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Programação e Resumos Comunicações de Pesquisa (distribuídos por dia/hora, GT e Sala) Atenção Qualquer problema na Inclusão de Resumos Aceitos, favor dirigir-se à Secretaria do Evento (providenciaremos a devida inclusão na Programação dos GT´s e Anais do Evento) XI Seminário do Trabalho O FUTURO DO TRABALHO NO SÉCULO XXI De 4 a 8 de junho de 2018 Local: Anfiteatro I/UNESP-Marília Promoção: www.editorapraxis.com.br Apoio:

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Programação

e

Resumos Comunicações de Pesquisa

(distribuídos por dia/hora, GT e Sala)

Atenção Qualquer problema na Inclusão de Resumos Aceitos, favor dirigir-se à Secretaria do Evento

(providenciaremos a devida inclusão na Programação dos GT´s e Anais do Evento)

XI Seminário do Trabalho O FUTURO DO TRABALHO NO SÉCULO XXI

De 4 a 8 de junho de 2018 Local: Anfiteatro I/UNESP-Marília

Promoção:

www.editorapraxis.com.br

Apoio:

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Dia 4 de junho de 2018 - Segunda-Feira

Tarde

15:00 h

Pré-Abertura

Projeto Tela Crítica

Filme: “O valor de um homem”, de Stéphane Brizé (2016) Debate

Coordenação de Mesa: Dr. Bruno Chapadeiro Ribeiro (RET)

José Ricardo Ramalho (UFRJ)

Cláudia Nogueira (UNIFESP)

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18:00 h

Abertura

Mostra CineTrabalho

(Labour Film Festival) O Maior Festival de Filmes sobre o Mundo do Trabalho da América Latina

Coordenação-geral: Prof. Dr. Giovanni Alves (UNESP)

Curadoria: Elson Menegazzo

(A exibição dos filmes da Mostra ocorrerá sempre a partir das 18 horas

-de 04 a 08/06)

Local: Sala 64

Leia

Programação Completa

Guia de Filmes

(Em Anexo no Final deste livreto digital)

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Noite

19:30 h

Abertura

Lançamento de Livros

Outros livros a serem lançados:

"Assédio Moral: Saúde do Trabalhador e Ações Sindicais", de Arthur Lobato (Instituto RTM)

"Dicionário de Saúde e Segurança do Trabalhador", de René Mendes (Proteção)

"A Rebeldia do Precariado", de Ruy Braga (Boitempo editorial)

“Reforma e Crise Política no Brasil: Os conflitos de classe nos governos do PT”, de Armando Boito

(Editora Unesp/Unicamp)

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Lançamento Extraordinário:

“A Enciclopédia do Golpe” (Projeto editorial Praxis, 2017/2018)

Organizadores

(Volume 1):

Giovanni Alves, Mirian Gonçalves, Maria Luiza Quaresma Tonelli

e Wilson Ramos Filho

(Volume 2)

Giovanni Alves, Maria Inês Nassif, Miguel do Rosário

e Wilson Ramos Filho

Abertura do Evento Dia 4 de junho de 2018

19:30 h Apresentação

Coordcnador da RET Diretor FFC

Chefe do DSA Coordenador PPGCS

Palestra de Abertura Coordenação de Mesa: Dr. Marcelo Totti (UNESP)

O Futuro do Trabalho no Brasil "O Privilegio da Servidão: A explosão do novo proletariado da era digital"

Ricardo Antunes (UNICAMP)

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Dia 5 de junho de 2018 - Terça-Feira Jornada de Ciências Sociais

Uma homenagem a Ricardo Antunes

Manhã

9:00-12:00 h Mesa I

A Rebeldia do Trabalho Coordenação de Mesa: Dra. Vera Navarro (USP)

Ariovaldo Santos (UEL) Sávio Cavalcante (UNICAMP)

Edilson Graciolli (UFU)

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Tarde 14:30-17 horas

Mesa II Adeus ao Trabalho?

Exibição do video-documentário "Ricardo" (direção: Giovanni Alves, Praxis Vídeo/Projeto CineTrabalho)

Local: Anfiteatro I Apresentação

Giovanni Alves (UNESP/RET) Geraldo Augusto Pinto (UFTPR)

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Noite 19:30 – 23:00 h

Mesa III Os sentidos do trabalho

Coordenação de Mesa: Dr. Renan Araújo (UNESPAR/RET)

Simone Wolff (UEL) Adrián Sotelo Valencia (UNAM)

Giovanni Alves (UNESP-RET)

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6 de junho de 2018 - Quarta-Feira

Fórum Trabalho e Saúde

Manhã 9:00-12:00 h

Mesa I – Fórum Trabalho e Saúde Trabalho e Adoecimentos laborais no Brasil Neoliberal

Coordenação de Mesa: Dr. André Vizzaccaro (UEL) Roberto Heloani (UNICAMP)

Renata Papareli (PUC-SP) Fábio de Oliveira (USP)

Arthur Lobato (SITRAMG)

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Tarde 14:00-16:00 h

Sessão de Comunicações

16:00-19:00 h Mini-Curso

AS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL O desmonte da CLT (A Reforma Trabalhista de Michel Temer)

(Carla Rita Bracchi ) Local: Anfiteatro I

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Noite 19:30 – 23:00 h

Mesa II – Fórum Trabalho e Saúde Trabalho e Saúde no Brasil hoje

Coordenação de Mesa: Dr. Bruno Chapadeiro Ribeiro (RET) João dos Reis (UFSCar)

René Mendes (Médico do Trabalho/ABRASTT) Vera Navarro (USP)

Francisco Alves (UFSCar)

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7 de junho de 2018 - Quinta-Feira

Manhã

9:00-12:00 h Economia e Sociedade no Brasil

Coordenação de Mesa: Dr. José Meneleu Neto (UECE/RET) Dari Krein (UNICAMP)

Armando Boito (UNICAMP) Humberto Marcial Fonseca(Instituto Declatra)

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Tarde 14:00-16:00 h

Sessão de Comunicações

16:00-19:00 h Mini-Curso

AS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL Trabalho e Saúde Mental no Brasil - I

(Petilda Vazquez) Local: Anfiteatro I

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Noite 19:30-23:00 h

Perspectivas da Crise do Capitalismo Global Coordenação de Mesa: Dr. Marcelo Totti (UNESP)

Francisco Corsi (UNESP) Adrián Valencia (UAM-México)

Xabier Montoro (UCM-Espanha)

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8 de junho de 2018 - Sexta-Feira

Manhã

9:00-12:00 h Trabalho, ofensiva neoliberal e sindicalismo

Coordenação de Mesa: Dr. Helder Molina (UERJ/RET) Andreia Galvão (UNICAMP)

Ruy Braga (USP) Paula Lenguita (CEIL/CONICET)

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Tarde 14:00-16:00 h

Sessão de Comunicações

16:00-19:00 h

Mini-Curso AS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL

Trabalho e Saúde Mental no Brasil - II (Ana Celeste Casulo)

Local: Anfiteatro I

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Noite 19:30-22:30 h

Mesa de Conjuntura Perspectivas da luta de classe no Brasil

Coordenação de Mesa: Giovanni Alves (UNESP/RET) Helder Molina (UERJ/RET)

Anderson Deo (UNESP) José Menelu Neto (UECE/RET)

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MINI-CURSO ESPECIAL

AS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL

(DÉCADA DE 2010)

Certificação de 9 horas/aula

Das 16 às 19 horas (*)

Brinde: Livro sobre o Tema do Curso que será entregue aos Inscritos no Mini-Curso!

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Módulos:

Quarta-feira I - O desmonte da CLT (A Reforma Trabalhista de Michel Temer)

(Carla Rita Bracchi e Luzimar B.F. Jr.) (3 horas-aula)

Quinta-feira II - Trabalho e saúde mental no Brasil do século XXI

(Petilda Sanchez Vazquez) – (3 horas-aula)

Sexta-feira III - Trabalho e saúde mental no Brasil do século XXI

(Ana Celeste Casulo) (3 horas/aula)

(*) Aqueles que tiverem que apresentar Trabalhos nas Sessões de Comunicações devem estar liberados até as 16 h para assistirem o Mini-Curso

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Resumos Cronograma, Composição dos Grupos de Trabalho (GT) e Salas das

Apresentações de Pesquisa no Prédio de Atividades Didáticas da FFC-UNESP-

Marília

ATENÇÃO:

Os nomes que estão em negrito tem direito a Certificado

Os Anais do Evento deverá ser publicado na semana do dia 4 de junho de 2018,

incluindo os Trabalhos Completos previamente enviados.

caso haja problemas com não-inclusão de Trabalhos Completos, iremos

providenciar de imediato a necessária inclusão sem pejuizo da publicação;

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Dia 06/06/2018 – Quarta-Feira

GT – Trabalho, Economia e Sociedade - Sala 41

GESTÃO DE PESSOAS DO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL: REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO

DO ASSISTENTE SOCIAL

Rosália Vargas Campanha (UFRS)

Orientador: Dra. TATIANA REIDEL (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

[email protected]

Resumo

No presente estudo será abordado o trabalho do assistente social na gestão de pessoas do serviço público

municipal. O ponto de partida se dá a partir das inquietações acerca de como a profissão vem atuando no

contexto das relações trabalhistas, atendendo as diversas demandas do servidor público que se apresentam

nos espaços públicos. Busca-se uma reflexão crítica sobre o trabalho do assistente social, em tempos de

ostensiva neoliberal, com objetivo de analisar suas competências, atribuições, desafios e perspectivas para

consolidação do projeto ético-político profissional. O procedimento metodológico desta produção é

orientado pelo método materialista histórico dialético, a partir de revisão bibliográfica e análise documental

por meio de decretos, leis, regulamentos, regimentos internos e relatórios. Evidencia-se em tempos de

precarização e flexibilização do trabalho que muitos são os desafios postos para classe trabalhadora, ao

trabalhador assistente social sinaliza-se o necessário fortalecimento coletivo, o seu reconhecimento

enquanto classe, em constante atenção para a não reprodução de intervenções conservadoras, imediatistas,

pragmáticas e focalistas. Compreende-se a necessidade de evidenciar as determinações diretas, bem como

os entraves dados por conta da insuficiência de políticas de atendimento e atenção à saúde do servidor

público.

NEODESENVOLVIMENTISMO E AGRONEGÓCIO NO BRASIL: EXPANSÃO, DEGRADAÇÃO E

SUPEREXPLORAÇÃO DO TRABALHO

Adriano Pereira Santos

Instituto de Ciências Humanas e Letras – Universidade Federal de Alfenas

[email protected]

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Resumo:

O presente trabalho busca analisar algumas consequências sociais da recente expansão do agronegócio

canavieiro no Brasil e seu novo padrão de acumulação, promovido pelos governos neodesenvolvimentistas

de Lula e Dilma. Tal padrão, marcado pela reprimarização da economia, vem se estruturando não apenas

na automação industrial e na engenharia genética, típicas da Revolução Verde, mas principalmente, na

reprodução de condições precárias de trabalho, que intensificam as formas arcaicas e deletérias de

superexploração do trabalhador e degradação do meio ambiente. Por meio de uma análise crítica das

relações entre agronegócio e neodesenvolvimentismo, problematizando as condições de vida, trabalho e

saúde dos assalariados rurais da cana na atualidade, destaca-se que os governos petistas de Lula e Dilma

avivaram a sanha do capital, pondo em movimento as engrenagens do “moinho satânico” do agronegócio

canavieiro no Brasil.

SEGURIDADE SOCIAL E NEOLIBERALISMO: UM ESTUDO DA EFETIVAÇÃO DO DIREITO

PREVIDENCIÁRIO NO BRASIL

Bruna Bueno

Graduanda em Serviço Social pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais – UNESP, Campus de

Franca (SP);

Agência Financiadora: processo no 2017/26153-9, Fundação de Amparo e Apoio à Pesquisa do Estado de

São Paulo (FAPESP).

E-mail: [email protected]

Resumo:

Este estudo se propõe a analisar a efetivação do direito previdenciário estatal brasileiro no contexto político,

econômico e social do país em tempos de neoliberalismo. Entende-se que a hegemonia deste ideário vem

provocando profundas mudanças que incidem diretamente nos direitos da classe trabalhadora e provocam

a desregulamentação da relação capital e trabalho, pelo Estado. Observa-se que a política previdenciária

vem sendo afetada sobremaneira nesse processo, alvo de constantes reformas orientadas ao ajuste fiscal e

à criação de mercados de capitais. Assim, este trabalho objetiva discutir o direito previdenciário sob a égide

do ideário neoliberal, contextualizando-o na conjuntura de crise do capital e supremacia do mercado

financeiro. O método de estudo que direciona a investigação é o Materialismo Histórico Dialético de Marx,

assim a pesquisa orienta-se por uma leitura crítica e adota uma perspectiva histórica, dialética e de

totalidade. A investigação será realizada mediante estudos bibliográficos e documentais onde serão

analisados, além de documentos legislativos, documentos e dados, do período de 2003 a 2017, que retratem

a execução orçamentária da política de previdência social.

EXPLORAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO NAS PLANTAÇÕES DE ALGODÃO NO NOROESTE DO

ESTADO DO PARANÁ

Flávio Ribeiro de Lima

Mestre em Geografia Pela Universidade Federal do Paraná

Membro do grupo de estudos Mundo do Trabalho e suas Metamorfoses

[email protected]

Resumo

A cultura do algodão é uma das mais importantes culturas agrícolas contemporâneas. Estima-se que ela

seja realizada em cerca de 2,5% da terra arável do mundo, tornando-se uma das culturas mais significativas

em termos de uso da terra. Sua produção demanda numerosos contingentes de trabalhadores que em

diferentes espaços, são submetidos a realidades laborativas degradantes. Se tomarmos as cifras da produção

de algodão no Brasil, veremos que há muito tempo, a ausência de direitos trabalhistas ocupam lugar de

destaque na produção dessa cultura em território nacional, e graças a importância atribuída à economia

algodoeira em todo o mundo (em diferentes temporalidades), as relações de trabalho têm se tornado ainda

mais extenuantes no século XXI, fazendo com que a exploração da força de trabalho nesse modalidade se

tornasse um traço marcante. São essas condições que têm submetido os trabalhadores que cultivam algodão

que tentaremos abordar em nosso trabalho. Em linhas gerais, pretendemos apresentar um panorama geral

da exploração da força de trabalho nos moldes dos espaços rurais do Noroeste do estado do Paraná,

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descrevendo as paisagens geográficas das plantações de algodão, os processos e as transformações, bem

como as trajetórias de exploração da força de trabalho dos trabalhadores das plantações de algodão na

referida região.

GT Trabalho e Politicas Educacionais I - Sala 43

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO BRASIL: DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS OU

PRÁXIS?

Darlene Novacov Bogatschov

Universidade Estadual de Maringá

[email protected]

Gesilaine Mucio Ferreira

Universidade Estadual de Maringá

[email protected]

Resumo

Este trabalho, de cunho bibliográfico, objetiva refletir a respeito da influência das pedagogias do aprender

a aprender na formação dos professores como produto das condições econômicas e políticas capitalistas

contemporâneas em detrimento de uma formação docente voltada para a emancipação humana e social. A

análise desta questão fundamentou-se em autores como José Carlos Libâneo, Newton Duarte, Selma

Garrido Pimenta e Acácia Kuenzer. As pedagogias do aprender a aprender propalam a formação do docente

para o conhecimento tácito e o desenvolvimento de habilidades e competências menosprezando o

conhecimento científico. Todavia, entende-se que a formação de professores deve ter seu fundamento na

práxis social, pois esta direciona para a criticidade e emancipação do sujeito no sentido de o professor ser

considerado autor na e para a prática social. A apropriação do saber científico pelos professores possibilita

a compreensão crítica da totalidade histórica e, por conseguinte, a formação de sujeitos capazes de

promover mudanças dentro e fora da escola rumo à transformação social e a superação do capitalismo.

A GESTÃO ADMINISTRATIVA DA ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA NA CONTEMPORANEIDADE

Gesilaine Mucio Ferreira

Universidade Estadual de Maringá

[email protected]

Darlene Novacov Bogatschov

Universidade Estadual de Maringá

[email protected]

Resumo

Este trabalho visa refletir sobre a gestão administrativa da escola pública brasileira contemporânea a partir

da indissociabilidade entre o aspecto pedagógico e o administrativo e da gestão democrática como princípio

do ensino público. A análise considera as relações entre educação, sistema produtivo e Estado, marcadas

por antagonismos e correlação de forças no sentido da reprodução ou transformação social. Assim, investiga

os vínculos da gestão escolar com as reformas econômicas e políticas gestadas pelo capitalismo na

atualidade e suas contradições, fundamentando-se em autores como Luiz. F. Dourado, Vitor H. Paro, Lalo

W. Minto, Ricardo Antunes, Giovanni Alves e István Mészáros. Um dos desafios da gestão escolar é a

superação da dicotomia entre a atividade administrativa e a pedagógica uma vez que o foco da escola é a

aprendizagem do aluno. Também requer a efetivação de uma gestão escolar democrática (processo coletivo

de tomadas de decisões) em oposição ao modelo de gestão gerencial que reproduz a sociabilidade gerada

pela produção flexível e pelas políticas neoliberais no país. A unidade da gestão administrativa e a

pedagógica na escola, na perspectiva democrática, é uma das condições para a socialização de um saber

científico que permita aos alunos refletir criticamente sobre a realidade social a fim de transformá-la.

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UM TEMPO DE MUDANÇAS: TRABALHO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO

SUPERIOR NO FINAL DO SÉCULO XX E LIMIAR DO SÉCULO XXI

Vânia Amaral da Rocha – UFU

E-mail: [email protected]

Resumo:

O presente artigo é parte da pesquisa realizada na dissertação de mestrado defendida pela autora, no

Programa de Pós-Graduação em Educação da FACED-UFU. Buscou apreender a dinâmica das mudanças

sociais, políticas e econômicas no final do século XX e limiar do século XXI, e seus desdobramentos nas

políticas educacionais brasileiras, em especial, na educação superior. Nesta análise, discutiu-se as novas

tendências no âmbito da organização do trabalho, da produção e do papel do Estado, face os desafios da

globalização econômica e das práticas neoliberais. Procurou evidenciar os ajustes político-econômicos em

nível nacional, especialmente, a partir da segunda metade da década de 1990, nos governos de FHC. Os

elementos aqui destacados ajudam a afirmar a historicidade do objeto de pesquisa, na medida em que situam

as relações entre o contexto sócio-político-econômico e educacional mais amplo e o objeto de estudo

analisado.

DILEMAS DO ANTROPOCENO: CONTRIBUIÇÕES DA PERSPECTIVA ECOLÓGICA PARA O

TRABALHO E A EDUCAÇÃO.

Douglas G. N. de Oliveira;

Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Filosofia e Ciências(UNESP-FFC),

e-mail: [email protected];

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).

Resumo

O debate ecológico tem muito a contribuir ao meio científico, tecnológico e educacional, pois apresenta

uma análise preocupada não somente com os métodos e resultados do processo produtivo, mediadas pelo

trabalho, mas também com o sentido em que este se manifesta. Desta forma, apresentaremos duas vertentes

do pensamento ecológico que apresentam contribuições significativas da crítica à economia clássica,

pautada pela problemática do crescimento irrefletido e a produção destrutiva. A primeira linha teórica a ser

utilizada é a de viés marxista, em que Karl Marx e Fredrich Engels são os principais contribuidores, de

significativa relevância no debate político–filosófico contemporâneo, em que a partir de uma análise

profunda da realidade histórica do desenvolvimento capitalista descrevem algumas das maiores

contradições presentes no seu modo de conceber, e consequentemente operar sobre a Natureza.

Posteriormente, elucidaremos as implicações colocadas por Nicholas Georgescu-Roegen a cerca da

epistemologia econômica ortodoxa, ou neoclássica, em que segundo o pensamento do autor realizam um

tratamento da temática ambiental a partir de pressupostos facilmente contestados. Os elementos utilizados

para realizar esta crítica estão fundamentados especialmente a partir da física termodinâmica e a biologia,

que identificam elementos incoerentes na cadeia argumentativa dos economistas.

CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO DE JOSÉ CARLOS MARIÁTEGUI

Marcela Andresa Semeghini Pereira (Doutorado-UNESP)

Resumo

A presente pesquisa apresentou as principais contribuições à educação do intelectual e jornalista peruano

José Carlos Mariátegui. Inicialmente fez-se uma breve cronologia de sua vida, posteriormente apresentou-

se o contexto da América Latina entre os anos de 1918 a 1923, quando iniciou os escritos e a militância na

educação. Explicitou um interesse enfático com a educação dos trabalhadores, não apenas pela construção

de uma democracia andina, mas também como meio de proporcionar uma ação consciente das massas

populares na luta pelo socialismo. Mariátegui também destacou que a aprendizagem é um processo para

toda a vida, portanto a formação integral do indivíduo não se alcança nos primeiros anos de vida, o aprender

pessoal apenas se esgota no final da vida. Referente ao método informou-se as três ideias pedagógicas

centrais no tipo de educação não formal proposta pelo Amauta que são a estratégia pedagógica da

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conversação, rol mediador do docente e prática da contradição cognitiva. O autor nos faz refletir sobre o

que implementar para criar uma escola que faça com que o conhecimento chegue até os

trabalhadores/proletário, camponeses, pobres, negros etc, sendo um dos maiores desafios dos profissionais

da educação hodierna. A orientação teórico-metodológica destes apontamentos compreendeu o

materialismo histórico dialético, estabelecendo uma conexão com o conhecimento teórico e a realidade

histórica objetiva.

AS CONTRADIÇÕES DO COOPERATIVISMO DE ENSINO: UM ESTUDO DE CASO NA

COOPERATIVA DE ENSINO DE RIO VERDE – GO ENTRE OS ANOS 2011 E 2015.

Marcelo Augusto de Lacerda Borges

E-mail: [email protected]

Orientadora: Fabiane Santana Previtali – Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Programa de Pós-

graduação em Educação (PPGED).

E-mail: [email protected]

Resumo

A Cooperativa de Ensino da cidade de Rio Verde – GO (COOPEN) foi cotejada, nesse trabalho, entre os

anos de 2011 e 2015, no intento de desvelar as suas contradições institucionais, tendo em vista que se

manifestaram paradoxos entre os princípios/valores cooperativistas defendidos pela escola em comparação

à concretude da sua prática educacional voltada para a execução da lógica privatista do mercado. Este

resumo indicativo esclarece que – pelo viés metodológico do materialismo histórico e dialético – a noção

de “contradição” que foi aqui utilizada, buscou demonstrar a incongruência entre o que foi propalado

formalmente pela cooperativa de ensino (a sua aparência) e o que se efetivou como sua prática educativa

propriamente dita (a sua essência). Nesse objetivo de revelar suas antinomias institucionais, foi realizado

um “estudo de caso” sobre a COOPEN, utilizando da perspectiva analítica qualitativa amparada na

realização da pesquisa documental e de entrevistas semiestruturadas.

GT Trabalho e Politicas Educacionais II - Sala 56

O TRABALHO DOCENTE ENQUANTO ESPAÇO E TEMPO DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO

ESCOLAR NA NOVA HEGEMONIA DO CAPITAL: ELEMENTOS PARA UMA REFLEXÃO CRÍTICA

Maria da Penha Feitosa

[email protected]

DINTER UFU/UFPI

Resumo

Neste artigo nos propomos avaliar o trabalho docente enquanto espaço e tempo de produção de

conhecimento na sociedade capitalista, analisando especificamente como o ideário neoliberal e as

condições de trabalho tem influenciado a produção do conhecimento no contexto da nova hegemonia do

capital. Trata-se de um estudo bibliográfico de caráter exploratório orientado na concepção metodológica

do materialismo histórico e dialético, a partir do qual serão discutidas categorias como trabalho, trabalho

produtivo e trabalho improdutivo e conhecimento escolar, em diálogo com Marx e Engels, Duarte, Saviane,

Mészáros, Oliveira e outros. O que importa refletir é sobre o que resulta do trabalho docente imerso em

condições materiais e ideológicas impostas pelos discursos e reformas educacionais neoliberais e quais

implicações dessas condições na produção de conhecimento para a formação humana enquanto objetivo

primeiro da prática educativa. São questões que estarão presentes nesta reflexão, sem a pretensão de esgotar

a temática, nem de abarcar todos os elementos em se tratando de um tema tão abrangente e complexo. A

partir da bibliografia pesquisada, observamos que no atual estágio de desenvolvimento das forças

produtivas no capitalismo, as transformações no mundo do trabalho estendem-se ao trabalho docente, que

vem sendo submetido de diversas maneiras aos imperativos do capital nos espaços e tempos em que ocorre.

Ao absorver os discursos gerenciais na lógica empresarial, produz-se no meio escolar e acadêmico um

conhecimento que reforça os discursos do ideário neoliberal, consequentemente a sua prática, o que nos

coloca diante de um forte imperativo, que é aliar forças na criação de alternativas para o enfrentamento dos

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desafios que perpassam o trabalho docente na atualidade para a produção de conhecimentos que

revolucionem a visão de mundo e de sociedade superando o pensamento fragmentado e alienado do

mercado.

DESENVOLVIMENTO TARDIO E A NOVA DEGRADAÇÃO DO TRABALHO: OS SIGNIFICADOS SOCIAIS

DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO NO BRASIL

Renan Araújo (UNESPAR)

Resumo:

Após seis meses da ruptura do processo democrático consubstanciado no impeachment da presidenta Dilma

Rousseff, sancionou-se a Lei Nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017 (BRASIL, 2017a), que versa sobre a

reforma do Ensino Médio no Brasil. A queda do governo eleito tem como significado político e econômico

o esgotamento de uma plataforma social timidamente inclusiva. Revelou também os limites de uma frente

multipartidária de perfil predominantemente fisiológico, cujo esfacelamento provocou a debacle das

perspectivas conciliatórias petistas com base no reformismo fraco e no pacto conservador, conforme

asseverou André Singer.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO SÉCULO XXI: O COTEJO DE EXPERIÊNCIAS PARA A

REPRODUÇÃO AMPLIADA DO CAPITAL

Kléberson Pierre Cardoso de Jesus (Universidade de Brasília – UnB)

E-mail: [email protected]

Resumo:

Este trabalho trata da relação indispensável entre Trabalho e Educação no processo de reprodução do

sistema capitalista. Para isso, procura situar as mutações do mundo trabalho demonstrando seu processo

evolutivo a partir do modelo fordista/taylorista até o modelo japonês, Toyotismo, cujas bases de

acumulação estão no plano da acumulação flexível do capital. A partir deste último, explana-se o processo

de formulação de políticas públicas para a qualificação profissional da classe trabalhadora no século XXI,

especialmente no período denominado neo-desenvolvimentista, para assim demonstrar as contradições

precípuas da execução de programas e projetos governamentais de profissionalização a exemplo do

PRONATEC e do Projeto de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica -EPT, e

daí reflete a famigerada contrarreforma do Ensino Médio como avanço do retrocesso da conquista de

direitos e sobretudo como estratégia intensificada da reprodução ampliada do capital.

GT Trabalho e Politicas Educacionais III - Sala 58

RELIGIÃO E DEMONIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO OESTE

PAULISTA (2000 – 2016)

Carlos Eduardo Marotta Peters

[email protected]

Resumo:

Em 1999, ingressei no magistério público. Atuei em uma escola estadual da cidade de Penápolis – SP até o

final da primeira década do século XXI. Em minha carreira de docente e pesquisador, procurei analisar

como profissionais do ensino selecionavam conteúdos, metodologias e até mesmo valores morais a serem

inseridos no processo de ensino-aprendizagem. No decorrer do tempo, percebi que tais escolhas evocavam

como inspiração os em princípios liberais-democráticos, expressos nos parâmetros curriculares e

construídos com base em certo conceito de cidadania. Contudo, a noção de cidadania dos profissionais do

ensino era – e ainda é - polissêmica. Minhas pesquisas levaram à conclusão que parte significativa dos

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docentes produzia uma ação pedagógica calcada em conteúdos e valores referentes às suas crenças

religiosas. Muitos deles legitimavam seu proselitismo a partir da menção à liberdade de culto garantida pela

Constituição de 1988.

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES E A EDUCAÇÃO DO CAMPO: UMA ANÁLISE DO

MATERIAL DE FORMAÇÃO OFERTADO PELA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO

PARANÁ

Ezilda Franco Pellim

Mestre em Ensino e Professora Pedagoga da Rede Estadual de Educação do Paraná. Participante do

Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação da Diversidade do Campo (GEPEDIC).

E-mail [email protected]

Gislene Aparecida dos Santos Guedes

Professora pedagoga da Rede Estadual de Educação do Paraná.

E-mail: [email protected]

Elias Canuto Brandão

Doutor em Sociologia; Docente do Colegiado de Pedagogia e do Mestrado em Ensino Interdisciplinar da

Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR-Campus Paranavaí.

Coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas da Educação e Diversidade do Campo (GEPEDIC).

E-mail: [email protected]

Resumo:

O artigo realiza uma análise de materiais disponíveis no portal da Secretaria de Estado da Educação do

Paraná, a respeito da formação continuada de professores para o atendimento aos estudantes do campo,

sustentado em produções científicas de diversos autores que defendem a Educação do Campo, com olhar

para o sujeito do campo. Para o feito, partiu-se da realidade de inserção de parte dos autores em uma escola

nucleada, situada na área urbana do município de Nova Olímpia-PR, escola esta que recebe e atende

estudantes procedentes da área rural, ou filhos de trabalhadores do campo que residem na cidade. Como

metodologia, utilizaremos análises bibliográficas com um olhar crítico sobre os materiais, discutindo se os

mesmos consideram a realidade e as peculiaridades dos povos do campo, para além do que os materiais de

formação continuada orientam. Qual é a perspectiva de educação do campo implícita nos materiais

pedagógicos que o Estado tem destinado para estudo nas semanas pedagógicas? Investigar-se-á em que

medida as formações ofertadas têm atendido as necessidades dos docentes, bem como dos estudantes do

campo, visando contribuir com o repensar pedagógico dos professores que trabalham em sala, com

estudantes provenientes do campo.

PRONATEC: FALTA DE MATERIALIDADE DO DISCURSO

JACQUELINE OLIVEIRA LIMA ZAGO

Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Doutoranda do PPGED/UFU [email protected]

ROBSON LUIZ DE FRANÇA

Universidade Federal de Uberlândia, Professor Orientador no PPGED/UFU [email protected]

Resumo:

Este trabalho, que é parte da pesquisa de doutorado, desenvolvida no âmbito da linha Trabalho, Sociedade

e Educação, da Faculdade de Educação, da Universidade Federal de Uberlândia, pretende abordar as

mediações existentes entre trabalho, educação e formação humana no contexto de mundialização do capital

e reestruturação produtiva. O objeto em foco é a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino

Técnico e Emprego – Pronatec em 2011 pelo executivo federal a partir do reposicionamento da Educação

Profissional como política central do governo do Partido dos Trabalhadores – PT entre 2011 e 2016,

especialmente, como proposta de acesso ao trabalho e emprego. Esse trabalho utiliza do método do

materialismo histórico dialético e utilizará a pesquisa bibliográfica e documental. Partimos da premissa que

ao que nos parece a política da implementação do Pronatec se apresenta contraditória, com estratégicas que

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buscam desobrigar o Estado em relação a esta modalidade de ensino, assumindo o papel de indutor das

políticas educacionais e responsabilizando terceiros pela sua oferta pública.

GT SINDICALISMO, MOVIMENTOS SOCIAIS E FORMAS DE

RESISTENCIAS - SALA 45

GOVERNO LULA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO ÂMBITO DO ESTADO CAPITALISTA

Maria Angélica Paraizo

Programa de Pós-Graduação em Ciência Política – UNICAMP

[email protected]

Resumo:

O presente trabalho buscará analisar, sumariamente, a relação estabelecida pelo governo Lula com as

classes sociais brasileiras, destacando o vínculo existente com os movimentos sociais. Interpreta-se, aqui,

o vínculo entre o PT e os movimentos sociais – com destaque para o movimento sindical e o MST – como

resultante de uma conjuntura de lutas e reivindicações populares que foram condensadas e agregadas pelo

partido em sua origem. É sabido que Lula buscou conduzir a política de “conciliação” de classes

antagônicas, fato irrealizável no âmbito do Estado capitalista. Deste modo, embora o governo Lula tenha

cumprido a função geral do Estado, ao organizar politicamente o bloco no poder brasileiro e desorganizar

politicamente as classes populares (Poulantzas, 1977), não houve total alienamento para as reivindicações

econômicas dos trabalhadores, de modo que certos interesses imediatos destes setores foram contemplados.

Todavia, muitos dos representantes dos movimentos sociais citados estavam agora atrelados ao Estado

capitalista, direta ou indiretamente. Ademais, os interesses econômicos dos setores populares foram

contemplados em conformidade aos interesses políticos das classes dominantes.

TRAGÉDIA ANUNCIADA E PRIMEIROS PREJUÍZOS DA CONTRARREFORMA TRABALHISTA DO

GOVERNO TEMER

Neivion Sérgio Lopes de Sousa Júnior

Resumo:

Apresentaremos um estudo sobre a contrarreforma trabalhista a partir da lei 13.467/17, suas alterações na

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as primeiras consequências para a classe trabalhadora brasileira,

e os vícios embutidos na nova redação dada à consolidação trabalhista. Também iremos relatar, a partir da

lei 13.467/2018, a destruição de medidas protetivas aos trabalhadores e consequentemente a desfiguração

do direito do trabalho. Ainda enunciaremos as novas formas de precarização do trabalho que foram

incorporadas à CLT na contrarreforma trabalhista do Governo Temer.

GT – TRABALHO, TECNOLOGIA E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA -

Sala 51

A INFLUÊNCIA DO IDEÁRIO NORTE-AMERICANO NA CONSTITUIÇÃO DA “NOVA”

MORFOLOGIA DO CAPITALISMO GLOBAL

César Alexandre dos Santos

Doutorando em Ciências Sociais – UNESP – Marília – SP

[email protected]

Resumo:

A partir da análise da “nova” morfologia do capitalismo atual, resultado da recente globalização que

reorientou as ações governamentais de Estados Nacionais, esse artigo se propõe a analisar de que forma

esse processo foi influenciado pelo ideário norte-americano ao longo do século XX e início do século XXI.

Procuraremos apreender num primeiro momento, como se deu a evolução desse processo desde a

independência dos Estados Unidos em 1776, passando pela expansão de sua zona de influência, primeiro

por toda América e posteriormente pelo mundo. Analisaremos como as guerras e a criação de organismos

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internacionais do capitalismo foram utilizados no processo de determinação da hegemonia estadunidense

sobre as demais nações. Hegemonia que não se restringiu apenas aos aspectos bélico e econômico, mas

também se tornou ideológica e cultural. Desenvolvida no bojo das mudanças implementadas pelo

capitalismo e de cariz neoliberal, atuaram tanto na macroestrutura como as subjetividades humanas da

contemporaneidade, afetando especialmente o mundo do trabalho.

O TRABALHO EM TEMPOS DE ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL: DA POROSIDADE PARA O

PARADIGMA DA ELIMINAÇÃO DOS DESPERDÍCIOS

Danielle Viana Lugo Pereira

Universidade Federal da Paraíba

Resumo

O objetivo desta reflexão teórica é analisar o trabalho na fase atual do capitalismo no século XXI, período

histórico marcado pelo aprofundamento do antagonismo da relação capital/trabalho. Para tanto, abordamos

os conteúdos essenciais presente nas recentes mutações no mundo do trabalho e nas suas incidências para

a classe trabalhadora, considerando a acumulação flexível como traço central da análise. Nessa esteira,

identificamos que as recentes mutações do mundo do trabalho são marcadas, ao mesmo tempo, pelas

combinações de resquícios de elementos do velho sistema de organização e gestão de trabalho que, em

alguma medida, encontra-se em conformidade com o novo padrão flexível. Portanto, concluímos que uma

das principais consequências para o futuro do trabalho no século XXI vem sendo o desmonte dos direitos

trabalhistas em larga escala.

MIGRAÇÃO E TRABALHO: IMPLICAÇÕES A PARTIR DA IMPLANTAÇÃO DA SUZANO PAPEL E

CELULOSE EM IMPERATRIZ – MA

Daniely Lima Silva

Bolsista de Iniciação Científica na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão –

UEMASUL

E-mail: [email protected]

Dr. Allison Bezerra Oliveira

Professor na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL

E-mail: [email protected]

Resumo:

Discute-se, nesse artigo, o papel que a migração laboral apresentada no contexto desenvolvimentista que

permeia no processo de implantação da Suzano Papel e Celulose em Imperatriz no período de 2008- 2015,

evidenciando os movimentos populacionais e sua função como modificador na estrutura social e econômica

regional. Assim, procura-se analisar como a migração acaba se tronando uma ferramenta dentro do sistema

capitalista, fortalecendo o modo de produção industrial local. Nesse contexto, fora realizada uma análise

de dados, acerca do desenvolvimento populacional existente na microrregião de Imperatriz, utilizando

dados disponibilizados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Ministério do Trabalho e

Emprego (MTE), Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho (PDET) e do Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE). Ademais, foram utilizados recortes temporais, para compreender as

diferenças regionais e desigualdades socioeconômicas como motivo determinante na movimentação, tipo e

direção dos fluxos migratórios laborais. Como resultados adquiridos, observam-se que os deslocamentos

populacionais com novas características e a exclusão de grandes grupos da população no mercado de

trabalho. Assim no transcorrer desse artigo, trataremos sobre os grandes fluxos migratórios existentes

perante a implantação do empreendimento fabril e identificamos as possíveis alterações na estrutura

socioeconômica atreladas a esse migrante em contexto regional.

TRABALHO, REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E A IDEOLOGIA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Romildo de Castro Araújo

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

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Dr.Robson Luiz de França

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

Drª. Fabiane Santana Previtalli

Universidade Federal de Uberlândia

[email protected]

Resumo

Este texto tem como objetivo realizar uma breve discussão sobre como a formação profissional tem sido

construída como ideologia no contexto da reestruturação produtiva. Partimos da seguinte pergunta: como

a formação profissional é transformada numa ideologia a serviço dos interesses do capital? Trabalho e

ideologia serão as principais categorias utilizadas concebidas na ótica marxista. A metodologia se consistiu

de uma revisão bibliográfica de textos que tratam do tema. O aporte teórico se fundamenta nas obras de

Marx (2010, 2011, 2016), Braverman (1987), Antunes (2017), Previtalli (2009, 2010), Lucena (2004),

França (2017), entre outros. Concluímos que, no contexto da reestruturação produtiva, o capital tem o

interesse de formar uma força de trabalho com vista a um trabalhador polivalente e multifuncional, manter

melhor controle, impor a intensidade necessária à produção flexível e combater as resistências por parte

dos trabalhadores. Além da promoção da desqualificação dos trabalhadores, a educação profissional

ofertada segue a lógica da formação flexível. A noção de empregabilidade surge no contexto da

reestruturação produtiva e da teoria do capital humano como justificativa para crise estrutural e um maior

nível de exploração do capital sobre os trabalhadores.

NÃO PENSE EM CRISE, TRABALHE: A BANCADA EVANGÉLICA E A CLASSE TRABALHADORA

NAS REFORMAS “TEMERÁRIAS”

Yuri Rodrigues da Cunha (Doutorando PPGCS, UNESP, Marília [email protected])

Orientadora: Angélica Lovatto (DCPE-UNESP, [email protected])

Resumo

No presente resumo propomos, a partir do desenvolvimento de nossa pesquisa de doutorado, demonstrar o

papel da bancada evangélica durante o golpe parlamentar que depôs a presidenta Dilma Rousseff, a partir

dos encaminhamentos e reformas propostas pelo novo governo no que tange diretamente o mundo do

trabalho e a classe trabalhadora. Partimos do pressuposto que, em virtude do transcurso do golpe

parlamentar, a conjuntura nacional a partir de 2016 se alterou de maneira significativa com relação ao

período anterior, ao lulo-petismo. Assim, compreender a nova forma da configuração capital x trabalho,

pressupõe tanto levar em consideração a conjuntura anterior, seus limites e as razões de suas modificações,

como também, o novo cenário e quais as forças e interesses sociais estão por trás da forma como os agentes

políticos se colocam em meio a esse processo. Portanto, para avaliar a nova conjuntura devemos analisar

os desdobramentos do novo governo a partir de algumas de suas reformas: 1) PEC 55/16, que estipula um

teto de 20 anos para gastos públicos (congelamento de investimentos pelo Estado); 2) Lei nº13.467/17

(Reforma trabalhista) e PL 4.302/1998 (terceirização irrestrita) e, 3) PEC 287/16 (Reforma da Previdência).

