pUblicaçÃo Da fEDEraçÃo DoS TrabalhaDorES Em...

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ED. 84 - MARÇO E ABRIL DE 2016 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DIREÇÃO CERTA MOTORISTAS ENFRENTAM DIFICULDADES PARA FAZER O EXAME TOXICOLÓGICO FETROPAR ASSINA TAC COM MPT - PR SOBRE FUNDO ASSISTENCIAL FETROPAR SEDIA DEBATE NACIONAL DOS RODOVIÁRIOS PUBLICAÇÃO DA FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES EM TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DO ESTADO DO PARANÁ TRABALHO DA COMISSÃO DE NEGOCIAÇÕES GARANTE GANHOS REAIS

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ED. 84 - março E abril DE 2016 | DiSTribUiçÃo GraTUiTa

DIREÇÃO CERTA

motoristas enfrentam dificuldades para fazer o exame toxicológico

Fetropar assina taC Com mpt-pr sobre

Fundo assistenCial

Fetropar sedia debate nacional dos rodoviários

pUblicaçÃo Da fEDEraçÃo DoS TrabalhaDorES Em TranSporTES roDoviárioS Do ESTaDo Do paraná

Trabalho da comissão de negociações

garanTe ganhos reais

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DirEToria EXEcUTiva Da fETropar

prESiDEnTE: João Batista da Silva

1° vicE-prESiDEnTE: Moacir Ribas Czeck

2° vicE-prESiDEnTE: Ronaldo José da Silva

3° vicE-prESiDEnTE: Luiz Adão Turmina

4° vicE-prESiDEnTE: Alcir Antonio Ganassini

SEcrETário GEral: Anderson Teixeira

SEc. GEral aDjUnTo: Valdemar Ribeiro do Nascimento

SEc. DE finançaS: Evaldo Antônio Baron

SEc. DE finançaS aDjUnTo: Olímpio Mainardes Filho

SEc. DE imprEnSa E comUnicaçÃo: Hilmar Adams

SEc. DE EDUcaçÃo SinDical E cUlTUra: Josiel Tadeu Teles

SEc. DE orGanizaçÃo SinDical E rElaçõES SinDicaiS: Ênio Antonio

da Luz

SEc. DE nEGociaçõES colETivaS E jUríDico: Jaceguai Teixeira

SEc. DE rElaçõES com moTocicliSTaS E SimilarES: Agenor “Cacá”

Pereira da Silva

fETropar - rUa prof. Dr. pEDro macEDo Da coSTa, 720 • vila izabEl • cEp: 80320 - 330 • cUriTiba-prfonE E faX: 41 3015 - 3300 • [email protected]

EnTiDaDE filiaDa À

Estamos apenas no início de 2016, mas a con-

juntura já aponta que a classe trabalhadora terá

de enfrentar muitos desafios ao longo do ano.

Direitos históricos conquistados pelos traba-

lhadores correm o risco de serem diminuídos ou

mesmo extintos. Com as mudanças intensas na

política, as entidades sindicais e sociais precisam

se fortalecer e se unir para evitar que os trabalha-

dores, mais uma vez, sejam os prejudicados.

Para fortalecer a luta dos trabalhadores nes-

se cenário, a Federação dos Trabalhadores em

Transportes Rodoviários do Estado do Paraná

(Fetropar) realizará neste ano um replanejamen-

to das atividades, da estrutura e da luta com seus

sindicatos.

Nosso objetivo é organizar o movimento de

acordo com as necessidades reais dos trabalha-

dores. Por isso, será desenvolvido um trabalho

extenso, ouvindo cada um dos sindicatos filiados

e muitos trabalhadores nas bases.

palavras do presidente

João Batista da silvaprESiDEnTE Da fETropar

Também nessa nova fase da Federação, pre-

tendemos formar cada vez mais dirigentes sindi-

cais capacitados para fazer o enfrentamento.

Com mais suporte aos sindicatos e com a es-

trutura da Fetropar renovada, teremos ainda mais

força para conseguir melhores negociações com o

patronal, e conseguiremos avançar na luta por leis

que garantam os direitos dos trabalhadores.

Um importante passo dado pela Fetropar e por

alguns sindicatos neste ano, foi firmar um Termo de

Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público

do Trabalho do Paraná (MPT-PR) sobre contribui-

ção do fundo assistencial. Com isso, as entidades

terão mais segurança para construir suas lutas.

A união dos sindicatos e trabalhadores é fun-

damental para conseguirmos novas vitórias em

nossa luta.

Editorial

SUplEnTES Da DirEToriaJosé Aparecido Faleiros, Sérgio Machado dos Santos,

Hailton Gonçalves, Aparecido Nogueira da Silva, Jorge

Luiz Chila, Josiel Veiga, Sérgio Paulo Kampmann,

Gilberto Maurício Amorim, João Carlos Passarim,

Emerson Luis Vianna da Silva, Agisberto Rodrigues

Ferreira Junior, Sirton Holuboski Barbosa, Adilson de

Souza Guerra, José Rodrigues dos Santos

conSElho fiScal EfETivo: Cláudio Francisco Mistura,

Dino César de Morais de Mattos, Jair Korobinsk

conSElho fiScal SUplEnTES: Lourenço Johann, Jonas

Cleiton Comissio, Mauro Afonso Garcia

conSElho DE rEprESEnTanTES jUnTo a cnTTT - EfETivo: Vicente Venuk Pretko e Elyzeo Manoel Sezerino

conSElho DE rEprESEnTanTES jUnTo a cnTTT - SUplEnTES: José Luiz Kogeraski e Edilson Marenda

EXpEDiEnTEproDUziDo pEla aGência abriDor DE laTaS - comUnicaçÃo SinDical

www.abriDorDElaTaS.com.br

TEXToS: Guilherme Mikami, Larissa Amorim, Larissa

Knaipp, Rebeca Mileski

rEviSÃo: Mayara Dropot da Silva Portela

jornaliSTaS rESponSávEiS: Guilherme Mikami (SRTE 9458/PR)

e Larissa Amorim (SRTE 9459/PR)

DiaGramaçÃo E projETo Gráfico: Abridor de Latas

TiraGEm: 20 mil exemplares

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FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 3dirEÇão CErta i 3

NotÍCias sindical

Fetropar assina tac com mpt-pr sobre contribuição do Fundo assistencial

Referente ao inquérito civil (IC) 001138,

em 30 de março o MPT-PR assinou um Ter-

mo de Ajuste de Conduta com a Fetropar e

a maioria dos sindicatos filiados. O órgão

reconheceu a atuação concreta dos sindi-

catos, a transparência das ações e a eficiên-

cia da gerência dos recursos provenientes

da contribuição do fundo assistencial pago

pelas empresas.

Esses recursos são utilizados para forta-

lecer as ações das entidades. Com isso, os

sindicatos dos rodoviários paranaenses têm

acumulado um histórico de ganhos reais e

de avanços sociais para os trabalhadores nas

negociações coletivas das últimas décadas.

“O TAC feito foi um momento históri-

co de reconhecimento daquilo que a Orga-

nização Internacional do Trabalho (OIT)

defende sobre a importância dos recursos

para as entidades. Ao mesmo tempo, esses

valores advindos de negociações coletivas

precisam ser transparentes e geridos de for-

ma adequada. Apesar de nossos sindicatos

já fazerem isso, é importante reafirmar”, ex-

plica o assessor jurídico da Fetropar, André

Passos.

