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    trabalho pioneiro.Prestao de servios com tradio de confiabilidade.Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadoras emsua tarefa de no cometer injustias.Didtico, mais do que um simples gabarito, auxilia o estudante noprocesso de aprendizagem, graas a seu formato: reproduo de ca-da questo, seguida da resoluo elaborada pelos professores doAnglo.No final, um comentrio sobre as disciplinas.

    A Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP) uma instituiopblica.

    Oferece os seguintes cursos:

    Campus So Paulo Campus Baixada Santista

    *Cincias Biomdicas Educao Fsica*Enfermagem Fisioterapia*Fonoaudiologia Nutrio*Medicina PsicologiaTecnologia em Informtica Servio SocialTecnologia em Radiologia Terapia OcupacionalTecnologia em Sade

    Tecnologia Oftlmica

    Campus Diadema Campus Guarulhos

    Cincias Ambientais Cincias Sociais*Cincias Biolgicas Filosofia*Engenharia Qumica HistriaFarmcia e Bioqumica Histria da ArteLicenciatura Plena em Cincia *Letras (Bacharelado e Licenciatura)Qumica Pedagogia

    Qumica IndustrialCampus So Jos dos Campos Osasco

    Bacharelado em Administrao de EmpresasCincia e Tecnologia Cincias ContbeisCincias da Computao Cincias EconmicasMatemtica Computacional Relaes Internacionais

    o

    anglo

    resolve

    a prova de

    Conhecimentos

    Especficos daUNIFESP

    dezembro

    de 2010

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    Para o ingresso nos cursos de graduao da Universidade Federal de So

    Paulo, o Exame Nacional do Ensino Mdio etapa obrigatria, entre-tanto a nota nele obtida considerada de formas diferentes, conforme

    os modelos abaixo.

    MODELO UNIFICADO seleciona os candidatos apenas pela nota

    obtida no ENEM-2010.

    MODELO MISTO adotado apenas para a seleo dos candidatosaos cursos indicados com asterisco na tabela anterior, utiliza a nota

    do ENEM-2010 como uma primeira fase e aplica provas de segundafase feitas pela Fundao Vunesp e assim constitudas:

    1- dia Prova de Lngua Portuguesa (30 testes), Ingls (15testes) e Redao (texto dissertativo).

    Obs.: os alunos dos cursos de Guarulhos podem optar entre Ingls e

    Francs.

    2- dia Prova de Conhecimentos Especficos, com 5 questesanaltico-expositivas de cada disciplina, conforme o curso:

    Para os candidatos aos cursos de Diadema e So Paulo: 20questes analtico-expositivas, divididas igualmente entreBiologia, Qumica, Fsica e Matemtica.

    Para os candidatos aos cursos de Guarulhos: 15 questes analti-

    co-expositivas divididas igualmente entre Histria, Geografia eLngua Portuguesa.

    Cada prova tem a durao de 4 horas e vale 100 pontos.

    A nota final a mdia aritmtica simples das notas das duas provas

    com a nota da parte objetiva do ENEM-2010.

    Ser eliminado o candidato que deixar de fazer alguma das provas(ENEM inclusive) ou que obtiver pontuao final menor do que 30.

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    A figura apresenta uma imagem microscpica de clulas eucariticas.

    (J. Burgess, Carnegie Mellon University, mimp.mems.cmu.edu.)

    a) A imagem mostra um conjunto de clulas animais ou vegetais? Justifique.b) D o nome das estruturas apontadas em 1 e 2 e explique suas funes.

    a) A imagem mostra um tecido vegetal; nota-se a existncia de um grande vacolo central, cloroplastos e umaparede celular.

    b) A estrutura 1 a parede celular (membrana celulsica), com funo de proteo e sustentao; a estrutura2 o cloroplasto, responsvel pela fotossntese.

    Os rpteis foram o primeiro grupo de vertebrados a conquistar o ambiente terrestre de forma plena.

    a) Os rpteis modernos esto classificados em trs principais ordens. D um exemplo de uma espcie perten-cente a cada uma dessas ordens.

    b) Explique quais foram as adaptaes necessrias para que os rpteis pudessem viver no ambiente terrestre.

    a) Ordem dos escamados exemplos: serpentes em geral, como cascavel ou jararaca; lagartos, lagartixas,iguanas; ordem dos quelnios exemplos: tartarugas, cgados e jabutis; ordem dos crocodilianos exem-plos: jacars e crocodilos.

    b) Dentre as adaptaes dos rpteis para a vida em ambiente terrestre, podemos destacar: pele queratinizadae impermevel; excreo nitrogenada na forma de cido rico; respirao exclusivamente pulmonar; fecun-dao interna, ovo com casca calcria, desenvolvimento direto e presena de anexos embrionrios.

    Copaifera langsdorffii uma rvore de grande porte, amplamente distribuda pelo Brasil e conhecida popu-larmente como copaba.

    A disperso das sementes da copaba feita por aves frugvoras.

    a) Indique e explique objetivamente a relao ecolgica que se estabelece entre a copaba e as aves frugvo-ras.

    b) Considerando que as sementes poderiam germinar ao redor da planta-me, por que a disperso impor-tante para a espcie vegetal?

    Questo 3

    Resoluo

    Questo 2

    Resoluo

    1

    2

    Questo 1

    BOILGO

    IA

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    a) A relao de mutualismo, podendo tambm ser denominada de cooperao ou mutualismo facultativo.A rvore beneficiada pela disperso de seus descendentes, enquanto as ave se alimentam dos arilossuculentos das sementes.

    b) A disperso das sementes evita a ocorrncia de competio entre a planta-me e as filhas, facilitando aindaa ocorrncia de reproduo entre os diferentes indivduos da espcie. Alm disso, permite a conquista denovos territrios.

    Em carta enviada revista cientfica Science, cientistas brasileiros afirmaram que as mudanas no Cdigo Flo-restal Brasileiro, aprovadas por comisso especial da Cmara dos Deputados neste ano, podero levar mais de100 mil espcies extino, alm de aumentar substancialmente as emisses de gs carbnico (CO2) na atmos-fera.

    a) Qual o problema ambiental causado pelo aumento das emisses de gs carbnico e quais suas consequn-cias?

    b) Segundo os cientistas, a flexibilizao no Cdigo Florestal estimular o desmatamento e reduzir a restau-rao obrigatria de reas nativas ilegalmente desmatadas. Explique como essas mudanas no cdigo po-dem levar extino de espcies e ao aumento nas emisses de gs carbnico.

    a) O aumento das emisses de gs carbnico na atmosfera intensifica o efeito estufa, que incrementa o aque-cimento global. Em consequncia, pode haver alteraes climticas, diminuio de geleiras, aumento do n-vel dos oceanos, acidificao das guas ocenicas, ocorrncia de doenas em novos locais, desaparecimen-to de espcies.

    b) O desmatamento, associado no restaurao das reas nativas, reduz drasticamente populaes inteirasde muitas espcies de seres vivos, ao alterar seus habitats e nichos, suas interaes ecolgicas, as oportuni-dades de alimentao e de reproduo, etc. A massa vegetal resultante do desmatamento ilegal, ao ser na-turalmente decomposta ou submetida queima, levar a um aumento da emisso de gs carbnico na at-mosfera.

    Analise a informao nutricional contida no rtulo de dois alimentos, considerando que um deles ser total-mente ingerido por uma pessoa que sofre de hipertenso arterial.

    * Valores dirios com base em uma dieta de 2000kcal ou 8400kJ.Seus valores dirios podem ser maiores ou menores dependendode suas necessidades energticas.

    ** VD no estabelecido.

    Questo 5

    Resoluo

    Questo 4

    Resoluo

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    ALIMENTO 1Informao nutricional

    Quantidade %VD (*)

    Valor energtico 84kcal = 353kJ 4

    Carboidratos 9,8g 3

    Protenas 2,1g 3

    Gorduras totais 4,0g 7

    Gorduras saturadas 2,3g 10

    Gorduras trans 0g **

    Fibra alimentar 1,2g 5

    Sdio 1262mg 53

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    * Valores dirios com base em uma dieta de 2000kcal ou 8400kJ.Seus valores dirios podem ser maiores ou menores dependendode suas necessidades energticas.

    ** VD no estabelecido.

    a) Por qual dos dois alimentos um hipertenso deveria optar? Justifique.b) Cite dois componentes do rtulo que podem influenciar no aumento da presso arterial e explique de que

    forma exercem essa influncia.

    a) Um indivduo hipertenso deveria optar pelo alimento 2, pois contm menor teor de sdio e de gordurastotais.

    b) Dois componentes do rtulo que podem influenciar no aumento da presso arterial so o sdio e as gor-duras totais. O excesso de sdio pode provocar reteno de gua no organismo, aumentando a presso san-gunea. As gorduras podem causar obstruo da luz dos vasos sanguneos, diminuindo seu calibre e, assim,dificultando a passagem do sangue, o que tambm leva a um aumento da presso do lquido circulante.

