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Psicopatologia Professora: Luciana Monteiro

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A DEPRESSÃO é conhecida desde a Antiguidade, quando Hipócrates apresentou o termo MELANCOLIA – melan = negro e cholis = bílis – como se referisse uma intoxicação do cérebro pela bílis negra.

Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença que exige tratamento.

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Humor depressivo: sentimento de tristeza, autodesvalorização, sentimento de culpa e ideação suicida;

Anedonia: redução ou ausência da capacidade de experimentar prazer na vida, mesmo em atividades preferidas;

Redução da energia: sensação de “bateria descarregada”;

Diminuição na capacidade de pensar, de se concentrar ou de tomar decisões;

Dificuldade de concentração; Sentimento de pesar ou fracasso

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Alterações do sono:

insônia intermediaria (acordar no meio da noite e ter dificuldade

para voltar a dormir) ou insônia terminal ( despertar mais cedo que o habitual)

OBS: o indivíduo sente-se mais deprimido pela manhã e melhora no decorrer do dia.

Na depressão atípica, ocorre com frequência a hipersônia ( sonolência excessiva)

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Alterações do apetite: diminuição do apetite.

Na depressão atípica o apetite pode estar aumentado, muitas vezes com compulsão por doces e chocolates;

Redução do interesse sexual; Sintomas corporais : sensação de

desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas.

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Retraimento social;

Crises de choro;

Comportamento suicida ;

Retardo psicomotor e lentificação generalizada; ou agitação psicomotora

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Pessimismo

Dificuldade de tomar decisões

Dificuldade para começar a fazer suas tarefas

Irritabilidade ou impaciência

Inquietação

Achar que não vale a pena viver

Chorar à-toa ou dificuldade para chorar

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Sensação de que nunca vai melhorar, desesperança...

Dificuldade de terminar as coisas que começou

Sentimento de pena de si mesmo

Persistência de pensamentos negativos

Queixas freqüentes

Sentimentos de culpa injustificáveis

Boca ressecada,

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Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem.

Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos

Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro.

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A depressão é mais comum em mulheres do que em homens, na proporção de 2 ou 3 para 1;

50% a 80-% dos pacientes que recebem tratamento para um episódio depressivo irão apresentar outros episódios ao longo da vida;

Idade mais frequente para o início da depressão situa-se entre 20 e 44 anos

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As causas de depressão são múltiplas:

questões constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos (neurotransmissores cerebrais)

fatores ambientais, sociais e psicológicos, como:

Estresse e Estilo de vida Acontecimentos vitais, tais como crises e separações

conjugais, morte na família, climatério, crise da meia-idade, entre outros.

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NEUROTRANSMISSORES São as substâncias responsáveis pelas

trocas de informações do Sistema Nervoso Central (SNC).

É graças aos neurotransmissores que temos emoções, sentimos prazer...

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A sinapse (comunicação entre os neurônios) é a base do funcionamento cerebral e do sistema nervoso

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ESTADO NORMAL: os neurônios liberam neurotransmissores, que são capturados por outros neurônios por meio de seus receptores.

Dentro da célula nervosa, uma bomba de recaptação retira parte dos neurotransmissores da sinapse e uma enzima específica metaboliza o resto das substâncias.

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DEPRESSÃO: acontece uma diminuição na quantidade de neurotransmissores liberados, mas a bomba de recaptação e a enzima continuam trabalhando normalmente.

Então, o neurônio receptor captura menos neurotransmissores e o sistema nervoso funciona com menos "combustível".

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EPIDEMIOLOGIA

Risco na vida: 10 - 20%, H/M = 1:2 Maior incidência: no final dos 20 anos

PROGNÓSTICO

Alto risco de recorrência Até 15% morrem por suicídio Brasil: Prevalência de TDM é de 9,2%-21% (mulheres)

e 3,9 -15% (homens) no Brasil (entre 6 a 15 milhões de brasileiros)1,2

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Depende da gravidade dos sintomas.

