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O projecto Páginas da Terra foiconcebido e elaborado conside-rando:– o aluno como a principal coor-

denada no processo de ensino--aprendizagem;

– a organização e a gestão docurrículo nacional, tendo emconta as competências geraisdo Ensino Básico;

– a articulação dos diferentescomponentes fundamentais dodesenvolvimento programá-tico, nomeadamente, compe-tências, temas organizadores,conteúdos, orientação metodo-lógica e avaliação.

A organização do ensino dasCiências da Natureza no 5.° anodesenvolve-se, principalmente, emtorno de três temas organizadores:• Terra no Espaço;• Terra em transformação;• Sustentabilidade na Terra.

Com estes temas pretende-se:– que os alunos compreendam

conceitos relacionados com aestrutura e o funcionamento doSistema Terra;

– que sejam capazes de os apli-car na resolução de problemasresultantes da intervenção hu-mana na Terra, visando a suasustentabilidade.

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Ruth Pereira é doutorada em Bio-logia pela Universidade de Aveiro.É, desde 2007, investigadora auxi -liar do Centro de Estudos doAmbiente e do Mar (CESAM) daUniversidade de Aveiro.

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O Livro do Professor é um ma-nual integrado constituído pelomanual do aluno e pelo Guia doProfessor.

O Guia do Professor, localizadonas faixas laterais, permite a con-sulta mais directa e acessível de:

– competências específicas do5.° ano de Ciências da Natureza;

– sugestões bibliográficas;– sugestões metodológicas;– sugestões de lugares a visitar;– informação complementar, deonde podem ser retirados ele-mentos para enriquecimento daaprendizagem, sempre que ascaracterísticas dos alunos ojus tifiquem;

– propostas de solução para acti -vidades investigativas, exercí-cios de aplicação e avaliaçãoformativa.

Exploração da imagem da capa

O peixe-palhaço ou peixe-ané-mona (Amphiprion bicinctus) viveem simbiose com a anémona-do--mar. Este peixe tem a pele reves-tida por um muco que o protegedos órgãos urticantes existentesnos tentáculos da anémona. Istopermite-lhe abrigar-se dos preda-dores sem ser atacado e comidopela própria anémona. Na pre-sença de um potencial predador,o peixe-palhaço sai da anémona etenta atraí-lo em direcção aosseus tentáculos. Deste modo, opeixe-palhaço proporciona à ané-mona-do-mar uma oportunidadede se alimentar.

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A organização do manual Pági-nas da Terra respeita as instru-ções peda gógicas oficiais doPrograma de Ciências da Natu-reza – Plano de Organização doEnsino-Apren di zagem de 1991.Dele fazem parte uma introduçãoe quatro partes correspondentesaos temas programáticos.

TEMAS PROGRAMÁTICOS

PROPOSTA DOMANUAL

PÁGINAS DATERRA

INTRODUÇÃO– Onde existe vida?– Primeira aborda-

gem ao conceitode biosfera

DIVERSIDADEDOS SERES VIVOSE SUAS INTERAC-ÇÕES COM O MEIO– Nos animais– Nas plantas

UNIDADE NADIVERSIDADE DOSSERES VIVOS

A ÁGUA, O AR, ASROCHAS E O SOLO– MATERIAISTERRESTRES.SUPORTES DE VIDA

INTRODUÇÃO– Onde existe vida?– A biosfera

PARTE IDiversidade de ani-mais e suas interac-ções com o meio

PARTE IIDiversidade de plan -tas e suas interac-ções com o meio

PARTE IIIUnidade na diversi-dade dos seres vivos

PARTE IVMateriais terrestres– suportes de vida

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Para os alunos poderem utilizaro manual de uma forma eficaz,precisam de conhecê-lo bem.É, por isso, essencial:

• saber consultar o índice;• conhecer a sua organização;• recorrer a todas as formas pelasquais a informação é transmi-tida;

• relacionar os dados colhidosem cada fonte (títulos, textos,figuras, quadros, gráficos, etc.).

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

A realização da avaliação diag-nóstica permite detectar aprendi-zagens adquiridas no 1.º ciclo edefinir futuras situações de apren-dizagem a partir dos dados obti-dos.No Caderno do Professor (págs.42 a 48) apresentamos fichas deavaliação diagnóstica referentesaos conteúdos programáticos aserem utilizadas nos momentosoportunos.

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ESTRUTURA GERAL DO MANUAL

O manual apresenta os seguintesespaços:

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Verificase sabes

PáginaVerde

Aprendemais…

Saberes

Avalia a tuaaprendizagem

Descobree comunica

Observa

Experimenta

Questõesa resolver

Retémo essencial

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CADERNO DE ACTIVIDADES

Está articulado com o manual eorganizado em quatro partes, in-cluindo cada uma delas:

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Fichas de actividades

Vouexperimentar

O queaprendi

Comoaprender

Estas fichas de actividades podemser utilizadas nas aulas de Ciênciasda Natureza, de Estudo Acompa-nhado e de substituição e comotrabalhos de casa.

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PARA CONSULTA

Livros

• ALMEIDA, João F., Os Portu-gueses e o Ambiente, Celta.• COSTA, M. José, O Estuário doTejo, Edição Livros Cotovia.• FERREIRA, Quim, Planeta Frágil– Uma Aventura na Terra, Ed.Ins tituto de Promoção Ambien-tal.• MORGADO, F. e outros, Paraum Ensino Interdisciplinar eExperi mental de Educação Am-biental, Educação Ambiental.Plátano Edições Técnicas.• Portugal Pé ante Pé – Guia dePercursos Naturais, LivrosForum Ambiente, Bertrand Edi-tora.• SENDIN, José C., Guia Ambien-tal do Cidadão, PublicaçõesDom Quixote/CIDAMB.• SOUSA, H. e VASCONCELOS,H., Entre Extremos, Instituto deCon ser vação da Natureza.

Internet

• http://www.biorede.pt(Biorede – Universidade de Aveiro)• http://www.apambiente.pt(Agência Portuguesa do Am-biente)• http://portal.icnb.pt(Instituto da Conservação daNatureza e Biodiversidade)

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Compreensão da diversidade deambientes e de seres vivosexistentes na biosfera e das re-lações entre estes e o meio.• Manifestação de atitudes res-ponsáveis face à protecção daNatureza.• Uso de vocabulário específicoda disciplina.• Utilização da metodologia in-vestigativa

TERMOS/CONCEITOS

• Biosfera• Ambiente• Habitat• Materiais terrestres• Biodiversidade• Biologia• Ecologia

PARA VISITAR – SUGESTÕES

• Ambientes naturais da região• Parques ou jardins locais

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Avaliação diagnóstica (Cadernodo Professor, págs. 42 e 43ou 44).

> Realização de uma actividadede campo em terrenos que cir-cundem a escola ou numa zonamais afastada.A Técnica de Trabalho 1 (pág. 216)apoia a realização dessa activi-dade.

> Elaboração do relatório da saídade campo.

> Observação das imagens e in-terpretação das respectivas le-gendas (págs. 9 e 10) pararesponder ao DESCOBRE E CO-MUNICA.

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DESCOBRE E COMUNICA

Este espaço tem como objectivos:

– a construção do conhecimentoa partir da pesquisa;

– o desenvolvimento da autono-mia;

– a utilização de linguagem espe-cífica da disciplina;

– o uso correcto da língua portu-guesa.

Propõe questões para o alunoresponder a partir:

– da observação das imagens apre-sentadas;

– da interpretação das respecti-vas le gendas;

– da consulta dos textos informa-tivos.

A Técnica de Trabalho 3 (pág. 218)auxilia os alunos na interpretaçãode documentos fotográficos.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Observação de ambientes na-turais e/ou filmes.

> Exploração da transparência 1(2004).

> Resolução do DESCOBRE E CO -MUNICA com base na obser-vação das imagens e inter-pretação das respectivas legen-das (págs. 11, 12 e 13).

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

nACETATO

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AMBIENTES E HABITATS

Ambiente terrestre (floresta).1 Ambiente aquático (marinho).2

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

A ciência que se ocupa da bios-fera, ou seja, do património naturalda Terra, denomina-se Ecologia.

Os princípios de Ecologia mo-derna surgiram apenas a partirde 1930.A Ecologia abrange vários ramosdo conhecimento. Além da Biolo-gia, da Física e da Química, tam-bém as Ciências Económicas eSociais fazem parte desta ciência,para que se possa entender asrelações existentes entre o serhumano, os seres vivos e o meioambiente.

O que é um ser vivo?

A noção de ser vivo ainda nãoestá totalmente ao alcance dosalunos do 5.° ano.Interessa que identifiquem no servivo algumas características,como, por exemplo, a nutrição, areprodução e a relação com omeio.

“O princípio mais importanteda Ecologia é que nenhum servivo é independente dos ou-tros seres vivos nem do meiofísico onde vive.”

Ernest Haeckel (1866), zoólogo alemão

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ALGUNS CONCEITOS ECOLÓGICOS

Indivíduo

Ser vivo pertencente a uma de-terminada espécie.

População

Conjunto de indivíduos damesma espécie que vivem numdeterminado lugar.

Comunidade ou biocenose

Conjunto de populações a quepertencem os diferentes organis-mos que vivem num mesmolugar e que mantêm relaçõesentre si. A comunidade de umafloresta compõe-se, por exem-plo, de populações de arbustos,árvores, pássaros, minhocas, mi-crorganismos, etc., que se rela-cionam entre si.

Biótipo

É o local onde vive a comuni-dade. No exemplo da floresta, obiótipo é a área que contém o soloe a atmosfera.

Ecossistema

Conjunto formado por uma co-munidade e pelo biótipo. Podeser um rio, uma floresta, umailha.

Biosfera

Porção da Terra onde, nos dife-rentes ambientes e dependentesuns dos outros, vivem todos osseres vivos.

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O Projecto Biosfera 2

No deserto do Arizona, cientistasconstruíram uma biosfera artifi-cial para efectuarem experiênciascom ecossistemas auto-susten-tados.A biosfera 2 contém os biomasnaturais mais importantes – flo-resta tropical, savana, deserto,oceano –, assim como dois sis-temas artificiais, agrícola e ur-bano.Os biomas contêm cerca de 3800espécies de plantas e animais.A primeira equipa, de oito cien-tistas, passou dois anos no inte-rior da estrutura hermeticamentefechada e conseguiu produzir85% da sua alimentação.

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VERIFICA SE SABES

É constituído por um conjunto dequestões que permitem:

– testar os conhecimentos;– aplicar os conhecimentos.

Este espaço favorece a consoli-dação da aprendizagem.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. O ambiente A. 1.2. A – Árvore B – Peixe 2.1. Animais – borboletas e

pardais; Plantas – musgo e ma-

cieira. 2.2. Musgo – as rochas dos

muros;Pardais – nas macieiras.

3. Os seres vivos.

Caderno de Actividades

Realização das actividades 1 e 2.

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PÁGINA VERDE

Cabe à escola desenvolver os sa-beres e as práticas de uma cida-dania activa.

As actividades propostas na PáginaVerde promovem a pesquisa e odebate a partir de temas concre-tos do dia-a-dia.

Estas actividades, para além depoderem ser desenvolvidas nadisciplina de Ciências da Natu-reza, podem também ser realiza-das nas Áreas Curriculares NãoDisciplinares e nas aulas desubstituição.

SUGESTÃO DE ACTIVIDADES

> Actividades de enriquecimento 1 – Uma investigação científica

(Caderno do Professor, pág. 66)

CIÊNCIA, TECNOLOGIA,SOCIEDADE E AMBIENTE

A interacção destas componen-tes contempla as aplicações daCiência na Sociedade e tambémimplica o desenvolvimento de ati-tudes por parte dos alunos, per-mitindo reflectir e resolver pro-blemas que afectam a qualidadede vida.A referida interacção, além de serconsiderada na Página Verde, en-contra-se implícita noutros espa-ços ao longo do manual.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1. 1.1. O abate descontrolado de

árvores, os incêndios e apoluição do ar, da água edo solo.

1.2. A morte de plantas, deanimais e outros seresvivos.

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APRENDE MAIS

Espaço preenchido com outrasrealidades científicas, ideias paraprotecção do ambiente, referên-cias a cientistas célebres e activi-dades práticas.Pretende-se com este espaço,além de fazer ampliar os conhe-cimentos, desenvolver o gostopela leitura, motivar os alunospara procurarem outras curiosi-dades em relação ao tema tra-tado, despertar o interesse pelaCiência e pela investigação e,ainda, desenvolver a educaçãoambiental.

SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

> Com apoio do documento doCaderno de Actividades – Diá-rio do Ambiente (pág. 10), osalunos podem realizar um Diá-rio do Ambiente ao longo doano lectivo.

SABERES

Conjunto de competências quepermite ao aluno o controlo dasua aprendizagem.

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PARA CONSULTA

Livros

• AMABIS, J. e MARTHO, G., Fun - damen tos da Biologia Moderna,S. Paulo, Moderna, 1997.• ARAÚJO, Fernando B., A Horados Direitos dos Animais, Ed.Alme dina, Coimbra.• CORREIA, Clara P., PortugalAni mal, Publicações D. Quixote.• Ecologia animal – Animais detodo o Mundo, Círculo de Leito-res, Lisboa.• SINGER, Peter, Libertação Ani-mal, Via Óptima.

Internet

• http://aquariovgama.marinha.pt(Aquário Vasco da Gama)• http://www.animal.org.pt(Associação Animal)• http://www.quercus.pt(Associação Nacional de Con-servação da Natureza)• http://www.fundacao-ela.pt(ELA – Estação Litoral da Aguda)• http://www.wwf.org(Fundo Mundial da Vida Selva-gem)• http://www.lpn.pt(Liga para a Protecção da Natu-reza)• http://www.iucn.org(Lista Vermelha das EspéciesAmeaçadas da UICN)• http://www.mnhn.ul.pt(Museu Nacional de HistóriaNatural)• http://www.nationalgeographic.com(National Geographic Society)• http://www.oceanario.pt(Oceanário de Lisboa)• http://www.sealifeeurope.com(Sea Life do Porto)• http://www.parquebiologico.pt(Parque Biológico de Gaia)

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“A educação deve ensinar,desde a infância, a observar,a compreender, a respeitare a amar os animais.”Declaração dos Direitos dos Animais

BIODIVERSIDADE ANIMAL

Um dos aspectos mais fascinan-tes da Terra é a enorme diversi-dade dos animais. Mais de ummilhão e quinhentas mil espéciesde animais foram já descritaspelos zoólogos.A diversidade nos animais, nabiosfera, varia de umas regiõespara outras, diminuindo à medidaque passamos das zonas tropi-cais para as temperadas e destaspara as regiões polares.Nas regiões tropicais, as condi-ções são favoráveis à criação demuitos nichos ecológicos que al-bergam um número elevado deinsectos, répteis, aves e mamífe-ros.Nas regiões próximas dos pólos,que foram várias vezes recober-tas por espessas camadas degelo durante glaciações sucessi-vas, as espécies que aí vivem nãotiveram tempo para se diferencia-rem e, por isso, a diversidade émenor.A maior parte dos animais mari-nhos encontra-se em águaspouco profundas – até cerca de200 metros – sobre as platafor-mas e os taludes continentais,dependendo da abundância doplâncton.A diversidade nos animais vaidesde os animais muito simples,como acontece com a esponja,até aos animais muito comple-xos, como é o caso do ser hu-mano.

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Conhecimento da diversidadede formas e revestimento dosanimais.• Relacionamento da forma e dorevestimento dos vários tiposde animais com o seu am-biente.• Compreensão da importânciado revestimento para a sobrevi-vência dos animais.• Manifestação de atitudes res-ponsáveis face à protecção dosanimais.• Uso de vocabulário específicoda disciplina.• Uso de fontes de informação.• Utilização de metodologia in-vestigativa.

TERMOS/CONCEITOS

• Pele nua• Escamas• Quitina• Concha univalve• Concha bivalve

PARA VISITAR – SUGESTÕES

• Aquários• Badoca Safari Park – Santiagodo Cacém • Estações litorais • Fluviário de Mora• Jardins Zoológicos • Lagartagios – Jardim Botânicode Lisboa• Museus de História Natural• Oceanário – Lisboa• Parque Biológico da Lousã• Parque Biológico – Vila Nova deGaia• Sea Life – Porto• Zoomarine – Albufeira

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Avaliação diagnóstica – Parte I(Caderno do Professor, pág. 44).

> Observação directa da formados animais no seu habitat.

> Exploração da transparência 2(2004).

> Análise e discussão com basenas imagens desta página.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Simetria

O corpo dos animais pode ter, ounão, simetria.Existe simetria quando é possívelencontrar partes semelhantes emrelação a um plano.

São exemplos de animais com si-metria bilateral os que pertencemaos Filos Platelmintes, Nematel-mintes, Moluscos, Artrópodes eCordados.Possuem simetria radiada osanimais do Filo Equinodermes,quando adultos, e do Filo dos Ce-lenterados.Existem animais que não apre-sentam qualquer plano de sime-tria – são assimétricos (porexemplo, a esponja-do-mar).

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MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

DIVERSIDADE NA FORMA DOS ANIMAIS

A

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F G

E

B C

nACETATO

2Tipos de forma.1 Tipos de simetria.2

A

B

C

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Bilateral Radiada

Simetria

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PARTE I

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Observação directa do revesti-mento dos animais no seu ha-bitat ou em filmes.

> Pesquisa com base na observa-ção das imagens e interpretaçãodas legendas (págs. 22 e 23).

> Observação de material con-servado (conchas, penas, pelesde mamíferos e de répteis…).

> Resolução do DESCOBRE E CO-MUNICA.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

REVESTIMENTO DO CORPO DOSANIMAIS

Epiderme

A epiderme é uma camada sim-ples de células que recobre ocorpo dos animais mais simplese que segrega substâncias que aprotegem. É o caso da cutícula,na minhoca, ou da quitina, nosinsectos.

Pele

A pele pode apresentar forma-ções especiais.

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Derme

Pêlos PenasEscamas(répteis)

Escamas(peixes)

Epiderme

Pele

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e

Pêlos

A pele dos mamíferos contémdois tipos de pêlos. Os interiores– a lanugem –, finos, macios esedosos, crescem muito juntos eformam uma densa penugem,cuja função é isolar e manter atemperatura do corpo do animal.Os pêlos exteriores – a pelagem– são mais longos, espessos eresistentes, protegem os pêlosinteriores e fazem escorrer aágua da chuva e a neve.

Escamas

• As escamas dos répteis são epi-dérmicas e ligam-se umas àsoutras, formando um revesti-mento contínuo que impede aperda excessiva de água, o queconstitui uma adaptação ao am-biente terrestre.Nos répteis, à medida que oanimal cresce, a pele e as esca-mas são substituídas por ou-tras. O animal desembaraça-seda pele pelo atrito contra as pe-dras. A este processo dá-se onome de mudas.

• As escamas dos peixes são dér-micas e apresentam grande va-riedade no que diz respeito àforma, à estrutura, ao tamanhoe ao número.Ao contrário das escamas dosrépteis, nunca caem e crescemao mesmo tempo que o animal,apresentando anéis de cresci-mento que permitem determi-nar a sua idade.

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PARTE I

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EXPERIMENTA

Contém o protocolo das activida-des experimentais a realizar pelosalunos, de preferência em traba-lho de grupo.Os resultados destas actividadesfornecem dados para se desco-brir as respostas a questões le-vantadas ou têm a finalidade deverificar as hipóteses anterior-mente formuladas.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Exploração da transparência 1(2010) para os alunos toma-rem conhecimento do materiallaborativo.

> A investigação da constituiçãodas conchas deve ser realizadacom o apoio do professor, por-que, por um lado, se trata daprimeira actividade experimen-tal do presente ano lectivo, e,por outro, a utilização do ácidoclorídrico envolve riscos.Como é uma actividade comum resultado espectacular paraos alu nos deste nível etário, de-senvolve neles o interesse pelarealização de outras que se irãoseguir.

> Também pode ser observado aomicroscópio o revestimento deoutros animais, por exemplo, aepiderme da rã, a asa da mosca,escamas de peixe (podem serutilizadas preparações extempo-râneas ou definitivas).

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

Observação – Produz-se eferves-cência nas conchas.

2. Nas conchas existe calcário.

PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 1

Material de laboratório

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização das actividades in-vestigativas propostas nestapágina e dos respectivos rela-tórios.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

Actividade 1

Observação: Em 2, a chama inclinou. Em 4, a chama não se alterou.

5.As penas são impermeáveis aoar.

Actividade 2

Observação: Em 1, a gota de água ficou re-tida sobre a pena.

Em 2, a gota de água deslizousobre a pena.

3.As penas são impermeáveis àágua.

SUGESTÃO DE OUTRASACTIVIDADES

> Actividades práticas (Cadernodo Professor).

Actividade 1 – Penas oleosas(pág. 50).

Actividade 2 – Idade de umpeixe (pág. 51).

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Propriedades das penas

As aves limpam regularmente aspenas com as secreções dassuas glândulas uropigiais, situa-das na base da cauda. Com obico espalham o óleo produzidopor aquelas glândulas e mantêmassim as penas flexíveis, húmi-das e impermeáveis à água.As penas são também impermeá-veis ao ar, porque as bárbulasoferecem resistência à sua pas-sagem. São, portanto, um exce-lente isolador térmico.

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PARTE I

26

Variedade de conchas

Existe grande variedade de con-chas:

– concha única em forma decapuz (lapa);

– concha formada por oito placasarticuladas (Chiton);

– concha única de forma cónicaaberta nas extremidades (Den -ta lium);

– concha formada por duas val-vas articuladas (ostra);

– concha univalve espiralada (ca-racol);

– concha interna (lula).

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27

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Cilíndrica – Cobra. Fusiforme – Gaivota.

1.2.Gaivota – penas Urso – pêlos Lapa – concha Cobra – escamas Gafanhoto – quitina

1.3. Possui concha univalve. É constituída por uma só

valva.

1.4. Superficial.

2.1. A – Verdadeira B – Falsa C – Falsa D – Verdadeira E – Verdadeira

2.2. B – As penas são impermeá-veis ao ar e à água.

C – A quitina protege os ani-mais da desidratação.

Caderno de Actividades

Vou experimentar – pág. 16– Coleccionar conchas (pág. 16).

Realização das actividades 3 e 4.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

• Consciencializar os alunos deque o ser humano, para satisfa-zer os seus caprichos de ri-queza e de vaidade, sujeita osanimais ao sofrimento e, numfuturo próximo, à extinção.• Tomar conhecimento de lutasdesencadeadas por organiza-ções internacionais contra a ex-ploração e o comércio de pelese outros produtos de origemanimal.• Sensibilizar para a adopção demedidas que contrariem o co-mércio desenfreado de produ-tos de origem animal (peles,objectos de marfim e de tarta-ruga, de chifre do rinoce-ronte…).

Sugere-se que às questões apre-sentadas sejam dadas respostasem pequenos grupos, seguidasde debate na turma, nas aulas deCiências da Natureza ou nas aulasde Formação Cívica.

SUGESTÃO DE ACTIVIDADES

> Exploração da actividade deenriquecimento 6 – Morto comoum dodó – (Caderno do Pro-fessor, pág. 71).

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.Grandes felinos (leopardo, tigre,chita)

Marta Lontra Crocodilo

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Adaptação do revestimento dasespécies

• Os animais que possuem qui-tina têm necessidade de passarpor mudas. É durante a mudaque o animal cresce.No caranguejo, camarão, la-gosta e animais semelhantes, acarapaça de quitina é reforçadapor substâncias calcárias, for-mando uma crusta muito resis-tente, mas flexível, nas articu-lações. Durante a muda, nestesanimais abre-se uma fenda, nacarapaça velha, entre o cefalo-tórax e o abdómen, por ondesai o corpo do animal com anova carapaça ainda não endu-recida.

• O ouriço-cacheiro tem uma co-bertura densa de espinhos – umadulto tem cerca de 5000 espi-nhos pontiagudos com 2 a 3 cmde comprimento. Os espinhossão pêlos modificados e co-brem a parte dorsal do corpo,ao passo que a região ventralestá coberta por uma pele dura,de onde saem pêlos ásperos.Normalmente, os espinhos estãotombados sobre o corpo, masquando se eriçam ficam espeta-dos, formando um sistema de-fensivo. Pode também enro-lar-se numa bola, protegendoas regiões mais sensíveis docorpo.

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Compreensão do papel dosmúsculos e dos ossos na loco-moção.• Conhecimento da diversidadedos tipos de locomoção dosanimais.• Compreensão do modo de lo-comoção dos animais nos dife-rentes meios.• Relacionamento dos tipos delocomoção com as característi-cas dos órgãos locomotores.• Manifestar atitudes responsá-veis face à protecção da Natu-reza.• Uso do vocabulário específicoda disciplina.• Utilização da metodologia in-vestigativa.

TERMOS/CONCEITOS

• Articulação• Membrana alar• Barbatana• Membrana interdigital• Falange• Reptação

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Os alunos podem realizar exer-cícios de flexão e extensão domembro superior acompanha-dos de apalpação dos músculos,para se aperceberem de que amovimentação do membro re-sulta da acção conjunta de mús-culos antagónicos.A contracção do músculo bicí-pite e o relaxamento do tricípiteprovocam a flexão do membro;a contracção do tricípite e o re-laxamento do bicípite levam àextensão do membro.