FundoA contribuição do fundo é uma im-

portante conquista resultante das mobi-

lizações da Fetropar com os respectivos

sindicatos. Os recursos vindos das nego-

ciações coletivas são essenciais para que

os sindicatos possam garantir os serviços e

o atendimento aos trabalhadores, além de

poderem fortalecer as estruturas de assis-

tências e de defesa da categoria.

A importância desses recursos também

foi reconhecida pelo Ministério Público do

Trabalho do Paraná (MPT-PR).

deFesa dos trabalhadores

Durante a audiência para a assinatura

do TAC, a procuradora do Trabalho Cris-

tiane Maria Sbalqueiro Lopes destacou

a importância de fortalecer os sindicatos

e de melhorar a relação entre o MPT e as

entidades sindicais, a fim de lutar contra

quem realmente prejudica os direitos dos

trabalhadores.

“Todos sabem que estamos vivendo

uma ofensiva neoliberal. O trabalho do

Ministério não funciona sem a partici-

pação ativa dos sindicatos na defesa dos

direitos do trabalhador. Só buscando a

atuação conjunta conseguimos ações efe-

tivas. Precisamos estreitar os laços, pois os

sindicatos são os olhos do MPT”, afirmou a

procuradora.

Para a Fetropar, a assinatura do TAC

proporcionou mais segurança para os

sindicatos continuarem fortalecendo as

lutas, principalmente nessa difícil con-

juntura de flexibilização e retirada de di-

reitos.

“O MPT, fortalecendo as entidades

sindicais e dando segurança jurídica para

esses recursos, dá a estrutura para que pos-

samos lutar para manter as conquistas das

últimas décadas”, destaca o presidente da

Federação, João Batista da Silva.

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4 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR4 i dirEÇão CErta

Fetropar sedia debate nacional dos trabalhadores rodoviários

NotÍCias sindical

Em 7 de abril, trabalhadores rodoviários

de todo o Brasil se reuniram na sede da Fe-

tropar, em Curitiba, para discutir questões

referentes ao setor. Federações filiadas de di-

versos estados participaram da reunião, que

foi organizada pela Confederação Nacional

dos Trabalhadores em Transportes Terres-

tres (CNTTT).

O principal tema discutido foi o enqua-

dramento sindical, com o cancelamento das

Orientações Jurisprudenciais (OJs) 315 e 419

da Seção Especializada em Dissídios Indivi-

duais (SDI-1) do Tribunal Superior do Traba-

lho (TST), dos motoristas que trabalham no

setor da agroindústria.

Com as OJs, milhares de motoristas de

empresas rurais, especialmente do setor su-

croalcooleiro, passaram a ser enquadrados

de acordo com a categoria preponderante, e

não mais nos sindicatos de rodoviários.

No entanto, em outubro do último ano,

o TST cancelou as OJs, acatando o conceito

de categoria diferenciada dos motoristas. Po-

rém, o enquadramento sindical desses profis-

sionais ainda está incerto em alguns locais.

“Houve um cancelamento, mas não está

certo como será daqui para frente. Nós de-

fendemos a volta da ressalva da representa-

ção sindical dessa atividade meio, que são os

trabalhadores de transporte”, esclareceu o

advogado Adilson Boaretto.

Por esse motivo, as federações debate-

ram estratégias para mudar, de fato, essa re-

alidade nos sindicatos, principalmente com

a atuação jurídica nos processos que já tra-

mitam sobre a representação.

“Fazer esse debate em nível nacional é

muito importante, pois esse é um problema

presente em muitas regiões, inclusive no norte

do Paraná. O que buscamos é fazer um enfren-

tamento uniforme dos problemas que prejudi-

cam os trabalhadores e os sindicatos”, desta-

cou o presidente da Fetropar, João Batista.

exames para os motoristas

Outro tema bastante discutido na reu-

nião foi a exigência do exame toxicológico

para motoristas profissionais das categorias

C, D e E.

Durante o encontro, os dirigentes sindi-

cais destacaram os problemas que os traba-

lhadores rodoviários estão enfrentando para

conseguir realizar o exame. Desses, pode-se

destacar a discriminação e a falta de estrutu-

ra das clínicas e dos laboratórios para colher

os materiais e emitir os resultados.

A CNTTT já ingressou com uma Ação

Direta de Inconstitucionalidade (ADI) con-

tra a lei 13.103/2015, que instituiu a obriga-

toriedade do exame. Diversas entidades,

dentre elas a Fetropar, ingressaram com pe-

dido de amicus curiae para contribuir com

a ação.

Para fortalecer ainda mais a luta da ca-

tegoria por condições dignas para exercer a

profissão, a Confederação também deverá

promover debates nacionais e junto à socie-

dade.

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FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 5dirEÇão CErta i 5

diretoria unida para Fortalecer as lutas da Fetropar

Para garantir o encaminhamento das lutas

da Fetropar e a organização das mobilizações

nas bases em todo o estado, dirigentes da Fe-

deração e dos sindicatos filiados se reúnem

mensalmente. Em 30 de março, foi realizada

uma das reuniões ordinárias deste ano.

Ao longo do encontro, os diretores deba-

teram as mais diversas áreas de atuação da

Federação, desde trabalhos por mais direitos

às categorias representadas e ações jurídicas

até perspectivas de melhorias na estrutura da

Federação e do Instituto São Cristóvão (ISC).

A análise e a aprovação das contas de fe-

vereiro também foram feitas pelos dirigentes.

negociaçõesO trabalho da Comissão de Negociações

Coletivas foi destacado no encontro. No úl-

timo período, alguns acordos importantes

foram fechados e outros estão quase sendo

concluídos, como, por exemplo, o da Federa-

ção das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

No entanto, segundo o secretário de Ne-

gociações Coletivas e Jurídico da Fetropar,

Jaceguai Teixeira, um problema no sistema

mediador do Ministério do Trabalho e Em-

prego (MTE) está impedindo a conclusão de

alguns acordos.

dirigentes capacitadosNo debate sobre o replanejamento da Fe-

tropar e a atuação do ISC, os dirigentes des-

tacaram a necessidade de o Instituto fazer a

formação sindical – que atualmente é realiza-

da em parcerias com centros de treinamento.

A ideia é que alguns membros da Federa-

ção sejam capacitados para formar os traba-

lhadores de acordo com os ideais da Fetropar

e, assim, não depender de outras instituições.

Para isso, será elaborado um projeto de for-

mação da Federação, com metodologia a ser

definida.

Enquanto isso, são buscadas instituições,

como o Centro Nacional de Estudos Sindicais

e do Trabalho (CES), para fazer a capacitação

e a formação dos dirigentes,

contribuiçõesA contribuição do fundo assistencial, pago

pelas empresas às entidades sindicais, tam-

bém foi ponto de discussão. Discutiu-se sobre

o IC 001138 e os problemas que os sindicatos

estão enfrentando na esfera jurídica.

A fim de defender a autonomia e a liberda-

de sindical, foi apontada a articulação nacio-

nal em defesa da contribuição, em conjunto

com outras federações e centrais sindicais.

NotÍCias sindical

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6 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR6 i dirEÇão CErta

NotÍCias sindical

exame toxicológico é tema de reunião da Fetropar com o detran/pr

A exigência legal do exame toxicológico

para a renovação da Carteira Nacional de

Habilitação (CNH), C, D e E, tem gerado

muitas discussões na categoria de transpor-

te. Diante disso, a Fetropar se reuniu, em 12

de abril, com o diretor-geral do Departa-

mento de Trânsito do Paraná (Detran/PR),

Marcos Traad, para discutir a obrigatorieda-

de do exame.

