Questionário 1 m.m.

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Questionário 1 B.Fay e D.Moon ‘’Que aspecto deveria ter uma adequada filosofia da ciência social’’ Aluno: João Paulo Koltermann 1. - 2. As ações diferem-se de meros movimentos físicos por serem intencionadas e governadas por regras: são realizadas para alcançar certo propósito, são intencionais. Enquanto um movimento físico pode não ser voluntario ou intencionado, está, muitas vezes ligado à questão do existir e ser, um condição. 3. Pode-se encarar como uma resposta intencionalista: ciência dos objetos intencionais; como a posição behaviorista que elabora conceitos (‘’intenção’’, ‘’significado’’ e ‘’ação’’) e a partir deles faz ciência, usualmente comportamental estimulo- resposta. E uma terceira, dos materialistas eliminativistas, que acreditam ser impossível captar significado de conceitos intencionais sem referencia à estados mentais e, assim, conclui que esses conceitos são defeituosos para propósitos científicos; essa forma só aceita promover ciência com conceitos absolutos. 4. A posição intencionalista impõem ao estudo da ação humana a necessidade da interpretação para o captar dos significados expressos nas palavras e ações. E a interpretação esta intrínseca a compreensão do sistema de conceitos, regras, convenções e crenças para captar o significado dos comportamentos. Essa é conhecida também como a doutrina da compreensão, no alemão, das verstehen. 5. Os conceitos científicos relacionam-se de forma mais simples com os fenômenos naturais pela sua mais fácil precisão e controle que com os conceitos humanos, estes necessitam de uma identificação de condições ou eventos suficiente que produzam então um fenômeno, isso ainda impreciso, sempre com certos

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Questionário 1 B.Fay e D.Moon ‘’Que aspecto deveria ter uma adequada filosofia da

ciência social’’

Aluno: João Paulo Koltermann

1. -2. As ações diferem-se de meros movimentos físicos por serem

intencionadas e governadas por regras: são realizadas para alcançar certo propósito, são intencionais. Enquanto um movimento físico pode não ser voluntario ou intencionado, está, muitas vezes ligado à questão do existir e ser, um condição.

3. Pode-se encarar como uma resposta intencionalista: ciência dos objetos intencionais; como a posição behaviorista que elabora conceitos (‘’intenção’’, ‘’significado’’ e ‘’ação’’) e a partir deles faz ciência, usualmente comportamental estimulo-resposta. E uma terceira, dos materialistas eliminativistas, que acreditam ser impossível captar significado de conceitos intencionais sem referencia à estados mentais e, assim, conclui que esses conceitos são defeituosos para propósitos científicos; essa forma só aceita promover ciência com conceitos absolutos.

4. A posição intencionalista impõem ao estudo da ação humana a necessidade da interpretação para o captar dos significados expressos nas palavras e ações. E a interpretação esta intrínseca a compreensão do sistema de conceitos, regras, convenções e crenças para captar o significado dos comportamentos. Essa é conhecida também como a doutrina da compreensão, no alemão, das verstehen.

5. Os conceitos científicos relacionam-se de forma mais simples com os fenômenos naturais pela sua mais fácil precisão e controle que com os conceitos humanos, estes necessitam de uma identificação de condições ou eventos suficiente que produzam então um fenômeno, isso ainda impreciso, sempre com certos desvios. Do ponto de vista ideal, a condição humana exigiria uma compreensão geral, uma cosmovisão da sociedade ou cultura e que ainda sejam elaboradas sofisticadas estruturas intelectuais para interligar as percepções e admitir a ciência. Para conjecturas naturalistas os conceitos humanos só seriam ciência nesses ideias, o que é impossível, e, caso buscados, culminarão em um caso tão especifico que passará a ser inútil.

6. A interpretação depende da pessoa, por isso, também, que há a maioria das discussões sobre se são verídicas ou não as ciências humanas: tal interpretação é intrínseca a cada diferente pessoa, envolvendo suas observações, seu ponto de vista e entre outros suas experiências no estudo e/ou pessoais. Assim, um objeto tem um significado para tal sociedade, para tal grupo e para tal pessoa, qualquer para qualquer outra pessoa o objeto mudara de sentido, mas a simbolização facilita, unificando o sentido de todos ao verem um garfo, ser descrito como um garfo.