É feito com psicoterapia e antidepressivos. Normalmente, os medicamentos demoram de 10 a 15 dias para surtir efeito.

A terapia medicamentosa deve durar no mínimo seis meses.

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AÇÃO DO ANTIDEPRESSIVO

O antidepressivo faz com que haja maior disponibilidade de neurotransmissores na sinapse.

O remédio pode atuar de duas formas:

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Bloqueando a ação da bomba de recaptação

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Bloqueando a ação da enzima que degrada os neurotransmissores

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alteração do sono e apetite; alterações gastrintestinais (diarréia ou

obstipação intestinal); retenção urinária; alergias de pele, sudorese; diminuição da libido ou retardo da

ejaculação; aumento ou diminuição de peso; náusea, tontura, tremores.

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Trantorno Depressivo Maior: uma das principais causas de incapacitação no mundo

World Health Report 2001. Mental Health: New Understanding, New Hope. Geneva, World Health Organization, 21.

Posição (Estimado ) 2000 2020

1 Infecção respiratória trato inferior Doença cardíaca isquêmica

2 Condições pré-natais Depressão maior unipolar

3 HIV/AIDS Acidentes de tráfego rod.

4 Depressão maior unipolar Doença vásculo-encefálica 5 Doenças diarréicas Doença pulmonar obstrutiva

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Transtorno Distímico ou Depressão crônica leve.

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Os sintomas da distimia se estende por pelo menos dois anos, e difere-se dos outros tipos de depressão pelos sintomas serem mais leves.

a distimia não impede que a pessoa continue vivendo sua vida normalmente;

Ela atinge 5% a 10% da população. A incidência é um pouco maior na população masculina, mas pode se manifestar em qualquer pessoa, até em crianças.

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baixa ou nenhuma auto estima; mau humor constante sente-se desmotivado; possui uma constante falta de esperança e

sentimento de negatividade; desinteresse ou perda do prazer pela

maioria das suas atividades (dificuldade em aproveitar o lado bom da vida);

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tem insônia ou dorme excessivamente; apresenta perda de apetite ou alimentação

exagerada; isolamento, poucos amigos e vida social

limitada; sentimento de rejeição pelos outros; sentimento de falta de capacidade; irritabilidade e/ou descontentamento

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O portador típico é aquele que está sempre irritado e bravo. Reclama de tudo a todo momento;

A conseqüência, para o distímico, é perda de qualidade de vida

Se alguém lhe apresenta um problema, acha-o enorme e insolúvel. Isso "contamina" sua personalidade, a ponto de familiares, amigos e colegas de trabalho o tacharem de ranzinza.

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Situações frequentes de estresse.

Esses eventos são representados por: perda de um ente querido, estresse crônico associado à pobreza ou ao desemprego, doença crônica ou dor crônica.

Fatores genéticos

Favorece o seu surgimento uma estrutura familiar mal-humorada, na qual os familiares brigam por tudo e em todas as situações

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Muitas pessoas portadoras da distimia não sabem que têm tal problema.

Acreditam que os sintomas de pessimismo, negativismo, tristeza e baixo nível de energia são componentes normais de sua personalidade.

Pessoas distímicas reclamam demais. Têm um estilo de pensamento negativista,

tendência ao pessimismo, sensação de que nada pode ajudar e possuem relutância em fazer alguma coisa para mudar certas realidades indesejadas.

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Normalmente é tratado com Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ANTIDEPRESSIVOS)

Psicoterapia: mediar formas mais saudáveis de enfrentamento, e de

mobilizar recursos (ambientais, sociais, informativos...) ensinar técnicas de relaxamento levar o cliente a refletir sobre as vantagens de encarar

seus problemas com pensamentos mais otimistas promover maior qualidade de vida mediando

comportamentos como se exercitar, manter uma rotina e fontes de alívio de estresse mais saudáveis.

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Espero que tenham compreendido o conteúdo!!!!!!