PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de...

46
PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas

Transcript of PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de...

Page 1: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

PSICOPEDAGOGIA E

SOCIOLOGIA

Nelize Vargas

Page 2: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.
Page 3: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.
Page 4: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Era uma vez umpescador que saiu para

pescar. Depois de três dias etrês noites, não havia

conseguido pescar um sópeixe. Então disse:

- Vou jogar o anzol sómais uma vez. Se nada

conseguir, então desisto.Jogou o anzol, que veiopesado. Satisfeito, foi

puxando, puxando,enquanto pensava: .Quepeixe grande pesquei! .

Page 5: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Mas qual não foi seuespanto, quando chegou à

tonaum burro morto!

O pescador não desistiu edisse:

- Se tem um burro, temcarga. Quem sabe

encontrouma carga de valor?

Jogou o anzol no rio, queveio novamente pesado.

Eledizia:

- Não falei? Agora vem acarga!

Page 6: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Veio de fato um cesto,mas estava cheio de areia

elama. O pescador estavacada vez mais ansioso epensou: .Se tem cesto,tem carga. Vou tentar

maisuma vez..

Jogou mais uma vez oanzol, que veio com uma

rede cheia de potesquebrados. E o pescador,

jádesanimado, pensou: .Mais

uma vez só. Quem sabe asorte esteja no fim?.

Page 7: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Jogou o anzol pela quarta vez. E puxou um jarrode cobre. Feliz com a pescaria, disse:- Eu sabia! Este jarro deve valer algum dinheiro!Limpou-o bem e o destampou. Abriu-lhe a tampae... Assustado, deparou com um gênio saindo do jarro.O gênio avançou até ele para matá-lo. Então opescador falou:- Gênio não mata! Gênio manda fazer trêspedidos... Eu o libertei e você quer me matar? Queingratidão!

Page 8: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

O gênio então lhedisse:

- Vou lhe contar minhahistória. Um dia, um

bruxomalvado me prendeu

nestejarro e me jogou no

fundodo rio. Então eu pensei:“Àquele que me libertarvou oferecer todos ostesouros da terra”..

Page 9: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Passaram-se cem anos eninguém me libertou. Entãopensei: .Àquele que libertarvou mostrar os tesourosocultos da terra..Passaram-se mais cemanos e ninguém me libertou.Ainda com esperanças,pensei: .Àquele que melibertar vou satisfazer a trêspedidos..

Page 10: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Passaram-se quatrocentosanos e ninguém me

libertou.Fiquei com raiva. Fiquei

commuita raiva e disse: .Agora

nãoquero mais. Vou matar

aqueleque me libertar.. Você melibertou. Vou matá-lo! Opescador teve de pensar

rápidoe usar de muita astúcia.

Disseentão:

- Você pensa que euacredito nesta história?

Achaque sou bobo? Você não

saiudesta garrafa.

Page 11: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Você estava escondidoatrás das árvores e agora vemcom essa... Como pode umgênio tão grande caber dentrodesta garrafa?E o gênio:- É claro que saí!- Não saiu!- Saí!- Não saiu!- Saí!

Page 12: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

- Então prove! Proveque você, tão grande,

saiudessa garrafa, para euacreditar que é mesmo

umgênio!

O gênio entrou nagarrafa. O pescador

maisque depressa a tampou

denovo e jogou-a no rio.

Page 13: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Analisemos os dois personagens dessa história: Podemos comparar o professor ao pescador, quandorecebe em sua sala de aula um estudante com múltiplasreprovações, apático, sem interesse. Podemos comparar o gênio ao estudante que ficou tantotempo ignorado e por isso mesmo se tornou alienado aosistema. Esquematicamente:

Page 14: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

O pescador lança o anzolao mar quatro vezes.

O professor faz muitastentativas de recuperar oestudante fracassado.

Primeiro captura um burromorto.

O professor tentarecuperá-lo e só encontraapatia e baixa estima.

Na segunda vez, um cestocheio de areia e lama.

O professor repete atentativa. O estudante serevela, mas só expressarigidez na aprendizagem emuitos vícios adquiridos.

No terceiro esforço, pescapotes quebrados.

O professor tentanovamente e o estudante,desanimado, percebe suaprópria situação e regride.

Page 15: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Na quarta vez, o pescadorpesca um jarro de cobre.Quando o abre, sai um gênioque ameaça matá-lo.

