Prova Soldado

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POLÍCIA MILITAR 3 LÍNGUA PORTUGUESA Está chegando perto "Ando cansada de espreitar da janela de meu carro para ver se o carro vizinho me aponta a metralhadora ou se é apenas um conhecido me cumprimentando" Lya Luft Houve um tempo em que o sonho da maioria das pessoas era morar numa casa em rua calma e arborizada. Hoje queremos edifício em rua movimentada e... sorte em relação à violência, que chega cada dia mais perto. Na minha infância (leia-se década de 40), a primeira violência de que tive notícia foi o assassinato de um motorista de táxi. Táxi, chamado então, se não me engano, de carro de praça, era raramente usado. Os motoristas eram pois personagens conhecidos da gente. Aquele foi enforcado por bandidos, depois colocado no porta-malas do seu carro e levado pela cidade enquanto eles iam para a "zona" – lugar obscuro para uma criança de então, que os adultos evitavam explicar criando mais confusão –, bares e outros. Muitas noites insones passei, apavorada, no escuro, imaginando aquele defunto ambulante. Alguém comentou que ele tinha grandes olhos azuis e risada alegre. Aquele morto no seu porta-malas povoou muitas noites insones da criança que fui, ele e eu de olhos arregalados no escuro. Hoje, notícias de violência fazem parte do cotidiano de meus netos e netas, por mais sossegada e protegida que seja a sua vida. Mesmo numa cidade não tão grande nem perigosa como Rio e São Paulo, jornal, noticiosos de TV e rua de bairro são cenário de assalto, medo e morte. E nem nos ocorre deixar que essas crianças façam o que seus pais faziam nesse mesmo bairro: andar de bicicleta na calçada, jogar futebol em terreno baldio, brincar na rua, ir a pé para a escola, pegar ônibus para ir ao centro. Homens bem vestidos, metralhadoras modernas e granadas de mão invadem condomínios aparentemente seguros. Temos de um lado os marginais, de outro os chiques: o terror cada vez mais perto. Onde as autoridades redescobrem seu poder e sua função, essas organizações começam a ser desmanteladas, mas é um trabalho duro e complexo. Se tivesse recursos (escrever livro não dá para tais luxos), eu colocaria segurança na porta de cada uma das pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua algo que possa atrair bandidos. E, se tivesse filhos solteiros, faria o que nunca fiz quando os tinha em casa: só dormiria quando todos estivessem salvos debaixo do nosso teto. O morto no escuro do porta-malas talvez nem me assustasse se eu fosse criança hoje. Vivemos a banalização da morte absurda. Neste país a cada semana morrem várias dezenas de civis inocentes e policiais corajosos. Aqui se morre mais do que na Guerra do Iraque, tantos jovens são assassinados que em breve seremos um país de velhos. Estou cansada do medo generalizado que vai disseminando uma generalizada tristeza. Cansada de espreitar da janela do meu carro para ver se do carro vizinho me apontam a metralhadora ou se é apenas um conhecido me cumprimentando. Cansada de não saber se o menino pedinte tem na mão uma navalha, se o carro atrás do meu não vai me fechar ali adiante, se... se... se... Não vivo em pânico, apesar do que escrevo aqui. Não sou particularmente covarde. Nem singularmente ousada. Sou uma mulher comum que já viveu bastante, viu bastante, mas nada que de longe se pareça com o que hoje experimentamos, nas cidades grandes e pequenas: a violência cada vez mais perto. A bela idéia de colocar 700 cruzes na Praia de Copacabana simbolizando os mortos por violência no Rio em apenas alguns dias devia ser repetida por todo o país. Em praias, praças, ruas, parques. Lá estariam, vigilantes, as vítimas dessas mortes tão evitáveis, a nos alertar de que, com vontade real de acabar com essa guerra civil, o terror sem remédio terá remédio. Educação, emprego, aconselhamento familiar, controle muito maior das drogas, leis mais severas, polícia mais valorizada, autoridade firme e corajosa, determinação de todos e menos palavrório. Ou logo nos crescerão orelhas e rabos: com focinho trêmulo e olhinhos assustados, seremos ratos apavorados disparando pelas ruas, entrando sorrateiramente nos edifícios e casas, espiando o mundo através de grades e olhos mágicos, organizando nossos lares como minishoppings dos quais só se sai por obrigação: com comida pré-pronta, diversão cibernética, amizades idem, e lá fora uma trágica paisagem de cruzes. http://veja.abril.com.br/280307/ponto_de_vista.shtml www.pciconcursos.com.br

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    LNGUA PORTUGUESA

    Est chegando perto

    "Ando cansada de espreitar da janela de meu carro para ver se o carro vizinho me aponta a metralhadora ou se apenas um

    conhecido me cumprimentando"

