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Este conteúdo é assinado pela trend analyst e coolhunter Fah Maioli, que também escreve para o blog do projeto, para a revista digital Radar Móbile e para a Móbile Decore.

Acesse as edições anteriores, disponíveis apenas online:

Projeto Conteúdo

APRESENTAÇÃO

www.emobile.com.br/projetoconteudo

Patrocínio:

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SERÁ QUE O PADRÃO RUST DA LINHA ESSENCIAL VAI CAIR BEM NA COZINHA?

NA DÚVIDA, É SÓ ENTRAR NO SIMULADOR CONCEITO DURATEX E VER COMO FICA.

BAIXE AGORA EM SEU DISPOSITIVO MÓVEL:

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CONTEÚDOFah Maioli

EDIÇÃOSandra [email protected]

ARTE E DIAGRAMAÇÃOIgor Mello e Leon Maciel

VENDASCleidiane Rabelo de [email protected]

ALTERNATIVA EDITORIALRevista Móbile / Móbile DG

DIRETORIA Valcídio Perotti, Carlos Bessa e Edmilson Almeida

Expediente

ENDEREÇORua Sete de Setembro, 6810 | 2º andar - Seminário

CEP: 80.240-001 | Curitiba - Paraná - Brasil

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INFORME FORMICA

NOVOS DESAFIOS

INFORME DURATEX

MOBILIÁRIO PESSOAL

INFORME IMPRESS

TEMPOS DE TRANSFORMAÇÃO

INFORME HERVAL

Sumário

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OS NOVOS DESAFIOS DA INDÚSTRIA MOVELEIRA

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Desta forma a tarefa de montar a oferta para o cliente final, baseada em sua exigência de produtos, estilos e preços sempre foi direcionada para o distribuidor (quando não estamos falando de lojas monomarcas) que em sua vez deve gerenciar um portfólio gigante de itens. Porém, hoje, como resultado da crise e deste novo consumidor, verificamos a eliminação destas barreiras.

Para o futuro do setor no Design será preciso estudar os modelos vencedores da moda; sobretudo nos mercados consumidores ainda em expansão como fizeram marcas como Armani, Versace, Ralph Lauren, que estenderam suas marcas à perfumaria, à cosmética, até as coleções de casa, transformando em um verdadeiro lifestyle. Recentemente vimos no blog o case de Kartell Fragrances (perfumes) e temos também Kartell a la mode (sapatos). Mas aqui o recado é claro: uma marca forte com um conteúdo distinto pode fazer brand extension. As demais devem preparar-se e, para isso, o mix de conteúdo e transparência é a lição de casa básica.

NOVOS DESAFIOS

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Hoje o objetivo para poder continuar no mercado, e a grande tendência que vemos nos players Made in Italy, por mais paradoxal que pareça, é o “saber fazer tudo”. Na própria casa, entendida como território ou parque industrial, melhor ainda. A mudança de abordagem é evidente, e os sinais dela estiveram muito fortes nas empresas participantes das seis últimas grandes feiras europeias de Design e Casa que estivemos pesquisando, analisando e mostrando no Projeto Conteúdo.

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A estrada, ao menos aqui na indústria moveleira italiana, abre-se para um panorama de um modelo que chamamos de brand-cêntrico que acelera um crescimento das empresas, o que vai decidir uma seleção do número de marcas no mercado. Uma espécie de seleção natural que vai elevar a qualidade dos produtos que é oferecido ao consumidor e aumentar a sua fidelização. Talvez aconteça uma menor variedade de oferta, mas na compensação positiva veremos surgir a maior valorização do que é “feito em casa”. Será um momento de uma mudança incrível, com resultados sociais e econômicos, de que o Brasil pelo menos, detentor de uma imensa criatividade, de indústrias moveleiras de vanguarda e de mãos tão habilidosas, poderá se privilegiar.

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Precisamos (nós, os designers) certamente contribuir para que todo o mundo viva uma bela vida. Aqui em Milão tem tanto design, mas a pergunta é: o design pode nutrir o mundo? Não, ele não salvará vidas. Mas pode ajudar a conduzir uma vida melhor.” Estilista Coco Chanel, 1971

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Mais uma vez vamos falar de crise no ebook, você vai dizer. Ela, que não é apenas financeira e sim moral, mudou notavelmente os desejos e necessidades da sociedade em que vivemos. E no seu lado positivo isso é um bem: agora as pessoas não estão mais se concentrando sobre a pesquisa e exibição de luxo, mas estão se voltando a uma maior e mais concreta essencialidade e racionalidade.

O design, que é quem concretiza o Zeitgeist (mood cultural do momento) acompanha este humor e começa a deixar de lado as decorações pesadas em favor de linhas geométricas, mais sutis e elegantes que garantem resultados mais prazerosos justamente em função de sua sobriedade e regularidade.