    Resoluo

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    ALIMENTO 2Informao nutricional

    Quantidade %VD (*)

    Valor energtico 79kcal = 332kJ 4

    Carboidratos 13g 4

    Protenas 1,2g 2

    Gorduras totais 2,6g 5

    Gorduras saturadas 1,4g 6

    Gorduras trans 0g **

    Fibra alimentar 4,8g 20

    Sdio 612mg 26

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    Ligas metlicas so comuns no cotidiano e muito utilizadas nas indstrias automobilstica, aeronutica, eletr-nica e na construo civil, entre outras. Uma liga metlica binria contendo 60% em massa de cobre foi sub-metida anlise para identificao de seus componentes. Uma amostra de 8,175g da liga foi colocada em con-tato com excesso de soluo de cido clordrico, produzindo 0,05mol de gs hidrognio. O que restou da ligafoi separado e transferido para um recipiente contendo soluo de cido ntrico concentrado. As reaes ocor-ridas so representadas nas equaes, em que um dos componentes da liga representado pela letra M.

    M(s) + 2HCl(aq) MCl2(aq) + H2(g)Cu(s) + 4HNO3(aq) Cu(NO3)2(aq) + 2NO2(g) + 2H2O(l)

    a) Determine a variao do nmero de oxidao das espcies que sofrem oxidao e reduo na reao comcido ntrico.

    b) Identifique o componente M da liga, apresentando os clculos utilizados.

    a)

    b) 8,175g de uma liga 8,175g = 4,905g de Cu

    8,175g 4,905g = 3,270g de M

    M(s) + 2HCl(aq) MCl2(aq) + H2(g)

    1mol 1mol0,05mol 0,05mol

    Logo, 0,05mol do metal M possui massa 3,270g.

    Assim:

    0,05mol 3,270g1mol xx = 65,4g

    Pela tabela peridica fornecida na prova, o metal que possui massa molar 65,4g/mol o zinco (Zn).

    Para trabalhar com o tema equilbrio cido-base, um professor de qumica realizou junto com seus alunosdois experimentos.I. Em uma soluo aquosa incolor de NaOH, adicionaram gotas do indicador representado na figura.

    N

    CH3

    CH3

    N N

    CO2H

    H+ + N

    CH3

    CH3

    N N

    CO2

    Cor vermelha Cor amarela

    Questo 7

    60100

    Cu(s) + 4HNO3(aq) Cu(NO3)2(aq) + 2NO2(g) + 2 H2O(l)

    reduo

    oxidao0

    +4+5

    +2

    Resoluo

    Questo 6

    AUQ

    MIC

    14243

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    II. Uma soluo aquosa incolor de NH4Cl foi posta em contato, separadamente, com cada indicador rela-cionado na tabela. Aps o teste, a soluo apresentou a colorao amarela com os indicadores 1 e 2 e ver-melha com o indicador 3.

    a) No experimento I, descreva o que ocorre com o equilbrio qumico e com a cor da soluo do indicador, em

    decorrncia da interao com a soluo de NaOH.b) Considerando o conceito de hidrlise, justifique o carter cido-base da soluo testada no experimento II.Qual a faixa de pH dessa soluo?

    a) Pela adio de NaOH, os ons hidroxila (OH) retiram H+ deslocando o equilbrio para a direita, e a soluoapresentar colorao amarela.

    b) A hidrlise do NH4Cl pode ser representada pela equao:

    NH4+

    (aq) + H2O(l) NH4OH(aq) + H+(aq)

    meio cido

    Com a adio do NH4Cl:

    soluo I colorao amarelaPodemos concluir que o pH menor que 6.

    soluo II colorao amarela

    Podemos concluir que o pH menor que 5,2. soluo III colorao vermelha

    Podemos concluir que o pH ser maior do que 5 e menor do que 5,2 (5 pH 5,2).

    O clculo renal, ou pedra nos rins, uma das doenas mais diagnosticadas por urologistas. A composio doclculo pode ser determinada por anlises qumicas das pedras coletadas dos pacientes. Considere as anlisesde duas amostras de clculo renal de diferentes pacientes.

    Amostra IAnlise elementar por combusto.Resultado: presena de cido rico no clculo renal.

    Amostra IIDecomposio trmica:

    massa inicial da amostra: 8,00mgmassa do resduo slido final: 4,40mg

    Resultado: presena de oxalato de clcio, CaC2O4, no clculo renal.

    a) Escreva a equao balanceada da reao de combusto completa do cido rico, onde os produtos dereao so gua, gs nitrognio (N2) e gs carbnico (CO2).

    b) Determine o teor percentual, em massa, de oxalato de clcio na amostra II do clculo renal, sabendo-se queos gases liberados na anlise so CO e CO2, provenientes exclusivamente da decomposio trmica doCaC2O4.

    O

    HN

    NH N

    H

    O

    NH

    O

    cido rico

    Questo 8

    Resoluo

    Indicador Cor em soluo cida Faixa de pH de viragem Cor em soluo bsica1 Amarela 6,0 7,6 azul

    2 Amarela 5,2 7,0 vermelha3 Azul 3,0 5,0 vermelha

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    a) C5H4N4O3 + O2 2H2O + 5CO2 + 2N2

    b) 8,00mg 4,40mg = 3,60mg (massa dos gases liberados)

    CaC2O4(s) CaO(s) + CO(g) + CO2(g)

    1mol 1mol 1mol128g 28g 44g

    128g 72gx 3,60mgx = 6,4mg de CaC2O4

    8,00mg 100%6,4mg x

    x = 80% (Teor percentual, em massa, de CaC2O4)

    O naftaleno um composto utilizado como matria-prima na produo de diversos produtos qumicos, comosolventes, corantes e plsticos. uma substncia praticamente insolvel em gua, 3mg/100mL, e pouco sol-vel em etanol, 7,7g/100mL. A reao de sulfonao do naftaleno pode ocorrer por dois diferentes mecanis-mos, a 160C representado na curva I (mecanismo I) e a 80C , representado na curva II (mecanismo II).

    Os principais produtos de reao obtidos so:

    a) Represente as estruturas de ressonncia do naftaleno. Explique as diferenas de solubilidade do naftalenonos solventes relacionados.

    b) Explique por que o mecanismo I ocorre em temperatura maior que o mecanismo II. Classifique as reaesque ocorrem nas curvas I e II, quanto ao calor de reao.

    a)

    O naftaleno, por ser apolar, dissolve-se melhor em solventes apolares. A gua um solvente polar, logo onaftaleno apresenta uma baixa solubilidade em gua. J o etanol apresenta em sua estrutura uma parteapolar, o que aumenta a solubilidade do naftaleno nesse solvente.

    144424443

    Estruturasde

    ressonncia

    Resoluo

    mecanismo I

    SO3H

    mecanismo II

    SO3H

    Energia

    I

    II

    Caminho da reao

    Questo 9

    92

    Resoluo

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    b) O mecanismo I evidencia a formao do cido -naftaleno-sulfnico, e o mecanismo II, a formao do cido

    -naftaleno-sulfnico.

    A baixas temperaturas, o naftaleno tende a sofrer substituio na posio . Isso ocorre pois o inter-

    medirio de reao da forma tem duas formas de ressonncia, enquanto o intermedirio , apenas uma.

    A altas temperaturas, o mecanismo I favorecido.

    Isso ocorre pois o mecanismo II reversvel. Como a reao exotrmica, o aumento de temperaturadesloca o equilbrio para a esquerda, favorecendo o mecanismo I, que irreversvel.Analisando o diagrama, podemos classificar os dois mecanismos como exotrmicos.

    A Poltica Nacional dos Resduos Slidos foi sancionada pelo governo em agosto de 2010. um avano na reaambiental, j que a lei estabelece regras muito importantes, como o sistema de logstica reversa. Nesse sis-tema, um pneu de automvel, aps a sua vida til, dever ser recolhido pelo fabricante, para que tenha umdestino adequado. Um pneu pode ser obtido a partir do aquecimento da borracha, natural ou sinttica, comenxofre na presena de um catalisador. A borracha sinttica obtida a partir da polimerizao do buta-1,3--dieno.Na reao de 1mol de molculas de buta-1,3-dieno com 1mol de molculas de hidrognio, sob condiesexperimentais adequadas, obtm-se como principal produto o but-2-eno.a) Qual o nome do processo que ocorre com o polmero durante a fabricao desse pneu? Quais modifi-

    caes ocorrem nas cadeias do polmero da borracha aps esse processo?b) Escreva a equao da reao de hidrogenao descrita. Apresente os ismeros espaciais do but-2-eno.

    a) O processo que ocorre no aquecimento da borracha natural ou sinttica com enxofre recebe o nome de vul-canizao.A vulcanizao transforma as cadeias da borracha que so lineares em estruturas espaciais interligadas portomos de enxofre. Esse processo tem por finalidade endurecer a borracha, tornando-a mais resistente ao

    atrito.b) H2C CH CH CH2 + H2 H3C CH CH CH3

    buta-1,3-dieno but-2-eno

    trans-but-2-eno

    C

    C

    H

    H

    CH3

    H3C

    cis-but-2-eno

    C

    C

    H3C H

    HH3C

    Resoluo

    Questo 10

    H2SO4 +

    SO3H

    SO3H

    (II)

    (I)

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    Trs bolinhas idnticas, so lanadas na vertical, lado a lado e em sequncia, a partir do solo horizontal, coma mesma velocidade inicial, de mdulo igual a 15m/s para cima. Um segundo aps o lanamento da primeira,a segunda bolinha lanada. A terceira bolinha lanada no instante em que a primeira, ao retornar, toca o

    solo.