A nosso ver, estas além de serem os carros chefes do novo governo, deixam evidentes como o novo bloco

no poder compreende a correlação capital x trabalho ao adotar medidas que favorecem, inextricavelmente,

as frações das classes burguesas.

GT – TRABALHO E TEORIAS SOCIAIS - SALA 55

A TEORIA DA REIFICACAO EM LUKÁCS NO LIVRO “HISTORIA E CONSCIÊNCIA DE CLASSE”

Matteo Bifone

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Pós-graduando em Ciências Sócias na UNESP - Campus de Marilia

Resumo:

O presente trabalho procura analisar o conceito de reificaçao bem como descrito pelo autor no ensaio “A

reificação e a consciência do proletariado”, definir a sua colocação política-histórica e o seu

desenvolvimento.

CRÍTICA MARXISTA AO COOPERATIVISMO: ELEMENTOS PARA A DISCUSSÃO SOBRE

TRABALHO ASSOCIADO

Bárbara Cristhinny Gomes Zeferino.

Doutoranda em Educação – Universidade Federal do Ceará.

e-mail: [email protected]

Bolsista da Agência financiadora - Capes. Resumo

Este artigo apresenta uma análise crítica do cooperativismo tanto nos seus fundamentos teóricos quanto na

sua prática. Apoiados na perspectiva marxiana, partimos do pressuposto ontológico, de que o trabalho é o

fundamento de toda e qualquer forma de sociabilidade. Iniciamos assim a abordagem da questão, para

assinalarmos quais os limites reais do cooperativismo para a superação da sociedade regida pelo capital e

quais as premissas e o fundamento da sociedade emancipada. Sem, no entanto, deixarmos de ponderar a

importância do cooperativismo para a organização dos trabalhadores e dos movimentos sociais pela

sobrevivência e pela resistência às ofensivas do capital e até na luta por transformações sociais.

TRABALHO E GLOBALIZAÇÃO NUMA PERSPECTIVA DO MUNDO DA VIDA ADAPTADO AO

SISTEMA

Luís César Alves Moreira Filho, doutorando na Unesp – Marília.

E-mail: [email protected]

DR. ALUÍSIO ALMEIDA SCHUMACHER, Unesp – Marília.

[email protected]

Resumo:

O presente trabalho fará uma releitura de Karl Marx a partir do livro I de O Capital junto ao Habermas, em

especial, em Para a reconstrução do materialismo histórico (1976) com outras obras, cuja reconstrução

buscará uma aplicação atual de ambos os autores. A racionalidade social está na capacidade de superar as

crises, consoante a isso, as contradições implicam na busca da solução efetiva das divergências num

processo que deve incluir a comunicação dentro da capacidade de se adaptar ou alterar o sistema, desde a

perspectiva antropocêntrica em que a responsabilidade social se faz presente à humanidade. Neste sentido

o mundo da vida não só reproduz o sistema simbólico como através da razão comunicativa permite

evolução, o qual induz as famílias numa perspectiva filogenética que remetem às imagens místicas de

mundo, imagens de mundo fechadas e imagens de mundo abertas, sem excluir de forma concomitante a

ontogênese em pré-convencional, convencional e pós-convencional. O fato de existir no mundo da vida

uma relação concomitante entre ontogênese e filogênese não implica ser paralelo, afinal a ontogênese

depende da filogênese, com isso o mundo da vida será avaliado em relação ao sistema junto à consciência

de classe.

OS MANUSCRITOS ECONÔMICO-FILOSÓFICOS, DE KARL MARX: A TEORIA DA ALIENAÇÃO E DO

ESTRANHAMENTO

Juliana Munhoz Moreno da Fonte – UNESP (MARÍLIA)

Resumo:

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Opção comunista e identificação do proletariado como sujeito revolucionário: eis o fim do primeiro

semestre de Karl Marx, em 1844, residido em Paris. O desenvolvimento teórico-prático que o autor alcança

nesse período marca a complexa dialética que determina a inflexão de seu desenvolvimento intelectual a

partir do ano de 1844. Assim, Os Manuscritos Econômico-Filosóficos, podem ser considerados a expressão

máxima do desenvolvimento ídeo-político pertencentes aos processos vivenciados por Marx no referido

período.

Dia 07/06/2018, Quinta-feira

GT – TRABALHO E POLITICAS EDUCACIONAIS - SALA 41

EM DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA: DEMOCRACIA E EDUCAÇÃO EM FLORESTAN FERNANDES

Julio Hideyshi Okumura

[email protected]

Henrique Tahan Novaes

[email protected]

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar os principais debates sobre o tema educação, nas décadas de

1950 e 1960, segundo a perspectiva de Florestan Fernandes. O autor encabeça nesse momento, por meio

de palestras, debates, discursos e manifestações, o movimento Em Defesa da Escola Pública. Nesse recorte,

para buscarmos compreender suas proposições e debates, elencamos três pontos que permeiam seus

pensamentos: 1º) em ternos sociológico, influenciado pela ciência de Karl Mannheim, Florestan

preconizava a aplicação da ciência para a formação do cidadão de postura democrática, participante de um

momento de desenvolvimento industrial e tecnológico 2º) em questões práticas/pedagógicas, o autor

propunha que as relações entre professor e aluno fossem constituídas e vivenciadas de forma democrática

e 3º) em questões políticas, que a verba pública fosse destinada somente para o custeio e desenvolvimento

da escola pública. Para dar mais sentido aos pontos elencados, no primeiro momento do texto, abordaremos

resumidamente sobre a sua trajetória de vida e formação. Não buscamos fechar respostas, pelo contrário,

entendemos que a leitura do autor, mesmo ao passar de praticamente 60 anos, certamente nos oferecerá

reflexões atualíssimas sobre a educação brasileira e seus dilemas.

FUTURO DOS INSTITUTOS FEDERAIS: UMA ANALISE DO AMBIENTE DE TRABALHO NOS INSTITUTOS FEDERAIS E

SEUS REFLEXOS NA FORMAÇÃO DOS ALUNOS

Liliane Regina Santos Costa

Sylvania Cavalcante de Sá

Áureo Viegas Mendonça

Resumo

Os Institutos Federais nascem de um Projeto Nacional baseada na soberania nacional, democracia e

inclusão social, voltada para o ensino profissional e tecnológico no Brasil. Resultante de uma intensa

transformação em números de instituições e em qualidade através do fortalecimento do tripé: ensino,

pesquisa e extensão. Os resultados da expansão do Institutos Federais são a expansão de matrículas, maior

oferta de cursos, interiorização dos Campi, desenvolvimento local, além da óbvia ampliação de

oportunidades para milhares de estudantes todos os anos em todo o país. Entretanto, mudanças no cenário

político externo, estão redirecionando vários aspectos na vida dos recém-formados Institutos Federais e dos

vários já consolidados de ordem orçamentário, financeira, trabalhadores da instituição, política e

educacional. Esse cenário vem trazendo incertezas e perdas trabalhistas que afetam a qualidade do trabalho

dos servidores dos Institutos Federais. Daí a necessidade da presente discussão.

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O DISCURSO DO TRABALHO EM LIVROS DIDÁTICOS DE ESPANHOL: UMA RELAÇÃO ENTRE

LÍNGUA, SUJEITO, SENTIDO E IDEOLOGIA

Luciana de Carvalho - Unicamp

[email protected]

Resumo

Nas condições sócio-históricas da Mundialização do capital, o trabalho - caracterizado pelo novo complexo

da reestruturação produtiva, em sua forma flexível - tem como base de sustentação uma nova ideologia de

intensificação do controle e de manipulação da força-que-vive-do-trabalho (cf. Antunes, 2009), implicando

em uma maior subsunção do trabalhador aos valores da organização e às forças produtivas do capital. Desse

modo, apresentamos neste texto um recorte de nossa tese de doutorado, que tem como objetivo refletir

sobre o discurso do/sobre o trabalho em livros didáticos de espanhol (LDs), direcionados ao ensino-

aprendizagem dessa língua a falantes brasileiros, inseridos no espaço enunciativo (cf. Guimarães, 2002)

das relações empresariais. Situando-nos no campo teórico-metodológico da Análise de Discurso francesa,

em sua relação com a História das Ideias Linguísticas, analisamos especificamente as imagens de língua e

de sujeito nesses LDs, em circulação no mercado editorial brasileiro, a partir de 1990. Sustentamos a

hipótese de que esse período é marcado por uma intensa produção e diversificação de títulos para o trabalho,

como efeito da ampliação do “espaço de enunciação” (cf. Guimarães, 2002) do espanhol no mundo e,

sobretudo no Brasil.

UM TEMPO DE MUDANÇAS: TRABALHO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO

SUPERIOR NO FINAL DO SÉCULO XX E LIMIAR DO SÉCULO XXI

Vânia Amaral da Rocha – UFU

[email protected]

Resumo:

O presente artigo é parte da pesquisa realizada na dissertação de mestrado defendida pela autora, no

Programa de Pós-Graduação em Educação da FACED-UFU. Buscou apreender a dinâmica das mudanças

sociais, políticas e econômicas no final do século XX e limiar do século XXI, e seus desdobramentos nas

políticas educacionais brasileiras, em especial, na educação superior. Nesta análise, discutiu-se as novas

tendências no âmbito da organização do trabalho, da produção e do papel do Estado, face os desafios da

globalização econômica e das práticas neoliberais. Procurou evidenciar os ajustes político-econômicos em

nível nacional, especialmente, a partir da segunda metade da década de 1990, nos governos de FHC. Os

elementos aqui destacados ajudam a afirmar a historicidade do objeto de pesquisa, na medida em que situam

as relações entre o contexto sócio-político-econômico e educacional mais amplo e o objeto de estudo

analisado.

AS NOVAS EXIGÊNCIAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO TRABALHADOR PORTUÁRIO

AVULSO (TPA) NO ÂMBITO DA REFORMA PORTUÁRIA BRASILEIRA

Luceli Gomes da Silva, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade, linha de

pesquisa Tecnologia e Trabalho da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus

Curitiba – PR. [email protected].

ORIENTADOR:

MÁRIO LOPES AMORIM, UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ (UTFPR),

CAMPUS CURITIBA - PR. [email protected]

Resumo:

O presente estudo tem por objetivo investigar as novas exigências de formação profissional correlatos aos

trabalhadores portuários avulsos (TPA’s) do porto de Paranaguá, litoral do Paraná, após a reforma portuária

brasileira, apoiada pela promulgação da Lei n°8.630 de 1993 e da sua reedição, a Lei n°12.815 de 2013,

ambas conhecidas como Leis de Modernização dos Portos. Nesse contexto, visando responder às mudanças

macroeconômicas do comércio marítimo e do Custo Brasil, houve o entendimento político-econômico que

se fazia necessário não só modernizar a infraestrutura portuária, mas também as relações de trabalho, bem

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como qualificar a força de trabalho avulsa aos novos métodos de manuseio de cargas das operações

portuários, implementados com a introdução das inovações tecnológicas logísticas. A Lei 8.630/93

estabeleceu a criação do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), que tem a incumbência, via convênio

com a Capitania dos Portos da região, de ofertar os cursos do Programa de Ensino Profissional Marítimo

para portuários (PREPOM). A metodologia é qualitativa e se apoia nos referenciais do materialismo

histórico-dialético, nos marcos legais que dizem modernizar o sistema portuário brasileiro, em fontes junto

ao OGMO/PR e material pedagógico dos cursos do PREPOM.

GT – TRABALHO, ECONOMIA E SOCIEDADE - SALA 43

PUNIÇÃO DA MISÉRIA: CONTROLE SOCIAL NO ESTADO NEOLIBERAL BRASILEIRO

Pedro Endrigo Trejo de Oliveira

Universidade Estadual Paulista(UNESP)

Resumo

As presentes reflexões possuem o fito de entender a relação entre os mecanismos do mercado de trabalho

e do sistema penal, ambos inseridos em contexto neoliberal no Brasil, uma vez que, o crescimento da

população encarcerada é notório. No Brasil, os dados coletados em Junho de 2017, por uma pesquisa,

desenvolvida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE),

mostrou que de Junho de 2016 a Junho de 2017, a taxa de desemprego entre jovens aumentou em quase

todas as regiões pesquisadas. O crescimento das taxas de desemprego caminha lado a lado com o

acirramento da violência e, logo, do aumento da população encarcerada brasileira. Segundo o Departamento

Penitenciário Nacional (DEPEN), o Brasil possui a 4º maior população carcerária do mundo. Deste modo,

nos debruçaremos sobre os dispositivos que o Estado faz uso para controlar e reprimir pobres, mas também

desvelando como a situação de pobreza vem sendo usada, para legitimar a manutenção e expansão de um

macro-aparato repressivo estatal, voltado não somente para criminosos violentos, mas para esta população

empobrecida. Não coincidentemente é essa população que, atualmente, encontra-se preponderantemente

fora do mercado de trabalho formal e excluída das políticas sociais do Estado.

CONDIÇÕES DE TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL:

UMA ANÁLISE SOBRE A REGIÃO DE PARANAVAÍ/PR

Thaís Gaspar Mendes da Silva, UNESPAR/Paranavaí,

[email protected]

Priscila Semzezem, UNESPAR/Paranavaí,

[email protected]

Resumo

Este trabalho objetiva apresentar resultados de pesquisas que versam sobre “As condições de trabalho do

assistente social na Proteção Social Básica e Especial da assistência social: uma análise nos 29 municípios

de abrangência do Escritório Regional de Paranavaí - Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social do

Estado do Paraná”. Trata-se de uma pesquisa com duração de dois anos, composta por várias etapas:

pesquisa bibliográfica, documental, pesquisa de campo - por meio de aplicação de questionários com

perguntas abertas e fechadas, tabulação e análise de dados. Os resultados permitiram a construção de um

panorama sobre as condições de trabalho dos assistentes sociais inseridos na política de assistência na

região de Paranavaí, demonstrando elementos que caracterizam conquistas e desafios de forma

contraditório na construção da política de assistência social, tanto em âmbito nacional, como na

particularidade regional. Identificou-se que nos municípios da região efetivou-se em partes dispositivos da

NOB-RH/SUAS (2006) em relação as condições de trabalho dos assistentes sociais. As considerações finais

apontam como fundamental a necessidade de se colocar em pauta o debate sobre as condições de trabalho

na região que devem ser discutidas e articuladas de forma coletiva entre os profissionais do SUAS.

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IDEOLOGIAS GEOGRÁFICAS E A PRODUÇÃO CAPITALISTA DO ESPAÇO NA MICRORREGIÃO

DE TRÊS LAGOAS (MS): REPRESENTAÇÕES E ESTRATÉGIAS DE AUTOLEGITIMAÇÃO DA FIBRIA

Joser Cleyton Neves

Graduando em licenciatura em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Integrante do Projeto de Pesquisa “Produção capitalista do espaço, ideologias geográficas e resistências

socioespaciais contemporâneas”

[email protected]

Prof. Dr. Thiago Araújo Santos

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Coordenador do Projeto de Pesquisa “Produção capitalista do espaço, ideologias geográficas e

resistências socioespaciais contemporâneas”

[email protected]

Resumo:

O presente trabalho pretende, ainda que em fase inicial de estudos, entender as relações estratégicas de

autolegitimação da indústria de celulose FIBRIA dentro da microrregião de Três Lagoas, em conjunto com

o Estado, a mídia e a sociedade. Com base no conceito de Ideologias Geográficas e no aporte teórico

marxista, partiremos do entendimento do Estado como coadjuvante na consolidação de representações

sociais da/sobre a empresa, e da mídia como principal veículo de legitimação desse processo. O percurso

metodológico visa identificar e analisar vídeos institucionais do canal “Fibria Brasil” no YouTube, bem

como reportagens em jornais e telejornais sobre Três Lagoas que repercutam efeitos da presença da

empresa. Alguns resultados já podem ser destacados previamente: mobilização de uma narrativa que

evidencia uma suposta irreversibilidade e naturalidade dos processos sociais em curso, afirmação de um

protagonismo empresarial em ações sociais e ambientais, consideração dos interesses particulares da

empresa como interesses universais. Tais indicações sugerem a perspectiva de consolidação de um

“consentimento ativo” que resulta na objetivação de um projeto específico de produção do espaço urbano

e agrário.

CONSTRUINDO TERRITÓRIOS ECONÔMICO FEMINISTAS NO SERTÃO DO PAJEÚ EM

PERNAMBUCO

MÔNICA VILAÇA DA SILVA, mestranda do PPGS UFPB – João Pessoa.

MÓNICA LOURDES FRANCH GUTIÉRREZ, Professora Doutora do PPGS UFPB – João Pessoa.

Resumo:

Este trabalho propõe-se a refletir as práticas de trabalho e de organização econômica das mulheres que

constroem a Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú no semiárido pernambucano. Esta rede, formada em

2005, hoje reúne 36 grupos produtivos compostos apenas por mulheres que atuam na agricultura familiar,

no artesanato, no beneficiamento de alimentos, na costura, além da comercialização coletiva e organização

de fundo rotativo solidário próprio. Estas mulheres reivindicam como referências para sua organização o

feminismo, a economia solidária e a agroecologia, o que as têm levado a uma experiência de ação política

e organizativa no semiárido que problematiza as experiências de organização econômica e de trabalho neste

território. Assim, considerando a economia solidária como contexto destas práticas, a análise toma como

referência a economia feminista e a ética dos cuidados para discutir como a experiência de trabalho e

organização econômica desta mulheres contribui para refletir quanto aos sentidos da invisibilização das

mulheres na economia, dos valores subjacentes ao trabalho produtivo quanto a racionalidade, ao egoísmo

e a exploração do meio ambiente, e que se sustentam com a atribuição às mulheres de aspectos centrais

para a manutenção e reprodução da vida.

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PANORAMA DA REALIDADE DOS MUNICÍPIOS DA AMUNPAR: REFLEXÕES SOBRE TRABALHO

PARA JUVENTUDE

ALANA ALVES DOS REIS PIM (Universidade Estadual do Paraná- UNESPAR Campus Paranavaí)

E-mail: [email protected]

ANDRESSA SEIXAS (Universidade Estadual do Paraná- UNESPAR Campus Paranavaí)

E-mail: [email protected]

NATHIELLI CHRISTINA DOS SANTOS (Universidade Estadual do Paraná- UNESPAR Campus

Paranavaí)

E-mail: [email protected]

TEONE MARIA RIOS DE SOUZA RODRIGUES ASSUNÇÃO (Universidade Estadual do Paraná -

UNESPAR Campus de Paranavaí)

[email protected]

Grupo de Pesquisa CNPQ – Economia do Trabalho, Educação e Desenvolvimento Regional –

Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR – Campus de Paranavaí.

Resumo

Este estudo foi realizado a partir dos dados coletados para um Projeto de pesquisa em andamento na

Universidade Estadual do Paraná – Campus de Paranavaí, denominado “Juventude, Educação e Trabalho:

A identidade, trajetória e expectativa dos jovens trabalhadores em municípios da Região da Associação dos

Municípios do Noroeste do Paraná – AMUMPAR.”O objetivo para este trabalho é, apresentar a realidade

dos municípios desta região no que diz respeito a população, ao número de jovens, o número de indústrias,

bem como o IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano. É uma pesquisa exploratória bibliográfica e

documental. Logo, identifica-se que os municípios da AMUNPAR possuem uma quantidade expressiva de

indústrias nos diversos gêneros, as quais necessitam da força de trabalho jovem.

ANÁLISE DO PROGRAMA DE GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA NO BRASIL (PROGER).