O Desejo Comportamental pela Essencialidade

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Este retorno da essencialidade se trata de uma recusa ao excesso que está sendo considerado um elemento de distúrbio da simplicidade das formas. Em tempos de sacrifícios forçados, a austeridade formal que o minimalismo prega aparece como uma penitência a mais, de gosto amargo e masoquista, pois muito vinculada psicologicamente aos tempos de “vacas gordas”. Neste panorama comportamental, a subtração, a limpeza, o aspecto clean dos interiores das casas torna-se fonte de infelicidade. Em resumo: queremos calor, cor, formas preciosas e muito afeto, o que a IKEA entendeu muito bem e vem aplicando em seu portfólio - e na sua comunicação - há muito tempo, como vimos recentemente no blog.

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O que o Design ganha com isso? Tudo. É o momento vencedor para a personalização, a combinação, a contaminação, sempre audazes, que irritam profundamente os puristas do minimalismo. Porque estes conceitos, quando aplicados ao Design, aquecem nossas almas, e nos fazem sentir talvez um pouco menos perfeitos, porém mais felizes, menos sozinhos. Este mood recupera os tão saudáveis conceitos de identidade e funcionalidade, corrompidos e modificados pela indústria dos anos 60, quando tivemos o segundo boom de industrialização e surgiram muitos modelos nada sustentáveis de projeto e de estratégia produtiva e comercial.

A casa como um troféu para exibir - uma espécie de carimbo social de que você deu certo na vida - não tem mais nenhum valor nestes tempos. A verdadeira opulência e riqueza não vem mais do móvel de grife, mas sim da própria expressão pessoal que cumpre então a coragem de ser único.

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Porque ter gosto significa possuir regras de bom gosto e não coisas, bens ou objetos. E aqui a sua imaginação voa livre, contando apenas com aquilo que você gosta e acredita que tenha a ver com sua vida, sua família e o seu gosto. Aqui o découpage, o trompe-l’oeil, a natureza, os objetos de coleção e com histórias antigas para contar começam a emergir depois de décadas de ostracismo. Voltamos a querer preservar a pátina do tempo porque a verdadeira riqueza é o fascínio da nossa idade e a estória da nossa vida familiar.

Especificamente para 2016 vejo a força da nova tendência que aponta a revisitar as origens do design transformando-o com novas formas e funções. A outra tendência consiste no confiar à tecnologia para realizar objetos com um design inteligente que garanta uma resposta mais imediata aos desejos e às necessidades do público.

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Aqui continuaremos com a busca das tradições e das raízes de forma sempre mais e mais globalizada já que sentimos que é no passado que existem respostas para enfrentar este presente caótico. E além do mais, beber na própria fonte de recordações nos distingue da massa e se torna uma nova espécie de marca pessoal. Isso se concretiza no mundo com o aumento da pesquisa e aplicação de elementos de antiquários - novas lojas de mobiliário vintage aqui em Milão surgem a cada mês por exemplo - de manufatura artesanal ou ainda característicos de regiões e países exóticos ou longínquos.

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Nas formas veremos volumes “esvaziados”, justamente para dar o sentido ao conceito de essencialidade e aliviados com contornos de linhas simples enquanto as superfícies vem tratadas com texturas geométricas para conferir um maior caráter.

Neste cenário os materiais originam-se do mundo vegetal e natural assim como as cores, que começam

a invadir nossos ambientes com as tonalidades de verde, cinza claro, turquesa e suas declinações, rosa, marrons e o novo amarelo. Nos materiais as apostas são em origens naturais mas tradicionais como lã, couro, madeira, bambu e aplicação de trabalho manual mesmo que seja só em detalhes.

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Um 2016 que finalmente começa a concretizar de forma mais “pé no chão” tudo que estamos falando há tempos por aqui, ou seja, a sustentabilidade, a harmonia e a recuperação dos reais valores da vida. Só com estas novas direções o Design poderá seguir para renovar-se e reinventar-se nos próximos anos!

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DURATEX LANÇA APLICATIVO MOBILE QUE PERMITE A COMBINAÇÃO DE SEUS PRODUTOS

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INFORME DURATEX

A Duratex, pioneira na fabricação de pisos laminados com a marca Durafloor e maior empresa produtora de painéis de madeira industrializadas do Hemisfério Sul, lança o Conceito Duratex, um aplicativo indicado para arquitetos, designers, marceneiros e o consumidor final, que tem como propósito auxiliar os clientes na escolha dos produtos.

Desenvolvido pela agência New Vegas em parceria com a companhia, o aplicativo permite que os clientes simulem como poderão realizar a troca de piso e painel em ambientes determinados, possibilitando a visualização de como os produtos ficarão em suas casas.

No caso de painel, eles também conseguirão realizar diversas combinações e isso ajudará principalmente os marceneiros e especificadores a conhecerem toda a gama de produtos da Duratex, que conta com cerca de 180 padrões nas duas linhas de atuação da companhia.

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O app está disponível para os sistemas iOS e Android. Fácil de usar, foi criado com o intuito de trazer a empresa também para o mundo digital, para se aproximar ainda mais do público, que poderá conhecer todos os produtos da empresa em alguns cliques.