    Considerando g = 10m/s2 e que os efeitos da resistncia do ar ao movimento podem ser desprezados, deter-mine

    a) a altura mxima (hmx) atingida pela primeira bolinha e o instante de lanamento da terceira bolinha.b) o instante e a altura H, indicada na figura, em que a primeira e a segunda bolinha se cruzam.

    a) No ponto mais alto da trajetria (H = hmx), a velocidade da bolinha igual a 0. Orientando-se a trajetriapara cima e adotando-se a origem dos espaos na posio de lanamento:

    v2 = v02 + 2 a (s s0)

    02 = 152 + 2 (10)(hmx 0) hmx = 11,25m

    A terceira bolinha lanada no instante em que a primeira atinge o solo. Para a primeira bolinha:

    v = v0 + at15 = 15 10t

    t = 3s

    Portanto o instante de lanamento da terceira bolinha t = 3s.

    b) As funes horrias do espao das bolinhas so:

    1: s1

    = s01

    + v01

    (t t01

    ) +

    s1 = 15t 5t2 (SI)2: s2 = 15(t 1) 5(t 1)

    2 (SI)

    No encontro: s1 = s215t 5t2 = 15(t 1) 5(t 1)2

    tencontro = 2s

    Para a primeira bolinha:

    s1 = H = 15 2 5 22

    H = 10m

    a1(t t01)2

    2

    Resoluo

    Altura (m)

    hmx

    1abolinha

    H

    2abolinha 3abolinha

    Questo 11

    SIAF C

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    Uma pequena pedra de 10g lanada por um dispositivo com velocidade horizontal de mdulo igual a600m/s, incide sobre um pndulo em repouso e nele se engasta, caracterizando uma coliso totalmente inels-tica. O pndulo tem 6,0kg de massa e est pendurado por uma corda de massa desprezvel e inextensvel, de1,0m de comprimento. Ele pode girar sem atrito no plano vertical, em torno da extremidade fixa da corda, demodo que a energia mecnica seja conservada aps a coliso.

    Considerando g = 10,0m/s2, calcule

    a) a velocidade do pndulo com a pedra engastada, imediatamente aps a coliso.b) a altura mxima atingida pelo pndulo com a pedra engastada e a tenso T na corda neste instante.

    a) O sistema isolado, portanto

    Qsist = Qsist mp vp + me ve = mp vp + me ve0

    vp = ve = v (coliso inelstica)

    (mp + me) v = mp vp (10 + 6000) v = 10 600 v =

    v 1m/s

    b) O sistema conservativo, portanto

    fmec = imec (c

    0+ p)f = (c + p)

    0i

    m g h = h =

    h = h = 0,05m

    No instante em que o pndulo para,

    T = PcosT = m g cos

    T = 6,01 10

    T 57,1N

    95100

    100cm

    T

    P

    Psen Pcos

    95cm

    5cm

    12

    20

    v2

    2gmv2

    2

    60006010

    Resoluo

    PTotal

    T

    fora de escala

    1,0m

    v = 600m/s

    Questo 12

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    Em um trocador de calor fechado por paredes diatrmicas, ini-cialmente o gs monoatmico ideal resfriado por um pro-cesso isocrico e depois tem seu volume expandido por um

    processo isobrico, como mostra o diagrama presso versusvolume.

    a) Indique a variao da presso e do volume no processo iso-crico e no processo isobrico e determine a relao entre

    a temperatura inicial, no estado termodinmico a, e final,no estado termodinmico c, do gs monoatmico ideal.

    b) Calcule a quantidade total de calor trocada em todo o pro-cesso termodinmico abc.

    a) A partir das informaes contidas no grfico:

    Comparando-se os estados termodinmicos a e c, tem-se:

    =

    Procedendo s devidas substituies numricas:

    = = 1

    b) Como a energia interna do gs (U) dada por U = nRT, e sendo Ta = Tc, conclui-se que Ua = Uc.

    Logo, Uac = 0.

    A partir da 1a lei da Termodinmica:

    Uac0 = Qac ac Qac =ac

    Mas,ac =ab +bc0 (isocrico) p V

    ac =bc = 1 105 (6 2) 102

    Qac =ac = 4 103 J

    Os circuitos eltricos A e B esquematizados, utilizam quatro lm-

    padas incandescentes L idnticas, com especificaes comerciais de100W e de 110V, e uma fonte de tenso eltrica de 220V. Os fioscondutores, que participam dos dois circuitos eltricos, podem serconsiderados ideais, isto , tm suas resistncias hmicas despre-

    zveis.

    a) Qual o valor da resistncia hmica de cada lmpada e a resistn-cia hmica equivalente de cada circuito eltrico?

    b) Calcule a potncia dissipada por uma lmpada em cada circuitoeltrico, A e B, para indicar o circuito no qual as lmpadas apre-

    sentaro maior iluminao.

    Circuito A

    220V

    Circuito B

    220V

    Questo 14

    32

    TaTc

    1 105 6 102

    Tc

    3 105 2 102

    Ta

    pc VcTc

    pa VaTa

    V = 4 102m3

    p = 0

    12

    3

    processo isobrico

    b c

    V = 0

    p = 2 105Pa

    123

    processo isocricoa b

    Resoluo

    P(105Pa)

    3,0

    2,0

    1,0

    2,0 4,0 6,0 V(102

    m3)

    b

    a

    c

    Questo 13

    12UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

    123

  • 7/24/2019 Prova_853_AR (1)

    13/31

    a) Resistncia de cada lmpada.

    P = 100 = R = 121

    No circuito A, em cada ramo h uma associao em srie, cuja resistncia equivalente Rs = 242.Os dois ramos esto associados entre si em paralelo.

    Rp = Rp = 121

    No circuito B, as lmpadas esto associadas em srie, portantoRs = 4R Rs = 484

    b) Cada lmpada do circuito A est submetida ddp U = 110V, logo funciona segundo as especificaes.PA = 100W

    Cada lmpada do circuito B est submetida ddp U = 55V. Assim, supondo que a resistncia das lmpadasseja constante, tem-se:

    = =

    P2 = 25W

    Uma lente convergente pode servir para formar uma imagem virtual, direita, maior e mais afastada do que oprprio objeto. Uma lente empregada dessa maneira chamada lupa, e utilizada para observar, com maisdetalhes, pequenos objetos ou superfcies.Um perito criminal utiliza uma lupa de distncia focal igual a 4,0cm e fator de ampliao da imagem igual a3,0 para analisar vestgios de adulterao de um dos nmeros de srie identificador, de 0,7cm de altura, tipa-dos em um motor de um automvel.

    a) A que distncia do nmero tipado no motor o perito deve posicionar a lente para proceder sua anlise nascondies descritas?

    b) Em relao lente, onde se forma a imagem do nmero analisado? Qual o tamanho da imagem obtida?

    De acordo com o texto:f = +4cm

    LENTE CONVERGENTE

    A = +3

    IMAGEM DIREITA

    a) Para se determinar a posio do objeto em relao lente (p), pode-se utilizar a equao do aumento:

    A = 3 = p 2,67cm

    Portanto o nmero tipado deve se encontrar a aproximadamente 2,67cm da lente.

    44 p

    ff p

    Resoluo

    2 2Lente

    Olho

    Questo 15

    552

    P2

    1102

    100

    U22

    P2

    U12

    P1

    Rs2

    1102

    R

    U2

    R

    Resoluo

    13UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

  • 7/24/2019 Prova_853_AR (1)

    14/31

    b) A posio da imagem em relao lente (p) pode ser determinada pela equao dos pontos conjugados:

    = + = + p = 8cm

    Sendo assim, em relao lente, a imagem encontra-se a 8cm de distncia e do mesmo lado que o objeto.O tamanho da imagem (y) pode ser determinado pela equao do aumento:

    A = +3 = y = +2,1cm

    Portanto o tamanho da imagem obtida 2,1cm.

    y0,7

    yy

    1p

    13

    14

    1p

    1p

    1f

    14UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

  • 7/24/2019 Prova_853_AR (1)

    15/31

    15UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

    A figura 1 representa um cabo de ao preso nas extremidades de duas hastes de mesma altura h em relaoa uma plataforma horizontal. A representao dessa situao num sistema de eixos ortogonais supe a

    plataforma de fixao das hastes sobre o eixo das abscissas; as bases das hastes como dois pontos, A e B; e con-sidera o ponto O, origem do sistema, como o ponto mdio entre essas duas bases (figura 2). O comportamento

    do cabo descrito matematicamente pela funo f(x) = 2x+x, com domnio [A, B].

    a) Nessas condies, qual a menor distncia entre o cabo e a plataforma de apoio?b) Considerando as hastes com 2,5m de altura, qual deve ser a distncia entre elas, se o comportamento do

    cabo seguir precisamente a funo dada?

    a) f(0) = 20 +0

    f(0) = 2

    Resposta: 2

    b) f(x) = 2,5

    2x

    +

    x

    =

    2x + =

    2 (2x)2 + 2 = 5 2x

    2 (2x)2 5 2x + 2 = 0

    2x = 2 x = 1

    2x =

    2x = x = 1

    Logo, a distncia deve ser 2m.