    Lya Luft

    Houve um tempo em que o sonho da maioria das pessoas era morar numa casa em rua calma e arborizada. Hoje queremos edifcio em rua movimentada e... sorte em relao violncia, que chega cada dia mais perto. Na minha infncia (leia-se dcada de 40), a primeira violncia de que tive notcia foi o assassinato de um motorista de txi. Txi, chamado ento, se no me engano, de carro de praa, era raramente usado. Os motoristas eram pois personagens conhecidos da gente. Aquele foi enforcado por bandidos, depois colocado no porta-malas do seu carro e levado pela cidade enquanto eles iam para a "zona" lugar obscuro para uma criana de ento, que os adultos evitavam explicar criando mais confuso , bares e outros. Muitas noites insones passei, apavorada, no escuro, imaginando aquele defunto ambulante. Algum comentou que ele tinha grandes olhos azuis e risada alegre. Aquele morto no seu porta-malas povoou muitas noites insones da criana que fui, ele e eu de olhos arregalados no escuro. Hoje, notcias de violncia fazem parte do cotidiano de meus netos e netas, por mais sossegada e protegida que seja a sua vida. Mesmo numa cidade no to grande nem perigosa como Rio e So Paulo, jornal, noticiosos de TV e rua de bairro so cenrio de assalto, medo e morte. E nem nos ocorre deixar que essas crianas faam o que seus pais faziam nesse mesmo bairro: andar de bicicleta na calada, jogar futebol em terreno baldio, brincar na rua, ir a p para a escola, pegar nibus para ir ao centro. Homens bem vestidos, metralhadoras modernas e granadas de mo invadem condomnios aparentemente seguros. Temos de um lado os marginais, de outro os chiques: o terror cada vez mais perto. Onde as autoridades redescobrem seu poder e sua funo, essas organizaes comeam a ser desmanteladas, mas um trabalho duro e complexo. Se tivesse recursos (escrever livro no d para tais luxos), eu colocaria segurana na porta de cada uma das pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua algo que possa atrair bandidos. E, se tivesse filhos solteiros, faria o que nunca fiz quando os tinha em casa: s dormiria quando todos estivessem salvos debaixo do nosso teto. O morto no escuro do porta-malas talvez nem me assustasse se eu fosse criana hoje. Vivemos a banalizao da morte absurda. Neste pas a cada semana morrem vrias dezenas de civis inocentes e policiais corajosos. Aqui se morre mais do que na Guerra do Iraque, tantos jovens so assassinados que em breve seremos um pas de velhos. Estou cansada do medo generalizado que vai disseminando uma generalizada tristeza. Cansada de espreitar da janela do meu carro para ver se do carro vizinho me apontam a metralhadora ou se apenas um conhecido me cumprimentando. Cansada de no saber se o menino pedinte tem na mo uma navalha, se o carro atrs do meu no vai me fechar ali adiante, se... se... se... No vivo em pnico, apesar do que escrevo aqui. No sou particularmente covarde. Nem singularmente ousada. Sou uma mulher comum que j viveu bastante, viu bastante, mas nada que de longe se parea com o que hoje experimentamos, nas cidades grandes e pequenas: a violncia cada vez mais perto. A bela idia de colocar 700 cruzes na Praia de Copacabana simbolizando os mortos por violncia no Rio em apenas alguns dias devia ser repetida por todo o pas. Em praias, praas, ruas, parques. L estariam, vigilantes, as vtimas dessas mortes to evitveis, a nos alertar de que, com vontade real de acabar com essa guerra civil, o terror sem remdio ter remdio. Educao, emprego, aconselhamento familiar, controle muito maior das drogas, leis mais severas, polcia mais valorizada, autoridade firme e corajosa, determinao de todos e menos palavrrio. Ou logo nos crescero orelhas e rabos: com focinho trmulo e olhinhos assustados, seremos ratos apavorados disparando pelas ruas, entrando sorrateiramente nos edifcios e casas, espiando o mundo atravs de grades e olhos mgicos, organizando nossos lares como minishoppings dos quais s se sai por obrigao: com comida pr-pronta, diverso ciberntica, amizades idem, e l fora uma trgica paisagem de cruzes.

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    01. Segundo Lya Luft, a violncia (A) faz parte da vida de todos os brasileiros, mesmo daqueles que levam uma vida sossegada e

    protegida. (B) pode ser mantida longe, se as pessoas puderem se refugiar em condomnios seguros, protegidos

    por seguranas armados. (C) est cada vez mais perto das cidades onde as autoridades redescobrem seu poder e sua funo,

    combatendo as organizaes criminosas. (D) ainda est longe das cidades menores, onde crianas podem andar de bicicleta na calada, jogar

    futebol em terreno baldio, brincar na rua, ir a p para a escola, pegar nibus para ir ao centro.

    02. Embora declare no ser particularmente covarde, Lya Luft tem medo da guerra civil instalada no Brasil. Essa idia s no aparece no enunciado (A) ...se tivesse filhos solteiros, faria o que nunca fiz quando os tinha em casa: s dormiria quando

    todos estivessem salvos debaixo do nosso teto. (B) Se tivesse recursos (escrever livro no d para tais luxos), eu colocaria segurana na porta de cada

    uma das pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua algo que possa atrair bandidos. (C) Educao, emprego, aconselhamento familiar, controle muito maior das drogas, leis mais severas,

    polcia mais valorizada, autoridade firme e corajosa, determinao de todos e menos palavrrio. (D) Estou cansada do medo generalizado que vai disseminando uma generalizada tristeza. Cansada

    de espreitar da janela do meu carro para ver se do carro vizinho me apontam a metralhadora ou se apenas um conhecido me cumprimentando.

    03. Apesar da tristeza e do desnimo, a autora (A) acredita que a violncia pode ser combatida e aponta solues para isso. (B) prope que casas e edifcios reforcem a segurana com grades e seguranas armados. (C) defende a idia de que o homem, para se afastar do terror, precisa voltar a morar em cidades

    menores, de ruas calmas e arborizadas. (D) julga possvel viver com mais tranqilidade, desde que os cidados organizem suas vidas para no

    precisarem sair de suas casas a no ser por obrigao.

    04. Na passagem entrando sorrateiramente nos edifcios e casas, espiando o mundo atravs de grades e olhos mgicos, organizando nossos lares como minishoppings dos quais s se sai por obrigao: com comida pr-pronta, diverso ciberntica, amizades idem, e l fora uma trgica paisagem de cruzes, a autora descreve um tipo de vida caracterizado, principalmente, pelo(a) (A) isolamento e pelo medo. (B) acomodao e pelo conforto. (C) conciliao e pela segregao. (D) sociabilidade e pela comodidade.

    05. Em ... autoridade firme e corajosa, determinao de todos e menos palavrrio, Lya Luft reconhece que tem havido, em relao s medidas contra a violncia, muito(a) (A) oratria e muita eficincia. (B) prolixidade e muita ao concreta. (C) palavreado intil e pouca ao efetiva. (D) retrica produtiva e providncias esparsas.

    06. O texto de Lya Luft uma crnica. Sobre esse gnero textual, s no se pode dizer que (A) contm ironia e humor. (B) um registro de acontecimentos do cotidiano. (C) o autor escreve como se estivesse dialogando com o leitor.(D) o autor interpreta e analisa dados da realidade por meio de conceitos abstratos.

    07. No trecho E, se tivesse filhos solteiros, faria o que nunca fiz quando os tinha em casa: s dormiriaquando todos estivessem salvos debaixo do nosso teto, o futuro do pretrito foi utilizado para indicar um(a) (A) fato j consumado. (B) ao anterior a outra j passada. (C) fato incerto, duvidoso ou impossvel de se realizar. (D) ao que poder se realizar, agora ou no futuro, dependendo de certa condio.

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    08. Quanto s regras de ortografia e acentuao grfica, incorreto afirmar que, em(A) lugar obscuro para uma criana de ento, a palavra obscuro tem trs slabas. (B) com focinho trmulo e olhinhos assustados, h um dgrafo na palavra trmulo. (C) Aquele morto no seu porta-malas povoou muitas noites, h um hiato na palavra povoou. (D) espiando o mundo atravs de grades, a palavra atravs acentuada por ser oxtona terminada

    em e.

    09. No enunciado Hoje queremos edifcio em rua movimentada, existe um (A) objeto direto. (B) objeto indireto. (C) agente da passiva. (D) predicativo do sujeito.

    10. Em Homens bem vestidos, metralhadoras modernas e granadas de mo invadem condomnios aparentemente seguros, o sujeito (A) oculto. (B) simples.(C) composto. (D) indeterminado.