Esperamos que com a utilização do aplicativo os clientes conheçam a diversidade e possibilidades de utilização de nossos produtos. Também acreditamos que ele irá auxiliar as revendas a escolher os melhores padrões para os seus clientes.”

Renata Braga gerente de marketing e desenvolvimento de produtos da Duratex

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O MOBILIÁRIO PESSOAL QUE DURA NO TEMPO

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Sabemos que as tendências no mobiliário seguem ciclos: além das passageiras da moda que duram cerca de dois a três anos, temos o período de cinco a sete anos que nos leva a mudanças no mobiliário, justamente maior porque engloba maquinários e desenvolvimento de matérias-primas que requerem muito mais tecnologia que na moda. É o relógio biológico do setor, digamos.

MOBILIÁRIO PESSOAL

“Os objetos devem fazer companhia ao homem.” Designer italiano Achille Castiglioni

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Assim, não podemos afirmar que existe um estilo geral para 2016, pois seria irresponsável, vista a vastidão deste mundo e a quantidade imensurável de lifestyles (veja abaixo um vídeo que preparei e que ilustra este conceito com imagens, design e palette de cores. Vamos nos limitar a apresentar apenas características e fontes de inspiração, que muitos chamam de tendências, para que você tenha total autonomia caso queira aproveitar estas informações para suas futuras coleções.

O vídeo pode ser visto aqui

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Precisamente o que podemos afirmar com a nossa pesquisa é que sentimos um impulso muito grande por parte das maiores marcas do setor em dar materialidade e cores da natureza a tudo que estava meio triste, sem identidade. A madeira vem mais respeitada com seus veios e sem acabamento especial, misturada com cores acesas, como a do momento, que é a turquesa azul petróleo, criando um belo movimento e uma boa sensação de exclusividade. Aqui até os metais retornam, de forma delicada, e sempre em combinação com o cobre…

Tudo aquilo que traz cor e desenhos ao ambiente é bem-vindo. Acessórios estão em alta num estilo que reflete, única e exclusivamente, quem mora naquela casa. A impessoalidade, o “foi meu arquiteto que fez e não tem nada a ver comigo” está fora de moda! Os projetos das casas tornam a ser mais autorais e seguem o próprio gosto. Ou seja, “Se eu gosto, é bonito”. Simples assim!

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Um design que potencializa relações O design é uma constante adaptação às nossas mudanças do modo de viver e nos casos mais brilhantes se torna a capacidade de determinar os modos de viver que não podíamos nem imaginar. No lado negativo, porém, transforma-se na imposição de um comportamento que não queremos. Percebemos então neste jogo, que de uma forma ou de outra, ele se relaciona conosco: usamos, amamos, odiamos, esquecemos, recordamos…no que chamamos atualmente de Design Relacional. Trago então por aqui cinco funções relacionais recentes, ou ampliadas, e que pelo visto são já tendências projetuais importantes e estão no portfólio ou em produção inicial nas marcas mais importantes do sistema de Design Made in Italy:

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Esta tendência ficou mais clara para mim depois da visita à CERSAIE 2015, cujo post pode ser lido aqui que nos

conta de que esta área da casa, tão esquecida pela cozinha e companhia, volta com força e presença. À força de insistirmos sobre a sua centralidade, dos aspectos do bem-estar e da cromoterapia, ele está virando um living! Exemplos em BISAZZA com a coleção Tulips Grey de Marcel Wanders ou em SUITE de ANTONIOLUPI a demostram.

As casas podem estar cada vez menores, mas as aberturas seguem cada vez maiores: queremos ver o

mundo lá fora! As paredes “falsas” ou painéis de correr estão em alta e o vidro ganha grande destaque. Nesta tendência “casa de vidro” o mobiliário a segue com modelos como a KRISTAL de MOLTENI&C e a ALAMBRA de Giuseppe Bavuso para RIMADESIO.

Um banheiro living1.

2. Uma casa de vidro

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A luz atual estabelece uma verdadeira relação com seu usuário: aqueles lustres ou spots colocados no teto

e que lá ficam imóveis por toda uma vida não tem mais nenhuma razão de ser. A inovação e a massificação da tecnologia LED deu aos designers a possibilidade de trabalhar esta luz plasticamente e vimos, não apenas na Euroluce, mas em todas as feiras, as grandes apostas que tratam de luminárias que inclusive parecem obras de arte, tamanho seu impacto formal, materiais e processos envolvidos. Destaco DAWN em KUNDALINI e LUNAOP em MARTINELLI LUCE

A luz que se transforma3.

O design está mais sensorial do que nunca. Exemplos como a mesa ASCANIO para VISIONNAIRE com o tampo de mármore

que parece um desenho e pernas esculpidas em relevo ou a ideia de PORRO a seus designers, que tiveram o prazer de criar utilizando 16 espécies diversas de madeira, e que foram mostradas no mítico showroom de Via Durini aqui em Milão.