Eduardo Augusto Rodrigues Barros

Resumo

Este trabalho se propõe analisar o Programa de Emprego Geração e Renda do Governo Federal (PROGER)

capital de giro e investimento, por meio do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador

(CODEFAT). Investigando-se por meio dele o tensionamento dos representantes sindicais, Governo e

Empresas na gestão dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) do Ministério do Trabalho

(MTb). Procura-se assim, analisar se as disputas tendenciam para a garantia de direitos aos trabalhadores

sobrantes e precarizados em forma de programas e políticas públicas, considerando a tendência para o

trabalho atípico e flexível contemporâneo, bem como as políticas neoliberais e o capitalismo dependente

no qual o Brasil está situado. Busca-se analisar os recursos do FAT e como esses são destinados por meio

de depósitos em Instituições Financeiras Oficiais Federais (IFOF’s), ao PROGER, por meio da aprovação

do CODEFAT.

PRINCÍPIOS E PRÁTICAS DA GESTÃO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA COMO SUBSÍDIO PARA O

ENSINO DA ADMINISTRAÇÃO: BUSCA POR PRESSUPOSTOS

Gustavo Bigetti Guergoletto (Instituto Federal do Paraná – IFPR)

[email protected]

Renata Peres Barbosa (Universidade Federal do Paraná-UFPR)

[email protected]

Resumo

Frente às condições sociais desiguais na contemporaneidade, orientadas por projetos societários pautados

pela lógica do sistema capitalista global e excludente, entendemos que o modo de produção se desenvolve

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em meio a contradições, que muitas vezes apresentam as próprias lacunas para a sua superação. Nesse

sentido, este trabalho tem por objetivo refletir acerca das possibilidades de se pensar práticas

emancipatórios no ensino de administração, a partir das contradições do próprio sistema, para além da

lógica do regime de acumulação flexível. Apresentamos aqui a proposta de análise das organizações

pautadas nos princípios da economia solidária, bem como a análise das potencialidades do ensino técnico

integrado numa perspectiva de formação integral, entendendo que ambos podem aliarem-se enquanto

práticas comprometidas com a transformação social que permitam uma leitura ampla e contextualizada da

realidade social. Pretende-se, desse modo, analisar os princípios da gestão da economia solidária como

subsídio para o ensino da administração visando à formação de indivíduos sob uma ótica não restrita ao

modelo liberal, mas com capacidade crítica acerca da sociedade em que está inscrito. Trata-se de um estudo

bibliográfico.

GT TRABALHO, TECNOLOGIA E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA -

SALA 51

TRABALHO E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA NO CAPITALISMO DO SÉCULO XX E

IMPLICAÇÕES PARA O SÉCULO XXI

Geraldo do Nascimento Carvalho

Marcelo Soares Pereira Silva

Fabiane Santana Previtali

Resumo:

Este texto resulta de estudos da disciplina Trabalho, Sociedade e Educação, no âmbito do Programa de Pós-

Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia e atende a requisito de natureza avaliativa.

Tem como objetivo discutir trabalho e reestruturação produtiva no capitalismo do século XX e implicações

para o século XXI. Constitui estudo teóricobibliográfico, sustentado no suporte teórico metodológico do

materialismo histórico e dialético e referenciado em autores como Marx (2014); Engels (1985); Braverman

(1977); Mészáros (1996 e 2011); Antunes (2011), dentre outros. Além da introdução, que discute o conceito

de trabalho, o texto conta com dois trópicos e a conclusão: 1) O trabalho e a classe trabalhadora na fase das

transformações técnico-científicas de base taylor-fordista; 2) Trabalho, reestruturação produtiva neoliberal

e acumulação flexível. Ao final, conclui que as transformações no trabalho, visando sua adequação às

sucessivas mudanças nos processos de reorganização do processo de produção e reprodução do capital no

século XX, beiram os limites da subsunção real do trabalho ao capital e da natureza humana, especialmente

na fase monopolista do capitalismo neoliberal globalizado, revelando crescente precarização do trabalho

total.

O SERVIÇO SOCIAL E A RACIONALIDADE GERENCIAL: INVESTIGANDO O TRABALHO DO

ASSISTENTE SOCIAL EM ESPAÇOS SÓCIO OCUPACIONAIS REESTRUTURADOS.

Karla Fernanda Valle, Assistente Social do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ)

e Professora Substituta da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro

(ESS/UFRJ),

e-mail: [email protected]

Janete Luzia Leite, Professora Associada da Escola de Serviço Social (graduação e pós-graduação) da

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre

Políticas Públicas, "Questão Social” e Serviço Social (NUPEQUESS/UFRJ - Diretório dos Grupos de

Pesquisa CNPq),

e-mail: [email protected].

Resumo

Page 28: (providenciaremos a devida inclusão na Programação … XIST.pdf · Giovanni Alves, Maria Inês Nassif, Miguel do Rosário e Wilson Ramos Filho Abertura do Evento Dia 4 de junho

O nosso estudo busca identificar os impactos da racionalidade gerencial sobre o trabalho do assistente social

em espaços sócio-ocupacionais reestruturados forjados pelo aguçamento da Crise do Capital e pela reforma

neoliberal do Estado capitaneada pelos organismos multilaterais (FMI e BM). Partimos da premissa de que

os “fetiches da gestão” reforçam a subalternidade profissional e catalisam a perda da já relativa autonomia

do assistente social por influência dos modismos gerenciais que facilitam uma renovação daquilo que há

de mais conservador na profissão (tutela, ajuda psicossocial e higienismo, etc.), aumentando o hiato entre

a intencionalidade progressista da categoria profissional e os meios práticos-objetivos para a sua

concretização. O nosso referencial teórico-metodológico situa-se na perspectiva marxiana e, portanto,

recorreremos a pensadores vinculados teoria social crítica como Karl Marx e György Lukács e, nesse

mesmo sentido, nos basearemos em autores que analisam a correlação entre mundo do trabalho

contemporâneo (sob a égide do capital manipulatório) e a reforma gerencial do Estado, a exemplo de

Giovanni Alves, Cláudio Gurgel e Vincent de Gualejac. Por fim, a nossa pesquisa de campo em andamento

investiga o judiciário trabalhista carioca na condição de expressão particular de uma instituição pública

reestruturada. Palavras-chave: Assistente social. Gerencialismo. Reforma neoliberal do Estado.

MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO: CONSIDERAÇÕES ACERCA DO TRABALHO DO

ASSISTENTE SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE

Fabiana Silva Costa (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri-UFVJM)

Dr. Fernando Leitão Rocha Junior (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri-UFVJM)

Resumo:

As transformações ocorridas no sistema produtivo nas últimas quatro décadas alteraram de maneira

significativa a organização das empresas que mudaram seus modelos organizacionais para adaptarem-se às

novas condições impostas pelo capital. Esta pesquisa tem como objeto de estudo as transformações

ocorridas no mundo do trabalho e as implicações para o trabalho do assistente social na contemporaneidade.

Versará ainda acerca de alguns aspectos que compõe o processo de flexibilização do trabalho na sociedade

capitalista. No que se refere à organização do trabalho, a crise dos modelos pautados nas práticas

tayloristas/fordistas de organização e sua substituição por novos modelos organizacionais baseados na

integração e polivalência de tarefas executadas pelos trabalhadores. Nesta linha de raciocínio, as atividades

laborativas do assistente social a nosso juízo são utilizadas para um “incremento” para a reprodução

ampliada do capital. Embora estejam alocados na esfera do setor de “serviços”, o trabalho dos assistentes

sociais, especialmente aqueles inseridos na iniciativa privada, são de relevância para o capital. O processo

metodológico a ser utilizado neste trabalho é baseado em pesquisa bibliográfica e documental de teóricos

da teoria social de Marx, bem como, na tradição marxista.

REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E MERCADO DE TRABALHO: ALTERAÇÕES NO PERFIL

PROFISSIONAL A PARTIR DA IMPLANTAÇÃO DA UNIDADE FABRIL DA SUZANO PAPEL E

CELULOSE EM IMPERATRIZ – MA

Maria da Conceição Mesquita Leal

Bolsista de Iniciação Científica na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão –

UEMASUL

E-mail: [email protected]

Dr. Allison Bezerra Oliveira

Professor na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL

E-mail: [email protected]

Resumo:

O presente artigo, tem como objetivo principal, discutir alguns dos processos de reestruturação produtiva e

trabalho, desencadeadas a partir da implantação da unidade fabril da Suzano Papel e celulose no município

de Imperatriz, localizada no estado do Maranhão. Os processos desencadeados pelas consecutivas

reestruturações produtivas no segmento industrial vem acompanhadas de profundas transformações no

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mercado de trabalho, tais mudanças implicam em generalizadas alterações nos perfis profissionais, no

mercado de trabalho propriamente dito, no surgimento de novos segmentos profissionais além da criação

de um padrão de busca de capacitação profissional para a inclusão em novas áreas que surgem. Buscou-se

verificar a partir de dados secundários na RAIS/MTE instituições de ensino locais, a visualização das

mudanças ocorridas no mercado de trabalho de Imperatriz para atender a inserção da nova logística

industrial e os vários segmentos envolvidos atraídos pelas novas formas existentes do local de estudo. Os

resultados apresentados sugerem que: a reestruturação produtiva ocorrida no município de Imperatriz

mediante a implantação da unidade fabril tem proporcionado consigo expressiva reestruturação no mercado

de trabalho através da inserção de novos cursos técnicos profissionalizantes e cursos superiores para atender

as recentes demandas do setor secundário.

CONSELHOS DE FÁBRICA E PODER OPERÁRIO

Marília Gabriella Machado (UNESP/FFC)

Resumo:

Antonio Gramsci é um organizador da cultura socialista e um militante de grande importância do

movimento operário turinês durante o século XX. Inserido no Partido Socialista Italiano (PSI)

provavelmente desde meados de 1913, o jovem sardo busca analisar eventos e fatos importantes da Itália.

Gramsci percorre um trajeto até se tornar um comunista, e suas influências teóricas vão de Benedetto Croce,

Rosa Luxemburg, Georges Sorel e Lenin. Com o cenário marcado pela guerra imperialista e pela convulsão

da revolução russa, Gramsci se aproxima cada vez mais do movimento operário italiano e concebe

importantes análises sobre seu contexto histórico. Dessa maneira, esse texto tem como objetivo delimitar o

ambiente teórico e político do jovem sardo e demonstrar a importância dos Conselhos enquanto nova forma

de organização do proletariado

GT PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO, CAPITALISMO E CLASSES SOCIAIS

- SALA 58

ESTRATÉGIAS ESPACIAIS E PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NAS REDES DE COMÉCIO

VAREJISTA DE FORTALEZA

Francisco Wémerson Nobre do Nascimento (Universidade Federal do Ceara - UFC)

[email protected]

José Meneleu Neto (Universidade Estadual do Ceará - UECE)

[email protected]

Resumo:

O processo de reestruturação do capital comercial no Brasil se aprofundou ao longo das primeiras décadas

do séc. XXI, seguindo as tendências derivadas da globalização econômica, dentre as quais se destacam a

financeirização e a oligopolização do varejo, com a formação de grandes redes em escala nacional. Partindo

desses pressupostos, o foco da investigação se volta para a compreensão das correlações dialéticas entre as

formas espaciais da concorrência oligopolista e as condições de trabalho dos comerciários. Na medida em

que os fluxos de comércio tendem a se concentrar nas grandes redes nacionais, envolvendo crescente

financeização na realização da mais-valia, um conjunto de mutações no “chão de loja” passam a fazer parte

do cotidiano dos trabalhadores. As inovações impactam não só os processos de trabalho, mas o próprio

perfil do trabalhador comerciário. O deslocamento do foco sistêmico da acumulação para redução do tempo

de realização tem levado os comerciários ao adestramento e à subordinação que capturam sua subjetividade,

estressando e precarizando sua condição existencial.

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PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO POR MEIO DO ESTÁGIO: O ESTÁGIO NOS CURSOS DAS

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DA UNESPAR CAMPUS DE PARANAVAÍ.

Givaldo Alves da Silva – Unespar/Paranavaí

Maria Inez Barboza Marques – Unespar/Paranavaí

Piedra dos Santos Roza – Unespar/Paranavaí

Resumo:

Dentro do processo de combinação de reestruturação produtiva do capital com políticas neoliberais que

levam à redução dos custos de produção, no Brasil ̶¬ em função de uma legislação permissiva ̶¬ , o estágio

tem se tornado um meio recorrente de exploração da força-de-trabalho de jovens estudantes. No intento de

compreender essa realidade nos cursos da área das Ciências Sociais Aplicadas da Unespar/Campus

Paranavaí foi feita uma investigação junto a uma parcela de jovens que desenvolve estágio remunerado.

Para tanto, os(as) estagiários(as) responderam a um questionário elaborado e disponibilizado na plataforma

Google Forms. Dentre os resultados obtidos, alguns dados chamam a atenção: Somente 40,6% dos

respondentes entendem que suas atividades de estágio correspondem ao que é aprendido em sala de aula,

62,3% interpretam a função de estagiário, na prática, não difere daquela que é exercida por empregados e

49,3% dos estudantes não estão contentes com a condição de estagiário.

AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO E OS REBATIMENTOS NA POPULAÇÃO EM

SITUAÇÃO DE RUA NA CIDADE DE FRANCA – SP

Graziela Donizetti dos Reis (Programa de Pós-Graduação em Serviço social da Faculdade de Ciências

Humanas e Sociais, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- Campus de Franca).

[email protected].

COAUTOR:

Dr Gustavo José de Toledo Pedroso (Programa de Pós-Graduação em Serviço social da Faculdade de

Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- Campus de

Franca).

[email protected]

Resumo

O trabalho apresentará uma reflexão sobre a população em situação de rua na cidade de Franca-SP. Desse

modo, espera-se que a sua elaboração contribua para o debate e a pesquisa sobre a realidade dos sujeitos

estudados. O ensaio teórico pretende trazer uma discussão sobre as transformações que ocorreram no

mundo do trabalho e os rebatimentos na população em situação de rua. O recorte temporal escolhido é o

período de 2010 a 2017 na cidade de Franca - SP, porém haverá o resgate de alguns momentos históricos

com o intuito de enriquecer a discussão. A pesquisa bibliográfica, documental e empírica contribuirá para

a compreensão das relações entre as transformações no mundo do trabalho e os reflexos na população em

situação de rua. O referencial teórico metodológico que será utilizado para desenvolver o estudo, será da

área do Serviço Social, mas priorizaremos as referências relacionadas ao mundo do trabalho, ressaltamos

que para a compreensão das contradições envoltas no tema, recorremos a literatura marxiana e marxista.

GT TRABALHO E SAUDE DO TRABALHADOR I - SALA 56

O PERFIL DE MORBIMORTALIDADE DE TRABALHADORES RURAIS CANAVIEIROS NO BRASIL

Cassiano Ricardo Rumin – FFCLRP/USP – Email: [email protected]

Vera Lucia Navarro – FFCLRP/USP – Email:[email protected]

Resumo:

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Esta pesquisa objetivou caracterizar os impactos da reestruturação produtiva na saúde dos trabalhadores

rurais canavieiros. O levantamento de dados foi realizado na Base de Dados Históricos de Acidentes do

Trabalho (2009-2015) e no Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (2013-2015). Os postos de

trabalho foram reduzidos de 200mil (2009) para 135mil (2015). A cada 100mil trabalhadores, a

reabilitação cresceu de 71 casos (2009) para 147 casos (2015); a incapacidade permanente evoluiu de

11,3 registros (2009) para 18,7 registros (2015). Entre 2013 e 2015 a incidência de acidentes foi reduzida

de 25‰ para 15‰. A acidentalidade entre 16 e 34 anos atingiu 50% dos trabalhadores. A cada 100mil

trabalhadores: a incidência de doença ocupacional passou de 12 casos (2013) para 24 casos (2015); a

letalidade cresceu de 3,4 registros (2013) para 7 registros (2015); a mortalidade era de 8,5 casos (2013) e

foi elevada para 11 casos (2015). O desemprego, a gravidade dos acidentes, o crescimento da

incapacidade permanente e da mortalidade, indicam que houve degradação do processo de trabalho e da

saúde dos trabalhadores rurais. A alta acidentalidade e a ampliação das doenças e da letalidade,

caracterizam um perfil de morbimortalidade que prejudicaria a aposentadoria por tempo de serviço.

O DESEMPENHO CANSADO

Aline Cristina Domingues (UNESP-Graduação de Ciencias Sociais)

Profª Dra. Maria Valéria Barbosa (UNESP)

Resumo

O presente artigo busca discutir a dimensão do trabalho na contemporaneidade, tendo como ponto de partida

a reportagem da Folha de São Paulo que relata o suicídio de um jovem estudante da pós-graduação.

Agregamos esta discussão ao debate sobre a “sociedade de desempenho” de um sistema capitalista onde as

nuanças presentes no cansaço crônico da atual era pós-moderna, são as expressões mais forte de um

processo complexo de exploração e competitividade. Partindo da reportagem, faremos uma revisão

bibliográfica de autores como Camus (1989), Jeppe (2013) e em destaque, Byung-Chul Han (2015).

Compreendemos que ao tratar de tema tão polêmico é necessário extremo cuidado e respeito, além de,

buscar alternativas para que evitemos mais casos, por meio, do exame de diversas perspectivas, por isso,

nos propomos a fazer uma analise sociológica das condições de um estudante que de inúmeras formas é

essencialmente um trabalhador explorado. Portanto, a Universidade deve deixar de lado a incorporação da

lógica nefasta do produtivismo exacerbado e a cobrança intensificada por desempenho, pois a escolha pela

manutenção ou implantação de tal sistema exploratório tem se mostrado demasiadamente prejudicial a toda

a comunidade acadêmica em especial, os alunos que estão na linha de frente e são os mais fragilizados e

indefesos; e nos quais acabam recaindo a cobrança por um desempenho altíssimo, podendo leva-los a

situações extremas, como o suicídio.

A EDUCAÇÃO SUPERIOR NO CONTEXTO DOS GOVERNOS FHC (1995-2002), LULA (2003-2010):

PRIVATIZAÇÃO E MERCANTILIZAÇÃO

Araré de Carvalho Júnior – UNESP/UNIFEB

Resumo

A LDB de 1996 foi o marco para as transformações que marcaram, nos anos seguintes, o ensino superior

brasileiro. A privatização, mercantilização e diferenciação foram os eixos que nortearam o processo da

crescente participação do setor privado na oferta de ensino superior no Brasil. Alinhadas com os

organismos internacionais, as leis e decretos que seguiram foram dando forma a um ensino superior com

predominância do setor privado. Os governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva

tiveram mais continuidades do que rupturas no processo de mercantilização do ensino superior. Com a

criação de fontes financiadoras para os alunos e a oferta de bolsas, foram responsáveis por transferências

de grandes volumes de capital para instituições privadas de educação superior. O presente artigo pretende

mostrar dados e conjecturas que esclarecem como o setor privado se tornou, a partir dos anos de 1990,

responsável por cerca de 76% das matrículas no ensino superior no Brasil

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IMPACTOS DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NA SAÚDE MENTAL DOS TRABALHADORES

PÚBLICOS: O CASO DA SECRETARIA DO VERDE E DO MEIO AMBIENTE

Elionara de Souza Ribeiro (SINDSEP-SP) ([email protected]);

Carolina de Moura Grando (SINDSEP-SP) ([email protected])

ORIENTADORA

RENATA PAPARELLI (PUC-SP) ([email protected])

Resumo

O presente trabalho procurou investigar os impactos na saúde mental dos agentes públicos diante dos

contínuos e crescentes processos de sucateamento de seus serviços. Baseia-se no estudo de caso da

Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), na qual realizaram-se, em parceria do Sindicato dos

Trabalhadores da Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo (SINDSEP-SP) com a

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), grupos e entrevistas para levantamento da

situação de saúde nos Departamentos de Gestão Descentralizadas (DGDs). Pauta-se na teoria do desgaste

mental relacionado ao trabalho de Seligmann-Silva. O estudo identificou como principais elementos

produtores de desgaste mental na SVMA: as condições materiais precárias de trabalho; o impedimento

organizacional do trabalho e as relações violentas de trabalho. Como elemento protetivo da saúde mental

dos trabalhadores, identificou-se a importância da solidariedade.