Segundo o assessor jurídico da Fetropar,

André Passos, a classe trabalhadora passa

por transtornos recorrentes desde a aprova-

ção da lei que determinou a exigência, em

meados de 2015. A falta de conhecimento do

procedimento do exame, a lentidão na reali-

zação do laudo e o custo elevado são alguns

dos transtornos gerados pela exigência do

exame.

“Somos inteiramente a favor de políticas

públicas que visem a segurança e a saúde da

categoria. O exame toxicológico garante a in-

tegridade do trabalhador e vai contra empre-

sários que incentivam o uso de entorpecentes

para alongar a jornada de trabalho. Mas mui-

tos trabalhadores estão ficando impossibili-

tados de trabalhar, em razão dessa exigência,

porque não conseguem realizar o exame no

prazo para renovação, ou não podem arcar

com os custos da análise”, destaca o presiden-

te da Fetropar, João Batista da Silva.

Durante a reunião, João também indagou

a falta da obrigatoriedade do exame para con-

dutores das categorias A e B – que devem ser

igualmente regulados no uso de substâncias

entorpecentes no trânsito.

A Fetropar sugeriu que essa exigência seja

avisada antecipadamente. Atualmente, os

motoristas recebem uma carta 30 dias antes

do vencimento da CNH. Como o exame leva

de 15 a 21 dias para ficar pronto, muitos ficam

com a carteira suspensa temporariamente.

Diante dos problemas, o diretor-geral

do Detran/PR afirmou que a Associação Na-

cional dos Detrans (AND) entrou com uma

medida judicial para solicitar suspensão ou

adaptação mais clara dessa lei, para não haver

obrigatoriedade.

“A problematização efetiva e prática dessa

lei no dia a dia é o que irá nos mostrar que ca-

minho seguir. Temos a intenção de examinar

essa peça judicial que a AND está protocolan-

do, para entrarmos como terceiro interessado

no processo, e até mesmo reforçar as teses de-

fendidas e priorizar a realidade do trabalha-

dor”, concluiu João.

no paranáNo Paraná são aproximadamente 480 clíni-

cas que funcionam como ponto de coleta para

o material do exame e encaminham a amostra

(cabelo, pelo ou unha) para a análise de um dos

– apenas – seis laboratórios habilitados no país.

O exame detecta um amplo período de

dependência química, e pode ser realizado

até 90 dias antes da data de entrada do pro-

cesso de renovação da carteira. O custo da

análise toxicológica varia entre R$330 e R$350,

mais a taxa de coleta.

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FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 7dirEÇão CErta i 7

Fetropar participa de debate sobre o papel das trabalhadoras

Na semana do Dia Internacional da Mu-

lher, a Fetropar participou de debates sobre

os direitos das trabalhadoras.

O Papel da Mulher no Mercado de Traba-

lho e Ações Superadoras, foi o tema da audi-

ência pública realizada em 10 de março, pela

Superintendência Regional do Trabalho e

Emprego no Paraná (SRTE). O evento ocor-

reu no prédio histórico da Universidade Fe-

deral do Paraná (UFPR).

Além da Fetropar, entidades do movi-

mento sindical de diversas categorias, como

movimento social, feminista, estudantil, re-

presentantes do setor patronal e de órgãos

do governo, deputados, vereadores, dentre

outras autoridades, também participaram do

debate.

“A inspiração é sensibilizar os atores so-

ciais para buscar a ampliação e a efetivação do

direito da mulher. Precisamos fazer com que

a cultura mude, que a mulher tenha o respei-

to do homem, do seu empregador e da socie-

dade. Isso está de acordo com a nossa filosofia

de trabalho na Fetropar”, afirmou o presiden-

te da Federação, João Batista da Silva.

a mulher no mercadoCinco mulheres com posições estratégicas

de diferentes setores participaram da mesa

no painel de debates. Foram essas: a assessora

especial do ministro do Trabalho e Previdên-

cia Social, Rosane da Silva; a vice-presidente

do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná

(TRT-PR), Marlene Suguimatsu; a auditora

fiscal do trabalho, Luana de Geroni; a coor-

denadora do Fórum Estadual dos Servidores

(FES), Marlei de Carvalho e a procuradora do

MPT-PR, Mariane Josviak.

A atuação da mulher no mercado de tra-

balho e as diferenças no tratamento dos gêne-

ros no mercado, foram os principais pontos

destacados nas apresentações.

O número de mulheres que saíram da

informalidade no mercado aumentou, pas-

sando de 25,8% em 2001 para os 36% atuais,

segundo dados apresentados pelo governo

federal. Mas ainda há um grande percentual

de trabalhadoras que não têm seus direitos

garantidos e são prejudicadas por isso.

A maioria das trabalhadoras (66%), ainda

tem renda muito baixa e recebe até dois sa-

lários mínimos. Ainda assim, boa parte delas

(39%) precisam chefiar suas famílias.

em busca de avançosPara mudar a realidade atual, a igualdade

e a valorização do trabalho da mulher foram

os principais apontamentos feitos no debate.

Para as trabalhadoras, além do movimen-

to de luta das mulheres, é preciso ter uma

política de Estado mais forte para ampliar os

direitos delas e fiscalizar a implementação,

para que realmente aconteça.

“Hoje os cuidados partem mais no senti-

do de ampliar o leque de proteção a medidas

discriminatórias. Em geral, a discriminação

é algo velado, mas na medida do possível a

justiça está tentando combater essa prática”,

afirmou a vice-presidente do TRT-PR.

NotÍCias movimento

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8 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR8 i dirEÇão CErta

A exigênciA do exAme é umA dAs mudAnçAs estAbelecidAs pelA

lei 13.103/2015.

o problemA é que

fAltAm l AborAtórios

pArA reAlizAr o serviço.

NotÍCias legislação

obrigação para exames toxicológicos inicia, mas não há estrutura para atender os trabalhadores

Desde março, todos os motoristas

profissionais das categorias C, D e E são

obrigados a fazer exames toxicológicos

para renovar a Carteira Nacional de Ha-

bilitação. No entanto, a falta de estrutura

para cumprir a nova regra está prejudi-

cando muitos trabalhadores.

Os exames servem para identificar

o uso de drogas ilícitas pelos motoristas

e, assim, contribuir para a segurança nas

estradas e para a redução nos índices de

acidentes e mortes no trânsito.

Quem quiser renovar a carteira ou

atuar como caminhoneiro ou motorista

de ônibus, precisa passar pelo teste. Para

tanto, é necessário ir ao laboratório cre-

denciado para fazer a coleta de fios de ca-

belo para o exame. Apenas quando tiver

o laudo, que demora cerca de 20 dias, o

motorista poderá fazer as demais etapas

do processo de habilitação no Detran-PR.

A exigência é uma das mudanças es-

tabelecidas pela lei 13.103/2015. Esta é a

chamada Lei dos Caminhoneiros, que

aumentou a carga horária e precarizou as

condições de trabalho dos motoristas.

O problema é que faltam laboratórios

para realizar o serviço. Hoje, apenas seis

laboratórios são credenciados pelo De-

partamento Nacional de Trânsito (Dena-

tran) para atender a demanda.

“No Paraná e em todo o país, a quanti-

dade de clínicas disponíveis é insuficien-

te. Por isso, a Associação Nacional dos

Detrans teve a iniciativa de ingressar com

uma ação para suspender a obrigatorie-

dade em todos os estados, ou seja, é um

problema nacional”, afirma o advogado

especialista em trânsito e presidente da

comissão de trânsito

da Ordem dos Advogados do Brasil Seção

Paraná (OAB-PR), Marcelo Araújo.