4.Tocar para sentir

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A luz que se transforma

Faz um tempo que as cozinhas falam com os livings, porém já estamos em outro nível, como

demonstrou a OLTRE de LUBE que integrou o living no bloco angular da cozinha, enriquecido da materialidade da madeira de rovere envelhecido. Além deste, a MOTUS de SCAVOLINI já há algum tempo apresenta seu sistema híbrido misturando os dois modos de entender um projeto. Hora de mudar, não acham? Eles inseriram elementos livres que mudam de posição no tempo e retomaram, do ponto de vista de estilo, a eliminação dos puxadores, como tínhamos lá nos anos 70.

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Tocar para sentir

Cozinhas fluidas

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Cozinhas em contraste Falando em cozinhas, é este o ambiente mais discutido e que sofre maiores mudanças quando falamos de tendências. No próximo Salone adianto que veremos nos lançamentos das grandes marcas muitos paradigmas sendo reavaliados, principalmente no quesito materiais e modulações.

Uma das mudanças principais que já vem sendo delineada a quem acompanha a Eurocucina, por exemplo, é que o total white já era. As cores naturais e antigas estão retomando, temos o grande retorno do cobre e do otone, principalmente sobre acabamentos, puxadores, nos eletrodomésticos, e sobretudo nos acessórios como exaustores e fornos. Se até a Apple colocou no mercado o novo Mac neste acabamento, porque no mobiliário seria diferente?

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Do contraste com o moderno nasce a solução perfeita: uma cozinha funcional e de design com uma chamada ao passado, presente nos pequenos detalhes. Quem já está forte nesta tendência são Twelve, design Carlo Colombo per Varenna, Essence Ri-Flex di Veneta Cucine, Penelope de Aran, Floral Kitchen, design Enrico Pasa para L’Ottocento, Italia, design Antonio Citterio para Arclinea, W75 de Massimo Castagna para Rossana, Primitiva de Nature Design.

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As cozinhas estão recuperando a simplicidade dos materiais, inclusive porque a própria arquitetura interna assim insiste. Tijolos à vista que irrompem na atmosfera cotidiana como se estivéssemos em um moderno loft, traves de madeira no teto sem acabamento e caráter rústico que confere aquela sensação de aconchego e familiaridade.

Outro detalhe que tenho visto: a pia retorna à sua posição angular, para otimizar os espaços, recuperando os planos de trabalho para os fornos e fogões. Resultado direto da nova mania gastronômica, ou seja, “chef em casa”. Além deste, verifico o incremento das decorações e motivos, sobretudo quando utilizam azulejos e cerâmicas decorativas, que estão migrando para os tampos novamente!

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Escritórios ou Circulação de Ideias?

A revolução dos espaços de trabalho resulta em mobiliário flexível, personalizável, adaptadoao espaço aberto e às novas tecnologias ou um adeus às escrivaninhas, dando circulação livre para as ideias! Se os documentos se compartilham no Dropbox, se as reuniões acontecem via Skype, se os arquivos estão nas Clouds e se para trabalhar a CPU e o monitor foram substituídas pelo tablet, oras, precisamos ainda de um espaço gigante e dentro de normas 1.0 para trabalhar? Claro que não. A tendência sem volta é a nova configuração dos escritórios: mais aberta, mais flexível e totalmente modular. Personalizável, melhor ainda.

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O mobiliário que vemos vira “social” e oferece conforto, informalidade e um aspecto muito lúdico. Algo como o que Facebook fez com o projeto de seu novo espaço MPK 20 Frank Gehry em Silicon Valley, com mais de 40 mil m2, e que foi intitulado o “the largest open floor plan in the world”.

O problema que esta tendência precisa enfrentar é o da privacidade, já que um espaço aberto e as modernas tipologias de coworking favorecem o compartilhamento de ideias (e isso é ótimo) mas podem se tornar rumorosas, confundindo um espaço que também precisa de foco e silêncio. Algumas empresas já estão respondendo com soluções que abatem os decibéis e separadores de ambientes que absorvem os

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rumores. Um exemplo que vi recentemente é de ARPER, com o Lievore Altherr Molina, uma série de painéis fonoabsorventes que parecem quadros decorativos assim como a USM fez com sua coleção Privacy Panels. Outra divisória que está lançando moda é a W80, fruto do trabalho de Tecno com o designer Daniele Del Missier.

No mobiliário o que está virando padrão e continua como forte tendência são os sistemas como o EDGE de PearsonLloyd de MODUS que visa a máxima flexibilidade, com medidas que vão do extra small, perfeita para o home office, até a extralarge para grandes grupos de trabalho. Matteo Ragni para Fantoni também apresenta algo similar com HUB, híbrido entre mesa e divisória.

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Quartos ou oásis de bem-estar?Nos últimos anos o mundo dos quartos e camas andou em duas direções. Uma se concentrou sobre a qualidade do sono das pessoas e trabalhou para melhorar o nosso repouso noturno, com pesquisas sobre materiais e colchões. A segunda, privilegiou

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as dimensões estéticas e criou camas que se tornaram um símbolo de status.

