Quadrinhos e Ideologia (Para Efraim Rodrigues
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Histórias em Quadrinhos não são veículos ideológicos? Desde quando? O que não falta são te e artigos acadêmicos sobre o assunto. Mas como o Sr.Reinaldo Azevedo nunca gostou de estudar, nunca perdeu tempo para checar as asneiras que fala, não é de se admirar. E a quem ele recorre como autoridade sobre o assunto? Ao professor do cursinho, que se vê obrigado a comprar a "indignação" de alunos e do patrão, e a alunos acostumado s a ler quadrinhos. E como jovens empolgados pelas aventuras quadrinizadas, sem formação (ou com formação meramente inicial, escolar) em filosofia, sociologia, comunicaçã etc. vai realizar uma leitura crítica das HQ's e conseguir enxergar as construções id eológicas ali existentes? O poder formativo é tão grande que várias vezes, e até hoje, ao longo da história, organiz ações políticas e corporativas (orgs. ambientais eu ponho no saco das org. políticas), d os mais diversos matizes, com os mais diversos focos, lançaram mão da ferramenta par a formar e informar jovens e adultos sobre os temas que lhes são importantes. Quadrinhos foram utilizados como propaganda militar na Segunda Guerra (e aí nasceu o Capitão América), como veículo de informação ideológica e teórica ("A estrada para a se ", do mentor do neoliberalismo Friedrich von Hayek), estão presentes em qualquer v isita escolar que fazemos à Furnas, tentando educar nossos jovens sobre o consumo responsável de energia. O mesmo na campanha contra a dengue, contra o fumo, na pre venção da AIDS, etc. Os quadrinhos têm alto poder formativo e são constantemente usados para isso. Quadrinhos constróem concepções de mundos e ajudam a estabelecer valores, princípios e e xpectativas. Quem não se tocou profundamente com as estórias do "Lobo Solitário", não co meçou a questionar a realidade do mundo depois de "Akira" e "Battle of Light and D arkness". Na falta de outras literaturas, estarão ali os princípios aprendidos nas H Qs para balizar nossas opiniões. Quadrinhos são estórias, e estórias, bem o sabiam os ve lhos pagés, os jesuítas e até nossos avós, têm alto poder formativo (para o bem e para o m al). Rubem Alves ao falar de ensino e cozinha digere muito bem o assunto. Não estou dizendo que as HQs não possam servir como veículo para boas coisas. Ao contrár io! Nem que os quadrinhos da Marvel e da DC Comics são sempre pró-americanos, muitas vezes não o são. Joe Sacco e Carlos Latuff são dois exemplos de uso dos quadrinhos ou de charges em prol de bandeiras libertárias, da luta contra a opressão política, mili tar e econômica. O Falcão, da Marvel (eu era ávido leitor de HQs na juventude) foi um bom exemplo do uso dos quadrinhos para colocar em pauta questões sociais e raciais . Hulk, o anti-herói por excelência, faz uma crítica dura à imbecilidade do militarismo americano. Mas também temos a simplificação de mundo e o maquiavelismo barato correndo por páginas e páginas da maioria das fases de superman e batman, a satanização dos inim igos dos EUA em inúmeras estórias do Homem de Ferro, a apologia ao capitalismo nos i nocentes quadrinhos do Tio Patinhas (que eu adorava). A questão não é deixar de ler HQs, mas simplesmente saber o que se passa por dentro de las, que conteúdos elas podem portar! Embora a questão da UEL tenha sido muito mal f ormulada, o tema em si é legítimo e importantíssimo para a formação de nossos jovens: o qu e há por trás de cada produto midiático que nos é oferecido? Como são construídos? Mas como Reynaldo Azevedo é um homem que gosta de ignorância disfarçada de inteligência e é adepto da perniciosa arte da verborragia logorréica... Artigo do Reynaldo Azevedo: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/mistificacao-e-bocalidade-prova-de- vestibular-obriga-alunos-a-responder-que-super-herois-escondem-supremacia-dos-br ancos/
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5/12/2018 Quadrinhos e Ideologia (Para Efraim Rodrigues - slidepdf.com
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Histórias em Quadrinhos não são veículos ideológicos? Desde quando? O que não falta são tee artigos acadêmicos sobre o assunto.