Só no Paraná, são mais de 1,2 milhão

de motoristas registrados nessas catego-

rias. Laboratórios insuficientes atrasam

o processo e, com isso, os trabalhadores

correm o risco de ficar sem a habilitação

e, consequentemente, sem exercer a pro-

fissão.

“Na minha cidade só um laboratório

coleta o material e encaminha para análi-

se em São Paulo. Isso leva mais de 20 dias,

se o material não demorar para ser envia-

do, e o Detran só abre o processo para a

renovação quando o trabalhador tem o

resultado em mãos. Temos trabalhadores

que estão com o prazo quase vencendo

e ainda não conseguiram isso. Daqui a

pouco não vão poder trabalhar”, afirma o

presidente do Sindicato dos Trabalhado-

res em Transportes Rodoviários de Toledo

(Sinttrotol), Luiz Adão Turmina.

Em alguns estados, os Departamentos

de Trânsito já conseguiram suspender a me-

dida até que haja infraestrutura adequada.

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FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 9dirEÇão CErta i 9

NotÍCias legislação

alto custo Para o trabalhador, adequar-se à nova

exigência está saindo caro. No Paraná o

custo do exame varia de R$ 350 a R$ 550.

Mas como muitas empresas se recusam a

arcar com esse valor, os trabalhadores são

obrigados a usar recursos próprios.

“Se o motorista estiver empregado, a

empresa é obrigada a pagar o exame, mas

os trabalhadores estão tirando do pró-

prio bolso. Até pegar a CNH, o valor de

todos os custos é muito alto. Então vamos

ter que analisar a forma como devemos

agir”, destaca o presidente do Sindicato

dos Trabalhadores em Transportes Rodo-

viários de Pato Branco (Sintropab), Ênio

Antonio da Luz.

políticas eFetivasPara os trabalhadores, outro proble-

ma é que, em vez de propor medidas efe-

tivas de proteção à saúde dos motoristas,

a nova regra pode rotular os profissionais

e gerar riscos, pois os trabalhadores que

tiverem resultado positivo no exame po-

dem ser impedidos de ter a habilitação

renovada.

“Depois que forem constatadas as

pessoas que têm dependência, o que vai

acontecer com esses trabalhadores? Eles

serão demitidos? Terão que mudar de

profissão?”, questiona o presidente da Fe-

tropar, João Batista da Silva.

A implementação de uma política de

saúde para tratamento e recuperação dos

dependentes é fundamental nesse pro-

cesso.

“A obrigatoriedade do exame toxico-

lógico para os motoristas profissionais

não pode ter caráter apenas punitivo, mas

deve estar ligada diretamente a uma polí-

tica de saúde que seja capaz de promover

o acompanhamento, o tratamento e a re-

cuperação dos trabalhadores cujo exame

tiver resultado positivo”, finaliza o presi-

dente.

EXAME TOXICOLÓGICO

1,2 milhão de motoristas

registrados nas categorias C, D e E.

6 laboratórioscredenciados 20 dias

para o laudo

DEpoiS qUE forEm conSTaTaDaS aS pESSoaS qUE Têm DEpEnDência, o qUE vai aconTEcEr com ESSES TrabalhaDorES?

ElES SErÃo DEmiTiDoS? TErÃo qUE mUDar DE profiSSÃo?

“ “

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10 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR10 i dirEÇão CErta

NotÍCias negociações

trabalho da comissão de negociações garante ganhos reais aos trabalhadores

A comissão de negociações coletivas da

Fetropar tem papel fundamental para que

os trabalhadores rodoviários tenham direi-

tos garantidos e melhorias nas condições de

trabalho e no salário.

Por meio do trabalho intenso, realizado

pela Federação em conjunto com os sindi-

catos filiados, as primeiras negociações de

2016 já trouxeram excelentes resultados

para os trabalhadores.

“Esse trabalho centralizado na Fetropar

é muito importante, porque conseguimos

unificar os trabalhadores de várias regiões

do estado e garantir direitos iguais a todos.

Se não fosse a comissão, nós teríamos mui-

tas diferenças nos pisos salariais”, destaca o

secretário de Negociações Coletivas e Jurí-

dico da Federação, Jaceguai Teixeira.

Todos os acordos firmados até agora

pela comissão garantiram a reposição da

inflação para os trabalhadores, evitando

que tenham o poder de compra reduzido.

Algumas delas, inclusive, trouxeram per-

centuais com ganhos reais para as catego-

rias.

Nas negociações com a Federação das

Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e

com o Sindicato das Indústrias Metalúrgi-

cas, Mecânicas e de Material Elétrico do Es-

tado do Paraná (Sindimetal-PR), por exem-

plo, os pisos foram reajustados em 11,88%.

“A maioria das negociações tem o índi-

ce de reajuste de acordo com

a categoria preponderante,

mas nas negociações dos

pisos salariais estamos conse-

guindo um aumento maior”,

destaca Jaceguai.

Os trabalhadores do

setor intermunicipal tam-

bém já estão com o acordo

renovado para o próximo

período. A negociação re-

sultou em 10% de reajuste,

um percentual ainda maior

nos pisos salariais e outros

benefícios.

Algumas datas-ba-

ses de maio já tiveram

as negociações adiantadas e também com

ganhos para os trabalhadores. A convenção

do setor interestadual já foi firmada com

10% de reajuste, assim como a dos trabalha-

dores de guinchos, que ficou em 9,5%.

Outras negociações como a com o Sin-

dicato das Franquias dos Correios do Es-

tado do Paraná (Sinfranco) e Sinfretiba

Sindicato das Empresas de Transportes de

Passageiros (Sinfretiba), por exemplo, ain-

da estão em andamento.

cenário diFícilO trabalho da comissão de negociações

se destaca ainda mais diante do cenário de

crise econômica que o país enfrenta.

De acordo com Jaceguai, a maioria das

negociações coletivas das outras categorias

está conseguindo no máximo a reposição

da inflação e a manutenção dos direitos já

adquiridos. Em alguns estados, como São

Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, ainda

há a exigência do patronal de redução de

jornada e salários.

“Nós já conseguimos começar as ne-

gociações das datas-bases desse ano mui-

to bem. Estamos conseguindo manter os

direitos e avançar nos salários. Espera-

mos continuar com esse bom resultado,

trazendo ganho real para o trabalhador

mesmo com o ônus de crise”, finaliza Ja-

ceguai.

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FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 11dirEÇão CErta i 11

Curtas rápidas

A jornada de trabalho dos motoristas é re-

gulamentada pela lei, mas, ainda assim, há

empresas que submetem os funcionários a

jornadas exaustivas.

Para combater essa prática, em abril a ter-

ceira turma do Tribunal Superior do Traba-

lho (TST) manteve decisão que condenou a

JBS S.A. a pagar indenização de R$ 30 mil

a um motorista submetido a 18h diárias de

trabalho.

A assessoria jurídica do sindicato serve

para o trabalhador conseguir orientação para

lutar pelos direitos sem precisar arcar com os

custos. Reafirmando esse direito, o TRT da

12ª Região condenou um advogado creden-

ciado a um sindicato a indenizar o trabalha-

dor por cobrar honorários indevidamente.

O advogado cobrou 20% do acordo realizado

com a empresa como pagamento dos hono-

O TRT da 4ª Região determinou a proibição

da pesquisa de informações sobre a situa-

ção financeira de candidatos a vagas de em-

prego, feita pela transportadora Gabardo.