Quem focalizou em decorações projetou produtos ricos e imponentes, não economizando em efeitos especiais e chegando a utilizar até cristais Swarovsky. Outros preferiram investir em objetos tecnológicos, biológicos e sustentáveis.

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Dentro desta tendência temos os exemplos de HAMPTON da Calligaris com a sua inconfundível cabeceira em capitonné em tecido ou copele, cores do branco ao bege e o OPEN AIR de Twils com o tecido que reveste a estrutura sendo fixado pelos originais botões que servem como decoração.

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PANTONE 2016,TENDÊNCIAS E O CONFORTO DOS TECIDOS

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Recentemente, a Pantone lançou o inédito guia Fashion Home + Interiors, trazendo tendências em cores para composições de ambientes, design de interiores, arquitetura e estilos de vida. Como todo trabalho, a empresa se utilizou de influências de outros setores, como a moda, entretenimento, tecnologia, entre outros, em conjunto com as análises dos coolhunters (observadores de tendências).

No guia, o Instituto separou em três grupos de consumo/lifestyle distintos.

São eles:

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Estilo de vida simples e com consumo sustentável. Produzir a própria comida, fazer itens à mão, valorizar o básico. Este grupo tem o costume de satisfazer suas necessidades da maneira mais simples possível. Tons de marrom marcam este estilo.

Pessoas que vivem em grandes metrópoles. A tendência, neste grupo, está em começar a valorizar as vizinhanças, organizadas em pequenos flats urbanos com espaços comunitários, evitando grandes deslocamentos e pontos distantes. Hortas domésticas, fotografia analógica, crochê, bordados à mão, coleção de selos e tudo o que remeter a um ar nostálgico será valorizado, junto a tons de vermelho escandinavo.

Jovens. Preferem experiências do que compras. Tudo tem potencial de ser compartilhável, sem perder uma estética clean e simples. A vida é reduzida a 100 itens, mas pelo menos três deles precisam ser eletrônicos. Casa passa a significar onde você está ou onde coloca seus investimentos em arte contemporânea. Cinzas, beges e cores pálidas contribuem para essa estética de ‘menos é mais’.

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Betapreneurs

Urbanos (Hygge)

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Nos três grupos, um fator comum chama a atenção: o desejo pela volta ao natural, ao velhos costumes, ao jeito simples de viver a vida, nem que seja em pequenos detalhes. Essa tendência tem forte impacto no consumo e outros segmentos, fica mais forte ainda no ambiente da casa. É nesse espaço que a identidade humana se apresenta de maneira única.

Na busca por essas sensações, materiais naturais, como a madeira desgastada pelo tempo, objetos e itens de valor pessoal, móveis rústicos, entre outros, viram peças que geram este conforto desejado.

Com essa proposta, a Impress Decor Brasil vem trabalhando algumas linhas de padrões que trazem os tecidos como protagonistas aos móveis, ao ambiente, já que este item remete muito ao trabalho mais manual, gera calor e conforto. É mais intimista.

Confira algumas combinações, com os tecidos em destaque, que levam em conta os estilos de vida, as cores, as sensações.

A volta do natural, do simples

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Nos três grupos, um fator comum chama a atenção: o desejo pela volta ao natural, ao velhos costumes, ao jeito simples de viver a vida, nem que seja em pequenos detalhes. Essa tendência tem forte impacto no consumo e outros segmentos, fica mais forte ainda no ambiente da casa. É nesse espaço que a identidade humana se apresenta de maneira única.

Na busca por essas sensações, materiais naturais, como a madeira desgastada pelo tempo, objetos e itens de valor pessoal, móveis rústicos, entre outros, viram peças que geram este conforto desejado.

Com essa proposta, a Impress Decor Brasil vem trabalhando algumas linhas de padrões que trazem os tecidos como protagonistas aos móveis, ao ambiente, já que este item remete muito ao trabalho mais manual, gera calor e conforto. É mais intimista.

Confira algumas combinações, com os tecidos em destaque, que levam em conta os estilos de vida, as cores, as sensações.

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ALCHIMIA:TEMPOS DE TRANSFORMAÇÃO

