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    Marcos Pacco

    Questes Comentadas

    Cespe/UnB

    Gramtica

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    TODOS OS DIREITOS RESERVADOS De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma

    parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema derecuperao de informaes ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrnico

    ou mecnico sem o prvio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor.

    Editora Sintagma SIG, Quadra 01, Lote 495, Braslia-DFEd.: Baro do Rio Branco Sala 110 CEP.: 71.610.410 Tel.: 3033-8475

    Editor

    Marcos Pacco

    Conselho Editorial

    Marcos PaccoRenata Ribeiro

    Tiago Frana

    Diagramao

    Antnio Francisco Pereira

    Capa

    Guilherme Alcntara

    Reviso

    Lucas Ribeiro

    Pacco, Marcos.Questes Comentadas: GramticaMarcos Pacco 2011Editora Sintagma Braslia, DF: Sintagma Editora, 2011

    164 p.

    1. Brasil: Questes Comentadas: Gramtica.

    CDD 469

    palavra

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    Editora

    Sintagma

    10/2011 Editora Sintagma

    Esta obra parte integrante da Novssima Gramtica Aplicada ao Texto, mas pode ser vendidaseparadamente.

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    Ao meu Mestre, Jesus Cristo, minha fonte de vida.Aos meus familiares, minha fonte de apoio.

    Aos meus alunos, minha fonte de inspirao.

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    APRESENTAO

    Este livro o primeiro volume da srie QUESTES COMENTADAS DEPORTUGUS. Acreditamos que, assim como um atleta prossional precisa

    dedicar-se procuamente aos treinos fsicos para obter xito nas competies,os concursandos e vestibulandos precisam dedicar-se ao treino intelectualpara alcanarem a to sonhada vaga no servio pblico ou na universidade,respectivamente.

    Esta obra rene vrias provas do Cespe/UnB e as classica por tema, emconformidade com o contedo programtico dos editais. Alm de separadaspor assunto, as questes possuem respostas comentadas pelo autor. Alguns

    comentrios chegam a ser verdadeiros resumos de aulas de Gramtica.

    Resolver questes de provas anteriores , comprovadamente, um dosmtodos mais ecazes de preparao para concursos e vestibulares. A EditoraSintagma tem a imensa satisfao de contribuir, por meio desta obra, para osucesso dos candidatos que se preparam para tal nalidade.

    Cremos termos feito um bom trabalho. Entretanto, quaisquer crticas e

    sugestes que visem ao seu aperfeioamento sero bem vindas.

    Bom treino!

    O Editor

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    Captulo 1Classes Gramaticais Variveis ............................................................... 13

    Artigos, substantivos, adjetivos e numerais .................................... 13Pronomes ........................................................................................ 15Verbos ............................................................................................. 22

    Captulo 2Classes Gramaticais Invariveis ............................................................ 27

    Preposies ..................................................................................... 27Conjunes ..................................................................................... 30

    Advrbios e palavras denotativas ................................................... 32

    Captulo 3Regncia Verbal e Nominal ................................................................... 35

    Captulo 4Crase ...................................................................................................... 43

    Captulo 5Sintaxe do Perodo Simples ................................................................... 49

    Captulo 6Sintaxe do Perodo Composto ............................................................... 55

    Captulo 7Pontuao .............................................................................................. 63

    Captulo 8Partcula Se ............................................................................................ 77

    SUMRIO

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    Captulo 9Concordncia Verbal e Nominal............................................................ 81

    Captulo 10Colocao Pronominal ..........................................................................89

    Captulo 11Domnio das Relaes Morfossintticas, Semnticas e Discursivas.....93

    Captulo 12Acentuao e Ortografia........................................................................ 97

    Captulo 13Gabarito Comentado ........................................................................... 101

    Classes Gramaticais Variveis ...................................................... 101Classes Gramaticais Invariveis ................................................... 111Regncia Verbal e Nominal .......................................................... 116Crase ............................................................................................. 122Sintaxe do Perodo Simples .......................................................... 126Sintaxe do Perodo Composto ...................................................... 129Pontuao...................................................................................... 136Partcula Se ................................................................................... 145Concordncia Verbal e Nominal ................................................... 148Colocao Pronominal.................................................................. 155Domnio das Relaes Morfossintticas, Semnticas eDiscursivas ............................................................... ............157

    Acentuao e Ortografia ............................................................... 161

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    Questes Comentadas:

    GramtiCa

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    Artigos, substantivos, adjetivos e numerais

    Machado pode ser considerado, no contexto histrico em quesurgiu, um espanto e um milagre, mas o que me encanta de formamais particular o fato de que ele estava, o tempo todo, pregandopeas nos leitores e nele mesmo.

    1. No texto, o termo o que precede que (.2), fato (.3) e tempo(.3) classica-se como artigo nas trs ocorrncias.

    As vivncias do tempo e do espao constituem dimenses funda-mentais de todas as experincias humanas. O ser, de modo geral, s possvel nas dimenses reais e objetivas do espao e do tempo.

    2. Na linha 2, o termo s possvel indica que ser est empregado como

    verbo, no como substantivo, sinnimo de pessoa.

    XV Trabalhar com metodologia interativa: grupos, seminrios,jogos, estudo do meio, experimentao, problematizao, temas gera-dores, projetos e monitoria.

    3. Em XV, as aluses a metodologias interativas esto representadas apenaspelos substantivos abstratos experimentao e problematizao.

    1 Uma deciso singular de um juiz da Vara de Execues Criminaisde Tup, pequena cidade a 534 km da cidade de So Paulo, impondo

    Classes GramaticaisVariveis

    Captulo

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    critrios bastante rgidos para que os estabelecimentos penais daregio possam receber novos presos, conrma a dramtica dimenso

    5 da crise do sistema prisional.

    4. As palavras singular (.1) e dramtica (.4) qualicam, respectiva-mente, os substantivos deciso (.1) e dimenso (.4).

    Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernosquase o ano inteiro. Claro que foi falncia, mas suas freguesasnunca foram to bonitas, embora to poucas.

    5. No trecho fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro (.1-2), asubstituio de dos infernosporinfernal manteria a correo gramati-cal e o sentido do texto.

    O problema poltico essencial para o intelectual no criticar oscontedos ideolgicos que estariam ligados cincia nem fazer comque sua prtica cientca seja acompanhada por uma ideologia justa;mas saber se possvel constituir uma nova poltica da verdade.

    6. A correo gramatical e o sentido do texto seriam mantidos com a substi-

    tuio do termo da verdade (.4) pelo adjetivo verdadeira.

    Foi assim que o mais importante crtico literrio do mundo, o norte--americano Harold Bloom, 77, classicou Machado de Assis quandoelencou, em Gnio Os 100 Autores Mais Criativos da Histria daLiteratura (Ed.Objetiva, 2002), os melhores escritores do mundosegundo seus critrios e gosto particular.

    7. No texto, destaca-se o emprego do superlativo.

    Sendo positivo, o livro aprovado junto ao conselho, que decidepor sua publicao.

    8. Em Sendo positivo, o livro aprovado junto ao conselho (.1), emboraseguido de vrgula, o adjetivo positivo qualica livro.

    Entre prises e renncias ao cargo, a Universidade perdeu os

    melhores professores escolhidos pelo reitor Darcy Ribeiro. Ataquela data, o que existia de melhor em matria de ensino estava naUniversidade de Braslia.

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    9. Recurso retrico para indicar o grau mais intenso da qualidade de algo, osuperlativo foi empregado para qualicar os professores que atuavam naUnB em 1964 na expresso os melhores professores (.1-2).

    Segundo o Dicionrio Aurlio da Lngua Portuguesa, cidadania aqualidade ou estado do cidado.

    10. A palavra segundo est sendo empregada como numeral em: Segundo oDicionrio Aurlio da Lngua Portuguesa (.1).

    Pronomes

    Mais tarde; deixa-me experimentar primeiro.

    11. No trecho deixa-me experimentar primeiro (.1), o pronome exerce afuno de complemento das formas verbais deixa e experimentar.

    Imaginem a expectao pblica e a curiosidade dos outros l-sofos, embora incrdulos de que a verdade recente viesse aposentaras que eles mesmos possuam. Entretanto, esperavam todos. Os doishspedes eram apontados na rua at pelas crianas.

    12. No trecho que a verdade recente viesse aposentar as que eles mesmospossuam (.2-3), o termo as exerce a funo sinttica de complemen-to direto da forma verbal possuam.

    1 A poltica de comrcio exterior do Brasil envolveu historica-mente um grande debate nacional. Governo e lideranas sociais a

    ela vincularam as possibilidades do desenvolvimento econmico,desde as suas origens, na primeira metade do sculo XIX. Em

    5 trs perodos, ela foi atrelada a diferentes paradigmas de inserointernacional:

    13. As duas ocorrncias do pronome ela (.3 e 5) se referem ao mesmoantecedente: A poltica de comrcio exterior do Brasil (.1).

    Ei-los ss e mudos, em estado de dicionrio.Convive com teus poemas, antes de escrev-los.Tem pacincia, se obscuros. Calma, se te provocam.

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    14. Um pronome oblquo o(s), colocado aps uma palavra terminada em -s,no necessariamente um verbo, assume a forma -lo(s). Foi o que ocorreuem Ei-los (.1).

    Meu sonho de consumo, eu sabia agora, era a liberdade. O serhumano se caracteriza, na verdade, por uma estupidez. Ele sdescobre que um bem fundamental quando deixa de possu-lo.

    15. No trecho quando deixa de possu-lo (.3), o pronome encltico refere--se ao termo um bem.

    No sendo condicionado por natureza, o homem capaz de viven-

    ciar novas experincias, de inventar artefatos que lhe possibilitem,por exemplo, voar ou explorar o mundo subaqutico, quando no foidotado por natureza para voar e permanecer sob a gua.

    16. No desenvolvimento das relaes de coeso do texto, o pronome lhe(.2) retoma homem (.1) e, por isso, sua substituio pelo pronome opreservaria a coerncia e a correo gramatical do texto.

    A idiomaticidade relativa a um sujeito emprico, um sujeito que sesitua a sie ao outro em relao a um tempo e um espao.

    17. Embora a nfase criada pela redundncia no uso dos pronomes se e si,em um sujeito que se situa a si e ao outro (.1-2), reforce a argumenta-o, a opo pelo emprego de apenas um deles como, por exemplo, umsujeito que situa a si e ao outro preservaria a clareza, a coerncia e acorreo gramatical do texto.

    Esse folclore em seu sentido mais amplo traz luz a compre-enso de determinados povos sobre o meio que os cerca, mas demaneira bastante particular.