> Observação de músculos, ten-dões e ossos no membro decoelho.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

O MOVIMENTO DOS ANIMAIS

Existem vários tipos de músculosno corpo dos animais, mas osque estão associados à locomo-ção ligam-se a zonas rígidas docorpo, como são os ossos, ou aoexosqueleto dos insectos e deoutros artrópodes.A movimentação de uma parte docorpo depende da acção de mús-culos que actuam antagonica-mente.Nos animais vertebrados, o movi-mento resulta de uma acção coor-denada entre ossos, músculos etendões.Todos os animais têm qualquertipo de mobilidade, mesmo quese trate apenas de mexerem ostentáculos ou partes bucais en-quanto se alimentam.

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PARTE I

32

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Exploração das imagens e das le -gendas das figuras (págs. 32 e 33).

> Observação de aves e insectosnos seus habitats.

> Observação de filmes com ima-gens referentes à locomoçãodos animais no ar.

> Exploração da transparência 2(2010)

e/ou da transparência 3 (2004).

> Observação de asas de insectosao microscópio.

> Observação do interior de ossospneumáticos frescos e de qui-lhas de aves.

> Resolução do DESCOBRE E CO-MUNICA.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

LOCOMOÇÃO NO AR

Nas avesAs aves possuem uma organiza-ção corporal adaptada ao voo.O esqueleto no seu todo tornou-seextremamente leve. A maioria dosossos, como acontece com os docrânio, são muito finos, enquantooutros – os ossos dos membros,por exemplo – têm uma estruturainterna em favos, sendo os ossosprovidos de trabéculas internas,que lhes conferem rigidez e leveza.Nas aves há um grande aperfeiçoa-mento no sistema respiratório. Osseus pulmões encontram-se inter-ligados com numerosos sacos aé-reos de parede fina. Estes podemconstituir um décimo de volumedo corpo, distribuindo-se em espa-ços entre os músculos, órgãos in-ternos e no interior de diversosossos (ossos pneumáticos).

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

nACETATO

3

90457

LOCOMOÇÃO NO ARA

Guarda-rios.1

Morcego.3

A

Mosca.2

Voo do guarda-rios.

B

Voo da mosca.

Membrana alar do morcego.

B

A3

21

B

1

1

3 1

2

2

3

2

PÁGINAS DA TERRA P

C I Ê N C I A S D A N A T U R E Z A | 5 . ° A N O T R A N S P A R Ê N C I A 2

Locomoção no ar

1

2

3

12

A

B

1

2

A B

1

2

3

A

B

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33

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Nos insectos

A maior parte dos insectos temasas, embora alguns sejam ápte-ros. Em diversos grupos, como,por exemplo, as formigas e astérmitas, só existem asas nos in-divíduos reprodutores; noutrosgrupos, como as pulgas e os pio-lhos, não existem asas, como re-sultado de uma vida parasitária.A maioria dos insectos tem doispares de asas. Nos coleópteros(escaravelhos, joaninha), o parde asas anteriores é rígido (éli-tros) e protege as asas posterio-res, membranosas, as únicasusadas no voo.Nos dípteros (moscas, mosqui-tos), apenas existem as asas an-teriores. O par posterior, osbalanceiros, funciona comoórgão de equilíbrio.

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PARTE I

34

G U I A D O P R O F E S S O R

Nos morcegos

Os morcegos têm uma suprema-cia dos céus durante a noite, con-seguida graças ao uso do sis temasonar (ecolocação) para o voo epara a detecção das presas. En-quanto voam, a uma velocidadeaté 30 km/hora, os morcegosemitem sons de elevada frequên-cia (ultra-sons) e detectam osobstáculos e as presas pelossons que eles reflectem (ecos). Adetecção é, contudo, limitada aum metro ou pouco mais.

A membrana alar dos morcegosou patágio abre-se no movi-mento descendente e fecha-se,parcialmente, no movimento as-cendente.

Planação

Alguns animais, como o lagarto--voador ou o esquilo-voador,podem deslocar-se por plana-ção.Consiste em dar grandes saltos,que são tão longos que os ani-mais parecem voar.A planação só é possível devidoàs membranas ou pregas de pêloque possuem.

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35

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1.Deslocam-se no ambienteaéreo.

1.2. 1. Asa 2. Nervuras de quitina 3. Membrana alar 4. Dedo 5. Asa

1.3. a – 1 b – 2 c – 1

1.4. C, E e F

1.5.Mosca (há outros).

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PARTE I

36

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Exploração das imagens e dasle gendas das figuras (págs. 36e 37).

> Observação dos movimentosdos peixes num aquário.

> Observação de um peixe mortoadquirido no mercado (forma docorpo, escamas e barbatanas).

> Observação de aves aquáticasno seu habitat.

> Observação de mamíferos aquá-ticos (golfinhos, focas, lontras).

> Exploração de filmes com ani-mais a deslocarem-se no meioaquático.

> Exploração da transparência 3(2010)

e/ou da transparência 4 (2004).

> Resolução do DESCOBRE E CO-MUNICA.

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

nACETATO

4

90

457

LOCOMOÇÃO NA ÁGUAA 1 2

3

45

B

Perca. Esqueleto da perca.1

A

Ganso.

A

Foca.B

Patas do ganso.2

3

2

1

B

Esqueleto da foca.3

11

Locomoção na água

PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 3

1 2 3

5

41

2

3

A

B

A

B

1

3

2

A B

4

A B

1

1

G U I A D O P R O F E S S O R

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37

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

LOCOMOÇÃO NA ÁGUA

Nos peixes

As barbatanas, geralmente, sãoformadas por raios ósseos dis-postos em forma de leque.A forma, o número, o tamanho ea posição das barbatanas variamde uns peixes para outros.Assim, a barbatana caudal nunspeixes apresenta dois lobosiguais, noutros peixes dois lobosdesiguais e noutros, ainda, umúnico lobo.Muitos peixes ósseos possuemum órgão com a função hidros-tática, a bexiga natatória.O animal faz variar a densidade docorpo segregando gases para den-tro da bexiga natatória ou absor-vendo gases, ficando a flutuar adiferentes profundidades sem es-forço muscular.

Nos invertebrados aquáticos

Nos pinípedes (foca, morsa), osmembros anteriores e posterio-res têm ossos curtos e os dedosestão ligados por uma mem-brana. Os membros posterioresestão voltados para trás. Todosos membros são utilizados paraa propulsão na água.Nos cetáceos (baleia, golfinho),os membros anteriores têm tam-bém ossos curtos e os membrosposteriores, exteriormente, nãosão visíveis, estando apenas redu-zidos a dois ossos rudimentares.A cauda tem a forma de barbatanana posição horizontal.A deslocação é conseguida pormovimentos do corpo e dacauda, enquanto os membrosanteriores asseguram o equilíbrioe a mudança de direcção. A caudadesloca-se verticalmente.

G U I A D O P R O F E S S O R

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PARTE I

38

G U I A D O P R O F E S S O R

O choco desloca-se por natação,devido à existência de uma bar-batana que rodeia o corpo, e porpropulsão a jacto, quando ex-pulsa bruscamente pelo funil aágua contida na câmara paleal.

• Nas medusas, as fibras muscu-lares do bordo da umbela con-traem-se ritmicamente e a águaé expulsa da cavidade da me-dusa, provocando o seu deslo-camento.• A vieira, para expulsar a águaque penetra no espaço entre asduas valvas, bate-as brusca-mente com muita força, fa-zendo um ruído característico.A saída da água faz deslocar oanimal.

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39

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Arenque – ambiente aquá-tico;

Pato – ambientes aquático,aéreo e terrestre.

1.2. 1 – Barbatana peitoral 2 – Barbatana anal 3 – Barbatana caudal 4 – Barbatana dorsal 5 – Membrana interdigital

1.3. Barbatanas peitorais e ven-trais.

1.4. A – Corpo fusiforme C – Existência de barbatanas D – Escamas em sobreposi-

ção e dispostas de frentepara trás.

1.5. Impulsionar o peixe para afrente.

1.6. Posição recuada dos mem-bros posteriores e existênciade membrana interdigital.

1.7. Cisne e gaivota.

G U I A D O P R O F E S S O R

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PARTE I

40

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Observação directa da locomo-ção de animais no solo, emquintas, parques, jardins zoo-lógicos.

> Exploração das imagens e daslegendas das páginas 40, 41e 42.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Exploração de filmes em vídeo.> Exploração da transparência 4(2010)

e/ou das transparências 5 e 6(2004).

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

nACETATO

6

90457

LOCOMOÇÃO NO SOLO (II)

12

1 2 3 4

A

B

A – Extremidade do membro posterior do leopardo; B – Deslocação por corrida.1

1

23

1 2 3 4

A

B

A – Extremidade do membro posterior do cavalo; B – Deslocação por corrida.2

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

nACETATO

5

90457

LOCOMOÇÃO NO SOLO (I)

2

1

A B

A – Extremidade do membro inferior do ser humano; B – Deslocação por marcha.1

1

2

A 3

2

4

5

1

B

A – Esqueleto da rã; B – Deslocação da rã por saltos.2

Locomoção no solo

PÁGINAS DA TERRA P

C I Ê N C I A S D A N A T U R E Z A | 5 . ° A N O T R A N S P A R Ê N C I A 4

1

A

1

2

B A

12

B

1

2 3

4

C

2

3

A

2

1

B

1

2

C

4

A

12

B

5

A

1

2

B

G U I A D O P R O F E S S O R

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41

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

LOCOMOÇÃO NO SOLO

Nos mamíferos

É grande a diversidade de formasneste tipo de locomoção, relati-vamente à protecção das extre-midades e do modo de apoio dosmembros.

Protecção das extremidades

Nos unguiculados, os dedos sãoprovidos de unhas (macaco) oude garras (gato).

Nos ungulados, as extremidadesdos dedos estão protegidas poruma substância córnea, resis-tente, denominada casco.

Modo de apoio

Os plantígrados assentam nosolo a planta das mãos e dos pés(urso, macaco, etc.). É uma dis-posição própria de marcha.Os falangígrados ou digitígradosassentam no solo os dedos ou asfalanges (gato, leão, etc.). É pró-prio dos animais corredores.Os ungulígrados apoiam no soloa extremidade da última falangedos dedos, que estão munidos decasco (boi, cavalo, etc.). É pró-prio de corredores ainda mais ve-lozes que os anteriores.

• Apesar do seu grande peso, oselefantes andam nas pontasdos pés. Os dedos são suporta-dos, posteriormente, por umaalmofada fibrosa e gordurosa eenvolvidos por uma estruturado tipo casco, em pele, apare-cendo apenas as unhas.

• O camelo só tem dois dedosdesenvolvidos, que se apoiampor uma palmilha córnea quelhes facilita a deslocação naareia.

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PARTE I

42

Salto

No coelho, a adaptação ao saltoestá relacionada com o maiorcomprimento dos membros pos-teriores, o alongamento do pé, adisposição em Z desses mem-bros e a sua forte musculatura.Em repouso, os músculos dosmembros posteriores asseme-lham-se a molas tensas. Ao sal-tar, esses músculos contraem-secom força, o calcanhar e a plantados pés levantam-se e a extremi-dade dos dedos apoia-se forte-mente no solo. As patas esten -dem-se como molas e lançam ocorpo para diante.Na queda, são os membros ante-riores os primeiros a tomar con-tacto com o solo e os posterioresfuncionam como amortecedores.O animal, dobrado sobre simesmo, fica logo pronto paraoutro salto.

• O gafanhoto salta graças a ummecanismo de catapulta. Aenergia armazenada nos ten-dões dos músculos extensoresliberta-se quando o animal seeleva e as longas pernas trasei-ras formam uma alavanca po-derosa, permitindo que se elevea uma velocidade de três me-tros e meio por segundo.

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43

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização das actividades in-vestigativas propostas.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.a actividade

3.A minhoca vai contraindo edistendendo, alternadamente,as partes anterior e posteriordo corpo, sendo auxiliada pelassedas na locomoção.

2.a actividade

4.As fibras musculares do pé docaracol vão-se contraindo edistendendo constantemente ea deslocação do animal vaisendo auxiliada pelo muco queele produz.

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PARTE I

44

G U I A D O P R O F E S S O R

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

A toupeira, que vive em galeriassubterrâneas, tem os membrosanteriores adaptados à escava-ção do solo.Os membros anteriores são cur-tos, robustos e a palma da mão éespessa e larga e está voltadapara o exterior.Aos cinco dedos normais, arma-dos de fortes garras, junta-se umosso que exerce a função de umsexto dedo, sobre o qual o animalse desloca.Funcionando como fortes pás,estes membros escavam e lan-çam a terra para trás.Certas toupeiras escavam túneiscom mais de 200 metros.

• As osgas conseguem deslocar--se em superfícies de vidro ver-ticais.Possuem escamas sobrepostaspor debaixo dos dedos, cadauma delas com cerca de 150mil pêlos que terminam em al-mofadas de sucção, as quais seagarram às superfícies lisas.

Esqueleto dos membros anterioresda toupeira.

Omoplata

Cúbito

Carpo

Ossosuplementar

ClavículaRádio

Falanges

Metacarpo

Úmero

Esterno

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45

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. A – Corrida; B – Corrida; C – Marcha.

1.2. A – A extremidade da últimafalange.

B – As falanges. C – Toda a planta do pé.

1.3.O animal que pode atingirmaior velocidade é o A, por-que apoia menor superfícieno solo.

2.1. – Membros posteriores emforma de 2 quando em re-pouso.

– Membros posteriores maiscompridos que os anterio-res.

2.2. Canguru, rã e lebre.

Caderno de Actividades

Resolução das actividades 5 e 6.

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46

G U I A D O P R O F E S S O R

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Quantos dedos?

Elefante........................... 5Rinoceronte ................... 3Cavalo............................. 1Porco.............................. 4(sendo 2 reduzidos)Boi .................................. 4(sendo 2 rudimentares)Hipopótamo.................... 4

Velocidades máximas atingidas por animais aquáticos

Baleia ................ 12 km/hMorsa ............... 24 km/hSalmão ............. 37 km/hGolfinho ............ 44 km/hAtum ................. 103 km/hPeixe-vela ......... 110 km/h

Velocidades máximas atingidas por animais no ar

Pisco ................. 34 km/hGarça ................ 66 km/hAndorinha ......... 79 km/hGanso ............... 142 km/hFragata .............. 154 km/hFalcão-peregrino 180 km/h

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Teste 1

47

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Fusiforme.

1.2. Fica com a forma esférica eo dobro do seu tamanho.

1.3. Escamas com espinhos.

1.4. Afugentar o inimigo elocomoção.

1.5. São de origem profunda.

2.1.No ar – pato e morcego Na água – pato No solo – pato, canguru,

urso e gazela No solo e na água – pato

2.2. Pato – voo e marcha Canguru – salto Urso – marcha Morcego – voo Gazela – corrida

2.3. A gazela é mais rápida. Apoia no solo menor super-

fície do que o urso.

2.4.1. I – A, E II – A, B, D

G U I A D O P R O F E S S O R

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Conhecimento da existência dediferentes regimes alimentares.• Relacionamento das adapta-ções de certos órgãos (dentes,garras, bicos, patas) com osrespectivos regimes alimenta-res.• Relacionamento dos regimesalimentares dos animais com avariedade de comportamentosque apresentam.• Manifestação de atitudes res-ponsáveis face à protecção daNatureza.• Uso de vocabulário específico.• Utilização da metodologia in-vestigativa.

TERMOS/CONCEITOS

• Regime alimentar• Carnívoro• Herbívoro• Omnívoro• Insectívoro• Piscívoro• Necrófago• Aves de rapina• Incisivo• Canino• Molar

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Pesquisa de diversos regimesalimentares nas imagens e le-gendas.

> Observação directa de animaisa ingerirem alimentos.

> Pesquisa das característicasdas dentições dos animais edos bicos das aves com basenas imagens e legendas.

> Observação directa das denti-ções conservadas de algunsanimais (gato, cão, vaca, coe-lho, porco…).

> Observação de bicos de avesem parques, jardins zoológicosou outros cativeiros.

> Exploração da transparência 5(2010)

e/ou das transparências 7 e 8(2004).

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano n

ACETATO 8

90457

A

Carnívoro.112

3

B

A

Herbívoro.22

1

4 3B

A

Herbívoro.3

34

2

1

B

VARIEDADE DE REGIMES ALIMENTARES

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

nACETATO

7

90457

DIVERSIDADE NOS BICOS E NAS PATAS DE AVES

Bicos de algumas aves.

1. Peneireiro.

4. Alfaiate.

5. Pato.

6. Mergulhão-de-crista.

2. Pintassilgo.

3. Pica-pau.

1

AB

E

D

C

F

Patas de algumas aves.2

PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 5

Variedades de regimes alimentares

Carnívoro.1

A

12

3

B

Herbívoro roedor.2

A

1

2

3

B

Omnívoro.3

A

1

23

B

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PARTE I

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

ALIMENTAÇÃO NOS ANIMAIS

Nos herbívoros

As plantas são mais pobres emnutrientes do que os alimentos deorigem animal e, por esta razão,os herbívoros têm de ingerirgrandes quantidades de alimen-tos. Um elefante ingere, por dia,entre 150 a 280 kg de plantas.A maioria dos herbívoros é capazde extrair os nutrientes da celulose,o que é conseguido pela acção demicrorganismos que vivem demodo simbiótico em uma ou outrazona do tubo digestivo.

Nos carnívoros

Nos animais da ordem dos carní-voros, a proporção de carne nasua dieta pode variar da quase to-talidade, como no tigre, até quasenenhuma, como é o caso dopanda-gigante.A cada região corresponde umadeterminada fauna e, por isso,carnívoros da mesma espécie, vi-vendo em regiões diferentes,caçam presas diferentes.O regime alimentar dos animaisvaria com as estações do ano.

Regime alimentar da raposa

A raposa, no Inverno, consomemais mamíferos devido ao desa-parecimento das aves e dos in-vertebrados.Pelo contrário, no Verão e no Ou-tono consome menos mamíferose mais frutos.

1. Verão.

2. Inverno.

Mamíferos72%

Frutos28%

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Mamíferos22%

Frutos45%

Insectos22%

Aves11%

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Dentição dos mamíferos

No coelho existem dois pares deincisivos adaptados a roer e umpar adicional de pequenos incisi-vos superiores localizados atrásdo primeiro par.A face anterior dos incisivos é co-berta de esmalte e a face poste-rior apresenta só dentina. Estadesgasta-se mais depressa doque o esmalte, porém os dentesconservam o mesmo compri-mento por crescerem à medidaque se gastam. São dentes estru-turados para cortar materiais le-nhosos. Os molares também têmcrescimento contínuo.

Os molares do boi têm coroalarga com pequenas pregas deesmalte em forma de meia-lua egrande superfície de desgaste. Àmedida que a dentina se vai gas-tando, vai sendo substituída.

O porco tem dentição pouco es-pecializada e bem adaptada aoregime omnívoro. Os molaressão providos de saliências arre-dondadas (os tubérculos). O nú-mero de dentes é muito elevado(44) e é o máximo que se encon-tra nos mamíferos.

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PARTE I

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G U I A D O P R O F E S S O R

Uma investigação realizada naAustrália

O coala é um mamífero que vivena Austrália. O seu regime ali-mentar é muito especializado –come exclusivamente folhas e re-bentos de eucalipto.Entre as 600 espécies de eucalip-tos existentes na Austrália, ocoala selecciona uma vintenapara a sua alimentação. Na Natu-reza, o animal tem a particulari-dade de escolher o seu alimento:recolhe algumas folhas de umaárvore e depois outras de umasegunda árvore de espécie dife-rente e assim sucessivamente.Num jardim zoológico austra-liano (Melbourne), os coalasmorriam rapidamente. Descobri-ram, então, quantidades impor-tantes de substâncias muitoperigosas na sua alimentação.As investigações mostraram quecada espécie de eucalipto fabricauma substância diferente que setornava perigosa quando ingeridaem grandes quantidades.Em cativeiro, os coalas recebiamem cada dia mais de um quilo-grama de folhas de uma só espé-cie. Por isso eles morriam,porque não podiam escolher e di-versificar o seu alimento comofaziam habitualmente na Natu-reza.

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Pequenos mamíferos. Rép-teis.

1.2. Carnívoro.

1.3. Bico curvo e forte.

2.1. “Depois de escolher umapinha…” (Há outra.)

2.2. – Incisivos. – Molares.

2.3. 1 – Incisivos 2 – Barra ou diastema 3 – Molares

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PARTE I

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Interpretação das imagens e le-gendas para descobrir o com-portamento alimentar e astécnicas utilizadas pelo leo-pardo, coruja e vaca, respecti-vamente.

> Observação directa do com-portamento alimentar de ani-mais em parques biológicos oujardins zoológicos.

> Exploração de filmes alusivosao comportamento alimentarde outros animais.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Actividade prática 3 – Alimen-tar aves (Caderno do Profes-sor, pág. 52).

> Actividades de enriquecimento: Actividade 3 – Como caça a

aranha-de-cruz? Actividade 4 – Como descobre

o morcego, na escuridão, osinsectos de que se alimenta?

(Caderno do Professor, págs. 68e 69).

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Caçadores solitários

Muitos predadores caçam sozi-nhos e perseguem as suas presasa alta velocidade. A perseguiçãonão é o único método ao dispordestes caçadores solitários, poispredadores como o louva-a-deuse as rãs esperam quase imóveisque certos animais incautos che-guem ao seu alcance. Outroscaçam por aproximação, adap-tando posições especiais paranão serem notados, como, porexemplo, os ursos-polares.Por sua vez, o crocodilo fica à es-preita debaixo da água dos rios elagos, só com os olhos e as nari-nas de fora, e vai-se aproximandolentamente da margem onde aspresas vão beber.As aranhas preparam verdadeirasarmadilhas de caça para apanha-rem as presas. Com o líquido quesai por orifícios existentes na ex-tremidade do abdómen e que so-lidifica em contacto com o ar, vãotecendo as teias.O camaleão tem a capacidade demudar de cor quase instantanea-mente. O mimetismo permite-lheconfundir-se com o seu am-biente, o que o torna um hábil ca-çador de insectos.

Caçadores em grupos

A caça em grupo tem vantagens,pois os animais que a praticamsabem combinar a perseguiçãocom a emboscada. No seio de umgrupo, certos elementos podemser mais argutos e localizarem apresa, enquanto outros se reve-lam mais velozes na perseguição,tirando, assim, partido de atribu-tos que são raros num só animal.As orcas, ou baleias-assassinas,caçam em grupo, podendo atingir60 elementos, e fazem um cerco àvolta das presas (focas, golfinhos).Lobos e cães-selvagens caçamtambém em grupo, mas os lobosfazem um verdadeiro cerco à presae a matilha de cães faz uma cor-rida, sucedendo-se uns aos outrosno ataque, até a presa fraquejar.Os pelicanos pescam em grupo,deslocando-se em círculos e cer-cando os cardumes de peixes,para evitar que estes escapem.

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PARTE I

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Regime alimentar das aves derapina

Pelo estudo das pelotas de rejei-ção das aves de rapina, é possívelconhecer bem o seu regime ali-mentar.

Regime alimentar da coruja

Ratos do campo ....... 69%Musaranhos ............. 24%Rãs verdes ............... 3,5%Pardais ..................... 3,5%

Regime alimentar do falcão-pe-regrino

Pombos..................... 28%Estorninhos ............... 23%Pequenos pássaros ... 22%Pegas, corvos............ 11%Melros, tordos........... 8%Perdizes..................... 8%

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Adaptação dos herbívoros

Os herbívoros tiram partido dasfontes alimentares e eliminam aconcorrência conforme o tama-nho dos seus organismos.Assim, as girafas podem atingiros ramos mais altos; as gazelasalcançam outros ramos mais bai-xos e os animais que pastamcomem ervas.Os animais que pastam, para sedefenderem dos predadores,andam sempre em grandes ma-nadas e estão sempre prontos afugir à mais pequena ameaça deperigo.Nos herbívoros ruminantes (gira-fas, veados, antílopes, carneiros,bois), o estômago é constituídopor quatro cavidades: pança, bar-rete, folhoso e coalheira.

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PARTE I

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G U I A D O P R O F E S S O R

Necrófagos

As espécies de necrófagos con-tribuem para limpar o ambiente.Possuem, no sistema digestivo,fortes ácidos que destroem osmicrorganismos existentes nacarne apodrecida.As primeiras a localizar os cadá-veres são as mais móveis, comoos milhafres e os abutres doEgipto, que consomem as partesmais superficiais. Só depois che-gam os abutres-pretos cujo bico,fortíssimo, permite comer as par-tes mais duras. Por fim chegamos grifos, cujo pescoço despro-vido de plumagem lhes permite oacesso às vísceras através dascavidades abertas pelos anterio-res.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. A visão.

1.2. A – O guarda-rios coloca-senum ramo sobranceiroao rio.

B – Num voo picado mergu-lha na vertical.

C – Com o bico longo se-gura o peixe que captu-rou.

Caderno de Actividades

Resolução das actividades 7 e 8.

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Instrumentos especiais paraobter alimentos

• O colibri, ave muito pequena,aspira o néctar das flores coma língua em forma de tubo fino,enrolada quando em repouso,mas que se desenrola quando éprojectada para o interior daflor.

• Para aspirar o néctar das flores,algumas borboletas dispõemde um longo tubo enroladoquando em repouso, que se de-senrola, funcionando então comouma palhinha de refresco.

• O mosquito fêmea alimenta-sede sangue de outros animais,cujo corpo perfura com atromba picadora. O mosquitomacho alimenta-se de néctardas flores.

