Quando Cosmovisões Colidem - Armand Nicholi Pt 1

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Quando Cosmovisões Colidem - Armand Nicholi Pt 1

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  • Traduo: Vitor Grando

    [email protected]

    VitorGrando.wordpress.com

    Dr. Armand Nicholi professor da Escola de Medicina de Harvard h 20 anos. Ele

    tambm ministra um curso popular na Universidade de Harvard sobre as

    cosmovises contrastantes de Sigmund Freud e C.S.Lewis.

    C.S. LEWIS E SIGMUND FREUD: UMA COMPARAO DE SEUS

    PENSAMENTOS E DE SUAS VISES SOBRE A VIDA, A DOR E A

    MORTE.

    O seguinte artigo adaptado de uma preleo do Dr. Armand Nicholi em uma

    reunio de alunos e professores promovido pela Dallas Christian Leadership na

    Southern Methodist University em 23 de Setembro de 1997. A parte dois aparece na

    The Real Issue de Maro de 1998 e aborda a mudana de cosmoviso de Lewis e sua

    converso

    As cosmovises de Sigmund Freud e C.S. Lewis, ambas predominantes na nossa

    cultura hoje, apresentam interpretaes diametralmente opostas de quem ns

    somos, nossa identidade, de onde viemos, de nossa herana cultural e biolgica e de

  • nosso destino. Primeiro, vamos arrumar as bases para nossa discusso fazendo trs

    perguntas. Quem Sigmund Freud? Quem C.S.Lewis? E o que uma cosmoviso?

    Poucos homens influenciaram mais a estrutura moral de nossa civilizao do

    que Sigmund Freud e C.S. Lewis. Freud foi o mdico vienense que desenvolveu a

    psicanlise. Muitos historiadores colocam suas descobertas ao lado das de Plank e

    Einstein. Suas teorias proveram um novo entendimento sobre como nossas mentes

    funcionam. Suas idias permeiam diversas disciplinas incluindo a medicina,

    literatura, sociologia, antropologia, histria e o direito. A interpretao do

    comportamento humano no direito e na crtica literria profundamente

    influenciada pela suas teorias. Seus conceitos esto to permeados na nossa

    linguagem que ns usamos termos como represso, complexo, projeo,

    narcisismo, ato falho e rivalidade fraterna sem nem sequer nos apercebemos de sua

    origem.

    Devido ao inegvel impacto de seu pensamento na nossa cultura, os estudiosos se

    referem a esse sculo como o "sculo de Freud". Por que isso? luz do que sabemos

    hoje, Freud continuamente criticado, desacreditado, e difamado; ainda assim sua

    figura continua a aparecer em capa de revistas e artigos de primeira pgina em

    jornais como o The New York Times. As recentes pesquisas histricas

    intensificaram o interesse nas controvrsias em torno de Freud e seu trabalho.

    Como parte de seu legado intelectual, Freud defendeu veementemente uma filosofia

    de vida secular, materialista e atesta.

    Apesar do fato de C.S.Lewis ter conquistado reconhecimento intelectual muito

    antes de sua morte em 1963, seus livros acadmicos e populares continuaram a

    vender milhes de cpias por ano e sua influncia continua a crescer. Durante a

    Segunda Guerra Mundial, os pronunciamentos de Lewis no rdio fizeram sua voz a

    segunda mais reconhecida na BBC perdendo apenas para Churchill. Nos anos que

    se seguiram, a foto de Lewis apareceu na capa da Times e outras revistas

    importantes.

    Hoje, a grande quantidade de livros pessoais, biogrficos e literrios sobre Lewis, o

    grande nmero de sociedades sobre C.S.Lewis em universidades; os peridicos e

    jornais sobre C.S.Lewis; como tambm o recente filme e pea sobre sua vida

    confirmam o sempre crescente interesse nesse homem e na sua obra. Como um

    jovem membro da universidade de Oxford, Lewis mudou de uma viso secular e

  • atesta para uma espiritual; uma cosmoviso que Freud frequentemente atacava,

    mas a qual Lewis abraou e definiu em muitos de seus escritos aps a converso.

