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Questão 1

Incorreto

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Texto da questão

Observe as informações abaixo e responda:

I. O texto pode ser definido como uma unidade de sentido, constituída de partes definidas, coerentemente articuladas para formar um “todo”, em um contexto de interação comunicativa.

II. A extensão de um texto dependerá do desenvolvimento das ideias relacionas à ideia principal, segundo a intencionalidade de seu produtor.

III. A extensão de um texto não depende, sobretudo, da intencionalidade de seu produtor, mas também da aceitabilidade dos receptores.

IV. Todo texto possui um produtor que, por trás do texto em si, procura persuadir o leitor e obter sua adesão prática, intelectual ou afetiva, através de argumentações de natureza lógica e linguística.

Escolha uma:

a. Somente as afirmações I e II estão corretas. Incorreto

A resposta não está correta. Para ter uma melhor compreensão sobre este tema, reveja o texto da aula 03.

b. As afirmações I, II e IV estão corretas.

c. Somente as afirmações I e IV estão corretas.

d. Somente as afirmações III e IV estão corretas.

e. Somente as afirmações I, III e IV estão corretas.

Questão 2

Incorreto

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Texto da questão

Portas Abertas

Carlos Heitor Cony

SÃO MUITOS os que criticam a exasperação com a qual as sessões do STF sobre mensalão estão se transformando num espetáculo midiático, criando heróis e vilões quase que no mesmo patamar das telenovelas. Creio que é a primeira vez que isso acontece nos nossos anais judiciários, e há gente que condena tal e tamanha transparência.

Não se pode negar que a informação, em tempos digitais, não consegue evitar a espetacularização muitas vezes forçada, outras, natural, como me parece ser o caso da ação penal 470. É possível até que a notoriedade das sessões tenha alguma influência no julgamento técnico dos eminentes ministros. Acredito que os advogados dos réus atribuirão determinadas condenações e penas à exposição dos debates.

Pessoalmente, acho que a sociedade em termos gerais, deve tomar conhecimento das dificuldades e desafios que os magistrados enfrentam para julgar e penalizar tantos delitos e tantos incriminados, num tipo de crime contra o bem público que horroriza a todos nós, crime que sempre foi praticado impunemente ao longo da nossa história e da história da própria humanidade.

A referência tematizada (ideia central) do texto é:

Escolha uma:

a. A criação de heróis e vilões pela mídia

b. A impunidade dos crimes contra o bem público

c. A exposição do Mensalão pela mídia e sua possível influência no julgamento dos réus.

d. As sessões do STF sobre o mensalão. Incorreto

A resposta não está correta. Para ter uma melhor compreensão sobre este tema, reveja o texto da aula 03.

e. A inconsistência da exposição televisiva

Questão 3

Correto

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Texto da questão

Das afirmações abaixo, UMA delas está INCORRETA. Assinale-a.

Escolha uma:

a. Falar de uma única coisa não resulta em repetição ou redundância; pelo contrário, o texto deve apresentar, na unidade, uma variedade que explora uma mesma matéria, isto é, comece, continue e acabe dentro do mesmo tema central.

b. Um texto que objetiva ser convincente não pode refutar o fato de que haja opiniões contrárias ao argumento que ele pretende defender; por isso, o produtor do texto deve expor com clareza as objeções conhecidas e refutá-las com argumentos sólidos.

c. Refutar é destruir com razões incontestáveis as afirmações de outrem. Logo, refutação é uma razão que vai contra uma afirmação.

d. Na escrita, como o interlocutor está ausente e não pode fazer interrupções para obter esclarecimentos, o texto deve ser o mais

autônomo possível não só no que diz respeito à clareza e à quantidade de informações necessárias como, principalmente, no que toca aos procedimentos argumentativos.

e. Um texto único, sobre um só objeto ou um só assunto, não é eficaz, é um texto dispersivo, com informações repetitivas, que não garante a aceitabilidade do leitor. O texto que fala de um único assunto acaba não falando de nada. Correto

"Muito bem, você acertou"!

Questão 4

Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Observe o texto abaixo e assinale a alternativa adequada.

A VAGUIDÃO ESPECÍFICA

(Millor Fernandes)

— Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte.

— Junto com as outras?

— Não ponha junto com as outras não. Senão pode vir alguém e querer fazer qualquer coisa com elas. Ponha no lugar do outro dia.

— Sim senhora. Olha, o homem está aí.

— Aquele de quando choveu?

— Não, o que a senhora foi lá e falou com ele no domingo.

— Que é que você disse a ele?

— Eu disse para ele continuar.

— Ele já começou?

— Acho que já. Eu disse que podia principiar por onde quisesse.

— É bom?

— Mais ou menos. O outro parece mais capaz.

— Você trouxe tudo para cima?

— Não senhora, só trouxe as coisas. O resto não trouxe porque a senhora recomendou para deixar até a véspera.

— Mas traga, traga. Na ocasião, na ocasião nós descemos tudo de novo. É melhor, senão atravanca a entrada e ele reclama como na outra noite.

— Está bem, vou ver como.

O texto tem coerência, mas não tem coesão.

O texto apresenta um problema de coerência, pois nele tudo é vago como diz o próprio título.

O texto, segundo as regras de manifestação do código verbal, está bastante adequado, e não encontramos nenhuma infração quanto ao uso dos mecanismos de coesão no seu interior.