• O elefante possui um apêndiceprecioso, a tromba, derivado dafusão do nariz com o lábio su-perior, permitindo-lhe arrancarervas e folhas e levá-las à boca.

• Os órgãos de captura das ané-monas-do-mar são os tentácu-los, que possuem milhares debolsas cheias de um líquido ve-nenoso. Este veneno paralisa apresa quando lhe é injectado.Em seguida, a presa é agarradapelos tentáculos e encaminhadapara a boca.

• O caracol corta as folhas comuma espécie de dente córneosituado na parte superior daboca. Tritura-as com a rádula –língua com milhares de peque-níssimas saliências pontiagu-das –, deslocando-a de um ladopara o outro.

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Compreensão da importânciada reprodução.

• Reconhecimento da diversidadede comportamentos dos ani-mais relacionados com a repro-dução.

• Compreensão das metamorfo-ses da rã e dos insectos.

• Manifestação de atitudes res-ponsáveis face à protecção daNatureza.

• Uso de vocabulário específicoda disciplina.

• Utilização da metodologia in-vestigativa.

TERMOS/CONCEITOS

• Reprodução• Reprodução sexuada• Reprodução assexuada• Dimorfismo sexual• Vivíparo• Ovíparo• Ovovivíparo• Desenvolvimento directo• Desenvolvimento indirecto• Metamorfoses

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Observação de animais machose fêmeas no seu habitat emparques e jardins zoológicos.

> Pesquisa nas imagens e nas le-gendas desta página para iden-tificação das diferenças, noaspecto exterior, entre machose fêmeas.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Exploração de filmes.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

REPRODUÇÃO DOS ANIMAIS

Reprodução assexuada

Um único progenitor dá origem adescendentes geneticamente idên-ticos a ele, não havendo, portanto,alteração na variabilidade da popu-lação.Regeneração ou fragmentação– processo pelo qual os animaisse partem, acidentalmente, dandoorigem, cada parcela, a um novoindivíduo. Ocorre em alguns in-vertebrados, como, por exemplo,nos vermes achatados, na mi-nhoca e na estrela-do-mar.Gemiparidade – implica o de-senvolvimento na superfície docorpo de pequenas formações(gemas), originando cópias doprogenitor, que podem, ou não,separar-se deste. É característicade celenterados como a hidra eos corais.

Reprodução sexuada

Nas espécies dióicas existem in-divíduos machos que produzemespermatozóides e indivíduos fê-meas que produzem óvulos.Nas espécies monóicas (herma-froditas), os organismos produ-zem tanto gâmetas masculinoscomo femininos. O caracol é umexemplo de um animal hermafro-dita.

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PARTE I

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G U I A D O P R O F E S S O R

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Observação da forma de comu-nicar de diferentes animais nosseus habitats, em jardins zooló-gicos ou parques.

> Observação e interpretação daparada nupcial dos animais re-feridos nas páginas 62 a 65.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Observação da parada nupcialde animais na Natureza.

> Exploração da parada nupcialde outros animais em filmes.

> Exploração da transparência 6(2010).

> Actividade de enriquecimento 5– Qual é o sinal de comunica-ção entre a borboleta-nocturnafêmea e o macho? – (Cadernodo Professor, pág. 71)

Paradas nupciais

PÁGINAS DA TERRA P

C I Ê N C I A S D A N A T U R E Z A | 5 . ° A N O T R A N S P A R Ê N C I A 6

Zebras.1

A

B

Cegonhas.2

Rãs.4 Joaninhas.5

Tartarugas.3

A B

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Sinais visuais

Os animais que utilizam sinais vi-suais comunicam, geralmente,de dia. No entanto, os pirilamposemitem luz durante a noite. Osmachos voam em círculos, pro-duzindo clarões de luz caracterís-tica da sua espécie. As fêmeasrespondem do mesmo modo,permitindo aos machos localizá--las.O macho da fragata incha o papoe fica com um tom avermelhado.O bico do papagaio-do-marmuda de cor, adquirindo tonsvivos, para atrair as fêmeas. Ter-minada a época da reprodução, overmelho vai desaparecendo.

Sinais odoríferos

As feromonas são substânciasquímicas produzidas pelos ani-mais para comunicarem entre si:odores dispersos na água e no ardifundem mensagens amorosas eintimidatórias.Nos mamíferos, sobretudo noscarnívoros, roedores e ungula-dos, os odores são a base da co-municação. Muitos destes animaisutilizam a urina para deixar sinaisda sua presença ou para marcarterritórios. Este método é tam-bém utilizado pelos répteis, so-bretudo lagartos e serpentes.Na borboleta-nocturna fêmeaexistem, no abdómen, duas glân-dulas cor-de-laranja que produ-zem substâncias odoríferas. Omacho respectivo possui antenasplumosas que detectam o odordas fêmeas a cerca de 10 quiló-metros.

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PARTE I

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Sinais sonoros

As aves são especialistas em co-municar por sinais sonoros. Emi-tem sons diferentes consoante aespécie. Nos insectos, os sons que emi-tem são produzidos por fricçãode certas partes externas e durasdo corpo. Por exemplo, os gafa-nhotos friccionam as patas pos-teriores uma contra a outra,enquanto os grilos utilizam asasas.Também os mamíferos enviammensagens sonoras – os rugidosdos leões, os uivos dos canídeos,o miar dos gatos e os ultra-sonsdos morcegos e cetáceos.Muitos animais produzem umacombinação de estímulos vi-suais, sonoros e olfactivos.

Sinais de reconhecimento

Os machos de muitas espéciesprecisam de ser aceites pelas fê-meas. Recorrem, por isso, àcorte, uma série de acções, ges-tos, sinais típicos de cada espé-cie.Cada sinal enviado deverá cor-responder a um sinal recebido,que, por sua vez, poderá desen-cadear um novo sinal, até ao en-tendimento total dos parceiros. A escolha do parceiro com quevai acasalar é feita, geralmente,pelas fêmeas. Elas seleccionamos machos mais corpulentos evistosos. As dimensões dos chi-fres dos mamíferos, a habilidadedo voo e do canto nas aves e acoloração nos répteis e insectossão características que estão li-gadas às boas condições domacho, garantindo descendentessaudáveis.

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O acasalamento

Nos animais de fecundação in -terna, os espermatozóides sãotransferidos, através de váriossistemas, para as vias genitaisfemininas. Por isso, a maioriados mamíferos, algumas aves,os répteis e os insectos pos-suem um órgão copulador.Os caracóis são animais herma-froditas. Durante a cópula, cadaindivíduo é fecundado pelooutro. Cada um deles põe emseguida os ovos.Na maioria dos animais aquáti-cos, a fecundação é externa eos animais não acasalam no sen-tido próprio do termo. O macholança os espermatozóides sobreos óvulos depois da postura dafêmea. O macho tem sucesso nareprodução quando convence afêmea a pôr os óvulos à suafrente, através de estímulos ade-quados.

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PARTE I

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A época da reprodução

Muitos animais reproduzem-seapenas em determinadas épo-cas do ano.Os animais que se reproduzemna Primavera sofrem alteraçõeshormonais induzidas peloaumento do fotoperíodo, altera-ções que desencadeiam o pro-cesso de reprodução. Pelo con-trário, nos animais que se repro-duzem no Outono, como os cer-vídeos e os ovinos, essas altera-ções são provocadas pela dimi-nuição do fotoperíodo.Nos habitats das regiões seten-trionais temperadas, a época dareprodução começa no início daPrimavera, para que as criasbeneficiem de maior abundânciade alimento.Nas regiões em que o clima éirregular, a reprodução ocorre,indeterminadamente, em qual-quer época do ano. É o caso dosdesertos, em que a reproduçãoda maioria das espécies se dáem qualquer altura do ano,acontecendo, principalmente,quando chove.Em alguns mamíferos de grandeporte, cujo período de gestaçãoé longo, como é o caso doveado, o acasalamento ocorreno Outono. A gestação pro-longa-se por todo o Inverno e ascrias nascem na Primavera.

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. O macho apresenta cor di -ferente da fêmea na épocada reprodução.

1.2. Fase 1.1.3. Sinal visual.1.4. O macho e a fêmea efec-

tuam uma dança.1.5. O macho conduz a fêmea

ao ninho para aí ela fazer apostura.

1.6. B.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Observação das imagens einterpretação das legendasdas páginas 68 e 69.

> Aproveitamento do conheci-mento dos alunos e diálogo.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Exploração da transparência 7(2010).

Animais vivíparos e animais ovíparos

PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 7

Desenvolvimento embrionário de um mamífero.1 Desenvolvimento embrionário de uma ave.2

A A

B

B

C

D D

C

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PARTE I

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Reprodução nos vertebrados

A reprodução é, geralmente,sexuada e, a maior parte dasespécies, é dióica. A fecundaçãopode ser interna ou externa.

Nos ciclóstomos

São ovíparos. Há ciclóstomos,por exemplo, os peixes-bruxas,que têm desenvolvimento directo;outros, como acontece com aslampreias, têm desenvolvimentoindirecto.

Nos peixes

Nos peixes cartilagíneos (tuba-rões e raias), muitas espécies sãoovíparas e algumas espécies detubarões são vivíparas e ovoviví-paras. Têm fecundação interna.Nos peixes ósseos, a fecunda-ção pode ser interna ou externa.Podem ser ovíparos ou ovoviví-paros.

Nos anfíbios

São, em geral, ovíparos, comfecundação externa, e a maioriaapresenta desenvolvimento indi-recto. As salamandras são ovo-vivíparas.

Nos répteis e nas aves

São ovíparos, têm fecundaçãointerna e os seus ovos desenvol-vem-se em ambientes terrestres.Algumas espécies de répteis,como é o caso da víbora, sãoovovivíparas.Apresentam desenvolvimentodirecto.

Nos mamíferos

Todos são vivíparos, à excepçãodo monotrématos (ornitorrinco eequidno), que são ovíparos. Osmonotrématos põem ovos, apre-sentando uma estrutura uterinasemelhante aos répteis. Os ovos,após 10 dias, eclodem e nascemos filhos. A mãe alimenta-os, talcomo os outros mamíferos.As fêmeas não têm mamilos; oleite sai das fendas existentesna pele.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização da actividade in -vestigativa e elaboração dorespectivo relatório.

> Interpretação das questõespropostas na segunda activi-dade.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. 1 – C 2 – A 3 – B1.2. Foi a massa da gema, da

clara e da casca.

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PARTE I

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Pesquisa nas imagens e naslegendas desta página erecurso aos conhecimentosdos alunos.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Propor aos alunos um traba-lho de pesquisa sobre outrosanimais que prestam cuidadosaos filhos.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Cuidados parentais

Nos marsupiais, como aconteceno canguru, o novo ser não estáligado à mãe pelo cordão umbi-lical. Após a fecundação, perma-nece apenas cerca de um mêsno útero materno.Depois, o embrião maternonasce e desloca-se até à bolsamarsupial.Na pele da bolsa existem glân-dulas mamárias que alimentamos filhotes. Após 235 dias aban-donam definitivamente a bolsa.No caso dos cavalos-marinhose dos peixes-agulhas, os ovosfertilizados são colocados numabolsa situada no ventre domacho, onde se desenvolvem eeclodem.Em alguns ciclídeos, a incuba-ção é bucal, pois a fêmea trans-porta os ovos e os alevins naboca. Estes nadam junto dacabeça do progenitor e, em casode perigo, encontram abrigo nasua boca.

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PARTE I

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Diversidade de ovos

Os ovos são muito diferentes nacor, no tamanho e na forma.Os ovos dos insectos são minús-culos e os de avestruz são enor-mes.Os ovos das rãs e dos peixessão moles e protegidos por gela-tina; os ovos das aves e dosinsectos têm a casca dura, enri-quecida com sais de cálcio.Nos animais com fecundaçãoexterna, as fêmeas põem óvulosque são transformados em ovosquando fecundados.O maior ovo posto por uma ave éo da avestruz do Norte de África,que mede cerca de 15 cm e pesa1,8 kg.

Período de gestação de algunsanimais

Baleia cinzenta .... 390 diasCão...................... 60 a 66 diasCavalo ................. 270 diasCoelho................. 30 diasElefante ............... 660 diasGato .................... 60 a 66 diasLeopardo............. 90 a 105 diasLobo.................... 73 diasPorco .................. 114 diasOuriço-cacheiro .. 35 diasSer humano ........ 280 dias

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. A tartaruga é um animalovíparo.“(…) após a postura (…).”

1.2. A tartaruga-mãe não faz aincubação dos seus ovos.“Sob a acção do calor solar,os embriões desenvolvem--se dentro dos ovos.”

1.3. Poderão ser atacadas pelospredadores.

1.4. Pinguim, cão e cegonha.

1.5. a – 3 b – 1 c – 4 d – 2

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PARTE I

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Observação das imagens einterpretação das legendasdas páginas 74 e 75.

> Exploração da transparência 8(2010).

e/ou das transparências 9 e10 (2004).

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Observação das metamorfo-ses da rã recorrendo a ovosfecundados, que devem sercolocados num aquário comágua em constante renovação.

> Actividade prática 4 – Investigar as metamorfoses

do bicho-da-seda. (Cadernodo Professor, pág. 53)

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

nACETATO

10

90457

METAMORFOSES DA BORBOLETA E DO GAFANHOTO

Metamorfoses da borboleta.1 Metamorfoses do gafanhoto.2

A

A

B

C

D

B

C D

E

F

G

A

B

C D

E

F

GH

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

nACETATO

9

904

57

METAMORFOSES DA RÃ

Metamorfoses da rã.1

Metamorfoses do bicho-da-seda

PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 8

B

A C

D

E

F

1

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Metamorfoses dos insectos

Os insectos holometabólicos(borboletas, abelhas, etc.) desen-volvem-se por metamorfosescompletas, eclodindo do ovo umalarva vermiforme de corpo seg-mentado, sem olhos nem asas, eque pode ter pernas, ou não. Alarva passa por sucessivas mudasaté se imobilizar, transformando--se em pupa. A fase de puparepresenta a transformação delarva em adulto – os tecidos lar-vares são destruídos e formam-senovos tecidos, característicos doadulto. No final da fase da pupa, acutícula rompe-se e o insectoadulto sai do seu interior.

Nos insectos hemimetabólicos(gafanhoto, libélula e outros), asmetamorfoses são incompletas.Estes insectos, quando nascem,assemelham-se aos adultos,mas não possuem asas. Nãoentram na fase de pupa; cres-cem mudando o revestimentoexterno, adquirindo asas antesda última muda.Nos insectos ametabólicos,como no caso da traça-dos--livros, dos ovos nascem minús-culos insectos, que são uma ver-são reduzida dos adultos e sedesenvolvem efectuando mudas,mas sem metamorfoses.

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PARTE I

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. 1 – Larva 2 – Insecto adulto

1.2. As metamorfoses do gafa-nhoto são incompletas por-que não apresentam a fasede pupa.

1.3.O desenvolvimento do gafa-nhoto é indirecto porquepassa por metamorfoses.

Caderno de Actividades

Realização das actividades 9e 10.

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Aquicultura

Os aquicultores utilizam umaenorme quantidade de gâmetasproduzidos pelos progenitoresque eles escolhem.Depois de recolherem os óvulosobtidos carregando no dorso deuma fêmea, comprimem ummacho para cobrir os óvuloscom o líquido contendo nume-rosos espermatozóides.A mistura dos espermatozóides edos óvulos, realizada com a ajudade uma vara, permite obter ovosque são colocados em tanquescom água do mar para posteriordesenvolvimento.

A rainha das fibras – a seda

Depois de se alimentar de folhasde amoreira, a lagarta do bicho--da-seda segrega o fio da seda.Como o consegue, constitui umsegredo que os bioquímicosainda não desvendaram.Possui duas glândulas rosadasque excretam seda líquida, umamolécula gigante de proteína.Em contacto com o ar, essesfios endurecem, constituindouma poderosa fibra natural, cujaresistência ultrapassa a de umfio de aço do mesmo diâmetro.

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Compreensão da influência dosfactores do meio (luz, tempera-tura e humidade) no comporta-mento dos animais.• Reconhecimento de mudançase comportamentos dos ani-mais resultantes das altera-ções do meio.• Manifestação de atitudes res-ponsáveis face à protecção daNatureza.• Uso de vocabulário específicoda disciplina.• Utilização de metodologia inves-tigativa.

TERMOS/CONCEITOS

• Hibernação• Estivação• Migração• Alternância de formas

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Observação das imagens einterpretação das legendasdas páginas 79 e 80.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Levantamento dos nomes dasaves que, no nosso país, se:

– mantêm no seu habitatdurante todo o ano;

– encontram apenas na Pri -mavera-Verão;

– encontram apenas no Ou -tono-Inverno.

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PARTE I

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Migrações

Acredita-se que, durante asmigrações, os animais que sedeslocam de dia se orientampelo Sol e pelas característicasda paisagem terrestre, enquantoque os que viajam de noite seorientam pela posição das estre-las.Cerca de metade das avesmigra e a maioria viaja em gru-pos, sendo muito importante aexperiência das aves maisvelhas. No entanto, muitas nãochegam ao destino, devido afactores climáticos, à acção doser humano ou à doença.O fotoperíodo condiciona ofenómeno da migração. Quandoa luz diminui, as aves migrampara procurar alimento e parafugir ao rigor do clima.

Hibernação

A hibernação não constitui umacaracterística de uma espécie,sendo antes ditada pelas condi-cionantes ambientais.O ouriço-cacheiro europeu hi -berna sazonalmente na sua áreanatural de distribuição, mas aban-donou esse comportamento naNova Zelândia.A marmota, pequeno mamíferodos Alpes, no Outono, penetraem galerias subterrâneas, ondeadormece, ficando assim du -rante 8 meses, perdendo 21%do peso total.

Estivação

Os peixes dipnóicos (pulmona-dos) sobrevivem à seca doscharcos cavando uma galeria nalama.Aí esperam pela próxima esta-ção das chuvas, respirando ooxigénio atmosférico através deum pulmão rudimentar.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização das actividadesinvestigativas propostas nestapágina e, posteriormente, dis-cussão dos resultados.

> Elaboração dos respectivosrelatórios.

Nota: Estas actividades podem serrealizadas utilizando mi nhocas.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.a actividade

• Os bichos-de-conta desloca-ram-se para a obscuridade.

• Os bichos-de-conta preferem aobscuridade à luz.

• Vivendo debaixo das pedras,das cascas das árvores ou dafolhada caída no solo.

2.a actividade

• Os bichos-de-conta desloca-ram-se para a folhagem húmida.

• Os bichos-de-conta preferemviver em ambiente húmido.

• Procuram ambientes com humi-dade.

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PARTE I

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Adaptações de alguns animaisao ambiente em que vivem

Os animais das regiões frias têmtendência para possuir orelhas efocinhos mais curtos do que osanimais de espécies semelhantesque vivem em regiões quentes. Aredução das superfícies de certaspartes do corpo diminui a perdade calor por irradiação.Muitos animais homeotérmicosvivem, durante as horas de maiscalor, enterrados no solo ou emgalerias e só estão activos ànoite.O rato-canguru pode passar todaa sua vida sem beber, extraindoa pouca água de que necessitadas sementes que consome.Este animal está bem adaptado àsecura do deserto, pois nuncasai da toca durante o dia e nãotranspira, já que não tem glându-las sudoríparas.Os dromedários passam longosperíodos sem beber. Para alémde armazenarem muitos litrosde água, podem obtê-la a partirda gordura que existe na bossa.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1. Hibernação . . . . . . . . . . . . 1 Migração . . . . . . . . . . . . . . 4 Permanece activo . . . . . . . 3 Alternância de formas . . . . 2

Caderno de Actividades

Realização das actividades 11e 12.

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SUGESTÃO DE ACTIVIDADES

> Aprender por projectos – Es -pé cies de animais ameaçadas.(Caderno do Professor, pág. 79).

> Actividades de enriquecimento Actividade 2 – Biodiversidade:causas da extinção – (Cadernodo Professor, pág. 67).

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

A descoberta de uma novaespécie

Em 2004, numa das regiões maisremotas da Índia, foi descobertauma nova espécie de macaco.Chama-se Macaca munzala eeste novo primata vive em alti-tude. O último a ser descoberto,o macaco Pagai, foi descrito em1903.Atendendo que 24% das espé-cies de mamíferos continuamem perigo de extinção, a desco-berta de um novo mamífero éum acontecimento.

Não compre peixe sem o tama-nho mínimo

Sardinha . . . . . . . . . . . . 11 cmCarapau . . . . . . . . . . . . 15 cmFaneca . . . . . . . . . . . . . 17 cmCavala . . . . . . . . . . . . . . 20 cmLinguado . . . . . . . . . . . 24 cmPescada-branca . . . . . . 27 cmAmêijoa-branca . . . . . . 2,5 cmLagostim . . . . . . . . . . . 7 cmPolvo . . . . . . . . . . . . . . 750 g

www.cimar.org

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Atitudes em mudança

Em 1982, em resposta a umaenorme pressão da opiniãopública, o Parlamento Europeubaniu a importação de peles dascrias de focas-de-capuz e defocas da Gronelândia. Isto redu-ziu a taxa de mortalidade, emáguas canadianas, de 180 000em finais dos anos 70, para24 000, em 1984.Conforme a população humanase vai expandindo, há cada vezmenos espaço para a vida selva-gem. Embora sejam encaradoscomo prisões, pelos que fazemcampanha a favor dos direitosdos animais, muitos acreditamque os jardins zoológicos ou osparques naturais, bem dirigidos,têm um papel importante adesempenhar na educação dopúblico quanto à preservaçãodos animais selvagens.Todos nós podemos melhoraras condições de vida dos ani-mais, tornando-nos mais aten-tos ao modo como os tratamose informando-nos melhoracerca das suas necessidades edos seus hábitos.

DIREITOS DOS ANIMAISNatureza em Perigo (adaptado)

PETA é a maior organização dedireitos dos animais em todo omundo, com mais de 500 milmembros, e trabalha com baseno princípio: “Os animais nãoforam criados para seremcomidos, vestidos ou usadosem experiências e entreteni-mentos”.

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Teste 2

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Carnívoro.

1.2. Corre a grande velocidade.

1.3.1. 1 – Dentes molares2 – Dentes caninos3 – Dentes incisivos

1.3.2. Caninos fortes epontiagudos; mola-res com pontas agu-çadas.

2.1. A reprodução é sexuadaporque nela intervêm ummacho e uma fêmea.

2.2. B – Oferta de presentes D – Acasalamento A – Mensagem sonora C – Reconhecimento

3.1.D – B – C – E – A

3.2. “(…) cada fêmea libertanumerosos ovos (…).”

3.3. Indirecto. Passa por meta-morfoses.

4.1. a – 2 b – 3 c – 1

4.2.marmota – temperaturacaracol – humidade

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PARA CONSULTA

• ATTENBOROUGH, David, OGrande Atlas do Mundo Vivo,Editorial Verbo.

• Botânica, vols. I e II, Círculo deLeitores.

• BURNIE, David, Como fun-ciona a Natureza, Selecções doReader’s Digest.

• Guia das Áreas Protegidas Pró-ximas de Lisboa, Biosfera,Comunicação e Imagem, Ed.Instituto da Conservação daNatureza.

• HENRIQUES, Pedro C., Par-ques e Reservas Naturais dePortugal, Ed. Verbo.

• História Natural de Portugal eda Europa, Ed. Verbo.

Internet

• http://www.quercus.pt(Associação Nacional de Con-servação da Natureza)

• http://www.lpn.pt(Liga para a Protecção da Natu -reza)

• http://www.uc.pt/jardimbotanico(Jardim Botânico de Coimbra)

• http://www.jb.ul.pt(Jardim Botânico de Lisboa)

• http://www.sra.pt/jarbot(Jardim Botânico da Madeira)

• http://www.fc.up.pt/bot/Jardim/jardim.htm(Jardim Botânico do Porto)

• http://aguiar.hvr.utad.pt(Jardim Botânico da UTAD)

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

BIODIVERSIDADE VEGETAL

O Reino das Plantas englobaseres autotróficos que apresen-tam tecidos bem diferenciados.São conhecidas, actualmente,cerca de 320 mil espécies de plan-tas, algumas de estrutura muitosimples, como os musgos ehepáticas (plantas avasculares),e outras de organização maiscomplexa (plantas vasculares),como são os fetos e as árvores.Podemos encontrar plantas emtoda a superfície da Terra.A sua diversidade é maior nasflorestas tropicais e menor nasregiões desérticas e frias.Os seres vivos mais antigos domundo são as plantas. As oliveiraspodem viver mais de 3000 anos.A sequóia General Sherman Treeé a maior árvore do mundo (emvolume). Tem cerca de 2500anos, um diâmetro máximo de 11metros e 84 metros de altura.Encontra-se no Parque Nacionaldas Sequóias, na Califórnia.

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Conhecimento da variedademorfológica das plantas comflor.

• Conhecimento da constituiçãoda raiz, caule, folha e flor.

• Manifestação de uma atituderesponsável face à protecçãoda Natureza.

• Uso do vocabulário específicoda disciplina.

• Util ização da metodologiainvestigativa.

TERMOS/CONCEITOS

• Raiz aprumada• Raiz fasciculada• Raiz tuberculosa• Tubérculo• Rizoma• Bolbo• Tronco• Espique• Colmo• Bainha• Pecíolo• Limbo• Nervuras• Cálice• Margem• Corola• Androceu• Gineceu• Estame• Carpelo• Ovário• Óvulo• Plantas xerófilas• Plantas hidrófilas• Plantas higrófilas

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Avaliação Diagnóstica(Caderno do Professor, pág. 46)

> Iniciar o estudo das plantascom uma visita a um jardimou parque próximo da escola,para observar a diversidadede plantas e os diferentesórgãos que as constituem.