    Tanto Lewis quanto Freud possuam dons literrios extraordinrios. Freud ganhou

    o prmio Goethe de literatura em 1930. Lewis, que ensinou em Oxford e foi

    catedrtico de Literatura Inglesa na Universidade de Cambridge, produziu alguns

    das maiores crticas literrias e possui uma grande quantidade de livros acadmicos

    e de fico vastamente lidos.

    Cosmovises conflitantes.

    Agora, sobre a questo da definio de "cosmoviso". Em 1933, numa preleo

    chamada "A questo da Weltanschauung," Freud definiu cosmoviso como "uma

    construo intelectual que resolve todos os problemas de nossa existncia,

    uniformemente, sobre o fundamento de uma hiptese dominante."

    Todos ns, quer nos apercebamos ou no, temos uma cosmoviso; temos uma

    filosofia de vida, nossa tentativa de fazer nossa existncia ter sentido. Ela contm

    nossas respostas s principais questes que dizem respeito ao sentido de nossas

    vidas, questes que nos perturbam em algum perodo de nossas vidas e que ns

    frequentemente pensamos apenas quando acordamos s trs da manh. O resto do

    tempo que estamos sozinhos ns temos o rdio e a televiso ligados que impedem

    que fiquemos sozinhos com ns mesmos. Pascal dizia que a nica razo de nossa

    infelicidade que ns no conseguimos ficar sozinhos num quarto. Ele alegou que

    ns no gostamos de confrontar a realidade de nossas vidas; a condio humana

    to basicamente infeliz que ns fazemos de tudo para nos distrair de pensarmos

    nisso.

    O vasto interesse e permanente influncia das obras de Freud e Lewis se originam

    nem tanto de seus estilos literrios singulares, mas mais do apelo universal que tem

    as questes que eles trabalharam; questes que permanecem extraordinariamente

    relevantes s nossas vidas pessoais e nossa crise social e moral contempornea.

    A partir de vises diametralmente opostas, eles falaram sobre questes como, "H

    sentido e propsito para a existncia?" Freud diria, "Certamente no! No podemos

    nem, do nosso ponto de vista cientfico, abordar a questo de se h ou no sentido

    para a vida." Mas ele afirmaria que se voc observar o comportamento humano,

  • perceber que o principal propsito da vida parece ser a conquista da felicidade e

    do prazer. Assim Freud delineou o "principio do prazer" como uma das principais

    caractersticas de nossa existncia.

    Lewis, por outro lado, disse que o sentido e propsito so encontrados na

    compreenso do porqu que estamos aqui em relao ao Criador que nos fez. Nosso

    propsito principal estabelecer um relacionamento com esse Criador. Freud e

    Lewis tambm discutiram as fontes da moralidade e da conscincia. Todos os dias

    ns acordamos e fazemos uma srie de decises que nos sustentam ao longo do dia.

    Essas decises so geralmente baseadas no que ns consideramos que certo: o que

    ns valorizamos, nosso cdigo moral. Decidimos estudar com afinco e no usar as

    idias de outras pessoas, porque de alguma forma isso parte de nosso cdigo

    moral. J Freud disse que nosso cdigo moral vem da experincia humana, como

    nossas leis de trfego. Ns fazemos os cdigos por que eles so convenientes para

    ns. Em algumas culturas voc dirige na esquerda, em outras voc dirige na direita.

    Mas Lewis discordaria disso. Ele disse que apesar das diferenas culturais, h um

    cdigo moral bsico que transcende a cultura e o tempo. Essa lei no inventada,

    como as leis de trfego, mas descoberta, como as verdades matemticas. Ento,

    Freud e Lewis tinham um entendimento completamente diferente da fonte da

    verdade moral.

