Como ns, como mdicos, podemos superar o modelo manicomial?

De incio, torna-se imprescindvel que os profissionais precisam se despir, principalmente, do conceito retrgrado de que aos ditos loucos s resta a recluso e, no fim das contas, a excluso do convvio social. Preconceito esse que se sustenta no argumento de que assim protegeriam a sociedade e a prpria vida do doente, j que eles so sinnimos de perigo iminente. No muito difcil entender o porqu que essa viso ainda persiste, j que se configura na maneira mais fcil de livrar-se dessas pessoas. Ao contrrio do trabalho mais rduo que ajudar essas pessoas a canalizar sua raiva para algo positivo ou tentar ajuda-las a combater seus vcios que potencializam suas crises.Assim, desfeito desses preconceitos, cabe ao mdico tambm pensar em estratgias que garantam um tratamento humanizado pra os que esto em tratamento para a doena mental. Obviamente, tentar conseguir com que a famlia dessas pessoas tornem-se sua aliada, fazendo-lhes entender o quanto so fundamentais no processo de tratamento, conscientizando-as que o abandono contribui veemente para o agravamento do quadro desses pacientes. Tambm, necessrio desenvolver estratgias nos prprios centros de atendimento, j que muitos alm de j sofrerem o abandono por parte dos parentes e sofrem com indiferena com que so recebidos por muitos profissionais. Como entender melhor essas pessoas? Como fazer com que canalizem a raiva, o medo em algo bom e produtivo? Se o problema so os vcios, que planos desenvolver?Enfim, o papel dos mdicos de suma importncia no tratamento eficaz e digno para os doentes mentais, o que requer quebra de preconceitos e habilidade para articular sua equipe para que assim ideias humanizadas e centradas no paciente possam ser efetivadas.