Na quarta vez, o professorconsegue se vincular. Mas oestudante despertasentimentos desordenadose, misturando indisciplina edor, embaraça o professor.

O pescador usa de astúcia eprende o gênio de novo nojarro.

O professor torna oestudante dependente dele eo manipula, perdendo aoportunidade dodesbloqueio.

O gênio confinado diz:.Aquele que me libertar eu oenriquecerei para sempre..

O estudante aprisionado porbloqueios familiares, buscana escola sua salvação equer oferecer amizade aoprofessor.

Page 16: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

“Passou-se um século eninguém me libertou. Àqueleque me libertar vou abrir ostesouros ocultos da terra”..

“Passou-se um ano e ninguémme salvou. Fui reprovado. Aoprofessor que me ensinar voumostrar meus tesouros. Sereio melhor estudante”.

“Ainda assim ninguém melibertou. Àquele que melibertar satisfarei trêsDesejos”.

“Ainda assim ninguém mesalvou. Fui novamente reprovado.Ao professor que meensinar satisfarei trêsdesejos: serei comportado,estudarei e passarei de ano.

“Ainda assim ninguém melibertou. Daqui por diante,quem me libertar, eu omatarei.

“Embora com boas intenções,ninguém se interessou pormim. Daqui pra frente serei .ocão. e nada mais conseguirãocomigo”.

Page 17: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.
Page 18: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

O primeiro passo a ser observado é: A Escola e seus elementos: corpo docente; corpodiscente; corpo administrativo; corpo auxiliar.

Após a primeira observação segue-se: O diagnóstico psicopedagógico institucional que

abrange a caracterização da escola, o professor e o estudante enfocando:

- a escola : seu contexto (a comunidade onde está

inserida); sua estrutura (como funcionam os elementos); seu processo (como e de que maneira o saber é socializado).

Page 19: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

- o professor e o estudante: seu contexto (como e onde vive); sua estrutura (sua origem familiar, social, profissional e acadêmica);seu processo (de aprendizagem, de ensino, sua organização interna e nível cognitivo).

- Para finalizar, o psicopedagogo deverá analisar os: Elementos do diagnóstico psicopedagógico:

encaminhamento(qual é a queixa); entrevista com o pessoal: administrativo,docente, estudante; observações: do estudante em sala de aula,

doprofessor, do corpo administrativo; devolutiva das informações;acompanhamento do processo evolutivo: da escola como umsistema, do estudante (como aprendente e ensinante), do

professor(como ensinante e aprendente).

Page 20: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.
Page 21: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Por que será que o primeiro passo a ser dado pelo psicopedagogo é o de “diagnosticar” (investigar,pesquisar, conhecer) a escola ?

Qual o objetivo e a importância no trabalho de diagnóstico psicopedagógico institucional?

Como conseguimos conduzir satisfatoriamente um diagnóstico e intervenção psicopedagógica?

Page 22: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Pensar a escola à luz da Psicopedagogiaimplica nos debruçarmos especialmentesobre a formação do professor. Pode-se

dizer,por conseguinte, que uma das tarefas

maisimportantes na ação psicopedagógica

preventiva é encontrar novas modalidades

para tornar essa formação mais eficiente.

Page 23: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Quais são as causas do insucesso doestudante na escola? Comocompreender o rendimento insatisfatório?Quais as dificuldades dos estudante?Como enfrentar a situação? Como ajudarestudantes e educadores?

.Vê o mundo não como uma coleção de objetos isolados, mas

como uma rede de fenômenos que estão profundamenteinterconectados e são interdependentes.

(GASPARIAN . A Psicopedagogia Institucional Sistêmica)

TEORIA RELACIONAL SISTÊMICA TEORIA RELACIONAL SISTÊMICA

RENDIMENTO NA ESCOLA E PSICOPEDAGOGIA

Page 24: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Proteger a “saúde mental” do professor (sujeito a níveisaltos de estresse por fatores econômicos, sociais,emocionais, pelas reais dificuldades de seu trabalho);

Proteger o clima de “saúde mental” de relacionamentosadio entre as pessoas, sustentando uma base melhor nessacomunicação entre eles, contribuindo assim para aprevenção dos distúrbios.

- A Instituição tem a característica de se defender dasintromissões.

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA

ESCOLA

Page 25: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

o jeito de se defender é isolar aqueles que incomodam;

não devemos no entanto culpabilizar a escola, poistoda instituição funciona assim por uma questão de defesade sua integração grupal.