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Estúdio artístico fundado em 1976 em Milano de Adriana e Alessandro Guerriero, o movimento italiano Alchimia não é apenas uma marca e sim o símbolo mais polêmico do design europeu depois de Memphis, e que foi um dos grandes incentivos para a indústria moveleira italiana da década de 80-90. Alchimia foi o exemplo de ruptura com o passado e de visão nova para o futuro. Iniciou a sua atividade produzindo os seus objetos de forma artesanal, antecipando o que vemos hoje com os makers, ousando em tudo: foram eles que introduziram no mobiliário os coloridos laminados plásticos que à época eram detestados pelo público acostumado com o toque macio da madeira. Foram o primeiro exemplo de “projetistas produtores” e dele participaram Ettore Sottsass, Alessandro Mendini, Michele De Lucchi, Franco Raggi, Paola Navone, Daniela Puppa e Lapo Binazzi. Para eles, os objetos projetados não deveriam ser necessariamente úteis e aqui memória e tradição eram revisitadas em modo sempre provocativo. Em 1978 eles apresentaram a famosa coleção Bau-Haus um, em a 1980 Bau-Haus dois, e deles são também os icônicos Mobile infinito (1981), a poltrona Proust (1980), o Letto di fiori (1981), a Casa di Giulietta (1982), o Letto d’incubo (1982), a Stanza Filosofica (1982) e Cerambice (1984) e a cadeira feita poesia Redesign Thonet de Alessandro Mendini,de 1979.

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Estúdio artístico fundado em 1976 em Milano de Adriana e Alessandro Guerriero, o movimento italiano Alchimia não é apenas uma marca e sim o símbolo mais polêmico do design europeu depois de Memphis, e que foi um dos grandes incentivos para a indústria moveleira italiana da década de 80-90. Alchimia foi o exemplo de ruptura com o passado e de visão nova para o futuro. Iniciou a sua atividade produzindo os seus objetos de forma artesanal, antecipando o que vemos hoje com os makers, ousando em tudo: foram eles que introduziram no mobiliário os coloridos laminados plásticos que à época eram detestados pelo público acostumado com o toque macio da madeira. Foram o primeiro exemplo de “projetistas produtores” e dele participaram Ettore Sottsass, Alessandro Mendini, Michele De Lucchi, Franco Raggi, Paola Navone, Daniela Puppa e Lapo Binazzi. Para eles, os objetos projetados não deveriam ser necessariamente úteis e aqui memória e tradição eram revisitadas em modo sempre provocativo. Em 1978 eles apresentaram a famosa coleção Bau-Haus um, em a 1980 Bau-Haus dois, e deles são também os icônicos Mobile infinito (1981), a poltrona Proust (1980), o Letto di fiori (1981), a Casa di Giulietta (1982), o Letto d’incubo (1982), a Stanza Filosofica (1982) e Cerambice (1984) e a cadeira feita poesia Redesign Thonet de Alessandro Mendini,de 1979.

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“Oooo…os Alquimistas estão chegando”, já dizia a música de Jorge Ben Jor, lembram? Brincadeira musical à parte, esta é a grande macrotendência em voga para o Design, cujos sinais estão no ar já há algum tempo e que de quebra já foi um famoso movimento no Design mundial. Mas, na atualidade, onde estão os sinais de seu retorno no mundo concreto dos objetos?

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Studio Alchimia e cadeiras da Ollo Collection

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O primeiro sinal que senti e que tive a oportunidade visitar foi em 2013 na mostra “Rudolf Steiner. L’alchimia del quotidiano”, nome a qual tomo emprestado para o nosso ebook e este capítulo, que foi uma grande retrospectiva de arte, design e arquitetura idealizada pelo Vitra Design Museum, com curadoria de Mateo Kries. Rudolf Steiner (1861-1925) foi um dos mais influentes pensadores do século XX e fundador do movimento antroposófico, cujo pensamento influenciou trasversalmente todas as disciplinas da cultura contemporânea, inspirando o trabalho de artistas do calibre de Piet Mondrian, Wassily Kandinsky e Joseph Beuys. Steiner ensinava a necessidade de harmonia entre homem e natureza, declinando esta no campo tanto da agricultura orgânica como no design. Se hoje desenhamos ou temos apreço por objetos de forma antropomorfa é por sua causa, sabiam?

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O sinal mais recente foi no último Fuorisalone com duas mostras visionárias, cujo nome, acreditem, não foi uma mera coincidência: a primeira foi “Alchemy: Material Obsessions”, no showroom da trendsetter Vivienne Westwood e a segunda foi a “The Alchemists” na Triennale di Milano com curadoria de Stefano Casciani. Na de Vivienene vimos uma seleção incrível dos trabalhos da London Metropolitan University’s CASS Faculty of Art, Architecture & Design onde o destaque foi para a cadeira no estilo Windsor de William Warren. Projetada de forma a ser produzida com apenas uma folha de compensado de 30 mm, tornando quem adquire o verdadeiro maker e autor final do produto. Com o tema alquimia de forma mais incisiva gostei do projeto do espelho da Tiipoi 6 Collection em bronze.

Já a realizada na Triennale, cujo vídeo pode ser visto aqui foi produzida por Yoichi Nakamuta com cenografia de Tim Power Architects e estiveram expondo 15 talentos de Singapura. Aqui, toda a magia do design foi explorada com o fio condutor da alquimia propriamente dita: uma seleção de instrumentos e objetos inspirados no processo alquímico, que dizia transformar substâncias como o chumbo em ouro. O título também teve como escopo sublinhar aquele elemento mágico que existe no ato de desenhar ou de criar alguma coisa. Se o alquimista nos tempos antigos dedicou sua vida à transformação dos materiais, do ordinário ao mais precioso, a pergunta realizada aos designers foi: se o projetista é o novo alquimista, que coisa pode ser projetada aplicando o processo de trasmutação?