> Comparação de uma plantacom flor com a planta repre-sentada na figura 1, para iden-tificação dos seus órgãoscons tituintes.

PARA VISITAR – SUGESTÕES

• Jardim Botânico da Ajuda• Jardim Botânico de Coimbra• Jardim Botânico do Faial• Jardim Botânico do Funchal• Jardim Botânico de Lisboa• Jardim Botânico do Porto• Jardim Botânico da UTAD(Universidade de Trás-os-Mon -tes e Alto Douro) – Vila Real

• Parques ecológicos

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PARTE II

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização da actividade prá-tica proposta nesta página,para observação das partesconstituintes da raiz.

> Exploração da transparência 9(2010).

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

A RAIZ

A raiz é um órgão geralmenteaclorofilado e com geotrofismopositivo.

CONSTITUIÇÃO DA RAIZ

CoifaA extremidade da raiz é envoltapor um capuz de células deno-minado coifa, recoberto de umasubstância protectora, a cutina.A sua função é proteger o meris-tema primário, constituído porcélulas que se multiplicam conti-nuamente, e é responsável peloalongamento da raiz.

Zona de crescimentoLocaliza-se junto do meristemaprimário, onde ocorre o cresci-mento das células recém-forma-das.

Zona pilosaAs células epidérmicas destaregião são dotadas de pêlosabsorventes por meio dos quaisa raiz absorve a água e os saisminerais nela dissolvidos.

Zona de ramificaçãoConstituída por raízes secundá-rias cuja estrutura é a mesma daraiz principal.O alongamento da raiz nãocessa durante a vida da planta.Na raiz estão presentes os teci-dos de condução da seiva bruta(xilema) e da seiva elaborada(floema).

PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 9

Raiz, caule, folha e "or

1

2

Colo

edddfdddg

edfdg

3

4

efg

Raiz.1

1

2

3efg

Caule.2

4

1

2

3

6

7

5

Folha completa.3

4

6

5

3

2

1

Flor completa.4

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LOCALIZAÇÃO DAS RAÍZES

A maior parte das plantas temraízes subterrâneas e até muitasque vemos surgir à superfíciedos lagos e ribeiros, como o gol-fão-branco e a tanchagem-de--água, possuem raízes a viver nolodo.As raízes da lentilha-d’água e doranúnculo de flor branca vivemna água: são aquáticas.Nas plantas aquáticas flutuan-tes, a raiz está submersa, nãopossui pêlos absorventes eapresenta a extremidade prote-gida por uma bolsa radicular.As raízes aéreas têm diferentesfunções. Em plantas epífitas,como são as orquídeas das flo-restas tropicais, que vivem sobreoutras plantas sem as parasitar,todas as raízes são aéreas e dota-das de uma camada esponjosa,que absorve a humidade do ar.É variável a consistência das raí-zes. Na açucena, na ervilheira eno trigo, a raiz é tenra e diz-se her-bácea; na giesta e no pinheiro, araiz é grossa e dura e diz-se le -nhosa.

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PARTE II

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Identificação de raízes quantoà sua localização, compa-rando-as com as raízes repre-sentadas na figura 3.

> Observação de raízes apruma-das fasciculadas e tuberosas,comparando-as com as raízesrepresentadas na figura 4.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Identificação de raízes comapoio da chave dicotómica.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

TIPOS DE RAIZ

Raiz aprumada

Ocorre nas Dicotiledóneas. Amaior parte das árvores tem estetipo de raiz.As raízes aprumadas apresen-tam tendência profundante, oque permite às plantas ir buscarágua a uma profundidade bas-tante grande.

Raiz fasciculada

É característica das Monocotile -dóneas. Nestas plantas, a raizprincipal desaparece nas primei-ras fases do ciclo vegetativo,sendo rapidamente substituídapor raízes adventícias origina-das na base do caule, formandouma raiz fasciculada.As plantas que possuem estetipo de raiz (família das gramí-neas) absorvem a água superfi-cial numa extensão bastantegrande.

Raiz tuberosa

Apresenta abundante parên-quima de reserva, geralmentena forma de grãos de amido,dispostos de modo concêntricoe com aspecto similar aos anéisde crescimento das árvores.Pode ser tuberoso-aprumada outuberoso-fasciculada.

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Estas raízes desenvolvem--se no meio subterrâneo.

1.2. A raiz A possui uma raizprincipal de onde partemraízes secundárias.

A raiz B apresenta um feixede raízes espessas.

1.3. 1 – Colo2 – Zona de ramificação3 – Zona pilosa4 – Zona de crescimento5 – Coifa

1.4. A – Raiz aprumadaB – Raiz tuberoso-fascicu-

lada

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PARTE II

94

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Comparação de um ramo queapresente folhas e gemas,como o que está represen-tado na figura 6, para identifi-cação de nós, entrenós,gomos ou gemas e axilas.

> Observação do crescimentodas gemas terminal e axilar:

– cortar alguns ramos de ca -meleira ou plátano e colocá--los em água;

– observar e medir o com-primento das gemas emdias sucessivos.

> Exploração da transparência 9(2010).

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

O CAULE

As gemas possuem tecido meris-temático, responsável pela ramifi-cação e prolongamento do caule.Podem apresentar localizaçãoaquática, aérea, superficial ousubterrânea, consoante ocorremsobre caules aquáticos, aéreos, àsuperfície ou abaixo do solo.A natureza das gemas pode serfolhear, floral ou mista.As gemas folheares são, geral-mente, pequenas e pontiagudas,podendo originar um ramo comas respectivas folhas.As gemas floríferas, os botões,produzem flores e são, geral-mente, volumosas e menos pon-tiagudas.O posicionamento das gemasocorre na extremidade do caule(gema terminal), na axila dasfolhas (gema axilar) ou aindaao acaso (gemas adventícias).As gemas formam-se e abrolhamno mesmo ciclo vegetativo (gemapronta), ocorrem num ano e evo-luem no ano seguinte (hibernan-tes), só abrolham no fim dealguns anos ou nunca evoluem(dormentes).

PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 9

Raiz, caule, folha e "or

1

2

Colo

edddfdddg

edfdg

3

4

efg

Raiz.1

1

2

3efg

Caule.2

4

1

2

3

6

7

5

Folha completa.3

4

6

5

3

2

1

Flor completa.4

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Identificação de caules quantoà localização, comparando-oscom os caules representadosna figura 8.

> Observação de caules diferen-tes na forma, comparando-oscom os caules representadosnas figuras 9 e 10.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Identificação de caules comapoio da chave dicotómica.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

CAULES SUBTERRÂNEOS

Tubérculo

É um caule volumoso, não muitoalongado, com parênquima ricoem substâncias nutritivas e dis-tingue-se do rizoma tuberosoporque não apresenta raízes.

Rizoma

Possui raízes, folhas escamifor-mes e gemas com disposiçãoregular. A partir das gemas de -senvolvem-se ramos com folhase flores.

Pratos ou discos de bolbos

É um caule curto, revestido defolhas escamiformes (das quaisas mais internas são espessas ericas em substâncias nutritivas)que permite, na base, raízesadventícias e tem uma gematerminal.

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PARTE II

96

G U I A D O P R O F E S S O R

Bolbos

São estruturas possuidoras deum caule-prato ou disco rodeadode escamas, geralmente car-nudo. Dele partem raízes e umagema terminal que, desenvol-vendo-se, produz folhas e flores.Esta estrutura pode ser do tipotunicado, escamoso ou sólido.O bolbo tunicado apresenta esca-mas que se envolvem concentri-camente umas às outras (bolboda cebola); no bolbo escamoso,as escamas não se cobreminteiramente umas às outras(bolbo da açucena); no bolbosólido, o prato ou disco é com-posto e rodeado por poucasescamas (bolbo do gladíolo).

A – Bolbo escamosoB – Bolbo tunicadoC – Bolbo sólido

p

A B

C

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97

Crescimento do caule

O caule cresce durante a vida daplanta. As Monocotiledóneas,em geral, e muitas Dicotiledó -neas permanecem no estadoherbáceo, apresentando umaestrutura primária, e o processode crescimento dá-se em altura.Noutras Dicotiledóneas, o pro-cesso de crescimento dá-se emaltura e em espessura. Existenestas plantas uma estruturasecundária (o câmbio) comcélulas que se encarregam docrescimento em espessura. Pro-duzem novas camadas lenhosas,ficando no interior as maisvelhas. Estas, com o passar dotempo, ficam isoladas das zonasde origem e, não recebendoágua nem substâncias nutritivas,morrem. Quase toda a massa docaule é constituída por tecidomorto.

G U I A D O P R O F E S S O R

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. 1 – Entrenó 2 – Nó 3 – Caule 4 – Raízes

1.2. A – Caule aéreo B – Caule subterrâneo

1.3. Possui uma gema.

1.4. A – Colmo B – Rizoma

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PARTE II

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização da actividade prá -tica proposta nesta página,para observação dos consti-tuintes de uma folha completa.

> Observação das folhas incom-pletas.

> Exploração da transparência 9(2010).

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

A FOLHA

A folha é uma expansão laminardo caule e tem crescimentolimitado.Como é um órgão adaptado àrealização da fotossíntese, aforma laminar permite umamelhor exposição à luz solar.

Folhas incompletas

A folha incompleta pode serpeciolada, séssil ou constituídapor um filódio.A folha peciolada é desprovidade bainha (folha do loureiro); afolha séssil apenas possui olimbo (folha do goiveiro); e o filó-dio é um pecíolo com a formalaminar (folha da acácia).

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PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 9

Raiz, caule, folha e "or

1

2

Colo

edddfdddg

edfdg

3

4

efg

Raiz.1

1

2

3efg

Caule.2

4

1

2

3

6

7

5

Folha completa.3

4

6

5

3

2

1

Flor completa.4

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Classificação de folhas

Relativamente à forma:

Relativamente ao recorte:

Relativamente à divisão do limbo:

Simples Composta Recomposta

Inteira

Serrada

Lobada

Crenada

Partida

Dentada

Fendida

Arredondada Elíptica Ovada

Lanceolada

Cordiforme

Sagitada

PeltadaLinear

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PARTE II

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G U I A D O P R O F E S S O R

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Identificação de folhas quantoao meio, comparando-as comas folhas representadas nafigura 13.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Identificação de folhas quantoao tipo de nervuras, com apoioda chave dicotómica.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Nervação das folhas

Em regra, as nervuras podemobservar-se à vista desarmada ecorrespondem aos feixes con-dutores.As nervuras do limbo das Mono-cotiledóneas são, geralmente,paralelas entre si.A nervação paralelinérvea podeser rectilínea ou curvilínea, con-soante as nervuras são direitasou curvas.Nas Dicotiledóneas, a nervaçãoé peninérvea, trinérvea ou pal-minérvea. Nas folhas trinérveasexistem três nervuras principaispartindo da base do limbo; naspalminérveas existem cinco oumais nervuras principais a partirda base do limbo.

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101

Coloração e adaptação da folha

• A coloração da folha é predomi-nantemente verde, podendo,contudo, ocorrer uma tonali-dade púrpura, se o teor de anto-cianinas for suficientemente ele-vado para mascarar a clorofila.• As folhas podem revelar modi-ficações pronunciadas, estandocompletamente transformadasem espinhos ou desenvolvendoespinhos nas margens.

São folhas modificadas as brác-teas – formações que protegemos botões florais de certas plan-tas; as escamas, também comfunção protectora, que se notamnos tubérculos, bolbos e rizomas.Podem acumular produtos dereserva, como as escamas dosbolbos, ou transformar-se emgavinhas.Também podem apresentar pêlosglandulosos, que as defendem doataque dos animais, ou apêndicesvariados, como a lígula ou estí-pulas.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Bainha – 3 Pecíolo – 2 Limbo – 1

1.2. F – V – V – F

1.3. A – Peninérvea B – Paralelinérvea

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II

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização da actividade prá-tica proposta.

> Observação das peças floraisem flores de corola irregular.

> Exploração da transparência 9(2010)

e da transparência 12 (2004).

> Observação de flores em inflo-rescências.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

4. Observam-se pequenos grâ-nulos, que são os óvulos.

ARTICULAÇÃO CURRICULAR

As plantas, nomeadamente asfolhas e as flores, podem serutil izadas como elementosdecorativos nos trabalhos a rea-lizar na disciplina de EducaçãoVisual e Tecnológica.

A FLOR

No plano estrutural, pode consi-derar-se um ramo especializadono sentido da reprodução, comcrescimento limitado.O pedúnculo está inserido nocaule e é sustentado na partesuperior por um receptáculocom folhas florais despertas deforma cíclica.As folhas florais constituem osórgãos de formação de gâmetase de protecção.Os órgãos de protecção sãoconstituídos por folhas estéreise formam o perianto.

10 11

6

3

4

2

1

57

9

8

3

4

2

1

6

7

5

Flor da ervilheira (corola irregular).2

B

A

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

nACETATO

12

90457

CONSTITUIÇÃO DA FLOR

7

8

9

10

11

5

6

3

4

2

1

5

4

3

2

1

6

Flor da cerejeira (corola regular).1

B

A

PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 9

Raiz, caule, folha e "or

1

2

Colo

edddfdddg

edfdg

3

4

efg

Raiz.1

1

2

3efg

Caule.2

4

1

2

3

6

7

5

Folha completa.3

4

6

5

3

2

1

Flor completa.4

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Observação das imagensdesta página e interpretaçãodas suas legendas.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Utilização da Técnica de Tra-balho 4 (pág. 219).

Nota: A reprodução das plantas étratada no programa do 6.° ano.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Androceu

Agrupa folhas férteis masculinas– os estames –, onde se origi-nam os microsporângios, sendoaí produzidos os grãos de pólen.

Gineceu

Agrupa folhas férteis femininas– os carpelos.Nas Angiospérmicas, os ováriossão fechados, sendo constituídospor carpelos que apresentam asmargens enroladas ou encurva-das para dentro, encerrando osóvulos.

Os carpelos apresentam três par-tes: uma base dilatada, o ovário,que se prolonga num estilete etermina no estigma.

Flores incompletas

As que não possuem cálice sãoassépalas; outras, como o ulmei -ro, não têm corola e dizem-seapétalas. Quando não têm cálicenem corola, dizem-se nuas.Há flores que apresentam órgãosreprodutores só de um dos se -xos. Neste caso, as flores mas-culinas e femininas podem ocor-rer na mesma planta – espéciemonóica – ou em plantas dife-rentes – espécie dióica.

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-

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PARTE II

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Inflorescências

As flores podem ocorrer isola-das, uma única flor no extremodo pedúnculo – inflorescênciasolitária.Podem apresentar uma localiza-ção terminal (papoila) ou axilar(pepino-de-são-gregório).Se constituírem um agrupa-mento floral sobre um pedún-culo, designam-se por inflores-cência grupada.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. 1 – Pedúnculo 2 – Receptáculo 3 – Estames 4 – Pétala 5 – Gineceu 6 – Sépala

1.2. A – Protecção B – Pedúnculo ou Receptá-

culo C – Reprodução D – Gineceu

CachoEspiga

Umbela Capítulo

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

A MAIOR FLOR DA TERRA – ARAFLÉSIA

O seu “cartão-de-visita” é umacorola de um metro de diâmetroe sete quilos de peso.É uma planta parasita que ape-nas consegue desenvolver-se naparte enterrada do tronco davideira silvestre.De um minúsculo botão nasce agrande flor que recebeu o nomede Rafflesia arnoldei.Este colosso botânico, que vivena Indonésia, não possui folhasnem caule e tem cinco pétalasvermelhas espessas e rígidascom três centímetros de espes-sura.Decorridos três dias após flo-rescer, as pétalas murcham ecomeçam a ficar enegrecidas.Ao fim de uma semana, a magní-fica flor morre. No total foramduas semanas de vida.

Super Interessante, n.° 29

PROPOSTA DE ACTIVIDADES

> Realização de um herbário combase na actividade prática pro -posta nesta página.

> Vou experimentar – Árvore, queidade tens? (Caderno de Acti-vidades, pág. 38).

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Conhecimento da variedademorfológica das plantas semflor.• Manifestação de atitudes res-ponsáveis face à protecção daNatureza.• Uso do vocabulário específicoda disciplina.• Utilização da metodologia inves-tigativa.

TERMOS/CONCEITOS

• Rizóides• Caulóides• Filóides

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Observação de fetos e mus-gos e sua comparação com asrepresentações dessas plan-tas nesta página.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Realização da seguinte activi-dade:

– Colocar, num prato comágua, uma porção de musgoseco.

– Decorridos alguns dias,observar e discutir os resul-tados.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Fetos

São plantas vasculares semsementes. Possuem raízes, cau-les e folhas bem diferenciadas.A presença de vasos condutorespermite atingir grandes dimen-sões, o que não acontece nosmusgos.Têm, em regra, folhas muitodesenvolvidas, que apresentam,por vezes, o limbo dividido emfolíolos.Estas folhas nascem enroladas edesenrolam quando se desen-volvem, o que lhes permiteresistir às asperezas do solo e àprópria dessecação.Na época da reprodução desen-volvem-se, na parte inferior dafolha, os soros, que são gruposde esporângios que contêm osesporos.Também se podem reproduzirpor multiplicação vegetativa. Oscaules subterrâneos – rizomas –produzem gomos a partir dosquais se formam novas plantas.São exemplos de fetos o polipó-dio, o feto-macho, a avenca, ofeto-arbóreo…

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PARTE II

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Musgos

Com aproximadamente 12 000espécies, os musgos consti-tuem o maior e o mais conhe-cido grupo das Briófitas.Os rizóides são estruturas defixação ao substrato e absorvema água. O transporte da água éfeito por difusão de célula acélula.Os filóides, ricos em cloroplas-tos, dispõem-se em torno docaulóide, que suporta, também,os órgãos reprodutores.Na época da reprodução desen-volve-se o esporogónio, for-mado por um filamento, a seda,que apresenta na extremidadeuma cápsula ou esporângio,onde existem células-mães queoriginam os esporos.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. 1 – Folha 2 – Caule 3 – Raiz

1.2.Os órgãos aéreos são asfolhas.

1.3. As folhas partem do caule.

1.4.Os ambientes preferidossão húmidos e sombrios.

Caderno de Actividades

Realização da actividade 15.

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

PLANTAS AMEAÇADAS

A lista de espécies ameaçadas,agrupadas por grandes áreasgeográficas, fornece uma ideiado tipo de plantas que a Terraprovavelmente perderá, se osfactores que ameaçam osambientes naturais mantiveremo elevado nível actual.

As categorias foram definidasdo seguinte modo:

– Em perigo – espécie em perigode extinção, cuja sobrevivên-cia é improvável, se os facto-res responsáveis continuarema actuar.

– Vulnerável – espécie que,provavelmente, passará aestar em perigo num futuropróximo, se os factores res-ponsáveis continuarem aactuar.

– Rara – espécie com popula-ções pequenas a nível mundiale que, apesar de não estar emperigo e de não ser vulnerável,corre riscos.

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Compreensão da influênciados factores na distribuiçãodas plantas.• Conhecimento das característi-cas de adaptação das plantas aambientes diferentes.• Manifestação de atitudes res-ponsáveis face à protecção dasplantas.• Uso de vocabulário específico.• Utilização da metodologia in -vestigativa.

TERMOS/CONCEITOS

• Plantas xerófilas• Plantas hidrófilas

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Exploração das imagens einterpretação das legendasdas páginas 111, 112 e 113.

> Aproveitamento dos conheci-mentos dos alunos.

> Observação de plantas xerófi-las, higrófilas e hidrófilas, sepossível no próprio habitat.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Adaptações das plantas à luzsolar

Quando falta a luz solar, as plan-tas ficam amarelas e crescemmuito, ocorrendo o estiola -mento; na presença da luz solar,o crescimento é menor, mas asplantas ficam verdes e robustas.A floração depende do fotope-ríodo. Isto explica por que razãoas plantas florescem em diferen-tes épocas do ano. Há plantas dedia longo, que florescem noVerão; de dia curto, que flores-cem no Outono ou no Inverno; ein diferentes, que florescem inde-pendentemente do fotoperíodo.Os cientistas descobriram queas plantas respondem a estímu-los luminosos devido à existên-cia de fitocromo, uma proteínade cor azul-esverdeada.Fototropismo é a capacidadeque os órgãos das plantas têmde crescer voltados para a luz(fototropismo positivo) ou emsentido contrário (fototropismonegativo). O caule apresentafototropismo positivo e a raizfototropismo negativo.

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PARTE II

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Adaptações das plantas a tem-peraturas baixas

• Muitas árvores e arbustos per-dem as folhas por reacção àsalterações da temperatura e àdiminuição da duração da luzsolar. Isto significa uma redu-ção da actividade, permitindo--lhes sobreviver até à estaçãofavorável. Na base do pecíolo da folhaforma-se uma camada sube-rosa que faz interromper ofluxo da seiva, originando aseparação do ramo e forne-cendo a queda da folha.

• As sementes de algumas plantassó germinam se tiverem umatemperatura próxima de 0 °C.

• Nos cereais de Inverno, a flo-ração e a frutificação sãoinfluenciadas por baixas tem-peraturas.

• A maior parte das plantas dasregiões frias são rasteiras, parase protegerem dos ventos for-tes e dos efeitos da neve. Esta,ao cobrir as plantas rentes aosolo, permite a conservaçãodo calor e protege-as da desi-dratação.

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Adaptação das plantas à faltade água

• Os cactos são plantas de cres-cimento lento, porque perdempouca água pela transpiração etambém absorvem pouca águacom sais minerais. Como têmas folhas transformadas emespinhos, a fotossíntese é limi-tada, o que também influencia ocres cimento. A fotossínteserealiza-se, essencialmente,através do caule.

• Muitas plantas limitam o seuciclo reprodutivo à época daschuvas, atravessando a épocaseca sob formas de resistên-cia.

• A welwitchia miriabilis é umaplanta que vive no deserto daNamíbia. Em vez de crescerpara cima, concentra os seusesforços a arrastar-se à pro-cura de humidade. As raízesestendem-se durante toda avida, que pode ultrapassar os2000 anos, para atingir um cír-culo de mais de quatro metrosde diâmetro.

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PARTE II

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PLANTAS ANUAIS E VIVAZES

Plantas anuais – passam doestado de semente ao de plantaadulta numa só estação. Assementes conservam-se duranteum ano, ou seja, até à próximaestação favorável à germinação.São exemplos o feijoeiro enumerosas Monocotiledóneas.

Plantas vivazes ou perenes –vivem por um período longo,como acontece com as árvorese arbustos e também com asplantas que possuem órgãossubterrâneos (bolbos e rizomas)

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Falta de humidade.

1.2. As plantas representadassão xerófilas, porque pos-suem condições para vive-rem em solos secos.

1.3.O caule armazena água e asfolhas estão transformadasem espinhos.

Caderno de Actividades

Realização das actividades 16e 17.

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Vantagens da reciclagem

Reciclar embalagens usadastem inúmeras vantagens am -bientais e económicas. Permitepoupar energia, matérias-pri-mas e ajudar a preservar osrecursos naturais.A reciclagem também cria maisempregos do que a produção depapel celulose virgem.

SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

> Actividade prática 6 – Reciclarpapel (Caderno do Professor,pág. 55).

> Aprender por projectos – Visitaro Parque da Peneda-Gerês (Ca -derno do Professor, pág. 80).

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

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Desflorestação

Em 10 anos desapareceu umquinto da nossa floresta.Segundo o Inventário FlorestalNacional de 1995, os povoa-mentos florestais ocupavam3,2 milhões de hectares doterritório. Em 2005 este nú -mero deverá ter baixado paraos 2,5 milhões de hectares.Em 1995, a arborização es ten -dia-se a 36% do território. Naestimativa feita pelo autor,em 2005, esta taxa devia ron-dar os 28%.

Portugal: O vermelho e o negroPedro Almeida Vieira

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DIA MUNDIAL DA FLORESTA

Em 1971, na sequência de umaproposta da confederação Euro-peia de Agricultores que mere-ceu o melhor acolhimento daFAO (Organização das Na çõesUnidas para a Alimentação eAgricultura), foi estabelecido oDIA MUNDIAL DA FLORESTA como objectivo de sensibilizar aspopulações para a importânciada floresta na manutenção davida na Terra.Em 21 de Março de 1972 – iní-cio da Primavera no hemisférionorte – foi comemorado o pri-meiro DIA MUNDIAL DA FLO-RESTA em vários países, entreos quais Portugal.

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Teste 3

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. 1 – Coifa 2 – Zona pilosa 3 – Caule 4 – Entrenó 5 – Pecíolo 6 – Limbo 7 – Gema 8 – Flor

1.2. As folhas são incompletasporque não possuem bainha.

1.3. Peninérvea.

2.1. 1 – Estame 2 – Gineceu 3 – Pétala 4 – Receptáculo 5 – Pedúnculo 6 – Sépala

2.2. Estames.

2.3. Protecção.

3.1. Planta I – B e D Planta II – A e C

3.2. 1 – Rizóides 2 – Filóides 3 – Raízes 4 – Caule

4.1. A túlipa apresenta-se maisdesenvolvida na Primavera.

4.2.No Inverno, a planta apre-senta raízes, bolbo e gema.