-O psicopedagogo deverá: enxergar funções mais globais;

entender esses fenômenos, caso contrário ele ficará neutralizado na sua função;

fazer intervenções que vão além das intervenções individuais e atinjam grupos;

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA

ESCOLA

Page 26: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Atualizar seus conhecimentos pedagógicos e deprocedimentos para poder estar entendendo o quanto o usode determinados métodos ou procedimentos estão ou não:- Favorecendo a harmonia dentro da sala de aula;- Facilitando ou obstruindo o acontecimento da atividade;- Criar um clima que seja favorecedor da tarefa;- Trabalhar com o aluno sensibilizando-o para tudo oque envolve o processo de aprendizagem;- Sensibilizá-lo para o que acontece com ele também, pois émais fácil ver no outro, mas é importante estar vendo oque acontece com ele mesmo, com as pessoas.

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA

Page 27: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

O psicopedagogo busca contribuição na psicanálise parapoder entender que os vínculos atuais sofrem influênciados vínculos anteriores.:

- Tem que entender que não podemos nos desligar denosso medos, nossas rejeições, nossas preferências, e quetudo isto tem raízes, marcas advindas dos nossos vínculosanteriores.

Pichón . Riviére (psicanalista argentino . criador de umapsicologia social) diz: .... todo encontro é um reencontro..

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA

Page 28: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Esclarecer que em determinados momentos o professor, aFaculdade não estão conseguindo lidar com esses aspectose estão obstacularizando o processo de aprender.

A relação professor-estudante é “uma espécie de redesobre a qual nós construímos a possibilidade de atingiroutros níveis de conhecimento” (Ana Maria Muniz)

Aprendemos dentro dos vínculos, não podemos nosimaginar isoladamente. Fazemos coisas sozinhos, mas aoanalisar nossas ações encontramos o vínculo.

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA

Page 29: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Exemplificando: o ato da leitura de um livro é feito, namaioria das vezes enquanto sós, mas quando lemosestabelecendo vínculos com o escritor, e a partir dessaempatia, é que nos interessamos ou não pelo conteúdo...Portanto é difícil separar o ser humano de uma relaçãovincular.- A tarefa da Psicopedagogia tem vários objetivos:

embasar a didática e o currículo com um conhecimento sobre o desenvolvimento;

ajudar a manter a .saúde mental. dentro da Faculdade;

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA

Page 30: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

- Esse desconhecimento afetou sensivelmente a concepçãoda Faculdade a respeito do que significa aprender, quevalor tem o erro no processo no processo deaprendizagem, que significado tem a própria disciplina,por exemplo, se a disciplina lida com aspectos que fazemparte do desenvolvimento humano e assim devem serencarados, caso contrário pode acontecer umdistanciamento entre:

“Quem é a pessoa na verdade e o que aFaculdade pretende”

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA

Page 31: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

- Nesse distanciamento os governos têm tido muitasinfluências, ao manterem isoladas estas duas realidades(aluno e ensino), através de currículos (?) com objetivos aserem atingidos que na realidade não levam em conta amodalidade do ritmo de desenvolvimento da pessoa.

- A Psicopedagogia na Faculdade poderia ter comoobjetivo: Sensibilizar a Faculdade em termos de olhar para essedesenvolvimento para poder entender todos os aspectosque cruzam, que atravessam o processo de aprendizagem.

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA

Page 32: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Preparar os professores para poderem lidar comesses aspectos que não são sentidos só pelos estudantes,mas por eles mesmos.

- O psicopedagogo deverá ajudar a Faculdade a tomarconsciência de que em geral ela não está beminstitucionalizada e, por isso, oscila entre atitudesonipotentes (tomar conta de todos os problemas) ouatitude expulsiva.

Não deverá culpabilizar a Faculdade, uma pessoa com problema, angustia muito o adulto, traz sentimento de impotência ao adulto que está próximo dele (pais, professores);

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA

Page 33: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Existem diferentes formas de reação frente à onipotência:-“assumo...”

-“quero compartilhar com outro a responsabilidade”;

- ...”quero escutar do outro uma opinião e orientação quepermitam ter uma atuação mais eficiente a respeito dessapessoa com dificuldades”.

Ajudar a Faculdade transitar esses diferentes estilos de relacionamento com o problema;

Ajudar a Faculdade a poder tomar a palavra de clínico comoum elemento que a ajuda interagir melhor com a pessoa;

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA

Page 34: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Tirar proveito do que sabem a respeito da pessoa e doque está ocorrendo com ela.