    11. Quanto semntica das palavras, no est correto afirmar que (A) adivinhar sinnimo de espreitar em Cansada de espreitar da janela do meu carro.... (B) desocupado conserva o mesmo sentido de baldio em ... jogar futebol em terreno baldio.... (C) ignorado poderia substituir obscuro em ... para a zona lugar obscuro para uma criana de

    ento.... (D) zelosas tem o mesmo sentido de vigilantes em L estariam, vigilantes, as vtimas dessas mortes

    to evitveis....

    12. H uma palavra formada por derivao parassinttica no enunciado (A) Vivemos a banalizao da morte absurda. (B) ... seremos ratos apavorados disparando pelas ruas....(C) L estariam, vigilantes, as vtimas dessas mortes to evitveis.... (D) ... autoridade firme e corajosa, determinao de todos e menos palavrrio.

    13. No enunciado enquanto eles iam para a zona lugar obscuro para uma criana de ento, a expresso em destaque poderia ser substituda, sem prejuzo de sentido, por (A) em tal caso. (B) desse gnero. (C) daquele tempo. (D) nessa situao.

    14. H uma seqncia predominantemente descritiva no seguinte fragmento de texto: (A) Na minha infncia (leia-se dcada de 40), a primeira violncia de que tive notcia foi o assassinato

    de um motorista de txi. (B) No vivo em pnico, apesar do que escrevo aqui. No sou particularmente covarde. Nem

    singularmente ousada. Sou uma mulher comum que j viveu bastante, viu bastante.... (C) Se tivesse recursos (escrever livro no d para tais luxos), eu colocaria segurana na porta de cada

    uma das pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua algo que possa atrair bandidos. (D) Neste pas a cada semana morrem vrias dezenas de civis inocentes e policiais corajosos. Aqui se

    morre mais do que na Guerra do Iraque, tantos jovens so assassinados que em breve seremos um pas de velhos.

    15. Em relao ao emprego da crase, incorreto afirmar que, em (A) por mais sossegada e protegida que seja a sua vida, no h crase por causa do pronome

    possessivo. (B) ir a p para a escola, pegar nibus para ir ao centro, no h crase na locuo a p porque p

    uma palavra masculina. (C) ...essas organizaes comeam a ser desmanteladas, no h crase porque o verbo que segue a

    preposio est no infinitivo. (D) edifcio em rua movimentada e... sorte em relao violncia, a crase assinala a fuso da

    preposio a, exigida por reao, com o artigo a que acompanha violncia.

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    MATEMTICA

    16. Dos 100 soldados que participavam de um curso de formao de cabos, 40 gostavam de praticar voleibol, 68 gostavam de praticar futebol e 14 no gostavam de praticar esses esportes. A quantidade de soldados que gostavam de praticar tanto voleibol quanto futebol igual a (A) 18. (B) 22. (C) 30. (D) 46.

    17. Se numa festa a quantidade de moas est para a quantidade de rapazes na razo de 13 para 12, ento a porcentagem de moas presentes (A) 46%. (B) 48%. (C) 50%. (D) 52%.

    18. A prova de um concurso continha 60 questes, e os pontos eram calculados pela frmula

    P = 3C 2E + 120, onde C era a quantidade de questes certas e E a de questes erradas. Um candidato que obteve 225 pontos acertou (A) 45 questes. (B) 30 questes. (C) 20 questes. (D) 15 questes.

    19. Sabendo-se que uma pessoa consome aproximadamente 800 metros cbicos de gua por ano e que o planeta dispe de, no mximo, 9000 quilmetros cbicos de gua para o consumo por ano, pode-se afirmar que a capacidade mxima de habitantes que o planeta suporta, considerando-se apenas a disponibilidade de gua para consumo, aproximadamente (A) 11.100.000.000. (B) 11.150.000.000. (C) 11.250.000.000. (D) 11.350.000.000.

    20. Para encher um recipiente com capacidade de 15 litros, a quantidade mnima de vezes que terei de utilizar uma garrafa de refrigerante com capacidade para 600 ml (A) 20. (B) 25. (C) 30. (D) 35.

    21.O trabalho realizado por trs mquinas durante 6 horas por dia, em 2 dias, custa R$ 1.800,00. Se uma mquina apresentar defeito e parar de funcionar, o custo da operao por 4 dias, com um funcionamento de 5 horas por dia, igual a (A) R$ 1.850,00. (B) R$ 1.900,00. (C) R$ 1.950,00. (D) R$ 2.000,00.

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    Para responder s questes 22 e 23, leia atentamente o texto abaixo. Considere pi aproximadamente igual a 3.

    Para realizar o Teste de Aptido Fsica (TAF), as Foras Armadas utilizam uma pista cujas laterais so semelhantes a um retngulo com a largura igual metade do comprimento, tendo, nas extremidades do comprimento, dois semicrculos.

    22. Se o comprimento da pista igual a 420 m, ento o raio dos semicrculos igual a (A) 30 m. (B) 35 m. (C) 40 m. (D) 45 m.

    23. A rea, em metros quadrados, ocupada pela pista igual a (A) 6900. (B) 7900. (C) 8900. (D) 9900.

    24. Nos Jogos da Polcia Militar, a delegao de um batalho obteve 37 medalhas. Sendo o nmero de medalhas de prata 20% superior ao das de ouro, e o nmero de medalhas de bronze 25% superior ao das de prata, o nmero de medalhas de prata obtido por essa delegao foi de (A) 17. (B) 15. (C) 12. (D) 10.

    25. Ao se aumentar em 2 m um dos lados de uma sala de forma quadrangular, e o outro lado em 3 m, a sala tornou-se retangular, com 56 m2 de rea. Ento, a medida, em metros, do lado do quadrado era igual a (A) 5. (B) 6. (C) 7. (D) 8.

    26. Uma praa tem a forma de um tringulo ABC, retngulo em A, cuja hipotenusa a mede 250 metros e o cateto c mede 200 metros. Para garantir a execuo de um servio, houve necessidade de se interditar uma parte da praa com uma corda MN perpendicular hipotenusa, distando 150 metros do vrtice B, com M na hipotenusa e N no cateto c. O comprimento dessa corda, em metros, (A) 112,5. (B) 125,5. (C) 150,5. (D) 175,5.

    27. Dois amigos dividiram uma conta de R$ 135,00. O mais velho apresentou certa quantia e o mais novo completou com dois teros da quantia apresentada pelo mais velho. O valor que o mais novo apresentou foi igual a (A) R$ 84,00. (B) R$ 74,00. (C) R$ 64,00. (D) R$ 54,00.

    28. Uma pessoa, aps receber seu salrio, gasta um quinto com transporte e, do que sobra, gasta um tero com alimentao, restando-lhe ainda R$ 480,00. Seu salrio (A) R$ 810,00. (B) R$ 840,00. (C) R$ 870,00. (D) R$ 900,00.

