Nesta
situação, as forças intermoleculares que atuam no estado sólido são mais fracas. A sublimação
é um processo simples e pode ser aplicado na purificação de substâncias, especialmente levando
em consideração que muitos sólidos que fundem à pressão atmosférica podem ser sublimados
à pressão reduzida. Em teoria, todos os sólidos poderiam ser purificados por este processo
bastando encontrar as condições de pressão e de temperatura adequadas. Os objetivos das
experiências realizadas foram alcançados. Entretanto, os resultados obtidos não foram os
desejados, haja vista os aspectos apresentados na discussão. Notou-se ainda, que a
recristalização foi o método de maior rendimento.
Em suma, a partir dos experimentos, observou-se que a técnica de purificação por sublimação
é uma técnica eficaz a se aplicar em compostos orgânicos sólidos que possuem pressão de vapor
relativamente alta abaixo de seu ponto de fusão, pois apresenta a vantagem de que nenhum
solvente é necessário e assim não é preciso removê-lo mais tarde, além do mais seu processo é
mais rápido do que o da recristalização, porém são poucas as substancias que possuem pressão
suficientemente elevada para permitir a sublimação à pressão atmosférica, desta forma esta
técnica não é aplicada a todos os compostos, por isso é pouco usada em laboratórios.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FALCON, L. C. , Apostila de Química Orgânica CEFETEQ - Rio de Janeiro – RJ, 1998.
SOARES, B.G; De SOUZA, N.A; PIREX, D.X. , Química Orgânica – Teoria e Técnicas
de Preparação e Identificação de Compostos Orgânicos – Rio de Janeiro, RJ - Ed.
Guanabara, 1988, p. 57 – 61