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PSTFC Engenharia Electrotcnica e de
Computadores
Andr Augusto Moreira Antunes
-
FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO
PORTO
Gesto de Obra
Andr Augusto Moreira Antunes
Dissertao submetida para satisfao parcial dos
requisitos do grau de licenciado
Em
Engenharia Electrotcnica e de Computadores
(rea de Especializao de Energia)
Dissertao realizada sobre a superviso de:
Professor Doutor Antnio Machado e Moura,
do Departamento de Engenharia Electrotcnica e de Computadores
da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Porto, Julho de 2007
-
III
Resumo
O presente relatrio vm na sequncia de um estgio realizado na
Painhas S.A. no mbito do acompanhamento da construo de uma linha de
muito alta tenso, nomadamente a linha Parque Elico Alto Minho I -
Pedralva a 150 kV.
Os objectivos iniciais para o referido estgio eram os seguintes:
Compreenso do Caderno Encargos
Estudo e Quantificao de Materiais a incorporar em obra
Planeamento da Execuo da Obra
Anlise, Compreenso e Acompanhamento das diferentes fases da
Prestao de Servios
Para alm do cumprimento dos objectivos propostos inicialmente, foram
tambm elaborados, um manual de apoio execuo de fundaes e outro
de apoio execuo de proteces para cruzamentos e travessias.
Devido durao relativamente reduzida deste estgio no foi possvel
acompanhar todas as fases de prestao de servios, pelo que apenas
descreverei aquelas que acompanhei e com isso apreendi conhecimentos que
me permitissem descreve-las.
O estgio decorreu maioritariamente no estaleiro da referida obra,
situado na freguesia de So Vicente da Ponte Vila Verde, o que
proporcionou um acompanhamento muito prximo da mesma e uma
interaco muito positiva com os seus intervenientes.
A obra em causa tem uma particularidade muito interessante, que se prende
com o facto de ser propriedade de uma entidade privada, Ventominho
(Empreendimentos Elicos Vale do Minho, S.A.), tendo como entidade
supervisora a REN.
-
IV
Prefcio
Queria deixar aqui os meus sinceros agradecimentos aos
colaboradores da Painhas que graas sua dedicao pacincia e boa
vontade tornaram este estgio num processo pedagogicamente enriquecedor
e um marco importante na minha carreira profissional ali iniciada. Ao
Augusto Queirs, Marcelino Barros, Carlos Barros, Filipe, Andr Minas, ao
Engenheiro Nuno Silva e ao Engenheiro Paulo Rodrigues.
Um muito obrigado ao Professor Doutor Machado e Moura, porque
sem a sua ajuda e disponibilidade este estgio no seria possvel.
Uma palavra de apreo tambm minha famlia que esteve sempre l
para mim.
Aos meus amigos Filipe Magalhes e Edgar Sousa, um abrao muito
especial.
E claro minha mais que tudo Alexandra Lopes para qual no
existem palavras no mundo para lhe mostrar o meu agradecimento e apreo.
-
V
ndice 1 - Introduo ............................................................................................. 1
2 - A Painhas S.A. ....................................................................................... 3
3 - Apresentao da Linha em construo ........................................... 5
3.1 - Aspectos Tcnicos da Linha ............................................................... 6
4 - Fornecimento de Materiais ................................................................ 7
5 - Prestao de Servios ....................................................................... 10
5.1 - Instalao, Preparao e Topografia ............................................... 10
5.1.1 - Instalao ................................................................................... 10
5.1.2 - Preparao .................................................................................. 12
5.2 - Fundaes ......................................................................................... 14
5.2.1 - Marcao de caboucos ................................................................ 16
5.2.2 - Abertura de Caboucos ................................................................ 17
5.2.3 - Regulao de bases ..................................................................... 19
5.2.4 - Betonagem .................................................................................. 21
5.2.5 - Terraplanagem e ligao terra ............................................... 23
5.3 - Estruturas metlicas ........................................................................ 24
5.3.1 - Assemblagem .............................................................................. 25
5.3.2 - Levantamento de apoios ............................................................ 26
6 - Trabalhos Complementares .............................................................. 32
6.1 - Manual de Fundaes ....................................................................... 32
6.2 - Manual de Proteces ....................................................................... 37
6.3 - Clculo de amortecedores ................................................................. 41
7 - Referncias ........................................................................................... 48
8 - Concluses ............................................................................................ 49
-
VI
ndice de figuras Ilustrao 1 - Cronograma de trabalhos da Linha Parque Elico Alto Minho
I - Pedralva a 150 kV ]P77 a P104] .................................................................. 2
Ilustrao 2 - Protocolo de recepo ................................................................. 9
Ilustrao 3 - Vista geral do estaleiro ............................................................ 11
Ilustrao 4 Zonas anexas ao estaleiro ....................................................... 11
Ilustrao 5 Escritrios do adjudicatrio .................................................... 11
Ilustrao 6 Escritrios do dono de obra ..................................................... 11
Ilustrao 7 Placar de Identificao ............................................................ 11
Ilustrao 8 Exemplo de piquetagem de um apoio de alinhamento .......... 12
Ilustrao 9 Exemplo de piquetagem de um apoio de ngulo .................... 12
Ilustrao 10 Topografo (Filipe) em trabalho de piquetagem .................... 13
Ilustrao 11 Relatrio de verificao topogrfica...................................... 13
Ilustrao 12 Reconhecimento da obra ....................................................... 14
Ilustrao 13 Exemplo de sinalizao de apoios .......................................... 14
Ilustrao 14 Macio de fundao do tipo DRN ........................................... 15
Ilustrao 15 Macio de fundao do tipo DRNR ........................................ 15
Ilustrao 16 Macio de fundao do tipo DRE ........................................... 15
Ilustrao 17 Diagrama de marcao de caboucos do poste 103 ................. 16
Ilustrao 18 Exemplo de marcao de caboucos de um apoio em
alinhamento .................................................................................................... 17
Ilustrao 19 Exemplo de marcao de caboucos de um apoio de ngulo . 17
Ilustrao 20 Diagrama de abertura de caboucos do apoio 103 ................. 18
Ilustrao 21 Abertura de caboucos P95 ..................................................... 19
Ilustrao 22 Diagrama de regulao de bases do apoio 96 ....................... 20
Ilustrao 23 assentamento de lajetas ........................................................ 20
Ilustrao 24 Montagem de bases ............................................................... 21
Ilustrao 25 Montagem de bases ............................................................... 21
Ilustrao 26 Betonagem P101 .................................................................... 21
Ilustrao 27 Cofragem P101 ...................................................................... 22
Ilustrao 28 Interior da CofragemP101 .................................................... 22
Ilustrao 29 Vibrao P94 .......................................................................... 22
Ilustrao 30 Terraplanagem ...................................................................... 23
Ilustrao 31 Ligao terra ...................................................................... 23
Ilustrao 32 Transporte de Apoio .............................................................. 24
Ilustrao 33 Exemplo de colocao de troos no terreno para
assemblagem a mastro ................................................................................... 25
Ilustrao 34 Assemblagem do P99 ............................................................. 26
Ilustrao 35 Exemplo de colocao da grua .............................................. 26
Ilustrao 36 Levantamento do P93 .............................................................. 27
Ilustrao 37 levantamento da base do P100 ............................................. 28
Ilustrao 38 - Exemplo ilustrativo do levantamento do mastro de carga ... 28
Ilustrao 39 - Exemplo ilustrativo da elevao do mastro de carga ........... 30
Ilustrao 40 - Exemplo ilustrativo do levantamento de troos com mastro
de carga ........................................................................................................... 31
Ilustrao 41 Levantamento do apoio a mastro de carga ........................... 31
Ilustrao 42 - Exemplo do dossier de macios de fundao da REN ........... 33
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VII
Ilustrao 43 Proteco do tipo A ................................................................. 40
Ilustrao 44 Programa de Clculo de Amortecedores ............................... 47
file:///C:\Documents%20and%20Settings\Mimo\Ambiente%20de%20trabalho\Relatorio%20Andr%20Antunes.docx%23_Toc171192741file:///C:\Documents%20and%20Settings\Mimo\Ambiente%20de%20trabalho\Relatorio%20Andr%20Antunes.docx%23_Toc171192742 -
VIII
ndice de tabelas
Tabela 1 Dados gerais da Linha .................................................................... 6
Tabela 2 Base de dados dos Macios de Fundao ..................................... 34
Tabela 3 Clculo volumtrico dos macios de fundao ............................. 35
Tabela 4 Clculo do comprimento das de varas de ao .............................. 36
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Andr Antunes 1
PSTFC Engenharia Electrotcnica e de Computadores
1 - Introduo
Este estgio foi executado no mbito da disciplina, Projecto Seminrio
ou trabalho Final de Curso (PSTFC), relativa ao 5 ano curricular da
Licenciatura em Engenharia Electrotcnica e de Computadores. Tendo como
ttulo a Gesto de Obra, a realizao deste estgio foi dividida entre o
departamento de Muito Alta Tenso (DMAT) da referida empresa e o
estaleiro da obra acompanhada que adiante ser apresentada.