    18. Preservam-se a correo gramatical do texto e a coerncia entre os argu-mentos ao se substituir o pronome os pelo correspondente lhes antesde cerca (.2), escrevendo-se o meio que lhes cerca.

    1

    Achava que voc tinha de car isolado com um pequeno grupo depessoas, pensando em uma soluo inovadora. Depois, percebi quea inovao est dentro de cada um de ns. De repente, me dei conta

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    de que a forma certa de a inovao acontecer deixar a coisa uir.5 Quando todo mundo est impregnado do esprito da inovao, ela

    vem at voc, todos os dias. Se eu abrir espao para voc dar vazo asua paixo, a mudana acontece.

    19. O pronome de tratamento voc (.1 e 6) empregado, na fala da en-trevistada, em sentido genrico, em referncia a qualquer pessoa e, no,especicamente, ao interlocutor.

    Essas perguntas esto na raiz do que se pode chamar de pauta devanguarda do Supremo Tribunal Federal ou seja, expressam ocontedo das futuras polmicas que a Corte ter de resolver.

    20. Em na raiz do que se pode chamar (.1), a substituio de do pordaquilo mantm a correo gramatical do texto.

    O alvio dos que, tendo a inteno de viver irregularmente naEspanha, conseguem passar pelo controle de imigrao do AeroportoInternacional de Barajas no dura muito tempo.

    21. No trecho alvio dos que (.1), a substituio de dos pordaquelesprejudica a correo gramatical do perodo.

    1 Para ser democrtico, deve contar, a partir das relaes de poderestendidas a todos os indivduos, com um espao poltico demar-cado por regras e procedimentos claros, que, efetivamente, asse-gurem o atendimento s demandas pblicas da maior parte da

    5 populao, elegidas pela prpria sociedade, atravs de suas formasde participao/representao.

    Para que isso ocorra, contudo, impe-se a existncia e a eccia deinstrumentos de reexo e o debate pblico das questes sociaisvinculadas gesto de interesses coletivos...

    22. O pronome isso (.7) exerce, na organizao dos argumentos do texto,a funo coesiva de retomar e resumir o fato de que as demandas p-blicas da maior parte da populao (.4-5) so escolhidas por meio deformas de participao/representao (.5-6).

    1 E ela veio na quarta-feira 10, no palco do Teatro Plcido de Castro,em Rio Branco, na forma de uma portaria assinada pelo ministro da

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    Justia, Tarso Genro. Antes, porm, realizou-se uma sesso dejulga-mento da Comisso de Anistia, cujo resultado foi o reconhecimento,

    5 por unanimidade, da perseguio poltica sofrida por Chico Mendesno incio dos anos 80 do sculo passado.

    23. Na linha 4, o vocbulo cujo estabelece relao sinttico-semntica en-tre os termos resultado e Comisso de Anistia.

    Nas sociedades orais, aquelas que no dispunham de nenhum sistemade escrita, as mensagens eram recebidas no tempo e no lugar em queeram emitidas.

    24. No perodo acima, as duas ocorrncias do pronome relativo queexercem funes sintticas distintas.

    1 Cidade e corte, que desde muito tinham notcias dos nossos doisamigos, zeram-lhes um recebimento rgio, mostraram conhecer seusescritos, discutiram as suas ideias, mandaram-lhes muitos presentes, papiros, crocodilos, zebras, prpuras. Eles, porm, recusaram tudo,

    5 com simplicidade, dizendo que a losoa bastava ao lsofo, e que o

    supruo era um dissolvente.

    25. Nos trechos que desde muito tinham notcias dos nossos dois amigos(.1-2) e que a losoa bastava ao lsofo, e que o supruo era umdissolvente (.5-6), os elementos gramaticais grifados exercem a mesmafuno sinttica.

    A possibilidade de utilizao de um ou de outro combustvel,

    conforme sua necessidade e seu desejo, d ao consumidor uma liber-dade de escolha com que ele no contava em experincias anterioresde uso do lcool como combustvel automotivo.

    26. A substituio de com que (.3) porcom a qual prejudica a correogramatical do perodo.

    Os ganhos de ecincia da indstria brasileira tm uma caracters-

    tica nova: seus benefcios esto sendo partilhados entre as empresas eos trabalhadores, cujos aumentos salariais, portanto, no pressionamos preos.

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    27. A substituio do termo cujos (.3) pordos quais prejudica a correogramatical do perodo.

    Nela, 130 pases signatrios do documento nal, entre os quais o

    Brasil, assumem o compromisso de denir novos conceitos sobreesse tipo de crime.

    28. Mantm-se a correo gramatical do perodo com a substituio de osquais (.3) porcujos ou os que.

    Agora, ao v-lo assim, suado e nervoso, mudando delugar o tempotodo e murmurando palavras que me escapavam, temia que me abor-

    dasse para conversar sobre o lho.

    29. A correo gramatical do texto seria mantida se o pronome que, emque me escapavam (.2), fosse substitudo porqu.

    gora (praa pblica onde os que eram chamados se organizavampara, de comum acordo, deliberar sobre decises).

    30. O pronome relativo onde foi empregado como uma referncia a local,como exige a norma padro, em onde os que eram chamados se organi-zavam para, de comum acordo, deliberar sobre decises (.1-2).

    1 Muitas dessas ocupaes esto ligadas rea de tecnologia, cujoavano permanente cria novas demandas por gente mais especiali-zada.(...) diagnosticando prossionais que faltam s empresas; e o farma-

    5

    coeconomista, cuja funo analisar a viabilidade econmica deum remdio, incluindo-se a demanda existente e a relao custo--benefcio.

    31. Os segmentos cujo avano permanente (.1-2) e cuja funo (.4)equivalem, no texto, respectivamente, a o avano permanente da reade tecnologia e a funo do farmacoeconomista.

    Em um artigo publicado em 2000, e que fez muito sucesso naInternet, Cristovam Buarque desenhava um idlico mundo futuro,liberto das soberanias nacionais, em que tudo seria de todos.

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    32. Mantm-se a correo gramatical do texto e respeitam-se suas relaesargumentativas ao se substituir em que (.3) poronde.

    Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos

    quase o ano inteiro. Claro que foi falncia, mas suas freguesasnunca foram to bonitas, embora to poucas.

    33. Na linha 1, o pronome relativo onde se refere ao adjunto adverbialnuma cidade.

    Um dia ele me disse que era uma pena que os homens tivessem deser julgados como cavalos de corrida, pelo seu retrospecto.

    34. No trecho Um dia ele me disse que era uma pena (.1), o pronomeque exerce a funo sinttica de sujeito da orao.

    Nessa concepo, surge a democracia grega, onde somente 10% dapopulao determinava os destinos de toda a cidade (eram excludosos escravos, as mulheres e os artesos).

    35. A orao 10% da populao determinava os destinos de toda a cidade

    (.1-2) teria o mesmo sentido caso o termo sublinhado o artigo a fosse eliminado.

    1 As pesquisas com clulas-tronco embrionrias, que apontam paraimensos recursos teraputicos, exigem um mnimo acordo sobre omomento inicial da vida humana.(...)

    5 Mas a vida humana, como precisar o seu primeiro momento? Asvariadas respostas indicam suas dependncias dos pontos de vistaadotados. No h consenso.

    36. O desenvolvimento das ideias do texto mostra que o pronome suas (.6)estabelece relao com o incio do texto, por associar dependncias (.6)a pesquisas (.1).

    1 A crise, que tem levado muitos negcios bancarrota, provocouefeito oposto para o McDonalds, a maior rede de fast-food do

    mundo.Esse ritmo de crescimento 60% mais veloz que o registrado no5 mesmo perodo de 2008, justamente antes da crise.

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    (...)Eles dizem que os brasileiros j comearam a trocar o restaurantepelo fast-food.

    37. Os termos que (. 1), Esse (.3) e Eles (.6) so pronomes.

    38. Considerando as relaes de coeso textual, assinale a opo correta arespeito do uso de pronomes no texto.

    As sociedades humanas so complexas e os seus membros se atraemou se repelem em funo de sua pertinncia.

    a) O desenvolvimento do texto permite que o pronome se em se repe-lem (.1-2) seja retirado e que apenas subentendido.

    As sociedades humanas so complexas e os seus membros se atraemou se repelem em funo de sua pertinncia. No existe o homem s,mesmo quando solitrio. Para se construir e entender-se, o homemprecisa pertencer.

    b) O uso do pronome em se construir (.3) e entender-se (.3) mostra

    que deve ser usado o pronome tambm em pertencer (.4): perten-cer-se.

    1 Essa pertinncia vai desde a linguagem, passa pelos grupos e classessociais e invade as culturas, os saberes e, at mesmo, as idiossincra-sias. As sociedades no so essencialmente harmnicas. Elas semprese esto transformando a partir dos conitos e das contradies que

    5 as fazem mover-se e transformar-se.

    c) Na linha 5, preservam-se a coerncia dos argumentos e a correo gra-matical do texto ao se deslocar o pronome as para depois do verbofazem do seguinte modo: fazem as mover-se.

    No mais direitos que apenas se cristalizam em leis ou cdigos, masque se constituem a partir de conitos, que traduzem as transforma-es e os avanos histricos da humanidade.

    d) A forma verbal traduzem (.2) est exionada no plural porque osujeito da orao, o pronome que (.2) retoma a expresso no pluralleis ou cdigos (.1).

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    1 No mais direitos que apenas se cristalizam em leis ou cdigos,mas que se constituem a partir de conitos, que traduzem as trans-formaes e os avanos histricos da humanidade. No se podemais entend-los como fruto de uma sociedade abstrata, mas como

    5 a expresso coativa de tenses e contradies engendradas pelosembates de interesses e projetos de grupos sociais.

    e) Em entend-los (.4), o pronome substitui o vocbulo conitos(.2).

    Fruto de um longo debate, seu maior objetivo, segundo o ministrodo trabalho, Carlos Lupi, era: Proporcionar a milhes de jovensestudantes brasileiros os instrumentos que facilitem sua passagem do

    ambiente escolar para o mundo do trabalho.

    39. Na expresso seu maior objetivo (.1), o pronome refere-se a ministrodo trabalho, Carlos Lupi (.2).

    Verbos

    Nos quase 500 anos que durou o processo de plena ocupao e inte-

    grao do espao nacional, foi apresentada sempre a construo deuma rede unicada de transportes como a nica forma de assegurar aintegridade do territrio.

    40. A expresso que durou (.1) indica que o processo de ocupao e inte-grao do espao nacional est sendo considerado como completo.