4.3. A planta perde a parte aérea.

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PARA CONSULTA

Livros

• A Fauna e a Flora do Litoral dePortugal, Guias Fapas.• A Vida Microscópica, EditorialVerbo.• Guia Prático para Conhecer

Todos os Tipos de Árvores.• Roteiros da Natureza, EdiçõesTerras e Debates.• SALDANHA, L., Fauna Subma -

rina Atlântica, PublicaçõesEuropa-América, 1995.• WEBER, M., Aguda Entre as

Marés – Fauna e Flora do Lito -ral da Praia da Aguda, EdiçõesAfrontamento.

Internet

• http://www.cienciaviva.pt(Ciência Viva)• http://portal.icnb.pt(Instituto da Conservação daNatureza e Biodiversidade)• http://www.cienciahoje.pt/24174(Ciência Hoje – O microscópio)• http://www.cientic.com/portal(Cientic)

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

A descoberta da célula

Marcelo Malpighi (1628-1694) eAntony Van Leeuwenhoek (1632--1723) foram considerados oscientistas mais célebres namicroscopia do século XVII.Leeuwenhoek reconheceu aexistência de pequenos seresvivos em infusões e Malpighiobservou a existência de capila-res nos pulmões.Robert Hooke utilizou, pela pri-meira vez, a palavra célula masnão chegou a descobrir a verda-deira natureza das células.Em 1831, o botânico escocêsRobert Brown observou a exis-tência de núcleo nas células detecidos vegetais.Em 1838, Schleiden, botânicoalemão, afirmou que todos osvegetais eram constituídos porcélulas; o zoólogo alemãoSchwann referiu que todos osanimais também eram formadospor células.Estes dois cientistas enuncia-ram a teoria celular ao afirma-rem que os tecidos são consti-tuídos por células e que estassão unidades independentes,ainda que se encontrem agrupa-das e relacionadas entre si paraformarem um organismo.Em 1840, Purkinje designouo conteúdo celular por proto-plasma.Em 1855, Rudolf Virchowampliou a teoria celular, ao afir-mar que as células provêm deoutras células preexistentes,estabelecendo a divisão celularcomo fenómeno principal dareprodução dos organismos.Em 1875, Hertiwg concluiu queo embrião resulta da fusão entreduas células, o óvulo e o esper-matozóide.O biólogo alemão Walter Flem -ming, em 1879, observou dife-rentes figuras de mitose utili-zando corantes adequados.A descoberta do microscópioelectrónico (1930) permitiu oestudo da ultra-estrutura dacélula.

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Conhecimento da constituiçãodo microscópio.• Compreensão da importânciado microscópio no estudo dacélula.• Compreensão da célula comounidade fundamental dosseres vivos, com formas edimensões diversas.• Uso do vocabulário específico.• Util ização da metodologiainvestigativa.

TERMOS/CONCEITOS

• Célula• Citoplasma• Membrana celular• Núcleo• Parede celular• Ser unicelular• Ser pluricelular

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Discussão sobre a importân-cia do microscópio.

> Primeiro contacto com omicroscópio para identifica-ção das peças.

> Pesquisa sobre a função decada uma das peças (figura 1).

> Referência às regras de utiliza-ção do microscópio (Técnicade Trabalho 7 – pág. 222).

> Exploração da transparência 10(2010).

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Microscópio óptico

Se um microscópio possui umaocular, denomina-se monocular.Se apresenta duas oculares, dis-postas lado a lado, é um micros -cópio binocular.

Os dois sistemas ópticos, objec-tiva e ocular, comportam-secada um como uma lente con-vergente.A imagem obtida pelo observa-dor é:

– virtual;– ampliada;– invertida.

PÁGINAS DA TERRA P

C I Ê N C I A S D A N A T U R E Z A | 5 . ° A N O T R A N S P A R Ê N C I A 1 0

Microscópio óptico

Microscópio óptico.1

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PARTE III

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> O conceito de célula pode serintroduzido com a observaçãomicroscópica de uma lâminade cortiça – observação essaque levou Hooke a criar o termocélula.

> Realização das actividades 1e 2.Estas actividades devem serapoiadas pelas Técnicas deTrabalho 6 e 7, respectiva-mente, nas pá ginas 221 e 222.

> Discussão sobre os consti-tuintes celulares.

> Observação de outras prepa-rações microscópicas, como,por exemplo, das célulasepiteliais da rã.

> Observação da figura 5 e dis-cussão sobre a forma e di -mensão das células.

> Actividade prática 7 – Obser-vação microscópica da folhade elódea – (Caderno do Pro-fessor, pág.56.)

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

PREPARAÇÃO MICROSCÓPICADAS CÉLULAS DA MUCOSA BUCAL

Modo de proceder:

1. Colocar, com o conta-gotas,uma gota de corantes (azul--de-metilo ou vermelho-neu-tro) no centro da lâmina.

2. Com a colher desinfectadacom álcool, raspar a paredeinterna da cavidade bucal.

3. Colocar um pouco do produtoobtido na gota do corantecom a agulha de dissecçãoou palito.

4. Colocar a lamela.5. Retirar o excesso de líquidocom papel absorvente.

Conceito actual da teoria celular

O aperfeiçoamento dos apare-lhos de observação e das técni-cas de análise bioquímicas per-mitem chegar ao conceito actualda teoria celular.– Todo o ser vivo é constituídopor uma ou mais unidadesvivas chamadas células.

– Cada célula é capaz de mantera sua própria existência.

– A actividade de um organismoresulta do conjunto de todas asactividades das suas células.

– A célula é a unidade estrutu-ral, funcional e genética dosseres vivos.

Célula das plantas

A célula das plantas distingue--se da célula animal por:– conter cloroplastos, para reali-zar a fotossíntese;

– possuir vacúolos grandes, queocupam nas células mais ve -lhas quase todo o citoplasma;

– apresentar uma parede celuló-sica à volta da membranaplasmática que a impede demudar de forma.

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PARTE III

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. 1 – Citoplasma 2 – Membrana 3 – Núcleo 4 – Parede celular

1.2. São diferentes na forma. (Há outras.)

1.3.Nas células das plantas.

1.4. 10 * 40 " 400 *

Caderno de Actividades

Realização da actividade 18.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização da actividade prá-tica proposta nesta página.

> Observação microscópica deinfusões e/ou águas de tan-ques e charcos.

> Observação de preparação doesfregaço de iogurte.

> Discussão sobre o significadode ser unicelular e ser plurice-lular.

> Exploração da transparência 11(2010).

> Vou Experimentar – Observa-ção microscópica de levedu-ras do pão (Caderno de Acti-vidades, pág. 50).

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

Interpretação da observação1. Uma só célula.2. Existem seres constituídos poruma só célula.

Seres unicelulares e seres pluricelulares

PÁGINAS DA TERRA P

C I Ê N C I A S D A N A T U R E Z A | 5 . ° A N O T R A N S P A R Ê N C I A 1 1

Paramécia.1

Células nervosas.4

Amiba.2

Células hepáticas.5

Alga.3

Células da folha.6

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PARTE III

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

SERES UNICELULARES

Protozoários

São exemplos a amiba, a para-mécia, o plasmódio, a vorticelae os poraminíferos.

Algas unicelulares

São de referir as euglenas e asdiatomáceas.As euglenas encontram-se naságuas dos tanques. Cada umatem um flagelo e não apresentaparede celular.

Bactérias

São seres do Reino Monera,pro cariontes.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1.Unicelulares – A e C. Pluricelulares – B e D.

1.2. A e C são constituídos poruma única célula.B e D são constituídos porvárias células.

1.3. Célula.

1.4. Lobo, cogumelo, feto. (Háoutros.)

Caderno de Actividades

Realização da actividade 18.

Estrutura celular da amiba (A) e daparamécia (B).

Euglena.

Núcleo

CloroplastoFlagelo

Nucléolo

Cílios Micronúcleo Vacúolodigestivo

Vacúolocontráctil

Local deexocitose

Sulco oralMacronúcleo

Vacúolocontráctil

Núcleo

Citoplasma

Vacúolo digestivoPseudópode

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

MICROSCÓPIO ELECTRÓNICO

• O primeiro microscópio elec-trónico de transmissão foicons truído em 1931 por ErnestRuska e Max Knoff.• Os microscópicos electrónicosde transmissão e de varri-mento utilizam um feixe deelectrões acelerados, o que fazcom que as lentes usadas nãosejam de vidro ou cristal, maslentes electromagnéticas.• Nestes instrumentos, as ima-gens obtidas são a preto ebranco e o material a observaré não vivo. No microscópio detransmissão, a ampliação podeser de 9000 vezes e no de var-rimento pode ser de 250 000vezes.• No microscópio electrónico detransmissão há a conversãoem fotões num ecrã flores-cente registado em películafotográfica ou, mais recente-mente, sob a forma digital.No microscópio electrónico devarrimento, a conversão deelectrões em fotões e a análiseé feita em ecrã de televisão.• Os microscópios electrónicossão ferramentas indispensá-veis em vários domínios dainvestigação em Biologia.

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Compreensão da classificaçãobiológica.• Manifestação de atitudes res-ponsáveis face à protecção daNatureza.• Uso do vocabulário específico.• Utilização de metodologia in -vestigativa.

TERMOS/CONCEITOS

• Classificação• Reino• Filo• Divisão• Classe• Espécie• Monera• Protistas• Fungos• Cordados• Artrópodes• Moluscos• Traqueófitas• Briófitas

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Com base nas imagens da fi -gura 1 e da página 128, deba-ter a importância da classifi-cação dos seres vivos.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

SISTEMÁTICA – CIÊNCIA DACLASSIFICAÇÃO

Sistemática tem um significadoamplo, pois inclui a Taxonomiae a Biologia evolutiva.As primeiras classificações nacio-nais de organismos vivos come-çaram com os antigos gregos,nomeadamente Aristóteles.O grande florescimento da Taxo-nomia ocorreu no século XVIII,com a obra de Lineu.

Em 1735, Carlos Lineu publicouo livro Systema Naturae, no qualpropôs um sistema de classifi-cação coerente que serviu debase aos sistemas modernos. Oprincipal critério usado por Lineuera a estrutura anatómica do orga-nismo.Actualmente, são utilizados crité-rios como: morfologia, simetriado corpo, tipo de nutrição, orga-nização estrutural, cariologia,embriologia e dados bioquími-cos. Nenhum critério pode serutilizado com carácter de exclu-sividade.

A espécie é a unidade básica daclassificação de um agrupamentonatural, pois baseia-se no isola-mento reprodutor das popula-ções que a constituem.

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PARTE III

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Discussão sobre a importân-cia da classificação dos seresvivos.

> Observação e interpretaçãodo diagrama da figura 2.

> Situar os seres vivos nos res-pectivos reinos, com base nodiagrama.

> Interpretação do esquema dafigura 3 para conhecimentodos grupos taxonómicos e dasua interdependência.

> Exploração da transparência 13(2004).

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano n

ACETATO 13

90457

CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS

REINO FUNGI

REINO MONERA

REINO PROTISTA

REINO ANIMALIAREINO PLANTAE

GRUPO

AN

IMA

IS I

NC

LU

ÍDO

S N

O G

RU

PO

REINOAnimal

FILOCordados

CLASSEMamíferos

ORDEMCarnívora

FAMÍLIAFelidae

GÉNEROFelis

ESPÉCIEFelis cattus

SUBFILOVertebrados

Caracol

Anfioxo

Cavalo

Leão

Tigre

Lince

Gato

Classificação de um ser vivo em vários grupos taxonómicos.2

Reinos dos seres vivossegundo Whittaker (1979).

1

2

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

OS REINOS DA VIDA

Inicialmente, os seres vivosforam agrupados em dois rei-nos: dos Animais e das Plantas.Em 1899, o biólogo alemãoErnest Haeckel propôs a cria-ção do Reino dos Protistas, queagrupa organismos mais simples.

Herbert Copeland (1902-1968)introduziu o Reino Monera, sur-gindo assim um sistema declassificação em quatro reinos.

Em 1969, o biólogo Whittakerpropôs que os fungos formas-sem o Reino dos Fungos.Em 1979, Whittaker tambémpropôs que as algas e os fungosflagelados fossem integrados noReino dos Protistas. Considerouque as algas se distinguem dasplantas por não terem tecidosdiferenciados.Actualmente, é mais aceite adivisão dos seres vivos emcinco reinos: Monera, Protista,Fungos, Plantas e Animais.

Célula procariótica

Não apresenta membrana nu -clear nem nucléolo.O material nuclear está espa-lhado no citoplasma e constituio nucleóide.São exemplos as bactérias e ascianobactérias. É característicado Reino Monera.

Célula eucariótica

Apresenta o núcleo bem diferen-ciado com membrana nuclear.É característica dos Protistas,Fungos, Animais e Plantas.

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PARTE III

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Observação das característi-cas dos seres vivos represen-tados e interpretação daslegendas das figuras 4 e 5.

> Identificação dos grupostaxonómicos (Reino, Filo ouDivisão e, quando possível, aClasse) utilizando as chavesdicotómicas das páginas 134e 135.

Nota: Os taxonomistas têmnecessidade de considerarcategorias intermédias. Porexemplo, o grupo dos Verte-brados constitui um Subfilo.

> Informar os alunos de queexistem outras tabelas onde épossível identificar seresvivos em outros grupos taxo-nómicos.

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

NOMENCLATURA

Desde a Idade Média que a língualatina foi utilizada para escrever onome científico dos seres vivos.Esta prática continuou até aosnossos dias, porque, sendo olatim uma língua morta, nãoestá sujeita a evolução.Carlos Lineu propôs um sistemade nomenclatura binominal, con-junto de regras destinadas a nor-malizar o nome das espécies.O nome de cada espécie deve serconstituído por duas palavras.Por exemplo, o lobo tem o nomecientífico de Canis lupus, que seescreve em latim, em letra tipoitálico (se for manuscrito, deveser sublinhado). A primeira pala-vra, Canis, deve escrever-se cominicial maiúscula e correspondeao género; a palavra lupus éescrita com inicial minúscula e éo restritivo específico.Quando uma espécie tem subes-pécies, utiliza-se uma nomencla-tura trinominal para as designar.A designação dos grupos supe-riores à espécie é uninominal,consta de uma única palavra,que é um substantivo, escritacom inicial maiúscula.O nome científico dos seres vivosé o mesmo para todo o mundo efacilita a comunicação acerca dosseres vivos. Canis lupus é omesmo animal para um portu-guês, japonês, russo ou inglês.

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PARTE III

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CHAVES DE CLASSIFICAÇÃO

FILO DOS CORDADOS

1

addbddc

Animais comesqueleto internoaxial

Animais semesqueleto interno

SUBFILO DOSVERTEBRADOS

2

2

addddddbddddddc

Corda dorsalapenas na zonada cauda,desaparecendo,geralmente, naforma adulta.Muitos têm túnicaexterna

Corda dorsalpersistente aolongo de toda azona dorsal

SUBFILOUROCORDADOS(ascídias)

SUBFILO CEFA-LOCORDADOS(anfioxo)

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CHAVES DE CLASSIFICAÇÃO

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DIVISÃO ESPERMATÓFITAS

addddddbddddddc

Plantas sem flores,com sementes não encerradas nopericarpo, óvulosnão encerrados noovário

Plantas com flores,sementes protegidaspelo pericarpo,óvulos encerradosno ovário

SUBDIVISÃOGIMNOSPÉR-MICA

SUBDIVISÃOANGIOSPÉR-MICA

SUBDIVISÃO DAS ANGIOSPÉRMICAS– CLASSE DAS MAGNOLIÓFITAS

addddddddbddddddddc

Embrião com umcotilédone, florestrímeras, folhasgeralmentecom nervurasparalelinérveas,raiz fasciculada

Embrião comdois cotilédones,flores trímeras oupentâmeras, folhascom nervurasramificadas,raiz aprumada

SUBCLASSEDASMONOCOTI -LEDÓNEAS

SUBCLASSEDASDICOTILE -DÓNEAS

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PARTE III

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G U I A D O P R O F E S S O R

Evolução biológica

As ideias evolucionistas, princi-palmente a seguir a Darwin,tiveram repercussões nas clas-sificações biológicas.Há evidências de que os seresvivos actuais descendem de an -cestrais comuns.Os organismos têm-se transfor-mado desde a sua origem e esseprocesso é a evolução biológica.Surgem, assim, as classificaçõesevolutivas ou filogenéticas, emque se procura agrupar os orga-nismos de acordo com o graude parentesco entre eles, e sãorepresentadas por árvores filo-genéticas.O desenvolvimento da Citologia,da Embriologia, da Genética eda Bioquímica permite estabele-cer árvores filogenéticas e clas-sificar os organismos de acordocom o grau de parentesco.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1. A – Reino dos Animais B – Classe dos Cefalópodes C – Filo dos Artrópodes D – Classe dos Aracnídeos E – Reino das Plantas F – Divisão das Pteridófitas

Caderno de Actividades

Realização das actividades 19e 20.

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

REDE NATURA

A Rede Natura 2000 pretendeser uma rede ecologicamentecoerente de áreas de conserva-ção da Natureza com importân-cia comunitária.O objectivo principal é manterou recuperar habitats e espé-cies, garantindo-lhes um esta-tuto de conservação favorável, eresulta da implementação dasdirectivas comunitárias “Aves eHabitats”. A nível comunitário, a RedeNa tura 2000 protege 182 espé-cies e subespécies de aves,incluindo aves migradoras, 253tipos de habitats, 200 animais e434 plantas.Em Portugal, a zona que apre-senta uma maior área cobertada Rede Natura é a RegiãoNorte, embora também a sul doTejo se desenvolvam projectosneste âmbito.A estas áreas é dado o nome deZonas Especiais de Conser -vação.

PROPOSTA DE ACTIVIDADES

> Aprender por projectos – Co -nhe cer e classificar árvores(Caderno do Professor, pág. 81).

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

CONES REPRODUTORESDO PINHEIRO

O pinheiro apresenta estruturasreprodutoras especiais, os cones(masculinos e femininos), quesão constituídos por várias esca -mas férteis inseridas à volta deum eixo. Nos cones masculinosformam-se os grãos do pólen enos cones femininos os óvulos.O pinheiro é uma planta vascu-lar com sementes, tem óvulos adescoberto em escamas ovulífe-ras e as sementes estão a des-coberto em escamas lenhosas.

Exemplo da classificação, doReino à Espécie, do sobreiro:

Reino Plantæ

Divisão Tracheophyta

Classe Angiospermæ

Subclasse Dicotiledonæ

Ordem Fagales

Família Fagaceæ

Género Quercus

Espécie Quercus suber

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Teste 4

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Células.

1.2. 1 – Membrana 2 – Núcleo 3 – Citoplasma

1.3. É um ser vivo pluricelular. É constituído por muitas

cé lulas.

1.4. 10 * 45 " 450 *2.1. Torna mais fácil a transmis-

são dos conhecimentossobre os seres vivos.

2.2. A – Protistas B – Plantas C – Animais

2.2.2. São pluricelulares.

3.1. Filo – Moluscos Classe – Gastrópodes

3.2.Divisão – Espermatófitas

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PARA CONSULTA

Livros

• A Terra, um Planeta com Vida,Colecção da Revista Visão.• Água em Portugal, Secretariade Estado do Ambiente e dosRecursos Naturais.• Água, um Tesouro a Defender,Educação para o Consumidor,Deco.• Eco Agenda Escolar 2000,Caderno Verde, ComunicaçãoS. A., Ed. Lipor.• WALISIEWICS, Marek, EnergiasAlternativas, Editora Civilização.• HULOT, Nicolas e outros, Paraque a Terra Permaneça Hu -mana, Editorial Bizâncio.• O Ambiente no Novo Milénio,Forum Ambiente.• Manuais do Cidadão Am -bientalista, Geota.• Um dia de consumo sustentá-vel, Edições Deco.• AL GORE, Uma Verdade Incon -veniente, Esfera do Caos Edi -tora.

Internet

• http://www.quercus.pt(Associação Nacional de Con-servação da Natureza)• http://www.aprh.pt(Associação Portuguesa deRecursos Hídricos)• http://www.cienciaviva.pt(Ciência Viva)• http://www.esb.ucp.pt(Compostagem doméstica)• http://www.energiasrenovaveis.com(Portal das energias renováveis)• http://www.inag.pt(Instituto da Água)• http://portal.icnb.pt(Instituto da Conservação da Na -tureza e Biodiversidade)• http://www.visionarium.pt(Visionarium)

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

SUSTENTABILIDADE DA TERRA

O desenvolvimento das socieda-des modernas tem sido reali-zado à custa da produção degrandes quantidades de mate-riais residuais, alguns deles deelevada toxicidade, o que contri-bui para a poluição e degrada-ção da água, do ar e do solo.Torna-se urgente, no séculoXXI, procurar um modelo dedesenvolvimento alicerçado emprincípios de sustentabilidadeque vá ao encontro das necessi-dades das pessoas no presente,sem comprometer as necessi-dades das gerações futuras.Reduzir a nossa pegada ecoló-gica – área produtiva de que cadaum de nós precisa para viver – éum desafio e uma meta funda-mental. Não atingir a sustentabili-dade pode implicar danos irrever-síveis ao nível da biodiversidade.

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS• Compreensão da água comomaterial terrestre e suporte devida.• Reconhecimento do poder dis-solvente da água.• Conhecimento de processosde tratamento da água.• Compreensão dos efeitos queas actividades humanas provo-cam na água.• Compreensão da necessidadede preservar a água.• Manifestação de atitudes respon-sáveis face à protecção da água.• Uso de vocabulário específicoda disciplina.• Utilização da metodologia in -vestigativa.

TERMOS/CONCEITOS• Dissolução • Fervura• Solução • Desinfecção• Solvente • Decantação• Soluto • Filtração• Água potável • Poluição• Água salobra • Reflorestamento

PARA VISITAR – SUGESTÕES• Aqueduto da Amoreira (Elvas)• Aqueduto da Prata (Évora)• Aqueduto das Águas Livres(Lisboa)• Aqueduto Romano de Coním-briga (Condeixa-a-Nova)• Barragem Romana – Ruínas(Belas)• Casa Eficiente – Lisboa• Centro de Educação Ambientaldas Ribeiras de Gaia – VilaNova de Gaia• Museu da Água (Lisboa)• Museu da Água (Coimbra)• Pavilhão da Água (Porto)• Sistema de Abastecimentode Água à Cidade de Braga(séc. XVII)

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Avaliação diagnóstica – Parte IV(Caderno do Professor, pág. 48).

> Interpretação dos gráficos dasfigura 1 e 2 para discussão dapercentagem de água exis-tente nas diferentes estruturasdos seres vivos.

> Observação e interpretaçãodas imagens das figuras 3 e 4e das respectivas legendaspara justificação da importân-cia da água nos seres vivos.

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PARTE IV

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

IMPORTÂNCIA DA ÁGUA

A água pode ser consideradacomo nutriente plástico e regu-lador.

A função plástica ou constru-tora é justificada porque:– é o principal constituinte celu-lar e intervém na construção ena reparação das células;

– é o componente principal dosangue, transportando gases,nutrientes e produtos resul-tantes da actividade celular.

A função reguladora é justifi-cada porque:– intervém nas reacções bioquí-micas do organismo;

– regula a temperatura do cor -po, fazendo-a descer devido àprodução de suor.

Nas plantas, a quantidade deágua corresponde a 80% detodo o organismo. É fundamen-tal para a realização da fotossín-tese.Perder 10% de água traz a qual-quer ser vivo graves problemase se as perdas atingirem 20% a30% é certo que acaba por mor-rer.A sobrevivência sem água ficaresumida, nos seres humanos, amenos de uma semana.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização das actividadesexperimentais propostas e pos-terior discussão com exemplosde substâncias solúveis e inso-lúveis.

> Realização dos respectivosrelatórios.

> Análise de vários rótulos deágua engarrafada para desco-berta de solutos.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

Actividade 1• Observação: – Com a visão: o sal deixou de

se ver. – Com o paladar: a água ficou

salgada.

Actividade 2• Observação: – No gobelé A, a água ficou

turva e depositou-se farinhano fundo do gobelé.

– No gobelé B, o azeite ficou aflutuar sobre a água.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Solução é uma mistura homogé-nea de duas ou mais substâncias.Nas misturas homogéneas, oscomponentes não se conse-guem detectar a olho nu.Se o solvente for a água, a solu-ção costuma designar-se porsolução aquosa.Para que duas substâncias empresença formem uma solução,é necessário que se estabeleçamentre as suas moléculas (e iões)forças suficientemente fortespara que se vençam as forçasintermoleculares inicialmenteexistentes entre as partículasdas substâncias a misturar.

Substâncias insolúveis na águaA água não dissolve todas assubstâncias. Quando se misturaa água com uma substância quenela é insolúvel, forma-se umamistura heterogénea.Numa mistura heterogénea dis-tinguem-se, à vista desarmada,os vários componentes.

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PARTE IV

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Solubilidade de uma substância

É a quantidade máxima de solutoque é possível dissolver numdado volume de solvente, a umacerta temperatura.A capacidade solvente da águaaumenta com a divisão dosoluto, com a agitação da solu-ção e com a temperatura do sol-vente.

Soluções saturadas

A capacidade solvente da águatem limites.À temperatura ambiente (20 °C),é possível dissolver 35 g de salem 100 cm3 de água. Se adicio-narmos mais sal, a solução ficasaturada.O açúcar tem uma solubilidadeseis vezes maior que o sal.