Dada a janela temporal disponvel para a realizao deste estgio ser
relativamente reduzida, quando comparada com o tempo de execuo de
uma obra, como a construo de uma linha de muito alta tenso (adiante
designada por LMAT), no me foi possvel acompanhar todas as fases
relativas construo da linha. Pelo que passo a descrever esquemtica e
sucintamente todas as diferentes etapas relativas prestao de servios da
construo da Linha Parque Elico Alto Minho I - Pedralva a 150 kV ]P77 a
P104], para que seja possvel uma melhor compreenso e enquadramento
por parte do leitor:
Prestao de servios:
1. Instalao, Preparao e Topografia
1.1. Instalao
1.2. Preparao
2. Fundaes
2.1. Abertura de caboucos
2.2. Macios de Fundao
3. Estruturas Metlicas
3.1. Assemblagem de apoios
3.2. Levantamento de Apoios
3.3. Reaperto de Apoios
4. Cabos Condutores e de Guarda
4.1. Desenrolamento
4.2. Regulao
4.3. Amarrao
4.4. Fixao
5. Balizagem
6. Comissionamento e recepo
6.1. Comissionamento
Tal como se pode verificar no cronograma de seguida disposto
(Ilustrao 1) e dada a data de trmino do referido estgio (31 de Maio), s
me foi possvel acompanhar a construo da linha at o ponto n3
(Estruturas Metlicas), incluindo a assemblagem e levantamento de
apoios.
-
Andr Antunes
Ilustrao 1 - Cronograma de trabalhos da Linha Parque Elico Alto Minho I - Pedralva a 150 kV ]P77 a P104]
-
Andr Antunes 3
PSTFC Engenharia Electrotcnica e de Computadores
2 - A Painhas S.A.
A empresa est instalada num edifcio construdo de raiz para o
efeito, composto por reas de armazenagem e escritrios, adequado s
actividades da empresa. A empresa encontra-se situada no sector elctrico
da Zona Industrial 2 fase, lote 11 em Viana do Castelo.
A Painhas & Arieira, Lda. foi constituda a 16 de Janeiro de 1980. O
objectivo inicial da Sociedade nessa data era a indstria de sistemas de
utilizaes e reparaes elctricas, podendo no entanto a empresa dedicar-se
a outras actividades.
O negcio principal da Empresa tornou-se rapidamente na prestao
de servios nas reas de instalaes elctricas e de telecomunicaes, sendo
actualmente uma das trs nicas Empresas deste Sector de actividade do
Norte do Pas trabalhando na instalao de subestaes de Energia
Elctrica, com recurso a desenvolvimento e concepo de projecto, tanto a
nvel da EDP distribuio, como da Rede Elctrica Nacional (REN).
De igual modo, a Empresa desenvolveu competncias nas instalaes
elctricas em mini hdricas e em projectos de utilizao de energia.
Para o desenvolvimento deste leque de actividades a Painhas &
Arieira, Lda. teve de se apetrechar de meios e recursos adequados aos
objectivos de negcio e satisfao das exigncias dos seus clientes,
designadamente das empresas dos Grupos EDP e REN que claramente
representam a maior fatia do volume de negcios da Empresa
(aproximadamente 60 %) e da Portugal Telecom, que ocupa a segunda
posio no volume de negcio da Empresa (com mais de 20%), encontrando-
se qualquer outro cliente a grande distncia destes.
Para conseguir responder ao crescimento do complexo volume de
equipamento inerente sua actividade, alm das instalaes
administrativas que integram a Sede e que ocupam uma rea de cerca de
1000 m2, em 1992 a Painhas & Arieira, Lda. teve a necessidade de passar a
dispor de um Estaleiro com cerca de 3000 m2, sedeado na freguesia da
Meadela, com capacidade para albergar a totalidade da frota e com reas
reservadas a depsito de materiais de vrias unidades orgnicas da
empresa. Este estaleiro tem sido igualmente utilizado para formao
profissional em prtica simulada.
Respondendo s exigncias do mercado, em 1999, a Painhas &
Arieira, Lda. viu o seu Sistema da Qualidade certificado pela APCER de
acordo com as normas NP EN ISO 9001. Em 2002 fez a adaptao do seu
Sistema da Qualidade nova norma NP EN ISO 9001:2000.
Em 2003 a Painhas & Arieira, Lda. passou para Painhas S.A.
Actualmente a Painhas S.A. tem uma nova sede, que integra as
instalaes administrativas, uma nave e um parque que ocupam uma rea
total de cerca de 4500 m2, nela se concentram todos os departamentos da
empresa.
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Andr Antunes 4
PSTFC Engenharia Electrotcnica e de Computadores
A Painhas S.A. tem acompanhado atentamente e previsional mente a
evoluo das exigncias normativas e tcnicas que regulamentam e
orientam este sector de negcio, que por sua vez influncia to fortemente a
economia e a qualidade de vida das populaes, controlando e minimizando
o risco que impede sobre os profissionais que trabalham no sector.
Por isso a Painhas S.A. dispe de profissionais credenciados pelos
seus clientes para o desempenho de determinadas funes (Trabalhos em
tenso TET- BT/MT/AT), bem como de estruturas fsicas, mecnicas e
tecnolgicas capazes de dar resposta s solicitaes de colaborao por parte
dos seus clientes
A organizao da empresa no se tem comportado como um esqueleto
fixo e imutvel. A Painhas S.A. uma empresa que apresenta uma
estrutura malevel que se adapta na medida em que a qualidade,
produtividade e competitividade assim o justificam. Neste momento, a
Painhas S.A. tem um quadro de pessoal adequado s suas actividades,
comportando um total de 260 efectivos.
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Andr Antunes 5
PSTFC Engenharia Electrotcnica e de Computadores
3 - Apresentao da Linha em construo A linha a 150 kV Parque Elico Alto Minho I . Pedralva, entre a
subestao que a EEVM (Empreendimentos Elicos Vale do Minho, S.A.)
pretende construir na zona de .Mendoiro. (concelho de Mono) e a futura
subestao da REN, S.A. de .Pedralva. (concelho de Braga). Esta linha
insere-se no mbito global da determinao da Unio Europeia, expressa na
Resoluo de 8 de Junho de 1998 de, at 2010, o consumo interno bruto de
energia na Comunidade corresponder a electricidade, aquecimento e
combustveis biolgicos provenientes de fontes renovveis. Com esta
determinao Portugal dever, at ao ano referido, instalar novas
capacidades produtivas, a partir de fontes de limpas, renovveis, que
atinjam cerca de 39 por cento do nosso consumo energtico.
A esta determinao da comunidade no alheio o facto que se prev
que entre 1998 e 2020 o consumo total de energia aumente cerca de 20 por
cento, enquanto a produo de dixido de carbono tende a crescer em 14 por
cento.
Com o parque elico que a EEVM, S.A., pretende construir
contribuir para este objectivo, sendo da linha Parque Elico Alto Minho I -
Pedralva a 150 kV a responsabilidade do transporte da energia produzida
pelos geradores elicos para os centros consumidores, reduzindo desta forma
as emisses de dixido de carbono para a atmosfera e aumentando a cota
produzida, atravs de fontes de energia limpas, em Portugal.
O traado da linha Parque Elico Alto Minho I - Pedralva a 150 kV
desenvolve-se nos distritos de Braga e Viana do Castelo e nos Concelhos de
Amares (frequesia de Sequeiros, Caldelas, Paranhos, Paredes Secas, Caires,
Dornelas e Figueiredo), Arcos de Valdevez (frequesias de Sistelo, Loureda,
Cabreiro, S, Vilela, So Cosme e So Damio, Gondoriz, Couto, zere, Vale,
Arcos de Valdevez/So Paio e So Jorge), Braga (frequesias de So Mamede
Este, Pedralva e Sobreposta) , Mono (freguesias de Merufe e Anhes),
Ponte da Barca (freguesias de Vila Nova de Muia, Touvedo So Loureno e
Sampriz), Pvoa de Lanhoso (freguesias de Monsul, guas Santas,
Ferreiros, Covelas e Povoa de Lanhoso), Terras do Bouro (freguesia de
Souto) e Vila Verde (freguesias de Aboim da Nbrega, Gomide, Oriz/Santa
Marinha e Oriz/So Miguel).
O traado completo da linha continha inicialmente 125 apoios e ficou
dividido em cinco lotes (A, B, C, D e E). Os lotes adjudicados ao consrcio
Meci, Painhas e Mateace foram os lotes D e E. Sendo que a Meci, lder de
consrcio, ficou com a adjudicao do lote E e Painhas S.A. foi-lhe
adjudicado o lote D, do qual fazem parte 28 apoios, desde o poste 78 ao 104,
designado da seguinte maneira, ]P77a P104].
O apoio 77 foi includo na designao do lote D, uma vez que, apesar
deste apoio pertencer ao lote C, a fixao dos cabos condutores do apoio 78
feita atravs de uma cadeia de suspenso, pelo que foi includo o poste 77 de
forma a definir um canto de desenrolamento.