Millor Fernandes cria, intencionalmente, o texto sem coerência, contextualizando-o de alguma forma por meio do título.

Escolha uma:

a. As alternativas III e IV estão incorretas.

b. As alternativas II e IV estão incorretas.

c. As alternativas I e IV estão incorretas.

d. As alternativas I e II estão incorretas.

e. Apenas a alternativa I está incorreta Correto

"Muito bem, você acertou"!

Questão 5

Incorreto

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Texto da questão

O QUE SE DIZ (Carlos Drummond de Andrade)

Que frio! Que vento! Que calor! Que caro! Que absurdo! Que bacana! Que tristeza! Que tarde! Que amor! Que besteira! Que esperança! Que modos! Que noite! Que graça! Que horror! Que doçura! Que novidade! Que susto! Que pão! Que vexame! Que mentira! Que confusão! Que vida! Que coisa! Que talento! Que alívio! Que nada...

Assim, em plena floresta de exclamações, vai-se tocando pra frente. Ou para o lado. Ou para trás. Ou não se toca. Parado. Encostado. Sentado. Deitado. De cócoras. Olhando. Sofrendo. Amando. Calculando. Dormindo. Roncando. Pesadelando. Fungando. Bocejando. Perrengando. Adiando. Morrendo.

Em redor, não cessam explosões interjetivas. Coitado! Tadinho... Canalha! Cachorro! Pilantra! Dedo-duro! Bandido! Querido! Amoreco! Peste! Boneco! Flor!

E vêm outras vozes breves, no vão do vaivém:

É. Pois é. Ah, é. Não é? Tá. OK. Ciao. Tchau. Chau. Baibai. Oi. Opa! Epa! Oba! Ui! Ai! Ahn...

Que fazer senão ir na onda? Lá isso... Quer dizer. Pois não. É mesmo. Nem por isso. Depende. É possível. Antes isso. É claro. É lógico. É óbvio. É de lascar. Essa não! E daí? Sai dessa.

Não diga! É o que lhe digo. Eu não disse? Repete. Como ia dizendo... Não diga mais nada. Digo e repito. Dizem... Que me contas!

E chegam os provérbios, que se deterioram, viram antiprovérbios. Tão certo como 2 e 2 são só dois dois. O bom da festa é acabar com ela. Quem canta espanta. A noite é conselheira acácia. Um proveito não cabe em dois sacos de papel. De hora a hora Deus vai simbora. Simonal é melhor e não faz mal. Um dia é do caçador e o outro

também. A saúva é essencialmente agrícola. Banco de jardim ninguém assalta: é de ferro. Um urubu não faz verão. Ou faz?

A situação torna-se confusa. A moça tira o sapato: tem pé de laranjolina. O mar recua diante da SURSAN, resmungando: Amanhã eu volto. Presos dois adultos sob o viadúltero. Chica da Silva pavoneia-se na Tijuca. Pedrálvares Cabral descobre o bromil. Pistolas de ácido lisérgico disparam a esmo; multidões devoram torresmo de muitos sabores e odores. Todo tostão quer ser campeão, mas só um é do balão. De castigo, não mostre o umbigo. Um rato é um chato, é um chato, é um chato. Também com este nome: Praga... Pode me dizer quando será instaurado o socialismo nos países socialistas? Desculpe: todos os canais estão ocupados. A Lua, nua. Marte, de zuarte. Vênus, é o de menos. E o Sol? Um caracol. Tudo rima, depois que as rimas deixaram de ser. Furacão que se preza tem nome de mulher, mulher não precisa ter nome de furacão. E adeus. Se continuar, quem vai entender? E depois, que frio! Que calor! Que vento! Que tudo! Etc.

(Andrade, Carlos Drummond. O poder ultrajovem. Rio de Janeiro, Record, 1985, p.103.)

I - No texto “O que se diz”, praticamente não há elementos de coesão, mas, graças ao título e algumas sequências do texto (tais como “Assim, em plena floresta de exclamações, vai se tocando pra frente”, “Em redor não cessam explosões interjetivas”, “E vêm outras vozes breves, no vão do vaivém”, “E chegam os provérbios, que se deterioram, viram antiprovérbios e “situação torna-se confusa”) que dão unidade aos parágrafos, que sem elas seriam amontoados aleatórios, percebe-se uma unidade de sentido que dá coerência ao texto

II - No texto “O que se diz”, o autor está pondo a nu o caráter estereotipado do que falamos no dia-a-dia, frases, quase sempre, vazias de sentido, de pouca significação comunicativa, podendo ser

tomada no sentido que se quiser ou que for mais conveniente. Desse modo, pode-se admitir que o texto de Drummond é coerente, uma vez que a construção de frases evasivas, aparentemente desconexas, é intencional e um recurso linguístico utilizado para chegar àquilo que pretende.

III - Em relação a esse texto, podemos afirmar que ele possui coesão, já que não apresenta “erros”, mas nem por isso ele apresenta coerência, ou seja, não conseguimos atribuir a ele algum sentido.

Escolha uma:

a. Apenas as afirmações I e II estão corretas.

b. Apenas a afirmação I está correta.

c. Apenas as afirmações II e III estão corretas.

d. Apenas a afirmação III está correta.

e. Apenas a afirmação II está correta. Incorreto

A resposta não está correta. Para ter uma melhor compreensão sobre este tema, reveja o texto da aula 04.