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    29. Para se obter um saldo de R$ 20.000,00, aplicando-se um capital de R$ 10.000,00 a 2% ao ms, no sistema de juros simples, so necessrios (A) 3 anos e 1 ms. (B) 4 anos e 2 meses. (C) 5 anos e 3 meses. (D) 6 anos e 4 meses.

    30. A soma das idades de duas pessoas igual a 44 anos, e, quando somamos os quadrados dessas idades, obtemos 1000. A mais velha das duas tem (A) 19 anos. (B) 21 anos. (C) 22 anos. (D) 26 anos.

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    HISTRIA

    31. A escravido indgena em terras portuguesas da Amrica foi objeto de grande polmica entre foras polticas, tanto da metrpole quanto da colnia. Moradores da colnia defendiam a necessidade de obter mo-de-obra indgena para garantir-lhes o sustento. Por outro lado, religiosos, como os jesutas, por exemplo, exerciam forte presso sobre a Coroa no sentido de coibir a escravizao do gentio. Com base nessas consideraes e nos estudos histricos sobre o tema em foco, correto afirmar que (A) a escravido indgena, devido incompatibilidade de interesses e objetivos, foi quantitativamente

    inexpressiva no Brasil colonial, visto que se restringiu s reas de cultivo da cana-de-acar e de produo aucareira, tendo sido, em seguida, substituda pela mo-de-obra escrava africana.

    (B) a escravizao do indgena poderia resultar das guerras justas, as quais podiam ser justificadas pelas hostilidades, supostamente cometidas pelos ndios contra aliados portugueses e vassalos do rei, e pelo rompimento, por iniciativa dos indgenas, de acordos celebrados entre eles e os colonizadores.

    (C) a escravizao indgena, alm de poder ser justificada pela guerra justa, poderia ser justificada pelo resgate, que implicava combater as tribos praticantes da antropofagia. Aqueles que haviam sido feitos prisioneiros e eram resgatados tinham um dbito vitalcio com os responsveis pela sua salvao, ficando escravizados pelo resto de suas vidas.

    (D) a mo-de-obra indgena foi essencial na explorao das terras coloniais, razo pela qual foram organizados os descimentos expedies lideradas por funcionrios da Coroa , com a finalidade de deslocar os povos indgenas de suas aldeias e distribu-los entre os moradores da colnia, os quais deveriam, em troca, instru-los sem imposio da f catlica.

    32. Sobre a diviso de trabalho na produo de acar nos engenhos coloniais, correto afirmar que (A) o cozimento do caldo na casa das caldeiras era atribuio dos feitores, pois todo o sucesso da

    produo do acar, nesta etapa, dependia da ateno dada purificao do caldo. (B) cabia ao mestre do acar o controle da escravaria, desde a fase inicial do corte da cana, seu

    transporte em carros de bois, at moagem para obteno do caldo. Esse trabalhador era o que recebia o maior salrio do engenho.

    (C) o banqueiro era responsvel pelo acondicionamento do acar, j purgado e enxuto, em caixas de madeira devidamente barreadas. Algumas vezes cuidava tambm da repartio do acar entre o senhor de engenho e os lavradores de cana.

    (D) eram obrigaes do purgador: observar o barro a ser empregado no acar, conhecer quando o acar estava enxuto o suficiente para receber tanto o primeiro quanto o segundo barro, proceder s lavagens e observar os sinais de purga.

    33. Leia atentamente o fragmento de texto abaixo:

    O secretrio do governo das Minas, Manuel Afonseca de Azevedo, preocupado com os problemas decorrentes da participao feminina em atividades comerciais, remeteu em 1732 uma representao ao rei portugus, na qual afirmava: os moradores, em grande nmero, tm casa de vendas de comer e beber, onde pem negras suas para convidarem os negros a comprar.

    FIGUEIREDO, Luciano. O avesso da memria: cotidiano e trabalho da mulher em Minas Gerais no sculo XVIII. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1993, p. 57-58.

    Trata-se de um documento que (A) ratifica o fato de que, durante o sculo XVIII, o pequeno comrcio na regio das Minas esteve sob

    controle masculino, sobretudo quando as lavras entraram em decadncia, e o emprego de mo-de-obra feminina aumentou.

    (B) denuncia a extrema pobreza dos moradores da regio das Minas, os quais se viam obrigados a fechar suas vendas e a abrir, em seu lugar, as chamadas casas de alcouce (prostbulos), nas quais se explorava a prostituio de escravas.

    (C) diz respeito ao processo de decadncia da minerao, pois, com a reduo dos ganhos, agravou-se a incapacidade dos proprietrios de escravos de arcar com os custos da manuteno da mo-de-obra escrava e, sobretudo, com a sua reproduo.

    (D) exemplifica a relao existente entre as vendas e as casas de alcouce (prostbulos): os donos das vendas, que desejavam aumentar seus ganhos, vendiam mais gneros aos que freqentavam esses estabelecimentos em busca de encontros amorosos.

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    34. Leia o texto abaixo:

    O acervo da Real Biblioteca, com cerca de 60 mil volumes, foi transferido para o Rio de Janeiro logo aps a chegada da Famlia Real. O conjunto [...] deu origem Biblioteca Nacional, hoje apontada pela UNESCO como a oitava maior biblioteca nacional do mundo.

    Revista de Histria - A Revista de Histria da Biblioteca Nacional, ano 1, n. 1, jul. 2005, p. 26.

    Com base na leitura do trecho acima e nos estudos histricos sobre a vinda da Famlia Real portuguesa para o Brasil, correto afirmar que (A) a Famlia Real portuguesa era uma das ltimas monarquias constitucionais ilustradas da Europa, da

    a importncia da biblioteca real. (B) o prncipe regente priorizava os livros porque tinha o projeto educacional de alfabetizar o povo

    brasileiro, principalmente os escravos e os mestios, que eram responsveis pela riqueza econmica do Brasil.

    (C) o povo brasileiro recebe como herana do Estado portugus o investimento na educao de seus cidados, uma vez que todos os habitantes do reino portugus teriam acesso aos cerca de 60 mil volumes.

    (D) a vinda da Famlia Real portuguesa no implicou somente a transferncia do Estado portugus, mas estimulou tambm uma dinamizao cultural e impulsionou a reurbanizao da nova sede do governo portugus.

    35. No sculo XIX, a transformao do caf em uma bebida apreciada resultava de um longo processo. Sobre isso, correto afirmar que (A) o perodo da colheita era um tempo de celebraes permanentes nas fazendas de caf. A mo-de-

    obra escrava envolvida nessa etapa era essencialmente masculina e, disciplinadamente, colhia os frutos dos galhos com o apoio de peneiras de taquara ou bambu.

    (B) o plantio do caf, realizado por trabalhadores livres, tinha caractersticas particulares: aproveitavam-se os frutos de um antigo cafezal, que, depois de colhidos, eram plantados em sulcos paralelos, escavados nas encostas dos morros, nas chamadas curvas de nvel.

