Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/64/artigo297850-2.aspx

Quando e como usar colunas e estribos prontos

Veja como, ao usar produtos industrializados, é possível diminuir prazo de execução e demanda por mão de obraReportagem: Maryana Giribola

Edição 64 - Outubro/2013

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Cada vez mais, os serviços de corte e dobra de aço têm sido transferidos de dentro dos

canteiros de obras para as siderúrgicas, assim como a própria armação dos vergalhões

para diversos usos. É o caso dos estribos e colunas prontas, que podem ser empregados

para a construção de pilares, vigas e cintas ou baldrames.

Estribos

Os estribos prontos eliminam a necessidade de corte e dobra do aço no canteiro e são

fornecidos na bitola de 4,2 mm com aço CA-60 provido de mossas, que proporciona

melhor aderência do material ao concreto. Como o mercado dispõe de diversas

dimensões de estribos prontos - que podem ser quadrados ou retangulares -, a

abrangência da aplicação é grande. "São ideais para obras que possuem pilares com dimensões

maiores, projetados para suportar estruturas mais pesadas", explica Leonardo Medeiros da Fonseca,

engenheiro de produtos da ArcelorMittal Aços Longos.

 

Já prontos para uso,

os estribos

ainda dependem da etapa

de fixação às barras,

o que deve ser feito com

uso de arame

recozido. O

important

Dentre as

vantagens da

coluna pronta para vigas

e pilares está o fato de

dispensarem o uso

e, nesses casos, é respeitar

o espaçamento entre

os elementos, além de garantir a adequada

fixação

de arame recozi

do, pois já contam com

os estrib

os soldad

os

 

O principal cuidado com a aplicação do material é ao fazer a complementação com

vergalhões para formar uma coluna. "Apesar de a solução eliminar algumas etapas de

preparação do aço, ele ainda precisa fazer o posicionamento dos estribos com as barras

longitudinais, com uso de arames recozidos", conta Fonseca.

Normalmente, o espaçamento entre um estribo e outro deve ser de 20 cm. Uma dica é

fazer a marcação de onde serão presos os elementos nas barras longitudinais com um

giz e depois amarrá- -los com o arame recozido, fazendo com que as peças fiquem

firmes e bem presas.

Colunas

Já as colunas prontas são entregues montadas para uso, eliminando a necessidade de

montagem das peças na obra. O produto é produzido com vergalhões e estribos

nervurados para garantir melhor aderência ao concreto. Além de diminuir o desperdício

de aço na obra, a solução também elimina a necessidade de arame recozido, já que os

estribos vêm soldados às barras.

O aço usado nas barras das colunas é do tipo CA-50 soldável, já que as amarrações são

feitas por meio de solda eletrônica. Já os estribos são de aço tipo CA-60 nervurado,

espaçados, em geral, a cada 20 cm.

As colunas podem ser usadas para a construção de pilares, vigas, cintas e baldrames ou

até para servir como elemento de travamento de muros e paredes. A dimensão delas

varia conforme a dimensão dos blocos padrões de mercado. Por exemplo: para um bloco

de espessura menor ou igual a 10 cm, é preciso empregar colunas prontas de 7 cm de

largura por 14 cm a 27 cm de comprimento.

As colunas geralmente são entregues com 6 m de comprimento. Portanto, é necessário

cortá-las antes da aplicação. Além disso, são produzidas em dimensões menores do que

as oferecidas pelos estribos separados, sem contar que são feitas com vergalhões de no

máximo 10 mm. "O que limita a aplicação em obras que possuem pilares maiores e que

contam com estruturas mais pesadas", explica Fonseca.

Segundo ele, a escolha por um elemento ou outro vai depender das dimensões dos

pilares e das solicitações de carga da estrutura. "Questões de custo geralmente são

avaliadas quando comparamos a compra de estribos ou de colunas com o vergalhão

simples, sem ter sido processado em usina", explica.

Aplicações diversas 

Ao usar colunas, prontas ou feitas na obra, cuidado com o alinhamento e encaixe com

outros elementos da estrutura. No caso de pilares fixados diretamente em fundações, os

As colunas prontas são

fornecidas pelas empresas para

concretagem de pilares e vigas.

Além de precisão dimensional,

solução pode ser utilizada para

melhorar a produtividade de

canteiro

ferros de arranque devem ser presos às sapatas com arame recozido. Para isso, basta virar os

vergalhões para fora e executar a emenda.

Já quando o elemento é usado com a função de vigas, as barras devem ser apoiadas nas armaduras

dos pilares correspondentes ou em todo o respaldo do muro já pronto. Elas serão presas nas colunas

dos pilares do próximo andar por meio dos próprios ferros de arranque. Em alguns casos, é

recomendável fazer pelo menos um ponto de fixação entre a viga e a coluna, para garantir a amarração

das barras. Depois, basta montar as fôrmas de madeira para fazer a concretagem.

No caso de vigas baldrame ou até quando as colunas servem como elemento de travamento de muros e

paredes, a fixação entre a viga e o pilar também é feita por meio das próprias barras, mas é preciso

atenção durante a amarração das colunas na armação dos blocos de fundação.

Escavadas as vigas baldrame e os blocos de fundação, montam-se as armaduras das valas para depois

encaixar as colunas na horizontal. A alavancagem das vigas sobre a armação das valas pode ser feita

com os próprios ferros de arranque das colunas. Além disso, é importante amarrar com arame recozido

os encontros entre o vergalhão das vigas com os ferros de arranque dos pilares.

Apoio técnico: Wendel Nello, coordenador de obras da construtora MBigucci, e Leonardo Medeiros da Fonseca,

engenheiro de produtos da ArcelorMittal Aços Longos.