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3.1 - Aspectos Tcnicos da Linha A linha Parque Elico Alto Minho I - Pedralva a 150 kV dupla, com
um condutor por fase, com dois circuitos trifsicos suportados por apoios em
esteira vertical.
Do ponto de vista tcnico a linha constituda pelos elementos
estruturais normalmente usados em linhas do escalo de tenso de 150 kV,
nomeadamente:
1 Cabo condutor por fase, em alumnio-ao, do tipo ACSR 485 (Zebra).
2 Cabos de guarda, um convencional, em alumnio-ao, do tipo ACSR
130 (Guinea) e outro, do tipo OPGW, possuindo caractersticas
mecnicas e elctricas idnticas ao primeiro.
Cadeias de isoladores e acessrios adequados ao escalo de corrente
de defeito mxima de 20 kA e 31.5 kA.
Apoios reticulados em ao da famlia CW e DL.
Fundaes dos apoios constitudas por quatro macios independentes
formados por uma sapata em degraus e uma chamin prismtica.
Circuitos de terra dos apoios dimensionados de acordo com as
caractersticas dos locais de implantao.
DADOS GERAIS
ALTURA VO (m)
FIXAO
N TIPO TOTAL C. Cond.
C. Guarda1 C. Guarda2
(m) GUINEA OPGW
77 CWA2 45,45 389,64 AD A A
78 CWR3s 51,45 416,90 SD S S
79 CWA3 51,45 412,80 AD A A
80 CWR4s 57,45 345,82 SS S S
81 CWT3 51,45 594,14 AD A A
82 DLR4 56,17 694,98 AD A A
83 DLA6+1 63,17 659,10 AD A A
84 DLA5 60,17 543,92 AD A A
85 CWR3 51,45 219,04 AD A A
86 CWA3 51,45 817,31 AD A A
87 CWR3 51,45 479,18 AD A A
88 CWR2 45,45 318,92 AD A A
89 CWS4 56,65 454,00 SD S S
89A CWA2 45,45 329,75 AD A A
90 CWA2 45,45 503,43 AD A A
91 CWS3 50,65 313,26 SS S S
92 CWA3 51,45 481,32 AD A A
93 CWA3 51,45 378,25 AD A A
94 CWLS2 44,65 410,90 SS S S
95 CWT1 39,45 630,12 AD A A
96 CWA2 45,45 754,22 AD A A
97 CWA1 39,45 429,64 AD A A
98 CWA1 39,45 1.016,20 AD A A
99 CWA3 51,45 369,32 AD A A
100 CWA3 51,45 375,42 AD A A
101 CWA3 51,45 649,16 AD A A
102 CWA3 51,45 214,96 AD A A
103 CWR2s 45,45 1.005,66 SD S S
104 DLR5 60,17 AD A A
TOTAL 14.207
Tabela 1 Dados gerais da Linha
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4 - Fornecimento de Materiais
Como lderes de consrcio, a Meci foi responsvel pelas negociaes
com os fornecedores, fazendo as encomendas de todos os materiais e
respectiva negociao dos prazos de entrega. Apesar de no ser lder de
consrcio, a Painhas S.A. desempenhou tambm um papel activo e
preponderante na negociao como os fornecedores.
O no cumprimento dos prazos por parte dos fornecedores, pode
prejudicar seriamente o normal decurso da obra. Tal facto foi verificado no
fornecimento de estruturas metlicas, em que a Metalogalva (empresa
responsvel pelo fabrico e fornecimento de estruturas metlicas), alegando
um dfice de matria-prima, no consegui cumprir com os prazos de entrega
inicialmente estabelecidos. Este atraso no fornecimento de estruturas
metlicas (apoios e respectivas pernas), veio introduzir um significativo
atraso no programa de execuo da obra.
O no comprimento dos prazos de entrega da obra, resultam no s
num prejuzo directo para o adjudicatrio, uma vez que implica uma
presena prolongada e no contemplada de mo de obra, mas tambm por
sanes impostas contratualmente pelo dono da obra (Ventominho), as quais
passo a citar:
A Adjudicatria ser obrigada a suportar penalidades se as datas-chave definidas no programa contratual no forem respeitadas, salvo outras condies definidas em Contrato ou em caso de atraso contratual justificvel e aceite pelo Dono da Obra. O valor base das penalidades ser o valor total da adjudicao.
Se a Adjudicatria no concluir a obra no prazo contratualmente estabelecido, acrescido das prorrogaes legais ou graciosas a que haja eventualmente lugar, ser-lhe- aplicada uma multa por cada dia completo de atraso, no montante de 0,7% (zero vrgula sete por cento) do valor dos trabalhos contratados, at ao limite de dez por cento daquele valor.
A requerimento da Adjudicatria ou por iniciativa do Dono de Obra, as multas contratuais podero ser reduzidas a montantes adequados, sempre que se mostrem desajustadas em relao aos prejuzos reais sofridos pelo Dono de Obra, e sero anuladas quando se verifique que as obras foram bem executadas e que os atrasos no cumprimento de prazos parciais foram recuperados, tendo a obra sido concluda dentro do prazo global do Contrato.
Posto isto, e uma vez que o atraso no fornecimento de estruturas metlicas iria
implicar um no cumprimento dos prazos contratuais, o consrcio viu-se obrigado a
renegociar os prazos de entrega das referidas estruturas, evitando assim uma aplicao
das sanes acima citadas.
Outro aspecto importante, relativo ao fornecimento de materiais, diz
respeito s recepes de material a incorporar em obra, tais como:
Estrutura Metlicas:
- Bases
- Postes
- Pernas
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- Parafusos
As recepes de todas as estruturas metlicas foram realizadas nas
instalaes da empresa Metalogalva S.A.
Acessrios de cabos:
- Pinas de amarrao;
- Pinas de suspenso;
- Charneiras;
- Isoladores;
- Amortecedores;
- Esferas de balizagem;
- BFD`s;
- Esferas de balizagem
As recepes de todos os acessrios de cabos foram realizadas nas
instalaes da SKELT.
Cabos:
- Zebra;
- Guineia;
- OPGW Acessrios.
Neste caso, a recepo dos cabos para a execuo da obra foi efectuado
em duas firmas distintas, a Solidal e a WDI (Alemanha).
No processo de recepo dos materiais alm de uma inspeco visual
do material seleccionada uma amostra representativa de cada lote,
estipulada pelo dono de obra (Ventominho) com a finalidade de fazer um
controlo, mediante a realizao de diferentes ensaios, tais como:
Ensaios dimensionais;
Ensaios de traco;
Ensaios de compresso;
Continuidade de cabos;
Atenuao de sinal na fibra ptica.
No final deste processo so elaborados protocolos de recepo onde
so afixados os resultados dos ensaios realizados, assim como, as
caractersticas tcnicos do material recebido.
No anexo 2 segue o mapa de materiais a incorporar em obra com a
respectiva descrio quantitativa.
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Ilustrao 2 - Protocolo de recepo
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5 - Prestao de Servios
Neste capitulo sero descritas todas as fases de prestao de servios
por mim acompanhadas durante o decorrer do estgio, desde os trabalhos de
instalao e preparao at aos trabalhos relacionados com estruturas
metlicas.
5.1 - Instalao, Preparao e Topografia
5.1.1 - Instalao Esta fase consiste essencialmente na escolha de uma local para a
implantao do estaleiro e respectiva preparao do mesmo, segundo os
requisitos do dono de obra (Ventominho).
O local para a implantao do estaleiro deve ser central relativamente
localizao de todos os apoios da obra em causa, assim como dever ser um
local com bons acessos bem como dever ter o espao necessrio para
cumprir como os requisitos de seguida expostos, os quais passo a citar:
Devero ser previstos escritrios separados para o Dono da Obra e para a Adjudicatria. Os escritrios do Dono da Obra tero a rea mnima de 60 m
2, a dividir por duas zonas distintas,
nomeadamente, Gabinete para o Dono da Obra/Fiscalizao e Sala de Reunies. As instalaes devero ser providas do seguinte equipamento fundamental:
Iluminao, tomadas e ar condicionado; Instalaes sanitrias com rea mnima de 4 m
2 (providas de lavatrio, sanita e todo o
equipamento acessrio necessrio). Instalao de equipamento de gua mineral refrigerada e mquina de caf para consumo (com
fornecimento de consumveis durante todo o perodo da Empreitada); Mobilirio de escritrio (duas secretrias com gavetas, uma mesa de reunies com capacidade
para doze pessoas, duas cadeiras rotativas, catorze cadeiras normais, trs armrios de arquivo e quatro placares de parede);
Fax, telefone e Internet (via GSM, incluindo o fornecimento do equipamento acessrio necessrio ao correcto funcionamento das comunicaes);
Equipamento informtico (um computador do tipo PENTIUM 4) com ligao Internet. As janelas dos escritrios a instalar no estaleiro da obra devero dispor de grades metlicas
rigidamente fixadas.