Para a juíza Lígia Maria Fialho Belmonte

que analisou a ação, essa atitude é discri-

motorista é indenizado por excesso de jornada

atendimento jurídico deve ser gratuito para o trabalhador

De acordo com o Tribunal Regional do Tra-

balho (TRT) da 3ª Região, que recebeu a de-

núncia do trabalhador, a jornada exaustiva

pode ser enquadrada como “trabalho em

condição análoga à de escravo”.

pesquisar situação Financeira de candidatos é considerado discriminação

justiça reconhece risco em sistema de transporte do combustível

transportar pessoas com doenças contagiosas é atividade insalubre

Um motorista que dirigia caminhões

com tanque de combustível suplemen-

tar teve reconhecido o direito de receber

adicional de periculosidade. A decisão

foi do TRT da 4ª Região, que considera

periculoso o transporte de inflamáveis

em tanque suplementar com capacida-

de acima de 200 litros, mesmo que des-

tinado ao consumo próprio, pelo risco

de incêndios e explosões.

Motoristas que realizam o transporte

de pacientes com doenças infectoconta-

giosas, cujas empresas não oferecem os

materiais de proteção necessários, têm di-

reito a receber adicional de insalubridade.

A decisão é do TRT da 23ª Região, que

concedeu a um motorista que tinha conta-

to com pessoas com doenças contagiosas,

o direito de receber o adicional de 20%.

minatória, invade informações sigilosas

do trabalhador, prejudica o direito social

ao trabalho e pode penalizar o candidato

indevidamente. Leis, convenções inter-

nacionais e a própria constituição Federal

vedam a discriminação nas relações de tra-

balho.

Como punição, a transportadora deverá pa-

gar R$ 50 mil por danos morais coletivos, e

caso descumpra a proibição, estará sujeita

à multa de R$ 10 mil a cada ocorrência. A

decisão ainda é em primeira instância.

rários. Para o Tribunal, a cobrança é irregular,

pois a remuneração é responsabilidade do sin-

dicato.

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12 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR12 i dirEÇão CErta

srte-pr acata pedido do sintramotos de Fiscalização na aplicação da lei 12.009/2009

NotÍCias sindicatos

Em reunião na Superintendência Regional

do Ministério do Trabalho e Emprego no Para-

ná (SRTE-PR), o presidente e o secretário-geral

do Sindicato dos Trabalhadores Condutores de

Veículos, Motonetas, Motocicletas e Similares

de Curitiba e Região Metropolitana (Sintramo-

tos), vereador Cacá Pereira e Edmilson da Mata,

respectivamente, trouxeram boas perspectivas

aos motofretistas.

O Sindicato, há alguns anos, luta pela apli-

cação da lei 12.009/09 – que regulamenta o

exercício das atividades dos motofretistas – e,

segundo o presidente da entidade, “aos poucos

consegue que a lei seja empregada, para que

leve melhores condições aos trabalhadores do

motofrete”.

Os advogados André Passos e Renan Lou-

renço Prado, responsáveis pelo departamento

jurídico do Sintramotos, também acompanha-

ram a reunião observando os aspectos legais

das medidas que visam coibir alguns abusos e

desrespeitos à lei.

O superintendente regional do Trabalho,

Márcio Pessatti, considera indispensável o en-

volvimento do órgão para que a lei seja respei-

tada. Por isso, propôs alternativas, que vão de

mesa redonda à fiscalização rígida nas empre-

sas.

“Acredito que muitas empresas podem se

adequar à lei, que existe desde 2009 e levamos

anos para discutir a efetiva aplicação”, disse Ed-

milson, ao acrescentar que a reunião com a Dele-

gacia Regional do Trabalho do Paraná (DRT-PR)

foi realizada com a finalidade de pedir ajuda para

que a lei seja uma prática contínua.

“Infelizmente, ainda existem irregularida-

des no cumprimento dos direitos trabalhistas.

Entendemos, hoje, que a SRTE-PR é o melhor

caminho para fazer com que as empresas res-

peitem a lei. Esta é uma profissão de risco e a

lei exige o cumprimento de alguns quesitos que

pretendem reduzir os acidentes envolvendo os

trabalhadores”, explicou Cacá Pereira.

Para o presidente do sindicato, a reunião

foi produtiva, pois o superintendente e os au-

ditores concordam com a necessidade da efe-

tiva aplicação da lei. Segundo ele, de cada 100

empresas, cerca de 70 não pagam 13º salário ou

férias aos motofretistas.

Por essa razão, a inclusão de uma cláusula

na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) no

setor patronal de prestação de serviços, que

obriga as empresas a fazerem o pagamento do

13º e das férias em cheque nominal ou depósito

em conta bancária, foi uma grande conquista.

“A lei e a CCT existem para benefício dos

trabalhadores e devem ser respeitadas pelos

empresários”, assinalou André Passos. Para Pra-

do, muitas conquistas foram construídas nas

negociações e, por isso, ele considera que tanto

a negociação com os empresários como a fisca-

lização da DRT são caminhos viáveis para que a

lei seja cumprida.

Depois de ouvir os argumentos do

Sintramotos, Pessatti afirmou que a SRTE-PR

precisa acolher a demanda dos motofretistas.

“Com maior rigidez nas fiscalizações, esses

profissionais poderão ter, finalmente, reconhe-

cidos alguns direitos que hoje são esquecidos

ou ignorados”, completou Cacá Pereira.

Fonte: Sintramotos

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FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 13dirEÇão CErta i 13

motoristas e cobradores de ônibus realizam debate com ciclistas e promovem melhorias para a cidade

NotÍCias sindicatos

Em 1º de abril, representantes do Sindi-

cato dos Motoristas e Cobradores de Ôni-

bus de Curitiba e Região Metropolitana

(Sindimoc) participaram de uma reunião

organizada pela Associação de Ciclistas do

Alto Iguaçu (Ciclociguaçu) que, por meio da

Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), convi-

dou os motoristas para um bate-papo sobre

diversas questões do trânsito da capital.

A reunião aconteceu na Escola Pública

de Trânsito da Secretaria Municipal de Trân-

sito, localizada na Casa Klemtz do Bosque

da Fazendinha. Os representantes da CicloI-

guaçu apresentaram textos e vídeos com

conceitos e dados sobre o trânsito na cidade

e no mundo e, após isso, os participantes

compartilharam experiências e visões sobre

o tema principal, que era sobre acidentes.

Ciclistas na canaleta, respeito à sinalização

e a todos os modais participantes do trânsito

foram alguns dos tópicos debatidos.

O vereador Rogério Campos participou

da reunião e afirmou que a participação dos

motoristas e cobradores nesse tipo de debate

traz uma discussão mais justa e promove

uma boa solução para todos.

“Encontros como esse são o ponta pé inicial

de uma cidade melhor. Assim todos podem

levantar seus pontos no debate e podemos, jun-

tos, tornar viáveis as melhorias”, frisou Cacá.

O encontro foi muito positivo na avalia-

ção de ciclistas e motoristas. “Todos pude-

ram conversar diretamente com quem está

presente no dia a dia nas ruas da cidade. Pre-

cisamos conhecer a situação de cada um dos

envolvidos nesse cenário, pois ainda esta-

mos muito distantes uns dos outros – ciclis-

tas, motoristas e pedestres. Essa foi uma

troca inicial de vivências e a intenção é man-

ter e intensificar esses encontros, principal-

mente nesse espaço público de trânsito da

Prefeitura. É muito importante que o poder

público municipal esteja incentivando ações

como essa”, diz Henrique Jakobi Moreira,

coordenador administrativo da CicloIguaçu.