    Foi por participar de um ato pblico, em 1980, que Chico Mendespassou a ser chado e perseguido pelos militares. Em Rio Branco,o seringueiro fez um discurso exaltado contra a violncia no campoprovocada pelos fazendeiros.

    41. O verbo participar (.1) est empregado, no perodo, como termo subs-tantivo.

    1 Um cenrio polmico embasado no desencadeamento de umestrondoso processo de excluso, diretamente proporcional ao

    avano tecnolgico, cuja projeo futura indica que a automao dotrabalho exigir cada vez menos trabalhadores implicados tanto na5 produo propriamente dita quanto no controle da produo.

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    42. Preserva-se tanto a correo gramatical quanto a coerncia textual ao seempregar o innitivo desencadear, com funo de substantivo, em lugardo substantivo desencadeamento (.1).

    Nas interrelaes pessoais, inconteste que cada um d sua prpriaverso dos fatos e da vida, segundo suas particulares experincias ecom base na formao que tenha acumulado ao longo de sua exis-tncia.

    43. O emprego do modo subjuntivo em tenha (.3) sintaticamente exigidopela orao subordinada iniciada pelo pronome relativo que (.3).

    1 No que tange pesquisa, vem sendo publicamente proposto queuma poltica de cincias, tecnologia e inovao em sade deva tercomo pressupostos essenciais a busca da equidade e a observncia derigorosos princpios bioticos na pesquisa e na experimentao em

    5 geral.

    44. O uso do modo subjuntivo em deva (.2) respeita as regras gramaticais,porque esse verbo ocorre em uma orao iniciada pela conjuno que

    (.1)

    H a necessidade de que a pesquisa feita na universidade e nos labo-ratrios seja menos terica e mais voltada para aplicaes prticas,diz Rodrguez. E o setor privado precisa investir mais em pesquisae desenvolvimento.

    45. As formas verbais seja (.2) e precisa (.3) esto exionadas no modo

    subjuntivo, porque ambas se referem a uma situao hipottica.

    1 Penetra surdamente no reino das palavras.L esto os poemas que esperam ser escritos.Esto paralisados, mas no h desespero, h calma e frescura nasuperfcie intata.

    5 Ei-los ss e mudos, em estado de dicionrio.Convive com teus poemas, antes de escrev-los.

    Tem pacincia, se obscuros. Calma, se te provocam.Espera que cada um se realize e consume com seu poder de palavrao seu poder de silncio.

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    46. No trecho Espera que cada um se realize (.8), seguindo o padro dosverbos conviver (.6) e ter (.7), o poeta faz uma recomendao ao inter-locutor, usando o modo imperativo.

    47. As formas verbais Penetra (.1) e Convive (.6) esto no imperativoarmativo, que, no texto, o modo da exortao do poeta, que se dirigeao interlocutor empregando o verbo na segunda pessoa; caso o zessena terceira pessoa, teria de empregar, nesses versos, as formas Penetree Conviva, alm das alteraes que deveria fazer no restante do poema.

    1 Claro est que no nos referimos ao carrancudo portugus, que, emmeio de uma chusma de folhas metodicamente dispostas, passa os

    dias sentado, com as pernas cruzadas no ponto de reunio da Ruado Ouvidor com o Largo de S. Francisco, na Brahma, nas portas dos

    5 cafs da Avenida, em toda parte. Queremos falar do pequenino garoto de dez anos, o brasileirito

    trfego, ativo, tagarela como uma pega, travesso como um tico-tico.Por aqui, por ali, vai, vem, corre, galopa, atravessa as ruas com umarapidez de raio, persegue os veculos, desliza entre automveis como

    10 uma sombra. Parece invulnervel.

    48. Ao empregar formas verbais na primeira pessoa do plural, como referi-mos (.1) e Queremos (.6), o autor diminui signicativamente a sub-jetividade do texto e adota posio impessoal em relao ao tema, recursode linguagem condizente com o tipo textual desenvolvido.

    Se voc mdico, ponha de lado aquele seu livrinho com o jura-mento de Hipcrates e aprenda a traduzir hierglifos.

    49. Na linha 1, a forma verbal ponha, exionada no modo imperativo, diri-ge-se a quem se identica com o pronome voc, empregado na oraoanterior.

    Mais uma vez, o Brasil permanece entalado no que parece seruma incapacidade crnica de converter sua produo acadmica eminvenes que gerem patentes

    50. No texto, seria incorreto substituir que gerem (.3) porque possamgerar.

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    j foram submetidos a rigoroso processo de avaliao e possuemseu reconhecimento, representando uma rea de 127.760.297

    5 hectares de orestas certicadas, que produzem milhes de tone-ladas de madeira certicadas com a marca PEFC.

    56. A substituio da expresso composto (.1) porcompem-se mantma correo gramatical do perodo.

    Em dezembro de 2004, foi editado o Decreto n. 5.296, que regu-lamenta a Lei n. 10.048/2000 que dispe sobre a prioridade deatendimento s pessoas portadoras de decincia, idosos, gestantes,lactantes e pessoas acompanhadas por crianas de colo.

    57. A substituio de foi editado (.1) por editou-se mantm a correogramatical do perodo.

    E, no ano passado, cresceu a um ritmo mais intenso do que nos anosanteriores, com ganhos salariais para os 13 trabalhadores. Dadosrecentes indicam que essa tendncia deve se manter.

    58. A substituio de deve se manter (.3) pordeve ser mantida preserva acorreo gramatical do perodo.

    Na lista datada do meio do sculo XIX a.C., encontram-se produtosfarmacuticos como mel, resinas e alguns metais conhecidos comoantibiticos para o tratamento de feridas.

    59. Preservam-se a coerncia e a correo gramatical do texto ao se substituirencontram-se (.1) por outra forma de voz passiva gramatical, tal comofoi encontrado.

    Foi divulgado um novo ranque de pases segundo seu desempenhona inovao cientca

    60. No texto, seria incorreto substituir Foi divulgado (.1) porDivulga-

    ram-se.

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    Preposies

    A nossa herana cultural, desenvolvida atravs de inmeras gera-es, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relaoao comportamento daqueles que agem fora dos padres aceitos pelamaioria da comunidade.

    1. No desenvolvimento do texto, provoca erro gramatical ou incoern-cia textual. A omisso de em relao (.2).

    Com um alto grau de urbanizao, o Brasil j apresenta cerca de80% da populao nas cidades, mas, como advertem estudiosos doassunto, o pas ainda tem 4 muito a aprender sobre crescimento eplanejamento urbanos.

    2. A substituio de cerca de (.1) poracerca de manteria a correo gra-matical do perodo.

    A polcia est pelas ruas, uniformizada ou paisana, e constante-mente faz batidas em lugares que os imigrantes frequentam ou ondetrabalham. Foram expedidas cerca de 7 mil cartas de expulso debrasileiros no ano passado.

    3. A substituio de cerca de (.3) por acerca de mantm a correogramatical do perodo.

    Classes GramaticaisInvariveis

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    Com um alto grau de urbanizao, o Brasil j apresenta cerca de80% da populao nas cidades, mas, como advertem estudiosos doassunto, o pas ainda tem muito a aprender sobre crescimento eplanejamento urbanos.

    4. Em muito a aprender (.3), a preposio.

    De imediato, existe o alerta: onde morar em metrpoles? melhoroptar por uma casa ou um apartamento o mais distante possvel adois quarteires, no mnimo das ruas e avenidas mais movimen-tadas.

    5. Manteria a correo gramatical e o sentido do texto a insero de h doisquarteires no lugar de a dois quarteires (.2-3).

    Seu tcnico, Bob Bowman, previu que ele bateria recordes mundiaisdali a 12 anos, nos Jogos Olmpicos de 2008.

    6. Em lugar da expresso dali a 12 anos (.2), estaria igualmente corretaa graa dali h 12 anos.

    1

    Acreditavam, tambm, que a existncia de meios de comunicao viriapromover mudanas estruturais na economia brasileira, ao permitiro povoamento das reas de baixa densidade demogrca e, sobre-tudo, por possibilitar a descoberta e o 25 desenvolvimento de novos

    5 recursos que jaziam ocultos no vasto e inexplorado interior da nao.

    7. Prejudicaria a correo gramatical do perodo a substituio de ao, emao permitir (.2), pela preposio por.

    1 Seja qual for a funo ou a combinatria de funes dominantes emum determinado momento de comunicao, postula-se que preexistea todas elas a funo pragmtica de ferramenta de atuao sobre ooutro, de recurso para fazer o outro ver/conceber o mundo como o

    5 emissor/locutor o v e o concebe, ou para fazer o 10 destinatriotomar atitudes, assumir crenas e eventualmente desejos do locutor.

    8. No perodo sinttico postula-se que (...) desejos do locutor (.2-5), as

    trs ocorrncias da preposio de estabelecem a dependncia dos ter-mos que regem para com o termo funo pragmtica (.3), como mos-tra o esquema seguinte.

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    funo pragmtica:

    de ferramenta

    de atuao sobre o outro

    de recurso para fazer o outro conceber o mundo

    Agora que o desastre aconteceu, importante entender por que elefoi to grave anal, h muitas regies com o mesmo tipo de riscono pas. De todas as medidas j tomadas e dos estudos em curso,algumas concluses podem ser tiradas sobre o que preciso fazer:

    1) Conter o desmatamento nas cabeceiras dos rios Em um terreno comvegetao nativa, a gua das chuvas leva mais tempo para chegar aocurso dgua. As prprias folhas das rvores absorvem parte da chuvae reduzem o impacto das gotas no solo. Alm disso, troncos e folhas nocho ajudam a reter a gua. O solo, menos compactado,absorve maisgua.

    9. Na expresso curso dgua, o apstrofo marca a eliso da vogal nal dapreposio.

    Assim, faz-se necessria a realizao de um estudo sobre a rede daassistncia social no Brasil, com informaes sobre os servios pres-

    tados, de modo a orientar investimentos estratgicos.

    10. O conectivo de modo a (.3) pode ser substitudo pora despeito de semque haja alterao no signicado original do texto.

    1 Em nosso continente, a colonizao espanhola caracterizou-se larga-mente pelo que faltou portuguesa: por uma aplicao insistente emassegurar o predomnio militar, econmico e poltico da metrpolesobre as terras conquistadas, mediante a criao de grandes ncleos

    5 de povoao estveis e bem ordenados.

    11. A respeito do uso das estruturas lingusticas no texto na linha 3, o autorevita a repetio da preposio por ao usar o termo mediante a, queestabelece relaes signicativas semelhantes.