    (C) o caf, uma vez colhido, era exposto secagem em uma espcie de tanque denominado fundo de caixo. Nessa fase do processo, a escravaria deveria separar as impurezas trazidas do cafezal. Como se tratava de uma tarefa delicada, era realizada somente por mulheres.

    (D) os gros, aps a secagem, eram submetidos ao despolpamento. Essa etapa, realizada a princpio com o pilo manual, passou a ser feita, em algumas fazendas, com monjolos. Em seguida, os gros eram profundamente limpos (brunimento), armazenados e ensacados. Homens e mulheres, escravizados e livres, participavam da lida com o caf.

    36. Leia o texto abaixo: O Mdio e Baixo Amazonas e seus afluentes foram atacados pelos Cabanos, especialmente bidos e Alenquer em 1835; no rio Tapajs resistiram por muito tempo ncleos cabanos. O Preto Belisrio comandava uma fora de 300 cabanos, enquanto em Monte Alegre, no rio Curu, era reconhecido um grupo de dois mil cabanos. ACEVEDO, Rosa; CASTRO, Edna. Negros do Trombetas: guardies de matas e rios. Belm: UFPA/NAEA, 1993, p. 70.

    Considere as seguintes afirmaes:

    I A Cabanagem teve uma dimenso geogrfica importante, atingindo quase toda a Provncia do Par, tendo alcanado tambm a regio do Mdio e Baixo Amazonas e seus afluentes.

    II Alm dos trs presidentes cabanos conhecidos (Malcher, Vinagre e Angelim), existiram outras lideranas dentro da Cabanagem, como, por exemplo, Preto Belisrio.

    III Os ncleos fundados pelos cabanos tinham pouca durabilidade e fraca resistncia frente s tropas do estado imperial.

    Com base nas palavras de Rosa Acevedo e Edna Castro e nos estudos sobre a Cabanagem, pode-se dizer que est correto o que se afirma nos enunciados (A) I, II e III. (B) I e II. (C) II e III. (D) I e III.

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    37. Leia o documento abaixo:

    No final dos anos 1850, as autoridades policiais de Iguau informavam ao chefe de polcia da provncia a respeito das dificuldades de acesso queles quilombos: estando reconhecida a dificuldade, se no impossibilidade, de extinguir-se o quilombo existente no mangue do rio Iguau, pelos meios comuns e combinados de cerco com fora armada para prender e apreender os quilombolas, visto no poder penetrar-se no lugar dos ranchos ainda desconhecidos, no obstante os esforos para isso de longa data constantemente empregados pela polcia, por estarem as avenidas e entradas tortuosas dos mangues impedidas e obstrudas de estrepes venenosos, ou envenenados, segundo informam os prticos incumbidos do exame da topografia do lugar.

    GOMES, Flvio dos Santos. Quilombos do Rio de Janeiro no sculo XIX. In: REIS. Joo Jos; GOMES, Flvio dos Santos. Liberdade por um fio: histria dos quilombos no Brasil. So Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 272.

    De acordo com o relato apresentado no documento acima e com os estudos histricos acerca da escravido no Brasil, correto afirmar que (A) a resistncia escrava na regio de Iguau, provncia do Rio de Janeiro, manifestou-se por meio de

    rebelies de longa data, devido, sobretudo, s alianas construdas entre quilombolas e membros da fora armada, o que inquietava a polcia de Iguau.

    (B) as autoridades policiais de Iguau admitiam as dificuldades em desmontar os quilombos daquela rea, os quais j eram considerados um problema crnico de segurana pblica na regio, porque os quilombolas organizavam os quilombos no mangue e comprometiam os caminhos com armadilhas venenosas.

    (C) o sucesso da resistncia quilombola em Iguau deveu-se a um fator especfico: a topografia da regio. Por tratar-se de mangue, o terreno facilitava a perseguio por parte da polcia. Por isso, o chefe de polcia da provncia reconhece a possibilidade de extino dos quilombos na regio de Iguau.

    (D) seria necessrio, por causa da breve resistncia dos quilombolas daquela rea e da reproduo de novos quilombos ao longo do sculo XIX, adotar mtodos repressivos definitivos e inovadores para extinguir os quilombos, como, por exemplo, o cerco com a fora armada, conforme sugere o chefe de polcia da provncia.

    38. Considere os enunciados abaixo:

    I O escravo, na prtica, era obrigado a indenizar os senhores mediante a prestao de servios em troca de sua liberdade.

    II A obrigao do escravo de pagar em servios seu senhor permitiria de imediato uma libertao em massa dos cativos.

    III Por causa da dureza da vida de cativeiro, nem todos os escravos chegavam aos 60 anos para gozar a liberdade, principalmente os que trabalhavam na lavoura.

    Sabendo-se que a Lei do Sexagenrio de 1885 declarava libertos os escravos de 60 anos de idade, mantendo a obrigao de prestao de servios por trs anos ou at que atingissem 65 anos, pode-se considerar correto o que se afirma nos enunciados (A) I, II e III. (B) I e II. (C) I e III. (D) II e III.

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    39. Observe a seguinte imagem:

    Revista Ilustrada, n. 586. A questo religiosa representou um srio abalo no j enfraquecido Imprio.

    In: VICENTINO, Cludio. Histria do Brasil. So Paulo: Scipione. 1997, p. 257.

    Considerando a imagem acima e a legenda que a acompanha, assim como os estudos histricos acerca do II Imprio do Brasil, corretor afirmar que (A) o Papa Pio IX proibiu, em 1864, a permanncia de membros do clero catlico na Maonaria, mas a

    proibio foi desconsiderada por D. Pedro II, que era maon. Para tanto, o imperador fez uso do beneplcito, ou seja, do direito de autorizar ou no, dentro do Brasil, as decises papais, em conformidade com a Constituio brasileira de 1824.

    (B) a imagem representa a crise que se estabeleceu entre o governo imperial e a Igreja Catlica, em decorrncia da expanso da ordem manica entre os membros do clero. Recorrendo ao padroado, D. Pedro II, um opositor ferrenho dos princpios da ordem, ameaou de priso e trabalhos forados os sacerdotes que enfrentassem as ordens papais e insistissem em permanecer maons.

    (C) os membros do clero eram sustentados pelo governo imperial, por ser o Brasil um imprio catlico. Na realidade, por meio do beneplcito, o imperador podia, inclusive, nomear e destituir os bispos, bem como puni-los com a excomunho. Ento, quando o papa Pio IX proibiu que sacerdotes integrassem a ordem manica, D. Pedro II recorreu lei constitucional para ameaar os apoiadores do Papa, conforme destaca a imagem.