Para Ricardo Ribeiro, que é motorista há

21 anos e atualmente atua no Sindimoc, a ati-

vidade abriu a visão dos participantes sobre

diversos temas. “Foi ótimo para todo mundo.

Tivemos a oportunidade de explicar como

funciona hoje o transporte coletivo, como é o

trabalho do motorista de ônibus. Esperamos

que sejam agendados mais encontros como

esse no futuro. Estamos sempre à disposição

para realizar um trabalho futuro sobre o pro-

blema dos ciclistas nas canaletas de ônibus”.

Fonte: Sindimoc

aciDEnTES, cicliSTaS na canalETa, rESpEiTo À SinalizaçÃo E a ToDoS oS moDaiS

parTicipanTES Do TrânSiTo foram DEbaTiDoS.

“ “

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14 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR14 i dirEÇão CErta

sindeesmat garante à categoria um dos melhores reajustes do país

NotÍCias sindicatos

Em tempos de crise econômica, garantir

um bom reajuste no salário dos trabalha-

dores não é fácil como parece. O Sindicato

precisa negociar muito para convencer os

patrões a pagarem mais aos funcionários.

Esse é o trabalho que o Sindicato dos

Empregados em Escritório e Manutenção

nas Empresas de Transportes de Passageiros

de Curitiba e Região Metropolitana (Sinde-

esmat) está desenvolvendo na negociação

coletiva para 2016. Com a atuação do Sin-

dicato, o reajuste dos salários e de todas as

cláusulas econômicas da data-base ficou de-

finido em 11,3%. O percentual foi acordado

com o Sindicato das Empresas de Ônibus de

Curitiba e Região Metropolitana (Setransp),

em 26 de fevereiro.

Isso significa que os trabalhadores tive-

ram o poder de compra garantido. Ao lon-

go do ano, sobem os preços dos produtos e

serviços, aluguéis e contas aumentam e o

trabalhador consegue pagar cada vez menos

contas com o que ganha. Isso ocorre por cau-

sa da inflação. Mas com o reajuste do Índice

Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)

na negociação, esse prejuízo não acontece.

Já no vale-alimentação, o ganho foi mui-

to maior. O Sindeesmat conseguiu mais de

20% de reajuste. Com isso, o vale passou dos

antigos R$ 415 para R$ 500 – o que faz muita

diferença na hora de escolher o que comprar

no mercado. Além disso, o abono salarial fi-

cou em R$ 390.

“Acompanho o trabalho do Sindicato há

21 anos, e essa atuação deles é extremamente

importante. Diante da crise que o país vive, a

reposição do INPC nos salários já deixa uma

situação mais justa para os trabalhadores”,

conta o técnico de segurança e medicina

do trabalho da Auto Viação Santo Antônio,

Emilio Cesar Bolzani.

Os trabalhadores já sentem a diferença

nos salários, pois os reajustes já foram incor-

porados aos pagamentos de fevereiro.

De acordo com a assessoria jurídica

do Sindicato, em razão da crise, muitas

empresas oferecem percentuais abaixo do

INPC para os trabalhadores. Diante disso,

o trabalho do Sindeesmat deve ser desta-

cado.

“Poucas categorias conseguiram esse

percentual. Mas no Sindeesmat a atuação no

direito coletivo é muito forte e eficiente. Esse

é o resultado de muita luta do Sindicato em

busca de melhorias para os trabalhadores”,

afirma a assessora jurídica da entidade, Lu-

cia Maria Beloni Correa Dias.

negociações Mesmo com o reajuste salarial já garan-

tido, as negociações coletivas ainda não ter-

minaram.

Como o Sindeesmat ingressou com dissí-

dio coletivo no Tribunal Regional do Traba-

lho do Paraná (TRT-PR) reivindicando, tam-

bém, melhorias das condições de trabalho

da categoria, ainda deverão ser discutidas as

demais cláusulas da pauta de reivindicações

dos trabalhadores.

“Nosso trabalho para as negociações

deste ano já iniciou em dezembro, com a

assembleia e aprovação da pauta. Até ago-

ra, realizamos duas mesas de negociação e

uma audiência de dissídio no Tribunal. Já

garantimos um bom reajuste para nossa

categoria, mas vamos continuar nossa luta

para conseguir avanços em outras deman-

das dos trabalhadores”, esclarece o presi-

dente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues

Ferreira Junior.

Fonte: Sindeesmat

20%no vale-

alimentação

11,3%no

salário

11,3%no abono salarial

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FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 15dirEÇão CErta i 15

NotÍCias rápidas

O Sindicato dos Trabalhadores Autônomos

e Empregados nos Serviços de Transporte de

Peso e Pequenas Cargas Mediante Utilização

de Motocicletas e Motonetas de Maringá e

Região Noroeste (Sindimoto/Noroeste) veri-

ficou que empresas de transporte de gás não

estavam pagando os benefícios, conquistados

em Convenção Coletiva, aos motociclistas.

Dentre essas estão a Participação nos Lucros

e Resultados (PLR) de R$ 486 e o ticket ali-

mentação diário de R$ 14.

O presidente do Sindicato dos Motoristas,

Condutores de Veículos Rodoviários Urbanos

e em Geral, Trabalhadores em Transportes Ro-

doviários de Dois Vizinhos (Sintrodov), Alcir A.

Ganassini, e o secretário de finanças, Carlos Bif,

reuniram o Conselho Fiscal no início de março.

Cumprindo as determinações estatutá-

rias, foi apresentada toda a movimentação

financeira da entidade para o Conselho fazer

Durante o mês de março, o Sindicato dos

Condutores de Veículos Rodoviários e Tra-

balhadores em Empresas de Transportes

de Cargas, Passageiros Urbanos, Motoris-

tas, Cobradores de Linhas Intermunici-

pal, Interestadual e de Turismo de Campo

sindimoto/noroeste realiza Fiscalização em empresas de gás

conselho Fiscal do sintrodov se reúne para prestação de contas

Constatando o descumprimento, por meio

de denúncias dos trabalhadores, o Sindicato

enviou ofícios às empresas e está realizando,

com os trabalhadores, o acordo desses paga-

mentos.

sitrocam realizou atividades com trabalhadores em março

sintrau Finaliza obra da nova sede

assembleia geral com trabalhadores da cobezal e zatran

O Sindicato dos Trabalhadores e Con-

dutores em Transportes Rodoviários e

Anexos de Umuarama (Sintrau) concluiu

as obras da nova sede. A construção da

sede da entidade estava sendo realizada

desde o começo de 2015.

O novo espaço foi pensado para ampliar

o atendimento ao trabalhador, e conta com

salas para reuniões, cursos, atendimento ju-

rídico, dentre outros serviços. O novo ende-

reço é: Rua Edson Duarte Lopes, 1852.

Em 4 de abril, os trabalhadores das

empresas Cobezal Comércio de Bebidas e

Zatran Transportes estiveram no Sindicato

dos Trabalhadores em Transportes Rodo-

viários de Cascavel (Sitrovel) para discutir

a renovação do Acordo Coletivo de Traba-

lho. Os 44 trabalhadores debateram pautas

como reajuste salarial, e elegeram repre-

sentantes para a comissão de negociação.

Mourão (Sitrocam) realizou confraterni-

zações e sorteio com a trabalhadores da

categoria.

Em 8 de março, o Sindicato promoveu um

jantar em comemoração ao Dia Internacio-

nal da Mulher, com a presença das associa-

das.

Já no dia 22, o Sitrocam realizou o sorteio

de uma cesta de páscoa para os associados.