    1 At hoje respondamos questo QUANDO COMEA A VIDA? dasmais diversas maneiras, com a despreocupao dos inconsequentes.

    Isso mudou. As pesquisas com clulas-tronco embrionrias, queapontam para imensos recursos teraputicos, exigem um mnimo5 acordo sobre o momento inicial da vida humana.

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    12. O perodo iniciado pela expresso As pesquisas (.3) estabelece, naargumentao do texto, uma razo, um motivo para a ideia da oraoanterior; por isso admite ser assim iniciado: Por causa das pesquisas.

    No incio do sculo 19, o lsofo Hegel chegou a dizer que a leiturados jornais era a orao matinal do homem moderno.

    13. Em chegou a dizer (.1), a preposio exigida pela regncia dechegou.

    Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas, jogava tnis,nadava, nunca pegara uma gripe at ter um derrame cerebral. Vivia

    envolvido com sirigaitas, como minha me as chamava, e comfracassos comerciais crnicos.

    14. Na linha 1, com estabelece uma comparao entre as namoradas e otermo sirigaitas (.2).

    Egito, Filipinas, Indonsia e Costa do Marm sofreram ondas desaques em busca de alimentos. Na Tailndia, tropas foram mobili-zadas para conter a invaso aos campos de arroz.

    15. No trecho Na Tailndia, tropas foram mobilizadas para conter a invasoaos campos de arroz (.2-3), o conector para estabelece uma relaode consequncia entre as aes verbais das oraes.

    Conjunes

    Por ironia, as notcias mais frequentes produzidas pelas pesquisascientcas relatam no a descoberta de novos seres ou fronteirasmarinhas, mas a alarmante escalada das agresses impingidas aosoceanos pela ao humana.

    16. O termo mas (.3) corresponde a qualquer um dos seguintes: todavia,entretanto, no entanto, conquanto.

    No ano passado, a produo industrial cresceu 6%, enquanto oemprego aumentou 2,2% e o total de horas pagas pela indstriaaumentou 1,8%.

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    17. O termo enquanto (.1) pode, sem prejuzo para a correo gramatical epara as informaes originais do perodo, ser substitudo por qualquer umdos seguintes: ao passo que, na medida que, conquanto.

    1 Sua sentena foi muito elogiada. Contudo, o governo estadual anun-ciou que ir recorrer ao Tribunal de Justia, sob a alegao de que,se os estabelecimentos penais no puderem receber mais presos, osjuzes das varas de execues no podero julgar rus acusados de

    5 crimes violentos, como homicdio, latrocnio, sequestro ou estupro.

    18. Na linha 1, o emprego da conjuno Contudo estabelece uma relaode causa e efeito entre as oraes.

    Nunca se falou tanto sobre cidadania, em nossa sociedade, comonos ltimos anos. Mas, anal, o que cidadania?

    19. Em como nos ltimos anos (.1-2), a palavra como tem valor con-formativo.

    A imagem da metrpole no sculo XX a dos arranha-cus e das

    oportunidades de emprego, mas Planeta Favela leva o leitor para umaviagem ao redor do mundo pela realidade dos cenrios de pobrezaonde vive a maioria dos habitantes das megacidades do sculo XXI.

    20. A conjuno mas (.2) possui valor semntico aditivo no contexto emque est inserida.

    1 Este o momento adequado do resgate do professor como sujeito

    histrico de transformao, porque se est atravessando uma conjun-tura paradoxal: nunca se precisou e pediu tanto do professor e nuncase deu to pouco a ele, do ponto de vista tanto da formao quanto da

    5 remunerao e das condies de trabalho.

    21. Por ser empregada duas vezes no mesmo perodo, a palavra nunca(.3) pode ser substituda, nas duas ocorrncias, pela conjuno nem,sem prejuzo para o sentido do texto.

    1 Este o momento adequado do resgate do professor como sujeitohistrico de transformao, porque se est atravessando uma conjun-

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    tura paradoxal: nunca se precisou e pediu tanto do professor e nuncase deu to pouco a ele, do ponto de vista tanto da formao quanto

    5 da remunerao e das condies de trabalho.

    22. A combinao tanto (...) quanto (.4) pode ser substituda pela combi-nao no s (...) mas tambm, mantendo-se a ideia de adio de infor-maes.

    Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernosquase o ano inteiro. Claro que foi falncia, mas suas freguesasnunca foram to bonitas, embora to poucas.

    23. No trecho mas suas freguesas nunca foram to bonitas, embora topoucas (.2-3), as conjunes coordenativas mas e embora expressamvalores adversativos.

    Advrbios e Palavras Denotativas

    BSB, 8/3/2009.

    Excelentssima Senhorita:

    1. O abaixo-assinado, aluno compulsivo de cursos preparatrios paraconcursos pblicos, dotado da esperana frrea de se tornar brevemente umeminente funcionrio pblico, vem, mui respeitosamente, por meio destainformar a Vossa Senhoria que se inscreveu para o provimento de vaga nocargo de Analista de Trnsito do DETRAN/DF, e, por esse relevante motivo,

    suspende por tempo indeterminado o noivado que mantm com a Excelents-sima Senhorita, para se dedicar integralmente ao estudo das matrias cons-tantes do respectivo edtal.2. Aproveito o ensejo para manifestar-lhe tambm, outrossim, a inteno deretomar, to logo seja aprovado, minhas funes de noivo junto a Vossa Exce-lentssima, haja visto o grande amor que te devoto.3. Reitero protestos de estima e considerao.

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    24. No segundo pargrafo, o advrbio outrossim, frequente em expedien-tes ociais, est empregado de forma redundante por estar antecedido doadvrbio tambm.

    1 No que tange pesquisa, vem sendo publicamente proposto queuma poltica de cincias, tecnologia e inovao em sade deva tercomo pressupostos essenciais a busca da equidade e a observnciade rigorosos princpios bioticos na pesquisa e na experimentao

    5 em geral. Tambm que essa poltica se estruture principalmente nocompromisso do ganho social em todas suas vertentes sade, inds-tria, comrcio e cultura cientca , na extenso do conhecimento ena abrangncia de todos que se envolvem com a pesquisa em sade.

    25. O desenvolvimento da argumentao do texto permite subentender que aorao iniciada por Tambm (.5) d continuidade ideia do que vemsendo publicamente proposto (.1).

    1 A mdia confunde muito o direito do Cidado com o direito doConsumidor, por isso questiono o aspecto ideolgico dessa confuso.(...)Um dos grandes problemas no Brasil, alm da impunidade e da

    5

    corrupo endmicas, a m distribuio de renda, situao em quemuitos tm pouco e poucos tm muito.

    26. Nas oraes A mdia confunde muito o direito do Cidado com o direitodo Consumidor (.1-2) e poucos tm muito (.5), a palavra muitotem o mesmo valor adverbial.

    do direito de acesso que o povo brasileiro necessita e no de leisque garantam a uma minoria (elite brasileira) suas grandes e ricaspropriedades.

    27. Na orao do direito de acesso que o povo brasileiro necessita (.1), aexpresso (...) que serve para enfatizar aquilo de que o povo brasileironecessita.

    1 Nessa acepo, razo e verdade deixam de ser valores absolutos parase transformarem em valores temporariamente vlidos, de acordo com

    o veredicto dos atores envolvidos na situao, os quais estabelecemconsensualmente o processo pelo qual a verdade e a razo podem ser5 conquistadas em um contexto dado.

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    28. Mantm-se a correo gramatical e as relaes semnticas responsveispela coerncia textual caso se desloque, na linha 4, o advrbio consensu-almente para antes de estabelecem.

    1 Em virtude disso, dessa discusso sobre a losoa e o social surgemdois momentos importantes: o primeiro pensar uma comunidadeautoreexiva e confrontar-se, assim, com as novas formas de ideo-logia. Mas, por outro lado, a losoa precisa da sensibilidade para

    5 o diferente, seno repetir apenas as formas do idntico e, assim,fechar as possibilidades do novo, do espontneo e do autntico nahistria.

    29. A expresso por outro lado (.4) explicita a caracterizao do segundodos dois momentos importantes (.2).

    1 Cometi apenas um erro. No soube ser feliz. Nunca: nem um s dia,nem sequer uma hora. A prpria criao, um prazer para os poetasmais sensveis, foi para mim sempre mais angustiante que redentora.A causa primeira do meu infortnio, conheo-a agora. Tive sempre

    5

    medo da vida.

    30. Em Cometi apenas um erro (.1) e Tive sempre medo da vida(.4-5), a mudana na ordem dos termos adverbiais para Apenas cometium erro e Sempre tive medo da vida mantm inalterado o sentidodesses perodos no texto.

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    A impiedosa lucidez com que eu agora pensava em meu pai encheu--me de horror no podemos ver as pessoas que amamos como elasrealmente so, impunemente.

    1. No trecho A impiedosa lucidez com que eu agora pensava em meu pai en-cheu-me de horror (.1-2), o emprego da preposio com facultativo.

    Um homem do sculo XVI ou XVII caria espantado com as exign-cias de identidade civil a que ns nos submetemos com naturalidade

    2. O emprego da preposio antes do pronome, em a que (.2), atende regra gramatical que exige a preposio a regendo um dos complementosdo verbo submeter.

    3. Ambas as construes sero tidas como corretas, se gurarem em umexpediente ocial: 1.Esses so os recursos de que o Estado dispe. 2.O

    Governo insiste que a negociao importante.

    1 Por isso, temos de conscientizar-nos de que a superao de conitosticos dinmica e envolve uma ampla interao de necessidades,obrigaes e interesses dos vrios envolvidos: o governo, por ser oagente protetor, regulador, nanciador e comprador maior; a indstria

    5 e os fornecedores, que exercem grande presso inacionria para aincorporao de seus produtos ou bens; as instituies e os pros-

    sionais de sade, que pressionam pela atualizao da sua capacidadeinstalada, variedade de oferta de servios e atualizao tecnocient-ca.

    Regncia Verbal eNominal

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    4. Na linha 1, a preposio em de que exigida pelo verbo cons-cientizar-nos, por isso sua retirada do texto provocaria erro gra-matical.

    A cultura renada nunca foi para muita gente. A cultura maissosticada e profunda sempre foi um fenmeno restrito emque as barreiras de acesso sempre foram enormes.

    5. A organizao dos argumentos no texto mostra que o pronome re-lativo que (.3) obrigatoriamente regido pela preposio em,pois a preposio tem a funo semntica de atribuir valor locativoao termo, localizando as barreiras de acesso (.3) no fenmenorestrito (.2).

