Qualificação Profissional e Organização da Profissão · 2011-01-12 · Mestrado, engenheiro de...
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JOSÉ MANUEL PEREIRA VIEIRA
XVIII CONGRESSO
A Engenharia no Século XXI – Qualificação, Inovação e Empreendedorismo
Aveiro, 4-6 Novembro de 2010
Qualificação Profissional e Organização da Profissão
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Sumário
� Quadro de qualificação profissional
� Desafios para a OE
� Enquadramento Europeu (FEANI)
� Conclusões
XVIII Congresso da Ordem dos Engenheiros, Aveiro 4-6 Novembro 2010 | José Vieira
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Sumário
� Quadro de qualificação profissional
� Desafios para a OE
� Enquadramento Europeu (FEANI)
� Conclusões
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Qualificação ProfissionalDirectiva Europeia de reconhecimento
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� Aceita 7 áreas profissionais com especificidade reconhecida:
� Medicina formação mínima - 6 anos TI
� Medicina Dentária formação mínima - 5 anos TI
� Medicina Veterinária formação mínima - 5 anos TI
� Ciências Farmacêuticas formação mínima - 5 anos TI
� Enfermagem formação mínima - 3 anos TI
� Formação de Parteiras formação mínima - 3 anos TI
� Arquitectura formação mínima - 4 anos TI
� A Engenharia está fora deste grupo
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Qualificação ProfissionalDirectiva Europeia de reconhecimento
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� Artigo 11º – Cinco níveis de qualificação (profissões não objecto de Anexo):
� 2 níveis exigindo formação de ensino secundário, seja
geral, técnica ou profissionalizante
� 1 nível pós-secundário curto, com formação prática, não
necessariamente em ambiente de ensino superior
� 2 níveis pós-secundários com formação em ambiente de
ensino superior
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Qualificação ProfissionalDirectiva Europeia de reconhecimento
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� Artigo 11º – 3 níveis de qualificação pós-secundária:
� Alínea e): ciclo de estudos pós-secundários de duração
igual ou superior a 4 anos
� Alínea d): com uma duração mínima de 3 anos e não
superior a 4 anos
� Alínea c): diferente do referido nas alíneas d) e e), com
uma duração mínima de 1 ano
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Qualificação ProfissionalQuadros de Qualificação e Directiva
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Quadro de Bolonha(3+1) Ciclos
Quadro da UEFormação ao Longo Vida
8 Níveis
Directiva de Reconhec. Profissional
Art. 11 – 5 Níveis
Ciclos Curtos Ligados ou dentro de
Primeiros CiclosNível 5 Art 11º c)
Primeiros Ciclos Nível 6 Art. 11º d)
Segundos Ciclos Nível 7 Art. 11º e)
Terceiros Ciclos Nível 8
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Qualificação ProfissionalGraus académicos e níveis de qualificação
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2º CicloNÍVEL 7
1º CicloNÍVEL 6
NIVEL DE QUALIFICAÇÃO GRAU ACADÉMICO DESIGNAÇÃO PROFISSIONAL
Engenheiro Técnico ??
Engenheiro
LicenciaturaEngenharia
LicenciaturaCiências de Engenharia
Mestrado (2º Ciclo)
Mestrado (Integrado)
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Qualificação ProfissionalQuadro geral
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
FORMAÇÃO CONTÍNUA
QUALIFICAÇÃO ACADÉMICA
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
� Licenciatura, engenheiro de ciclo curto
� Mestrado, engenheiro de ciclo longo
� Doutoramento
� Ambiente empresarial
� Funcionalismo público
� Profissão liberal
� Seminário com certificado de presença
� Seminário com avaliação final
� Formação com exame e diploma
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Sumário
� Quadro de qualificação profissional
� Desafios para a OE
� Enquadramento Europeu (FEANI)
� Conclusões
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Desafios para a OEAdmissão de membros
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1 – A admissão como membro efectivo depende da titularidade de licenciatura, ou equivalente legal, em curso de Engenharia, estágio e prestação de provas.
2 – Relativamente às provas de admissão a que se refere o número anterior, cabe à Ordem:
a) Definir as condições em que se realizam periodicamente.
b) Definir critérios objectivos de dispensa de provas de admissão, a rever periodicamente, os quais se basearão nos currículos dos cursos, nos meios de ensino e nos métodos de avaliação.
� Artigo 7º – Estatuto da OE (Membro Efectivo)
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Desafios para a OEAdmissão de membros
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� Processo de Bolonha (cursos de 1º e 2º ciclos do ES)
� Agência de acreditação A3ES (2007)
� Isenção de prestação de provas de admissão através dos
procedimentos de “acreditação” realizados até 2007
� Redefinição da admissão dos membros da OE devido a:
� Admite-se que a componente do estágio para integração como Membro está bem definida e não deve sofrer qualquer alteração a curto ou médio prazo
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Desafios para a OEAdmissão de membros
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� A OE deve iniciar um processo de revisão estatutária ou deve
incorporar as necessárias adaptações nos Regulamentos internos?
� A prestação de provas pode ter mecanismos de isenção ou deve
ser considerada uma condição de admissão de aplicabilidade
universal?
� A OE admite como candidatos a membro efectivo profissionais
com habilitação académica de 1º ciclo, do 2º ciclo ou ambos?
� Perante os actuais desafios, colocam-se as questões:
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Desafios para a OEAdmissão de membros
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� A alteração das condições de admissão como membro
efectivo da OE deve ser realizada através de alterações
regulamentares, sem revisão estatutária.