    Resposta: 2m

    Progresso aritmtica uma sequncia de nmeros tal que a diferena entre cada um desses termos (a partirdo segundo) e o seu antecessor constante. Essa diferena constante chamada razo da progresso arit-mtica e usualmente indicada por r.

    a) Considere uma PA genrica finita (a1, a2, a3, , an) de razo r, na qual n par. Determine a frmula dasoma dos termos de ndice par dessa PA, em funo de a1, n e r.

    b) Qual a quantidade mnima de termos para que a soma dos termos da PA (224, 220, 216, ) seja positiva?

    Questo 17

    12

    5 +_ 34

    52

    12x

    5

    2

    1

    2

    12

    Resoluo

    xBA O

    y

    figura 1 figura 2

    12

    Questo 16

    M ACIEAMTT TT

  • 7/24/2019 Prova_853_AR (1)

    16/31

    a) Devemos calcular a soma dos termos da P.A. em que o primeiro termo a1 + r e o ltimo termo

    a1 + (n 1) r.

    Assim:

    S = S =

    Resposta: S =

    b) Na P.A. temos a1 = 224 e r = 4.an = a1 + (n 1) r an = 224 + (n 1) 4 = 4n 228

    Sn = Sn =

    Sn = (2n 226) r

    Para a soma ser positiva: (2n 226) n 0

    Como n positivo, temos:

    2n 226 0 n 113

    Logo, o menor n possvel 114.

    Resposta: 114

    Considere a1, a2, a3, b1, b2, b3 nmeros reais estritamente positivos, tais que os pontos (a1, b1), (a2, b2) e (a3, b3)pertenam reta y = 2x.

    a) Sabendo-se que Q(x) = (com b1x2 + b2x + b3 0) independe de x, pede-se determinar seu valor.

    b) Na figura, se os pontos A, B e C so vrtices de um tringulo issceles e o segmento

    AC um dos dimetrosda circunferncia convenientemente centrada na origem do sistema ortogonal, pede-se determinar a medi-da do segmento AB

    em funo de a1.

    a) Como Q(x) independe de x, podemos afirmar que seu valor dado por Q(0) = .

    Como b3 = 2a3, temos Q(x) = .

    Resposta:12

    12

    a3b3

    Resoluo

    C(a1, b1)

    B

    A

    x

    y

    a1O

    a1

    a1x2 + a2x + a3

    b1x2 + b2x + b3

    Questo 18

    (224 + 4n 228) n

    2

    (a1 + an) n

    2

    (2a1 + nr) n

    4

    (2a1 + nr) n

    4n2

    a1 + r + a1 + (n 1) r

    2

    n2

    Resoluo

    16UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

  • 7/24/2019 Prova_853_AR (1)

    17/31

    b) Do enunciado, temos a figura em que AB = BC, OD = OE = a1, CD = AE = 2a1 e AO = OC:

    Aplicando o teorema de Pitgoras ao tringulo retngulo ODC, temos:

    (OC)2 = (OD)2 + (CD)2

    (OC)2 = (a1)2 + (2a1)2

    (OC)2 = a12 + 4a1

    2

    (OC)2 = 5a21 OC = a15 = AO e AC = 2(OC) = 2a15

    Aplicando o teorema de Pitgoras no tringulo retngulo ABC, temos:(AB)2 + (BC)2 = (AC)2

    (AB)2

    + (AB)2

    = (2a15 )

    2

    2(AB)2 = 20a12

    (AB)2 = 10a12

    AB = a110

    Resposta: AB = a110

    No plano de Argand-Gauss (figura), o ponto A chamado afixo do nmero com-plexo z = x + yi, cujo mdulo (indicado por |z|) a medida do segmento OA

    e cu-

    jo argumento (indicado por ) o menor ngulo formado com OA

    , no sentido

    anti-horrio, a partir do eixo Re (z). O nmero complexo z = i chamado uni-dade imaginria.

    a) Determinar os nmeros reais x tais que z = (x + 2i)4 um nmero real.b) Se uma das razes quartas de um nmero complexo z o complexo z0, cujo

    afixo o ponto (0, a), a 0, determine |z|.

    a) z = (x + 2i)4 = [(x + 2i)2]2

    = [(x2 4) + 4xi]2

    z = (x2 4)2 16x2 + 8x(x2 4)i

    Para que z seja um nmero real, devemos ter

    8x(x2 4) = 0 x = 0 ou x2 4 = 0

    x = 0 ou x = 2 ou x = 2Resposta: Os nmeros reais x so 0, 2 e 2.

    b) Como z0 uma raiz quarta de z, temosz0

    4 = z e z0 = 0 + ai, a 0

    Assim, z = (0 + ai)4

    z = a4

    Logo, |z| = |a4|

    |z| = a4

    Resposta: a4

    Resoluo

    Im(z)

    y

    O

    A

    x Re(z)

    Questo 19

    C(a1, 2a1)

    B

    A

    x

    y

    DO

    E

    17UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

  • 7/24/2019 Prova_853_AR (1)

    18/31

    Para testar a durabilidade de uma bateria eltrica foram construdos dois pequenos aparatos mveis, A e B,que desenvolvem, respectivamente, as velocidades constantes de 30cm/s e 20 cm/s. Cada um dos aparatos ini-cialmente posicionado em uma das duas extremidades de uma pista retilnea e horizontal de 9m de compri-mento, e correm em sentido contrrio, um em direo ao outro, cada um em sua faixa. Ao chegarem extre-midade oposta, retornam ao incio, num fluxo contnuo de idas e vindas, programado para durar 1 hora e 30minutos. O tempo gasto pelos aparatos para virarem-se, em cada extremidade da pista, e iniciarem o retornorumo extremidade oposta, desprezvel e, portanto, desconsiderado para o desenvolvimento do experi-

    mento.a) Depois de quantos segundos os aparatos A e B vo se encontrar, pela primeira vez, na mesma extremidadeda pista?

    b) Determine quantas vezes, durante toda a experincia, os aparatos A e B se cruzam.

    Podemos descrever as posies dos mveis A e B, nessa ordem, no instante t, porSA = 0,3t, com 0 t 30 e

    SB = 9 0,2t, com 0 t 45

    (t em segundos, SA e SB em metros)Com 0 t 180, SA e SB podem ser dados pelos grficos.

    a) No instante t = 90, os aparatos vo se encontrar, pela primeira vez, na mesma extremidade da pista; S = 9.

    Resposta: 90 segundos

    b) A cada 180s, os aparatos cruzam-se 5 vezes. Em 1 hora e 30 minutos, isto , em (30)(180s), eles cruzam-se150 vezes.

    Resposta: 150 vezes

    30 60 90 120 150 180 t

    S

    45 1350

    S = SA

    S = SB

    SA= 0,3t

    SB= 9 0,2t

    S = 0 S = 9S

    Resoluo

    Questo 20

    18UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

  • 7/24/2019 Prova_853_AR (1)

    19/31

    19UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

    Leia os textos.

    Texto AOutrora uma novela romntica, em lugar de estudar o homem, inventava-o. Hoje o romance estuda-o na

    sua realidade social. Outrora no drama, no romance, concebia-se o jogo das paixes apriori; hoje analisa-se aposteriori, por processos to exatos como os da prpria fisiologia. Desde que se descobriu que a lei que regeos corpos brutos a mesma que rege os seres vivos, que a constituio intrnseca de uma pedra obedeceu smesmas leis que a constituio do esprito duma donzela, que h no mundo uma fenomenalidade nica, quea lei que rege os movimentos dos mundos no difere da lei que rege as paixes humanas, o romance, em lugarde imaginar, tinha simplesmente de observar. O verdadeiro autor do naturalismo no pois Zola ClaudeBernard*. A arte tornou-se o estudo dos fenmenos vivos e no a idealizao das imaginaes inatas

    * Claude Bernard (1813-1878) foi importante mdico e fisiologista francs.(Ea de Queirs. Idealismo e Realismo.)