Mas como o Sr.Reinaldo Azevedo nunca gostou de estudar, nunca perdeu tempo parachecar as asneiras que fala, não é de se admirar.
E a quem ele recorre como autoridade sobre o assunto? Ao professor do cursinho,
que se vê obrigado a comprar a "indignação" de alunos e do patrão, e a alunos acostumados a ler quadrinhos. E como jovens empolgados pelas aventuras quadrinizadas, semformação (ou com formação meramente inicial, escolar) em filosofia, sociologia, comunicaçãetc. vai realizar uma leitura crítica das HQ's e conseguir enxergar as construções ideológicas ali existentes?
O poder formativo é tão grande que várias vezes, e até hoje, ao longo da história, organizações políticas e corporativas (orgs. ambientais eu ponho no saco das org. políticas), dos mais diversos matizes, com os mais diversos focos, lançaram mão da ferramenta para formar e informar jovens e adultos sobre os temas que lhes são importantes.
Quadrinhos foram utilizados como propaganda militar na Segunda Guerra (e aí nasceu
o Capitão América), como veículo de informação ideológica e teórica ("A estrada para a se", do mentor do neoliberalismo Friedrich von Hayek), estão presentes em qualquer visita escolar que fazemos à Furnas, tentando educar nossos jovens sobre o consumoresponsável de energia. O mesmo na campanha contra a dengue, contra o fumo, na prevenção da AIDS, etc. Os quadrinhos têm alto poder formativo e são constantemente usadospara isso.
Quadrinhos constróem concepções de mundos e ajudam a estabelecer valores, princípios e expectativas. Quem não se tocou profundamente com as estórias do "Lobo Solitário", não começou a questionar a realidade do mundo depois de "Akira" e "Battle of Light and Darkness". Na falta de outras literaturas, estarão ali os princípios aprendidos nas HQs para balizar nossas opiniões. Quadrinhos são estórias, e estórias, bem o sabiam os velhos pagés, os jesuítas e até nossos avós, têm alto poder formativo (para o bem e para o m
al). Rubem Alves ao falar de ensino e cozinha digere muito bem o assunto.
Não estou dizendo que as HQs não possam servir como veículo para boas coisas. Ao contrário! Nem que os quadrinhos da Marvel e da DC Comics são sempre pró-americanos, muitasvezes não o são. Joe Sacco e Carlos Latuff são dois exemplos de uso dos quadrinhos oude charges em prol de bandeiras libertárias, da luta contra a opressão política, militar e econômica. O Falcão, da Marvel (eu era ávido leitor de HQs na juventude) foi umbom exemplo do uso dos quadrinhos para colocar em pauta questões sociais e raciais. Hulk, o anti-herói por excelência, faz uma crítica dura à imbecilidade do militarismoamericano. Mas também temos a simplificação de mundo e o maquiavelismo barato correndopor páginas e páginas da maioria das fases de superman e batman, a satanização dos inimigos dos EUA em inúmeras estórias do Homem de Ferro, a apologia ao capitalismo nos i
nocentes quadrinhos do Tio Patinhas (que eu adorava).
A questão não é deixar de ler HQs, mas simplesmente saber o que se passa por dentro delas, que conteúdos elas podem portar! Embora a questão da UEL tenha sido muito mal formulada, o tema em si é legítimo e importantíssimo para a formação de nossos jovens: o que há por trás de cada produto midiático que nos é oferecido? Como são construídos?
Mas como Reynaldo Azevedo é um homem que gosta de ignorância disfarçada de inteligênciae é adepto da perniciosa arte da verborragia logorréica...
Artigo do Reynaldo Azevedo:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/mistificacao-e-bocalidade-prova-de-vestibular-obriga-alunos-a-responder-que-super-herois-escondem-supremacia-dos-brancos/
5/12/2018 Quadrinhos e Ideologia (Para Efraim Rodrigues - slidepdf.com
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Tese sobre Mangá e Ideologia:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-30112009-103605/pt-br.php
Pesquisa sobre quadrinhos e ideologia:http://scholar.google.com.br/scholar?start=0&q=quadrinhos+ideologia&hl=pt-BR&as_ sdt=0&as_vis=1
5/12/2018 Quadrinhos e Ideologia (Para Efraim Rodrigues - slidepdf.com
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