    Lewis e Freud tambm falaram sobre a existncia de uma inteligncia alm do

    universo; Freud disse "No", Lewis disse "Sim". Suas vises os levaram a discutir o

    problema dos milagres na era cientfica. Freud alegou que os milagres contradizem

    tudo que aprendemos atravs da observao emprica, eles no ocorrem de fato.

    Entretanto, Lewis perguntaria; "Como sabemos que eles no ocorrem? Se h

    alguma evidncia, a filosofia que voc trs para interpretar a evidncia determina

    como voc interpretar." Ento, de acordo com Lewis, ns precisamos entender se

    nossa filosofia exclui os milagres e, portanto, afeta nossa interpretao da

    evidncia.

    Tanto Freud quanto Lewis falaram muito sobre a sexualidade humana. Freud

    considerava todo tipo de amor uma forma de sexualidade sublimada, at mesmo o

    amor entre amigos. Lewis disse que qualquer um que pense que a amizade

    baseada em sexualidade nunca teve um amigo realmente.

  • Eles tambm discutiram o problema da dor e do sofrimento. Freud era

    extremamente perturbado por esse problema, e Lewis escreveu alguns livros

    maravilhosos que ajudam a explicar o problema do sofrimento que todos ns

    experimentamos. O Problema do Sofrimento uma discusso bastante intelectual

    da questo. Quando a mulher de Lewis morreu, ele escreveu Anatomia de uma dor,

    que eu recomendo enfaticamente. As pessoas da minha rea dizem que esse o

    melhor trabalho sobre o processo de luto.

    E, claro, ambos discutiram o que Freud chamou de "O doloroso mistrio da

    morte". Mas eu voltarei a isso mais tarde. Cada uma das questes que eu abordei

    so filosficas por natureza. significante notar que os trabalhos filosficos de

    Freud tiveram mais influncia na secularizao da cultura do que seus trabalhos

    cientficos. Eu vou discutir dois desses temas.

    Deus em Questo

    Primeiro, a existncia de uma inteligncia para alm do universo, o que os

    cientistas modernos chamam de "A questo de Deus". Norman Ramsay, professor

    de fsica de partculas em Harvard, ganhou o Prmio Nobel de Fsica em 1989. Ele

    me disse recentemente que mesmo em seu campo, os cientistas tm se tornado

    interessados na questo de se h ou no uma inteligncia para alm do universo.

    Ele disse que uma rea de interesse relativamente recente para eles e que tem sido

    provocada principalmente pela aceitao da teoria do Big Bang. Eu repliquei

    dizendo que eu no entendi bem a relao. Ele disse, "Bem, quando acreditava-se

    que o universo no tinha comeo era mais fcil, pois ningum tinha que se

    preocupar com o que veio antes. Mas a partir do momento em que se aceita a ideia

    de que o universo teve um inicio num ponto especifico do tempo, h de se pensar

    tambm sobre o que ocorreu antes. Ento os fsicos agora esto pensando sobre

    questes que somente telogos e filsofos pensaram no passado."

    Ao olharmos para o mundo ao nosso redor, ns fazemos uma de duas suposies:

    ou vemos o mundo como um acidente e nossa existncia neste planeta como uma

    questo de pura chance, ou presumimos alguma inteligncia para alm do universo

    que no s prov ao universo um desgnio e ordem, mas tambm prov sentido e

    propsito vida. Como vivemos nossas vidas, como terminamos nossas vidas, o que

  • percebemos, como interpretamos o que percebemos, tudo formado e influenciado

    consciente ou inconscientemente por uma dessas duas suposies bsicas.

    Tendo isso em mente, Freud dividiu todas as pessoas entre "crentes" e "descrentes".

    Descrentes incluem todos aqueles que se consideram cnicos, cticos,

    escarnecedores, agnsticos ou ateus. Crentes incluem o resto, cuja crena varia

    desde um mero assentimento intelectual de que h algo ou algum alm deste

    mundo at aqueles como Lewis, Agostinho, Tolstoy e Pascal que tiveram uma

    experincia transformadora depois da qual sua f se tornou o principal princpio

    motivador e organizador de suas vidas.

