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Quando as exportações têm conio destino os mercados mais exigentes Vendas para fora da UE sobem mais Os países parceiros da Uniáo Europeia (UE) continuam a ser o principal destino das exportações portuguesas. Em 2011, de acordo com dados do instituto Nacional de Estatísticas, a UE recebeu mais de dots terços - 31379 milhões de euros, contra 10.988 milhões relativos aos paises de fora do espaço europeu - dos bens exportados por Portugal. Foi contudo nos mercados extracomunitáríos que se registou um maior crescimento na compra de bens nacionais (19,6%). Em 2011. as exportações para os paises da Uniào Europeia cresceram Ü 8 % . Com ou sem contrariedades por cá, foram lá para fora à procura de novos clientes, instalaram-se e vendem serviços ou produtos em mercados exigentes ou que não são destinos tradicionais das exportações portuguesas. J O Ã O M ALTEZ )nuKe**<WKu< Kjvpt *»Ao louiatro Ofc«tnr ComaMb^T .U TínwlrtO a emyre^J > vemfeÉH | Norte da Eu mpa H l H Médio Oriente. América ckiSulAsiacontinen te afri- cano. Há projectos de engenharia, jóias, solas de sajiatos ou combustí- veis renováveis estilhados pelo mundo como selo "made in Portu- gal". Éumareahdadcqucéfriitoda i niciativa de empresários que arris- caram ainda antes das exportações sc terem transformado numa espé- cie de "desígnio nacional". Com ou sem contrariedades porca,foraml>an» fora à pn xura tk-rvMis clientes, instalaram-se e vendem serviços ou pnxJuUwcm merunk». exigentes ou quenàosã(KtestiniBtradicKMJaiscl;»s exp« irtações |>or1 uguesas. Alexandra Magalhães não apon- tam o dedo áfaltade incentivos ofi- ciais. nem se queixa de dificuldades em obfeTfinancnmentaE certo cjiie "(> custi i d< t dinheiro está sempre a subir", mas segundo o administra di irdnpi wtuguesa Knerpellets. quan- do os pn yect os sã» i credíveis, < • err- dito apan-ce Pan si. si- as enq iresas i-x|* >i1;*I< imscnfrcntam |>n iblemas. esses prenòcn i -se u im outras razões. Tudo o que a empresa produz, com matéria-prima 100% portugue- sa, é para exj x >rtar. Com uma unida- de industrial em PednitfâoCirandee uma segunda pnvtcsascrinaugum- da em Alcuhuça, o fou »da act ivkladc jxissa pelo neaprowitamen todos re- síduosflorestaisque sào transforma- dos num combustível não poluente, ut ilizado para produzir electrickla- decm paises comoallolandaa iiél- lóca. a Suécia ou a Dinamarca. Energia cara e porte equipados para importar Por suprema inmiaus responsáveis por uma empresa exportadora que alimenta centrais termociéctricasdo centro e Norte da Europa têm no preço que (Kigum pela energia uma das principais razões de queixa. "Cona «rramoscomfomecwlc»n^de t odo o mundo. Iíesde n»irte-ameri- canos a europeus. Para os nossos concorrentes, a enerva eléctrica é sulistancialmente mais barata A nossa é caríssima. ()s preços para a indústria írtuguesa est;« i sempre asiibir'.anisa.Xlexaiidn:MaigâthÁys. N;"k i se | icnsc que as dificuldades colocadas à Enerpellets se ficam |)elo já descrito. "Exportamos tudo a partirdo Portode Avdra. Canvga- mos navios completos com capaci- dade jxira 4.000a 6.000 toneladas. Damos um grande movimento àquela inftaestnitura",contaao Ne- gocieis Alexandre Magalhães. OpnibíemaéqucparaoixxkTfa- zer, a administraik ir da Hncjx-lk-ts. alem ik- |iagar "serviçi is portuários a pa-çx* 5 elevados", viu-se obrigack» a promover a construção, junto ao local de embarque, dos silos onde o pnKluto a exportar é armazenado. Não será um caso único de m.xlap tabilul.uk' infracstrutural. Porque? A explicação deste empresário é simples: "os nossos | * >rt os estão pre- parados para importar, não estão et |uipad< is para ;lsempresasexjxir- tade iras". Responder à contrafacção e aos incentivos que tardam A Atlanta. uma unidade empresa- rial sediada em Macieira da láxa no distritodo Porto, vende para mer- cados externos cerva dc9R r r das so- las para calçatlo que desenha e pn i- duz. A sofisticação dos sapatos ita liarv is também passa por ali. mas da carteira de clientes desta pequena empresaconstam igualmente fabri- cantes de paises do centro e Norte da Europa.cnmoaAustria.aSuécia ou a Nomeia. Joana Cunha administ nxk ira da empresa assegura que. mesmo ac- tualmente. numa conjuntura pou- co amiga, o financiamento náo é uma dificuldaik- com tjue se de pare. Asmuitasencomendasqucchcgam cki estrangeiro são razões de sobra para que os hancos continuem a fi- nanciar a Atlanta, afiança Sc hà pniblemas que apoquen- temaadministraduradestaempre- sa esses são de ou Ira < irdem c pren- dem-secnmacont rafacçài • dos pn i- dutos que sào criados em Macieira da I .ixa para as fábricas de sapatt is de outros países. Esta seria contu- do uma questão de resolução fácil, não fora a lentidão com que as au- toridades e a justiça actuam quon- do sc trata de impedir os fiiLsificad< > resde colocará wnda as copiasquc fabricam. Afinal, um ambiente bem dife- rente daquele q ue se vive na vizii iha Espanha. Sc |xir cá as autoridades nem sempre reagem atempada- mente, do outro lad< i da fronteira, segundo experiência própria deJt ki- naCunhaixicspaçudcalgumas ho- ras. a | xxlk k • da empresa, a policia k i- cal apreendeu 7*2 mil {xiresde sapa- tos cuji i modelo era a copia de um pmduto criado na Atlanta Acont r.ilac\-ãi i a| * *|iien t a a mas liá<Hitn>a»|Kx1oquc lhe sascitacri- ticsis. Nos incentiw isáexixirU^ão, i * pn igramas estatais, nonMwlaiwn- te IV i âmbito <k > Qu.kI n > de Hcterén - cia Estratégia) Nacional (QREN). têm dado um Ixim "fecd-back" its candkkitur.isdafirma.M.e» lü um m- não. admite a administradora: "as YvrbasclicjSim |x>rn< irnticom atra- so tKBUifres tia empresa". incentivos ou uma "manta de retalhos Neste âmbito, a vidadas PME por- tuguesas que querem ajxistar cm