Água do mar

A água do mar contém, emmédia, 35 g de sais mineraisdissolvidos em cada quilogramade água, cuja composição é aseguinte:

• Cálcio – 1,4%• Potássio – 1,4%• Magnésio – 3,5%• Sulfato – 7,4%• Sódio – 30,6%• Cloro – 55%

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Formou-se uma solução nogobelé B.

1.2. Soluto " anilina Solvente" água

1.3.O óleo é insolúvel na água.

2.1. A água engarrafada é umasolução porque contém vá -rias substâncias dissolvidas.

2.2.O soluto em maior quanti-dade é o bicarbonato e emmenor é o fluoreto.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Análise das imagens e daslegendas desta página comobase da discussão sobre aqualidade da água.

ARTICULAÇÃO CURRICULAR

> Os alunos podem, com oapoio da disciplina de Históriae Geografia de Portugal, fazeruma pesquisa sobre a localiza-ção das estâncias termais por-tuguesas.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

TIPOS DE ÁGUA

A legislação portuguesa (Dec.--Lei n.° 90/90, de 16 de Março)distingue dois tipos de água:águas de nascente e águas mi -nerais.

Águas de nascente – são águassubterrâneas naturais que nãose integram no domínio públicodo Estado e que, na sua origem,se conservam bacteriologica-mente próprias para beber.

Águas minerais naturais – sãoáguas de circulação profunda,com propriedades físico-quími-cas estáveis, de que resultampropriedades terapêuticas oucom efeitos benéficos na saúde.São recursos geológicos quepertencem ao Estado.A principal diferença entre estesdois tipos de água é que às águasminerais naturais se exige umacomposição química estável aolongo do ano e às de nascentenão é feita esta exigência.

Águas termais – são águas mi -nerais naturais que apresentamuma temperatura superior (pelomenos 4 °C) à temperatura médiado ar dessa região. São utilizadasem termas e/ou engarrafadas.

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PARTE IV

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização das actividadesinvestigativas propostas nestapágina e dos respectivos rela-tórios.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.a actividade

• Observação: – No gobelé A ficou o depósito. – Para o gobelé B passou a

água.

• Conclusão: – Pela decantação separa-se a

água do depósito.

2.a actividade

• Observação: – No gobelé B, a água é límpida. – No filtro, ficaram as substân-

cias que estavam em sus-pensão na água.

• Conclusão: – Pela filtração retiram-se da

água as substâncias em sus-pensão.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Análise da notícia do jornalsobre a qualidade da águaseguida de debate.

> Realização da desinfecção eda fervura da água comoindica a actividade 3.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Água inquinada

A água contaminada por micror -ganismos patogénicos pode pro-vocar doenças que afectam, mui-tas vezes, o sistema digestivo.São exemplos dessas doenças aamebíase, a giardíase, a febretifóide e a cólera.

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PARTE IV

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Tratamento da água

1. Captação – a água é captadapor um sistema de drenos eencaminhada para um reser-vatório.

2. Pré-oxidação – numa primeirafase, à água captada são adi-cionados produtos cloradoscuja função é destruir a maté-ria orgânica complexa edesinfectar a água. Para a tor-nar menos agressiva, é adi -cionado dióxido de carbono.

3. Floculação – nesta fase, aágua está preparada parareceber o coagulante queaglutinará todas as partículasdispersas e em suspensãoem coágulos, facilitando asua separação nas etapas detratamento subsequente.

4. Flotação e filtração – no pri-meiro processo, os flocosformados na etapa de flocula-ção são arrastados para asuperfície por microbolhas dear introduzidas na unidade.Na segunda etapa, a águaclarificada entra directamenteno filtro, constituído por areiae antracite, onde as partículassólidas mais pequenas, quenão tenham sido separadasna flotação, são retidas.

5. Desinfecção final – é efec-tuada com cloro, de modo agarantir a qualidade bacterio-lógica, quer à saída da esta-ção quer ao longo de toda arede de distribuição.

Forum Ambiente, n.° 78

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Características físicas da água

A água pura é incolor, inodora,insípida e transparente. O seuponto de ebulição é de 100 °C eo de solidificação é 0 °C, à pres-são normal. Não conduz a elec-tricidade.A água na Natureza não seencontra na sua forma pura.Nem mesmo a água das chuvasé pura.Considera-se pura a água desti-lada, embora baste abrir efechar o frasco em que estácontida para ganhar impurezas.Na água potável, por contersubstâncias dissolvidas, o pontode solidificação é, geralmente,mais baixo do que 0 ºC e oponto de ebulição é superior a100 ºC.

Identificação da água

O sulfato de cobre permite iden-tificar a presença da água. Osulfato de cobre branco fica azulna presença da água.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. A – Decantação B – Filtração C – Fervura

1.2. A filtração, porque no filtroficariam retidas as partícu-las responsáveis pela tur-vação da água.

1.3. Eliminar os micróbios.

2.1. A – Água potável B – Água mineral ou termal C – Água com excesso de

substâncias dissolvidas. D – Água com micróbios

e/ou produtos que pro-vocam doenças.

2.2. Não tem cor nem cheiro. (Há outras.)

3. HepatiteFebre tifóideEnterite

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PARTE IV

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Pesquisa nas imagens e in -terpretação das legendas(págs. 152 e 153).

> Observação da modificação daforma das nuvens durantealguns dias.

> Discussão sobre a origem e aimportância dos lençóis deágua.

> Discussão sobre a importân-cia do ciclo da água.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Nuvens

Quando o ar fica saturado, ovapor de água condensa-se soba forma de pequeníssimas gotasde água suspensas no ar, cons-tituindo as nuvens. Se o arrefe-cimento é demasiadamentegrande, formam-se pequenoscristais de gelo em vez de gotasde água.As nuvens que se formam abaixa altitude e com curta dura-ção são os cúmulos.As nuvens em forma de cama-das designam-se por estratos.Acima de 11 km formam-se oscirros, nuvens em forma de pe -nas ou rabos-de-cavalo consti-tuídas por gelo.As nuvens que indicam aguacei-ros têm o nome de nimbos.

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Nevoeiros e neblinas

Quando o céu está límpido e oar húmido, o acentuado arrefe-cimento nocturno faz com que ovapor de água atinja o ponto decondensação em contacto como solo frio, formando-se nuvensmuito baixas, que constituem onevoeiro.As neblinas são nevoeirosmenos densos. Quer o nevoeiroquer a neblina são nuvens dotipo estratos que se formamjunto à superfície terrestre.

Orvalho e geada

Quando, durante a noite, ovapor de água do ar se con-densa, em contacto com assuperfícies frias do solo, plantase outros objectos expostos aoar, forma-se orvalho.Este aparece sob a forma depequenas gotículas de água de -positadas sobre aquelas superfí-cies.Se a noite for muito fria, atin -gindo 0 °C, o orvalho solidifica eformam-se cristais de gelo, queconstituem a geada.

Granizo

Por vezes, nas zonas de grandesaltitudes, quando a temperaturase torna muito baixa e há cor-rentes ascendentes de ar, asgotas de chuva solidificam,aumentando de volume, e caemsob a forma de granizo ousaraiva.

Neve

A neve resulta da passagem dovapor de água directamentepara o estado sólido, sem pas-sar pelo estado líquido.É formada por flocos de cristaishexagonais.

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dos

dos

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PARTE IV

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G U I A D O P R O F E S S O R

O ciclo da água

A água existente nos oceanos,continentes e atmosfera fazparte de um ciclo perpétuo queé mantido em movimento pelaenergia do sol e pela força gra-vítica.O ciclo hidrológico é essencialao ambiente porque:

– transporta e faz circular aágua de umas regiões paraoutras;

– é um agente modelador dacrusta terrestre (devido à ero-são e ao transporte de sedi-mentos);

– é um condicionante de toda acobertura vegetal do planeta;

– é um agente moderador datemperatura da Terra.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Infiltração – F Evaporação – A Condensação – C Transpiração – B Precipitação – D e E

1.2. Chuva – estado líquido Nuvens – estado líquido Vapor de água – estado

gasoso Neve – estado sólido

1.3. O vapor de água resultanteda evaporação das águas eda transpiração das plantasvai para a atmosfera. Aí, ovapor de água condensa epode originar nuvens. Aágua das nuvens precipita--se na superfície terrestresob a forma de chuva ouneve que se infiltram nosolo. Os lençóis subterrâ-neos podem originar nas-centes de que resultamcursos de água. Estes,geralmente, vão ter aosmares e recomeça um novociclo.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Pesquisa, na figura 27, sobrea utilização da água como basede discussão.

> Aproveitamento dos conheci-mentos dos alunos sobreoutras utilizações da água.

> Classificação dessas situaçõesem actividades domésticas,industriais e agrícolas.

> Análise do gráfico da figura 28.> Actividade de enriquecimento 8– Água e desenvolvimento Sus -tentável (Caderno do Profes-sor, págs. 73 e 74).

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

A ÁGUA NO MUNDO

Estima-se que, entre os anos de2000 e 2054, a populaçãohumana aumente em cerca de42 milhões de pessoas, o quelevará a uma maior pressãosobre os recursos de água doce.

Uma grande parte da água dis-ponível concentra-se nas baciasdo Amazonas, no Canadá e noAlasca, onde os usos são redu-zidos.Quase todo o continente afri-cano, o Médio Oriente, algumasregiões dos Estados Unidos eda América do Sul e, também,quase todo o território da Aus-trália são áreas desérticas ousemidesérticas.Devido às diversas utilizaçõeshumanas, parte da água dispo-nível apresenta graus de conta-minação elevados.

As áreas de regadio têm aumen-tado, sendo responsáveis por70% dos consumos mundiaisde água.

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PARTE IV

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G U I A D O P R O F E S S O R

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Análise dos documentos for-necidos, ou outros, para seconcluir das causas da polui-ção da água.

> Aproveitamento dos conheci-mentos dos alunos sobresituações de poluição.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

FONTES DE POLUIÇÃO

• Esgotos domésticos – sãoconstituídos por excrementos emicrorganismos, além de deter-gentes, sabões e papel. Resul-tam do uso doméstico (higienepessoal, lavagem de roupa, pre-paração de alimentos, etc.).

• Esgotos industriais – contêmprodutos químicos com ele-mentos tóxicos em quantida-des apreciáveis.

• Esgotos provenientes de acti-vidade agrícola – resultam dautilização de fertilizantes e depesticidas.

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Contaminantes da água

O quadro seguinte mostra asprincipais substâncias contami-nantes da água, a sua origem eos efeitos adversos.

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Contami-nantes Origem

Efeitosadversos

para valoresacima dosadmissíveis

Chumbo CanalizaçõesLixoindustrial

Afecta o sis-tema nervoso(cérebro)

Mercúrio Lixo Afecta o sis-tema nervoso;cegueira.

Alumínio Tratamentode águas

Perda dememória

Nitratos FertilizantesSíndroma dobebé azul;cancro

FosfatosFertilizantesDetergentes

Crescimentoanormal dealgas naságuas

Pesticidas Uso naagricultura

Cancro

Bactériascoliformes

Esgotos Perturbaçõesno sistemadigestivo

EUTROFIZAÇÃO

É um dos problemas mais gra-ves que se verificam ao níveldos ecossistemas aquáticos eque afecta a qualidade da água.Traduz-se pelo enriquecimentoexcessivo em nutrientes, princi-palmente azoto e fósforo (pro-venientes de fertilizantes), quepromovem a proliferação demicrorganismos aeróbios, osquais esgotam rapidamente ooxigénio dissolvido na água.A eutrofização pode originar amorte de formas de vida, in -cluindo os microrganismos exis-tentes na água.Em Portugal, lagos, lagoas ealbufeiras apresentam gravescondições de eutrofização.

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PARTE IV

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Consulta dos documentosfornecidos, e outros, paraenunciar os processos depreservar a água.

> Discussão sobre situaçõesrelacionadas com a conserva-ção da água que sejam doconhecimento dos alunos,como, por exemplo, a impor-tância do tratamento daságuas residuais (ETAR).

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Exploração da transparência 12(2010)

e da transparência 14 (2004).

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

TRATAMENTO DOS EFLUENTES

O tratamento das águas resi-duais é prioritário no sentido demelhorar a preservação doambiente e elevar o nível de vidadas populações.As ETAR tratam efluentesdomésticos, agrícolas e indus-triais.Nestas estações, os efluentessão sujeitos a tratamentos espe-cíficos de acordo com as suascaracterísticas, de modo que oefluente final apresente uma qua-lidade compatível com as Directi-vas Comunitárias para ser devol-vido aos cursos de água, como,por exemplo, ao mar, através deum exutor submarino.

Poluição e preservação da água

PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 12

Poluição industrial.1

Barragem de Belver e reflorestamento.3

Poluição orgânica.2

Estação de tratamento de águas residuais (ETAR).4

Poluição

Conservaçãoda floresta Tratamento

de águas residuais

Reservatóriosde água

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

nACETATO

14

90457

PRESERVAÇÃO DA ÁGUA

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Poluição aquática.

1.2. Derrame de resíduos deuma unidade industrial deenchidos num lago ligado àrede pública de abasteci-mento de água à população.

1.3. Muitas pessoas aparece-ram com manchas verme-lhas em todo o corpo ealgumas crianças foraminternadas no hospital.

1.4. Tratamento de águas resi-duais industriais.

Caderno de Actividades

Vou experimentar – Como tratara água? (pág. 58).Realização das actividades 21 e 22.

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CARTA EUROPEIA DA ÁGUA

A 6 de Maio de 1968, efectuou--se a proclamação solene daCarta Europeia da Água, quedefine 12 princípios nos quaisse deverão inspirar as leisnacionais dos 18 países mem-bros do Conselho da Europa.

Os princípios registados nestafaixa complementam os já apre-sentados na PÁGINA VERDE.

IV A qualidade da água deveser mantida a níveis adapta-dos à utilização para queestá prevista e deve, desig-nadamente, satisfazer asexigências da saúde pública.

V Quando a água, depois deutil izada, volta ao meionatural não deve compro-meter as utilizações ulterio-res que dela farão, querpúblicas quer privadas.

(…)

VII Os recursos aquíferosdevem ser inventariados.

VIII A boa gestão da água deveser objecto de um planopromulgado pelas autorida-des competentes.

IX A salvaguarda da águaimplica um esforço cres-cente de investigação, deformação de especialistas ede informação pública.

(…)

XI A gestão dos recursos daágua deve inscrever-se noquadro da bacia natural, depreferência ser inserido nodas fronteiras administra -tivas.

SUGESTÃO DE ACTIVIDADE

> Aprender por projectos – Pro-teger a água (Caderno doProfessor, pág. 82).

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DEÁGUAS RESIDUAIS

As águas residuais, numa esta-ção de tratamento, passam,geralmente, por quatro fases.

Pré-tratamentoAs águas brutas (esgotos ouáguas residuais) chegam àETAR pelos colectores princi-pais, passam por uma câmarade chegada, onde, por meio deuma grade automática, sãorecolhidos e retirados (filtrados)os sólidos de maior dimensão.Em seguida, passa por duasunidades de tratamento: odesarmador e o desengordura-dor, onde serão removidas asareias, os óleos e as gorduras.

Tratamento primárioÉ realizado em decantadoresprimários; aí separam-se as par-tes sólida e líquida da água resi-dual por nova filtração. Paraisso é adicionado um floculanteà água residual, que irá ajudar aagregar as pequenas partículassólidas, de modo a facilitar asua decantação – acumulaçãono fundo do tanque das partícu-las –, enquanto a parte líquidase escoa junto à superfície.

Tratamento secundárioA água residual segue para ostanques de arejamento, onde,com a ajuda de oxigénio, osmicrorganismos vão decomporas impurezas resistentes aosanteriores tratamentos e trans-formá-los em lamas, que seacumulam no fundo do decanta-dor secundário, permitindoassim uma terceira filtragem.

Tratamento terciárioA água é submetida a uma desin-fecção por meio de radiaçãoultravioleta, de modo a serem eli-minados os microrganismos quepossam ainda existir.O ciclo está assim concluído,ficando a água em condições deser devolvida à Natureza, permi-tindo a sua reutilização.

Município do Porto

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Compreensão do ar comomaterial terrestre e suporte devida.

• Conhecimento dos constituin-tes do ar e das suas proprieda-des.

• Conhecimento da importânciados gases atmosféricos.

• Compreensão dos efeitos pro-vocados no ar pelas activida-des humanas.

• Compreensão da necessidadede preservar o ar.

• Manifestação de atitudes res-ponsáveis face à protecção doar.

• Uso do vocabulário específico.• Utilização da metodologia inves -tigativa.

TERMOS/CONCEITOS

• Atmosfera• Troposfera• Estratosfera• Ozono• Comburente• Combustível• Combustão• Chuva ácida• Efeito de estufa

PARA VISITAR – SUGESTÕES

• Centrais hidroeléctricas• Centrais de aproveitamento daenergia das ondas (Póvoa deVarzim e ilha do Pico)

• Estações meteorológicas• Parques eólicos (Marão, CastroDaire, Cinfães e Alto Minho)

• Parques solares

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Iniciar o estudo do ar solici-tando aos alunos provas dasua existência. Para isso, reali-zar uma actividade prática uti-lizando, apenas, um saco plás-tico. Em seguida, discutir osresultados.

> Análise da figura 1 para identi-ficar as diferentes camadas daatmosfera e as suas principaiscaracterísticas.

> Localizar a existência do ar edo ozono na atmosfera.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

O OZONO NA ESTRATOSFERA

As moléculas de ozono têm trêsátomos de oxigénio (O3).O ozono forma-se naturalmentena estratosfera.

h γO2 2" 2O

O2 + O 2" O3

O frio intenso e o turbilhão dosventos da Antártida e do Árcticoprovocam, em cada Inverno, umempobrecimento localizado deozono nessas zonas. Noentanto, na Primavera seguinte,com as radiações solares, oozono forma-se novamente,reconstituindo a concentraçãonormal.Se não ocorresse qualquer per-turbação, o ciclo do ozono esta-ria sempre equilibrado.

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PARTE IV

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização das actividades 1 e 2,com discussão dos resultados.

> Elaboração dos respectivos rela-tórios.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

Actividade 1

• Observação: – Na montagem A, a vela apa-

gou-se, a água subiu nofrasco e desceu na tina.

– Na montagem B, nada sealterou.

• Interpretação da observação: 1. Durante a combustão gas-

tou-se o gás comburenteque permitia a combustãoda vela – o oxigénio.

2. A água foi preencher o es -paço deixado pelo gás quese gastou.

3. Ainda ficou no frasco umadeterminada quantidade degases incomburentes (azoto,dióxido de carbono e ou tros),o que impediu a água desubir.

Nota: A descida do nível da água natina e a subida do nível da água nofrasco, durante a actividade 1, expli-cam-se pela diminuição da pressãodo ar no interior do frasco.

Actividade 2

• Observação: – Gobelé A – Gotas de água no

exterior das paredes. – Gobelé B – Nada se alterou.

• Interpretação da observação: O vapor de água que seencontra à volta das paredesdo gobelé A passa ao estadolíquido devido ao arrefeci-mento deste.

Nota: Para identificar a água podeser utilizado o sulfato de cobre ani-dro, cuja cor muda na sua presença.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização da actividade 3para identificar o dióxido decarbono do ar.

> Introduzir a noção de indica-dor químico, informando quea água de cal identifica o dió-xido de carbono.

> Os alunos podem realizar orelatório desta actividadecomo tarefa de casa.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

Actividade 1

• Observação: – Na caixa A, a água de cal

ficou muito turva. – Na caixa B, a água de cal não

se alterou (ou ficou poucoturva).

• Interpretação da observação: No ar existe dióxido de car-bono.

Reacção do dióxido de carbonocom a água de calCO2 + Ca(OH)2 " CaCO3 + H2O

O carbonato de cálcio é um salinsolúvel na água, provocando aturvação da água de cal.

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PARTE IV

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

A descoberta do oxigénio

O oxigénio foi descoberto inde-pendentemente por dois quími-cos, Karl Scheele, na Suécia, em1772, e Joseph Priestley, naInglaterra, em 1774. Mas foi oquímico francês Antoine deLavoisier quem esclareceu cla-ramente o papel do oxigénio nacombustão.Também registou o nome a par-tir da palavra grega, que signi-fica “produção de ácido”.

A descoberta do azoto

O azoto foi identificado, pela pri-meira vez, pelo químico francêsAntoine de Lavoisier, que lhedeu o nome, cujo significado é“sem vida”, devido à sua inca-pacidade de suportar vida.No entanto, a descoberta desteelemento é igualmente atribuídaao cientista britânico DanielRutherford.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. A – Azoto B – Oxigénio

1.2. Oxigénio – 21% Azoto – 78%

1.3. Dióxido de carbono e vaporde água

1.4. A IncomburenteIncombustível

B ComburenteIncombustível

1.5. a – 3 b – 4 c – 1 d – 2

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização da actividade inves-tigativa, seguida de discussão,para descoberta das proprie-dades do oxigénio e do azoto.

> Elaboração do respectivo rela-tório.

> Realização da Actividade prá-tica 8 (Caderno do Professor,pág. 57), para detectar proprie-dades do dióxido de carbono.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

• Observação: – No tubo A, o palito reacen-

deu-se e ouviu-se um esta-lido.

– No tubo B, o palito não sereacendeu.

• Interpretação da observação: 1. Oxigénio. 2. Activou a combustão e é in -

combustível. 3. No tubo A existe muito mais

oxigénio do que no tubo B.No tubo B existe ar e ascombustões no ar são me -nos intensas, porque o azotoque existe em grande quanti-dade é incomburente e, porisso, tem um papel modera-dor das combustões.

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PARTE IV

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Oxigénio (O2)

O oxigénio é o elemento maisabundante na Natureza: consti-tui 21% da atmosfera, 89% daágua e quase 50% da crusta ter-restre.No ar, o oxigénio encontra-se,principalmente, como umamolécula constituída por doisátomos (O2) unidos entre si poruma dupla ligação covalente.O oxigénio é um elemento muitoreactivo. Reage com quasetodos os elementos para formarcompostos chamados óxidos.Estas reacções são conhecidascomo oxidações.As reacções de combustão envol-vem oxidações e são acompa-nhadas da libertação de luz ecalor.

Azoto ou nitrogénio (N2)

O azoto é o elemento gasosomais abundante na Terra, for-mando 78% do volume daatmosfera. É um constituinteessencial da matéria viva (pro-teínas vegetais e animais).O azoto é um gás incolor e ino-doro. As suas moléculas têmdois átomos de azoto unidosentre si por uma tripla ligaçãocovalente.Tem uma reactividade químicamuito baixa e isto explica o seupapel moderador nas combus-tões.O azoto é produzido em largaescala através da destilaçãofraccionada do ar líquido.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Dióxido de carbono.1.2.1. O pavio incendiou.1.2.2. Oxigénio.1.2.3. É comburente, ac tiva

as combustões e éincombustível.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Análise das imagens e daslegendas para colheita dedados (páginas 169 e 170), ououtras.

> Discussão com base na aná-lise feita e nos conhecimentosdos alunos.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

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PARTE IV

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

OUTRAS APLICAÇÕES DOSGASES DO AR

Azoto – grande parte do azoto éutilizada na produção de amo -níaco (NH3), que, por sua vez, seutiliza na produção de ácidonítrico, tintas, fertilizantes, explo-sivos, medicamentos e plásticos.No entanto, o gás é usado comotal nas indústrias química, eléc-trica e metalúrgica como atmos-fera neutra. Na indústria alimen-tar evita a deterioração dosalimentos pelos bolores.O azoto líquido é usado comosubstância refrigerante.

Oxigénio – o oxigénio tem umpapel importante em Biologia,nas reacções de respiração efotossíntese.É usado na produção de aço esoldagem e na obtenção de com-postos químicos oxigenados.

Dióxido de carbono – à pressãode 36 atmosferas e a 0 °C épossível liquefazer o dióxido decarbono e mantê-lo nesseestado em garrafas de aço.Quando posto novamente emcontacto com o ambiente, vapo-riza-se rapidamente, passandoparte do gás ao estado sólido –neve carbónica –, que é aprovei-tado na extinção dos incêndios.

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APLICAÇÕES DOS GASES RAROS

Estes gases têm-se tornado im -portantes, muitas vezes, devidoà sua não reactividade.São utilizados para promoverematmosferas inertes em metalur-gia, nos processos químicos enos reactores nucleares. Emcada aplicação, o gás raro pro-tege um material que reagiriaviolentamente se exposto ao ar eque seria, também, afectado peloazoto, o gás inerte mais usado.As lâmpadas eléctricas normaissão cheias com uma mistura de90% de árgon e 10% de azoto.A utilização mais comum donéon é em lâmpadas, nos anún-cios luminosos.O xénon é o gás que se encon-tra no tubo de flash electrónicodas máquinas fotográficas.O hélio é menos denso do queo ar e é usado para encher balõese aeronaves, como alternativaao hidrogénio, que é altamenteinfla mável.O ar artificial é obtido pela mis-tura de hélio e oxigénio e é utili-zado pelos mergulhadores. Estesistema é mais seguro no mer-gulho, porque, respirando o arcomprimido comum, dá-se adissolução do azoto no sangue,que pode causar embolia nosmergulhadores quando voltamrapidamente à superfície. O arartificial resolve este problema,notando-se, apenas, a falaaguda do tipo “Pato Donald” dealguém que esteja a respiraresta mistura.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1. 1 – b 2 – c 3

ad

2.1. A maioria dos seresvivos não vive na ausên-cia do ar.

2.2. A – Enchimento de bar-cos de recreio.B – Enchimento de pneus.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Exploração das imagens daspáginas 172 e 173, ou outras,como base de discussão sobrefontes poluidoras e poluentesatmosféricos.