    Freud foi de encontro, clara e enfaticamente, noo de que h "Algum" alm

    deste mundo. Ele descreve sua cosmoviso como secular e a chama de "cientifica", e

    ele alegou que no h nenhuma outra fonte de conhecimento do universo que no

    seja "a cautelosa observao, o que chamamos de pesquisa." Logo, nenhum

    conhecimento, ele disse, pode ser derivado de revelao ou intuio. Ele afirmou

    que a noo do universo criado por um ser "parecido com o homem mas exaltado

    em cada aspecto, um super homem idealizado, reflete a grotesca ignorncia dos

    povos primitivos." Ele afirmou que nenhuma pessoa inteligente pode aceitar os

    absurdos da cosmoviso religiosa.

    Freud descreveu o conceito de Deus como uma simples projeo do desejo infantil

    de proteo por um pai todo-poderoso. Ele acrescentou que "a religio uma

    tentativa de controlar o mundo sensorial, no qual estamos situados, por um mundo

    que desejamos que desenvolvido dentro de ns como um resultado de

    anormalidades biolgicas e psicolgicas."

    Ele concluiu que a viso religiosa "to pattica e absurda e... infantil que

    humilhante e vergonhoso pensar que a maioria das pessoas jamais se sobreporo a

    isso." Apenas por um breve perodo quando era estudante sob a orientao de um

    brilhante filsofo chamado Franz Brentano, um crente devoto, Freud duvidou de

    seu atesmo, mas ele afirmou que continuou descrente pelo resto de sua vida. Um

    ano antes de sua morte, Freud escreveu para Charles Sanger, "Nem na minha vida

    privada nem nos meus escritos eu deixei em segredo o fato de ser um completo

    descrente."

  • Quando examinamos o relato cuidadosamente, ns descobrimos que Freud talvez

    no estivesse to certo de seu atesmo quanto ele proclamava. Certamente ele se

    referia a si mesmo frequentemente como "um judeu infiel" e ele rejeitou

    completamente a viso religiosa do universo, especialmente a viso judaico-crist.

    Ele certamente atacou essa viso com todo seu poderio intelectual e de todas as

    perspectivas possveis. Mas ainda assim, por alguma razo ele permaneceu ocupado

    com estas questes; ele simplesmente no conseguia deix-las de lado. Ele passou

    os ltimos trinta anos de sua vida escrevendo sobre tais questes.

    Num estudo autobiogrfico ele disse que essas questes filosficas e religiosas o

    interessaram por toda sua vida desde sua juventude. Um grande nmero de

    evidncias revelam que a cosmoviso de Freud no o deixavam confortvel. A f, de

    forma alguma, era caso concludo para ele, e ele era extremamente ambivalente

    quanto existncia de Deus.

    Anna Freud, filha de Freud que faleceu h alguns anos, me explicou a nica forma

    de conhecer seu pai: "No leia suas biografias;" ela instruiu, "leia suas cartas." Por

    todas suas cartas, Freud faz afirmaes como, "Se algum dia ns nos encontrarmos

    l em cima", "minha nica e secreta orao," e afirmaes sobre a graa de Deus.

    Durante os ltimos trinta anos de sua vida, Freud manteve uma constante troca de

    centenas de cartas com o telogo Suio, Oskar Pfister. interessante notar que sua

    correspondncia mais longa foi exatamente com este telogo. Ele admirava Pfister e

    escreveu, "Voc um verdadeiro servo de Deus... que sente a necessidade de fazer

    um bem espiritual para todos que voc encontra. Voc fez isso por mim tambm."

    Ele, posteriormente, disse que Pfister estava, "na honrosa posio de poder levar

    homens a Deus."

    Ser isso apenas formas de expresso? Poderamos dizer isso de qualquer um,

    menos de Freud, que alegava que mesmo um ato falho da fala tem um sentido.