    Texto B

    Tinham passado trs anos quando [Lusa]conheceu Jorge. Ao princpio no lhe agradou. No gostava doshomens barbados; depois percebeu que era a primeira barba, fina, rente, muito macia decerto; comeou aadmirar os seus olhos, a sua frescura. E sem o amar, sentia ao p dele como uma fraqueza, uma dependnciae uma quebreira, uma vontade de adormecer encostada ao seu ombro, e de ficar assim muitos anos, confor-tvel, sem receio de nada. Que sensao quando ele lhe disse: Vamos casar, hem! Viu de repente o rosto bar-bado, com os olhos muito luzidios, sobre o mesmo travesseiro, ao p do seu! Fez-se escarlate. Jorge tinha-lhetomado a mo; ela sentia o calor daquela palma larga penetr-la, tomar posse dela; disse quesim; ficou comoidiota, e sentia debaixo do vestido de merino dilatarem-se docemente os seus seios. Estava noiva, enfim! Quealegria, que descanso para a mam!

    (Ea de Queirs. O primo Baslio.)

    a) Vistas luz dos princpios tericos expostos no texto A, qual o sentido das reaes de Lusa diante de Jorgee de seu pedido de casamento (texto B)?

    b) Reescreva as seguintes frases do texto B, substituindo os termos destacados por outros que no alterem o

    sentido que possuem no texto original:Ao princpio no lhe agradou.

    Que sensao quando ele lhe disse: ()

    a) O texto A estabelece diretrizes tericas do romance naturalista, valorizando a representao direta eexata da realidade em detrimento da idealizao tpica do Romantismo. O texto B um exemplo daquiloque Ea de Queirs defende em seu texto terico. Lusa, principal figura feminina de O Primo Baslio, aoencontrar aquele que se tornaria o seu marido, no o ama de pronto, como comum nas histriasidealizadas de amor impossvel. Pelo contrrio: a princpio, Jorge no lhe agrada. Depois, sem ainda o amar,sente apenas segurana e fraqueza fsica ao lado dele. Quando Jorge pede Lusa em casamento, ela se v

    privada da racionalidade, como idiota. Depois, bem ao gosto naturalista, tomada de sensualidade,como se nota na expresso dilatarem-se docemente os seus seios. Por fim, a moa mostra-se satisfeita ealiviada, no pela realizao de um amor grandioso, como se via nos enredos romnticos, mas sim pelaconcretizao de uma convenincia social e familiar: Que alegria, que descanso para a mam!.

    b) Ao princpio no agradou a ela / a Lusa.

    O contexto fornece pista para se depreender que o pronome lhe tem como referncia a pessoa queconheceu Jorge no primeiro perodo do texto.

    Que sensao quandoJorge lhe disse.

    Tambm pelas pistas do contexto, depreende-se que o anafrico ele tem como referncia o homemque Lusa comeou a admirar e em cujo ombro gostaria de adormecer.

    Resoluo

    Questo 1

    U

    UN UUPORTUUG

    ESSALGA

  • 7/24/2019 Prova_853_AR (1)

    20/31

    Leia o poema.De linho e rosas brancas vais vestido,sonho virgem que cantas no meu peito!s do Luar o claro deus eleito,das estrelas purssimas nascido.

    Por caminho aromal, enflorescido,alvo, sereno, lmpido, direito,

    segues radiante, no esplendor perfeito,no perfeito esplendor indefinido

    As aves sonorizam-te o caminhoE as vestes frescas, do mais puro linhoe as rosas brancas do-te um ar nevado

    No entanto, Sonho branco de quermesse!Nessa alegria em que tu vais, pareceque vais infantilmente amortalhado!

    (Cruz e Sousa. Sonho Branco.)

    a) Identifique o movimento literrio ao qual est associado o poema, apontando uma caracterstica tpica des-sa tendncia. Transcreva um verso ou fragmento do poema que exemplifique sua resposta.

    b) Liste, de um lado, dois substantivos e, de outro, quatro adjetivos, dispersos ao longo do poema para criar

    sua atmosfera luminosa e etrea, ao gosto do movimento literrio em que se insere. Identifique os versosque, em certo momento, criam uma tenso em relao trajetria pura e vivificante do poema, introdu-zindo uma nota sombria em sua atmosfera.

    a) O soneto apresentado uma expresso do Simbolismo, movimento do qual o seu autor, o poeta catari-nense Cruz e Sousa, um dos expoentes. Esse movimento literrio marca-se pela explorao de imagens re-pletas de referncias a ambientes etreos (celestiais) ou religiosos. No poema, isso pode ser notado em sdo Luar o claro deus eleito, / das estrelas purssimas nascido. Outra tpica caracterstica simbolista a si-nestesia, entendida como o cruzamento de percepes sensoriais. O texto explora a viso, em rosas bran-cas, claro deus, alvo, ar nevado ou sonho branco; o olfato, em caminho aromal; a audio, emas aves sonorizam-te o caminho; o tato, em vestes frescas do mais puro linho. O forte jogo de cores,

    conhecido como cromatismo, pode ser notado nas referncias cor branca acima citadas. Para acentuar aatmosfera de mistrio e sugesto, comum no Simbolismo o emprego de maisculas sem necessidade gra-matical, como em Luar e em Sonho branco. A conjuno de todos esses elementos faz do Simbolismouma esttica marcada pela vagueza, que pode ser notada ainda em expresses como sonho virgem, es-plendor indefinido ou Sonho branco de quermesse.

    b) Segundo o dicionrio Houaiss, uma das acepes de etreo pertencente esfera celestial, divino.Assim, os substantivos que contribuem para a atmosfera luminosa e etrea do poema so: Luar, deus,estrelas e esplendor. Vrios adjetivos do texto esto associados a esse ambiente celestial e divino: bran-cas, virgem, claro, purssimas, alvo, sereno, lmpido, direito, radiante, perfeito, ne-vado. Os versos do ltimo terceto estabelecem tenso na progresso do poema. A locuo conjuntiva ad-versativa No entanto introduz uma ideia contrria de pureza e vida que se vinha desenvolvendo. Essaoposio se concretiza na associao das vestes de linho branco purssimo e de rosas da mesma cor a umamortalha, ou seja, a um pano com que se envolvem os cadveres.

    Leia o texto.

    A nossa instruo pblica cada vez que reformada, reserva para o observador surpresas admirveis. No hoito dias, fui apresentado a um moo, a dos seus vinte e poucos anos, bem posto em roupas, anis, gravatas, ben-galas, etc. O meu amigo Serfico Falcote, estudante, disse-me o amigo comum que nos ps em relaes mtuas.

    O Senhor Falcote logo nos convidou a tomar qualquer coisa e fomos os trs a uma confeitaria. Ao sentar--se, assim falou o anfitrio:

    Caxero traz a quarqu cosa de beb e com.

    Questo 3

    Resoluo

    Questo 2

    20UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

  • 7/24/2019 Prova_853_AR (1)

    21/31

    Pensei de mim para mim: esse moo foi criado na roa, por isso adquiriu esse modo feio de falar. Vieramas bebidas e ele disse ao nosso amigo:

    No sabe Cunugunde: o veio t i.O nosso amigo comum respondeu: Deves ento andar bem de dinheiros. Qu ele t i ns no arranja nada. Quando escrevo aquela certeza. De boca, no se cava... O veio ia,

    ia e d o fora.()Esse estudante era a coisa mais preciosa que tinha encontrado na minha vida. Como era ilustrado! Como

    falava bem! Que magnfico deputado no iria dar? Um figuro para o partido da Rapadura.O nosso amigo indagou dele em certo momento: Quando te formas? No ano que vem.Ca das nuvens. Este homem j tinha passado tantos exames e falava daquela forma e tinha to firmes co-

    nhecimentos!O nosso amigo indagou ainda: Tens tido boas notas? Tudo. Espero tir a media.

    (Lima Barreto. Quase doutor.)

    a) Tendo em vista o conceito contemporneo de variao lingustica, que ensina a considerar de maneiraequnime as diferentes formas do discurso, avalie a atitude do narrador em relao personagem Falcote,expressa na seguinte frase: () esse moo foi criado na roa, por isso adquiriu esse modo feio de falar .

    b) Reescreva na norma-padro Caxero traz a quarqu cosa de beb e com e em seguida transcreva umtrecho da crnica em que se manifesta a atitude irnica do narrador.

    a) A atitude do narrador preconceituosa, pois pressupe que, como Falcote foi criado na roa, ele ad-quiriu esse modo feio de falar. Assim, avalia-se negativamente a variante lingustica do meio rural, cujasmarcas textuais seriam: a reduo do ditongo /ei/ vogal /e/ em caixeiro, a transformao do /l/ em /r/ ea queda do /r/ final em quarqu, a reduo do ditongo /ou/ vogal /o/ em cosa (embora essa reduo,na palavra coisa, seja estranha).

    b) Caixeiro, traz / traze / traga a qualquer coisa de beber ou comer. irnica a escolha de anfitrio (palavra formal e sofisticada) para designar uma personagem que o

    prprio narrador avalia pejorativamente. Alm disso, so escancaradamente irnicas falas como Como era

    ilustrado, Como falava bem, Que magnfico deputado no ia dar, tinha to firmes conhecimentos.

    Leia o texto.