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Quando as exportações têm conio destino os mercados mais exigentes

Vendas para fora da UE sobem mais

Os países parceiros da Uniáo Europeia (UE) continuam a ser o principal destino das exportações portuguesas. Em 2011, de acordo com dados do instituto Nacional de Estatísticas, a UE recebeu mais de dots terços - 31379 milhões de euros, contra 10.988 milhões relativos aos paises de fora do espaço europeu - dos bens exportados por Portugal. Foi contudo nos mercados extracomunitáríos que se registou um maior crescimento na compra de bens nacionais (19,6%). Em 2011. as exportações para os paises da Uniào Europeia cresceram Ü8% .

Com ou sem contrariedades por cá, foram lá para fora à procura de novos clientes, instalaram-se e vendem serviços ou produtos em mercados exigentes ou que não são destinos tradicionais das exportações portuguesas. J O Ã O M ALTEZ )nuKe**<WKu< Kjvpt

*»Ao louiatro Ofc«tnr ComaMb^T .U TínwlrtO a emyre^J

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•| Norte da Eu mpa

H l H Médio Oriente. América ckiSulAsiacontinen te afri-cano. Há projectos de engenharia, jóias, solas de sajiatos ou combustí-veis renováveis estilhados pelo mundo como selo "made in Portu-gal". Éumareahdadcqucéfriitoda i niciativa de empresários que arris-caram ainda antes das exportações sc terem transformado numa espé-cie de "desígnio nacional". Com ou sem contrariedades porca, foram lá l>an» fora à pn xura tk-rvMis clientes, instalaram-se e vendem serviços ou pnxJuUwcm merunk». exigentes ou quenàosã(KtestiniBtradicKMJaiscl;»s exp« irtações |>or1 uguesas.