    O Problema da Dor e do Sofrimento

    Eu tenho estudado os escritos de Freud como tambm suas cartas por muitos anos

    e eu conclu que o principal obstculo que Freud tinha com a ideia de um ser

    inteligente alm do universo era sua incapacidade de conciliar um Deus bom e

    todo-poderoso com o sofrimento que todos ns experimentamos em certa

  • intensidade. Numa carta para Pfister, em 1928, Freud escreveu, "E por ltimo,

    deixe-me ser indelicado. Como diabos voc concilia tudo que experimentamos e

    esperamos nesse mundo com sua suposio de um ordem moral mundial?" E

    depois, numa preleo em 1944, ele disse: "No parece ser o caso de haver um

    poder no universo que observa o bem-estar dos indivduos com cuidado paternal e

    dirige seus interesses em direo a um final feliz. Pelo contrrio, os destinos da raa

    humana no podem ser harmonizados nem com a hiptese de uma benevolncia

    universal nem com a parcialmente contraditria hiptese de justia universal.

    Terremotos, tsunamis, complicaes que no fazem nenhuma distino entre os

    virtuosos e piedosos e os imorais e descrentes. Mesmo quando o que est em

    questo no a natureza inanimada, mas quando o destino individual depende de

    suas relaes com outras pessoas, no de maneira alguma a regra de que o mal

    punido e o bem recompensado. Frequentemente so os espertos e mpios que

    usufruem das boas coisas do mundo e o piedoso no usufrui de nada. So poderes

    obscuros, insensveis e sem amor que determinam nosso destino. Os sistemas de

    recompensas e punies, que a religio descreve como governo do universo, parece

    no existir." Eu me pergunto quantos de ns pelo menos uma vez no nos sentimos

    assim. Freud parecia no estar ciente, claro, de que na cosmoviso bblica o

    governo do universo est temporariamente em mos inimigas. Antes de Anna

    Freud falecer, eu lhe perguntei sobre a dificuldade de seu pai com o problema do

    sofrimento, e ela expressou grande curiosidade em relao a isso. Num

    determinado momento ela me disse, "Como voc explica o sofrimento no mundo?

    H algum l em cima que diz, 'Voc ter cncer. Voc tuberculose', e distribui

    adversidades?" Eu disse que no sabia exatamente como responder pergunta, mas

    eu sei que ela respeitava Oskar Pfister. Eu disse que pessoas como Pfister

    descreveriam a presena de um poder maligno no universo que responsvel por

    parte do sofrimento. Anna pareceu interessada nessa noo e voltou

    frequentemente a ela na nossa conversa. Devemos lembrar que Freud sofreu

    consideravelmente em sua vida, emocionalmente como um judeu crescido na

    profundamente catlica Viena, e fisicamente com o cncer intratvel na boca com o

    qual ele lutou por dezesseis anos de sua vida. Os procedimentos mdicos no eram

    bem desenvolvidos na poca e o causaram uma grande dose de dor fsica. Ento

    precisamos ter isso em mente quando tentamos entender como ele se sentia.

    C.S.Lewis, ao longo da primeira metade de sua vida, tambm se descreveu, como

    Freud, como um "completo descrente". Se Freud duvidou de sua descrena quando

    estava na faculdade, Lewis se regozijava na sua descrena quando estudante em

  • Oxford. Ele expressou um forte cinismo e hostilidade em relao a pessoas que ele

    chamava de "crentes" e compartilhava do pessimismo de Freud em relao vida.

    Quando tinha trinta e trs anos, j um membro popular de Oxford, Lewis

    experimentou uma profunda e radical mudana em sua vida e em seu pensamento.

    Ele rejeitou a cosmoviso materialista e atesta e abraou uma forte f em Deus e

    em Jesus Cristo. Essa converso de uma cosmoviso para outra comeou uma fonte

    inesgotvel de livros acadmicos e populares que influenciaram milhes de pessoas.

    Na segunda parte de Quando Cosmovises Colidem, o Dr. Armand Nicholi discute

    as vises de C.S. Lewis sobre a vida, a dor e a morte.