Que é TEA, TDAH e SD? - femar.org.br · Uma vez que as crianças têm problemas para manter a...
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Que é TEA,
TDAH e SD?
Quais suas
implicações na sala
de evangelização?
Ana Maria Champloni
Coordenação Regional Nordeste da Infância
CRN/NE - FEB
Leo Kanner
Psiquiatra austríaco, naturalizado americano, foi
pioneiro ao observar crianças internadas, com
comportamentos diferentes e o primeiro a
publicar sobre o assunto , em 1943 num artigo
intitulado: “Distúrbios autísticos do contato
afetivo”.
“Incapacidade de se relacionarem de maneira normal com
pessoas e situações, desde o princípio de suas vidas.”
Dentre os comportamentos observados, Kanner criou três grandes
categorias:
❖ Inabilidade no relacionamento interpessoal
❖ Atrasos na aquisição da fala
❖ Dificuldades motoras
Em 1949 referiu-se ao mesmo quadro como
uma síndrome denominando-a de Autismo
Infantil Precoce.
“Sérias dificuldades de manter contato com as pessoas, ideia
fixa em manter os objetos e as situações sem variá-los,
fisionomia inteligente, neologismos e metáforas.”
Leo Kanner
Até os anos 50, Kanner enfatizou os fatores psicológicos e ambientais.
Na década seguinte, ele repensa as questões orgânicas contradizendo sua
teoria das “mães-geladeira”;
Para ele, seria uma consequência de uma doença do sistema nervoso
central; uma patologia incapacitante e crônica que acarretava sérios
comprometimentos cognitivos, no desenvolvimento da motilidade e da
linguagem; um impedimento neurofuncional.
Hans Asperger
O médico austríaco observou crianças com um
quadro semelhante ao descrito por Kanner.
No entanto, estas mantinham como características
diferentes a presença da intelectualidade e uma
maior capacidade de comunicação.
Ele percebeu nelas “originalidade no pensamento e nas atitudes.”
Asperger, descrevia, em 1944, o que viria a se chamar de Síndrome de Asperger.
❖ Mémoria execelente, mas com problemas na comunicação, interação e
imaginação
❖ Portadores de comportamentos estranhos
❖ Aprendem a ler e escrever precocemente
❖ Interessa-se por determinado assunto, tornando-se especialista
❖ Prejuízos na produção dos discursos
❖ Isoladas socialmente, com incapacidade de percerber os sentimentos
dos outros
Eugen Bleuler
Em meados dos anos 50, o
psiquiatra suiço Eugen Bleuler, que
também estudou o Autismo,
contraria um dos aspectos
estabelecidos por Kanner, que
acreditava que o autista não tinha
imaginação
Bleuler afirmou que os mesmos indivíduos sofriam com
a ausência da realidade, pois, penetravam em seu
mundo particular, ignorando o seu redor.
O Autista mergulharia no seu interior, em sua própria e
fecunda imaginação.
Lorna Wing
No ano de 1976, a psiquiatra inglesa Lorna Wing
especificou três áreas deficitárias da
pessoa com Autismo, estipulando a tríade de Wing:
❖Imaginação
❖Socialização
❖Comunicação
Michael Rutter
O psiquiatra inglês Michael
Rutter, em 1978 propôs quatro
critérios para definir o Autismo:
1. Atraso e desvio sociais não só como função de retardo
mental;
2. Problemas de comunicação, não só em função de
retardo mental;
3. Comportamentos incomuns, tais como movimentos
estereotipados e maneirismos;
4. Início antes dos 30 meses de idade.
DSM – III em 1980: Transtrono Global de
Desenvolvimento
DSM – IV em 1994: Transtorno Invasivo
do Desenvolvimento
DSM – V em 2013: Transtorno do Espectro
Autista
Em 2008, a ONU determinou a
data de 2 de abril como o dia de
Conscientização Mundial do
Autismo adotando a cor azul
como símbolo, já que os meninos
são mais acometidos que as
meninas
No Brasil, a Lei Berenice Piana, n° 12.764
de 27 de dezembro de 2012 instituiu um
apolítica nacional de proteção aos direitos
das pessoas com TEA.
Estas passam a ser consideradas como
pessoas com deficiência para todos os
efeitos legais.
Em 6 de julho de 2015, é
instituída a Lei Brasileira de
Inclusão, afim de garantir os
direitos de pessoas com
deficiência.
Bebes com autismo
não se aconchegam no
colo da mãe, não
trocam olhares, não
apresentam
movimentos
antecipatórios
É possível que
mantenham um
contato social, mas
são relações atípicas,
ficando afastado do
grupo sem manter
diálogo
Podem apresentar
mutismo, inversão
pronominal,
neologismos e ecolalia
tardia ou imediata.
Podem não
desenvolver a fala
A dificuldade de
comunicação pode
gerar comportamentos
brutos, destruição de
objetos, agressão a
pessoa mais próxima
ou a si mesmo
Não apontam objetos
nem para mostrar,
nem para pedir;
apresentam resistência
a mudanças físicas e
temporais
Compreensão da
linguagem abstrata
raramente ocorre,
preservam o sentido
literal das palavras
A Teoria da Mente
Capacidade mental de
interpretação das ações de
terceiros.