� Preferivelmente:
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Desafios para a OEAdmissão de membros
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� A OE deve manter a prerrogativa de conceder isenção da
prestação de provas de admissão, independentemente do
entendimento que seja assumido relativamente à formação
superior mínima para acesso a membros da OE.
� Aconselha-se que:
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Desafios para a OEAdmissão de membros
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� ALTERNATIVA 1:
� A OE mantém a exigência de formação superior mínima de
Licenciatura pré-Bolonha ou Mestrado pós-Bolonha (nível 7
segundo o QEQ - Quadro Europeu de Qualificações) para
acesso a membros da OE.
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Desafios para a OEAdmissão de membros Alternativa 1
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Membro Conselheiro
Membro Sénior
Membro
Qualificação
Estágio
Qualificação
Pre
sta
ção
de
P
rova
s / D
isp
en
sa
2º Ciclo em Engenharia
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Desafios para a OEAdmissão de membros
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� ALTERNATIVA 2:
� A OE admite que os membros efectivos base possuem
obrigatoriamente o nível de qualificação 7 mas considera
possível a entrada de licenciados e mestres.
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Desafios para a OEAdmissão de membros Alternativa 2
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Membro Conselheiro
Membro Sénior
Membro (QEQ7)
Qualificação
Estágio
Qualificação
Pre
sta
ção
de
P
rova
s / D
isp
en
sa
2º Ciclo em Engenharia
1º Ciclo em Engenharia
Pre
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Desafios para a OEAdmissão de membros
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� ALTERNATIVA 3:
� A OE admite dois níveis de membros efectivos base
segundo a respectiva qualificação que poderá ser de nível 6
ou 7.
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Desafios para a OEAdmissão de membros Alternativa 3
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Membro Conselheiro
Membro Sénior
Qualificação
Estágio QEQ6
Qualificação
1º Ciclo em Engenharia2º Ciclo em Engenharia
Membro (QEQ6)
Prestação de Provas / Dispensa
Estágio QEQ6
Prestação de Provas / Dispensa
Membro (QEQ7)
Transição de QEQ6 para QEQ7 regulamentada
Membro Sénior
Qualificação
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Desafios para a OEFormação contínua
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� Sistema de garantia de qualidade de DPC
SISTEMA DE ACREDITAÇÃO QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
ACÇÕES DE FORMAÇÃO ACREDITADAS
CENTROS DE FORMAÇÃO ACREDITADOS
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL CONTÍNUO
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Sumário
� Quadro de qualificação profissional
� Desafios para a OE
� Enquadramento Europeu (FEANI)
� Conclusões
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Enquadramento Europeu
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engineerING card
More Mobility for Engineers in Europe
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Enquadramento EuropeuObjectivos do EngineerING Card
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� Promoção da mobilidade dos engenheiros em toda a
União Europeia
� De acordo com a Directiva 2005/36/EG
� Definição de perfil e desenvolvimento da profissão
� Sob orientação de padrões à escala Europeia
� Fortalecimento da comunidade da Engenharia
� Através de transparência do currículo do engenheiro, graus académicos e forte identificação
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Enquadramento EuropeuRequisitos para o EngineerING Card
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De
gre
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eng
ine
eri
ng fr
om
un
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rsity
short cycle engineerlong cycle engineer
EUR-ACE®-accredited Bachelor‘s- / Master‘s degree programme1
Other degreesIndividual equivalence
test
1 EUR-ACE = European Accredited Engineering
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Enquadramento EuropeuFormato do EngineerING Card
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01 Nome
02 Sobrenome
03 Data e Local de nascim.
04a Data de Emissão
04b Validade
05 Membro da Associação/Organização
06 Número ID
07 Assinatura
08 Chave para qualificações
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Enquadramento EuropeuFormato do Engineering Card
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Formação académica
Legenda de classificação da frente do cartão
Formação contínua
Experiência profissional
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Enquadramento EuropeuTermo de responsabilidade
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� O engineering card é da responsabilidade da FEANI. O Cartão terá o logo da FEANI.
� A decisão e responsabilidade pela implementação do engineering card compete ao membro nacional da FEANI
� A FEANI (EMC) é responsável pela manutenção da garantia de qualidade através da monitorização dos sistemas de recomendações nacionais, de modo a garantir e harmonizar os padrões básicos em todos os países.
I Cumio Ambiental no Eido Local Galicia-Norte de Portugal, Baiona 18-22 Outubro 2010 | José Vieira 30
Sumário
� Quadro de qualificação profissional
� Desafios para a OE
� Enquadramento Europeu (FEANI)
� Conclusões
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Conclusões
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� A revisão da organização e enquadramento da regulação
do exercício da actividade profissional (admissão e
qualificação dos Engenheiros) face à evolução legislativa
nacional e comunitária (Bolonha e A3ES).
� É fundamental para a OE:
� Continuar a merecer o reconhecimento e prestígio que tem
vindo a beneficiar por parte da sociedade portuguesa.
� Proceder a uma discussão aprofundada e tomada de
decisão urgente nos órgãos próprios da OE.
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Conclusões
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� Ajustamentos no sistema de admissão como membro
efectivo (incluindo a prestação de provas de admissão e a
acreditação de cursos pela A3ES).
� A discussão deve contemplar, nomeadamente:
� Estruturação da formação contínua dos engenheiros.
� Redefinição do papel e da estruturação de especialidades e
especializações.
Obrigado pela atençãoXJosé M. P. Vieira
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”
Fernando Pessoa