O PROCESSO DE TRABALHO DAS “AMARRADORAS” DO PORTO SANTISTA E AS IMPLICAÇÕES

À SAÚDE DAS TRABALHADORAS

Claudia Maria França Mazzei Nogueira (Universidade Federal de São Paulo)

Marina Coutinho de Carvalho Pereira (Universidade Federal de São Paulo)

Resumo

O presente trabalho é parte integrante de tese de doutorado tendo como objeto o estudo do processo de

trabalho e seus reflexos à saúde das trabalhadoras auxiliares portuárias conhecidas como “amarradoras” da

CODESP (Companhia Docas do Estado de São Paulo) do porto santista diante das implicações da divisão

sexual do trabalho assalariado neste setor e as transformações que vem ocorrendo no mundo do trabalho,

prioritariamente ao que tange o referido porto no século XXI – período este onde ocorre o aumento da

inserção da força de trabalho feminina. Utilizou-se como método o materialismo histórico dialético e

pautou-se a pesquisa em bibliografias sobre o tema, artigos de jornais, sites, bem como nos dados colhidos

em observações e entrevistas de campo. Como resultados pudemos constatar que a operação de atracação

e desatracação é um espaço com predisposição a adoecimento e acidentes apresentando riscos à saúde

das(os) trabalhadoras(es), espaço esse que continua provocando desgaste físico e mental. A pesquisa

confirmou que os possíveis agravos à saúde das “amarradoras” são inerentes a fatores relacionados ao cargo

ocupado e à forma de organização do trabalho.

SAÚDE E DOENÇA DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA CURTUMEIRA

Bárbara Oliveira Rosa, Discente do Doutorado em Psicologia (FFCLRP/USP)

E-mail: [email protected]

(Projeto de pesquisa “Trabalho e saúde: de que adoecem os trabalhadores de curtume”) VERA LÚCI

NAVARRO, Prof. Doutora em Sociologia (FFCLRP/USP)

E-mail: [email protected]

Resumo

As mudanças no mundo do trabalho que se aceleraram nas últimas décadas têm promovido intensificação

do ritmo, cobranças de metas e maior controle sobre o trabalho e os trabalhadores, fatores que agravam as

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condições de trabalho e consequentemente a saúde dos trabalhadores, em geral, e de modo particular a de

trabalhadores de curtumes. O estudo tem por objetivo conhecer de que adoecem os trabalhadores da

indústria curtumeira do município de Franca/SP. A pesquisa em andamento é embasada teórica e

metodologicamente no materialismo histórico dialético. Até o momento foram entrevistados 10

trabalhadores de um total de 20 previstos. O roteiro de entrevista é focado na trajetória profissional e nas

condições de trabalho. Além das entrevistas também serão realizadas observação sistematizada do processo

de trabalho, registro fotográfico e consulta a documentos. Os dados obtidos até o momento revelam

aspectos da organização do trabalho, das condições e relações de trabalho as quais estão submetidos os

trabalhadores curtumeiros. Revelam aspectos sobre as cargas físicas, mecânicas, químicas, biológicas e

psicológicas presentes no ambiente de trabalho que podem estar afetando a saúde dos trabalhadores.

GT TRABALHO E SAUDE DO TRABALHADOR II - SALA 59

SAÚDE DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO: RELAÇÕES COM O AMBIENTE DE

ATUAÇÃO PROFISSIONAL E O SENTIDO DO TRABALHO.

Carlos E. Cervilieri – Mestrando do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Faculdade de

Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. E-mail

[email protected]

VERA LÚCIA NAVARRO. – Professora Associada do Departamento de Psicologia da Faculdade de

Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. E-mail [email protected]

Resumo:

Com a atual perda da razão social do trabalho, deixa de existir o sentido para aqueles que o realizam. O

objetivo principal da pesquisa é estabelecer relações entre os problemas de saúde relatados pelos

profissionais e sua atividade laboral. A pesquisa está dividida em duas etapas, na primeira já concluída, foi

realizada revisão bibliográfica da produção científica abordando a questão do trabalho e a saúde dos

professores no período de 2012 a 2017, para a revisão foi utilizada as bases de dados: SciELO, PsycINFO

e Biblioteca Digital de teses da USP somando o total de 9.037 publicações. A segunda etapa, em andamento,

são entrevistas com 20 professores da rede pública estadual pertencentes ao município de Ribeirão Preto

(SP). As entrevistas estão sendo realizadas a partir de roteiro com questões abertas e fechadas em duas

escolas coparticipantes. A primeira etapa, já concluída, revela o aumento no número de adoecimentos e

afastamentos dos professores de sua atividade de trabalho no período de 2015 a 2017. Só na rede estadual

de ensino do Estado de São Paulo em 2016 foram 372 licenças por dia, sendo 27% dos afastamentos por

transtorno mental.

SAÚDE DO TRABALHADOR: ENTRE A AUTONOMIA E O ADOECIMENTO

Fagner Firmo de Souza Santos (membro Grupo Mundos do Trabalho e suas metamorfoses)

E-mail: [email protected]

Resumo

A saúde do trabalhador é uma das questões mais caras à Sociologia do Trabalho, que se propõe a analisar

as transformações na forma de ser da classe trabalhadora. Nela estão contidas questões como a

intensificação do trabalho, a análise dos perfis de adoecimento correspondente aos diferentes processos

adotados na produção, circulação e realização das mercadorias. O que podemos notar em inúmeros estudos

feitos sobre o tema é que nas ultimas décadas houve mudanças no perfil de adoecimento, bem como nos

agentes causadores de acidentes de trabalho. Em linhas gerais podemos notar que antes predominavam as

formas tangíveis de doenças, vinculadas a ambientes de trabalho ainda mais hostis que os de hoje. A

tangibilidade dessas doenças se traduziam nos danos irreparáveis que esses ambientes (incluindo aí não só

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as instalações prediais dos locais de trabalho, mas também os maquinários) causavam e que podiam ser

facilmente notados, ou facilmente diagnosticados. São exemplos desse perfil: a surdez, a perda de visão,

mutilação de membros do corpo, eletrocussão, esmagamento, contaminação por agentes químicos ou

biológicos. Já hoje, o perfil predominante se caracteriza pela intangibilidade. São doenças, portanto, difíceis

de notar e trazem algumas dificuldades em serem diagnosticadas

OS INDICADORES DO PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL: UMA ANÁLISE

INTERPRETATIVA

Flávia Xavier de Carvalho

[email protected] – UEPG

Keity Ayumi Akimura

[email protected] – UNESPAR Campo Mourão

Resumo

O Programa de Reabilitação Profissional (RP) é um serviço prestado pelo Instituto Nacional do Seguro

Social (INSS) que, em sua dimensão social, visa promover o potencial laborativo residual de trabalhadores

que foram acometidos por doenças ou acidentes do trabalho e de pessoas com deficiência. Considerando a

relevância e ainda restrita visibilidade desta temática no âmbito das políticas públicas, este artigo apresenta

um levantamento quantitativo do Programa de Reabilitação Profissional executado pela Gerência Executiva

do INSS de Maringá no período de 2013 a 2017, com a finalidade de apreender a dinâmica operativa do

programa. Utiliza-se como metodologia a revisão bibliográfica, a pesquisa documental e a análise

quantitativa.

INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE E SAÚDE NA PÓS-GRADUAÇÃO – UM ESTUDO NA

UFG

Joana Alice Ribeiro de Freitas, Universidade Federal de Goiás (UFG),

E-mail: [email protected]

VERA LUCIA NAVARRO, Universidade de São Paulo (USP),

E-mail: [email protected]

Resumo

Este trabalho tem por objetivo apresentar os desdobramentos observados na saúde de professores

vinculados à pós-graduação em relação às suas condições de trabalho. Para tanto, apoia-se em pesquisa de

doutorado que entrevistou professores vinculados a dois programas de pós-graduação avaliados com o

conceito seis da Capes, da Universidade Federal de Goiás, no triênio 2010-2012. Discute-se nesta pesquisa,

o fato de que a pós-graduação brasileira tem passado por significativas e rápidas mudanças ao longo dos

últimos vinte anos, reflexo, principalmente, das transformações ocorridas no ensino superior brasileiro e da

reforma do Estado brasileiro ocorrida na década de 1990. Ao longo destas últimas décadas, observou-se o

paulatino aumento das cobranças avaliativas feitas pelas agências de fomento, o que culminou na

intensificação do trabalho, inclusive como alternativa à precarização das condições de trabalho da

universidade pública. Considerando a ineliminável relação estabelecida entre condições de trabalho e seus

desdobramentos na saúde, problematizaram-se os desdobramentos que este cenário de rápidas mudanças

na pós-graduação tiveram na saúde do trabalhador docente vinculados à pós-graduação.

O TRABALHO INFORMAL E PRECÁRIO DOS GARIMPEIROS NA EXTRAÇÃO DO MINÉRIO CAULIM

NO MUNICÍPIO DE TENÓRIO-PB: UM ESTUDO SOBRE OS “HOMENS-TATUS”.

Moniele de Fátima Diniz, UEPB- Campus I

Patrícia Carla de Souza Rocha Delmiro, UEPB- Campus I

Page 35: (providenciaremos a devida inclusão na Programação … XIST.pdf · Giovanni Alves, Maria Inês Nassif, Miguel do Rosário e Wilson Ramos Filho Abertura do Evento Dia 4 de junho

Waltimar Batista Rodrigues Lula, UEPB- Campus I

Resumo:

Entende-se por trabalho informal a categoria de trabalho que se desenvolve fora do âmbito do jurídico, que

não possui os benefícios sociais, pois não existe regulamentação da atividade por nenhum órgão competente

a controlar informações fiscais e trabalhistas deste tipo de trabalho. O que pode ser observado na atividade

de extração do minério caulim, é a existência do trabalhador informal que embora estando ausente de

vínculo legal e do usufruto de direitos trabalhistas, é em grande parte responsável pelo fornecimento às

empresas de beneficiamento do minério, desenvolvendo esta atividade em condições precárias de trabalho.

Nesse contexto, o objetivo geral deste artigo é analisar o perfil dos atores sociais envolvidos no trabalho de

exploração do caulim no município de Tenório–PB. Salienta-se a necessidade de compreender os malefícios

advindos desde tipo de atividade desenvolvida pelos “homens-tatus”, assim chamados os garimpeiros no

município de Tenório-PB. Embasado teoricamente por autores como Cacciamali, Noronha, entre outros,

concluímos que são trabalhadores de origens humilde, com baixos níveis de escolaridade e que devido à

falta de alternativas melhores de emprego, se submetem a este tipo de atividade degradante, sem muitas

expectativas, mas necessária na luta pela sobrevivência.

AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR E A (DES) PROTEÇÃO

DA FORÇA DE TRABALHO NO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS-PA

ANDREA FERREIRA LIMA DA SILVA

Universidade Federal do Pará – UFPA. Grupo de Pesquisa Trabalho, Direitos Humanos e Seguridade

Social (TRADHUSS, UFPA). E-mail: <[email protected]>.

ADRIANA DE AZEVEDO MATHIS (ORIENTADORA)

Universidade Federal do Pará – UFPA. Líder do Grupo de Pesquisa Trabalho, Direitos Humanos e

Seguridade Social (TRADHUSS, UFPA). E-mail: <[email protected]>.

Resumo

Este trabalho teve como objetivo analisar a implementação e operacionalização das políticas públicas de

segurança e saúde do trabalhador no município de Parauapebas-PA. Para tanto, a pesquisa buscou estudar

a conjuntura política econômica global e nacional na contemporaneidade, realizar o resgate histórico da

instituição da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) e da Política Nacional

de Segurança e Saúde do trabalho, bem como analisar as ações e intervenções das políticas em nível

nacional, estadual e municipal. Trata-se de um trabalho de pesquisa que contempla a formulação e execução

das ações em saúde do trabalhador, considerando os Formuladores, representados na pesquisa pelo membro

da OIT, empresa Vale S/A e sindicatos; os Executores, representados pelos gestores e trabalhadores dos

serviços de segurança e saúde do trabalhador; e os Beneficiários, representados pelos trabalhadores da

mineração. Conclui que a inoperância dessas políticas é determinada pela conjuntura política econômica

do Brasil, mas também pela conjuntura local, onde se observa a ampliação do “exército industrial de

reserva”, a primazia pela Saúde Suplementar, o (des) controle social dos gastos em saúde do trabalhador e

a atuação neocorporativista dos sindicatos.

GT TRABALHO. GENERO, INFANCIA E EDUCAÇÃO - SALA 60

TRABALHO E DESIGUALDADE DE GÊNERO EM NAVIOS DE CRUZEIRO MARÍTIMO

Angela Teberga de Paula

Vania Beatriz Merlotti Herédia

Resumo

Page 36: (providenciaremos a devida inclusão na Programação … XIST.pdf · Giovanni Alves, Maria Inês Nassif, Miguel do Rosário e Wilson Ramos Filho Abertura do Evento Dia 4 de junho

As condições de trabalho em navios de cruzeiro marítimo ainda são pouco estudadas na academia do país.

A precarização do trabalho nesses navios alcança patamares espantosos, especialmente em razão das

jornadas exaustivas e restrição de locomoção dos trabalhadores. A partir desse contexto, esta pesquisa tem

como objetivo compreender uma das manifestações da precarização do trabalho nos navios, qual seja a

desigualdade de gênero no âmbito do trabalho dos cruzeiros turísticos, a partir da visão das tripulantes

mulheres. As principais fontes utilizadas para referencial teórico são: Antunes, Rosso, Davis e Biroli. Foram

entrevistadas 139 tripulantes, através da plataforma Google Formulários. Basicamente buscou-se mensurar

questões como divisão sexual do trabalho, diferenciação salarial e desigualdade hierárquica e de ascensão

profissional. Tem-se como principal resultado: apesar de diferentes manifestações de desigualdade de

gênero dentro dos navios (especialmente relacionada aos cargos, seguido de assédio sexual), a percepção

da maioria das entrevistadas é que a variável gênero não é a protagonista das discrepâncias, ao passo que a

nacionalidade é o que determinaria a divisão do trabalho dentro dos navios.

GÊNERO E A DUPLICIDADE DO TRABALHO FEMININO: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO SOBRE A DOMINAÇÃO-

EXPLORAÇÃO DA MULHER NA SOCIEDADE CAPITALISTA

Maria Júlia Tavares Pereira – Universidade Federal de Alfenas

Adriano Pereira Santos – Universidade Federal de Alfenas

Resumo:

Este artigo tem por objetivo discutir a dupla dimensão do trabalho feminino – seus aspectos produtivos e

reprodutivos – na sociedade capitalista a partir de um estudo bibliográfico acerca das teorias críticas das

“relações sociais entre os sexos”. Nesse sentido, busca não apenas compreender e explicar o porquê as

estruturas de dominação-exploração da mulher e do trabalho feminino ainda se perpetuam, mas também

problematizar algumas perspectivas pós-estruturalistas adotadas na contemporaneidade ao tratar das

questões de gênero. Por meio de um amplo levantamento de dados acerca das desigualdades de gênero e

análise teórico-conceitual da bibliografia selecionada, a pesquisa, em andamento, pretende contribuir tanto

para uma análise sociológica das “relações sociais entre os sexos” quanto para uma leitura crítica das

relações de gênero na contemporaneidade. Para tanto, se apoia em estudos críticos de problemáticas

femininas na ordem sociorreprodutiva atual, ainda marcadas por relações de dominação-exploração

patriarcais e capitalistas.

MASTERCHEFAS: MULHERES NOS REALITY SHOWS CULINÁRIOS.

Bianca Briguglio (Programa de Doutorado em Ciências Sociais - IFCH/ Unicamp)

E-mail: [email protected]

Bolsista Capes

Resumo

Pretende-se analisar a participação feminina em um reality show culinário, considerando as relações de

gênero, classe e raça/ etnia. A proposta refere-se ao Programa Masterchef, transmitido semanalmente pela

Rede Bandeirantes de televisão. O artigo será estruturado a partir de uma descrição do programa, para em

seguida promover uma análise da dinâmica e dos participantes, a partir das relações sociais de gênero, raça

e sexo, conforme se expressam no programa, mas também como se dão antes e fora da participação no

reality, no “mundo real”. Considerando os contornos da divisão sexual do trabalho, que nesse caso se

expressa pela separação entre a cozinha profissional, masculina e dotada de prestígio, e a cozinha

doméstica, feminina e desvalorizada, serão mobilizados os conceitos de interseccionalidade e

consubstancialidade, entendendo que há pontos em que esses conceitos se aproximam e se afastam, para

analisar a forma como as mulheres se inserem nesse reality show, o mais popular no Brasil, como elas

reforçam ou recusam os estereótipos femininos, como se dão as relações com os participantes homens e

com os jurados.

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Dia 08/06/2018, Sexta-feira

GT TRABALHO E POLITICAS EDUCACIONAIS - SALA 41

MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO: UM OLHAR SOBRE O PROJETO DE CULTURA JOVENS

PESQUISADORES

Claudinei de Souza

Co-autora:

Dra Samila Bernardi do Vale

Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP

Resumo:

O presente trabalho aborda a relação entre Movimento Social e Educação, tendo como objetivo investigar

o papel formativo do Projeto de Cultura Jovens Pesquisadores no município de Pradópolis/SP. O projeto

acontece desde 2012 e tem como objetivo propor oficinas de artes às crianças e adolescentes da cidade,

fomentando a aproximação e participação da comunidade por meio de suas ações. Partimos da hipótese de

que esse tem sido um espaço formativo técnico mas também político, aproximando crianças e jovens no

debate e a práticas culturais. O trabalho tem sido realizado a partir de levantamento, análise bibliográfica e

pesquisa de campo. O primeiro capítulo consiste no resgate da história do Projeto de Cultura Jovens

Pesquisadores. Para tanto, tem sido realizadas entrevistas com seus membros, assim como, a observação e

levantamento do público atingido e das atividades oferecidas pelo coletivo. No segundo momento do

trabalho abordaremos a definição de Educação formal, não formal e informal e por último a relação entre

Movimento Social e Educação, para procurarmos entender a função do Projeto de Cultura Jovens

Pesquisadores.

O PROCESSO DE CRIAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA NO PERÍODO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

INGLESA

Cleissiane Aguido Gotardo (UNESPAR, Paranavaí /FA)

Neide de Almeida Lança Galvão Favaro (UNESPAR, Paranavaí)

Resumo:

Esta pesquisa analisa o processo de criação da escola pública no período da Revolução Industrial Inglesa,

explorando suas funções e relações com as demandas do trabalho. Com base no materialismo histórico e

numa abordagem qualitativa, apreende-se o processo de organização da escola pública na Inglaterra e as

funções atribuídas à mesma no âmbito das relações políticas, econômicas e sociais europeias dos séculos

XVIII e XIX. No período da Revolução Industrial consolidou-se o capitalismo como modo de produção

dominante e houve a ascensão da burguesia, afetando a classe trabalhadora em distintas dimensões. Apesar

disso, a industrialização dispensou a instrução escolar no início, tanto para o desenvolvimento da

maquinaria quanto para a preparação dos trabalhadores. Teóricos da economia política como Adam Smith

e Stuart Mill preconizaram a necessidade de criação da escola pública com a finalidade de elevar o nível

moral e cívico do trabalhador, atendendo às novas demandas oriundas do capital e contribuindo para a

manutenção das relações de classe que se estabeleciam. Avaliar as funções da escola pública em suas

origens, relacionando-as especificamente com as demandas do trabalho e do capital, pode subsidiar a

reflexão de suas funções e perspectivas atuais.

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A ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA: ORIGENS E FUNÇÕES

Edlaine Anazar Marcolino (UNESPAR, Paranavaí, PIBIC/FA)

Neide de Almeida Lança Galvão Favaro (UNESPAR, Paranavaí)

Resumo:

Este artigo analisa o processo de implantação da escola pública no Brasil, apreendendo suas funções

históricas e relacionando-as com as demandas do trabalho. A partir de uma abordagem qualitativa, pautada

no materialismo histórico, resgata o contexto econômico e político que subsidiou a organização de uma

escola para todos no país. Investiga a estrutura educacional brasileira, do século XVI em diante, analisando

suas características e os debates que envolveram a questão de sua expansão para todos. Procede então à

verificação das medidas concretas efetivadas para a universalização da escola pública, que se concretizou

apenas na segunda metade do século XX, articuladas às exigências da organização do trabalho. A luta pela

escola pública, universal, gratuita, obrigatória e laica ocorreu no Brasil em um momento distinto dos países

europeus, tendo em vista as especificidades que marcaram o seu processo de desenvolvimento econômico,

desigual em relação aos países centrais, embora sintonizado com as demandas mundiais do capital. As

funções atribuídas à escola para todos vincularam-se em suas origens à formação cívica e moral, bem como

à criação de condições para a modernização e desenvolvimento do país. Sua compreensão histórica

contribui no debate acerca das funções da escola pública na atualidade brasileira, diante das contrarreformas

em andamento.