Alexandra Magalhães não apon-tam o dedo á falta de incentivos ofi-ciais. nem se queixa de dificuldades em obfeTfinancnmentaE certo cjiie "(> custi i d< t dinheiro está sempre a subir", mas segundo o administra di irdnpi wtuguesa Knerpellets. quan-do os pn yect os sã» i credíveis, < • err-dito apan-ce Pan si. si- as enq iresas i-x|* >i1;*I< imscnfrcntam |>n iblemas. esses prenòcn i -se u im outras razões.

Tudo o que a empresa produz, com matéria-prima 100% portugue-sa, é para exj x >rtar. Com uma unida-de industrial em PednitfâoCirandee uma segunda pnvtcsascrinaugum-da em Alcuhuça, o fou »da act ivkladc jxissa pelo neaprowitamen todos re-síduos florestais que sào transforma-dos num combustível não poluente, ut ilizado para produzir electrickla-decm paises comoallolandaa iiél-lóca. a Suécia ou a Dinamarca.

Energia cara e porte equipados para importar Por suprema inmiaus responsáveis por uma empresa exportadora que alimenta centrais termociéct ricas do centro e Norte da Europa têm no preço que (Kigum pela energia uma das principais razões de queixa. "Cona «rramoscom fomecwlc »n^de t odo o mundo. Iíesde n»irte-ameri-canos a europeus. Para os nossos concorrentes, a enerva eléctrica é sulistancialmente mais barata A nossa é caríssima. ()s preços para a indústria írtuguesa est;« i sempre asiibir'.anisa.Xlexaiidn:MaigâthÁys.

N;"k i se | icnsc que as dificuldades colocadas à Enerpellets se ficam |)elo já descrito. "Exportamos tudo a partirdo Portode Avdra. Canvga-mos navios completos com capaci-dade jxira 4.000a 6.000 toneladas. Damos um grande movimento àquela inftaestnitura",contaao Ne-gocieis Alexandre Magalhães.

OpnibíemaéqucparaoixxkTfa-zer, a administraik ir da Hncjx-lk-ts. alem ik- |iagar "serviçi is portuários a pa-çx*5 elevados", viu-se obrigack» a promover a construção, junto ao local de embarque, dos silos onde o pnKluto a exportar é armazenado. Não será um caso único de m.xlap tabilul.uk' infracstrutural. Porque? A explicação deste empresário é simples: "os nossos | * >rt os estão pre-parados para importar, não estão et |uipad< is para ;lsempresasexjxir-tade iras".

Responder à contrafacção e aos incentivos que tardam A Atlanta. uma unidade empresa-rial sediada em Macieira da láxa no distritodo Porto, vende para mer-

cados externos cerva dc9Rrr das so-las para calçatlo que desenha e pn i-duz. A sofisticação dos sapatos ita liarv is também passa por ali. mas da carteira de clientes desta pequena empresaconstam igualmente fabri-cantes de paises do centro e Norte da Europa.cnmoaAustria.aSuécia ou a Nomeia.

Joana Cunha administ nxk ira da empresa assegura que. mesmo ac-tualmente. numa conjuntura pou-co amiga, o financiamento náo é uma dificuldaik- com tjue se de pare. Asmuitasencomendasqucchcgam cki estrangeiro são razões de sobra para que os hancos continuem a fi-nanciar a Atlanta, afiança

Sc hà pniblemas que apoquen-temaadministraduradestaempre-sa esses são de ou Ira < irdem c pren-dem-secnmacont rafacçài • dos pn i-dutos que sào criados em Macieira da I .ixa para as fábricas de sapatt is de outros países. Esta seria contu-do uma questão de resolução fácil, não fora a lentidão com que as au-toridades e a justiça actuam quon-do sc trata de impedir os fiiLsificad< >

resde colocará wnda as copiasquc fabricam.