TEMPOS DE TRANSFORMAÇÃO

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Já a realizada na Triennale, cujo vídeo pode ser visto aqui foi produzida por Yoichi Nakamuta com cenografia de Tim Power Architects e estiveram expondo 15 talentos de Singapura. Aqui, toda a magia do design foi explorada com o fio condutor da alquimia propriamente dita: uma seleção de instrumentos e objetos inspirados no processo alquímico, que dizia transformar substâncias como o chumbo em ouro. O título também teve como escopo sublinhar aquele elemento mágico que existe no ato de desenhar ou de criar alguma coisa. Se o alquimista nos tempos antigos dedicou sua vida à transformação dos materiais, do ordinário ao mais precioso, a pergunta realizada aos designers foi: se o projetista é o novo alquimista, que coisa pode ser projetada aplicando o processo de trasmutação?

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A palavra alchimia ou alquimia tem origem no árabe al-kimiya, que está relacionada com o conceito de química sendo durante séculos uma ciência mística, que tinha como principal objetivo a transmutação de um elemento em outro. Um dos seus principais objetivos era transformar metais não preciosos em ouro, e assim foram feitos vários esforços para criar a pedra filosofal, que teria a capacidade desta transformação. Apesar dos vários esforços e dos seus objetivos nunca terem sido alcançados, eles foram responsáveis por várias descobertas e invenções.

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A ALCHIMIA

Trasmutação = Transformação + Preciosidade

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A palavra alchimia ou alquimia tem origem no árabe al-kimiya, que está relacionada com o conceito de química sendo durante séculos uma ciência mística, que tinha como principal objetivo a transmutação de um elemento em outro. Um dos seus principais objetivos era transformar metais não preciosos em ouro, e assim foram feitos vários esforços para criar a pedra filosofal, que teria a capacidade desta transformação. Apesar dos vários esforços e dos seus objetivos nunca terem sido alcançados, eles foram responsáveis por várias descobertas e invenções.

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Trasmutação = Transformação + Preciosidade

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Na contemporaneidade, a expressão alchimia ou alquimia indica a tentativa de transformação de um material em outro, usando os avanços na ciência e tecnologia alcançados nos dias de hoje. Assim, o conceito da trasmutação, base da Alchimia, que identificamos como a tendência mais importante no Design e Interiores para 2016-2017 e que vamos explorar a partir deste momento, tem como base a transformação e a preciosidade, seja em formas e cores, mas principalmente nos materiais.

Um dos grande motivos é sobretudo o fato de que estes, base da Alchimia, estão vivendo um grande momento: eles definem a estrutura, o padrão, o mood, a função e claro, a proveniência dos objetos que estamos colocando no mundo. Não são mais meros coadjuvantes de um projeto e sim, protagonistas! No mix de mentes criativas entre tecnologia e natureza, as mudanças mais importantes estão acontecendo nos materiais e a cross-fertilization origina inclusive uma nova profissão no Design Industrial: os materiologistas. Estes, que tem o conhecimento do aspecto do projeto, da industrialização e do mercado, são os responsáveis atuais pelo cruzamento de fronteiras entre materiais e materialidades que estamos verificando em todas as maiores feiras internacionais do setor.

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Sempre de forma multidisciplinar, trabalham com cientistas, geólogos, e artesãos usando não apenas o saber fazer ancestral, mas um mix disto com as tecnologias atuais como a impressão 3D. O resultado primário é que, o que uma vez percebíamos como materiais baratos e comuns estão tendo um novo papel, muitas vezes mais precioso. Na mesma via, com o auxilio da nanotecnologia estamos tendo acesso a produtos que mudam de cor ou assumem formas conforme o mood do usuário ou forma de utilizo. Vimos centenas de exemplos concretos disto no último Fuorisalone!

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Não pensemos porém, que esta é uma tendência passageira: a crise de 2008, com o impacto da austeridade, junto das novas tecnologias, sobre a qual já falamos tanto em nossos reports, mudaram a nossa psique. Não somos mais os mesmos… Começamos a reavaliar nossa forma de consumo e o nosso lifestyle. O consumo muda, porque esperamos mais dos produtos, e a ênfase da compra recai sobre aquilo que tem personalidade, expressão criativa e valor emocional. Aqui, então a Alchimia é fundamental!

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Precious Tamara Maison Objet Set

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Com a transformação vem junto à preciosidade, que retoma o aspecto precioso dos metais envolvidos na alchimia. Vimos o primeiro sinal no Salone de 2014 com “Precious Kartell”, dando importância ao luxo e à qualidade dos materiais revestindo-os de prata, bronze e ouro e na Maison Objet de Setembro de 2015, onde um dos temas era exatamente este, “Precious”.