PONTOS IMPORTANTES:

- Os professores,algumas vezes, não tem conseguidoacompanhar o conhecimento sobre o desenvolvimentohumano.

- Paradoxalmente uma grande parte dos problemas que seproduzem na aprendizagem têm a ver com essedesenvolvimento humano.

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA

Page 35: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

-Os professores tem incorporado muita coisa sobre:

a) metodologia das ciências;b) tem se atualizado;c) tem tentado aprimorar métodos para o ensino daMatemática, do Português, etc.

- Mas não acompanharam o crescimento da Psicologia doDesenvolvimento, e isso fez com que o ensino estivessemuito longe das possibilidades do aluno em alcançá-lo emvirtude da fase de desenvolvimento que atravessa.

ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO NA ESCOLA

Page 36: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

vínculos, investimentos na aprendizagem

conteúdosacadêmicos

estruturas depensamento

papéis assumidos

Page 37: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Favorecer a reelaboração das relações do sujeito como processo de aprendizagem e suas dificuldades.

Devolver ao sujeito seu prazer de aprender

Propiciar condições para que o sujeito desenvolva sua autonomia.

Page 38: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

QUEM É QUEMEra uma vez uma escola quetinha 04 educadores:TODO MUNDO, ALGUÉM,QUALQUER UM e NINGUÉM.

Havia um importantetrabalho a ser feito, mas...TODO MUNDO estava certode que ALGUÉM faria.

QUALQUER UMPoderia tê-lo feito, masNINGUÉM o fez.

Page 39: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

ALGUÉM ficouZangado com isso, poisEra um trabalho deTODO MUNDO.

TODO MUNDO pensou queQUAQLUER UM poderia fazê-lo,Mas NINGUÉM imaginou queTODO MUNDO não o faria.A história terminaCom TODO MUNDOCulpando ALGUÉM.Quando realmenteNINGUÉM poderiaResponsabilizar QUALQUER UM.

Page 40: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Vocês, que são tão inteligentes,Saberão distinguir, observar, aimensa diferença que separa estesdois verbos: ver e contemplar?

Ver é ação mecânica dos olhosFocalizando a vista, é enxergar.Contemplar, entretanto, é ação daalma que se esforça por tudo registrar.

Quem apenas enxerga, vê por alto,Não está empenhado em observar,Conhece as coisas só pela metade.Nunca será capaz de analisar...

Page 41: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Quem, ao contrário, se concentra fundoNa difícil ação de contemplarPercebe coisas que aos outros escapam,Aprende tudo o que a vida ensinar.

Se, por exemplo, quando estou na praia,Dirijo a vista sem me interessar,Vejo somente uma extensão da areia,Mas adiante, uma expansão do mar.

Mas se procuro com honestidadeA paisagem marinha penetrar,Surge de cada lado um novo encanto,Enxergo coisas de maravilhar!

Page 42: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Vejo o esplendor do sol sobre as montanhas,Seu trêmulo reflexo sobre o mar,Vejo a alva espuma na crista das ondasE o castelo das nuvens se formar!

Vagamente esfumada na neblina,A suave curva da serra azulada.E O revoar pausado e majestosoDos corvos lá na abóbada anilada...

E o verde rendilhado das palmeiras,Onde a brisa murmura seu segredo,E a branca vela de um barquinho ao longe,Que parece um barquinho de brinquedo!

Page 43: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Experimentem contemplar as coisas,Penetrar-lhe o íntimo sentido,Exercitar a alma e a inteligênciaEm perceber-lhes todo o colorido!Se assim fizerem, isto eu lhes garanto,Fontes de encanto brotarão da terra!E então compreenderão, mudos de espanto,Toda a beleza que exata vida encerra!

Page 44: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.
Page 45: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.

Sentir primeiro, pensar depoisPerdoar primeiro, julgar depois

Amar primeiro, educar depoisEsquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depoisAlimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depoisAgir primeiro, julgar depois

Dar primeiro, pedir depoisFazer primeiro, mandar depois

Navegar primeiro, aportar depoisViver primeiro, morrer depois

Page 46: PSICOPEDAGOGIA E SOCIOLOGIA Nelize Vargas. Era uma vez um pescador que saiu para pescar. Depois de três dias e três noites, não havia conseguido pescar.