O ganhador foi Edilson Fonseca da Costa,

trabalhador da empresa Viação Mourãoense

Ltda.

as auditorias necessárias e dar seu parecer.As

contas serão apreciadas em Assembleia , que

será realizada em 30 de abril.

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16 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR16 i dirEÇão CErta

trabalhadores Finalizam primeiro curso de motoFrete deste ano

Com o objetivo de oferecer aos trabalha-

dores mais conhecimento e capacitação pro-

fissional, o ISC em 2016, com apoio da Fetro-

par, realizará cursos gratuitos para qualificar

850 motociclistas de Curitiba e região.

“Estima-se que Curitiba e região metro-

politana tenham 18 mil motofretistas. Apenas

6 mil estão regulamentados. Nosso intuito é

ajudar o sindicato, disponibilizando o curso

gratuitamente e auxiliando os trabalhadores

nessa capacitação”, explicou o diretor adminis-

trativo do ISC, Munir Varela.

Em 21 de março, a primeira turma de mo-

tofretistas concluiu o curso. Ao todo, foram 26

profissionais capacitados.

Para os trabalhadores, fazer o curso gratui-

tamente é a oportunidade de conseguir a tão

desejada regulamentação. Pela lei, os motofre-

tistas devem, obrigatoriamente, fazer o curso.

Caso fossem pagar à parte, desembolsariam no

mínimo R$ 350,00.

Além de trabalhar de acordo com a lei,

renovar os conhecimentos é, também, muito

importante para os trabalhadores. Giovana

Bisinellaera, a única mulher dessa turma, des-

tacou a importância da capacitação: “depois

que tira a carteira, a gente não lê mais sobre

isso, então é bom o trabalhador se renovar.

Esse aprendizado serve para a nossa profissão

e para a vida”.

Com a finalização do curso, os trabalhado-

res poderão dar continuidade ao processo para

conseguir a regulamentação junto ao governo.

capacitaçãoDurante os três dias de curso, o instrutor

João Batista Lima atualizou os trabalhadores

sobre as mudanças na legislação, em especial

na área de motofrete – que agora é considerada

profissão de alto risco.

Para o dia a dia dos motociclistas foram

passados ensinamentos sobre direção defensi-

va, sinalização, primeiros socorros e questões

relativas ao meio ambiente.

Contudo, de acordo com Lima, a tarefa

fundamental é a prática da cidadania. “É im-

portante entender que o espaço urbano é co-

letivo e tem que ser utilizado de forma social”,

esclareceu o instrutor.

Com os conhecimentos teóricos, a prática

no trânsito também deve melhorar. “Se conhe-

cermos o princípio da lei, poderemos saber

como nos portar perante a sociedade e ter mais

segurança no trânsito para todos os que estive-

rem nas vias públicas. Acredito que, com essa

instrução, vamos melhorar o nosso trabalho e

nossos direitos também”, contou o aluno Wolf

de Lara.

oFicina

No curso, os profissionais também passa-

ram pela oficina do Trabalho Decente. O as-

sessor de qualificação profissional da Secreta-

ria Municipal do Trabalho e Emprego (SMTE)

da Prefeitura Municipal de Curitiba, Fábio

Pereira, explicou aos trabalhadores os princi-

pais pontos da Agenda Nacional de Trabalho

Decente (ANTD).

iNstituto cursos

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FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 17dirEÇão CErta i 17

trabalhadores de nova aurora aprendem a operar máquinas pesadas

Na construção civil, diversas máquinas

pesadas são usadas para perfurar estruturas

e carregar materiais e grandes peças. Mas,

para fazer tudo isso, é preciso ter um profis-

sional com conhecimento e capacidade de

operar as máquinas com segurança.

Para qualificar os trabalhadores e pre-

pará-los para conduzir esses veículos nas

obras, o ISC realizou um curso para os tra-

balhadores da região de Nova Aurora, de 11

a 13 de março.

Durante o curso, o instrutor Edinilson

José T. Boti ensinou aos alunos como tra-

balhar com pá carregadeira, escavadeira hi-

dráulica e motoniveladora.

“Saber o princípio de funcionamento de

cada máquina e o que ela pode fazer é impor-

tante para poder utilizá-las corretamente no

momento do trabalho. Até porque isso pode

variar de acordo com o tipo do terreno que o

trabalho é feito, como, por exemplo em ter-

ras mais arenosas”, explicou o instrutor.

Geremias dos Santos Silva é um dos 13

alunos que se formou no curso, e já iniciou a

nova profissão. “Meu colega falou que iria fa-

zer o curso e me convidou. Nas aulas, apren-

di muita coisa que não sabia: as teorias,

como fazer carregamento, os cuidados que

precisamos ter. Agora já estou trabalhando

com essas máquinas”, contou.

De acordo com o Sintrovel, a formação

de profissionais especializados para lidar

com este tipo de máquinas é importante

para atender a grande demanda da região.

“Tem bastante procura por esses trabalha-

dores aqui na região, principalmente das

empresas de material de construção e coo-

perativas. Como não temos muitos profis-

sionais, as empresas acabam valorizando

mais o trabalhador e remunerando melhor,

porque não é fácil encontrar um bom traba-

lhador nessa área”, explica o secretário-geral

do Sindicato, Jonas Cleiton Comissio.

conhecimentosAo todo, os trabalhadores tiveram 30

horas de treinamento, os conteúdos foram

divididos em cinco módulos, com aulas te-

óricas e práticas.

Para começar, os alunos aprenderam as

qualificações para ser um operador e como

são os procedimentos para mexer nessas má-

quinas. Como as atividades com máquinas

e equipamentos pesados oferecem riscos,

também foram apresentados os direitos dos

funcionários em casos de acidentes de traba-

lho.

A partir daí, o conteúdo passou para o

funcionamento das máquinas. Para saber

conduzir esses equipamentos, o trabalhador

precisa conhecer o equilíbrio, a estabilida-

de e o centro de gravidade para não correr o

risco de tombar ao fazer uma curva. Os sis-

temas para a movimentação de materiais e

funcionamentos dos comandos da máquina

também foram ensinados.

Além das atividades do dia-a-dia, os

alunos também aprenderam a fazer manu-

tenção e verificação das máquinas, para dei-

xá-las em bom estado e prevenir acidentes.

iNstituto cursos

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18 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR18 i dirEÇão CErta

isc promove pesquisa inédita com trabalhadores da categoria

Desde 1998, a Fetropar contribui na

missão que os sindicatos têm de propor-

cionar melhorias nas condições de vida

do trabalhador rodoviário. Por isso, o Ins-

tituto São Cristóvão (ISC), em conjunto

com a Federação, busca constantemente

fomentar esse auxílio e desenvolver cur-

sos que capacitem a classe trabalhadora.

Em razão disso, o Instituto dará início

a um grande projeto nas próximas sema-

nas. Trata-se de uma pesquisa de opinião

inédita com toda a categoria.

“O objetivo da ação é levantar dados

sobre as reais necessidades dos trabalha-

dores e seus anseios no que diz respeito

à atuação da Federação e de seus sindi-

catos”, afirmou o diretor do ISC, Munir

Varela.

O presidente da Fetropar, João Batis-

ta da Silva, ressalta que a iniciativa é um

dos pontos do planejamento estratégico

da Federação para 2016. “Acreditamos

que, quanto mais um sindicato consegue

pensar sobre suas estratégias de atuação,

melhores são os resultados do seu traba-

lho. Por isso, estamos promovendo essa

pesquisa para melhorar a ação dos sin-

dicatos e, consequentemente, a vida dos

trabalhadores da categoria”, afirma.

treinamento para a pesquisa

O lançamento da pesquisa ocorreu em

15 de abril, quando o ISC reuniu dezenas

de representantes sindicais para receber

um treinamento específico sobre os obje-

tivos e a metodologia da atividade.