Em zona anexa ao estaleiro da Obra, devero ser previstas zonas para armazenagem e depsito de materiais. Podero igualmente ser definidas na rea da Empreitada zonas adicionais para depsito de material sobrante. Todas as zonas de armazenagem e depsito tero que ser convenientemente identificadas e vedadas com rede sinalizadora.
Cumprindo com todas as exigncias estabelecidas pelo dono de obra o
estaleiro ficou situado na freguesia se So Vicente da Ponte Vila Verde.
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O estaleiro deve igualmente
possuir um placar de identificao da
Empreitada, com toda a informao
relativa aos intervenientes na mesma.
Ilustrao 3 - Vista geral do estaleiro Ilustrao 4 Zonas anexas ao estaleiro
Ilustrao 6 Escritrios do dono de obra Ilustrao 5 Escritrios do adjudicatrio
Ilustrao 7 Placar de Identificao
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5.1.2 - Preparao A fase de preparao constituda essencialmente por trs etapas:
Verificao da piquetagem
Reconhecimento da obra
Sinalizao de acessos aos apoios
A verificao da piquetagem da linha permite ao adjudicatrio (Painhas
S.A.) para alm da confirmao do correcto posicionamento do apoio, de
acordo com as coordenadas do projecto, bem como permite j nesta fase,
ligeiras alteraes posicionais do apoio, no caso de haver algum
impedimento colocao deste no local previamente determinado pelas
coordenadas do projecto. Tais alteraes so sujeitas a aprovao por parte
do projectista da linha.
Na piquetagem de um apoio de alinhamento, apenas necessria a
colocao de trs estacas, uma para o centro do apoio (estaco central) e as
outras duas para a definio do alinhamento com o apoio seguinte e o
anterior. Na (ilustrao 8) o estaco central est definido a azul, as estacas
de alinhamento a vermelho e a linha verde representa uma linha imaginria
que define o alinhamento com o apoio seguinte e o apoio anterior.
Na piquetagem de um apoio de ngulo, so necessrias sete estacas.
Quatro para definirem a bissectriz e a perpendicular bissectriz, que esto
assinaladas a vermelho na (ilustrao 9). O centro do apoio (estaco central)
definido apenas por uma estaca representada a azul, sendo que as outras
duas estacas representam a definio dos alinhamentos com o apoio
Ilustrao 8 Exemplo de piquetagem de um apoio de alinhamento
Ilustrao 9 Exemplo de piquetagem de um apoio de ngulo
Perpendicular bissectriz
Bissectriz
Alinhamento
Alinhamento
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Ilustrao 10 Topografo (Filipe)
em trabalho de piquetagem
seguinte e o anterior, estando estas representadas a preto. A linha a verde
representa duas linhas imaginrias que definem os alinhamentos com o
apoio seguinte e o apoio anterior, j as linhas a vermelho representam duas
linhas imaginrias, a bissectriz e a
perpendicular bissectriz.
Todo este processo acima
descrito, o qual se define como
escareamento, um procedimento que
requer uma preciso milimtrica pelo
que qualquer erro da resultante ir-se-
reflectir no processo de marcao de
caboucos, processo esse mais adiante
estudado.
Durante esta fase tambm
necessria a medio dos desnveis em
relao ao centro geomtrico dos apoios
dos pontos de afloramento das bases.
Quando o terreno for muito desnivelado sero medidos tambm os desnveis
referentes aos cantos do cabouco de maior e menor desnvel.
Este processo d-se por concludo aps a execuo de um relatrio de
piquetagem onde so mencionadas as coordenadas dos vrtices e dos apoios
de alinhamento referidos RGN (Rede Geodsica Nacional), indicadas em
metros com duas casas decimais (meridiana, perpendicular e cota).
Ilustrao 11 Relatrio de verificao topogrfica
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O reconhecimento da obra outra
das tarefas a desenvolver durante esta
fase. O reconhecimento tambm um
elemento de importncia chave, uma vez
que o conhecimento da localizao exacta
dos apoios, essencial para uma correcta e
acertada definio do plano de trabalhos.
No caso particular desta obra, com
um perfil acidentado e sinuoso do terreno,
tornou o acesso a determinados apoios
bastante complicado. Da um bom
reconhecimento inicial do terreno ser uma
grande mais-valia, uma vez que permite
um planeamento correcto da abertura de
acesso por forma a no provocar atrasos no
decorrer da obra.
Outro dos aspectos importantes a
desenvolver nesta fase de preparao, a
sinalizao dos apoios, para esta tarefa
devem ser colocadas placas indicativas
desde a sada do estaleiro e ao longo de todo
o trajecto elegendo os acessos mais
adequados para o processo de montagem.
Estas placas indicativas devem estar
situadas em cruzamentos, desvios e
entradas de propriedades, com o fim de
facilitar ao mximo a chegada aos locais de
trabalho tanto das pessoas envolvidas no
processo de construo e maquinaria, assim
como, dos responsveis da fiscalizao.
5.2 - Fundaes
As fundaes dos apoios so constitudas por quatro macios de beto
independentes.
Existem trs tipos de fundaes, as DRN as DRNR e as DRE. As DRN
so constitudas por uma sapata em degraus, chamin prismtica, tal como
podemos observar (Ilustrao 14). J as do tipo DRNR so constitudas por uma sapata em degraus, chamin prismtica com armadura em ao, tal
como podemos observar (Ilustrao 15). As do tipo DRE so constitudas por
uma sapata nica e chamin prismtica reforadas com armao em ao, tal
como se pode observar na (Ilustrao 16).
Ilustrao 12 Reconhecimento da obra
Ilustrao 13 Exemplo de
sinalizao de apoios
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Ilustrao 14 Macio de fundao
do tipo DRN
Ilustrao 15 Macio de fundao
do tipo DRNR
Ilustrao 16 Macio de fundao
do tipo DRE
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5.2.1 - Marcao de caboucos
Para a marcao de caboucos no terreno necessria a previa
execuo do diagrama de marcao de caboucos (DMC). Para a
elaborao deste diagrama o gestor de obra necessita de ter
conhecimento do tipo de apoio a implementar e dos desnveis obtidos
conforme mencionado no captulo anterior.
Num DMC o executante tem todas as informaes necessrias para a
marcao dos caboucos, tal como se pode observar na (Ilustrao 17).
Ilustrao 17 Diagrama de marcao de caboucos do poste 103
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Tendo em sua posse o DMC o executante materializa no terreno a
marcao dos quatro cantos dos quatro caboucos, com estacas de
madeira (16 unidades). Esta operao executada com um teodolito.
Tal como se pode verificar nas (Ilustraes 18 e 19) existe uma diferena significativa na marcao dos caboucos entre um apoio em ngulo e um em
alinhamento. Pelo que o executante responsvel pela marcao dos
caboucos, dever estar familiarizado com a representao de cada estaca do
escareamento, para que seja possvel uma correcta orientao dos caboucos.
Qualquer erro resultante deste processo traduzir-se- num enorme
prejuzo para a adjudicatria.
5.2.2 - Abertura de Caboucos
Tal como no ponto anterior, a abertura de caboucos pressupe a
prvia execuo de um diagrama, que neste caso o de abertura de caboucos
(DAC). A execuo deste simultnea com a execuo do DMC e com a do
diagrama de regulao de bases (DRB).
A execuo destes diagramas, um processo relativamente complexo
e automatizado, para o qual so necessrios os seguintes dados:
Tipo de apoio
Tipo de fundao
Desnveis do terreno
Tipo de terreno no qual o apoio implementado
Ilustrao 18 Exemplo de marcao de caboucos de um apoio em alinhamento
Ilustrao 19 Exemplo de marcao de caboucos de um apoio de ngulo
P3 P2 P1
P3
P2 P1
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Tendo estes dados em sua posse o gestor de obra pode iniciar elaborao
dos respectivos diagramas. O diagrama chave o de abertura de caboucos,
pois este condiciona todos os outros, uma vez que nele esto inseridos o
clculo dos afloramentos, os quais obedecem aos seguintes requisitos:
O valor do afloramento medido desde o topo da chamin da
fundao, no entrando em conta a altura do capeamento.
em terrenos de cultivo o limite inferior do afloramento permitido de
25 centmetros.
As cabeas dos macios de fundao devem ter um afloramento acima
da superfcie do solo entre 15 e 55 centmetros. Caso o
desnivelamento do terreno no permita o afloramento acima descrito,
sero admitidos os seguintes valores:
Entre 55 e 65 centmetros - utilizando uma fundao
armada (fundao tipo DRE ou Reforada DRN (R).
Entre 65 e 90 centmetros - recorrendo a bases mais
compridas (+40 centmetros) e utilizando uma fundao
armada tipo DRE.
Ilustrao 20 Diagrama de abertura de caboucos do apoio 103
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Em terrenos muito desnivelados, e tendo em conta as limitaes para
o valor dos afloramentos, necessria a aplicao de pernas suplementares
ao apoio, do tipo (-3, -2, -1, +1, +2, +3). As pernas permitem a compensao
de desnveis entre os -3 e os 3 metros, com a excepo de alguns tipos de
apoios, que por motivos tcnicos no existe toda a gama completa de pernas.