    1 Em relao etapa de vericao, constatou-se que todasas recomendaes propostas, decorrentes da anlise do rela-trio que marcou o incio do processo de acompanhamento,foram incorporadas integralmente no relatrio nal de acom-

    5 panhamento.

    6. Em do relatrio (.2-3), o emprego da preposio em est de

    acordo com a prescrio gramatical, que estabelece para o uso for-mal da linguagem uma nica regncia para o termo incorporado.

    1 ... para clientes de planos de sade e para empregados deempresas; o gerente de diversidade, que, em um setor derecursos humanos, quem tem uma viso mais panormicado quadro de empregados, diagnosticando prossionais que

    5 faltam s empresas; e o farmacoeconomista, cuja funo analisar a viabilidade econmica de um remdio, incluindo-sea demanda existente e a relao custo-benefcio.

    7. No trecho diagnosticando prossionais que faltam s empresas(.5), o verbo sublinhado rege dois complementos: um direto, re-presentado pelo termo prossionais, e outro indireto, representa-do por s empresas.

    Fazer cincia implica descobrir, inventar e produzir coisas

    novas. Antes de o capitalismo se estabelecer como sistemasocioeconmico dominante, fazer cincia era uma atividadeindividual e privada.

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    13. Na linha 1, a presena do sinal indicativo de crase em questo indicaque o verbo responder, como est empregado no texto, exige o uso deao, se, mantida a coerncia textual, o vocbulo questo for substitudoporquestionamento.

    14. O verbo chamar, no sentido de convocar, mandar vir, rege complementosem proposio. Assinale a opo que apresenta um exemplo desse senti-do e dessa regncia do verbo chamar.

    a) O telefone chamava insistentemente.

    b) O m chama o ferro.

    c) O diretor chamou para si toda a responsabilidade.

    d) V cham-los para o jantar.

    e) Chamava pelo amigo de infncia.

    15. Assinale a opo em que a regncia verbal da frase apresentada est emdesacordo com os padres gramaticais.

    a) Assistiu o espetculo pelo telo, pois estava longe do palco.

    b) O f, extasiado, assistiu ao desle de carnaval.

    c) Rpido, o corpo de bombeiros assistiu o acidentado.

    d) Piamente, acreditava em todos.

    Tais dinmicas no se reportam apenas ao carter negativo do poder,de opresso, punio ou represso, mas tambm ao seu carter posi-tivo, de disciplinar, controlar, adestrar, aprimorar.

    16. O uso da preposio em ao carter (.1) deve-se s exigncias sintticasdo verbo reportar, na acepo usada no texto.

    Esse conceito pressupe que todos sejam forados a viver em casasidnticas, ganhar os mesmos salrios, comer as mesmas comidas eacreditar nos mesmos valores?

    17. O desenvolvimento da argumentao permite a insero da preposio aimediatamente antes de ganhar (.2), de comer (.2) e de acreditar(.2), sem se prejudicar a correo gramatical do texto.

    1

    A crise, que tem levado muitos negcios bancarrota, provocouefeito oposto para o McDonalds, a maior rede de fast-food domundo. Nmeros recentes, relativos ao primeiro trimestre deste ano,

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    mostram que as vendas j aumentaram quase 5% nos Estados Unidos5 da Amrica (EUA), onde mais de um tero das 31.000 lojas da rede

    esto localizadas. Esse ritmo de crescimento 60% mais veloz que oregistrado no mesmo perodo de 2008, justamente antes da crise.

    18. As formas verbais provocou (.1) e (.6) so verbos de ligao.

    19. Acerca da sintaxe do trecho Os nmeros so semelhantes aos relaciona-dos aos furtos, roubos e ameaas, pode-se armar que o vocbulo soest empregado como verbo de ligao.

    A objetividade, portanto, no existe, apenas seu efeito, que criado por meio de mecanismos lingusticos que do outros ecos e valoressignicativos mensagem.

    20. Preservando-se a correo gramatical e a coerncia argumentativa dopargrafo, a funo que a expresso mecanismos lingusticos (.1-2)exerce no texto poderia ser marcada apenas pela preposio por, semnecessidade de se recorrer ao emprego de por meio de (.2).

    1 Existem dvidas se possvel, democraticamente, um controle

    social e tico sobre os conhecimentos cientcos e os avanos tecno-lgicos em geral. Discute-se tambm se, do ponto de vista do direito,as questes ticas devem ser objeto de leis ou de normas, ou de ambas.

    5 Assim como se indaga muito se a sociedade no estaria exercendo umcontrole social e tico sobre as tecnocincias mediante normas (cdigosde tica) em detrimento dos poderes legalmente constitudos nos estadosdemocrticos, menosprezando as leis e superestimando os cdigos detica.

    21. A insero da preposio sobre antes da orao condicional iniciada porse possvel (.1) manteria a coerncia da argumentao do texto, bemcomo respeitaria as regras gramaticais.

    1 Tendo como principal propsito a interligao das distantes eisoladas provncias com vistas constituio de uma nao-Estadoverdadeiramente unicada, esses pioneiros da promoo dos trans-portes no pas explicitavam rmemente a sua crena de que o cresci-

    5

    mento era enormemente inibido pela ausncia de um sistema nacionalde comunicaes e de que o desenvolvimento dos transportes consti-tua um fator crucial para o alargamento da base econmica do pas.

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    22. A preposio em de que o desenvolvimento (.6) exigida pela regn-cia da palavra crena (.4).

    A informao atualizada ferramenta essencial para a formulao

    e a implementao de polticas pblicas, especialmente em reas emque a prestao de servios descentralizada, como o caso da assis-tncia social.

    23. O trecho para a formulao e a implementao de polticas pblicas(.1-2) complementa o sentido do adjetivo essencial (.1).

    Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais, mas nada mais

    marcante do que a nossa capacidade de trabalhar, de transformaro mundo segundo nossa qualicao, nossa energia, nossa imagi-nao.

    24. A retirada da preposio em de transformar (.2) violaria as regras degramtica da lngua portuguesa, j que essa expresso complementa ca-pacidade (.2).

    Dada a inexistncia de encanamento para fazer a drenagem, tornava--se impossvel a distribuio de gua nas casas.

    25. O segmento Dada a inexistncia de encanamento (.1) poderia ser cor-retamente reescrito da seguinte forma: Devido inexistncia de encana-mento.

    Todo indivduo tem direito proteo de sua liberdade, de sua inte-

    gridade fsica e de outros bens que so necessrios para que umapessoa no seja rebaixada de sua natureza humana.

    26. Na linha 1, a repetio da preposio de antes de sua liberdade, suaintegridade e outros bens indica que se trata de trs expresses quecomplementam proteo, e no direito.

    O fato que, desde os seus primrdios, as coletividades humanas

    no apenas pactuaram normas de convivncia social, mas tambmforam corporicando um conjunto de conceitos e princpios orienta-dores da conduta no que tange ao campo tico-moral.

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    27. Na linha 3, a preposio a, que compe o termo ao campo tico-moral, exigida pelo substantivo conduta.

    Com um visual colorido e irreverente, os vinte cartazes buscam

    propagar a ideia de que possvel tomar medidas que diminuam aschances de contrair cncer e de que a deteco precoce da doenaamplia signicativamente as chances de cura.

    28. As duas ocorrncias da preposio de em de que (.2) mostram oincio de oraes que complementam o termo ideia (.2).

    O mercado cria inevitavelmente a ideia de que o lucro de um pode

    ser o prejuzo do outro e que cada um deve defender os prpriosinteresses..

    29. Alteram-se as relaes semnticas entre os termos da orao e desrespei-tam-se as regras gramaticais de regncia ao se inserir a preposio deantes de que cada um (.2), escrevendo-se e de que cada um.

    Ouvinte atenta dos relatos dos trabalhadores sobre ameaas sofridas

    por parte de fazendeiros e sobre a situao degradante de sobrevi-vncia a que so submetidos, a entidade apura os fatos e leva as denn-cias aos rgos competentes do Estado para a adoo de medidas.

    30. A presena de preposio em aos rgos competentes (.4) justica-sepela regncia de denncias (.3).

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    Evidentemente, isso leva a perceber que h um conito entre a auto-nomia da vontade do agente tico (a deciso emana apenas do inte-rior do sujeito) e a heteronomia dos valores morais de sua sociedade(os valores so dados externos ao sujeito).

    1. pela acepo do verbo levar, em leva a perceber (.1), que se justicao emprego da preposio a nesse trecho, de tal modo que, se for empre-gado o substantivo correspondente a perceber, percepo, a preposiocontinuar presente e ser correto o emprego da crase: percepo.

    1 Mais preocupante, no entanto, a situao criada pelo relator daONU para o direito alimentao, Jean Ziegler, que classicou osbiocombustveis como um crime contra a humanidade, garantindoque o mundo teria milhes e milhes de novos famintos pela escalada

    5 nos preos dos alimentos que seriam usados para fazer funcionar osmotores dos automveis do mundo rico.

    2. Em direito alimentao (.2), o uso de sinal indicativo de crase umrecurso imprescindvel para a compreenso do texto.

    Como nada ainda deu certo no planeta, a internacionalizao s seraceitvel quando se cumprirem duas premissas.

    3. Mantm-se a coerncia de ideias e a correo gramatical do texto ao se

    empregar o sinal indicativo de crase no a, em a internacionalizao(.1), situao em que esse termo seria empregado como objeto direto pre-posicionado.

    CraseCaptulo

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    Pode-se dizer, no que concerne complexidade, que h um ploemprico e um plo lgico e que a complexidade aparece quando hsimultaneamente diculdades empricas e diculdades lgicas.

    4. A retirada do sinal indicativo de crase em no que concerne complexi-dade (.1) altera as relaes de sentido entre os termos, mas preservasua correo gramatical.

    No o tamanho, em termos de nmero de habitantes ou da reaespacial ocupada, que conta; conta sua funcionalidade em termos dasmanipulaes nanceiras, que caracterizam a era da globalizao.

    5. Atenderia prescrio gramatical a alterao do segmento em termosdas manipulaes nanceiras (.2-3) para relativamente as manipula-es nanceiras.

    1 o nacional-desenvolvimentismo e sua carga poltica e ideolgicacederam vontade de abrir a economia e o mercado, de forma irra-cional e reativa, onda de globalizao e de neoliberalismo quepenetrava o pas vinda de fora. Ao substitu-lo na presidncia, Itamar

    5 Franco recuou momentaneamente aos parmetros anteriores doEstado desenvolvimentista, sem, contudo, bloquear a conscinciada necessidade de se prosseguir com as adaptaes aos novostempos.