> Aproveitamento dos conheci-mentos dos alunos, questio-nando sobre outras fontes depoluição.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

PRINCIPAIS POLUENTES DO AR

Os poluentes introduzidos emmaior quantidade pelo serhumano na atmosfera, nos gran-des centros urbanos, estão repre-sentados no gráfico seguinte.

Dióxido de enxofre (SO2) – é umgás tóxico proveniente da queimade combustíveis, como o carvãomineral e o óleo diesel, que con-tém enxofre como impureza.O dióxido de enxofre provoca irri-tação das mucosas do sistemarespiratório, causando bronquite,asma e enfisema pulmonar. Alémdisso, reage com o vapor de água,formando o ácido sulfúrico, que éarrastado pelas chuvas, origi-nando chuvas ácidas.

Monóxidode carbono

45%

Óxidos deenxofre19%Óxidos de

nitrogénio16%

Hidro-carbonetos

13%

Partículas7%

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Monóxido de carbono – é um gásincolor, inodoro, pouco mais levedo que o ar e altamente tóxico.Resulta da queima incompletade moléculas orgânicas por defi-ciências do ar renovado.As maiores fontes de emissãode monóxido de carbono são osmotores de combustão dos veí-culos automóveis.O monóxido de carbono tem acapacidade de se combinar, irre-versivelmente, com a hemoglo-bina do sangue, impedindo otransporte do oxigénio para ascélulas. Um indivíduo afectadopor este gás tem sintomas deasfixia. Uma exposição prolon-gada ao monóxido de carbonopode levar à perda de consciênciae à morte.

Óxidos de azoto (NO e NO2) –são gases provenientes daqueima de combustíveis (cen-trais térmicas e veículos auto-móveis).Os óxidos de azoto têm efeitosdirectos no aumento da incidên-cia de doenças respiratórias,nomeadamente bronquites.

Ozono superficial – pode apare-cer nas camadas baixas da atmos-fera, em zonas de grande tráfego.Forma-se a partir dos óxidos deazoto e dos hidrocarbonetos,pela acção da luz solar.É um gás muito tóxico e comgrande poder oxidante.Em especial durante o Verão, asáreas metropolitanas de Lisboae Porto, bem como as envolven-tes dos complexos industriaisde Sines e Estarreja, registam,com frequência, valores eleva-dos de ozono superficial.São atribuíveis ao ozono, relati-vamente ao ser humano, efeitoscomo irritação da garganta enariz, fadiga e falta de coordena-ção motora.

Matéria particulada – consi -deram-se as partículas sólidas(poeira, fuligem, amianto, chum -bo, nitratos, sulfatos) e as gotaslíquidas (H2SO4, dioxinas, pesti-cidas).A maior parte das fontes polui-doras de partículas são as fábri-cas de cimento, as fundições eas incineradoras.

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PARTE IV

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Colheita de informação nasimagens e nas legendas daspáginas 174 a 176.

> Aproveitamento dos conheci-mentos dos alunos e de notí-cias de jornais para discussãosobre as consequências dapoluição atmosférica.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Exploração da transparência 13(2010)

e da transparência 15 de (2004)

> Actividade prática 9 – A chuvada minha região será ácida –(Caderno do Professor, pág. 58).

> Actividade de enriquecimento 9– As chuvas ácidas são amorte das árvores – (Cadernodo Professor, pág. 75).

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

nACETATO

15

90457

CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA – BURACO DO OZONO E EFEITO DE ESTUFA

Rad

iaçã

o ul

trav

iole

ta

Buracodo ozono

Camada de ozono

TERRA

Terra

Gases deestufa

Sol

Energia libertada

Rad

iaçã

oso

lar

Ener

gia

liber

tada

pela

Ter

ra

Radiação

solar

Buraco do ozono.1

Efeito de estufa.2

14,6

14,4

14,2

14,0

13,8

13,6

Tem

pera

tura

méd

ia (°

C)

1890 1910 1930 1950 1970 1990 Ano

Variação da temperatura média anual.3

Poluição do ar e suas consequências

PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 13

Gases, fumos e poeiras de origem industrial.1

Consequências das chuvas ácidas nos seres vivos.3

Trânsito motorizado – grande responsável pela poluição atmosférica.2

Consequências das chuvas ácidas nos monumentos.4

A B

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Alterações climáticas

Um relatório da FAO indica quea pecuária é um dos maiorescontribuintes para as alteraçõesclimáticas.A actividade pecuária emite maisgases com efeito de estufa (18%)de que os transportes. Emite65% do óxido nitroso (N2O), queé um gás 296 vezes mais po -tente do que o CO2 em termos deefeito de estufa. O N2O é liber-tado, sobretudo, pelo estrume.Por outro lado, este sectoremite 37% do total de metano,que é 23 vezes mais potente doque o CO2 e que tem origem,principalmente, nos gases emiti-dos pelo sistema digestivo dosruminantes.O relatório da FAO sugere quese alterem: as dietas dos ani-mais para reduzir a fermentaçãointestinal e as consequentesemissões de metano; a instala-ção de equipamentos de produ-ção de biogás para reciclar oestrume.

Público, 2008-12-02

Chuva ácida

Os principais gases que contri-buem para a formação das chu-vas ácidas são óxidos de enxo-fre e de azoto e o dióxido decarbono que, com a água daatmosfera, formam soluçõesácidas que podem atingir asuperfície terrestre sob a formade chuva.O pH da precipitação médianatural varia entre 5,0 e 5,6. Há,no entanto, zonas em que achuva cai com um pH de 4,3que corresponderia a tomar umbanho de sumo de tomate. Nou-tras áreas, a chuva chega a terum pH de 3,0, que equivale atomar um banho de vinagre.As chuvas ácidas causam efei-tos devastadores, quer aosecossistemas terrestres, queraos ecossistemas aquáticos.

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PARTE IV

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Efeitos da redução da camadade ozono

Nos seres humanos provocagraves problemas de saúde,como distúrbios de visão, can-cro da pele e falhas no sistemaimunitário.Nos ecossistemas aquáticos pro -voca uma redução da fotossín-tese e as respectivas consequên-cias nas cadeias alimentares.Muitas plantas são afectadas,como, por exemplo, a cultura decereais.

ARTICULAÇÃO CURRICULAR

Na disciplina de História e Geo-grafia de Portugal, fazer a locali-zação, no globo terrestre ou noplanisfério, da região da Antárc-tida e dos continentes mais pró-ximos dela.

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SUGESTÕES METODOLÓGIAS

> Exploração das imagens e daslegendas como base de discus-são para a preservação do ar.

> Pesquisa em várias fontes deinformação de outros proces-sos de preservação do ar.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

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PARTE IV

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Energia hídrica

Utiliza um recurso renovável – aágua, represada em barragens.

Energia eólica

É uma energia limpa, inesgotá-vel e necessita de pouco investi-mento económico. O seu fluxo édescontínuo e de fraca densi-dade. Em Portugal existemvários parques eólicos geradoresde electricidade, como o da serrado Marão e o de Castro Daire.

Energia solar

É uma energia não poluente,sendo considerada um recursoinesgotável. São utilizados pai-néis solares para produzir energiaque é utilizada no aquecimentode água e para a cli matizaçãodas casas.O fluxo de energia é descontí-nuo e de fraca densidade. A suaprodução varia com a latitude ecom as estações do ano.

Energia das ondas

Os movimentos das ondas paracima e para baixo podem produ-zir electricidade.Já existem em Portugal unida-des de produção na ilha do Pico,nos Açores, e outras na Póvoade Varzim. Vai ser instalado outrosistema no molhe norte daentrada do porto de Aveiro.

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Controlo de qualidade do ar

Em Portugal, a medição da qua-lidade do ar é feita em mais de70 estações integradas em vá -rias redes:

– redes autónomas, associadasàs grandes fontes poluidoras– centrais térmicas, indústriasquímicas e cimenteiras;– redes locais, em grandes cen-tros urbanos e industriais –Lisboa, Porto, Coimbra e Estar -reja;– rede nacional, com diversasinstalações equipadas comanalisadores automáticos paraa medição do monóxido decarbono, dióxido de enxofre,óxidos de azoto, ozono e hidro -carbonetos e com amostrado-res de partículas totais em sus -pensão;– redes internacionais, com oobjectivo de estudar a polui-ção atmosférica a longas dis-tâncias e a sua influência naacidificação das águas e dossolos.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Dióxido de carbono.

1.2. Centrais térmicas e trans-portes.

1.3. Os gases de estufa acumu-lam-se na atmosfera eimpedem que o aqueci-mento produzido na Terraseja libertado.

1.4. • Substituir centrais termo-eléctricas por centrais hi -droeléctricas.

• Utilizar o hidrogénio comocombustível nos trans-portes. (Há outras.)

Caderno de Actividades

Realização das actividades 23e 24.

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

BIOMASSA

A biomassa pode ser utilizadapara a obtenção das mais varia-das formas de energia, seja porconversão directa ou indirecta.As principais formas de bio-massa bruta são:

– madeira;– produtos e resíduos agrícolas;– resíduos florestais;– resíduos pecuários;– lixo.

Como vantagem da utilização dabiomassa em substituição doscombustíveis fósseis, pode refe-rir-se a menor poluição global elocalizada, a estabilidade dociclo do carbono e o maior em -prego de mão-de-obra.Em relação a outros tipos deenergias renováveis, a biomassa,sendo energia química, destaca--se pela alta densidade energé-tica e pela facilidade de armaze-namento, conversão e transporte.A biomassa usada na produçãode electricidade pode ser sólida(madeiras) ou gasosa (biogás).Os resíduos da floresta ou osresultantes do tratamento deesgotos, por exemplo, são apro-veitados de forma económica.A transformação da biomassaem electricidade é feita em cen-trais termoeléctricas adaptadaspara o efeito.

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A descoberta dos gases raros

O árgon foi isolado do ar, em1894, pelos ingleses WilliamRamsay e Lord Rayleigh. A suadesignação tem origem na pala-vra grega árgon, que significa“inactivo”.O hélio foi descoberto no miné-rio de urânio por Ramsay. O seunome vem do grego hélios, quesignifica “Sol”, por ter sido detec-tado, em 1868, no espectro solar.O néon, o crípton e o xénonforam descobertos por Ramsaye Morris Travers, em 1898. Onéon foi isolado do ar puro e asua designação deriva do gregonéos, que significa “novo”.O nome de crípton deriva do gregokryptón, que significa “oculto”.O xénon tem origem na palavragrega xénon, que significa “estra-nho”.O rádon foi descoberto em 1900pelo químico alemão FriechichDorn, como produto de desinte-gração do elemento radioactivorádio.

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

• Compreensão de que as rochase o solo são materiais terres-tres e suporte de vida.• Identificação de rochas atravésda observação das suas pro-priedades.• Conhecimento de aplicaçõesde minerais e rochas.• Compreensão da alteração dasrochas pelos diferentes agen-tes erosivos.• Compreensão do processo deformação do solo.• Relacionamento das proprie-dades do solo com a naturezados seus constituintes.• Compreensão dos efeitos queas actividades humanas provo-cam no solo.• Compreensão da necessidadede preservar o solo.• Manifestação de atitudes res-ponsáveis face à protecção dosolo.• Uso de fontes de informação.• Uso do vocabulário específicoda disciplina.• Utilização da metodologia in -vestigativa.

TERMOS/CONCEITOS

• Litosfera • Mineral• Solo • Erosão• Subsolo • Adubação• Rocha • Xisto• Húmus • Agricultura

biológica

PARA VISITAR/SUGESTÕES

– Aterros sanitários– Perfis do solo– Estações de tratamento de lixos– Explorações agrícolas– Museus de mineralogia– Paisagens naturais da região

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

• Observação das imagens destapágina e outras através de filmes,para conhecimento das paisa-gens geológicas do nosso país.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Paisagens graníticas

Neste tipo de paisagens nota-sea existência de cumes arredonda-dos, onde se distribuem desor -denadamente blocos graníticoscom aspecto típico de bolas –caos de blocos – ou blocos para-lelepipédicos – diáclases.Numa zona plana podem surgirpenhas.As regiões graníticas constituemplanaltos e elevações importan-tes, como as serras da Estrela,Gerês e Sintra.

Paisagens vulcânicas

São características das regiõesonde o vulcanismo é importante.Os cones vulcânicos são os aci-dentes mais impressionantes. Éfrequente disporem-se em ali-nhamento rectilíneo, como évisível nos Açores.

Paisagens sedimentares

Predominam as rochas sedimen-tares com aspectos variados.Os maciços calcários apresentamum modelado cársico (designa-ção proveniente de Karst, regiãoda ex-Jugoslávia onde é caracte-rístico).São frequentes, nos maciçoscalcários, os poços naturais,quase verticais, designados poralgares, que põem em contactoa superfície com uma rede com-plexa de galerias e grutas sub-terrâneas. Em algumas grutas,podem ser observadas estalacti-tes, estalagmites e colunas. OMaciço Calcário Estremenho e aPedra Furada (Loures) são osmelhores representantes destetipo de paisagem.As dunas também são exemplosde paisagens sedimentares, bemcomo as paisagens argilosascom planícies onduladas e valesamplos, muito frequentes emPortugal.

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PARTE IV

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Os alunos podem realizar umaactividade de campo paraobservação directa da paisa-gem da região onde se situa aescola e recolha de amostrasde rocha.A actividade 10 (Caderno doProfessor, pág. 58) apoia arealização de actividades decampo.> Realização da actividade 1 paraobservação e registo das pro-priedades das amostras derochas, comparando-as comoutras rochas (págs. 184 e 185).> Realização da actividade 2para identificação de amostrasde rochas com apoio da chavedicotómica. (Podem ser utili-zadas outras chaves.)> Diálogo sobre as rochas quepredominam na região ondese situa a escola.> Actividade prática 11 – Mos-

truário de minerais e rochas(Caderno do Professor, pág. 60).

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

PROPRIEDADES DE ALGUMASROCHAS

Granito

Apresenta cor clara, onde pre-domina o cinzento. É formadopor cristais bem visíveis a olhonu: quartzo, feldspato e micas.O quartzo é um mineral claro ebrilhante; o feldspato (ortóclase)apresenta cor clara e é baço; asmicas (a moscovite de cor brancaou acinzentada e a biotite de cornegra) apresentam-se em formade lâminas de brilho metálico.A granularidade varia desde gra-nitos de grão grosseiro até gra-nitos de grão muito fino. Algunsgranitos apresentam cristais (porexemplo, de feldspato) muitodesenvolvidos.

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Basalto

É uma rocha compacta, dura,cuja cor pode variar entre o cin-zento e o negro.Apresenta um aspecto homogé-neo à vista desarmada, po dendoobservar-se, por vezes, cristaisesverdeados de olivina no seiode uma pasta negra.

Areias e arenitos

As areias, que têm origem apartir da alteração do granito,são, geralmente, claras e quartzo-sas.Se tiverem origem no basalto,são escuras; se fizerem eferves-cência com os ácidos, podedizer-se que são calcárias.As areias podem ser consolida-das por um cimento, originandoarenitos ou grés.

Argilas

São rochas móveis constituídaspor partículas invisíveis à vistadesarmada; os seus constituin-tes são diversos minerais,sobretudo os silicatos alumínio--magnesianos.As argilas resultam da alteraçãode uma rocha granítica, muitoem particular dos feldspatos.As argilas, quando puras (cau-lino), têm cor branca, mas,geralmente, apresentam-secoradas, devido à presença deóxidos de ferro (argilas ferrugi-nosas).

Xistos argilosos

São rochas de composição eorigem idênticas às das argilas.Contudo, as acções de diagé-nese foram mais intensas e ossedimentos argilosos, devido àpressão que sobre eles seexerce, podem tornar-se maiscoerentes, apresentando umalaminação bem evidente, nãocoincidente com os planos deestratificação.

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PARTE IV

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Margas

São argilas impuras que contêmcalcário em percentagem infe-rior a 50%.

Calcário

É essencialmente constituídopor calcite, mineral cuja compo-sição química é carbonato decálcio. Os calcários identificam--se facilmente por darem, a frio,forte efervescência com os áci-dos, com libertação de dióxidode carbono.

Calcário conquífero

Forma-se pela acumulação deconchas e esqueletos de ani-mais aquáticos que, ao morre-rem, caem nos fundos e aí seacumulam. A transformaçãodestes sedimentos, durante adiagénese, origina este tipo decalcário.

Mármores

São essencialmente constituí-dos por grãos cristalinos de cal-cite.Resultam da recristalização docalcário devido a acções demetamorfismo.

Xisto (Ardósia)

Resulta das rochas argilosas,por metamorfismo. Apresentamxistosidade (estrutura em cama-das orientadas, o que possibilitaa sua divisão em planos mais oumenos paralelos).

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Coerência e estrutura.

1.2. Cheiro. (Há outras).

1.3. Argila.

1.4. 2 " 3 " 4

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Pesquisa nas imagens daspáginas 188 e 189, ou outras,para identificação dos mine-rais e dos materiais rochososutilizados.> Observação directa de objec-tos feitos a partir de rochas.> Aproveitamento dos conheci-mentos dos alunos para indi-cação de outras aplicações.> Resolução do DESCOBRE ECO MUNICA.

ARTICULAÇÃO CURRICULAR

• Na disciplina de História eGeografia de Portugal, os alu-nos podem: – localizar as épocas da Histó-ria onde se começaram autilizar materiais originadosdas rochas;

– abordar os materiais rocho-sos utilizados pelo Homemna Antiguidade;

– marcar, no mapa de Portugal,os locais onde se podem en -contrar citânias e dólmenes.

• Pesquisar, no mesmo mapa,regiões onde existem gravurasrupestres.• Localizar, no mapa de Portugal,as principais rochas existentesno nosso país bem como osprincipais centros industriaisda cerâmica, do vidro e do ci -mento.

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PARTE IV

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

MINÉRIOS

Os minerais comercialmentevaliosos são denominados miné-rios.

Principais minérios

Galena (chumbo); cassiterite(estanho); bauxite (alumínio);calcopirite, malaquite, azuritee cobre nativo (cobre); hema-tite, magnetite e pirites (ferro);cinábrio (mercúrio).

Utilização de recursos minerais

Os recursos minerais são,actualmente, os que estão sujei-tos a maiores explorações.Os números actuais indicamque são extraídos por ano e porpessoa dez toneladas de miné-rios, das quais 30% são rejeita-das e depositadas sem aprovei-tamento.

METAIS PRECIOSOS

São raros, atraentes e valiosos.O ouro é encontrado, no estadopuro, na forma de pepitas ouveios nas rochas. O ouro de 24quilates é 100% puro, enquantoo de 18 quilates tem um grau depureza de 75%.A prata surge, normalmente,combinada com outras substân-cias, como acontece nos miné-rios. É usada em fotografia, nacobertura de espelhos, em equi-pamento cirúrgico e em objectosdecorativos e de adorno.A platina tem uma grande capa-cidade de resistir à corrosão eao calor e é utilizada em circui-tos eléctricos de alta qualidade eem equipamentos de laborató-rio. Também é utilizada em joa-lharia.

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A PLASTICIDADE DA ARGILA

A argila, misturada com água,forma uma pasta que é moldá-vel, sendo, por este motivo,uma rocha plástica.A plasticidade da argila constituisempre a base de trabalhos debarro.Submetendo-se uma pasta argi-losa, cuja composição varia como material que se pretende fabri-car, a uma cozedura a tempera-tura elevada, podem produzir-sevários materiais – tijolos, telhas,louças, etc.Para além da cerâmica, as argi-las aplicam-se também nofabrico de moldes para a fundi-ção, indústrias do papel, produ-ção de plástico, tintas e deter-gentes.

FABRICO DO VIDRO

O vidro é obtido da fusão deuma mistura de areia e sais aalta temperatura. Pode ser esti-cado para se obterem fibras devidro utilizadas para isolar oufortificar plásticos.Tipos de vidro especiais podemser esticados para produzirfibras ópticas que podem difun-dir luz a várias distâncias.Podem ser utilizados para trans-mitir imagens e dados, assimcomo sinais telefónicos.

BETÃO

É feito de uma mistura de areia,brita, pequenos fragmentos derocha e cimento.Quando se adiciona água, essamistura forma uma pasta densaque endurece gradualmente, atéficar sólida.O betão é um material barato eduradouro.

ARGAMASSA

É feita de uma mistura de areia,cimento e água em determina-das proporções.

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PARTE IV

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SAL-GEMA

O sal-gema é uma rocha sedi-mentar de origem química que seobtém por precipitação do clo-reto de sódio a partir das águasmarinhas retidas em lagos,quando a evaporação é intensa. Éformado, essencialmente, porhalite (cloreto de sódio).Em Portugal, existem as explo-rações de Loulé e de Rio Maior.O sal-gema é extraído com vistaà produção de cloro, sódio, ácidoclorídrico, lixívia e soda cáustica.Estes produtos estão, também,na base de muitas indústrias,tais como a de cerâmica e a deprodução de vidro, de medica-mentos, de sabões, de deter-gentes, de papel, de têxteis, etc.

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Refere-se à argila.

1.2. B, D e E

2.1. Cimento " Setúbal(há outra)

Cerâmica " Barcelos(há outras)

Vidro " Marinha Grande(há outras)

2.2. Cimento " calcário e ar -gila, margas

Cerâmica " argila Vidro " areia

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PARTE IV

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

• Observação: – O fragmento de rocha des-fez-se em várias porções.

• Interpretação da observação: – As diferenças bruscas detemperatura provocaram adestruição do fragmento derocha.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Alteração das rochas

Pode manifestar-se principal-mente de duas maneiras:– Acção física – as rochas sãofragmentadas pelas águas cor-rentes, pelo gelo, pelo vento,pelas mudanças de tempera-tura ou pelos seres vivos.– Acção química – implica alte-rações dos minerais preexis-tentes na rocha com a forma-ção de novos minerais. Osfragmentos resultantes destasalterações são designados pordetritos ou clastos.

Efeitos da variação da tempe-ratura

Constitui um importante des-gaste das rochas, particular-mente nas zonas áridas.O repetido aquecimento e arre-fecimento da superfície de umarocha, enquanto no seu interiora temperatura se mantém cons-tante, enfraquece as camadasexteriores. Quando este efeito éaliado à acção das chuvas, ascamadas exteriores separam-se.Estes fragmentos são depoisreduzidos, pela erosão, a partí-culas mais pequenas.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS> Realização da actividade prá-tica proposta e elaboração dorespectivo relatório.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Diálogo com base nas imagensdas páginas 193 e 194 e outras,com utilização de transparên-cias e/ou filmes para identifica-ção de alterações das rochas edos agentes erosivos.

> Observação de amostras derochas que sofreram alteraçãopelos agentes erosivos.

> Para a compreensão do efeitodo gelo sobre as rochas, suge-rir aos alunos que coloquemuma garrafa de vidro cheia deágua envolvida num saco plás-tico, devidamente fechado,dentro do congelador, e obser-vem o que vai acontecer aovidro da garrafa. O saco plás-tico serve apenas para nãodeixar espalhar os pedaços devidro no congelador.

> Exploração da transparência 14(2010)

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

Alteração das rochas

PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 14

Erosão por acção do mar.1

Erosão por variações de temperatura.3

Erosão por acção do rio.2

Erosão pelo vento e pela chuva.4

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PARTE IV

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

A erosão biológica

Nas fendas das rochas, assementes podem germinar, ori-ginando plantas cujas raízes seinstalam nessas fendas, provo-cando o seu alargamento.Certos líquenes elaboram subs-tâncias que atacam as rochas,contribuindo para a abertura oua ampliação das fendas existen-tes. São, também, importantesna criação de meios que permi-tem a fixação e o desenvolvi-mento da vida numa rocha.Alguns moluscos bivalves, como,por exemplo, as folas, perfuram arocha com os rebordos serrilha-dos da extremidade da concha,acelerando, assim, o ritmo daerosão.No entanto, o ser vivo que maistem contribuído para a erosão é oser humano, nas exploraçõesmineiras, ao destruir florestasou construindo em áreas vulne-ráveis, como acon tece nas zonaslitorais.

Erosão fluvial

A acção das águas dos riossobre as rochas implica a acçãohidráulica de abrasão e de atrito.A sua força depende da veloci-dade, a qual está condicionadapela inclinação e pelo caudal.A acção de dissolução é outraforma de desgaste produzidapelos rios.Os ácidos fracos da água, comoo ácido carbónico, podem dis-solver as rochas sobre as quaisa água passa.A erosão fluvial produz valesfluviais. Se as rochas atravessa-das não são muito duras, for-mam-se vales abertos; mas sesão muito duras e resistentes,formam-se vales estreitos ougargantas.Quando aparecem no leitorochas com dureza diferente,formam-se rápidos e cataratas.

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Acção do gelo

A existência de fracturas narocha, como as diáclases dogranito, facilita a infiltração daágua, que pode congelar nasfendas ao verificar-se um grandeabaixamento de temperatura. Aágua, ao congelar, aumenta devolume, o que provoca o alarga-mento das fissuras e a conse-quente desagregação da rocha.

As chaminés de fadas

São uma das paisagens típicasdevido à acção das águas deescorrência. São colunas altas eestreitas de areia, argila ou cin-zas vulcânicas sobre as quaisse encontram blocos rochososduros.