A execuo dos respectivos diagramas trata-se portanto do conciliar
de um conjunto de opes condicionantes e regras, que permitam no final
obter um apoio nivelado e o menos dispendioso possvel.
Aps a execuo do
DAC d-se ento inicio abertura
dos caboucos para macios de
fundao. A escavao pode ser
efectuada manualmente
utilizando ps e picaretas etc., ou
atravs de meios mecnicos:
retroescavadora, compressor com
martelos, etc.
Antes de iniciar a escavao o
executante dever:
Verificar a marcao de
caboucos j materializada
no terreno;
Posicionar um nvel no
Centro do apoio.
medida que se vai escavando, a profundidade dos caboucos ser
controlada atravs de uma mira taqueomtrica com a base colocada
no fundo do cabouco.
Logo que as quatro leituras de mira correspondentes aos quatro caboucos
forem iguais s medidas indicadas no Diagrama de Abertura de Covas, os
trabalhos de escavao esto concludos.
As paredes das covas devem ser planas e verticais e os fundos das
covas planos e perpendiculares s paredes.
As dimenses da fundao devem ser respeitadas para se evitarem
gastos suplementares de beto.
5.2.3 - Regulao de bases
semelhana das tarefas anteriores, a regulao de bases pressupe
a prvia execuo do DRB.
O DRB possui a informao da posio das quatro bases, quer no topo
quer no fundo da base, assim como as inclinaes laterais e frontais das
respectivas bases, como se pode observar na (Ilustraes 22).
Ilustrao 21 Abertura de caboucos P95
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Antes da montagem das bases devem
ser assentes as lajeta com massa no fundo
da cova, como se pode observar na
(Ilustraes 23). Deste modo, ficar fixada a
posio da base na parte inferior do cabouco.
Ilustrao 22 Diagrama de regulao de bases do apoio 96
Ilustrao 23 assentamento de
lajetas
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A montagem das bases dos
apoios deve ser cuidadosamente
efectuada, tendo em ateno o seu
correcto posicionamento em relao ao
centro do apoio e ao eixo da linha. Para
tal devem ser feitas medies das
distncias frontais, laterais e de
cruzamento entre o topo das bases e
das respectivas inclinaes das faces.
No caso de haver macios armados, o
ao das armaduras tem que ser do tipo
A 235 NR.
Uma vez terminadas as
montagens das bases e armaes das
quatro pernas, o chefe de equipa
(executante responsvel por uma equipa
de trabalhadores) verificar as medidas
e inclinaes de modo a que no sejam
superadas as tolerncias permitidas.
Para esta verificao sero utilizadas
fitas mtricas, inclinmetro digital e o
teodolito. As medidas obtidas devero
sempre ser comparadas com os valores
do DRB.
5.2.4 - Betonagem Uma vez montadas as bases e verificada
rigorosamente a sua implementao
proceder-se- betonagem dos macios
de beto.
A colocao do beto na obra
feita atravs de auto-betoneiras de modo
a evitar a segregao, a desagregao e o
deslavamento, e ainda, em condies de
temperatura e humidade que permitam
que a presa e endurecimento do beto se
realizem normalmente.
O sistema de transporte entre a
betoneira e o local de vazamento do beto deve ser previsto de modo a evitar
o incio da presa antes da betonagem. Nos locais de melhor acesso o
vazamento feito de modo directo utilizando caleiras. Nos locais de pior
acesso o vazamento feito com recurso a dumpers e tractores com atrelado
adaptado para o efeito.
O beto s vazado na cova caso o tempo decorrido desde o incio da
sua amassadura seja inferior a duas horas, o que implica um planeamento
Ilustrao 25 Montagem de bases
Ilustrao 26 Betonagem P101
Ilustrao 24 Montagem de bases
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cuidado de modo a sincronizar as
encomendas de beto com a
necessidade do mesmo em obra de
forma a garantir os timings
especificados.
Uma vez colocado em obra,
antes do seu vazamento, proceder-se
recolha de amostras, com o
objectivo de se efectuarem
posteriores ensaios laboratoriais.
Por cada apoio so recolhidos 8
provetes, quatro para o dono de obra
e quatro para a Painhas S.A., quatro
para obter resultados aos 7 dias e
outros quatro para obter resultados aos 28 dias.
o beto utilizado nos macios do tipo B25 30, caracterizado pela sua
resistncia compresso aos 28 dias de 25 a 30 MPa (valor caracterstico).
Devem ser tomadas precaues
para que no ocorram alteraes da
posio inicial das bases, comprovando
continuamente a sua orientao,
nivelamento e inclinao.
O beto deve ser colocado por
camadas no alm dos 40 cm e
cuidadosamente vibrado. A vibrao
no deve prolongar-se exageradamente,
o vibrador mecnico deve ser colocado e
mantido verticalmente e retirado
lentamente de maneira a permitir o
preenchimento do espao por ele
ocupado.
O macio de cada perna deve ser executado de uma s vez. Em casos
excepcionais em que o macio de uma perna tenha de ser executado em duas
vezes a superfcie da betonagem deve ser inteiramente picada e lavada antes
de se reiniciar a betonagem.
As cofragens metlicas, para a
execuo da chamin do macio devem
deixar as superfcies completamente lisas
e desempenadas. A parte do macio
saliente do terreno ser terminada em
pirmide ponto de diamante para
evitar a acumulao de guas,
particularmente no ngulo interior dos
montantes.
Ilustrao 27 Cofragem P101
Ilustrao 28 Interior da
CofragemP101
Ilustrao 29 Vibrao P94
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Andr Antunes 23
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No caso de fundaes alagadas, a altura da camada de gua
inicialmente reduzida por bombagem ao mnimo possvel. O beto utilizado
passa a ser do tipo B40 e executado com um mnimo de gua na
amassadura. A sua colocao no fundo da cova deve ser feita de modo a
evitar o deslavamento do beto.
As cofragens usadas na construo dos macios de cada poste, assim
como, outros dispositivos de fixao das bases, no podem ser retiradas
antes de decorrido o prazo de 48 horas, depois de concludo o macio de cada
perna.
Aps decorridas 48 horas depois da betonagem, os provetes so
transportados parar um laboratrio qualificado para a realizao dos
respectivos ensaios a 7 e 28 dias. O resultado destes testes posteriormente
enviado para a Painhas S.A.
5.2.5 - Terraplanagem e ligao terra
Aps a descofragem feita uma
inspeco visual por parte do dono de obra, e
caso estejam satisfeitas todas as
especificaes, d-se inicio aos trabalhos de
terraplanagem.
O aterro das covas deve fazer-se por
camadas para facilitar um bom
acomodamento da terra, de modo a
possibilitar uma boa compactao do
terreno, condio fundamental para
assegurar s fundaes a necessria
resistncia ao arrancamento.
Durante o processo de terraplanagem ligado o circuito de terras do
apoio, e para melhorar a resistncia do terreno pode-se actuar na
resistividade do solo colocando terra
vegetal natural nas camadas mais
prximas dos elctrodos de terra
Os elctrodos de terra so executados de
acordo com um determinado conjunto de
normas, as quais eu passo a citar:
Em zonas no frequentadas ou pouco frequentadas os elctrodos de terra sero constitudos por quatro estacas tipo copperweld de 16 x 2100 mm, cravadas verticalmente no solo, no fundo de cada cova e ligadas aos montantes atravs de um cabo nu ( = 9 mm) com cerca de 5 m de comprimento;
Em zonas frequentadas os elctrodos de terra sero complementados com um anel de um cabo nu ( = 9mm) enterrado horizontalmente a cerca de 80 cm de profundidade, interligando as quatro estacas e
Ilustrao 31 Ligao terra
Ilustrao 30 Terraplanagem
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Andr Antunes 24
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rodeando os postes a cerca de 1 m; Em zonas pblicas a constituio de elctrodo de terra ser analisada caso a caso. As armaduras dos macios de fundao, quando de beto armado, no sero consideradas na
formao dos elctrodos de terra. Os cabos de ligao das bases aos elctrodos de terra ficaro embebidos no beto em cerca de
1m, procurando-se que no estabeleam contacto com as bases no interior do beto.
5.3 - Estruturas metlicas
A primeira tarefa a ser realizada relacionada com as estruturas
metlicas, o transporte das mesmas. Nem sempre possvel efectuar o
transporte da estrutura metlica directamente do fornecedor para o seu
local de aplicao, pelo que na
maior parte dos casos, as
estruturas metlicas so
descarregadas no estaleiro, e
no momento oportuno so
levadas para a frente de obra,
o que implica um maior
nmero de manobras de carga
e descarga.
As operaes de carga,
transporte e descarga dos
apoios metlicos so feitas com
todas as precaues mediante
a utilizao de meios de transporte
adequados. So utilizadas caixas,
barrotes de madeira de modo a evitar a deteriorao do revestimento de
zinco.