Prejuízos na socialização,
comunicação e imaginação são
conectados. Tem sido sugerido
que um único déficit cognitivo
está por trás das três diversas
características do autismo..
Essa tríade seria decorrente da
limitação na capacidade
humana de “ler a mente”.
Algumas denominações com as quais
se conheceu o transtorno foram:
1. Síndrome da criança hiperativa
2. Lesão cerebral mínima
3. Reação hipercinética da infância
4. Transtorno primário de atenção
Transtorno de Déficit de
Atenção com
Hiperatividade (TDAH) é
um transtorno
neurobiológico de causas
genéticas, que aparece na
infância e frequentemente
acompanha o indivíduo por
toda a sua vida.
Se caracteriza por sintomas
de desatenção, inquietude e
impulsividade.
Uma vez que as crianças têm
problemas para manter a
atenção em tarefas que exigem
concentração, a finalização de
tarefas é inconstante.
Outros problemas também
tendem a aparecer, como fraco
desempenho em testes,
habilidades deficientes de
estudo, tarefas, materiais e
trabalhos desorganizados.
Os estudantes com TDAH
apresentam risco constante em
uma variedade significativa da
área funcional executiva.
1. Controle de Impulso
Habilidade➢ que ajuda as
pessoas a pensar antes
de fazer.
Pessoas➢ com baixo
controle impulsivo
podem realizar atos
inapropriados, por isso
são mais propensas a se
envolverem em
situações de risco.
2. Controle Emocional
Essa➢ habilidade ajuda as
pessoas a manterem seus
sentimentos em controle.
As ➢ pessoas que
apresentam debilidade no
controle emocional
reagem de forma
exagerada e podem ter
dificuldade em enfrentar
a crítica e a reorganização
quando vão mal.
3. Pensamento Flexível
➢ O pensamento flexível
permite às pessoas
adaptar-se ao inesperado.
➢ As pessoas com
pensamento rígido não se
adaptam às mudanças
que lhe afetam.
➢ Se sentem frustados se
pedimos que pensem em
um ângulo diferente
4. Memória de Trabalho
➢ A memória de trabalho
ajuda a manter a chave
da informação na mente.
➢ Pessoas com déficit
nesta habilidade têm
dificuldades de lembrar
dados como endereços,
mesmo que tenham
anotado e repetido
várias vezes
5. Autocontrole
Essa➢ habilidade permite
às pessoas avaliarem o
impacto de suas ações
no mundo.
Pessoas➢ com fraco
controle podem
apresentar problemas
com baixas qualificações
ou feedback negativos
6. Planejamento e Prioridade
O ➢ planejamento e a
priorização ajudam as
pessoas a decidir sobre
um objetivo e a leva-lo a
efetivação
As ➢ pessoas que têm
debiliotada essa
habilidade não sabem
priorizar o que é mais
importante
7. Iniciação da Tarefa
➢ É a habilidade que ajuda
as pessoas a “por mãos a
obra” e iniciar as tarefas
necessárias para atigir
seus objetivos
➢ As pessoas que têm
deficuldade na inciação
de tarefas podem
paralizar-se porque não
têm ideia por onde
começar
8. Organização
➢ Essa habilidade ajuda as
pessoas a manter-se na
trajetória tanto física
como mentalmente para
alcançar seu objetivo
➢ As pessoas com
deficiência nesta
habilidade podem
facilmente perder o
rumo de suas ações,
tanto quanto objetos.
Pessoas com Síndrome de Down
têm maior risco de sofrer:
➢Problemas cardíacos congênitos
➢Problemas respiratórios
➢Doença de refluxo esofágico
➢Otites recorrentes
➢Apneia do sono
➢Disfunção da tireoide
A deficiência
intelectual, com
dificuldade de
aprendizado
sempre está
presente em graus
diferentes de
pessoa para
pessoa
Impedimentos de longo prazo de
natureza física, mental,
intelectual ou sensorial que
podem obstar a participação da
pessoa de forma plena na
sociedade.
Deficiência Intelectual - DI
A deficiência
intelectual é entendida
como uma restrição
intelectual que limita a
capacidade de
construir conceitos e
exercer uma ou mais
atividades essenciais
da vida autônoma que
varia nos indivíduos.
Pessoas com deficiência intelectual ou cognitiva
costumam apresentar as seguintes dificuldades:
➢ Resolver problemas,
➢ Compreender ideias abstratas (como as metáforas, a
noção de tempo e os valores monetários),
➢ Estabelecer relações sociais,
➢ Compreender e obedecer a regras,
➢ Realizar atividades cotidianas,
➢ A capacidade de argumentação também pode ser
afetada.
Podem apresentar ainda:
TDAH ➢ – 40 a 50%
dos casos
TEA ➢ – 10% dos
casos
Outros ➢ transtornos
psiquiátricos, como
TOC, psicoses e
fobias.