    6. O emprego do sinal indicativo de crase em onda (.3) justica-sepela regncia de abrir (.2) e pela presena de artigo denido femininosingular

    Pode-se dar a entender que se viajou, que se conhecem lnguas.Uma palavra estrangeira em uma placa ou em uma propaganda podeindicar desejo de ver-se associado a outra cultura e a outro pas, porseu prestgio

    7. Pelo fato de associado (.3) exigir que seu complemento seja regidopela preposio a, pode ser empregado o sinal indicativo de crase em aoutra cultura.

    Assim como o banco em que trabalha, Hugo se tornou mais ligados questes ambientais com o passar dos anos.

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    8. A substituio da expresso questes ambientais (.2) por sinnimostextuais, como, por exemplo, temas ambientais ou problemas am-bientais, preserva a coerncia da argumentao e a correo gramaticaldo texto.

    E apostando nessa segunda opo que os verdadeiros democratasinsistem em proporcionar informaes a todas as pessoas.

    9. No termo a todas as pessoas (.2), ao se eliminar o pronome todas, necessrio eliminar a preposio a e colocar sinal indicativo de craseem as pessoas.

    1 O reconhecimento do programa brasileiro signica que as nossas

    orestas atendem s prticas internacionais de manejo sustentvel,so socialmente justas, economicamente viveis e ambientalmentecorretas, o que facilita o aumento das exportaes das empresas

    5 brasileiras, devido queda de barreiras tcnicas.

    10. A substituio de s prticas (.2) pora prticas prejudica a correogramatical do perodo.

    11. Assinale a opo em que a frase apresenta o emprego correto do acentograve indicativo de crase.a) Isto no interessa ningum.

    b) No costumamos comprar roupas prazo.

    c) O estudante se dirigiu diretoria da escola.

    d) Caminhamos devagar at entrada do estabelecimento.

    e) Essa a instituio que nos referimos na conversa com o presidente.

    ... Mudado seu modo de pensar, o pesquisador j no concebe aqueletema da mesma forma e, assim, j no capaz de estabelecer umarelao exatamente igual do experimento original.

    12. Em do experimento (.3), o sinal indicativo de crase est emprega-do de forma semelhante ao emprego desse sinal em expresses como moda, s vezes, em que o uso do sinal xo.

    ... verdades falsas que, quando se disseminam dentro de um grupo

    ou comunidade, tendem a hostilizar formas de pensamento e decomportamento que, de alguma forma, no se conformam quelaverdade.

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    13. Na linha 3, justica-se o sinal indicativo de crase em quela pela exi-gncia de iniciar o complemento de se conformam com a preposio a.

    No incio, Michael no gostava de treinar, mas aos poucos as coisas

    comearam a mudar. Aos 11 anos, ele resolveu parar de tomar plulaspara controlar a hiperatividade.

    14. Se a locuo aos poucos (.1) fosse trocada por uma outra com palavrafeminina, o emprego da crase seria obrigatrio, como em s pressas ascoisas comearam a mudar.

    Caiu a ltima trincheira de resistncia contra a ferramenta. O autor de

    Ensaio sobre a Cegueira e O Evangelho Segundo Jesus Cristo decidiucriar um espao para comentrios, reexes, simples opinies sobreisto ou aquilo, o que vier a talhe de foice.

    15. Preserva-se a correo gramatical ao se reescrever a expresso a talhe defoice (.4) com crase: talhe de foice.

    1 Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos

    quase o ano inteiro. Claro que foi falncia, mas suas freguesas nuncaforam to bonitas, embora to poucas. (...). s vezes, eles discutiamna hora do jantar; na verdade, minha me brigava com ele, que cava

    5 calado; se ela no parava de brigar, ele se levantava da mesa e saapara a rua.

    16. Nas linhas 2 e 3, o emprego do sinal indicativo de crase em falnciae s vezes justica-se pela regncia verbal.

    O capitalismo pode ser denido como a coexistncia entre a enormecapacidade de criar, transformar e dominar a natureza, suscitandodesejos, ambies e esperanas, e as limitaes intrnsecas suacapacidade de entregar o que prometeu.

    17. No trecho e as limitaes intrnsecas sua capacidade de entregar o queprometeu (. 3-4), o emprego do sinal indicativo de crase facultativo.

    1 No conseguia dormir direito por no conseguir juntar dinheirosequer para retornar minha cidade e rever a famlia, relatou.

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    Quando uma fazenda no municpio paraense de Piarras foi scali-zada em junho deste ano, Copaba foi localizado pelo Grupo Mvel,

    5 resgatado e recebeu de indenizao trabalhista mais de R$ 5 mil.

    18. O sinal indicativo de crase em retornar minha cidade (.2) facul-tativo e a sua omisso preservaria os sentidos do texto e a correo dasestruturas lingusticas.

    1 O nosso planeta azul vive um paradoxo dramtico: embora doisteros da superfcie da Terra sejam cobertos de gua, uma em cadatrs pessoas no dispe desse lquido em quantidade suciente paraatender s suas necessidades bsicas.

    5 (...) Calcula-se, ainda, que 30% das maiores bacias hidrogrcas

    perderam mais da metade da cobertura vegetal original, o que levou reduo da quantidade de gua.(...) O restante corresponde gua salgada dos mares (97%) e ao gelo

    10 nos plos e no alto das montanhas.

    19. Nos trechos atender s suas necessidades (. 3-4), levou reduo da

    quantidade de gua (.6-7) e O restante corresponde gua salgada dosmares (.8), o emprego de crase obrigatrio.

    Passar da condio de devedor de credor internacional fatoindito, mas no surpreendente.

    20. Antes da expresso de credor (.1), subentende-se a repetio da palavracondio.

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    Do sucesso no circuito comunicacional dependem a existncia e afelicidade pessoal.

    1. No perodo acima, o sujeito composto a existncia e a felicidade pes-soal est posposto ao ncleo do predicado verbal.

    O bom momento que vive a economia nacional estimula suas vendas,mas a indiscutvel preferncia do consumidor pelo modelo ex temoutras razes.

    2. No trecho O bom momento que vive a economia nacional estimula suasvendas (.1), o sujeito das formas verbais vive e estimula o mesmo.

    1 Desapareceram os grandes personagens, que foram a verdadeirahistria da UnB. Restaram apenas mgoas e ressentimentos, medoe desconana, um sentimento de desgosto e de tristeza no meio de

    toda aquela gente se evadindo ou assistindo com pavor violncia5 e 13 desmoralizao de seus colegas e familiares sem que nada se

    pudesse fazer.

    3. A indeterminao do sujeito um recurso usado quando o autor no querou no pode revelar quem fez determinada ao, como ocorre em: Desa-pareceram (.1); Restaram (.2).

    Segundo a observao de H. von Stein, ao ouvir a palavra natu-reza, o homem dos sculos XVII e XVIII pensa imediatamente normamento; o do sculo XIX pensa em uma paisagem.

    Sintaxe do Perodo SimplesCaptulo

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    4. Em o homem dos sculos XVII e XVIII pensa imediatamente no rma-mento; o do sculo XIX pensa em uma paisagem (.2-3), o ncleo dosujeito est elptico, na segunda ocorrncia do verbo pensar.

    A etapa de avaliao quantitativa e a de avaliao qualitativa dosresultados compe o prximo captulo.

    5. Para se garantir a coerncia e a correo gramatical da frase, deve-se trans-formar o sujeito, que composto, em sujeito simples, retirando-se o trechoa de avaliao e deixando-se o verbo compor como est, no singular.

    Apenas 1% de toda a gua existente no planeta apropriado para

    beber ou ser usado na agricultura. O restante corresponde guasalgada dos mares (97%) e ao gelo nos plos e no alto das monta-nhas. Administrar essa cota de gua doce j desperta preocupao.

    6. A orao Administrar essa cota de gua doce (.3) exerce funo sin-ttica de sujeito.

    O poluente associado maior probabilidade de morte dos fetos o

    monxido de carbono (CO), um gs sem cor nem cheiro que resultada queima incompleta dos combustveis.

    7. O trecho um gs sem cor nem cheiro que resulta da queima incompletados combustveis (.2-3) exerce a funo de aposto.

    Talento s no basta, disse Phelps na entrevista coletiva aps asexta medalha de ouro. Muito trabalho,muita dedicao, uma

    combinao de tudo... Tentar dormir e se recuperar, armar cadasesso de treino da melhor forma possvel e acumular muito treino.

    8. No ltimo pargrafo, o sujeito dos verbos Tentar, recuperar, armar eacumular o pronome tudo, que funciona como aposto.

    Mais preocupante, no entanto, a situao criada pelo relator daONU para o direito alimentao, Jean Ziegler, que classicou os

    biocombustveis como um crime contra a humanidade,...

    9. O nome Jean Ziegler (.2) est entre vrgulas por constituir um vocativo.

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    Marx, herdeiro e defensor das postulaes do Iluminismo, indagouse as relaes de produo e as foras produtivas do capitalismopermitiriam, de fato, a realizao da Liberdade, da Igualdade e daFraternidade.

    10. O trecho herdeiro e defensor das postulaes do Iluminismo (.1) exerce,na orao, a funo sinttica de vocativo.

    O IRIB e o Colgio Notarial sentem-se orgulhosos de poder contri-buir com o desenvolvimento das atividades notariais e registrais doestado.

    11. Na linha 1, a palavra orgulhosos um adjetivo que est, no contexto,exercendo a funo sinttica de predicativo de IRIB e Colgio Nota-rial, ambos objetos diretos.

    Os nmeros so semelhantes aos relacionados aos furtos, roubos eameaas

    12. No trecho Os nmeros so semelhantes aos relacionados aos furtos,roubos e ameaas, o termo nmeros predicativo do sujeito.

    13. A expresso Consses de Allan Poe, no ttulo de um texto, e construode Braslia so estruturas semelhantes sintaticamente, pois so formadaspor substantivo abstrato mais preposio de seguida de outro substantivo,o qual, no ttulo do texto, desempenha papel de agente pelo qual seentende que Allan Poe fez uma consso e, em construo de Braslia,desempenha papel de paciente.

    1 O fulcro da questo que ou garantimos os direitos sociais a todosos trabalhadores, em todas as posies na ocupao assalariados,estatutrios, cooperantes, avulsos, terceirizados etc. ou ser cadavez mais difcil garanti-los para uma minoria cada vez menor de

    5 trabalhadores que hoje tm o status de empregados regulares.