PRECARIZAÇÃO E INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NOS INSTITUTOS FEDERAIS

Elen de Fátima Lago Barros Costa (Instituto Federal do Maranhão/IFMA, Financiada pelo IFMA)

Maria Cristina dos Santos Bezerra (Universidade Federal de São Carlos)

Resumo

Ao analisarmos a história recente do Brasil, constata-se que os períodos dos dois mandatos do Governo

Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) são emblemáticos no que concerne ao contexto político-econômico,

ao paradigma educacional assumido e às reformas decorrentes deste novo modelo. Dentre outras ações,

ganhou centralidade a formulação da nova institucionalidade para a Educação Profissional e Tecnológica

(EPT), voltada para atender às exigências do novo ciclo da economia, assim como, uma grande parcela da

população que necessitava de qualificação profissional de nível técnico e superior. Respondendo a tais

demandas, o Governo Federal criou e expandiu uma nova rede de educação profissional e tecnológica

“singular e pluricurricular” - os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET’s). Deste

modo, o objetivo deste trabalho é analisar a criação/expansão dos IFET’s, iniciada e consolidada no

Governo do Partido dos Trabalhadores (PT) e seus impactos na identidade, natureza e trabalho docente.

Deste modo, compreende-se que esta nova institucionalidade/identidade trouxe mudanças no

trabalho/carreira do professor no que diz respeito à forma de fazer ciência, no desenvolvimento de suas

atividades profissionais e na sua jornada de trabalho.

A AMPLIAÇÃO DA JORNADA ESCOLAR: MAPEAMENTO DAS TESES PUBLICADAS NO PORTAL

DA COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DA EDUCAÇÃO SUPERIOR-CAPES

NO PERÍODO DE 2007 A 2012

Natalia Balconi Endo - UEL - [email protected]

Orientadora: MARLEIDE RODRIGUES DA SILVA PERRUDE- UEL [email protected]

Vinculado ao Projeto de Pesquisa: A ampliação da jornada escolar nas pesquisas em educação

desenvolvidas no período de 2007 a 2016: uma análise nos bancos de dados da CAPES e da ANPED.

Resumo

O artigo apresenta dados preliminares do projeto de iniciação científica que visa a levantar e organizar a

produção das pesquisas desenvolvidas sobre a ampliação da jornada escolar em teses que se encontram

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disponibilizadas no portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal da Educação Superior - CAPES

no período de 2007 a 2012.A pesquisa procura responder a seguinte questão: Como tem sido apresentadas

nas pesquisas em educação, com foco na ampliação da jornada escolar, questões referentes à educação

integral, a escola de tempo integral, as atividades socioeducativas, a educação não formal, a inclusão social

e a qualidade do ensino? Numa perspectiva qualitativa, está sendo realizada uma pesquisa bibliográfica

com o mapeamento das teses desenvolvidas no período de 2007 – 2012. Busca-se organizar um banco de

dados da produção de teses e dissertações sobre a ampliação da jornada escolar no período informado. Esse

banco de dados permitirá o desenvolvimento de novas pesquisas e auxiliará pesquisadores que analisam o

tema.

MERCADO DE TRABALHO FORMAL EM CINEMA E AUDIOVISUAL

Ricardo Normanha Ribeiro de Almeida

IFCH/UNICAMP - Profa. Dra. Liliana Rolfsen Petrilli Segnini – IFCH/UNICAMP

Resumo:

O bom desempenho do audiovisual no Brasil, aponta para a ampliação da busca por mão de obra qualificada

para atuação nas mais diversas funções. O trabalho nos diferentes segmentos artísticos, e no cinema

especificamente, ainda é permeado por uma intensa idealização e está relacionado com a procura pela

satisfação pessoal e profissional. Por outro lado, a análise do mercado de trabalho em cinema informa a

existência de trajetórias de instabilidade e riscos, provocadas pela inconstância das produções, a falta de

financiamento e incentivos e pelo processo acentuado de desregulamentação das atividades de trabalho.

Neste sentido, este estudo tem como objetivo central compreender as características do trabalho em cinema

e audiovisual por meio da análise dos dados do mercado de trabalho formal neste campo, iluminados pelas

reflexões teóricas sobre o trabalho artístico inscrito nas indústrias culturais. Foram utilizados dados da

RAIS sistematizados pela ANCINE, compreendendo os vínculos de emprego no setor audiovisual entre

2007 e 2015. Entre os resultados da análise, pode-se ressaltar que a produção – elo da cadeia produtiva com

maior concentração de força de trabalho criativa e artística – apresenta forte processo de desvalorização

material.

GT TRABALHO, ECONOMIA E SOCIEDADE - SALA 43

A DINAMICA DO TRABALHO INFORMAL NO MUNICIPIO DE CAMPINA GRANDE – A CRISE DO

EMPREGO E O TRABALHO INFORMAL DE RUA

Patrícia Carla de Souza Rocha Delmiro (Universidade Estadual da Paraiba) [email protected];

PIBIC – CNPq

Moniele de Fátima Diniz (Universidade Estadual da Paraíba)

[email protected];

PIBIC- CNPq

WALTIMAR BATISTA RODRIGUES LULA – Universidade Estadual da Paraíba

[email protected]; PIBIC- CNPq

Resumo:

O aumento crescente da taxa de desemprego fez com que os indivíduos excluídos do mercado de trabalho

buscassem novos meios de sobreviver, e o trabalho informal se torna uma alternativa de renda. Em Campina

Grande- PB, o trabalho informal de rua tem se tornado cada vez mais constante, uma vez que as ruas centrais

da cidade estão sendo ocupadas por este tipo de trabalho. Sendo assim, a pesquisa tem como objetivo

apresentar uma análise de como a crise do emprego tem influenciado o trabalho informal nas ruas centrais

de Campina Grande. A metodologia adotada baseia-se na pesquisa bibliográfica que envolvem crise do

emprego e trabalho informal. A pesquisa de campo, que por sua vez, foi realizada a partir de coletas de

dados, formulários e entrevistas individuais. Busca-se verificar as variáveis econômicas, ideológicas e

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culturais do trabalho informal. Os resultados mostram um panorama atual do trabalho informal em Campina

Grande, assim como, contribui com o aumento do número de estudos relacionados ao assunto.

REFORMA TRABALHISTA: Perspectivas do Serviço Social.

VIVIANE BALIEIRO FERNANDES (Universidade Estadual Paulista- Faculdade de Ciências

Humanas e Sociais)

E-mail: [email protected]

Membro do PRAPES- Práticas de Pesquisa: perspectivas contemporâneas/CNPQ.

ORIENTADOR

JOSIANI JULIÃO ALVES DE OLIVEIRA (Universidade Estadual Paulista- Faculdade de Ciências

Humanas e Sociais)

[email protected]

Resumo

O presente estudo tem como objetivo identificar a perspectiva do profissional do Serviço Social perante as

mudanças nas relações de trabalho trazidas pela Reforma Trabalhista. Por meio de pesquisa bibliográfica e

documental será traçada a linha de conquistas dos direitos trabalhistas a partir da era Vargas. Dois pontos

principais serão investigados: a flexibilização e o trabalho intermitente, visto que foi criada a nova figura

do trabalhador ultraflexível caracterizada pela disponibilidade do trabalhador a qualquer hora, ficando à

mercê da necessidade do patrão. Infere-se que a reforma estudada provocou uma metamorfose na proteção

ao trabalho, transformando a Consolidação das Leis do Trabalho em Consolidação das Leis do Livre

Comércio do Trabalho. Por fim serão apresentados os pontos principais de atuação do Assistente Social na

defesa do trabalhador nesta relação de trabalho contemporâneo.

A EXPRESSÃO DO CAPITALISMO DEPENDENTE NA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MATO

GROSSO

Viviani Sousa Barros (Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT)

e-mail: [email protected]

Lélica Elis Pereira de Lacerda (Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT)

e-mail: [email protected]

Resumo

O presente trabalho dedica-se a analisar o processo de formação do Estado brasileiro e mato-grossense a

partir das leituras dos teóricos que compreendem a América Latina como fornecedora de matéria prima

para os países de capitalismo central, sendo, portanto, países de capitalismo dependente. A partir dessa

perspectiva analisamos a formação do Estado de Mato Grosso e sua relação com o imperialismo norte-

americano que impõe o modelo do agronegócio ao Estado, sendo esse o modelo que configura a relação

capital-trabalho no campo e vem aprofundando a relação de dependência do Brasil em relação aos países

centrais na medida em que reforça a política agroexportadora. Para a realização da pesquisa foi adotado o

estudo bibliográfico, tendo como abordagem teórica o materialismo histórico dialético. Tal escolha

metodológica possibilitou realizarmos sucessivas aproximações com a realidade concreta de forma a

compreender criticamente os fatores determinantes da formação do Estado brasileiro e do agronegócio em

Mato Grosso.

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GT SINDICALISMO, MOVIMENTOS SOCIAIS E FORMAS DE

RESISTENCIA - SALA 45

Joallan Cardim Rocha (Instituto Federal de Alagoas-IFAL)

E-mail: [email protected]

ORIENTADOR

JAIR BATISTA DA SILVA (Universidade Federal da Bahia)

E-mail: [email protected]

Resumo:

O presente artigo aborda a relação entre os trabalhadores mineiros e o governo Evo Morales entre os anos

2006 e 2014. Os trabalhadores mineiros, a partir de uma acumulação histórica prévia, recriadas através de

uma memória coletiva, presenciaram a partir do ano 2000, uma paulatina recuperação do seu protagonismo

capaz de projetar-se novamente na vida política nacional. Este processo de recuperação ou revitalização

coincidiu com a chegada à presidência do país do líder sindical, Evo Morales. Os conflitos protagonizados

pelos trabalhadores mineiros de Huanuni foram uma fonte permanente de instabilidade política e social

durante o governo Evo Morales. Destacaremos ao longo deste artigo, as tensões, dilemas, acordos e

negociações que envolveram esta complexa relação, marcada pelo binômio resistência/integração. A

memória, a história e as tradições reforçaram entre os mineiros, velhas identidades, crenças, costumes e

práticas políticas-sindicais que pareciam ter desaparecido. Para realizar este artigo apoiamo-nos em uma

ampla revisão bibliográfica e histórica, entrevistas como os próprios trabalhadores, análise de fontes

documentais e hemerografica, material iconográfico e áudio visual.

O SINDICALISMO DOCENTE NO CONTEXTO DAS REFORMAS NEOLIBERAIS

Alex Ricardo Bombarda ( Universidade Estadual Paulista Unesp- Marília)

Email : [email protected]

Resumo

No final dos anos de 1970, ocorreram no Brasil diversos movimentos grevistas que tiveram início com os

metalúrgicos da região do ABC paulista. Além dos metalúrgicos, os professores se integraram a esse

movimento que lutava pelo fim da ditadura militar e por melhores condições de trabalho e salário. Ao longo

da década de 1990, o governo do Estado de São Paulo implementou uma série de reformas neoliberais que

afetaram a rede estadual de educação e, também, o trabalho docente. Para os professores, o resultado foi a

precarização do seu trabalho ocorrida através da corrosão de direitos, política de bonificação com base em

resultados, divisão dos trabalhadores em várias categorias etc. Assim, o objetivo deste trabalho será analisar

o impacto dessas reformas em relação ao sindicalismo docente. Para promover essa proposta será

considerada a APEOESP e as principais mudanças ocorridas na rede estadual de educação do estado de São

Paulo com o intuito de verificar o impacto dessas medidas na atuação do sindicato. Quanto à metodologia

serão analisadas, além da bibliografia pertinente ao assunto, dados referentes ao número de sindicalizados

disponíveis e a ocorrência de greves entre os anos 2000 e 2017. A hipótese inicial é a de que essas reformas

prejudicaram a atuação sindical dos professores.Rumin

DA CLT ÀS TERCEIRIZAÇÕES: PROCESSOS, RETROCESSOS E PERDA DE DIREITOS DOS

TRABALHADORES

DOUGLAS IVAM ALVES

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ - UNICENTRO

[email protected] –Participante do Programa de Iniciação Científica (PROIC)

ANGELA MARIA MOURA COSTA PRATES

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ - UNICENTRO

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[email protected] - Orientadora no Programa de Iniciação Científica (PROIC)

Resumo:

O presente artigo tem como objetivo analisar a nova lei das terceirizações e os impactos que poderá produzir

nas relações de trabalho e consequentemente nos direitos dos trabalhadores. Para isso, apoiado na

perspectiva crítica e no método do Materialismo Histórico Dialético, por meio de uma retomada histórica,

mostra-se a proteção social trabalhista que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garante ao

trabalhador brasileiro. Em seguida, analisa-se o processo de reforma trabalhista como consequência das

recorrentes crises do sistema capitalista e seus desdobramentos no desmonte dos direitos dos trabalhadores

operado por mudanças no mundo do trabalho. Por fim, reflete-se acerca das novas determinações do

trabalho decorrentes das mudanças que a nova lei de terceirizações trará para as relações trabalhistas, como

se sucederam as principais reações das categorias profissionais em relação à lei das terceirizações e quais

condições de trabalho serão reservadas aos trabalhadores na história vindoura. Portanto, contra a exploração

de sua força de trabalho e flexibilização da proteção social, imperativos da ordem capitalista, resta ao

trabalhador resistir e lutar pela superação plena dessa ordem e construção de uma nova sociabilidade.

EXPRESSÃO DA CONSCIÊNCIA REAL COMO ELEMENTO DE DINAMIZAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

POSSÍVEL (Estudo de caso da fanpage do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro).

Luis Henrique do Nascimento Gonçalves

Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro ­ [email protected]

ORIENTADOR: CARLOS FREDERICO B. LOUREIRO ­ Universidade Federal do Rio de Janeiro ­

[email protected]

Resumo

O texto traz o relato da pesquisa netnográfica realizada em parceria com o Sindicato dos Comerciários do

Rio de Janeiro acerca das dinâmicas de consciência de classe na categoria durante sua campanha salarial

de 2016. Sob as perspectivas da Psicologia Sócio­Histórica foram definidas categorias de expressão de

consciência aplicáveis para este caso em específico. Buscou­se verificar a frequência com que essas

categorias surgiam no recorte de 5.000 comentários na página da entidade no Facebook durante a campanha.

O relato e a vivência de ações sindicais do período pesquisado gerou um intenso e inédito debate com

milhares de trabalhadores entre si e com o sindicato. Entretanto, o processo mostrou­se efêmero, incerto e

não se desdobrou na participação da categoria em atividades sindicais convencionais. Mas aponta para a

importância de espaços onde trabalhadores possam debater entre si suas relações de trabalho, ainda que

dentro dos limites da consciência real, como uma das formas do tensionamento dessa consciência até seus

limites possíveis.

GT TRABALHO, TECNOLOGIA E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA - SALA 51

OS REBATIMENTOS DAS MUDANÇAS NO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA NO

TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

Priscila Semzezem,

[email protected]

Resumo:

Este estudo é parte de uma pesquisa em andamento que objetiva compreender como as mudanças do modo

de produção capitalista repercutem sobre as relações e condições de trabalho dos assistentes sociais de

Paranavaí/ PR. O contexto atual é marcado pela crise do capitalismo monopolista, e este vem buscando

estratégias para superação através da adoção de políticas neoliberais e reestruturação do trabalho, tornando-

o flexível e precário. No Brasil, atualmente, diversas medidas normativas impactam sobre o trabalho e a

conquista dos direitos da classe trabalhadora: A Lei 13.467, aprovada em 2017 que adequa a legislação as

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novas relações de trabalho – Reforma Trabalhista e o Projeto de Emenda Constitucional-PEC 287/2016 que

dispõe sobre alterações na previdência social. Sendo o assistente social um trabalhador, sofre com esses

rebatimentos, ou seja, essas refrações determinam o seu trabalho em suas condições e relações de trabalho.

Nesse sentido, este trabalho através de uma pesquisa bibliográfica qualitativa, tem o objetivo de

compreender os rebatimentos das mudanças no modo de produção capitalista recentes sobre as relações e

condições de trabalho dos assistentes sociais.

POLÍTICA PÚBLICA DE AUTONOMIA ECONÔMICA E EMPODERAMENTO FEMININO: Uma

análise da experiência do Programa Chapéu de Palha Mulher - PE

RAQUEL OLIVEIRA LINDÔSO (Doutoranda em Ciências Sociais da Universidade Estadual de

Campinas (Unicamp)

E-mail: [email protected]

Resumo

O foco deste trabalho é o Programa Chapéu de Palha Mulher no âmbito do Projeto de Formação de Rede

de Agentes de Políticas Públicas para Mulheres do estado de Pernambuco. A questão norteadora que orienta

este trabalho consiste na ideia de que a noção de empoderamento feminino, presente na política pública de

autonomia econômica, insere-se no contexto sociopolítico em que se dá o esvaziamento do conteúdo

transformador das relações de poder que são estruturadoras da ordem capitalista patriarcal. É nesse

contexto que pretendo situar o Programa Chapéu de Palha Mulher, como política estadual de promoção de

autonomia econômica feminina, que se qualifica como uma experiência exitosa e inovadora, mas,

paradoxalmente, implica na reprodução dos estereótipos de gênero, reforço da divisão sexual do trabalho e

estímulo ao empoderamento feminino numa perspectiva individualista e mercadológica.

TRABALHO, EDUCAÇÃO, HOMINIZAÇÃO: O DEVIR HISTÓRICO DO HOMEM

Vanderlei Amboni (Universidade Estadual do Paraná – Campus de Paranavaí)

E-mail: [email protected]

Resumo:

Este texto apresenta o trabalho como mediação entre o hominídeo e a natureza no processo de hominização

e materialidade do homem e, como consequência, a humanização do ser social homem no seu devir

histórico. Para tanto, partimos da premissa sob a qual só há ser histórico nos limites de trabalho, cuja

materialidade dá forma aos objetos e ao próprio homem. Neste sentido, o ato de comer, beber, vestir-se e

abrigar-se torna-se ato contínuo à vida material, na qual o homem necessita realizar diuturnamente para sua

reprodução biológica e social. Para darmos conta do nosso objeto, serão analisadas as obras de autores

materialistas, para quem o mundo humano é criação das relações mediadas pelo trabalho entre homem e

natureza. Ao criar o mundo humano, os homens criam também formas de produzir sua vida material

mediada pelas condições reais de sua existência, cuja expressão social se forma nas relações sociais de

produção, determinando o caráter efêmero das determinadas formações históricas de produção que o

homem criou ao longo de sua existência material.

CÓDIGO-INFORMAÇÃO E PROPRIEDADE INTELECTUAL: FORMAÇÃO DE VALOR E TRABALHO

IMATERIAL

Vinicius Aleixo Gerbasi

E-mail: [email protected]

Doutorando pela UNESP de Marília

Orientador: AGNALDO DOS SANTOS, UNESP- Marília, Departamento de Ciências Políticas e

Econômicas (DCPE)

Resumo

Page 44: (providenciaremos a devida inclusão na Programação … XIST.pdf · Giovanni Alves, Maria Inês Nassif, Miguel do Rosário e Wilson Ramos Filho Abertura do Evento Dia 4 de junho

Atualmente a informação e o conhecimento, determinados pela colaboração em e cooperação dos

trabalhadores caracterizam-se como categoriais essenciais ao capitalismo contemporâneo. A Economia

Política marxista nos mostra que a informação e o conhecimento como insumos intangíveis são importantes

para a compreensão do capitalismo, além dos conceitos como mercadoria, subsunção do trabalho,

trabalhador produtivo e improdutivo e trabalhador complexo e capital constante. Este artigo discute a

apropriação do trabalho imaterial ou trabalho intelectual no âmbito das tecnologias de informação. A

mercantilização da informação e do conhecimento é um dos pressupostos da composição orgânica do

capital e da acumulação do capital. Assim, ela se realiza sobre as relações sociais dos trabalhadores, se

apropriando das dimensões informacionais e comunicacionais. A propriedade intelectual se define como

instrumento jurídico legitimador no contexto da criação dos programas de computadores, a exemplo das

patentes e direitos autorais, ou seja, da apropriação dos elementos intangíveis ligados a reprodução do

capital.