O local onde vo ser descarregados os postes no estaleiro
antecipadamente preparado para que o parqueamento se faa de forma
adequada. Para tal, so tomadas as seguintes medidas:
Escolher um local plano
Limpar o local de qualquer objecto que possa danificar o galvanizado,
pedras e etc.
Colocar entre o solo e os atados barrotes de madeira para se poder
libertar os estropos e evitar o contacto das peas com o solo.
No processo de descarga verifica-se se o atado est em conformidade
com as normas de embalagem e confirmar-se se o nmero e tipo de poste,
assim como, as embalagens de parafusos, porcas e anilhas correspondem
guia de remessa.
Na carga e transporte para o local de implementao do apoio sero
tomadas as mesmas precaues, prestando especial ateno colocao das
peas no camio de modo a evitar deslizamentos.
Ilustrao 32 Transporte de Apoio
-
Andr Antunes 25
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5.3.1 - Assemblagem
A assemblagem do poste consiste, como o prprio nome indica, na
assemblagem de todas as peas que no seu conjunto do origem ao poste
propriamente dito. Os postes so assemblados por troos, de forma a
facilitar o seu posterior levantamento. Para a execuo deste processo o
chefe de equipa tem necessariamente que ter em sua posse o desenho do
poste fornecido pelo fabricante.
Sempre que possvel, a assemblagem dos diferentes troos feita, na
proximidade do apoio.
Operaes Elementares:
Preparao das ferramentas, acessrios e planos de assemblagem.
Classificar todo o material do apoio de acordo com os planos de
assemblagem, colocando as peas por ordem de numerao e do seu
posicionamento no apoio.
Nos casos em que se prev um levantamento do apoio a mastro, o processo
de assemblagem tem
necessariamente que
obedecer a um conjunto
de regras:
Sempre que
possvel, a assemblagem
dos diferentes troos
feita, nas zonas laterais
do posicionamento do
mastro de carga que
inicialmente levantado
paralelamente ao eixo da
linha.
A cabea do apoio
deve ser assemblada, na
zona mais elevada.
A assemblagem
dos troos feita no lado
oposto aquele em se
pretende armar o mastro
de carga e com a parte
superior virada para o
lado das sapatas da base.
A base do apoio,
normalmente, arma-se por painis ou levanta-se pea a pea.
Ilustrao 33 Exemplo de colocao de troos no
terreno para assemblagem a mastro
-
Andr Antunes 26
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Em todos os troos que se assemblam completos no solo, sobre
suportes adequados, os parafusos devem ser ajustados.
No caso de troos de estrutura dbil, so colocados travamentos de
madeira, para reforo de estrutura para que no sofram deformaes
ao serem elevados.
5.3.2 - Levantamento de apoios
O levantamento de apoios foi na sua grande maioria realizado com
recurso a uma auto-grua. Nos locais de difcil acesso onde era tecnicamente
impossvel a utilizao da grua, o levantamento foi realizado como recurso
tcnica de levantamento a mastro.
Levantamento com auto-grua
A preparao dos trabalhos
para o levantamento com auto-
grua consiste em arranjar os
acessos da grua ao local de
levantamento do poste, tal passa
por uma anlise conjunta, da
equipa de levantamento da
Painhas S.A. e do Encarregado
Geral com o Operador da grua.
cabendo a deciso final ao
Operador da grua, que tem a
obrigao de conhecer as
caractersticas do equipamento,
condies de acesso,
irregularidades do terreno,
consistncia do solo, etc.
A grua posicionados com a
parte traseira junto das bases do
Ilustrao 34 Assemblagem do P99
Ilustrao 35 Exemplo de colocao da grua
-
Andr Antunes 27
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poste, ficando a cabina na zona mais baixa,
se o terreno for desnivelado.
A elevao dos troos do apoio feita
tendo em conta o cumprimento de
determinadas regras, as quais passo a
citar:
Colocar estropos e fixar o gancho de elevao na
parte superior do troo a levantar, de forma que ao elev-lo tome a posio vertical;
-Colocar duas cordas na parte inferior dos troos a levantar para que sirvam de guia durante a elevao;
Fazendo sair o brao da grua ou com o seu guincho, elevar o suficiente o troo a ser montado;
Uma vez posicionado o troo, apertar todas as
porcas das peas de interligao.
Levantamento a Mastro de Carga
A primeira operao a ser realizada neste processo, a elevao do
mastro de carga que realizado da seguinte forma:
O mastro previamente armado no solo, com os troos necessrios
para uma altura compatvel com a do troo a levantar em frente aos
troos assemblados.
Com estacas de ancoragem ou outros meios (contrapesos, pernas,
etc.), a base do mastro ancorada paralelamente ao eixo da linha e
junto s bases das fundaes. A resistncia do terreno pode ser
reforada com a utilizao de barrotes de madeira, chapas ou outros
meios.
So Espetadas estacas de ancoragem no solo em quatro pontos,
formando ngulos de 90 entre si, a uma distncia em relao base
do mastro de carga no inferior a uma vez e meia da altura do apoio a
levantar. As estacas de ancoragem so espetadas na direco das
diagonais das bases de fundao.
So Espetadas estacas de ancoragem no solo para fixao do cabo de
traco do guincho, na zona retaguarda do mastro de carga, a uma
distncia no inferior a uma vez e um quarto da altura do mastro.
O guincho fixado s suas estacas de ancoragem e so preparadas as
roldanas de elevao, fixando a superior na cabea do mastro de carga
e a inferior nas estacas de elevao.
A roldana de reenvio fixada na base do mastro de carga e por ela
passado o cabo de traco do guincho;
A cabea do mastro estropada s estacas anteriormente espetadas,
para tal, so utilizados tirfors para ajuste de cada cabo de
estropamento;
Ilustrao 36 Levantamento do P93
-
Andr Antunes 28
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A partir da cabea do mastro procede-se ao seu levantamento, mo,
at uma altura igual a aproximadamente um quarto do seu
comprimento.
Um colaborador vigia o ponto de
ancoragem para levantamento do
mastro e trs executantes
manejam o guincho e os dois
estropos traseiros do mastro de
carga.
Traccionando-se o cabo tensor com
o guincho, levanta-se o mastro,
guiando-se com os cabos at
verticalidade. Uma vez
posicionado o mastro, traccionam-
se as quatro espias de ancoragem
utilizando-se tirfors;
Terminada a operao, afrouxa-se
o cabo tensor do guincho e retira-
se a roldana inferior do ponto de
ancoragem utilizado para levantamento do mastro.
Ilustrao 38 - Exemplo ilustrativo do levantamento do mastro de carga
Ilustrao 37 levantamento da
base do P100
-
Andr Antunes 29
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Aps o levantamento do mastro de carga, procede-se ao levantamento da
base do poste. O Levantamento da base do poste, realizado por painis ou
pea a pea. Em qualquer dos casos, utilizado o mastro de carga para
elevaes dos painis ou dos montantes. Uma vez terminado o levantamento
da base, ajustam-se e apertam-se os parafusos para interligao das vrias
peas.
Estando completamente montada a base do poste, d-se incio ao
levantamento do mastro de carga de forma a possibilitar o levantamento dos
troos seguintes. A elevao do mastro de carga composta pelas seguintes
etapas:
A roldana superior de elevao, retirada da cabea do mastro e
fixada na parte superior do ltimo troo ou painel levantado, por meio
de dois estropos, de forma a ficar centrada com a face do apoio e os
dois montantes possam trabalhar simetricamente.
A roldana inferior fixada base do mastro de carga.
A roldana de reenvio que estava na base do mastro, fixada na base
do apoio, de forma a ficar centrada com a roldana superior.
Cinco executantes manejam o guincho e as quatro espias do mastro
no seu ponto de fixao.
Puxando com o guincho, eleva-se o mastro verticalmente, guiando-o
com as suas quatro espias, at segunda fase de levantamento.
Com dois estropos iguais ou por outros meios, a base do mastro de
carga fixada no apoio, de forma a que os dois montantes trabalhem
simetricamente.
O cabo do guincho afrouxado e uma vez verificada a posio do
mastro, procede-se ao seu espiamento atravs de quatro espias de
fixao, cada uma tendida com o seu tirfor;
Terminada a operao, muda-se de novo a roldana superior para a
cabea do mastro e solta-se a inferior para se poder continuar a elevar
troos.
-
Andr Antunes 30
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Finalizada a elevao do mastro de carga, d-se incio ao processo de
levantamento dos troos, processo esse que composto pelas seguintes
etapas:
So espetadas estacas para reteno dos troos na zona em frente do
mastro e a uma distncia no inferior a duas vezes a altura do apoio
(parte j levantada).
Coloca-se um estropo na parte superior do troo a elevar e fixado ao
mesmo a roldana inferior de elevao.
So fixadas espias de reteno ao troo a elevar que permitam guiar o
troo, aquando da sua elevao.
O troo elevado prximo do apoio e com especial ateno para que
no bata nos troos j montados ou nos acessrios de estropagem.
Uma vez colocado o troo no local definitivo, colocam-se os respectivos
parafusos de fixao e procede-se ao seu ajuste.