    14. As alternativas expressas entre as linhas 1-5 complementam o sentido dosujeito da orao O fulcro da questo (.1).

    1 Ele s descobre que um bem fundamental quando deixa de possu--lo. Preso naquele poro, eu descobria que a liberdade mais impor-

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    tante que existia era a liberdade de ir e vir, a liberdade de movimento.Eu tinha todas as outras liberdades, preso no poro de pensar, de

    5 xingar meus captores, de ter uma religio (caso quisesse uma), deescolher minhas convices polticas.

    15. A orao que um bem fundamental (.1) exerce a mesma funo sin-ttica que todas as outras liberdades (.4).

    1 Alm das estatsticas, o autor revela as histrias trgicas que os dadosfrios no mostram, como as crianas abandonadas pelas famlias nasruas de Kinshasa (Congo), por serem consideradas feiticeiras,ou a nuvem de gs letal expelida pela fbrica da Union Carbide na

    5 ndia, que causou a morte de aproximadamente 22 mil habitantes debarracos nos arredores da unidade da empresa, que no tinham infor-mao sobre os riscos ou opo de morar em outro local.

    16. Na linha 1, a expresso os dados frios objeto direto do verbo mos-tram.

    1 Um analista de palavra-chave, por exemplo, tem a nica misso de

    combinar as palavras de um stio de modo que as ferramentas debusca o situem, sempre, entre os primeiros da lista. Em uma outrafrente, surgiram funes relativas a assuntos ambientais, como a do

    5 consultor de sustentabilidade, prossional que, entre outras coisas,faz estudos de impacto sobre o ambiente. algo bsico para muitosnegcios.

    17. Pelos sentidos do texto, depreende-se que, no trecho de modo que as

    ferramentas de busca o situem, sempre, entre os primeiros da lista(.2-3), o termo sublinhado, que complemento do verbo situar, estempregado em referncia a Um analista de palavra-chave (.1).

    Machado pode ser considerado, no contexto histrico em quesurgiu, um espanto e um milagre, mas o que me encanta de formamais particular o fato de que ele estava, o tempo todo, pregandopeas nos leitores e nele mesmo.

    18. O pronome me (.2) funciona como complemento indireto da formaverbal encanta (.6).

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    1 O Instituto de Registro Imobilirio do Brasil (IRIB), seo de SoPaulo, em parceria com o Colgio Notarial do Brasil, tambm seode So Paulo, e com o apoio da Corregedoria-Geral da Justia deSo Paulo, congrega esforos para promover e realizar seminrios

    5 de direito notarial e registral no estado, visando o aperfeioamentotcnico de notrios e registradores e a reciclagem de prepostos eprossionais que atuam na rea.

    19. As expresses em parceria (.2) e com o apoio (.3) exercem a fun-o sinttica de adjunto adverbial de companhia e, por isso, podem sersubstitudas, sem prejuzo do sentido, porjuntamente.

    Em 1964, o cineasta Stanley Kubrick lanava o lme Dr. Stran-gelove. Nele, um ocial norte-americano ordena um bombardeionuclear Unio Sovitica e comete suicdio em seguida, levandoconsigo o cdigo para cancelar o bombardeio.

    20. A expresso Unio Sovitica (.3) complemento da forma verbalordena (. 2).

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    1 H, porm, outras mais graves, que se instalam lentamente no orga-nismo, como o aumento da presso arterial e a ocorrncia de paradascardacas. Estas podem passar despercebidas, j que nem sempreapresentam uma relao to clara e direta com o fator ambiental. De

    5 imediato, existe o alerta: onde morar em metrpoles?

    1. A locuo j que (.3) estabelece uma reao de comparao no perodo.

    Apesar de pequena, a funo do INMETRO fundamental, j quea instituio est contribuindo para a promoo da igualdade social.

    2. A substituio de Apesar de (.1) por Embora prejudica a correogramatical do perodo.

    Eles, porm, recusaram tudo, com simplicidade, dizendo que a lo-soa bastava ao lsofo, e que o supruo era um dissolvente.To

    nobre resposta encheu de admirao tanto aos sbios como aos prin-cipais e mesma plebe.

    3. No trecho To nobre resposta encheu de admirao tanto aos sbioscomo aos principais e mesma plebe (.2-3), a substituio de comoporquanto mantm a correo gramatical do texto.

    O resultado obtido no estudo, publicado na revista PNAS, mostra

    que a falta de comida, nos primeiros meses de gestao, altera omaterial gentico dos lhos. Nenhum deles, porm, nasceu abaixodo peso ou com algum problema evidente de sade.

    Sintaxe do PerodoComposto

    Captulo

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    4. No trecho Nenhum deles, porm, nasceu abaixo do peso ou com algumproblema evidente de sade (.3-4), a conjuno adversativa pode, semprejuzo para o sentido original do texto, ser substituda porcontudo,todavia ou no entanto.

    Por ironia, as notcias mais frequentes produzidas pelas pesquisascientcas relatam no a descoberta de novos seres ou fronteirasmarinhas, mas a alarmante escalada das agresses impingidas aosoceanos pela ao humana.

    5. O termo mas (.2) corresponde a qualquer um dos seguintes: todavia,entretanto, no entanto, conquanto.

    O processo de acompanhamento foi estruturado em dois est-gios interdependentes entre si: as aes desenvolvidas pela Agncia,enquanto parte avaliada, e as aes sob responsabilidade do avaliador doprocesso a Comisso de Acompanhamento e Avaliao.

    6. No trecho enquanto parte avaliada (.2), o emprego de enquantocontraria recomendaes de alguns gramticos relativas ao uso da normapadro da lngua portuguesa em contextos escritos formais.

    A despeito da desacelerao econmica nas naes ricas, as cota-es das commodities agrcolas, minerais e energticas persistem emascenso. Segundo o FMI, os preos dos alimentos subiram 48% donal de 2006 ao incio de 2008.

    7. A expresso A despeito da (.1) pode, sem prejuzo para a correo gra-matical e as informaes originais do perodo, ser substituda por qual-quer uma das seguintes: Apesar da, Embora haja, No obstante a.

    As pessoas no nascem iguais. Elas possuem habilidades etalentos prprios. O principal papel de um governo no ir contraessa realidade e forar algo que no existe nem existir.

    8. O desenvolvimento das ideias no texto permite a insero, na linha 1,de conectivo de valor explicativo entre as oraes, da seguinte forma:iguais, pois elas possuem.

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    De to habituados a viver em relao com os demais, poucas vezespercebemos ou constatamos sua importncia ou sua inuncia emnossos comportamentos ou em nossas decises. A vida humana grupal.

    9. Em De to habituados (.1), a preposio De introduz orao de va-lor causal que, entre outras estruturas, corresponde a Porque estamos tohabituados ou a Por estarmos to habituados.

    Cada vez que eu tentava reconciliar-me com ela, saa maltratado,repelido.

    10. Em Cada vez que eu tentava reconciliar-me com ela (.1), a expressoCada vez que pode ser substituda por medida que, sem alteraode sentido.

    Escrevi, pois, toda a minha vida poemas, narrativas, contos, tratados,ensaios.

    11. Com o deslocamento da conjuno pois para o incio da orao Escre-vi, pois, toda a minha vida poemas, narrativas, contos, tratados, ensaios(.1), com os devidos ajustes de maisculas e minsculas, preserva-se osentido original do perodo.

    Porm, mal experimentava a iluso de pela poesia ter exorcizado aperseguio dos meus pavores, logo outras alucinaes, outros pesa-delos, outras bizarrias macabras e fnebres assaltavam sem trgua aminha pobre alma acabrunhada.

    12. Em Porm, mal experimentava a iluso (...) a minha pobre alma acabru-nhada (.1-3), o termo mal empregado com sentido temporal.

    A lenda urbana surge com a oportunidade do inusitado, do espe-tacular, do fantasioso. o momento em que se pode romper com arealidade e crer que existe algo alm do que se conhece.

    13. Preservam-se a correo gramatical do texto e a coerncia entre os ar-

    gumentos ao se ligar o segundo perodo sinttico do texto ao primeiropor uma conjuno, da seguinte forma: (...) do fantasioso, posto que omomento (...).

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    Tem pacincia, se obscuros. Calma, se te provocam.

    14. O trecho Tem pacincia, se obscuros constitui um perodo simples, umaorao absoluta.

    1 O vendedor de jornais o tipo mais despreocupado e alegre domundo.Tem uma alma de pssaro.Claro est que no nos referimos ao carrancudo portugus, que, em

    5 meio de uma chusma de folhas metodicamente dispostas, passa osdias sentado, com as pernas cruzadas no ponto de reunio da Ruado Ouvidor com o Largo de S. Francisco, na Brahma, nas portas doscafs da Avenida, em toda parte.

    15. Os dois primeiros pargrafos do texto so formados, respectivamente, poruma orao absoluta e uma frase nominal, e o terceiro pargrafo consti-tudo por perodo composto por coordenao e subordinao.

    1 Seu fsico naturalmente perfeito para a natao. O corpo lembraa forma de um peixe. Tem articulaes exveis e enormes mosque parecem ps. Ter nascido no pas com a melhor estrutura para

    deteco e lapidao de talentos esportivos tambm ajudou uma5 vez bem-sucedido em competies escolares, Phelps seguiu natural-

    mente o caminho que o levou equipe olmpica norte americana.

    16. So exemplos de oraes coordenadas adversativas as duas oraes daseguinte passagem do texto: Seu fsico naturalmente perfeito para a na-tao. O corpo lembra a forma de um peixe (.1).

    1 Todos os Estados promovero a cooperao internacional com oobjetivo de garantir que os resultados do progresso cientco e tecno-lgico sejam usados para o fortalecimento da paz e da seguranainternacionais, a liberdade e a independncia, assim como para atingir

    5 o desenvolvimento econmico e social dos povos e tornar efetivosos direitos e liberdades humanas de acordo com a Carta das NaesUnidas.

    17. Por causa das ocorrncias da conjuno e no mesmo perodo sinttico,

    o conectivo assim como (.4) tem a dupla funo de marcar a relaode adio entre as oraes e deixar clara a hierarquia das relaes semn-ticas.

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    V Dar liberdade ao aluno para escolher o momento para seravaliadoVI Desenvolver em aula a responsabilidade coletiva pela aprendi-zagem e disciplina

    18. As propostas apresentadas tanto em V quanto em VI esto formuladascomo perodos compostos por subordinao.

    Aceitar que somos indeterminados naturalmente, que seremos lapi-dados pela educao e pela cultura, que disso decorrem diferenasrelevantes e irredutveis aos genes muito difcil.