Afinal, um ambiente bem dife-rente daquele q ue se vive na vizii iha Espanha. Sc |xir cá as autoridades nem sempre reagem atempada-mente, do outro lad< i da fronteira, segundo experiência própria de Jt ki-naCunhaixicspaçudcalgumas ho-ras. a | xxlk k • da empresa, a policia k i-cal apreendeu 7*2 mil {xiresde sapa-tos cuji i modelo era a copia de um pmduto criado na Atlanta

Acont r.ilac\-ãi i a| * *|iien t a a mas liá<Hitn>a»|Kx1oquc lhe sascitacri-ticsis. Nos incentiw isáexixirU^ão, i * pn igramas estatais, nonMwlaiwn-te IV i âmbito <k > Qu.kI n > de Hcterén -cia Estratégia) Nacional (QREN). têm dado um Ixim "fecd-back" its candkkitur.isda firma. M.e» lü um m-não. admite a administradora: "as YvrbasclicjSim |x>rn< irnticom atra-so tKBUifres tia empresa".

incentivos ou uma "manta de retalhos Neste âmbito, a vidadas PME por-tuguesas que querem ajxistar cm

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Empresa Topázio

Facturação 3.4 milhões de euros em 2011

S E I S R E G R A S Q U E N Ã O D E V E M S E R I G N O R A D A S

Marcar presença CHI exportar para novos mercados não e uma obra do acaso. Os juristas Tomás Pessanha e José Maria Corrêa de Sampaio dizem o que é preciso fazer.

• As empresas dever Jo começar por escolher bem o novo mercado, o que pressupõe uma verificação da real atractividade dos produtos ou serviços que pretendem vender.

• Deverá seguir-se um trabalho preparatório de recolha e análise critica de informação sobre esse mercado e uma confirmação de viabilidade do projecto.

• Devem evitai -se improvisações. É preciso ter consciência que o processo de internacionalização dá trabalho.

• Deve investir-se no "diagnóstico" do mercado onde se quer estar e na preparação das operações.

• É aconselhável uma análise previa das vertentes cambiária, aduaneira, fiscal e legal.

• A empresa deve estar empenhada em cumprir com todos os requisitos legais do pats de destino para evitar surpresas, usualmente dispendiosas.

projectos exj>ortadores nâo é, nem sc afigura que venha a ser. um mar dc rosas. Tomás Pessa-n h a advogado que habitualmen-te presta apoio jurídico a empre-sas que apartam nos mercados ex-ternos, considera que embora os incentivos à exportação existam, estão longe de ser de fácil acesso.

"Continuamaouvir-se queixas recnnvntesdns afr-ntes económi-cos. no caso as P M K elegíveis, quanto à dificuldade no acesso a estes instrumentos de incentivo", afirma o jurista ao Negócios. Mui-to embora o discurso politico fale na ntvcsskladedepninxrverascx-portaçóesea internacionalização da« empresas, estas defrontam-se muitas vezes na falta de infi trma-çâo, porque o que hoje existe eni matéria de incentivosé.diz IVssa-nha uma verdadeira "manta de re-talhos".

/Vinda com este quadro como panode funtk i. as dificuldades ník * param já que. conforme refere o mesmo advogado, assiste-se com regularidade aoenccrramentoou

revisão dos programas criados pelo Kstado. Isto, "quando não se esbarra na insuficiência das dota-ções financeiras predefinidas para esses mesmos pn»gramas".