GT TRABALHO E TEORIAS SOCIAIS - SALA 55

A CONSTRUÇÃO IDEOLÓGICA DA FELICIDADE NA CONTEMPORANEIDADE.

Tiago Marques Evangelista da Silva

Faculdade de Filosofia e Ciências – Júlio de Mesquita Filho. Unesp – Campus Marília.

[email protected]

GIOVANNI ANTÔNIO PINTO ALVES

Faculdade de Filosofia e Ciências – Júlio de Mesquita Filho. Unesp – Campus Marília.

[email protected]

Resumo:

O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma investigação no desenvolvimento da construção

ideológica do conceito de felicidade na contemporaneidade e suas implicações na realidade social.

Conceituar e estabelecer parâmetros para a felicidade sempre foi um problema para a humanidade,

entretanto, o que é inegável é a tentativa constante de se criar modelos ideológicos que perpassam e se

transformam através dos séculos em inúmeras sociedades; com o modo de produção capitalista não é

diferente, há um esforço multidisciplinar que procura emoldurar à sua maneira tal conceito. Conhecer

historicamente como se iniciam, como sofrem mutações, como se desdobram e as consequências dos

intentos capitalistas para implantar e obter sucesso em seu modelo ideológico de felicidade é um bom

indicativo para analisar como está a saúde física e mental das sociedades que vivem sob a influência desse

modo de produção, visto que, esses esforços penetram em todas as classes sociais, no trabalho, nas formas

de sociabilidade e, consequentemente, na consciência.

EDUCAÇÃO, CONSCIÊNCIA E EMANCIPAÇÃO HUMANA

Caio Antunes – Universidade Federal de Goiás – [email protected]

Resumo

O trabalho constitui o ser humano. É por intermédio de sua atividade laborativa que os seres humanos

humanizam a natureza, a si próprios e asseguram não apenas a produção de sua existência material imediata,

mas também a reprodução mediada de sua vida social. A partir da relação de mediação que estabelecem

com a natureza, os seres humanos engendram também a necessidade da relação com outros seres humanos

e isto constitui um dos elementos fundamentais definidores do caráter social de sua condição – “desde

sempre os homens, na medida em que existem, têm necessidade uns dos outros e só puderam desenvolver

suas necessidades e capacidades estabelecendo relações entre si”. A complexificação, ou o

desenvolvimento histórico dos processos de trabalho engendra, dentre muitas outras coisas, a

complexificação das próprias relações que se estabelecem com outros seres humanos.

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FRIEDRICH ENGELS E A CATEGORIA TRABALHO: APROXIMAÇÕES PRELIMINARES

Hiago Trindade (Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)/Universidade Federal

do Rio de Janeiro)

E-mail: [email protected]

Izabel Hemyly de Araújo Gomes (Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).

E-mail: [email protected]

Monitora da disciplina Trabalho e Sociabilidade

Jasleidy Lidilia Solorzano Villavicencio

Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)

E-mail: [email protected]

Monitora da disciplina Trabalho e Sociabilidade

Resumo:

O texto que ora apresentamos ao público é fruto de uma revisão de literatura que intenta demonstrar o lugar

do trabalho no desenvolvimento do homem e da sociabilidade, tendo como parâmetro central (mas não

exclusivo) duas importantes contribuições teóricas de Friedrich Engels, quais sejam: “Sobre a importância

do trabalho para a transformação do macaco em homem” (2010 [1845]) e “A situação da classe trabalhadora

na Inglaterra” [1876]). A opção por estes dois textos não é ocasional. Ao contrário, entendemos que, por

meio deles, Engels apresenta subsídios teórico-metodológicos de grande valia para elucidar importantes

determinações sobre a categoria trabalho, oferecendo-nos, ao mesmo instante, balizas para traçar mediações

com os fenômenos que dinamizam a realidade hodierna – alguns dos quais, inclusive, ainda pouco

problematizados pelas ciências sociais. Nesse sentido, resgatamos os aportes intelectivos do autor para

defender a imprescindibilidade do trabalho no processo que leva ao afastamento progressivo do homem

enquanto ser natural e a sua consequente constituição enquanto ser social e, no mesmo movimento analítico,

buscamos situar como o surgimento do sistema fabril, mediante a consolidação do modo de produção

capitalista, conforma determinadas relações de trabalho que agravam as condições de vida e existência

daqueles que necessitam vender sua força de trabalho para sobreviver.

APROPRIAÇÃO TEÓRICO-IDEOLÓGICA DA TEORIA DO ESQUEMA DE PAPÉIS DE JACOB

MORENO NAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO

Rodrigo Moreira Vieira (Professor do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Pará - campus

Breves)

Doutor em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Unesp de Marília

E-mail: [email protected]

Resumo:

Este trabalho tem como objeto central a análise de como elementos da teoria do esquema de papéis de Jacob

Moreno foram apropriados nas relações de produção na durante a segunda metade do século XX. Em

pesquisa de doutorado sobre a presença da Psicologia e da sua relação com a Administração durante o

século passado, observou-se que houve a incorporação de conceitos e práticas de várias teorias psicológicas

no processo de constante reorganização/reprodução das relações de produção no modo de produção

capitalista. As Business e Psychology School estadunidenses ocuparam papel central nesse processo. Tal

fenômeno teve como um dos principais objetivos readequar prática e ideologicamente a relação entre

empregados e alta administração no campo das relações de trabalho. O objetivo do trabalho é revelar como

a teoria dos papéis de Moreno foi apropriada em meio a esse processo de domínio sobre a força de trabalho

no âmbito teórico-ideológico.

O TRABALHO NA SUA PERSPECTIVA HISTÓRIA: ELEMENTOS PARA O DEBATE NA

CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA

Page 46: (providenciaremos a devida inclusão na Programação … XIST.pdf · Giovanni Alves, Maria Inês Nassif, Miguel do Rosário e Wilson Ramos Filho Abertura do Evento Dia 4 de junho

Ana Paula Machado (Universidade Estadual de Ponta Grossa, Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico – CNPQ

e-mail: [email protected])

Ana Paula Moreira (Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais Aplicadas da Universidade

Estadual de Ponta Grossa, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ, e-

mail: [email protected])

Karoline Dutra Szul (Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais Aplicadas da Universidade

Estadual de Ponta Grossa, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ e-

mail: [email protected])

ORIENTADORAS

Reidy Rolim de Moura (Universidade Estadual de Ponta Grossa, Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico – CNPQ, e-mail: [email protected])

Augusta Raiher Pelinski (Universidade Estadual de Ponta Grossa, Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ, e-mail: [email protected])

Resumo

Com o avanço do modo de produção capitalista sob a égide do modelo neoliberal, a discussão sobre a

categoria trabalho coloca-se fundamental na medida que constantemente, atacam-se diretos sociais

trabalhistas conquistados a partir da luta intensa da classe trabalhadora ao longo dos séculos XIX e XX. No

contexto brasileiro, principalmente a partir do golpe de 2016, onde os ideais de desmonte de direitos são

legitimados, como por exemplo a Reforma Trabalhista, que demonstra como o trabalho vem sendo

fragmentado e colocado sob forma de mercadoria, agudizando por sua vez a exploração do trabalhador e

ainda, que reforçam o posicionamento do Estado frente a esta questão. Assim, o objetivo deste trabalho é

discutir, a partir do método crítico dialético, como a categoria trabalho se constrói ao longo da história e de

que forma se pode apreendê-la no cenário brasileiro, considerando que a conjuntura atual nos coloca uma

nebulosa visão de futuro no que diz respeito aos direitos sociais e trabalhistas.

A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO E ANÁLISE DE CONJUNTURA: RELAÇÃO NECESSÁRIA

Karolinne Krízia da Silva Ferreira (Universidade Federal de Alagoas – UFAL)

Resumo:

O trabalho em tela versa sobre a problemática da produção do conhecimento e sua intrínseca relação com

as condições objetivas, uma vez que na imediaticidade da discussão sob o conhecimento este tende a ser

compreendido como mero resultado da ação subjetiva do ser social. Por via de consequência, esse tipo de

análise superficial conduz a anulação da objetividade social como elemento decisivo na produção do

conhecimento. Assim, o objetivo do trabalho consiste em elucidar uma base teórica que permita ao

leitor desmistificar o conhecimento – as teorias sociais – como resultado do ato singular da consciência do

sujeito e avançar criticamente no preciso sentido de compreender como a subjetividade e objetividade

embora distintas possuam íntima interlocução, onde a objetividade exerce momento predominante. A

pesquisa de base teórica realiza uma revisão bibliográfica, adotando como perspectiva teórica o método

histórico dialético, o qual viabiliza ao pesquisador as categorias primordiais a ser discutidas. Portanto, a

relevância do trabalho consiste em provocar inquietações e reflexões que impulsione o leitor a captura da

totalidade social, em que a subjetividade – conhecimento – do ser social possa ser apreendida como produto

da objetividade real.

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GT PRECARIZAÇÃO DE TRABALHO CAPITALISMO E CLASSES SOCIAIS

- SALA 58

O NOVO JÁ NASCE VELHO: TRABALHO INTERMITENTE E A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO

BRASIL

Mariana Novaes da Silva

ALINE REGINA DAS NEVES

Resumo:

A reestruturação produtiva pós-fordista aponta para um novo modo de organização do trabalho, pautado na

flexibilização e na precarização do emprego e suas condições. No Brasil, especificamente a partir de 1990,

o impulso do neoliberalismo propiciou a mitigação do Estado Social, através da desconstrução do

ordenamento jurídico referente aos direitos sociais, especialmente os trabalhistas. Atendendo à mesma

lógica, a de condicionar os direitos trabalhistas às expectativas do capital, foi promulgada em 2017 a

“reforma” trabalhista (Lei n.13.467/2017). A Lei criou uma nova e precária forma de relação de emprego:

o trabalho intermitente. O objetivo desse estudo é analisar a constitucionalidade do contrato de trabalho

intermitente nos moldes da Lei n. 13.467/2017. Cuida-se de verificar a harmonização da nova figura jurídica

com as dimensões constitucionais de trabalho, cidadania e inclusão social. Utiliza-se o método dedutivo, a

partir de uma perspectiva histórico-dialética, com análise da legislação e revisão bibliográfica sobre o tema.

Ao fim da pesquisa, verificou-se que o contrato de trabalho intermitente é flagrantemente inconstitucional

e não busca realizar, no plano da relação de emprego, direitos humanos fundamentais.

O TRABALHO PRECÁRIO NA SOCIEDADE CAPITALISTA CONTEMPORANEA: Notas para Reflexão

Vera Lúcia Batista Gomes (Profa. do curso de Graduação e Pós-Graduação em Serviço Social – UFPA)

Leidiany Marques de Souza (Assistente social do Instituto Nacional de Seguridade Social –

INSS/Ananindeua-Pará)

Resumo

O presente trabalho é resultado de estudos e reflexões efetuadas sobre as transformações que vêm ocorrendo

no mundo do trabalho na sociedade capitalista contemporânea, objetivando aprofundar a compreensão do

objeto de estudo da pesquisa intitulado “Processo de Trabalho dos/das assistentes sociais que atuam na

Seguridade Social e seus rebatimentos na saúde dos/as assistentes sociais no Brasil”. Parte da compreensão

do trabalho como sendo uma mercadoria, no sentido marxiano, que possui um valor obtido pela venda da

força de trabalho daqueles que não detêm os meios de produção aos capitalistas, objetivando obter os meios

para a sua sobrevivência e, para tal se submetem às condições de trabalho precário. Segundo Alves (2013),

desde que a força de trabalho passou a ser subsumida pelo capital, característica da sociedade capitalista,

ao longo da história, novas formas de precarização do trabalho vão se apresentando. Sendo assim, tenta-se,

neste artigo problematizar quais são as particularidades da precarização do trabalho na sociedade

contemporânea. Quais são os rebatimentos dessas novas formas de trabalho para a saúde dos/as assistentes

sociais que atuam na área da seguridade social, em Belém e, as suas repercussões para a saúde dos mesmos,

considerando as novas formas de gestão da força de trabalho cada vez mais flexibilizadas e incertas, com

implicações na perda de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários.

TENDENCIAS DAS LUTAS SINDICAIS DIANTE A DEFORMA TRABALHISTA.

Alcides Pontes Remijo (Universidade Federal de Goiás)

Resumo:

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A presente reflexão tem como objetivo expor a relação entre adoecimento dos trabalhadores, com a crítica

da economia política apontando a particularidade da formação sócia histórico do Brasil onde apontamos o

capitalismo dependente, cujo principal característica é a intensificação do trabalho, adensada em nossa

histórica a precarização estrutural do mundo do trabalho. Em nossa analise somente a classe trabalhadora

pode reverter esse quadro num movimento de classe-para-si, para tanto os sindicatos, deve ter uma atuação

orgânica junto a classe trabalhadora. As contradições internas do sindicalismo brasileiro se deve a formação

como sindicalismo de Estado. Diante do quadro atual apontaremos algumas alternativas de atuação dos

sindicatos frente de forma combativa.

A ORDEM CONSTITUCIONAL E A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Walkiria Martinez Heinrich Ferrer - Universidade de Marília – UNIMAR

E-mail: [email protected]

Resumo

O tema Reforma Trabalhista tem sido recorrente no cenário nacional, sobretudo no que diz respeito à

garantia dos princípios constitucionais, ou seja, a dignidade humana e o valor social do trabalho. As normas

emanadas da legislação federal destinam-se à satisfação e à garantia dos direitos dos trabalhadores,

contribuindo para a efetivação de seu valor social, colocando-o como um instrumento de concretização da

dignidade da pessoa humana. A partir do momento em que a legislação trabalhista altera princípios

constitucionais que maximizam benefícios aos trabalhadores, deixa de ser legítima. Fato observado no texto

da Reforma Trabalhista nº 13.467/2017, em vigor desde novembro de 2017, em que diversos artigos

afrontam diretamente princípios constitucionais. Tendo em vista atender a um recorte metodológico, o

presente texto prioriza a análise comparativa dos artigos da lei 13.467/2017 referentes ao denominado

“negociado sobre o legislado” e o “trabalho intermitente”, a fim de verificar possíveis inconsistências

referentes ao texto constitucional, que garantem a dignidade da pessoa humana e o valor social do trabalho.

Com base no método dedutivo, a pesquisa está pautada na investigação bibliográfica e documental.

GT ESTADO E POLITICAS PUBLICAS - SALA 59

A PRECARIZAÇÃO NO JUDICIÁRIO EM TEMPOS DE CRISE: UMA ANÁLISE DO TRABALHO DOS

ASSISTENTES SOCIAIS DO JUDICIÁRIO PAULISTA

Ana Paula Ferreira de Castro (Assistente Social- TJ/SP-Marília)

Resumo

As condições de trabalho, a qualidade de vida e saúde do trabalhador vem sofrendo modificações no

decorrer da história da sociedade brasileira, se degradando cada vez mais devido a crise do capital nas

últimas décadas e as transformações sociais, especialmente em decorrência do processo de precarização do

setor público no Brasil, que acomete diretamente os trabalhadores e manifesta seus reflexos na pessoa-que-

trabalha.

BREVE SÍNTESE ACERCA DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: A PARTIR DA ANÁLISE DA

ECONOMIA POLÍTICA, CAPITALISMO E RELAÇÕES DE TRABALHO

Camila Barbosa VIEIRA, UNESP-FRANCA, [email protected].

Isabelle Narduchi da SILVA, UNESP-FRANCA, [email protected]

Maria José Oliveira Lima, UNESP-FRANCA, [email protected] Caroline

Delefrate PEREIRA, UNESP- FRANCA, [email protected]

Resumo:

Page 49: (providenciaremos a devida inclusão na Programação … XIST.pdf · Giovanni Alves, Maria Inês Nassif, Miguel do Rosário e Wilson Ramos Filho Abertura do Evento Dia 4 de junho

A história da classe trabalhadora sempre foi escrita com grandes lutas, seja no momento em que sai do

campo para ir à cidade, buscando uma vida melhor, ou seja, quando se estabelecem na cidade para enfrentar

uma situação de penúria. Mais de um século se passou e as expressões da Questão Social estão ainda hoje

presentes, com raízes latentes provando que o sistema capitalista a torna ainda mais destrutiva, mesmo com

a criação da Constituição Federal e todas as proteções sociais criadas, pois estas são atacadas por políticos

e patrões que exigem leis trabalhistas frágeis e desproteção social cada vez intensa. Este trabalho com

recorte na categoria teórica trabalho tem como objeto de estudo, uma breve análise histórica das relações

de trabalho no Brasil, a partir do olhar da economia política no bojo do sistema capitalista.

SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE: A IMPORTÂNCIA DA DIMENSÃO EDUCATIVA

NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

Antonio Inácio da Silva, UNESP/Franca,

[email protected]

Camila Barbosa Vieira, UNESP/Franca,

[email protected]

MARIA JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA, UNESP/Franca, [email protected]

Resumo

O trabalho do assistente social demonstrou nos últimos 80 anos sua importância na nação brasileira, pois

ao transformar-se em uma profissão eminentemente interventiva e assumir o compromisso com a classe

trabalhadora tem contribuído nos inúmeros avanços junto à luta de classes. A resistência para a ampliação

do estado democrático de direito, como também na implementação de políticas públicas, tem evidenciado

que o seu papel eminentemente educativo vem auxiliando no fortalecimento das bases a partir do processo

de politização. Considerando ainda o contexto sociopolítico que se vivencia, de ofensiva neoliberal,

contexto este golpista, de afronta ao estado democrático de direito e “anti-direitos-sociais”, observa-se o

quão necessária é o fortalecimento desta concepção, enquanto parte fundamental para o enfrentamento das

expressões da questão social. Tendo como objeto deste estudo bibliográfico a dimensão educativa no

trabalho profissional do assistente social, a partir do materialismo histórico dialético, tendo enquanto

categorias de análise: Trabalho, Dimensão Educativa e Serviço Social Brasileiro.

O BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA (BPC) NO CONTEXTO NEOLIBERAL:

IMPACTOS NA REGULAMENTAÇÃO

Roberta Stopa (Instituto Nacional do Seguro Social – INSS)

[email protected]

Resumo:

O Benefício de Prestação Continuada (BPC), garantido pela Constituição Federal de 1988 (CF/88) e

regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) em 1993, foi um marco nos direitos das

pessoas com deficiência e das pessoas idosas, ainda mais por se tratar de um Benefício assistencial no valor

de um salário mínimo e sem necessidade de contribuição direta. Justamente por esses motivos e em um

contexto neoliberal, a regulamentação foi alvo de medidas que resultaram em uma concepção do BPC

descolada da garantia constitucional e com acesso focalizado. Atualmente estão mantidos mais de 4 milhões

de Benefícios, expressando sua importância e abrangência frente à intensificação do desmonte das políticas

públicas e da flexibilização do trabalho. Assim, este artigo tem como objetivo analisar os impactos do

neoliberalismo no processo de regulamentação do BPC e como as alterações que ocorreram ao longo dos

anos asseguraram avanços no alcance do Benefício, mas contraditoriamente acarretaram muitos

retrocessos. Esta análise é resultado de uma pesquisa documental e bibliográfica realizada com foco na

burocracia estatal, entendida como elemento necessário para a manutenção da exploração da força de

trabalho no sistema capitalista.

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REFLEXÕES SOBRE FÓRUM DOS TRABALHADORES NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE

POÇOS DE CALDAS

Leila Aparecida dos Santos

Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, da

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- Campus de Franca.

E-mail: [email protected]

ORIENTADOR

HELEN BARBOSA RAIZ ENGLER

Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, da

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- Campus de Franca.

E-maill: [email protected]

Resumo:

Este trabalho consiste em desvelar se o espaço de participação denominado FÓRUM dos Trabalhadores do

SUAS/FMTSUAS-PC constitui-se num espaço de reflexão política ao trabalhador que executa a política

de assistência social no município de Poços de Caldas. Para isso, é necessário estudar a trajetória de

construção histórica da política de assistência social no Brasil; compreender a ação do trabalhador que

executa a política de assistência social dentro da categoria trabalho; entender o espaço do FMTSUAS-PC

como instância de participação prevista dentro do Controle Social da Política de Assistência Social. O

método é o materialismo-histórico dialético, que permite a apreensão das contradições do movimento

socioeconômico da sociedade. A pesquisa caracteriza-se como bibliográfica, documental e de campo sendo

que a abordagem é qualitativa. Dada a análise, pretende-se entender se a participação de trabalhadores do

SUAS no FMTSUAS-PC tem contribuído para a materialização do Projeto Ético Político Profissional do

Serviço Social, pois, entre esses trabalhadores figura-se o assistente social.