    Fazia um ms que eu chegara ao colgio. Um ms de um duro aprendizado que me custara suores frios.Tinha tambm ganho o meu apelido: chamavam-me de Doidinho. O meu nervoso, a minha impacincia mr-bida de no parar em um lugar, de fazer tudo s carreiras, os meus recolhimentos, os meus choros inexplic-veis, me batizaram assim pela segunda vez. S me chamavam de Doidinho. E a verdade que eu no repeliao apelido. Todos tinham o seu. Havia o Coruja, o Po-Duro, o Papa-Figo. Este era o pobre do Aurlio, um ama-relo inchado no sei de que doena, que dormia junto de mim. Vinha um parente lev-lo e traz-lo todos osanos. Em S. Joo no ia para casa, e s voltava no fim do ano porque no havia outro jeito. A famlia tinhavergonha dele em casa. Nunca vi uma pessoa to feia, com aquele corpanzil bambo de papangu. Apanhava

    dos outros somente com o grito: Vou dizer a Seu Maciel! Mas no ia, coitado. Nem esta coragem de enre-do, ele tinha. Dormia com um ronco de gente morrendo e a boca aberta, babando. s vezes, quando eu acor-dava de noite, ficava com medo do pobre do Aurlio. Ouvia falar que era de amarelos assim que saam os lobi-somens. Certas ocasies no podia se levantar, e dias inteiros ficava na cama, com um leno amarrado na ca-bea. E o seu Maciel no respeitava nem esta enfermidade ambulante: dava no pobre tambm.

    (Jos Lins do Rego. Doidinho.)

    a) Doidinho, cuja primeira edio de 1933, obra inserida no Regionalismo de 30. Transcreva um fragmen-to do texto que apresente algum aspecto ligado a essa tendncia, justificando sua escolha.

    b) Levante trs caractersticas da personagem Papa-Figo e, alm disso, transcreva um trecho do texto em quefique patente que ela era vtima de intolerncia no colgio.

    Questo 4

    Resoluo

    21UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

  • 7/24/2019 Prova_853_AR (1)

    22/31

    a) O chamado Regionalismo de 30 corresponde a uma das tendncias da literatura brasileira na segundafase do Modernismo. Essa corrente focalizava o ser humano tanto em sua dimenso psicolgica quanto emsua condio social. Do primeiro aspecto, o fragmento de Doidinho apresenta, antes de mais nada, o foconarrativo em primeira pessoa, que pe em destaque o universo interior da personagem-narrador. Alm dis-so, a configurao do heri problemtico, explorado por essa corrente artstica (em obras comoAngstia eSo Bernardo, de Graciliano Ramos; ou em Fogo morto, do prprio Jos Lins do Rego), manifesta-se tantono comportamento contraditrio do protagonista, que alterna impacincia mrbida e aes apressadas

    (fazer tudo s carreiras) com momentos de recolhimentos, quanto na sensibilidade exacerbada (cho-ros inexplicveis).A outra forma de abordagem do ser humano, centralizada na condio social, representa uma retoma-

    da de certos aspectos do Realismo do sculo XIX da o perodo ser denominado tambm de Neorrealismo.Esse dado aparece, no fragmento, na descrio fsica do menino Aurlio, bem ao gosto naturalista, em quese destacam a viso patolgica (amarelo inchado no sei de que doena) e a crueza da caracterizao desua maneira de dormir, com um ronco de gente morrendo e a boca aberta.

    O registro da realidade comportava ainda a referncia a costumes regionais e crendices locais. Do pri-meiro aspecto exemplo a reproduo da atmosfera de isolamento dos alunos no colgio interno, ondeeles eram deixados para estudar: Vinha um parente lev-lo e traz-lo todos os anos. Do segundo, a crenade que era de amarelos assim que saam os lobisomens.

    Do ponto de vista formal, o Regionalismo de 30 caracterizava-se pela explorao do coloquialismo,como nos trechos O pobre do Aurlio, Mas no ia, coitado e dava no pobre tambm. Muitas vezes,

    essas marcas de oralidade aparecem em termos regionais, como papangu, expresso que faz refernciaa pessoas que vestem fantasias nas Festas de Reis nordestinas e que significa tambm tolo, apalermado(o dicionrio Houaiss eletrnico indica o termo como regionalismo do Nordeste brasileiro).

    b) O fragmento apresenta Aurlio, o Papa-Figo, tanto do ponto de vista fsico quanto moral. Quanto aparncia, destacam-se sua feiura (Nunca vi uma pessoa to feia), seu tamanho e sua gordura (corpanzilbambo), alm do fato de ser visto como uma enfermidade ambulante, por ser amarelo, inchado,portador de molstia desconhecida pelo narrador (no sei de que doena). Note-se que o apelido, Papa--Figo, faz referncia a um pssaro amarelo, o que combina com Aurlio; alm disso, o termo aplica-se tam-bm a uma pessoa voraz, comilona, o que tambm condiz com a caracterizao da personagem. Sob o as-pecto moral, destaca-se sua covardia, manifesta na incapacidade de reagir s violncias de que era vtima(Nem esta coragem de enredo ele tinha) e a condio de menino desprezado tanto pelos familiares (Afamlia tinha vergonha dele em casa) quanto pelos colegas (Apanhava dos outros).

    No texto, as evidncias de intolerncia para com Aurlio so fornecidas em duas passagens: a primeiramostra a ao dos colegas: Apanhava dos outros; a segunda, a de um funcionrio do colgio: seu Maciel[...] dava no pobre tambm.

    Leia o texto.

    Quando chega o dia da casa cair que, com ou sem terremotos, um dia de chegada infalvel, o donopode estar: de dentro, ou de fora. melhor de fora. E a s coisa que um qualquer-um est no poder de fazer.Mesmo estando de dentro, mais vale todo vestido e perto da porta da rua. Mas, Nh Augusto, no: estavadeitado na cama o pior lugar que h para se receber uma surpresa m.

    E o camarada Quim sabia disso, tanto que foi se encostando de medo que ele entrou. Tinha poeira at na

    boca. Tossiu. Levanta e veste a roupa, meu patro Nh Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, pra lhe

    contar.E tremeu mais, porque Nh Augusto se erguia de um pulo e num timo se vestia. S depois de meter na

    cintura o revlver, foi que interpelou, dente em dente: Fala tudo!Quim Recadeiro gaguejou suas palavras poucas, e ainda pde acrescentar: Eu podia ter arresistido, mas era negcio de honra, com sangue s pra o dono, e pensei que o se-

    nhor podia no gostar Fez na regra, e feito! Chama os meus homens!

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    Dali a pouco, porm, tornava o Quim, com nova desolao: os bate-paus no vinham No queriam ficarmais com Nh Augusto O Major Consilva tinha ajustado, um e mais um, os quatro, para seus capangas,pagando bem. No vinham, mesmo. O mais merecido, o cabea, at mandara dizer, faltando ao respeito: Fala com Nh Augusto que sol de cima dinheiro! Pra ele pagar o que est nos devendo E mandar porportador calado, que ns no podemos escutar prosa de outro, que seu major disse que no quer.

    Cachorrada! S de pique Onde que eles esto? Indo de mudados, pra a chcara do Major Major de borra! S de pique, porque era inimigo do meu pai! Vou l!

    (Joo Guimares Rosa. A hora e vez de Augusto Matraga.)

    a) No serto de Guimares Rosa, frequentemente faz-se referncia a aspectos de um cdigo de tica, de car-ter tradicional, que rege a vida das personagens. Transcreva as duas falas do dilogo em que se mencionauma situao em que esse cdigo no quebrado.

    b) Indique duas palavras ou expresses presentes nos dilogos entre as personagens que no correspondem norma-padro da lngua. Compare o modo como o autor emprega a lngua nos dilogos e no discurso donarrador, explicando as diferenas entre os dois usos.

    a) O fragmento do conto de Guimares Rosa apresenta um dilogo entre Augusto Esteves, o Matraga,protagonista da narrativa, e seu fiel capanga, Quim Recadeiro. Nele, aparecem algumas manifestaes docdigo de tica que regia as relaes pessoais no serto da fico rosiana. A primeira delas dada nas se-guintes falas do dilogo:

    Eu podia ter arresistido, mas era negcio de honra, com sangue pra o dono, e pensei que o se-nhor podia no gostar

    Fez na regra, e feito!A fala de Quim mostra a regra do cdigo segundo a qual uma ofensa pessoal deve ser vingada pelo

    prprio ofendido, e no por terceiros. A resposta de Nh Augusto confirma o cdigo e o acerto da atitudedo empregado.

    Pode-se citar ainda a reproduo da fala de um dos ex-capangas de Augusto, que se bandeou para ogrupo do Major Consilva:

    Fala com Nh Augusto que sol de cima dinheiro!... Pra ele pagar o que est nos devendo... E mandar por portador calado, que ns no podemos escutar prosa de outro, que seu major disse que noquer.

    Nessa fala, ficam patentes outras duas determinaes do cdigo sertanejo: o respeito hierarquia (seu

    major disse que no quer) e a fidelidade ao patro (no podemos escutar prosa de outro).b) O emprego de meia ruim e arresistido (em lugar de meio ruim e resistido) exemplo de registroque foge norma-padro. Alm disso, a linguagem dos dilogos repleta de regionalismos e coloquialis-mos: sol de cima dinheiro, Cachorrada, de pique, de borra.