Haixar os braços nàoé um con-ceitoque entre na agenda dos cin-presários ouvidos pelo Negócios. Ti;«goCurto, director internacio-nal de uma empresa de constru -çáo e obras públicas, a Gabriel Curto, assim o diz. Com a crise em Portugal a afectar o sector em que o seu grupo actua mercados pou-co prováveis, como os da Romé -niaou da Suazilândia, mas tam-bém alguns mais procurados, como dos de Moçambique ou An gola tomaram-se apostas. A em-presa ganhou dimensão. Não en-contra crédito cã dentro, financia-se no estrangeira

Hoje, porque a a|x >sta ru» estra-tégia de internacionalização deu de frutos, já deixou dc ostentar o estatuto dc pequena e média em-presa Facturou em 2011 quase 100 milhões de euros. Mais de fW Yrr dessa verba « m lá de fora

Joalharia Vender jóias para 24 países Plano de negócios paru 2012 prevê a duplicação das vendas ao exterior. Poderá chegar a 1,5 milhões de euros

A aposta na internacionalização foi. desde há muito, uma decisào estratégica da Topázio, uma empresa centenária que faz parte da história da cidade do Porto. Tudo começou nos anos 60 do século passado. Hoje. vende jóias e artefactos em prata para 24 países. América do Norte. Europa. América Latina. Austrália. Ásia ou os países árabes da regiào do Golfo sáo a origem de 25% da facturação da firma.

0 que distingue a Topázio de outros concorrentes nacionais ou internacionais? Joáo loureiro, director comercial da empresa, justifica ao Negocios que o facto de

ser uma das maiores da Europa no seu sector e de contar com um portfolio de produtos e de serviço prestados que funcionam como imagem de marca a distinguem das demais. Depois, o desenvolvimento de novos produtos e a capacidade de produzir segundo um conceito *taik» made" sáo outros dos aspetos que aponta como diferenciadores face á concorrência.

Sem as restrições do acesso ao crédito. )á que possui "capacidade de autofinanciamento com recurso a capitais próprios", hoje em dia os principais constrangimentos tom que a empresa se depara sáo.

essencialmente, decorrentes da valorização do e dos impostos alfandegários. Nada que desanime, diz Joáo loureiro. "Sáo ameaças que também encaramos como geradoras de oportunidades, pois obrigam continuamente a um esforço de desenvolvimento do que produzimos".

A Topázio emprega hoje 85 trabalhadores. Em 2011. a empresa facturou cerca de î.4 milhões de euros, dos quais 757 milhões nos mpreados internacionais. Este ano. o plano de negócios prevê a duplicação dos níveis de faturação internacional, para atingir um valor de cerca de 1.5 milliôes de euros.

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PrtbOuwfr

Energias renováveis Tudo o que produz vai lá para fora

A empresa compra resíduos florestais que transforma em combustível, destinado ao centro e Norte da Europa

Áleundre Maga»i*es O administrador da Enerpellets evidencia que a empresa proporciona trabalho a 300 fornecedores.

A empresa foi constituída em 2007. A primeira unidade industrial arrancou em 2009. em Pedrógão Grande, e agora, em 2012. vai ser inaugurada uma segunda fábrica em Alcobaça. Tudo em cinco anos. e para exportar 100% da produção. 0 objectivo é que em 2013. com as duas unidades a funcionar, a facturação da Enerpellets chegue a 25 milhões de euros, diz Alexandre Magalhães, administrador da empresa.

0 que faz a Enepellets? A explicação é do seu administrador: "Aproveitamos basicamente o que há da nossa floresta em termos de resíduos florestais, e fazemos a sua transformação em combustível renovável. Este é depois utilizado pelas congéneres europeias da EDP na Europa para substituir o carvão que. por cá. alimenta as grandes centrais termoeléctricas".

Lá fora. e para utilização do combustível • uma espécie de granulado de madeira - que a Enerpellets produz, as centrais tèm sido reconvertidas. Tal operação permite que os equipamentos em causa possam funcionar com níveis

Empresa Enerpellets

Facturação 12 milhões de euros em 2011

Trabalhadores 90

" K x p o r t a m o s l O O t f

c i m p o r t a m o s 0 % .