    19. As oraes que precedem a forma verbal (.3) constituem o sujeito

    que leva esse verbo para o singular.

    A consequncia imediata desse processo que o produto do IGF2pode servir de combustvel para o desenvolvimento de tumores nofuturo.

    20. No perodo A consequncia (...) tumores no futuro (.1-2), o trechoque o produto do IGF2 pode servir de combustvel para o desenvolvi-mento de tumores no futuro exerce a funo sinttica de sujeito.

    XII Solicitar a colaborao dos aprendizes na elaborao dequestes

    21. Transformando-se em perodo composto a sugesto XII Solicitar a co-laborao dos aprendizes na elaborao de questes , tem-se: Solicitaraos aprendizes que colaborem na elaborao de questes.

    1

    Era porta de uma igreja. Eu esperava que as minhas primas Clau-dina e Rosa tomassem gua benta, para conduzi-las nossa casa,onde estavam hospedadas. Tinham vindo de Sapucaia, pelo Carnaval,e demoraram-se dois meses na corte. Era eu que as acompanhava

    5 a toda a parte, missas, teatros, rua do Ouvidor, porque minha me,com o seu reumtico, mal podia mover-se dentro de casa, e elas nosabiam andar ss.

    22. No texto, as oraes que as minhas primas Claudina e Rosa tomassem

    gua benta (.1-2) e que as acompanhava a toda a parte, missas, tea-tros, rua do Ouvidor (.4) exercem a mesma funo sinttica e, por isso,tm a mesma classicao.

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    IX Fazer contrato de trabalho com os alunosX Garantir clima de respeito em sala de aula

    23. Juntando-se as sugestes IX e X em uma nica orao, estar sintatica-

    mente correta e preservar o sentido original do texto a seguinte sugesto:Fazer contrato com os alunos com cujo clima de respeito em sala deaula estar garantido o trabalho.

    No m, tinha um pequeno armarinho sempre tivera lojas quefossem frequentadas principalmente por mulheres na rua Senhordos Passos.

    24. Na linha 1, a orao adjetiva que fossem frequentadas principalmente pormulheres apresenta valor explicativo.

    1 Os poluentes emitidos pelo motor de 31 automveis, nibus e cami-nhes geralmente se espalham por um raio de at 150 metros a partirdo ponto em que so lanados e transformam as grandes avenidas emimensas chamins que despejam sobre a cidade toneladas de partculas

    5 e gases txicos.

    25. A orao que despejam sobre a cidade toneladas de partculas e gasestxicos (.3-4) restringe o sentido da palavra chamins (.4).

    1 O caso de Chico Mendes foi relatado pela conselheira Sueli Bellato.Emocionada, ela disse ter lido muito sobre o seringueiro morto para,ento, encadear os argumentos que a zeram acatar o pedido dereconhecimento e indenizao interposto por Izalmar Mendes. Chico

    5 Mendes foi vereador em Xapuri, onde nasceu, e se rmou como

    crtico de projetos governamentais de graves consequncias ambien-tais, como a construo de estradas na regio amaznica.

    26. O termo onde (.5) introduz orao adjetiva de sentido explicativo.

    Minha me costumava aparecer na loja, para ver se alguma sirigaitaandava por l.

    27. No trecho Minha me costumava aparecer na loja, para ver se algumasirigaita andava por l (.1), a orao iniciada pela preposio paraexpressa nalidade.

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    O INMETRO tem realizado estudos aprofundados que visam diag-nosticar a realidade do pas e encontrar melhores solues tcnicaspara que o Programa de Acessibilidade para Transportes Coletivose de Passageiros seja ecaz.

    28. O termo para que (.2) estabelece uma relao de nalidade entre ora-es do perodo.

    ... Mesmo que no possamos olhar de um curso nico para a histria,os projetos humanos tm um assentamento inicial que j permiteabrir o presente para a construo de futuros possveis.

    29. Preservam-se as relaes entre os argumentos do texto caso se empregueem lugar de que no possamos (.1), uma orao correspondente como gerndio: no podendo.

    Todo indivduo tem direito proteo de sua liberdade, de sua inte-gridade fsica e de outros bens que so necessrios para que umapessoa no seja rebaixada de sua natureza humana.

    30. Mantm-se o texto coerente e gramaticalmente correto ao se substituirque uma pessoa no seja (.2-3) poruma pessoa no ser.

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    Segundo a observao de H. von Stein, ao ouvir a palavra natu-reza, o homem dos sculos XVII e XVIII pensa imediatamente normamento; o do sculo XIX pensa em uma paisagem.

    1. No nal do texto, em o do sculo XIX pensa em uma paisagem, as rela-es sintticas do trecho permitem a colocao de uma vrgula entre o dosculo XIX e pensa.

    Estas indagaes, possivelmente existentes desde que o homemcomeou a pensar, tm ocupado o tempo e o esforo de elaboraodos lsofos ao longo dos sculos.

    2. Mantm-se a correo gramatical e a coerncia textual caso seja retiradaa vrgula logo aps o termo indagaes (.1).

    As consequncias mais imediatas e moderadas de encher os

    pulmes todos os dias com o ar das metrpoles so logo sentidas:entupimento das vias areas, mal-estar, crises de asma, irritao dosolhos.

    3. Nas linhas 3 e 4, as vrgulas utilizadas no interior do perodo que terminana palavra olhos tm a funo de separar elementos de mesma funogramatical componentes de uma enumerao.

    Eu tinha todas as outras liberdades, preso no poro de pensar, dexingar meus captores, de ter uma religio (caso quisesse uma), deescolher minhas convices polticas.

    PontuaoCaptulo

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    4. No trecho de pensar, de xingar meus captores, de ter uma religio (casoquisesse uma), de escolher minhas convices polticas (.1-3), a vrgula empregada para separar termos que exercem a mesma funo sinttica.

    Toda empresa tem uma cultura, uma personalidade, uma cara. Essacultura acaba impressa nas pessoas que trabalham ali.

    5. Nos termos enumerados na linha 1, a substituio da vrgula colocada an-tes de uma cara pela conjuno e preservaria a correo gramatical dotexto, mas enfraqueceria a indicao semntica de que se trata de termospraticamente sinnimos.

    1 O DNA Paulistano, srie de pesquisas realizadas, no ano passado, pelo Datafolha, revelou fatias surpreendentemente elevadas depessoas que, nas diversas regies da cidade, costumam caminhar ato trabalho

    6. De acordo com a gramtica normativa da lngua portuguesa, o empregoda vrgula no primeiro perodo do texto no tem justicativa gramatical.

    No ano passado, a produo industrial cresceu 6%, enquanto oemprego aumentou 2,2% e o total de horas pagas pela indstriaaumentou 1,8%.

    7. O emprego da vrgula logo aps passado (.1) justica-se por isolar oadjunto adverbial de tempo anteposto orao principal.

    1 Entretanto, pode-se constatar que, at dentro de uma mesma nao,

    os benefcios do processo no so distribudos de maneira maisou menos equitativa. Em certos casos, essa distribuio torna-semesmo bastante injusta, com uma grande acumulao de benefcios

    5 para pequenos setores sociais, em detrimento da grande maioria dapopulao.

    8. O emprego das vrgulas no ltimo perodo sinttico do texto mostra quea circunstncia expressa por com uma grande acumulao de benefcios

    para pequenos setores sociais (.4-5) pode ser deslocada tanto para antesde essa distribuio (.3) quanto para depois de populao (.5), semprejudicar a coerncia entre os argumentos.

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    H, no entanto, um preconceito que parece ser mais resistente doque os outros, o lingustico.

    14. A vrgula antes do termo o lingustico (.2) tem a funo de marcar umverbo subentendido; mesmo papel que desempenha no seguinte exemplo:A formiga trabalhadora; a cigarra, cantora.

    1 Tempo, espao e matria so, pois, ideias que penetram o nossoconhecimento das coisas, desde o mais primitivo, e que evolurampor meio das especulaes loscas at as modernas investigaescientcas, que as integraram em um nvel mais profundo de sntese,

    5

    uma unicao que levou milnios para ser atingida.

    15. Na linha 1, caso se deslocasse a conjuno pois para o incio da orao,a coerncia da argumentao seria preservada, desde que fossem retiradasas duas vrgulas que isolam essa palavra e que se zessem os necessriosajustes nas letras maisculas e minsculas.

    fato que, em alguns momentos da crise iniciada em julho, marcada

    pela queda de liquidez dos bancos, ocorreram episdios de exignciade taxas melhores por parte de investidores, mas em nenhummomento aconteceu uma piora no perl da dvida brasileira.

    16. A vrgula logo aps investidores (.2) utilizada para separar oraescoordenadas.

    As estradas da Gr-Bretanha tinham sido construdas pelos romanos,e os sulcos foram escavados por carruagens romanas.

    17. A vrgula que precede a conjuno e (.2) indica que esta liga duasoraes de sujeitos diferentes; mas a retirada desse sinal de pontuaopreservaria a correo e a coerncia textual.

    1 Os dois relatrios especcos de acompanhamentos elaborados pela

    ANS e submetidos apreciao da Comisso foram o 1. RelatrioSemestral do Contrato de Gesto 2006/2007, de julho de 2007, e oRelatrio Final do Contrato de Gesto 2006/2007, de maro de 2008.

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    5 O primeiro atua como marco inicial do processo de acompanha-mento, e o segundo, como o marco nal do estgio de acompanha-mento sob responsabilidade da ANS.

    18. Na linha 3, o emprego de vrgulas uma antes de e e outra aps se-gundo justica-se, de acordo com as normas de pontuao da lnguaportuguesa, respectivamente, pelo fato de as oraes apresentarem o mes-mo sujeito Relatrio e pela ocorrncia de uma exemplicao, in-troduzida por como.

    Vivia envolvido com sirigaitas, como minha me as chamava, ecom fracassos comerciais crnicos.

    19. No trecho Vivia envolvido com sirigaitas, como minha me as chamava,e com fracassos comerciais crnicos (.1-2), facultativo o emprego davrgula antes da conjuno coordenada e.

    Mas basta percorrer essa e outras reas do centro onde, compre-ensivelmente, mais se caminha para notar o estado precrio dascaladas e as constantes irregularidades.

    20. A substituio de travesses por vrgulas, nas linhas 1 e 2, manteria acorreo gramatical do perodo e suas informaes originais.

    1 O Brasil obteve o reconhecimento internacional do ProgramaBrasileiro de Certicao de Manejo de Florestas (CERFLOR)durante a 19. Reunio Plenria do Program for the Endorsement of

    Forest Certication (PEFC), maior frum de programas nacio