O curso serviu para qualificar os en-

volvidos no projeto, nesse caso os diri-

gentes sindicais, que ficarão respon-

sáveis por compor uma equipe para a

pesquisa, e os pesquisadores, que estarão

diretamente na base coletando os dados

da pesquisa.

Os sindicalistas presentes tiveram a

oportunidade de conhecer os modelos de

questionários que serão utilizados. Além

disso, foi deita orientação sobre todos

os procedimentos que serão adotados na

empresa, inclusive a forma de abordagem

com os trabalhadores.

A previsão é de que os dados comecem

a ser coletados no início de maio.

iNstituto pesquisa

o objETivo é lEvanTar DaDoS SobrE aS

nEcESSiDaDES E anSEioS DoS TrabalhaDorES

no qUE Diz rESpEiTo À aTUaçÃo Da fEDEraçÃo E

DE SEUS SinDicaToS.

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FETROPAR | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | PÁG. 19dirEÇão CErta i 19

O USO DO CELULAR NO TRÂNSITO

80% USAM O CELULAR NA DIREÇÃO

Conforme levantamento do Hospital Samaritano de São Paulo, 8% dessas pessoas afirmou que não mudaria o comportamento.

R$:85É O VALOR DA MULTA PARA QUEM

FALA AO CELULAR AO DIRIGIR.

INFRAçÃO

MÉDIASÃO QUATRO PONTOS NA CNH.

R$:85

R$: 85

DE DISTRAÇÃOcom o celular equivalem a percorrer a distância de um campo de futebol sem ver o que está acontecendo do lado de fora do carro.Segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária, essa distância pode ser constatada em veículos que estão a 80km/m.5

ANUALMENTE, O USO DO CELULAR NO TRÂNSITO RESULTA EM

1,3MILHÃO DE ACIDENTES.

4ª MAIOR OCORRÊNCIA DE ACIDENTES

NO BRASILSegundo dados do seguro Dpvat, que é direito das vítimas de acidentes de trânsito de todo o território nacional.

FALAR OU DIGITAR NO

CELULAR ATRASA EM

35%Segundo estudo do Ministério do Transporte, o percentual é bem superi-or do que o tempo médio de reação de uma pessoa levemente alcoolizada ao volante, que, comparada a uma pessoa não alcooliza-da, é de 12%.8ª MAIS

COMUM NO PARANÁ

O Detran PR divulgou que, depois de Curitiba (48.112 infrações registradas), Maringá foi o município que apresentou maior número de multas por uso de celular na direção (13.893), em 2015. Na sequência, aparecem Londrina (9.107), Cascavel (5.535), Foz do Iguaçu (2.855), Ponta Grossa (2.830) e São José dos Pinhais (1.372).

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20 PÁG. SETEMBRO E OUTUBRO DE 2014 | FETROPAR20 i dirEÇão CErta

contribuição assistencial dos trabalhadores às entidades sindicais proFissionais

Conforme decisão dos trabalhadores nas

assembleias gerais realizadas pelas entidades

sindicais profissionais filiadas à Fetropar, todos

os trabalhadores beneficiados pelos instru-

mentos normativos negociados, contribuirão

com valor de 1% de seus salários bases men-

sais, a título de Contribuição Assistencial, nos

fEDEraçÃo DaS inDÚSTriaS Do ESTaDo Do paraná – 2014

termos do art. 513 da CLT. Em todos os instru-

mentos coletivos negociados estão previstos os

referidos descontos, ficando estabelecido o di-

reito de oposição a todos os trabalhadores não

associados, na forma da Memo Circular SRTE/

MTE 4, de 20 de janeiro de 2006, para exercer o

direito de oposição, cada trabalhador deverá se

apresentar na sede de seu sindicato, com carta

escrita de próprio punho, no prazo de 10 dias

antes do primeiro desconto, após o depósito

do instrumento coletivo de trabalho na Supe-

rintendência Regional do Trabalho e Emprego

no Estado do Paraná, e divulgação do referido

instrumento pelo sindicato profissional.

aCordosCondutores de carreta, treminhão e bi-trem, equipados ou não com guindauto R$ 1.420; Condutores de truck equipados ou não com guindauto e de ônibus R$ 1.170; Condutores de veículos toco equipados ou não com guindauto R$ 1.110; Condutores de outros veículos equipa-dos ou não com guindauto, dentre esses: equipamentos automotores destinados à

movimentação de cargas, conduzidos em via pública, conforme o artigo 144 do CTB R$ 1.050; Condutores de veíc. c/ cap. de até 1 t. equi-pados ou não com guindauto e motociclis-tas R$ 940;Ajudantes de motorista, entendidos estes os que, com exclusividade e em caráter per-manente, auxiliam o motorista em cargas, descargas e manobras, com ele permanecendo

durante o transporte em viagem: terão esta-belecido o valor mínimo de salário normativo fixado na convenção coletiva de trabalho da ca-tegoria preponderante, observados, inclusive, os critérios lá mencionados, não podendo em hipótese nenhuma ser inferiores a R$ 910.Reajuste dos pisos salariais dos trabalhadores rodoviários que estão acima de nossa CCT, se-rão corrigidos pelo mesmo percentual da cate-goria preponderante na mesma data-base.

SinDicaTo DaS inDÚSTriaS DE proDUToS avícolaS Do ESTaDo Do paraná (SinDiavipar) – 2014

Condutores de carreta, treminhão e bi-trem, equipados ou não com guindauto R$ 1.420;Condutores de truck equipados ou não com guindauto e de ônibus R$ 1.170;Condutores de veículos toco equipados ou não com guindauto R$ 1.110;Condutores de outros veículos equipa-dos ou não com guindauto, dentre estes, equipamentos automotores destinados à

movimentação de cargas, conduzidos em via pública, conforme o artigo 144 do CTB R$ 1.050;Condutores de veíc. c/ cap. de até 1 t. equi-pados ou não com guindauto e motociclis-tas R$ 970;Ajudantes de motorista, entendidos estes os que, com exclusividade e em caráter per-manente, auxiliam o motorista em cargas, descargas e manobras, com ele permanecendo

durante o transporte em viagem: terão esta-belecido o valor mínimo de salário normativo fixado na convenção coletiva de trabalho da ca-tegoria preponderante, observados, inclusive, os critérios lá mencionados, não podendo em hipótese nenhuma ser inferior a R$ 970.Reajuste dos pisos salariais dos trabalhadores rodoviários que estão acima de nossa CCT, se-rão corrigidos pelo mesmo percentual da cate-goria preponderante na mesma data-base.

SinDicaTo DaS inDÚSTriaS mETalUrGicaS, mEcânica E DE maTErial ElETrico Do ESTaDo Do paraná (SinDimETal) – 2014

Condutores de carreta, treminhão e bi-trem R$ 1.499,60;Condutores de truck e de ônibus R$ 1.235,10;Condutores de veículos toco R$ 1.169,55;Condutores de outros veículos, dentre es-

tes, equipamentos automotores destina-dos à movimentação de cargas, conduzi-dos em via pública, conforme o artigo 144 do CTB R$ 1.107,45;Condutores de veíc. c/ cap. de até 1 t. R$ 1.044,20;

Ajudantes de motorista, entendidos estes os que, com exclusividade e em caráter per-manente, auxiliam o motorista em cargas, descargas e manobras, com ele permanecendo durante o transporte em viagem R$ 1.010,85.