C ) v a l o r a c r e s c r n t a d « >

n a c i o n a l e 1< )< > r r .

T w j ã m a t é r i a p r i m a

v p o r t u g u e s a . "

de emissão poluente nulas, após o que Alexandre Magalhães idetentifica como investimentos marginais.

"Além de as centrais poderem trabalhar todo o ano. porque produzem energia renovável, esses países cumprem as metas relativas à

produção de energia verde", sustenta o administrador da Enerpellets. para depois frisar quea empresa pretende continuar a apostar nesses países.

"São países muito exigentes, como a Suécia, a Dinamarca, a Bélgica ou Holanda Colocamos o nosso produto em nações desenvolvidas e cujas economias neste momento estão muito bem", sublinha.

Além de exportar 100% do que produz, a Enerpellets é uma pequena que cria postos de trabalho, que de forma directa, quer entre os seus fornecedores. Nas duas unidades, logo que Alcobaça funcione, deverão ter emprego 90 pessoas. Há contudo que contabilizar ainda mais 500 a 600 postos de trabalho indirectos.

"As nossas unidades são no interior do País. na zona de floresta Os nossos fornecedores são pequenas e micro empresas de exploração florestal. Neste momento, a empresa tem cerca de 300 fornecedores. Por dia. em cada uma das unidades há 60 camiões a entrar e a sair", sublinha Alexandre Magalhães.

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I u . t i i O H J U U U I

Componentes para ealeado Europa caminha com desi gn português Unidade empresarial sediada em Macieira da Lixa, distrito do Porto, exporta cerca de 95% co que produz

Fazem solas para sapatos, investigam e apostam em novos designs e novos matérias. Exportam quase tudo o que fabricam. Itália está entre os mercados a que a Attanta dá resposta. Mas sào sobretudo os países do Centro e Norte da Europa, como Áustria. Noruega ou Suécia, que mais procuram esta empresa portuguesa.

É um exemplo da regeneração que ocorreu no sector do calçado. Criada em 1995. a Atlanta. uma unidade sediada em Macieira da Lixa no distrito do Porto, exporta boje cerca de 95% daquilo que produz, evidencia Joana Cunha, administradora da empresa.

Tal como adianta ao Negócios, a Attanta dedica-se ao fabrico e

Empresa Atlanta

Facturaçio 6.5 milhões de euros em 2012

Trabalhadores 75

comercialização de componentes para calçado, actuando em todas as fases deste processo, desde a pesquisa das tendências de moda. prototipagem e produção de solas em materiais vários, como borrachas vulcanizadas ou pele com injecção de borrachas termoplásticas.

A empresa desenvolve os seus produtos e serviços para a indústria de calçado, nomeadamente de moda, de conforto e desportivo. Dispõe para tanto de uma equipa de profissionais qualificados para o efeito. O que lhe permite ainda apostar na criação de colecções próprias e antecipar tendências.

Joana Cunha sustenta que parte deste trabalho resulta da preocupação em manter presença nos certames internacionais, mas também da investigação que é levada a cabo pela empresa na procura de novos materiais. Afinal, razões de sobra para que os mercados mas sihsticados da Europa procurem os serviços da Attanta.

Jo*rui Cunha I A empresa que administra exporta sobretudo para os países do certt) e Noie da Europa.

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TUgo couto IO director internacional da Gabriel Couto Irisa que o grupo se financia no estrangeiro.

Construção e obras públicas Metade da facturação chega dos mercados externos

ILJ. t t t r r o u u u

Empresa Construções Gabriel Couto Facturação 94 milhões de euros em 2011 Trabalhadores 320

Começou em Moçambique há 15 anos. Ainda está em África, mas também na Europa e na América

Em Portugal, hoje sector está em crise, mas no campo das obras públicas e da construção ir lá para fora de forma sustentada é sinónimo não só de ganhar músculo mas também de encontrar o trabalho que actualmente falta por cá. Foi essa a aposta da Construções Gabriel Couto, já lá vão 15 anos. Os resultados estão à vista. A pequena empresa familiar tornou-se um grupo internacional que emprega 320 trabalhadores e cujo volume de facturação ascende aos 94 milhões de euros. A experiência fora de portas começou na década de 90 do

século passado. Hoje. o grupo está presente em países europeus e da América do Sul e mantém África -com obras em Angola e na Suazilândia - como um destino privilegiado. Dos mercados externos, tal como refere ao Negócios Tiago Couto, director internacional da empresa, chega cerca de 50% da facturação anual da empresa.