    (D) o clero do Brasil, embora a Constituio de 1824 atrelasse formalmente a Igreja ao Estado, estava subordinado de forma definitiva s decises papais. Ento, quando Pio IX decretou a excomunho dos sacerdotes maons e D. Pedro II ops-se a acatar tais ordens, alguns membros do clero enfrentaram um impasse, entre eles, o bispo de Belm, D. Macedo Costa, que, tendo apoiado D. Pedro, foi severamente advertido pelo papa.

    Leia o texto abaixo para responder s questes 40 e 41.

    Os coronis baianos estavam divididos em dois grupos: um liderado por Jos Gonalves, e outro, por Lus Viana, governador da Bahia eleito em 1896. A oposio, que aglutinava os gonalvistas, acusou Lus Viana de estar protegendo Antonio Conselheiro em troca de sua influncia poltica.

    COIN, Cristina. A Guerra de Canudos. So Paulo: Scipione, 1992, p, 31.

    40. Sobre a Guerra de Canudos, correto afirmar que (A) o Arraial de Canudos significou tranqilidade para os fazendeiros por agrupar os trabalhadores para

    depois distribu-los nas fazendas da regio. Por isso, os coronis disputavam o apoio do beato Antonio Conselheiro.

    (B) o Arraial de Canudos vivia isolado de outros lugarejos do serto, sem manter relaes comerciais ou polticas, porque sua orientao religiosa era o catolicismo romano, que apoiava as prticas religiosas populares independentes.

    (C) as primeiras expedies das foras republicanas encarregadas de lutar contra Canudos sofreram derrotas humilhantes, pois, entre outras razes, desconheciam a topografia do serto, ou seja, no conheciam a regio e sua natureza.

    (D) Canudos era organizado e suas atividades cotidianas eram bem planejadas, era realmente um arraial ordeiro, sem violncia. Antonio Conselheiro pregava a moral republicana, aceitando o casamento civil e a laicizao dos cemitrios.

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    41. Sobre o coronelismo, correto afirmar que (A) uma de suas caractersticas eram as relaes de compadrio, clientelismo e troca de favores entre os

    coronis e seus afilhados, compadres, simpatizantes e aliados polticos, pois, quanto mais pessoas sob a sua influncia, maior o seu poder poltico. Por isso, os dois coronis disputavam o apoio de Antonio Conselheiro.

    (B) os coronis, geralmente, eram modestos proprietrios de terras com pouca influncia na poltica local e na mquina administrativa dos municpios, o que os levava a disputar entre si o apoio de pessoas com prestgio, como o beato Antonio Conselheiro.

    (C) os coronis procuravam manter uma relao de rivalidade com o governo estadual, por isso o coronel baiano Jos Gonalves fazia oposio ao governador da Bahia, eleito pelo voto secreto, com o apoio de Antonio Conselheiro.

    (D) foi um fenmeno restrito s cidades, onde os polticos mais influentes disputavam o apoio poltico de pessoas que tinham a simpatia do povo; por isso o governador da Bahia protegia o pregador Antonio Conselheiro.

    42. Considere os documentos abaixo:

    Documento 1 O bonde de So Janurio Leva mais um scio otrio Sou eu que no vou mais trabalhar

    Documento 2 Quem trabalha quem tem razo Eu digo e no tenho medo de errar O bonde de So Janurio Leva mais um operrio Sou eu que vou trabalhar Antigamente eu no tinha juzo Mas resolvi garantir meu futuro Sou feliz, vivo muito bem A boemia no d camisa a ningum

    O bonde de So Janurio, cano de autoria de Wilson Batista e Ataulfo Alves. In: CABRINI, Conceio; CATELLI, Roberto; MONTELLATO, Andra. Histria temtica: o mundo dos cidados. So Paulo: Scipione, 2004, p. 227.

    Trata-se de uma cano de 1941 cuja letra original (documento 1), censurada pelo DIP, sofreu alteraes (documento 2). Sobre essa questo, correto considerar que (A) a cano de Wilson Batista e Ataulfo Alves apresenta, nas duas verses, representaes do

    trabalho como sinnimo de esforo. Na verso alterada pelo DIP (doc. 2), esse esforo mostrado como virtude, conforme indicado nos trechos antigamente eu no tinha juzo e mas resolvi garantir meu futuro, ou seja, o trabalho representado como fonte de progresso.

    (B) os autores da cano, concordando com o projeto poltico de Vargas, produziram uma obra musical afinada com os valores nacionalistas defendidos pelo Estado Novo, segundo os quais o trabalho escraviza o homem. Essa viso do trabalho explicitada nos trechos leva mais um scio otrio e sou eu que no vou mais trabalhar (doc. 1).

    (C) a primeira verso de O bonde de So Janurio (doc. 1), afinada com o contexto da poca, apresenta uma representao positiva do trabalho, a qual reforada no documento 2, particularmente nos versos a boemia no d camisa a ningum e quem trabalha quem tem razo.

    (D) o DIP foi um rgo criado no governo provisrio cuja funo era coordenar festas populares e produzir filmes nacionais sem apelos patriticos. No Estado Novo, coube tambm a esse rgo a funo de censurar, razo pela qual O bonde de So Janurio teve seus versos originais vetados.

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    43. Leia o texto abaixo:

    Joo Goulart era oportunista, disse CIA. Avaliao est em documento tornado pblico ontem, parte de 11 mil pginas dos anos 50 a 70, sobre ex-URSS e China. Foco na regio era Cuba, mas mencionada o que a agncia chama de ascenso da esquerda no Brasil.

    DVILA, Srgio. Disponvel em . Acesso em 27 jul. 2007.

    Considerando o contexto histrico a que se refere o documento acima e os estudos histricos sobre o assunto, pode-se afirmar que (A) Joo Goulart no tinha a simpatia da China nem a da ex-URRS, por ser oportunista e muito

    prximo da CIA, que agenciava a ascenso da esquerda no Brasil. (B) o interesse da CIA (dos EUA) pela conspirao e pela execuo do golpe militar de 1964 fica

    evidente, uma vez que os EUA temiam a ascenso da esquerda no Brasil. (C) a CIA apoiava a posio poltica de Joo Goulart que, por ser oportunista, procurava fazer acordos

    econmicos com a China, buscando o desenvolvimento do Brasil. (D) a CIA elogiava a habilidade que Joo Goulart tinha para manter relaes polticas com a esquerda

    no Brasil, sem permitir que ocorresse uma revoluo comunista, como em Cuba

    44. Observe atentamente a imagem abaixo:

    Gavies da Fiel, 1978. (CAMPOS, Flvio de. Oficina de Histria: histria do Brasil. So Paulo:

    Moderna, 1999, p. 324).