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Uma das coisas que a tendência Alchimia nos oferece é o retorno do valor da experiência sensorial. E aqui percebo a grande preocupação em colocar no mundo objetos que não apenas ofereçam algum tipo de experiência neste sentido (materiais diferenciados em produto), mas também grande personalidade. Isso se torna muito necessário nesta nossa Digital Age, já que estamos conectados o tempo todo.

Experiências Sensoriais em tempos de Vida Digital

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Ou seja, a conexão 24 horas mesmo que resulte positiva em muitos âmbitos, deixou-nos desconectados do aspecto real de nosso dia-dia. Uma espécie de deslocamento emocional com a sociedade, mas sobretudo como o nosso interior, o nosso self.

Assim verificamos a grande aposta das empresas em criar cenários para produtos que nos auxiliem a reconectar-nos com esta parte esquecida. Experenciamos momentos de descoberta, de meditação e tranquilidade no caos da vida diária. O foco volta ao valor e não ao produto, sempre por meio de narrativas. Um nível mais profundo de experiência com a marca se instala e surgem então conexões emocionais e tangíveis.

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Exemplos deste approach não faltaram no Fuorisalone em 2015, como a instalação da empresa japonesa de vidro AGC no Superstudio Piu; a LG com HI-MACS no projeto The Rational and Emotional Worlds de Marcel Wanders, com LEXUS com “Journey of the senses”, a NLXL com a “Biblioteca Wallpaper” de Panikanova; o Orto Botanico di Brera com o “The Garden of Wonders. A Journey Through Scents” de BE OPEN Foundation e por fim a mostra de Louis Vuitton Objets Nomades que oferecia a sensação, por meio da cenografia e perfumes, de estarmos visitando uma floresta em pleno palácio antigo no centro de Milão.

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No mobiliário e nos interiores, os vários fenômenos acima são transformados em objetos que, de forma evocativa, e geralmente irônica, dão o tom a muitos espaços da casa, principalmente àqueles minimalistas e jovens. Mas não apenas no interior, é bom lembrar. Acabamos de ver aqui na Feira Universal Expo 2015 diversas arquiteturas que recordam moléculas ou elementos químicos, e o exemplo mais fotografado é sem duvidas o do espaço geodésico pavilhão do Azerbaijan e da Bélgica como notamos neste vídeo e a espiral que recorda uma parte de seqüência de DNA aliada ao material cerâmico que parece mudar de cor conforme incide a luz natural, vista na Vanke, projeto de Daniel Libeskind.

Poucos sabem, mas até o final do século 18 a alquimia era considerada uma Ciência Racional aqui na Europa, tanto que Isaac Newton a estudava muito mais do que a ótica ou a física que o renderam famoso. Por este motivo, e pela insistência da mídia que diariamente nos traz notícias do mundo macro e microbiológico, o retorno das disciplinas que faziam parte da Alchimia no passado, vem seduzindo artistas e designers.

A Física e a Biologia invadem o imaginário cotidiano

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No mobiliário e nos interiores, os vários fenômenos acima são transformados em objetos que, de forma evocativa, e geralmente irônica, dão o tom a muitos espaços da casa, principalmente àqueles minimalistas e jovens. Mas não apenas no interior, é bom lembrar. Acabamos de ver aqui na Feira Universal Expo 2015 diversas arquiteturas que recordam moléculas ou elementos químicos, e o exemplo mais fotografado é sem duvidas o do espaço geodésico pavilhão do Azerbaijan e da Bélgica como notamos neste vídeo e a espiral que recorda uma parte de seqüência de DNA aliada ao material cerâmico que parece mudar de cor conforme incide a luz natural, vista na Vanke, projeto de Daniel Libeskind.

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Vemos em todas as mostras de decoração e mobiliário centenas de formas que recordam elétrons que orbitam ao redor de átomos, sofás fluidos que parecem estruturas moleculares, poltronas que parecem células, lâmpadas que parecem experimentos físicos, formas que lembram neurônios e elementos químicos…uma verdadeira inspiração na Física e Biologia!

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No mundo concreto com este mood temos Feel Seating System de Animi Causa, que além da forma oferece o conceito de proatividade, ou seja, percebe a posição do corpo no espaço adaptando-se à forma individual. A poltrona Pseudopod Grand Chair de OMC2 Design Studios que se inspira a microorganismos monocelulares, com materiais como madeira e poliuretano, coberta por um tecido técnico ultra-resistente. A estante Mydna para Nono em madeira natural ou lacada faz o desenho helicoidal do DNA juntamente da mesa de apoio futurística de Darwin, toda em corian e vidro do Studio Tjep. No mesmo mood temos a nova cadeira de Thonet desenhada por Martino Gamper com seus círculos em preto e branco, e a mesa Quantum Table de Jason Philips para o Atelier Vivarini. Sem falar das milhares de lâmpadas que vimos na última Euroluce que nos trazem elementos do microcosmo, entre uma delas, a Chantal para Slamp de Doriana e Massimiliano Fuksas.

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