0 processo de expansão internacional da actividade da Gabriel Couto arrancou em 1997. em Moçambique. Seguiram-se Angola. República da Irlanda e Roménia. A presença da empresa no exterior tem sido constante, quer através da participação em concursos públicos, quer na identificação de oportunidades de investimento directo de capital em empresas consideradas estrategicamente aliciantes.

Numa altura em que o mercado português no sector da construção e obras públicas marca passo. Tiago Couto sustenta que a aposta nos mercados externos é para continuar. A dimensão ganha pelo grupo permite-lhe estar em paises

Adinicnsãtíj^anha pelo grupo permite lhe estar em países onde via s; »era do aces s< > a< > crédito não tem de ser percorrida! Financia se no estrangeiro.

onde a via sacra do crédito não tem de ser percorrida. Esse é um problema com que a empresa não se depara, admite o seu director internacional, já que o financiamento que obtém é conseguido lá fora.

Como escapar à escassez de crédito Conseguir financiamento junto dos bancos está ht ijc longe de ser fácil, mas há formas de escapará escass« de credito, quaridooob-jectivi » é levar para a frente pro-jectosw ioíck »nados paraaexpor-taçáo ( >u quando o propósito é a intemaciorudização empresarial. ( >s pn »gramas disponibilizados [x*k> Q KEN.< ) aocsst > a capita» de risco<»uadispersãodecapi talem Ixilsa são alternativas que as Pe-quenas e Médias Empresas (PME) podem pn »curar.

Tomás Pessanha, advogado cspcvializatk»enKlireitosocx'tá-rioe habitualmente li$Ktoatare-fas de assessoria no âmbito dos pmerssosde internacionalização e exportação, identifica pek) me-nos três formas a queé possível recc >nvr para obviar às d ificukla-deachialmentecxistcntes na ob-tenção de financia mento bancá-rio.

Este jurista, sócioda PLMJ, lembra, a este nível, os instru-mentos financeiros que estào acessíveis através de candidatu-ras apresentadas no âmbito dos programas do Quadro de Refe-rência Estratégico Nacional (QRKN). A par desta hipótese, aponta igualmente as linhas de credito especialmente vocacio-nadas para a|*»k»à internaciona-lização e/ou exportações dispo-nibilizadas. como aval da AICEP, pela hanca a >tnerciaL Outra das possibilidades que avança e que está ao dispor das PMEéados se-guros de credito destinados a co-brir riscos ass* »ciaik «s às activida-des de exportação.

As hipóteses contudo não se esgotam aqui. sendo igualmente possível - sucedeu recentemen-tecomaempresa IntelligentSen-singAnywhere(ISA) -aemissão e colocaçãt) de obrigações no mercado, com entnida na bolsa, sendo de realçar, tal como evi-dencia o jurista Ji »sé Maria Cor léadeSampak >,a Altemextconx» um mercado com jxitencud pani as PM E Este soci< > da Abreu Ad -vi >&KI< IS lembra ainda que "uma outra alternativa (Xira pnijectos maisestruturados"éa possihili-dade de acess» » a ca| >ilais de risa i especialmente vocacionadas para a internacionalização de empresas pi »rtuguesas.

A este resjx'iti », T( »nuls Pessa-nha lembra que um dos vectores em que se desenvi »Kr rã o deno-minado Pnigrama Revitalizar -para recuperação de empresas -possa |xir reft »ryar os instrumen-tos finaiKVÍn»sdis|x»nivcis |»ara a capitalização, com particular enfoque no capital de risco.