Publicidade e globalização; Resumo; Sara Lopes, 9844

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1 1 Publicidade e globalizaçãoResumo Recuperação e Avaliação da Informação Escola Superior de Educação IP Viseu Sara Oliveira Lopes; 9844 30-10-2011

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“Publicidade e globalização”

Resumo

Recuperação e Avaliação da Informação – Escola Superior de Educação IP Viseu

Sara Oliveira Lopes; 9844

30-10-2011

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O presente artigo analisa o papel da publicidade no actual processo de globalização e

analisa a forma como a mesma passou a ser encarada como componente imaginária na cultura das múltiplas sociedades capitalistas contemporâneas.

Sendo assim, para além das visões reducionistas que encaram a globalização capitalista como fenómeno estritamente económico, este termo deve ser acima de tudo entendido como instituição imaginária em que os habitantes compartilham uma igual visão da realidade.

No entanto a globalização económica não pretende extinguir as economias locais criando rotas externas, mas sim adoptar uma atitude imaginária intimamente ligada à ideia de modernidade e progresso. A globalização capitalista torna-se assim característica da integração da publicidade no imaginário na medida de que essa componente está presente na produção capitalista.

O processo de expansão capitalista que se deu a partir de meados do séc. XX deveu-se em parte à instalação de empresas de publicidade multinacionais em locais geográficos estratégicos. A conversão da indústria de publicidade em agências de média, baseadas na emissão televisiva fez proliferar ainda mais as estratégias de publicidade por todo o mundo.

Inicialmente o principal objectivo da publicidade era redireccionar as expectativas do cliente para os vários produtos à disposição do mesmo e transmitir um estilo de vida cómodo e de lazer que incluía ter bons carros, electrodomésticos, mobiliário e bens imóveis entre outros. Graças à propaganda publicitária televisiva e também aos restantes média, foi transmitida à população uma ideia imaginária de comodismo exagerado acessível a todos os cidadãos, onde até os bens mais supérfluos eram tornados indispensáveis. A publicidade permitiu também a integração das marcas/empresas em variados mercados que tentavam capitalizar os seus nomes através de processos de marketing, gerando ainda mais expectativas nos clientes.

Uma vez aliada ao imaginário, a publicidade tornou-se o instrumento mais fiável de propaganda do sistema capitalista.

Como elemento imaginário da globalização, a publicidade permite a adesão dos consumidores às marcas e produtos, permitindo a sua integração na sociedade e satisfazendo as suas necessidades. No fundo é o imaginário das instituições, integrando-as num planeta atento às suas necessidades, servindo como base ideológica que justifica a internacionalização do mercado capitalista.

Por outro lado, o processo de globalização não se rege por normas, ou seja, não é linear. É sim um processo que admite ajustes, adaptações, resistências. È o consumo global de produtos internacionais que atribui significado à publicidade e a torna a base do elemento imaginário que se expande no mundo capitalista.

Concluindo, a publicidade não pode ser encarada como elemento meramente económico mas sim como factor de desempenho no contexto do mundo imaginário da globalização e do consumo de produtos. É também a principal responsável no domínio dos média pelo crescimento e surgimento de novas marcas no mercado. Transmite ao público o mundo imaginário do comodismo e progresso, bem como ideologias de prestígio e modernidade.

No entanto é irrefutavelmente um elemento ligado à globalização económica do mundo capitalista.

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