Ilustrao 39 - Exemplo ilustrativo da elevao do mastro de carga
-
Andr Antunes 31
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Ilustrao 40 - Exemplo ilustrativo do levantamento de troos com mastro de carga
Ilustrao 41 Levantamento do apoio a mastro de carga
-
Andr Antunes 32
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6 - Trabalhos Complementares
Para alm do acompanhamento e compreenso da gesto de obra,
neste estgio tive a oportunidade desenvolver trabalhos que levassem ao
melhor funcionamento da mesma. Nomeadamente, criei um manual de
apoio execuo de fundaes e outro de apoio montagem de proteces
sobre obstculos a transpor durante a passagem de cabo.
A principal premissa pela qual me guie durante o desenvolvimento
destes manuais, foi a compilao da informao estritamente necessria ao
desenvolvimento das respectivas tarefas, mas de uma forma muito simples,
clara e descompilada de maneira a facilitar a sua compreenso por parte dos
executantes.
Este trabalho foi desenvolvido de uma forma continua ao longo de
todo o estgio, e em sintonia com os principais intervenientes como o
encarregado geral da Painhas S.A. (Marcelino Barros), aliando todo o seu
conhecimento, que tantos anos de experincia lhe conferem, minha
vontade de aprender e de poder fazer a diferena, facilitando a vida daqueles
que diariamente trabalham no terreno.
6.1 - Manual de Fundaes A base de criao deste manual teve origem no dossier de macios de
fundao da REN, onde constam apenas as medidas do macio e o tipo de
ao a usar em cada uma delas se assim for o caso. Tal como se pode verificar
na (Ilustraes 42).
O principal objectivo para a execuo deste manual, era o de
incorporar o maior numero informao possvel relacionada com as
fundaes, com o volume de beto e o comprimento dos ferros da estrutura
em ao, mas de uma maneira individual. Ou seja, individualizar cada tipo de
fundao e completa-la com a informao necessria sua execuo, tendo
sempre salvaguardado o compromisso com a simplicidade clareza e
objectividade requeridos para este manual.
A primeira etapa a ser desenvolvida, foi a de criar uma base de dados
contendo todos os tipos de macios de fundao e as suas respectivas
medidas, tal como pode ser observado na (Tabela 2).
Tendo como objectivo a indicao do volume de beto de cada macio,
foi tambm criada uma tabela com a descrio detalhada dos volumes de
beto necessrios para cada troo dos macios, desde os degraus at
chamin, tal como se pode verificar na (Tabela 3).
-
Andr Antunes 33
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Ilustrao 42 - Exemplo do dossier de macios de fundao da REN
-
Andr Antunes 34
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Tabela 2 Base de dados dos Macios de Fundao
-
Andr Antunes 35
Tabela 3 Clculo volumtrico dos macios de fundao
-
Andr Antunes 36 36
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Para alm da informao das medidas dos macios e do volume de
beto, foi tambm necessrio calcular os comprimento das varas de ao a
utilizar na construo dos macios, melhorando assim o seu tempo de
execuo e permitindo um melhor planeamento dos trabalhos e uma maior
preciso no processo de fornecimento do respectivo ao de diferentes
espessuras. Para tal foi tambm criada uma tabela que de forma automtica
calcula os comprimentos das diferentes varas utilizadas, de acordo com o
tipo de fundao pertencido, tal como se pode observar na (Tabela 4).
Finalmente toda a informao foi reunida e apresentada tal como se
pode ver n0 anexo 3 onde est disponvel o manual.
Tabela 4 Clculo do comprimento das de varas de ao
-
Andr Antunes 37 37
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6.2 - Manual de Proteces
A elaborao deste manual vem tambm numa lgica de
disponibilizar a informao aos executantes de forma a facilitar a sua
interpretao.
Para a sua execuo tive como base um conjunto de normas tericas,
presente nas Fichas de procedimentos de seguranas da REN elaboradas
para o efeito, as quais passo a citar:
Caractersticas dos materiais
As proteces para travessias de obstculos so prticos constitudos genericamente por prumos e travessas devidamente espiados.
Os prumos devem ser encastrados no terreno por intermdio dum cabouco com uma profundidade mnima de um metro, e a sua seco, a menor possvel, deve estar adaptada seco do prumo. Se os caboucos se situarem em terreno rochoso no devem ser abertos com explosivos, mas sim um martelo pneumtico.
A altura mxima dos prumos no deve exceder os 25 met ros. Se o obstculo a transpor t iver uma altura maior deve ser estudado caso a caso.
Os prumos montados junto de vias de comunicao devem ser sinalizados, com faixas a vermelho e branco, at pelo menos 1,5 metros de altura.
As travessas devem ser preferencialmente em varas de eucalipto, com dimetro sufic iente de modo a que na zona de ligao ao prumo tenha no mnimo 10 centmetros. Excepcionalmente e com o acordo do Dono da obra, as travessas podem ser de cabo de ao revestido de material isolante.
Cruzamentos de Linhas de Alta Tenso (LAT) e Linhas de Caminho de Ferro
Electrificadas (Proteco da Classe A)
Sero montados obrigatoriamente dois prticos, um de cada lado da l inha a proteger .
Nestas proteces os prumos dos prticos so obrigatoriamente t orres metlicas, montadas com intervalos no superiores a 6 metros. Sero instalados tantos prumos quantos forem necessrios, de modo que a travessa ultrapasse em, pelo menos, 1 metro a posio dos condutores exteriores da linha em montagem.
As extremidades das torres metlicas que ficam embutidas no terreno devem ser envolvidas em chapa metlica para melhorar a resistncia ao derrubamento.
A ligao da travessa ao prumo deve ser feita com cabo de ao flexvel de dimetro de 6 a 8 mil metros.
A distncia dos prumos aos condutores exteriores da linha a cruzar, nas condies de flecha mxima e desviados pelo vento, no deve ser inferior ao definido no Art. 110 do RSLEAT, com um mnimo de 3 metros.
-
Andr Antunes 38 38
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As travessas devem ficar montadas acima da linha a proteger a uma distncia no inferior ao estabelecido no Art. 109 do RSLEAT, com um mnimo de 2,5 metros. Se os prticos tiverem alturas diferentes, o mais alto deve ser montado do lado do poste mais prximo da linha em construo.
As sobreposies das pontas das travessas devem ser amarradas entre si com corda.
Os prticos, depois de devidamente montados, so espiados com cabo de ao flexvel de 8 mil metros de dimetro, do seguinte modo:
travamento transversal entre prticos, com as espias envolvendo os prumos e a travessa e prolongando-se longitudinalmente para ambos os lados, devidamente esticadas e amarradas com n e serra -cabos a estacas de ao cravadas no solo;
espiamento longitudinal de cada prtico (no sentido das travessas) do mesmo modo do ponto anterior. A ligao entre prumos permite proteger a travessa de eventuais choques violentos com os condutores em desenrolamento, pelo que deve ficar colocada debaixo das travessas nos cruzamentos superiores e por cima nos inferiores.
Nas proteces de l inhas AT o travamento entre prticos, sobre a linha a cruzar, deve ser feito com corda sinttica.
Entre as travessas dos prticos montado um tecto protector sobre a linha a proteger, que pode ser constitudo ou por rede de corda sinttica ou pela disposio de cordas sintticas em X.
Travessias de Auto-estradas ou vias com caractersticas equiparadas (Proteco da Classe A)
Sero montados obrigatoriamente trs prticos, um de cada lado da via a proteger e um terceiro na faixa separadora.
A configurao e o travamento dos prticos e do conjunto so feitas do mesmo modo que em 2.
As travessas devem ser montadas de maneira a garantir uma distncia mnima
ao solo de, pelo menos, 8 metros.
Para a localizao dos prticos relativamente s faixas de rodagem consultar a entidade exploradora da via.
Travessias de Estradas Nacionais (EN), Estradas Municipais (EM) e Linhas de Caminho de Ferro no
Electrificadas. (PROTECO DA CLASSE B)
Sero montados obrigatoriamente dois prticos um de cada lado do obstculo a proteger e um terceiro no caso de ser necessrio (vias com separador central com largura suficiente)
Nestas Proteces os prumos dos prticos so torres metlicas ou postes de madeira tratados com um dimetro mnimo, na zona da ligao travessa, de 15 centmetros.
As regras de montagem relativamente distncia entre prumos, dimenses e fixao das travessas e espiamento dos prticos so as mesmas que em 2.
As travessas devem ficar montadas de modo a que no prtico mais baixo fiquem, pelo menos, a 8 metros do solo.
-
Andr Antunes 39 39
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Cruzamentos de Linhas de Baixa Tenso (BT), Linhas de Telecomunicaes e Transposio de Edifcios
(PROTECO DA CLASSE C)
Sero montados no mnimo dois prticos, um de cada lado do obstculo a proteger.
Nestas Proteces os prumos dos prticos so torres metlicas, postes de madeira tratados e/ou varolas de eucalipto com u m dimetro mnimo na zona da l igao travessa de 15 centmetros.