    Em relao ao discurso do narrador, pode-se dizer que o emprego da gria bate-paus e o uso de vr-gula aps o mas ou da expresso o dia da casa cair, em lugar de o dia de a casa cair, mostram que oenunciador, tambm pela voz no narrador, valoriza a variante popular da lngua. Se h diferenas entre osregistros do narrador e das personagens, poderamos, quando muito, admitir que a linguagem dos dilogos mais informal do que a do narrador. A diferena de grau, e no de natureza.

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    Agronegcio (tambm chamado de agrobusiness) o conjunto de negcios relacionados a toda cadeia pro-dutiva da agricultura e da pecuria. O aprimoramento do agronegcio barateou o custo dos alimentos e deu populao um maior poder de consumo e de escolha, mas tambm trouxe vrios problemas, principalmenteligados s questes ambientais e sociais.

    a) Cite trs importantes produtos do agronegcio brasileiro.b) Mencione dois problemas ambientais e dois problemas sociais gerados por essa atividade econmica.

    a) Entre os produtos do agronegcio brasileiro, podem-se citar: a cana-de-acar, o caf, a soja, a laranja e acarne.

    b) Entre os problemas ambientais, podem-se citar: o desmatamento florestal, como resultado da expanso daatividade agropecuria em antigas reas florestais, e a poluio hdrica, como resultado da utilizao deagrotxicos nas reas onde se verifica a expanso da produo do agronegcio.Entre os problemas sociais, podem-se citar: a intensificao do processo de mecanizao agrcola, gerandodesemprego rural e o agravamento do conflito pela posse da terra, em algumas regies.

    Comparando-se dois momentos do processo de industrializao brasileira, a dcada de 1930 e a dcada de1950, responda:

    a) Quais so as diferenas, com relao ao mercado externo, entre esses dois momentos?b) Quais transformaes a industrializao trouxe para a organizao espacial brasileira?

    a) O processo de industrializao brasileira de 1930 desenvolveu-se apoiado em medidas protecionistas, quevisavam expanso de cunho nacionalista da produo fabril no pas, voltada para a substituio dasimportaes.O processo de industrializao brasileira de 1950 desenvolveu-se no contexto de uma poltica industrial libe-ral, portanto marcada por menor protecionismo industrial e, tambm, pela entrada macia de capital es-trangeiro no setor produtivo.

    b) Entre as transformaes geradas pela industrializao no contexto da organizao espacial brasileira, po-dem-se citar: a intensificao do processo de urbanizao e a solidificao do centro-sul como a principalrea geoeconmica do pas, por nela se concentrarem os principais polos de desenvolvimento industrial,dentre os quais se destacaram os do eixo industrial So Paulo-Rio-Belo Horizonte.

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    AR AIO FGEG

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    Observe a imagem, leia o texto e responda.

    (http://revistaescola.abril.com.br)

    De acordo com a teoria das placas tectnicas, a crosta terrestre est dividida em placas de espessura mdia de150km, que flutuam sobre o substrato pastoso, a astenosfera.

    (Almeida e Rigolin, 2005. Adaptado.)

    a) Qual a relao existente entre a teoria da deriva dos continentes e a teoria das placas tectnicas?b) Quais so os trs tipos de limites entre as placas tectnicas?

    a) A teoria da deriva continental, criada pelo alemo Alfred Wegener no comeo do sculo XX, propunha ahiptese de que uma nica massa continental, chamada Pangeia, teria comeado a se dividir h 200 milhesde anos, formando os continentes. Isso teria sido possvel pelo fato de a camada mais exterior da Terra estarcomposta pela litosfera, que inclui a zona solidificada (continentes), e pela astenosfera, que inclui a partemais interior, o substrato viscoso citado no texto do enunciado. Segundo o cientista, os continentes se mo-viam sobre o assoalho ocenico devido ao das foras gravitacionais o que se provou errado. Mais tar-de, outros cientistas defenderam que o movimento determinado pela ao das foras geradas pelas cor-rentes de conveco do manto terrestre. Portanto os continentes so a parte visvel das placas tectnicasque flutuam e derivam ao longo de milhes de anos o que justifica a expresso deriva continental , se-guindo a direo indicada no mapa do enunciado.

    b) As placas tectnicas apresentam na sua periferia as zonas de contato, formando trs tipos de limites:

    Transformantes ou conservativos: so os que acontecem quando as placas deslizam ao longo das falhase se atritam com as suas vizinhas.

    Divergentes ou construtivos: so os que acontecem quando duas placas se afastam uma da outra. Convergentes ou destrutivos: so os que acontecem quando duas placas se movem uma em direo ou-

    tra, podendo ocorrer uma subduco (quando uma das placas mergulha sob a outra) ou uma formaode montanhas (quando as placas colidem, se comprimem e se erguem).

    As ltimas duas dcadas foram marcadas pela ocorrncia de vrios conflitos de carter tnico, religioso e sepa-ratista. O atentado ao metr de Moscou, em maro de 2010, fez ressurgir o movimento separatista da Chechnia.Sobre essa temtica, responda.a) Qual a localizao geogrfica da Chechnia?b) Cite as principais causas desse conflito.

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    a) A Chechnia localiza-se na regio do Cucaso, entre os mares Negro e Cspio. Fazia parte da Unio Soviticaat o seu desmembramento, em 1991; a partir daquele ano passou a fazer parte do territrio da FederaoRussa. Desde ento lideranas locais tm lutado pela autonomia completa, declarando a independncia daRepblica Chechena da Ichkria, unidade poltica at hoje no reconhecida por nenhum pas ou organi-zao supranacional.

    b) A base do conflito da Chechnia foi a sua declarao de independncia, no aceita pela Rssia, que procuramanter sua hegemonia sobre a regio. Alguns especialistas apontam que entre as causas do conflito est o

    fato de a Chechnia ter uma populao majoritariamente islmica e de o governo russo temer que aconstituio de um Estado fundamentalista religioso na regio sirva de exemplo para outros movimentosseparatistas, j que h no pas uma enorme diversidade tnica. H ainda a preocupao com o controle dosoleodutos e gasodutos que cortam o territrio da Chechnia.

    Clima corresponde sequncia cclica das variaes das condies atmosfricas, no decorrer do ano. essasequncia que nos permite afirmar o tipo climtico de alguma regio. Por influncia de alguns fatores, o climano o mesmo em todo o planeta.a) Quais so os elementos que compem o clima?b) Quais os principais fatores modificadores do clima?

    a) Os elementos que compem o clima so: temperatura, presso atmosfrica, ventos, umidade do ar e preci-pitao.

    b) Os principais fatores modificadores do clima so: latitude, altitude, maritimidade, continentalidade, corren-tes martimas e massas de ar.

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    (Egito: tumba de Sennedjem e de sua esposa. Sculo XIII a.C.)

    A arte do Egito Antigo, alm de estar inteiramente ligada s crenas religiosas, apresenta muitas informaessobre a sociedade da poca.

    a) Qual fator geogrfico propiciava, numa regio cercada por deserto, a atividade produtiva representada pe-la imagem?

    b) Que significado religioso tinha para os egpcios a representao de cenas da vida cotidiana nos tmulos?

    a) Trata-se do rio Nilo, que, com suas cheias, possibilitava amplas atividades agrcolas s suas margens.

    b) Os egpcios acreditavam na ressurreio e na vida aps a morte. O funeral era acompanhado de oferendasaos deuses, representadas na tumba, ornada com desenhos que expressavam o desejo de uma boa passa-gem para a vida aps a morte.

    Chegamos terra dos Ciclopes, homens soberbos e sem leis () No tm assembleias que julguem ou delibe-rem, nem leis; vivem em grutas, no cimo das altas montanhas: e cada um dita a lei a seus filhos e mulheres,sem se preocupar uns com os outros.

    (Homero. Odisseia, Sculo VIII a.C.)

    Parece-me gente de tal inocncia que, se homem os entendesse e eles a ns, seriam logo cristos, porque elesno tm nem entendem nenhuma crena, segundo parece. E, portanto, se os degredados que aqui ho-de fi-car aprenderem bem a sua fala e os entenderem, no duvido, segundo a santa inteno de Vossa Alteza, fa-zerem-se cristos e crerem na nossa santa f, qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, estagente boa e de boa simplicidade e imprimir-se- [facilmente] neles qualquer cunho que lhes quiserem dar.

    (Pero Vaz de Caminha. Carta a el-rei dom Manuel sobre o achamento do Brasil, 1o de maio de 1500.)

    Os textos apresentados expressam valores prprios s sociedades em que foram produzidos: a Grcia da anti-guidade e a ibrica do sculo XV.

    a) Que diferena de valores pode ser constatada entre essas sociedades, a partir dos textos?b) Alm do objetivo expresso pela Carta de Caminha, a colonizao portuguesa do Brasil teve uma clara finali-

    dade econmica. Qual finalidade era essa?