    Considerando que essa foto foi tirada durante os governos militares, correto afirmar que (A) os torcedores Gavies da Fiel festejavam uma anistia ampla, geral e irrestrita, assegurada pela Lei

    da Anistia, assinada pelo governo de Figueiredo. (B) a luta contra a ditadura militar recebeu a adeso dos mais diversos segmentos sociais,

    manifestando-se em vrios espaos da sociedade e, at mesmo em um estdio de futebol, reivindicou-se anistia ampla, geral e irrestrita.

    (C) a faixa refere-se a uma das reivindicaes dos militares, que temiam o fortalecimento da sociedade brasileira, que torcia pela liberdade de alguns desaparecidos polticos.

    (D) a torcida Gavies da Fiel foi convidada a participar da campanha da anistia ampla, geral e restrita, visto que, na sociedade brasileira, as camadas populares tinham uma fraca organizao poltica.

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    45. Leia o texto abaixo:

    Sem desprezar a atividade revolucionria nas cidades [...], preciso voltar-se mais para o interior do pas, para as vastas regies do campo, que propiciam melhores condies ao desenvolvimento seguro das aes revolucionrias.

    Comisso Executiva do Comit Central do Partido Comunista do Brasil. Setembro, 1969. (MOCELLIN, Renato. As reaes armadas ao Regime de 64: guerrilha ou terror? So Paulo: Editora do Brasil, 1999, p. 52).

    O documento expressa a: (A) deciso poltica do Comit Central do PC do B de continuar com as atividades revolucionrias

    exclusivamente nas cidades. (B) opo poltica do PC do B de lutar contra a ditadura por meio de aes revolucionrias armadas a

    partir do campo, como a guerrilha do Araguaia. (C) crtica do Comit do Partido Comunista Brasileiro estratgia de luta armada desenvolvida nas

    cidades e a proposta de realizar aes revolucionrias no interior do pas. (D) deciso do Partido Comunista Brasileiro de realizar a luta armada, com ttica de guerrilhas urbana e

    rural e aes audaciosas, que iam de assaltos a bancos at seqestros de embaixadores.

    RRRAAASSSCCCUUUNNNHHHOOO

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    GEOGRAFIA

    46. O Brasil hoje um pas de vasto territrio. A ocupao pelos portugueses, iniciada no sculo XVI, modificou muito nossa terra, antes restrita ao espao indgena. Podemos dizer que tudo comeou pelo Nordeste porque (A) as condies naturais da zona da mata do Nordeste, bastante propcias ao desenvolvimento da

    cultura cacaueira, possibilitaram o surgimento dos primeiros ncleos de povoamento, como Olinda e So Vicente.

    (B) a zona da mata nordestina foi a primeira rea de fixao dos colonizadores, que implantaram grandes canaviais, organizando o espao geogrfico em funo dessa atividade, cuja produo destinava-se basicamente ao mercado externo.

    (C) foi nessa regio que se iniciou a ocupao do territrio pelos colonizadores por meio das entradas e bandeiras, tendo a surgido a vila de Piratininga, que mais tarde passou a ser um centro de venda de escravos para a lavoura canavieira.

    (D) foi nessa regio que surgiram as primeiras vilas, originadas dos locais de pouso de tropeiros, uma vez que a atividade pastoril foi a grande fora motriz da economia nordestina no perodo colonial, fato que trouxe como conseqncia a injusta estrutura fundiria que persiste at hoje na regio.

    47. A ocupao portuguesa durante muito tempo restringiu-se ao litoral, o que no mais se observa hoje, como poeticamente canta Milton Nascimento nos versos abaixo:

    A novidade que o Brasil no s litoral muito mais e muito mais que qualquer Zona Sul Tem gente boa espalhada por este Brasil Que vai fazer desse lugar um bom pas.

    Mas o tipo de colonizao realizada no pas influiu na organizao do espao geogrfico brasileiro, principalmente no que diz respeito distribuio da populao, que por isso apresenta a seguinte caracterstica: (A) distribuio regular da populao no territrio. (B) maiores adensamentos populacionais na fachada litornea.(C) concentrao de uma grande populao absoluta na Amaznia, que, conseqentemente, tem as

    maiores densidades demogrficas do pas. (D) distribuio irregular da populao no territrio nacional, com maiores aglomeraes no interior, em

    especial na regio Centro-Oeste.

    48. No longo processo de formao do nosso territrio, o modelo de apropriao antrpica (feita pelo homem) provocou srios impactos no nosso patrimnio ambiental, como o caso do(das) (A) desmatamento da caatinga caracterizada pela exuberncia da vegetao e pela biodiversidade

    existente para fins de cultivo de soja, o que no s comprometeu todo o domnio, como tambm causou o rpido esgotamento do solo, considerado um dos mais frteis no contexto nacional.

    (B) desmatamento da floresta amaznica pelas chamadas populaes tradicionais, como as comunidades quilombolas, que exploram intensivamente os recursos naturais sem a preocupao de preservar, pois seus costumes e tradies impem uma forma de apropriao extremamente capitalista.

    (C) aumento e da expanso da semi-aridez, devido a desmatamentos em determinados trechos do domnio da caatinga, caracterizada pela escassez de chuvas, pela presena de solos pouco profundos e pelo predomnio do intemperismo fsico.

    (D) alteraes ambientais no pantanal matogrossense, devido intensa ocupao em relevo acidentado e com clima predominantemente quente e mido, o que acarreta srios problemas erosivos, considerados os mais graves no conjunto do espao brasileiro.

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    49. Um dos ecossistemas do nosso patrimnio ambiental mais ameaados o das florestas tropicais, cujo desmatamento pode ocasionar (A) diminuio das temperaturas, uma vez que as florestas funcionam como elemento regulador das

    temperaturas. (B) aumento da pluviosidade, pois, quando so desmatadas as reas das nascentes dos rios, ocorre o

    rebaixamento do lenol fretico, e conseqentemente, diminui o ndice de chuvas. (C) elevao das temperaturas locais e regionais, como conseqncia da maior irradiao de calor para

    a atmosfera a partir do solo exposto, devido ausncia da cobertura vegetal. (D) reduo das enchentes, visto que as florestas so responsveis por 56% da umidade; sua

    destruio diminui a fonte injetora de vapor dgua na atmosfera, diminuindo as chuvas e as enchentes.

    50. Leia o poema abaixo:

    Brasileiro errante

    Vou para a Amaznia em busca de terras Eu fujo do Sul maravilha, latifundiado Ou venho do Nordeste castigado

    Posso ser um candango errante Ou mesmo um maranhense avexado Quero trabalhar e viver da terra

    Ser que vou para So Paulo ? Ou no Par ser mais fcil? Onde acharei terra e trabalho? Ser que serei sempre um brasileiro errante ?

    Autor desconhecido (Folha de S. Paulo, So Paulo, jul. 2000. Caderno Cotidiano).