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7. Filósofos humanistas observaram que teorias sociais devem ser interpretativas só não devem ser unicamente interpretativas. Fenômenos sociais não consistem em abstratas estruturas de significados que podem ser expostas e analisadas, mas consistem em ações/eventos que ocorrem realmente em lugares particulares e em tempos particulares. Ou seja, é fato a questão do tempo e lugar (tempo e espaço) não é interpretação e nunca poderá ser, logo, não é puramente interpretativa. Ademais, muitas vezes ações, que costumam ser interpretadas, significam por si mesma uma explicação de por que elas ocorrem, dispensando explicação.

8. Se entendermos ‘’teoria’’ como se referindo a uma explicação sistemática e unificada que encaixa perfeitamente na perspectiva da natureza não acharemos nenhuma, nem necessidade, na perspectiva humana. Uma teoria, em geral, não somente providencia unidade e coerência a um campo de pesquisa , como lhe dá também os fundamentos requeridos para afirmar subjuntivos condicionais, ou as razoes para crer que essas generalizações são necessárias. As teorias sociais (perspectivas humanas) encaixam nessa classificação, apenas com um detalhe fora, a ocorrência de questões particulares que fogem das generalizações.

9. Com a sistematização e extrema precisão que eles (autores naturais) exigem as ciências sociais passaram a ser tão especificas, passaram a estudar grupos com variabilidades tão especificas ( muitas vezes as que respondiam como o pesquisador queria) que então perdia o sentido da pesquisa. Ou seja, os autores naturais falharam ao negligenciar os traços particulares dos fenômenos intencionais e assim não apreciar seu papel no todo, e , também, ao eliminar a praticidade e a área de acerto da pesquisa.

10. Competência envolve-se numa concepção muitas vezes mais especifica; ser competente seria conseguir fazer algo, mesmo que pequeno, de forma precisa, correta e em tempo, em suma, como deveria ser feito sem erros. Desempenho de certa forma pode associar-se a competência; desempenho é a medição de algo, numa media aritmética, de quantas vezes acerta-se em determinado julgamento e quantas vezes se erra no mesmo julgamento, assim, dizemos que seu desempenho foi bom ou ruim em cima da analise das medidas de tantos acertos contra as de tantos erros em cima de um certo total.

11. Do ponto de vista ideal o pesquisador deve explicar pelos mesmos conceitos que o participante (ideal) daria, isso é, um participante completamente informado e articulado. Infelizmente, como a própria palavra ideal sugere, essa posição é impraticável, pois são muitos raros, se não impossíveis, casos de sujeitos participantes estarem informados e totalmente aptos para descrever sem influência sobre si mesmos. De forma mais clara, essa visão não funcionaria por ignorar elementos cruciais da experiência social que estão obviamente presentes na vida social: a auto-compreensão das pessoas muitas vezes discorda de sua real situação ou comportamento, ou, em que uma crença seguida e um sistema de ação específicos são incompatíveis com outras normas da cultura, ou em casos que existem conflitos acadêmicos como resultados de conflitos em princípios social-estruturais etc..

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12. Tais exemplos mostram a não compreensão das pessoas de seus próprios atos. Mostram a voracidade da perseguição que era feita em direção as ditas bruxas e que os atores envolvidos não podiam explicar com precisão seus atos, não sabiam explicar tal fenômeno, seria, assim, para eles, impossível descreverem afinco porque tal mulher era bruxa e outra não. Enfim, focalizando apenas na bruxaria e em explicações rasas no sistema das crenças e valores perderíamos muitas questões essencial à realidade social das bruxas que seria lamentável pra ciência. (Eventos da ‘’falsa consciência’’).

13. A limitação surge com dados e fatos da época e suas restrições, tanto sobre a situação social, quanto sobre o período que ocorreu e documentos a respeito. O cientista social passa a ter que fazer uso de conceitos e distinções conceituais que vão além daqueles vistos e captados apenas na vida social em detrimento do enfoque único interpretativo.

14. Ele relaciona todas igualmente quanto a serem incompletas. Apresentando uma serie de questões e criticas ele mostra que separadas elas não conseguem responder e nem lidar com as questões, em geral, sociais, mas, então, ele propõem a partir dessa critica a construção de uma esquema para uma nova síntese na filosofia da ciência social, uma, talvez, intersecção (união) entre esses diferentes tipos de pensamento, para no fim alcançar algo, possivelmente, mais útil, mais completo.