GT TRABALHO E SAUDE DO TRABALHADOR - SALA 61

DA PERDA DO EMPREGO À DEPRESSÃO: O IMPACTO NA VIDA DOS TRABALHADORES

Daniela Maria Maia Veríssimo

Rosilaine Aparecida dos Santos

Resumo:

O presente texto se dedica a uma temática atual e relevante pelo cenário de crise do capitalismo e por somar

como contribuição com conhecimentos na área de saúde do trabalhador e saúde mental. Busca-se

compreender o significado do trabalho para um trabalhador e qual o impacto da perda do trabalho sobre sua

subjetividade, atuando como um fator contributivo para o desenvolvimento da depressão. Para tanto, são

utilizadas como referências a Psicodinâmica do Trabalho e a Psicanálise para um desenvolvimento teórico

baseado nas reflexões motivadas pelas vivências no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador

Regional de Marília. Concluímos que o trabalho como componente da subjetividade ao ser perdido, faz do

indivíduo vítima de uma complexa trama social e a um processo de luto ou melancolia do seu modo de ser

e estar no mundo.

CONDIÇÕES LABORAIS E IMPACTOS NA SAÚDE DE TRABALHADORAS DOMÉSTICAS

REMUNERADAS: UMA SCOPING REVIEW

Page 51: (providenciaremos a devida inclusão na Programação … XIST.pdf · Giovanni Alves, Maria Inês Nassif, Miguel do Rosário e Wilson Ramos Filho Abertura do Evento Dia 4 de junho

Mariana Donadon Caetano

Graduanda em Enfermagem; Universidade Federal do Triângulo Mineiro;

Email: [email protected]

Andreia Fabiana de Oliveira Alves,

Graduanda em Enfermagem; Universidade Federal do Triângulo Mineiro;

Email: [email protected]

Adrielle Rosália Candido de Morais

Graduanda em Enfermagem; Universidade Federal do Triângulo Mineiro;

Email: [email protected]

Tanyse Galon,

Professora Adjunta do Curso de Graduação em Enfermagem; Universidade Federal do Triângulo

Mineiro;

Email: [email protected]

Resumo:

O trabalho doméstico é uma das mais antigas formas de emprego para o contingente feminino em todo o

mundo. Entretanto, as trabalhadoras ainda enfrentam formas históricas de precarização, como sobrecarga

de trabalho, discriminação e adoecimento físico e mental. Objetivo: Identificar, a partir da literatura

científica, as condições laborais e impactos na saúde das trabalhadoras domésticas. Método: Foi realizada

uma scoping review segundo O’Malley e Arksey. A busca por estudos foi efetuada nas bases de dados

PubMed e BVS, incluindo-se artigos originais, publicados nos últimos 15 anos, em português, inglês ou

espanhol, a partir dos descritores domestic work, domestic service, paid domestic workers, housemaids e

occupational health. Foram selecionados 35 artigos. Resultados: Pesquisas sobre o tema foram

desenvolvidas no Brasil, Espanha, Estados Unidos, Canadá, África do Sul, Malawi, China, Filipinas,

Líbano, Irã, Bangladesh e Kuwait, com predomínio de estudos de abordagemquantitativa (19 artigos). As

pesquisas discutiram questões como violência e assédio moral/sexual no trabalho; riscos ocupacionais e

acidentes de trabalho; problemas respiratórios,estresse, ansiedade e depressão; percepções sobre direitos

laborais, impactos da informalidadee sindicalização das trabalhadoras. Conclusões: Torna-se fundamental

a criação, ampliação elegitimação de direitos voltados às trabalhadoras domésticas, com vistas à

valorização dosdireitos humanos e fundamentais no trabalho.

A PRIVATIZAÇÃO DA POLÍTICA DE SAÚDE E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS ASSISTENTES SOCIAIS:

CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE OS IMPACTOS NA SAÚDE DOS TRABALHADORES.

Martha Fortuna Pereira Bastos (Programa de Pós Graduação em Serviço Social/UERJ)

E-mail: [email protected]

Resumo:

O presente trabalho constitui um esforço preliminar de reflexão e análise sobre os impactos da privatização

da Política de Saúde Pública no contexto atual da gestão das Organizações Sociais sobre as condições e

relações de trabalho dos assistentes sociais que atuam neste âmbito, sendo destacada a questão da relação

entre trabalho e saúde. Sabemos que, de uma forma geral, a categoria profissional do Serviço Social tem

convivido com a precarização dos vínculos empregatícios, a insegurança no trabalho, a polivalência de

funções, o assédio moral, o produtivismo, dentre outras situações impostas pela reestruturação produtiva

para a classe trabalhadora como um todo. Este panorama de trabalho tem se intensificado para os assistentes

sociais que atuam na prestação de serviços públicos, especialmente para àqueles que estão inseridos nas

políticas sociais, cuja ofensiva neoliberal tem investido na sua privatização, como a Política de Saúde do

estado do Rio de Janeiro, cuja gestão está submetida às Organizações Sociais.

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ADOECIMENTO NO TRABALHO, A METAMORFOSE DO TRABALHADOR DO CAMPO NA CIDADE

E OS REFLEXOS DA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: O ESTUDO DE UMA FÁBRICA TÊXTIL NO

INTERIOR PAULISTA

Vitor Luiz Carvalho da Silva (Universidade Estadual Paulista - UNESP- Marília)

E-mail: [email protected]

Resumo:

A presente pesquisa busca analisar a relação entre reestruturação produtiva e adoecimento no trabalho

discutindo a condição dos trabalhadores de uma fábrica têxtil de Auriflama, interior de São Paulo. A

problemática estudada foi analisada a luz das condições de trabalho e saúde dos trabalhadores da fábrica

têxtil Ares Confecções, caracterizada pela reestruturação produtiva e a intensificação do trabalho. Assim,

o aumento do esforço e dos movimentos exigidos nessa atividade laboral, produz sofrimento físico e

psíquico. Para atingir tal escopo, realizamos entrevistas com os trabalhadores têxteis, as entrevistas foram

orientadas pela metodologia da história oral, utilizando, também, como base teórica na abordagem da

experiência e do cotidiano, os estudos de E. P. Thompson. Os dados apontam para uma mudança nas

relações sociais de produção e o estabelecimento de uma relação direta entre a reestruturação produtiva e o

esgotamento físico e mental dos trabalhadores.

AS REPERCURSSÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO PARA A VIDA DO TRABALHADOR:

MANIFESTAÇÕES DE SOFRIMENTOS.

IRELLA BORGES DOS SANTOS BARBOSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA –

UFU)

[email protected]

ORIENTADOR: DR ROBSON LUIZ DE FRANÇA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

– UFU)

[email protected]

Resumo:

Partiu-se da análise sobre o caráter sociológico e do campo da psicologia psicodinâmica, com enfoque

psicanalítico, com vista a discutir a forma como o trabalho está organizado em nossa sociedade e seus

reflexos no sofrimento psíquico do trabalhador em geral. Buscou contribuir com o debate acerca das

repercussões de sofrimentos psíquicos na classe trabalhadora. A metodologia adotada foi a pesquisa

bibliográfica e documental em fontes primárias e secundárias. Para tanto, são utilizadas as categorias

Trabalho e Sofrimento Humano com fundamento teórico em Marx, Antunes, Arendt; Santos, Birman,

Brant, Braverman, Dejours, Foucault, Freud, Habermas, Cruxên, Lacan, Aranha e Cuéllar. Partiu-se da

premissa de que o sofrimento psíquico do trabalhador é um recorte dentro do imensurável universo do

mundo do trabalho. É um reflexo negativo do tipo de relação desumanizada que passa a existir entre os

indivíduos dentro de um sistema socioeconômico vigente em determinadas sociedades, em um determinado

tempo histórico e disseminado em organizações de trabalho no mundo todo.

TRABALHO E SAÚDE MENTAL: O ADOECIMENTO MENTAL DAS CLASSES TRABALHADORAS

João Weverton Diego Negreiros de Almeida

E-mail: [email protected]

DELÂNIO HORÁCIO DOS SANTOS (Universidade Católica de Pernambuco)

e-mail: [email protected]

Resumo:

O trabalho – enquanto fundante do ser social e criador de valores de uso – é levado à condição de subsunção

no modo de produção e reprodução capitalista. E, na contemporaneidade, passa por um processo de

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fragmentação e complexificação resultante de determinantes histórico-econômicos que culminaram na

reestruturação produtiva e, logo, num novo modelo de acumulação, o flexível. Desta feita, o presente

trabalho, fruto do TCC de bacharelamento em Serviço Social na UNICAP, analisa a relação entre as

condições, relações e processos de trabalho e o adoecimento mental das classes trabalhadores. Adota-se o

materialismo histórico dialético enquanto método de análise e o levantamento de dados quanti-qualitativos,

através de teóricos contemporâneos que estudam o processo saúde-trabalho-adoecimento, como Antunes e

Alves e o estudo de categorias como desploretarização e subproletarização; captura da subjetividade e

outros; para fundamentar a pesquisa de caráter bibliográfico. Portanto, tal modelo de acumulação modifica

a esfera produtiva e as classes trabalhadoras em seus aspectos objetivo e subjetivo. Nesse último caso, o

mundo trabalho flexibilizado tem levado ao adoecimento mental os trabalhadores nele inseridos.

REFRAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA PARA A CLASSE TRABALHADORA: UMA

POSSÍVEL RELAÇÃO ENTRE DESEMPREGO E SUICÍDIO

Walter Araújo de Albuquerque (Universidade Federal de Alagoas - UFAL)

Resumo

O presente artigo versa contribuir para a desmistificação da relação do desemprego com o suicídio. Tal

relação não ocorre de forma linear ou transposta, mas através de um aprofundamento do processo de

alienação, quando o trabalho, sob os moldes do capital, perde seu sentido de potencializador das qualidades

verdadeiramente humanas e passa a ser exercido como expressão da exploração do homem sobre o homem,

objetivando a obtenção crescente de lucros para a reprodução e manutenção da sociabilidade capitalista.

Por meio deste arcabouço podemos desenvolver, mas de forma introdutória, um debate a cerca da relação

entre desemprego e suicídio.

CONDIÇÕES DE TRABALHO E PRÁTICAS SOCIAIS DE TRABALHADORAS: DO SOFRIMENTO À

RESISTÊNCIA

Thaís de Souza Lapa ([email protected])

Doutoranda em Ciências Sociais pela Unicamp com Bolsa CNPq

Resumo:

No marco de pesquisa doutoral sobre condições de trabalho, divisão sexual do trabalho e práticas sociais

de trabalhadoras/es nos setores eletroeletrônico e automotivo da indústria metalúrgica no Brasil, nos quais

a proporção de mulheres é quase oposta - elas sendo a maioria em eletroeletrônicos e minoria no setor

automotivo – proponho desenvolver nesta comunicação um debate sobre condições de trabalho e práticas

sociais ao mesmo tempo de sexo e de classe de trabalhadoras (KERGOAT). Com base em contribuições

sobretudo francófonas acerca da psicodinâmica e da divisão sexual do trabalho (HIRATA e KERGOAT;

MOLINER), procurarei desenvolver aspectos do debate teórico sobre sofrimento e a construção de «

estratégias coletivas de defesa » para as mulheres no trabalho. O texto é desenvolvido procurando identificar

e trabalhar conceitos heuristicamente úteis para a análise das condições de trabalho oriundos das teorias

acerca da psicodinâmica do trabalho e da sociologia das relações sociais de sexo, bem como recuperar parte

das contribuições mútuas entre estes dois campos teóricos.

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SEGUNDA-FEIRA, 04 DE JUNHO

SESSÃO #01

18H00 ABERTURA

18H10 JUSTA CAUSABrasil2017 | Ficção | 2 minutos

AS DUAS FACES DA REALIDADEBrasil2018 | Ficção | 7 minutos

MULHERES DE FOGOBrasil2017 | Documentário | 13 minutos

NOVAS UNIDADESEspanha2016 | Ficção | 8 minutos

KAPITALISTISFrança, Bélgica2017 | Ficção | 14 minutos

> DEBATE

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TERÇA-FEIRA, 05 DE JUNHO

SESSÃO #02

18H00 O FUNCIONÁRIO DO MÊSAlemanha2017 | Ficção | 12 minutos

163 DIAS. A GREVE DE BANDASEspanha2017 | Documentário | 68 minutos

> DEBATE

QUARTA-FEIRA, 06 DE JUNHO

SESSÃO #03

18H00 VERONA, A HISTÓRIA DO MASSACRE DE EVERETTEstados Unidos da America2017 | Documentário | 95 minutos

> DEBATE

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QUINTA-FEIRA, 07 DE JUNHO

SESSÃO ESPECIAL

15H00 PERFILADOSEstados Unidos da América2016 | Documentário | 52 minutos

> DEBATE

Coordernação/debatedores:Edemir de Carvalho (UNESP)Ana Carolina Lirani Mazarini (UNESP)

SESSÃO #04

18H00 OUTRO FOGOBrasil2017 | Documentário | 21 minutos

OS HOMENS EM VIGÍLIAFrança2016 | Documentário | 80 minutos

> DEBATE

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SEXTA-FEIRA, 08 DE JUNHO

SESSÃO #05

18H00 MAMA CHIFilipinas2017 | Documentário | 4 minutos

TOMASITOEspanha2017 | Ficção | 12 minutos

TARTARUSBrasil2016 | Ficção | 15 minutos

CINECLUBISMO NA BFBrasil2018 | Documentário | 21 minutos

> DEBATE

19H30 CERIMÔNIA DE ENTREGA DE PRÊMIOS

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LOCAL

AUDITÓRIO 1 (SALA 64)UNESP – UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTAFaculdade de Filosofia e CiênciasAv. Hygino Muzzi Filho, 737Marília-SP17525-000

http://www.marilia.unesp.br

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XI SEMINÁRIO DO TRABALHO – O Futuro do Trabalho no Século XXIMostra CineTrabalho (BILFF) Brazilian International Labour Film Festival

Segunda-feira, 04 de Junho

Terça-feira, 05 de Junho

Quarta-feira, 06 de Junho

Quinta-feira, 07 de Junho

Sexta-feira, 08 de Junho

Jornada de Ciências SociaisEstudos da Obra de Ricardo Antunes

9h – 12h

Mesa I - A Rebeldia do TrabalhoAriovaldo Santos (UEL)Sávio Cavalcante (UNICAMP)Edilson Graciolli (UFU)

Local: Anfiteatro I

Fórum Trabalho e Saúde

9h – 12h

Mesa I – Trabalho e Adoecimentos laborais no Brasil NeoliberalRoberto Heloani (UNICAMP)Renata Papareli (PUC-SP)Fábio de Oliveira (USP)Artur Lobato (SMTAEMG)

Local: Anfiteatro I

9h – 12h

Mesa - Economia e Sociedade no BrasilDari Krein (UNICAMP)Armando Boito (UNICAMP)Humberto Marcial Fonseca (Instituto Declatra)

Local: Anfiteatro I

9h – 12h

Mesa - Trabalho, ofensiva neoliberal e sindicalismoAndreia Galvão (UNICAMP)Ruy Braga (USP)Paula Lenguita (CIEL/CONICET – Argentina)

Local: Anfiteatro I

15h

Pré-AberturaProjeto Tela CríticaProjeção do Filme: “O valor de um homem”, de Stéphane Brizé (2016)

Debate:José Ricardo Ramalho (UFRJ)Cláudia Nogueira (UNIFESP)

Local: Anfiteatro I

14h30 - 17h

Mesa II - Adeus ao Trabalho?Exibição do video-documentário sobre Ricardo Antunes (direção: Giovanni Alves, Praxis Vídeo/Projeto CineTrabalho)Geraldo Augusto Pinto (UFTPR)

Local: Anfiteatro I

14h - 16hSessão de Comunicações

16h - 19hMini-CursoAS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASILO desmonte da CLT (A Reforma Trabalhista de Michel Temer)(Carla Rita Bracchi)

Local: Anfiteatro I

14h - 16hSessão de Comunicações

16h - 19hMini-CursoAS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASILTrabalho e Saúde Mental no Brasil -I(Petilda Vazquez)

Local: Anfiteatro I

14h - 16hSessão de Comunicações

16h - 19hMini-CursoAS DIMENSÕES DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASILTrabalho e Saúde Mental no Brasil -II(Ana Celeste Casulo)

Local: Anfiteatro I

18h

AberturaMostra CineTrabalho (Brazilian International Labour FilmFestival)

Giovanni Alves (UNESP), CoordenadorElson Menegazzo, Curador

Projeção dos Filmes:

JUSTA CAUSA Brasil2017 | Ficção | 2 minutos

AS DUAS FACES DA REALIDADEBrasil2018 | Ficção | 7 minutos

MULHERES DE FOGOBrasil2017 | Documentário | 13 minutos

NOVAS UNIDADESEspanha2016 | Ficção | 8 minutos

KAPITALISTISFrança, Bélgica2017 | Ficção | 14 minutos

> Debate

Local: Sala 64 – Auditório 1

18h

Mostra CineTrabalho (Brazilian International Labour FilmFestival)

Projeção dos Filmes:

O FUNCIONÁRIO DO MÊSAlemanha2017 | Ficção | 12 minutos

163 DIAS. A GREVE DE BANDASEspanha2017 | Documentário | 68 minutos

> Debate

Local: Sala 64 – Auditório 1

18h

Mostra CineTrabalho (Brazilian International Labour FilmFestival)

Projeção do Filme:

VERONA, A HISTÓRIA DO MASSACRE DE EVERETTEstados Unidos da America2017 | Documentário | 95 minutos

> Debate

Local: Sala 64 – Auditório 1

18h

Mostra CineTrabalho (Brazilian International Labour FilmFestival)

Projeção dos Filmes:

OUTRO FOGOBrasil2017 | Documentário | 21 minutos

OS HOMENS EM VIGÍLIAFrança2016 | Documentário | 80 minutos

> Debate

Local: Sala 64 – Auditório 1

15h - 17h

Mostra CineTrabalho (Brazilian International Labour FilmFestival)

Projeção do Filme:

PERFILADOSEstados Unidos da America2016 | Documentário | 52 minutos

> DebateEdemir de Carvalho (UNESP)Ana Carolina Lirani Mazarini (UNESP)

18h - 19h30

Mostra CineTrabalho (Brazilian International Labour FilmFestival)

Projeção dos Filmes:

MAMA CHIFilipinas2017 | Documentário | 4 minutos

TOMASITOEspanha2017 | Ficção | 12 minutos

TARTARUSBrasil2016 | Ficção | 15 minutos

CINECLUBISMO NA BFBrasil2018 | Documentário | 21 minutos

> Debate

> Cerimônia de Entrega de Prêmios

Local: Sala 64 – Auditório 1

19h30

AberturaLançamento de Livros

Apresentação:Diretor FFC/Coordenador RET/Chefe do DSA/Coordenador PPGCS

Palestra de Abertura"O Privilegio da Servidão: A explosão do novo proletariado da era digital"Ricardo Antunes (UNICAMP)

Local: Anfiteatro I

19h30 - 23h

Mesa III - Os sentidos do trabalhoJesus Ranieri (UNICAMP)Simone Wolff (UEL)Giovanni Alves (UNESP)

Local: Anfiteatro I

19h30 - 23h

Mesa II – Trabalho e Saúde no Brasil hojeJoão dos Reis (UFSCar)Vera Navarro (USP)Francisco Alves (UFSCar)Rene ́Mendes (ABRASST)

Local: Anfiteatro I

19h30 - 23h

Mesa - Perspectivas da Crise do Capitalismo GlobalFrancisco Corsi (UNESP)Adrián Valencia (UAM-México)Xabier Montoro (UCM-Espanha)

Local: Anfiteatro I

19h30 - 22h30h

Mesa de Conjuntura - Perspectivas da luta de classe no BrasilHelder Molina (UERJ)Anderson Deo (UNESP)Giovanni Alves (RET-UNESP)

Local: Anfiteatro I