As regras de montagem relativamente distncia entre prumos, dimenses e fixao das travessas e espiamento dos prticos so as mesmas exigidas em 2.
As travessas devem ficar montadas de modo a que no prtico mais baixo fiquem, pelo menos, 1,5 metros acima do obstculo a transpor.
Transposio de terrenos cultivados e de caminhos rurais (PROTECO DA CLASSE D)
So montados tantos prticos quantos os que forem necessrios para proteger a zona em causa.
Nestas Proteces os prumos dos prticos podem ser postes de madeira tratados e/ou varolas de eucalipto com um dimetro mnimo na zona da ligao travessa de 15 centmetros.
As regras de montagem relativamente distncia entre prumos, dimenses e fixao das travessas e espiamento dos prticos so as mesmas exigidas em 2. O espiamento pode no entanto ser feito com corda de nylon.
As travessas devem ficar montadas de modo a que fiquem, pelo menos, 1 metro acima do obstculo a transpor.
-
Andr Antunes 40 40
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Todas as representaes grficas que no seu conjunto formam o
manual de proteces esto presentes no Anexo 4.
Ilustrao 43 Proteco do tipo A
PROTECO DE CLASSE ACruzamento de LAT e linhas de caminhos de
ferro elctrificadas
Espia em cabo de ao flexvel de 8mm
>30
>1m
H1m
LINHAS A CRUZAR
Corda sinttica
LINHAS EM CONSTRUO
VISTA DE TOPO
Devem ser montados obrigatoriamente dois prticos, um de cada lado da
linha a proteger. Os porticos devero ser constituidos por tantos prumos quantos forem necessrios, de modo a que a travessa ultrapasse em, pelo
menos, 1 metro a posio dos condutores exteriores da linha de montagem.
-
Andr Antunes 41 41
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6.3 - Clculo de amortecedores
O clculo de amortecedores para aplicao em linhas de muito alta
tenso foi outro dos trabalhos desenvolvidos durante este estgio. Este
clculo veio no seguimento da uniformizao de critrios de aplicao de
amortecedores para os cabos ZEBRA, ZAMBEZE e BEAR.
Para a automatizao deste clculo foi desenvolvido um programa em
Excel com recurso programao em VBA, onde foram tidos em conta, o
comprimento do vo e o tipo de fixao de condutores bem como a sua
sequncia. Os critrios de aplicao de amortecedores foram os especificados
pela REN, os quais passo a citar:
Os amortecedores a fornecer pelo adjudicatrio devero obedecer ao PL 10326 da Especificao Tcnica EQPJ/ET ACE04 (Rev. C) e sero montados nos cabos de acordo com o seguinte critrio:
Amarraes a traco plena com vo superior a 800 metros - 2 amortecedores junto a cada pina de amarrao;
Amarraes a traco plena com vo inferior a 800 metros - 1 amortecedor junto a cada pina de amarrao;
Suspenses com vos superiores a 800 metros 4 amortecedores por vo (2 em cada extremo);
Suspenses com vos entre 300 e 800 metros 2 amortecedores por vo (1 em cada extremo);
Suspenses com vos inferiores a 300 metros 1 amortecedor por vo (em vos consecutivos devera existir um amortecedor junto a cada apoio);
Os amortecedores a instalar no cabo OPGW devero obedecer aos critrios especificados pelo fabricante.
Cumprindo como todas as especificaes acima mencionadas, foi ento
criado um programa com o seguinte cdigo:
-
Andr Antunes 42 42
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'### Amortecedores P/ Zebra / Zambese / Bear ####
Private Sub CommandButton1_Click()
For i = 1 To 400
If (Cells(i + 8, 2) = "AP") Then
Cells(8 + i, 6) = 0
Cells(8 + i, 7) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 800) Then
Cells(8 + i, 7) = 6
Cells(9 + i, 6) = 6
ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 300) And (Cells(8 + i, 5) < 800) Then
Cells(8 + i, 7) = 3
Cells(9 + i, 6) = 3
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And
Cells(9 + i, 2) = "AD")) Then
Cells(8 + i, 7) = 3
Cells(9 + i, 6) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And
Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And Cells(9 + i,
2) = "SS")) Then
Cells(8 + i, 7) = 3
Cells(9 + i, 6) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And
Cells(9 + i, 2) = "AD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i,
2) = "AD")) Then
Cells(8 + i, 7) = 3
Cells(9 + i, 6) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And
Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i,
2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SS"))
Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then
Cells(8 + i, 7) = 0
Cells(9 + i, 6) = 3
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And (Cells(9 + i, 5) < 300) And
((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i +
8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD"
And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then
Cells(9 + i, 6) = 3
Cells(10 + i, 7) = 3
End If
Next i
End Sub
-
Andr Antunes 43 43
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'## Amortecedores P/ Zebra / ZABEZE / BEAR LINHA DUPLA ##
Private Sub CommandButton8_Click()
For i = 1 To 400
If (Cells(i + 8, 2) = "AP") Then
Cells(8 + i, 6) = 0
Cells(8 + i, 7) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 800) Then
Cells(8 + i, 7) = 12
Cells(9 + i, 6) = 12
ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 300) And (Cells(8 + i, 5) < 800) Then
Cells(8 + i, 7) = 6
Cells(9 + i, 6) = 6
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And
Cells(9 + i, 2) = "AD")) Then
Cells(8 + i, 7) = 6
Cells(9 + i, 6) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And
Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And Cells(9 + i,
2) = "SS")) Then
Cells(8 + i, 7) = 6
Cells(9 + i, 6) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And
Cells(9 + i, 2) = "AD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i,
2) = "AD")) Then
Cells(8 + i, 7) = 6
Cells(9 + i, 6) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And
Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i,
2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SS"))
Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then
Cells(8 + i, 7) = 0
Cells(9 + i, 6) = 6
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And (Cells(9 + i, 5) < 300) And
((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i +
8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD"
And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then
Cells(9 + i, 6) = 6
Cells(10 + i, 7) = 6
ElseIf (Cells(i + 8, 2) = "AP") Then
Cells(8 + i, 6) = 0
Cells(8 + i, 7) = 0
End If
Next i
End Sub
-
Andr Antunes 44 44
PSTFC Engenharia Electrotcnica e de Computadores
'#Amortecedores P/Zebra/ZAMBEZE/BEAR LINHA DUPLA GEMINADA##
Private Sub CommandButton5_Click()
For i = 1 To 400
If (Cells(i + 8, 2) = "AP") Then
Cells(8 + i, 6) = 0
Cells(8 + i, 7) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 800) Then
Cells(8 + i, 7) = 18
Cells(9 + i, 6) = 18
ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 300) And (Cells(8 + i, 5) < 800) Then
Cells(8 + i, 7) = 9
Cells(9 + i, 6) = 9
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And
Cells(9 + i, 2) = "AD")) Then
Cells(8 + i, 7) = 9
Cells(9 + i, 6) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And
Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And Cells(9 + i,
2) = "SS")) Then
Cells(8 + i, 7) = 9
Cells(9 + i, 6) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And
Cells(9 + i, 2) = "AD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i,
2) = "AD")) Then
Cells(8 + i, 7) = 9
Cells(9 + i, 6) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And
Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i,
2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SS"))
Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then
Cells(8 + i, 7) = 0
Cells(9 + i, 6) = 9
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And (Cells(9 + i, 5) < 300) And
((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i +
8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD"
And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then
Cells(9 + i, 6) = 9
Cells(10 + i, 7) = 9
ElseIf (Cells(i + 8, 2) = "AP") Then
Cells(8 + i, 6) = 0
Cells(8 + i, 7) = 0
End If
Next i
End Sub
-
Andr Antunes 45 45
PSTFC Engenharia Electrotcnica e de Computadores
'######## Amortecedores P/ Guinea #################
Private Sub CommandButton2_Click()
For i = 1 To 400
If (Cells(8 + i, 5) >= 800) Then
Cells(8 + i, 9) = 2
Cells(9 + i, 8) = 2
ElseIf (Cells(8 + i, 5) >= 300) And (Cells(8 + i, 5) < 800) Then
Cells(8 + i, 9) = 1
Cells(9 + i, 8) = 1
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And
Cells(9 + i, 2) = "AD")) Then
Cells(8 + i, 9) = 1
Cells(9 + i, 8) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And
Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "AD" And Cells(9 + i,
2) = "SS")) Then
Cells(8 + i, 9) = 1
Cells(9 + i, 8) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And
Cells(9 + i, 2) = "AD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i,
2) = "AD")) Then
Cells(8 + i, 9) = 1
Cells(9 + i, 8) = 0
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And
Cells(9 + i, 2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i,
2) = "SD")) Or ((Cells(i + 8, 2) = "SD" And Cells(9 + i, 2) = "SS"))
Or ((Cells(i + 8, 2) = "SS" And Cells(9 + i, 2) = "SS")) Then
Cells(8 + i, 9) = 0
Cells(9 + i, 8) = 1
ElseIf (Cells(8 + i, 5) < 300) And (Cells(9