Acção da gravidade

O deslocamento das rochas sobo efeito da gravidade concorrecom os outros processos daalteração das rochas, sendo efi-caz na desagregação dos maci-ços rochosos.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Erosão é o fenómeno deque resulta a alteração ou adestruição das rochas.

1.2. Aquecimento solar e chuva.(Há outro.)

1.3. O vento e os seres vivos.(Há outros.)

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PARTE IV

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização de uma actividadede campo num local próximoda escola onde exista um per-fil de solo para:

– observação dos diferenteshorizontes do solo;

– colheita de amostras damanta morta, do horizonte Ae do horizonte B.

> Utilização da ficha de activi-dade prática 12 – Colheita deamostras de solo, (Caderno doProfessor, pág. 61).

> Identificação dos horizontesnum perfil do solo com apoioda transparência 16 (2004).

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

A

BC

DE

MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

nACETATO

16

90457

FORMAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DO SOLO

Horizonte O

Horizonte A

Horizonte B

Horizonte C

Assentada

rochosa

Perfil de solo maduro.1

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Pedologia

É um ramo da ciência que sededica ao estudo da formação eda constituição do solo. Derivado termo grego pédon, que sig-nifica “solo” ou “terra”.

Conceito de solo

Os pedólogos definem solo comoum corpo natural dinâmico, com-posto de horizontes e integradona paisagem. Consideram comosolos os horizontes O, A e B.No entanto, o termo solo é tam-bém usado, em sentido maisrestrito, para designar somente25-30 cm de profundidade, zonade concentração das raízes dasplantas, que pode ser apenas ohorizonte A. Neste caso, chama--se subsolo ao conjunto dos hori-zontes B e C.

Horizonte O ou manta morta

O símbolo O é utilizado paradenominar o horizonte orgânicodelgado que recobre os solos,onde existe vegetação de mataou floresta.Na parte mais superficial destehorizonte encontram-se os detri-tos recém-caídos não decom-postos. Repousam sobre osdetritos mais antigos já decom-postos ou em estado de decom-posição; este material é conhe-cido por “terra vegetal”, muitoutilizado para cultivo de plantasornamentais.

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PARTE IV

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização da primeira activi-dade e discussão da observa-ção.

> Identificação dos seres vivosexistentes nesta amostra demanta morta com o apoio deuma transparência.

> Realização da segunda activi-dade e discussão das obser-vações.

> A partir das amostras dos solosdos horizontes A e B, pode veri-ficar-se a existência de ar e deágua no solo. (Ver Guia do Pro-fessor, pág. 200.)

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.a actividade

• Observação: – Restos de plantas, semen-

tes, frutos, restos de ani-mais, pe quenos animais…

2.a actividade

• Observação: – O solo do horizonte A é es -

curo e tem matéria mineralde diferentes dimensões.

– O solo do horizonte B éamarelo (ou de cor maisclara) e tem matéria mine-ral com grãos mais finos.

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Seres vivos do solo

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Díptero--larva

Díptero Sín�lo

Diplópode

Diplópode

Quilópode Quilópode Colêmbolo

Colêmbolo ÁcaroÁcaro

AnelídeoNemátodoProtozoário

Protozoário

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Exploração da transparência 16(2004) e das legendas da figura35 como base de discussãosobre a formação dos solos.

> Interpretação da figura 36 paraintroduzir a noção de húmus.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Actividade de enriquecimento 10– O mundo animal oculto soba manta morta (Caderno doProfessor, pág. 76)..

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Solo jovem ou não evoluído

É pouco profundo, constituídopor uma camada de composiçãopouco diferente da rocha-mãe.

Solo maduro ou evoluído

Mais profundo, cujo perfil apre-senta uma sucessão de cama-das, umas lixiviadas, outras enri -quecidas.Na formação dos horizontesdá-se uma migração dos consti-tuintes solúveis e coloidais (saisde cálcio, óxidos de ferro, argilae húmus), no sentido descen-dente, proporcionada pelaságuas das chuvas (lixiviação), e,no sentido ascendente, em cli-mas com elevada evaporação(enriquecimento).A formação de um solo maduroleva, aproximadamente, 10 000anos.

A

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MAGIA DA TERRACiências da Natureza • 5.° ano

nACETATO

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FORMAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DO SOLO

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Assentada

rochosa

Perfil de solo maduro.1

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PARTE IV

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. 1 – Horizonte O ou mantamorta

2 – Horizonte A 3 – Horizonte B 4 – Horizonte C

1.2. O horizonte 2 é o mais ricoem matéria orgânica.

1.3. A matéria orgânica do soloresulta da transformaçãodos restos de seres vivos.

1.4. Os outros constituintes dosolo são a matéria mineral,a água e o ar.

2. No solo existe uma infinidadede seres vivos.

SUGESTÕES DE ACTIVIDADES

Para detectar ar no solo

> Deitar 20 cm3 de amostra desolo num frasco e, sobre ela,lançar 50 cm3 de água.

Observa-se a libertação de bo -lhas gasosas.

Para detectar água no solo

> Deitar 20 cm3 da amostra desolo num balão tapado comuma rolha e aquecer, com umalamparina, durante 3 minutos.

Observa-se que o interior dobalão fica coberto de gotas deágua.

> Realização de actividades prá-ticas:

– 13 – Como é constituído osolo?

– 14 – O solo no laboratório – 15 – Minhocas – As amigas

do lavrador (Caderno do Professor, págs.62, 63 e 64).

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Exploração das imagens elegendas desta página, ououtras.

> Aproveitamento do conheci-mento dos alunos sobre osolo da sua região.

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

> Exploração da transparência 15(2010).

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Textura do solo

O termo textura refere-se à pro-porção relativa das fracções areia,limo e argila de um solo que apre-sentam as seguintes dimensões:– areia............... de 2 a 0,02 mm;– limo (ou silte) 0,02 a 0,002 mm;– argila.............. menor de 0,002 mm.

Raramente o solo é constituídopor uma única fracção, mas poruma combinação destas três.Estas fracções são identificadasnos diagramas triangulares.

Diagrama simplificado para determi-nação da textura do solo.

Uma amostra é classificada comoarenosa se possuir mais de 85%da fracção do tamanho em areia;como argilosa se possuir maisde 35% de argila; e como francase tiver as três fracções em quan -tidades equilibradas.A presença de calcário e húmusmodifica algumas designaçõesapresentadas no triângulo.

Sololimoso

Soloarenoso

Solofranco

Soloargiloso

% lim

o% a

rgila

% areia

100

80

60

40

20

100 80 60 40 20 0

20

40

60

80

Constituição do solo e tipos de solos

PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 15

1

2

3

4

5

Solo argiloso.3

Perfil do solo.1 Solo arenoso.2

Solo franco.4

A Hor. 0

Hor. A

Hor. B

Hor. C

Rocha--mãe

B

A B

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PARTE IV

202

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Realização da actividade prá-tica proposta, podendo serutilizadas outras amostras desolo existentes na região.

> Discussão da observação e dainterpretação dos resultados.

> Elaboração do respectivo rela-tório.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

• Observação: – Funil A – não ficou água retida

sobre a amostra de solo. – Funil B – quase toda a água

ficou retida sobre a amostrade solo.

– Funil C – ficou retida algumaágua sobre a amostra de solo.

– Gobelé A – recebeu muitaágua.

– Gobelé B – recebeu apenasalgumas gotas de água.

– Gobelé C – recebeu algumaágua.

• Interpretação da observação: 1. O solo A deixa-se atravessar

facilmente pela água. 2. O solo B deixa-se atravessar

muito dificilmente pelaágua, retendo-a quase toda.

3. O solo C deixa-se atravessarpor alguma água e retém aparte restante.

G U I A D O P R O F E S S O R

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203

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Solos permeáveis

Têm elevada percentagem demateriais grossos, como areiasgrossas, com espaços lacunarespreenchidos quer por água querpor ar que neles circulam; apre-sentam baixa capacidade deretenção de água. São designa-dos por solos filtrantes.

Solos impermeáveis

Os materiais finos de dimensõescoloidais, argila e húmus, preen-chem os espaços lacunares entreas areias grossas e finas, dandoum aspecto de bloco.Este tipo de solo tem tendênciapara reter a água. É asfixiante paraas raízes e microrganismos.

Solos semipermeáveis

Os materiais encontram-se jun-tos em agregados, o que facilitaa circulação do ar e da água, e,por consequência, são favoráveisà penetração de raízes e à vidabiológica.

Estrutura do solo.

PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Impermeável.1.2. Fica seco e estaladiço.1.3. – Retém grande quantidade

de água. – Pegajoso ao tacto. – Quando seco, faz gran-

des torrões.

Solo permeável

Solo semipermeável

Solo impermeável

Espaçoslacunarescheios deágua

Espaçoslacunarescheios deágua

Colóides

Areias

G U I A D O P R O F E S S O R

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PARTE IV

204

G U I A D O P R O F E S S O R

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> Exploração das imagens e daslegendas das páginas 204 a209, ou outras, e aproveita-mento dos conhecimentosdos alunos.

> Contacto com agricultores daregião para conhecimento dosprocessos utilizados para cor-recção dos solos.

> Levantamento de situaçõesdos solos da sua região noque respeita à degradação porpráticas inadequadas de agri-cultura, por acumulação deresíduos ou devido a incên-dios.

> Realização de uma composta-gem nos jardins da escola. É umprocedimento de fácil execuçãoe grande valor pedagógico.

> Exploração da transparência 16(2010).

> Resolução do DESCOBRE ECOMUNICA.

Conservação dos solos

PÁGINAS DA TERRA P

CIÊNCIAS DA NATUREZA | 5 . ° ANO TRANSPARÊNCIA 16

Terreno em socalcos.1

Paliçada para impedir o avanço das dunas.3

Reflorestamento e conservação da floresta.2

Substituição de lixeiras por aterros sanitários.4

A B

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Fertilizantes

Uns fertilizantes são orgânicos eoutros são derivados de proces-sos químicos de mineração oufabricados para o efeito.Os componentes principais des-tes produtos são o azoto, opotássio e o fósforo.O excesso ou a deficiência des-tes constituintes têm os seguin-tes efeitos nas plantas:

G U I A D O P R O F E S S O R

O excesso provoca:– atraso na maturação– maior sensibilidade às doençase parasitas

A deficiência provoca:– aparecimento de cor amarela– lentidão no crescimento– secagem das folhas

Azoto

Fósforo

O excesso não provoca sintomas.A planta só absorve a quantidadenecessária.

A deficiência provoca:– atraso de crescimento– aparecimento de uma corpúrpura-azul nas folhas eno caule.

Potássio

O excesso provoca:– aumento do conteúdo da águanas plantas

– atraso na maturação

A deficiência provoca:– tonalidade castanha nas folhas– flores descoloridas– diminuição da resistência aosparasitas

– baixo rendimento de flores efrutos

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PARTE IV

206

G U I A D O P R O F E S S O R

Desertificação em Portugal

“Mais de metade do territórioportuguês corre o risco de ficardeserto e seco nos próximos 20anos e cerca de 1/3 já está afec-tado pela desertificação”, aler-tou o presidente da Liga de Pro-tecção da Natureza.As zonas atingidas pela deserti-ficação, quer ao nível dos solos,quer da população, são o Alen-tejo, o interior do Algarve e todaa fronteira com Espanha, doAlgarve e Trás-os-Montes.Como causas deste cenárioencontramos o agravamentodos efeitos da seca, os incên-dios florestais, o crescimentourbano indevido em solos compotencial agrícola e a degrada-ção dos solos em resultado de“maus usos e da poluição”.Para inverter esta tendência dedesertificação, defende-se aadopção de medidas concretas eeficazes da fixação da populaçãoactiva nos meios rurais, de con-servação do solo e da água e derecuperação das áreas afectadas.

www.radioportalegre.pt

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207

INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Pesticidas

São agentes químicos utilizadospara combater infestantes.Há três espécies principais: in -secticidas (para matar insectos),fungicidas (para combater doen-ças provocadas por fungos, bolo-res, etc.) e herbicidas (para matarplantas, sobretudo ervas dani-nhas).Os pesticidas, para além de mataras espécies infestantes, podemmatar outras espécies, como osseus predadores naturais, afec-tando o equilíbrio do ecossis-tema. Podem também deixar resí-duos em produtos alimentares.Alguns dos mais perigosos pes-ticidas foram banidos e substituí-dos por outros de menor risco.Os mais seguros baseiam-se emcompostos fosfatados orgânicos,mas ainda apresentam perigospara a saúde.

AGRICULTURA BIOLÓGICA:A MELHOR OPÇÃO

A subida dos custos de produ-ção, a redução da biodiversidade,a contaminação da água, os resí-duos químicos presentes na ali-mentação, a degradação dossolos e o perigo que o manusea-mento de pesticidas constituipara os agricultores são proble-mas que colocam em causa asustentabilidade dos sistemasagrícolas convencionais. Destemodo, são muitos aqueles quecomeçam a optar pela agriculturabiológica.A agricultura biológica combinaos métodos tradicionais de agri-cultura com os modernos; con-tudo, não utiliza qualquer tipode fertilizantes ou pesticidassintéticos. Em vez disso, utilizaadubos vegetais ou animais, fazcontrolo de pestes naturalmentee diversifica as suas colheitas.

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PARTE IV

208

G U I A D O P R O F E S S O R

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Esta designação é uma expres-são abrangente que se referenão só à mistura de materiais eobjectos que têm proveniênciadoméstica, como tambémengloba ainda os resíduos comorigem no sector dos serviçosou estabelecimentos comerciaisou industriais.

Composição física média dos RSU(Fonte INR).

RECICLAR O LIXO ORGÂNICO

Compostagem doméstica –pode considerar-se um processode reciclagem que permite valo-rizar a fracção orgânica do “lixo”que produzimos em nossa casa,dando origem a um corrector desolos rico em húmus designadopor composto.A compostagem ocorre atravésde um processo natural dedegradação biológica dos resí-duos orgânicos domésticos napresença de oxigénio.

Vermicompostagem – paraquem não tem quintal, a vermi-compostagem é a mais aconse-lhada. É um processo pelo qualsão utilizadas determinadas espé-cies de minhocas que, em con-junto com microrganismos, pro-cessam os restos da cozinha.Pode colocar-se qualquer tipo deprodutos de origem vegetal edeve evitar-se adicionar qualquertipo de carne e seus derivados.A vermicompostagem tem a van-tagem de não produzir cheiros eocupar espaço limitado.

26,40%

11,10%

5,35%14,25%7,40%

2,75%26,50%0,50% 2,60%

3,15%

Papel/Cartão

Vidro

Plástico

Metais

Têxteis

Madeira/Embalagens

Materiais fermentáveis

Verdes

Finos

Outros resíduos

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ATERROS SANITÁRIOS

Os aterros são zonas específicasde deposição de resíduos utili-zados como complementaçãoda reciclagem, da compostageme da incineração.Um aterro deve obedecer a parâ-metros técnicos e ambientaisque assegurem a protecção dosolo, dos recursos hídricos e dasaúde humana.

Assim, são requisitos obrigatórios:

– impermeabilização do fundocom tela;

– impermeabilização dos talu-des laterais com argila;

– drenagem das águas lixivian-tes;

– drenagem do metano;– assistência por pessoal espe-

cializado.

Vantagens

> Não se verifica a deposição deRSU a céu aberto.

> Redução de odores desagra-dáveis

> Poluição dos aquíferos redu-zida, quando situados emlocais adequados.

> Podem receber grandes quan-tidades de RSU

Desvantagens

> Tráfego e ruído.> Poluição atmosférica, nomea-

damente para a eliminação degases de efeito de estufa (me -tano e dióxido de carbono).

> Possibilidade de contamina-ção de aquíferos.

> Requer grandes áreas.

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PARTE IV

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G U I A D O P R O F E S S O R

INCINERAÇÃO

É o processo de tratamento dosRSU que, por via da combustão,são reduzidos a cinzas e gases.

Vantagens

> Redução do volume de lixo.> Reduzida área de implantação.> Menor poluição dos aquíferos.

Desvantagens

> Custos elevados.> Poluição atmosférica (ex.: dio-xinas).

> Produção de resíduos tóxicos.

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. Não é possível, porque areciclagem faz-se sepa-rando cada produto e nãocom produtos misturados.

1.2. Papel " embalagens deovos

Vidro " garrafas R esíduos orgânicos " com -

posto (há outros)

2.1. Na fase final não se obser-vam restos de alimentos,de plantas e de papel.

2.2. Transformaram-se em com -posto.

2.3. São feitos de vidro, plás-tico ou metal.

2.4. • Separação de resíduos • Reciclagem

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INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

SÍMBOLOS EXISTENTES NOMERCADO

A. Rótulo Ecológico Comunitário

Indica que o produto tem umimpacto reduzido no ambienteao longo do seu ciclo de vida(ex tracção de matérias-primas,produção, distribuição, comer-cialização, utilização e elimina-ção).

B. Reciclagem

Tem dois significados possíveis:pode indicar que a embalagem éreciclável ou que o produto ou aembalagem contêm materialreciclado.

C. Ponto verde

Não garante que a embalagemseja reciclada. Apenas indicaque o fabricante, o embalador eo distribuidor contribuem finan-ceiramente para o sistema derecolha selectiva e de valoriza-ção dos resíduos de embala-gens instituído pela SociedadePonto Verde.

D. Biodegradável

Indica a biodegradabilidade doproduto. Contudo, apenas cum-pre a lei que impõe que, pelomenos, 90% dos agentes ten-sioactivos sejam biodegradáveisem 28 dias.

Forum Ambiente, n.° 55

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Composição das pilhas

As pilhas são compostas desubstâncias químicas de toxidadevariável. Entre os constituintes,encontram-se inúmeros metaispesados: chumbo, zinco, mercú-rio, lítio, magnésio, cádmio eníquel. Estes metais são muitopersistentes e muito poluentespara o nosso ambiente. Quandoabandonados na Natureza, osmetais pesados escapam-se e sãotransportados pela água das chu-vas, penetram no solo e podematingir os lençóis freáticos. Omercúrio de uma só pilha podecontaminar 400 litros de água e1 cm3 de solo durante 50 anos.

Pilhas recuperadas

Se as pilhas usadas forem recu-peradas, 65% a 75% dos mate-riais que as constituem podemser reciclados.O magnésio é reutilizado, porexemplo, para pinturas com fer-rugem; o mercúrio é aplicadoem indústrias específicas; oaço , depois de fundido, vaifabricar, por exemplo, carroça-rias de viaturas; o zinco é reuti-lizado para fazer caleiras, entreoutras aplicações; o chumbo e ocádmio servem para fabricarnovas pilhas.

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PROPOSTAS DE SOLUÇÃO

1.1. 1 – Vareta 2 – Gobelé 3 – Funil

1.2. A filtração da água realiza --se para retirar as poeirasem suspensão.

1.3. Fervura ou desinfecção.Porque estes processoseliminam os micróbiosexistentes na água.

2.1. A vela apagar-se-á primeirona montagem B, porquenesta montagem existe me -nos quan tidade de ar doque na montagem A.

2.2. Durante a combustão gas-tou-se oxigénio.

2.3. Alimenta as combustões.

3.1. A fase B é a mais antiga.

3.2. 1 – Horizonte O ou mantamorta

2 – Horizonte A 3 – Horizonte B 4 – Horizonte C

3.3. A fase A representa umperfil de solo maduro, por-que nele existem todos oshorizontes bem distintos.

3.3. Ar, água e matéria mineral.(Há outro.)

4.1. A, C, D e G

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TÉCNICAS DE TRABALHO

As técnicas de trabalho apre-sentadas têm por finalidadedesenvolver as competências dosaber e do saber-fazer.As diversas técnicas podem serutilizadas como apoio na realiza-ção de actividades propostas nomanual PÁGINAS DA TERRA.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Para os alunos descobriremonde existe vida, propõe-se umaactividade de campo em terre-nos que circundem a escola ounuma zona mais afastada.

É de considerar:

1. Preparação da saída

1.1. Definir o objectivo dasaída.

1.2. Escolher o local (aquisi-ção de um mapa de iti-nerário).

1.3. Organizar o material ne -cessário.

1.4. Distribuir tarefas pelosgrupos

1.5. Conhecer cuidados coma conservação da Natu-reza e segurança pessoal(consultar o Caderno deActividades, pág. 5).

2. Realização da actividade decampo

2.1. Marcar no mapa os lo -cais de paragem.

2.2. Registar as observaçõesefectuadas em bloco denotas e/ou máquina foto-gráfica.

2.3. Recolher o material ne -cessário para estudo.

2.4. Etiquetar o material reco-lhido com indicações.

3. Após a actividade de campo

3.1. Organizar os materiais eos registos efectuados.

3.2. Elaborar um relatóriosucinto.

3.3. Executar um jornal deparede documentadocom fotografias e/ou de -senhos, com apoio dasdisciplinas de LínguaPortuguesa e EducaçãoVisual e Tecnológica.

3.4. Iniciar, por exemplo, amontagem de um herbá-rio, de uma colecção deconchas ou de penas.(consultar as páginas105 do Manual e 16 doCaderno de Actividades).

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

> O documento apresentado nestapágina permite reflectir nosprocedimentos a adoptar numaperspectiva de ensino/apren-dizagem com base na resolu-ção de problemas e de carác-ter experimental.

> Pode ser utilizada nas activi-dades propostas no espaço“Experimenta” ou noutrosespaços, quando os alunosenunciam problemas, formu-lam hipóteses e planificamactividades experimentais.

> A pesquisa na Internet deveser incrementada, pois é umafonte importante de informação.

Recomendações aos alunosna pesquisa na Internet

• Não é preciso condicionar apesquisa a uma ou duaspalavras.

• Deve escrever-se o quepuder ter alguma relevânciapara a pesquisa.

• Escolher palavras específi-cas e não muito genéricas;estas geram um grandenúmero de sítios em res-posta, o que aumenta otempo de selecção da infor-mação.

• Se utilizar mais de uma pala-vra como base de pesquisa,deve colocar aspas duplasantes da primeira palavra edepois da última, para que ainformação contenha amesma sequência pela qualas palavras aparecem.

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DOCUMENTO FOTOGRÁFICO

O manual PÁGINAS DA TERRAapresenta, com muita frequência,documentos fotográficos legenda-dos. A observação e a interpreta-ção correctas da imagem e da res-pectiva legenda desenvolvem aaprendizagem através da pes-quisa e permitem responder àsquestões do DESCOBRE ECOMUNICA.

Este documento poderá ser anali-sado quando se inicia a utilizaçãodo manual, para os alunosconhecerem, iniciarem e desen-volverem a técnica de leitura einterpretação de um documentofotográfico.

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TÉCNICA DE DESENHAR UMAFOLHA

1. Folha a desenhar

2. Fases do desenho

A – Traçar um contorno geral(esboço).

B – Desenhar as nervuras.

C – Desenhar o recorte dafolha.

D – Colorir a folha.

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A IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICANO ENSINO DAS CIÊNCIAS

Introduzir, em diferentes situa-ções de aprendizagem, elemen-tos de estatística enquantométodo científico de recolha,organização, apresentação eanálise de dados, poderá reve-lar-se de grande importânciapara os alunos.A televisão, as revistas, os jornaise a Internet aparecem inundadosde “pensamento estatístico” e, sequeremos que os nossos alunoso compreendam, cedo teremosde os munir das competênciasrespectivas.Assim, sugere-se uma aborda-gem aos gráficos de barras eaos gráficos circulares, sempreque os conteúdos o permitam.

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TÉCNICAS DE PREPARAÇÃO DEMA TERIAL BIOLÓGICO

Na maior parte das vezes, é ne -cessário submeter o materialbiológico, que vai ser observadoao microscópio, a tratamentosespeciais.Outras vezes, o tipo de materialpode ser observado sem qual-quer técnica especial.

As preparações são de dois tipos:

– preparação extemporânea –utiliza-se quando se pretendeobservar, na ocasião, organis-mos vivos ou material fresco.É simples, de rápida execuçãoe de curta duração;

– preparação definitiva – utiliza --se quando se pretende con-servar material durante muitotempo. Este tipo de preparaçãorequer técnicas especiais.

Nas preparações extemporâneasou temporárias, utiliza-se comomeio de montagem o própriomeio onde vive o material bioló-gico.Quando se pretende observarmaterial biológico fresco, é pos-sível realizar uma coloração uti-lizando-se corantes especiais,como, por exemplo, o vermelho--neutro, o azul-de-metileno, aeosina, a água iodada, que nãoalteram o material biológico.

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UTILIZAR UMALUPA BINOCULAR

Uma lupa binocular permiteobservar objectos espessos. Dáuma imagem ampliada e emrelevo, porque a observação éefectuada através de duas ocu-lares, com os dois olhos.

Para observar à lupa binocular

1. Escolher a cor da platina sobrea qual o objecto a observar écolocado. Se o objecto forescuro, utiliza-se a face clara,e vice-versa.

2. Iluminar correctamente oobjecto a observar.

3. Adaptar a distância das ocu-lares à visão do observador.

4. Fazer a focagem olhando uni-camente na ocular não regu-lável e deslocando o conjuntoóptico com o auxílio do para-fuso de focagem até obteruma imagem nítida.

5. Fazer a focagem para obteruma imagem em relevo,olhando com os dois olhos erodando a ocular regulável atéobter uma só imagem nítida.

Ocularregulável

Ocular nãoregulável

Anel defocagem

Parafuso

Objectivas

Platina

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