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    AISIH R

    T

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    a) Ambos os textos mostram enunciadores que observam o outro do ponto de vista de sua cultura. Homeroenfatiza valores polticos presentes na sociedade grega ao expressar a ausncia de leis ou assembleias des-tinadas a tal funo na terra dos Ciclopes; Caminha descreve os ndios pela tica dos valores religiosos, umacaracterstica comum da cultura ibrica do sculo XV.

    b) A finalidade imediata era garantir a posse do territrio, devido s pretenses de outros pases europeus emrelao a ele. Era, porm, necessrio fazer essa ocupao de forma economicamente vivel, o que implicavaa montagem de um sistema produtor. Resumindo: ocupar a terra para no perd-la, mas de modo produ-

    tivo, ou seja, coloniz-la destinando os produtos coloniais ao comrcio metropolitano.

    () o paulista nunca se afez s coisas do mar. homem do interior. A palavra interior das que mais usa opaulista. no serto que est a terra boa e no na beirada do oceano, como no Norte.

    (Rubem Borba de Morais. Prefcio do livro de Saint-Hilaire,Viagem provncia de So Paulo, 1819.)

    O texto alude s diferenas histricas existentes entre So Paulo e o Norte do Brasil (atual Nordeste brasileiro),que remontam ao incio da colonizao portuguesa.

    a) Quais condies geogrficas e econmicas favoreceram a colonizao litornea de Pernambuco e do Recn-cavo baiano nos sculos XVI e XVII?

    b) Explique a razo da rpida ocupao econmica do Oeste Velho paulista, a partir de 1830.

    a) A colonizao portuguesa na Zona da Mata de Pernambuco e do Recncavo baiano foi favorecida pelas ex-tensas manchas de solo do tipo massap, pela presena de excelentes portos naturais e pela proximidadeda metrpole, o que barateava o frete martimo internacional. Todas essas condies geogrficas contribu-ram para a organizao da grande empresa aucareira dirigida para a exportao.

    b) O povoamento do Oeste paulista, no sculo XIX, teve como principal causa a multiplicao dos latifndiosexportadores de caf.

    Numa quinta-feira, 24 de outubro de 1929, 12.894.650 aes mudaram de mos, foram vendidas na Bolsa deNova Iorque. Na tera-feira, 29 de outubro do mesmo ano, o dia mais devastador da histria das bolsas de va-lores, 16.410.030 aes foram negociadas a preos que destruam os sonhos de rpido enriquecimento de mi-lhares dos seus proprietrios. A crise da economia capitalista norte-americana estendeu-se no tempo e no es-

    pao. As economias da Europa e da Amrica Latina foram duramente atingidas. Franklin Delano Roosevelt,eleito presidente dos Estados Unidos em 1932, procurou combater a crise e os seus efeitos sociais por meio deum programa poltico conhecido como New Deal.a) Identifique dois motivos da rpida expanso da crise para fora da economia norte-americana.b) Caracterize de maneira geral o New Deal e apresente uma de suas medidas de combate crise.

    a) No transcorrer do sculo XX, a economia capitalista foi ampliando a interdependncia entre os pases. OsEstados Unidos ocupavam lugar central na importao de matrias-primas e manufaturados, alm de seremgrandes exportadores de mercadorias e capitais. A interrupo dos fluxos de importao e exportao ali-mentou uma recesso econmica em nvel mundial.

    b) O New Deal, formulado numa atmosfera keynesiana, representou uma ampliao da presena do Estadona economia. Dentre as medidas adotadas, podemos ressaltar: fundos de assistncia aos desempregados; emprstimos aos agricultores; realizao de obras pblicas.

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    Comemora-se em 2010 o centenrio de nascimento do compositor Adoniran Barbosa. Saudosa Maloca, de1955, e Trem das Onze, de 1964, esto entre as mais significativas de suas composies.

    Saudosa Maloca: Ali onde agora est / Esse edifcio arto, / Era uma casa veia, / Um palacete assobradado, /Foi ali seu moo, / Que eu, Mato Grosso e o Joca, / Construmos nossa maloca, / Mas um dia, nis nem pode sealembr, / Veio os home, com as ferramenta, / E o dono mand derrub.

    Trem das Onze: No posso ficar nem mais um minuto com voc / Sinto muito amor, mas no pode ser / Moroem Jaan, / Se eu perder esse trem / Que sai agora s onze horas / S amanh de manh.

    a) As composies de Adoniran Barbosa expressam o processo de urbanizao da sociedade, que se intensifi-cou nos anos 50 do sculo passado. Cite duas causas do crescimento das cidades brasileiras a partir dessadata.

    b) As letras de Saudosa Maloca e de Trem das Onze descrevem os problemas e as dificuldades sociais gera-dos por essa urbanizao. Que problemas sociais so apresentados nessas composies?

    a) A dcada de 1950 marcou a acelerao do processo de industrializao do pas, iniciado nos anos 1930. Talprocesso incrementou as migraes internas, devidas tanto ao xodo de mo de obra do meio rural para ascidades constitudas em polos industriais, como ao plano interregional vinculado metropolizao dessespolos.

    b) As composies de Adoniran Barbosa enfocam, respectivamente, os problemas de moradia e nos transpor-tes pblicos nas grandes cidades a partir do exemplo paulistano. Essas dificuldades tm ocupado em meioa outras tantas, o primeiro plano da vida metropolitana.

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    Com apenas cinco questes, embora bem elaboradas, fica difcil abranger todos os tpicos importantes daBiologia. Notou-se a ausncia de questes sobre gentica, evoluo, parasitoses e grupos vegetais.

    Considerando o pequeno nmero de questes, a prova no poderia ser abrangente. Entretanto exigiu ca-pacidade de raciocinar a partir das informaes contidas nos enunciados, bem elaborados e interessantes, comgrau mdio de dificuldade.

    O nmero reduzido de questes limita a abrangncia da prova, que, entretanto, foi bem feita, contendovariao de dificuldade que provavelmente discriminar de maneira adequada os melhores candidatos.

    Uma prova de conhecimentos especficos que, embora abrangente, certamente conseguir selecionar osmelhores candidatos.

    Reiteramos nossos elogios pela apresentao de formulrio, na prova.

    Gramtica e Texto

    Os itens de Gramtica e Texto desta prova tiveram o propsito de avaliar a competncia de leitura, o do-mnio da lngua padro e a explorao de outras variantes como recurso para caracterizao de personagem.Os textos foram bem escolhidos, e os questionamentos, exceto pelo item b da questo 5, eram inequvocos.

    Literatura

    Excelentes as questes de Literatura propostas nesta prova, principalmente se se considerar que ela se des-tina a candidatos da rea de Humanas. Elas efetivamente conseguem avaliar a competncia de leitura e, so-bretudo, de desmontagem dos textos, extrados de estilos e autores de diversas pocas literrias, partindo doRealismo (textos de Ea de Queirs, questo 1), passando pelo Simbolismo (poema de Cruz e Sousa, questo

    2) e chegando aos Modernismos da 2a

    fase (fragmento do romance Doidinho, de Jos Lins do Rego, questo4) e da 3a fase (fragmento do conto A hora e vez de Augusto Matraga, que fecha Sagarana, de Joo Gui-mares Rosa, questo 5).

    Um diferencial desta prova a abordagem da caracterizao dos estilos de poca. Algumas questes soli-citaram o reconhecimento de traos pertinentes ao Simbolismo e ao Modernismo. Deve-se ressaltar, por outrolado, que as resolues demandaram um trabalho e um rigor excessivos, especialmente para o candidato ca-paz de reconhecer nos textos as vrias marcas de estilo e possibilidades de interpretao solicitadas.

    Os vestibulandos foram estimulados a refletir sobre aspectos decisivos das obras enfocadas, devendo, almdisso, transcrever expresses ou segmentos apropriados traduo de noes fundamentais da construo doenredo e das personagens (nas obras em prosa) ou da composio (no caso do poema de Cruz e Sousa).

    Portugus

    Matemtica

    Fsica

    Qumica

    Biologia

    TNEM OSSOC IR

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    A prova exigiu dos candidatos dois nveis de conhecimento. Um mais superficial, que explorou conceitosbsicos, sem exigir que se estabelecessem relaes mais complexas caso da questo 10, que pedia apenas acitao dos elementos e fatores climricos. Em segundo mais especfico, que explorou a capacidade dos can-didados de estabelecer interrelaes entre conceitos geogrficos mais complexos, levando em conta a dinmi-ca do espao e do tempo a exemplo da questo 7, que avaliou o conhecimento sobre a dinmica da indus-trializao brasileira.

    Histria do Brasil

    As questes foram bem elaboradas e questionaram aspectos significativos do processo histrico. Ressalte--se tambm que foram estabelecidos pontes entre Histria do Brasil e Histria Geral (questo 12), entre His-tria e Geografia (questo 13) e entre Histria e Sociologia (questo 15).

    Histria Geral

    A prova de Histria Geral pautou-se por abordar temas centrais da historiografia, mesclando interpretaode textos e de documentos visuais.

    Histria

    Geografia