    A caracterstica da atual populao brasileira enfatizada no poema acima : (A) significativa miscigenao, principalmente entre ndios e negros, resultando no mestio denominado

    cafuzo. (B) intensa mobilidade intra-regional, principalmente no contexto da Regio Nordeste, onde so

    freqentes os movimentos sazonais no sentido Serto-Zona da Mata e vice-versa. (C) significativa mobilidade inter-regional, motivada na maioria das vezes pela busca de melhores

    condies de vida, destacando-se a procura de locais que possibilitem um acesso mais fcil terra. (D) intensas migraes da Amaznia em direo Regio Sul, devido principalmente facilidade de

    acesso terra que essa regio oferece, mas tambm ao fato de a Amaznia ser atualmente uma rea de repulso populacional.

    51. A cana-de-acar e o caf, dois importantes produtos da agricultura comercial brasileira, so considerados como parte integrante de um sistema de cultivo caracterstico do mundo tropical. Esse tipo de cultivo pode ser assim caracterizado: (A) agricultura irrigada, assim chamada porque suas plantaes normalmente so feitas em terras

    ridas ou semi-ridas, que necessitam de aprimoradas tcnicas de irrigao permanente. (B) cultivo de subsistncia, cuja produo destinada ao abastecimento interno, porm utiliza

    modernas tcnicas agrcolas, que estimulam o aprimoramento gentico e o aumento da produtividade.

    (C) cultivo de jardinagem, praticado em pequenas e mdias propriedades, em terrenos acidentados, possuindo alta produtividade devido ao aprimoramento das tcnicas empregadas, sendo quase sempre executado com base familiar.

    (D) plantation, praticada em grandes propriedades monocultoras, com produo voltada basicamente para o mercado externo; geralmente utiliza mo-de-obra farta e barata, sendo uma forma de cultivo tpica de pases subdesenvolvidos.

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    52. O processo de industrializao ocorrido no Brasil provocou significativas alteraes na organizao do espao geogrfico do pas, como o(a) (A) emergncia de uma nova diviso espacial do trabalho que, resultou na formao das regies

    geoeconmicas brasileiras. (B) perda total da importncia do campo e a sua conseqente estagnao, fato que tem motivado o

    intenso fluxo migratrio do campo para a cidade. (C) eliminao das desigualdades regionais, resultado da adoo de uma poltica governamental de

    descentralizao do parque industrial brasileiro, com iseno de impostos para as indstrias instaladas no Norte e no Nordeste do pas.

    (D) processo de urbanizao, que transformou a cidade em um centro de decises polticas, econmicas e culturais; bem como em um ponto de atrao para os migrantes oriundos do campo.

    53. Nosso pas possui dimenses continentais, e vrias formas de dividi-lo j foram apresentadas. Dentre elas, destaca-se a que leva em considerao a formao histrica do territrio, bem como o papel das regies na diviso territorial do trabalho. Segundo essa regionalizao, o Brasil divide-se em (A) Amaznia, Nordeste e Centro-Sul. (B) Norte, Sul e Centro-Oeste e Meio-Norte. (C) Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. (D) Amaznia, Nordeste, Leste, Centro-Oeste e Sul.

    54. Como nosso territrio tem dimenses continentais, apresenta vrios tipos de contrastes, dentre os quais se destaca a diferenciao nos espaos agrrios regionais. Sobre esses espaos nas regies brasileiras, verdadeiro afirmar que a (A) Regio Nordeste possui um moderno complexo agroindustrial que se vincula s necessidades do

    mercado interno, destacando-se o cultivo de produtos bsicos da alimentao da populao brasileira, em especial a mandioca e o feijo.

    (B) modernizao agrcola que mais tem avanado a da Regio Amaznica, devido expanso das fronteiras econmicas na regio com o intuito de aumentar a produo, quase sempre destinada ao mercado externo, destacando-se a recente expanso dos gros, notadamente da soja.

    (C) expanso da agropecuria moderna ocorre na Regio Centro-Sul, em especial nas reas de cerrados, destacando-se o cultivo de gros, com a utilizao dos avanos tecnolgicos para a melhoria da produo, sobretudo com a correo da acidez dos solos, antes um dos fatores limitantes da atividade agrcola.

    (D) modernizao agrcola sem interveno do Estado tem sido significativa na Regio Centro-Sul, notadamente nos estados meridionais, sendo baseada na estrutura minifundiria, herana da colonizao alem e italiana, que garante o uso social da terra e o fcil acesso aos meios de produo pelos pequenos proprietrios rurais.

    55. Em relao aos dois problemas centrais da regio nordestina a terra e a gua , pode-se afirmar que a (A) terra considerada agriculturvel e frtil existente na regio insuficiente para a expanso da

    agricultura moderna. (B) luta dos integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) pela implantao da reforma agrria tem

    sido a nica causa da decadncia e da estagnao da cultura canavieira e do fechamento das principais usinas de produo de lcool da regio.

    (C) gua naturalmente escassa na rea do Polgono das Secas, fato que extremamente agravado pela m distribuio dos recursos financeiros pblicos destinados ao combate seca.

    (D) agricultura uma atividade impraticvel no serto e no agreste devido seca (prolongada ausncia de chuvas), pois nem mesmo a irrigao soluciona o problema das terras sem fertilidade existentes nessas sub-regies do Nordeste.

    56. A m aplicao e os desvios dos recursos financeiros pblicos destinados ao combate seca nordestina so conhecidos como (A) DNOCS (Departamento Nacional de Combate s Secas). (B) Polgono das Secas. (C) indstria da seca. (D) brejos.

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    57. As polticas governamentais de desenvolvimento regional foraram a expanso das fronteiras econmicas em direo Amaznia, provocando grandes alteraes na configurao do espao geogrfico regional. Como exemplo dessas alteraes destaca-se o(a) (A) mudana no perfil econmico regional, com desorganizao das economias tradicionais e perda da

    importncia de vrias cidades ribeirinhas no favorecidas pelas polticas pblicas de desenvolvimento.

    (B) significativo dinamismo nas atividades tradicionais da regio, em especial o extrativismo vegetal e a agricultura de subsistncia, o primeiro continuando a ser marca essencial do perfil econmico amaznico, com grande destaque para a produo de oleaginosas usadas na fabricao do biodiesel.

    (C) crescimento desordenado das capitais regionais como Belm, Manaus, Rio Branco, Santarm e Marab, cuja posio estratgica perto das reas de expanso econmica influiu decisivamente nesse desordenamento.

    (D) surgimento de novos centros urbanos ao longo dos eixos rodovirios e o maior incremento e dinamismo das atividades econmicas tradicionais, graas criao das reservas extrativistas, as RESEX, que conseguiram resolver o problema da devastao na regio.

    Para responder s questes 58, 59 e 60, leia atentamente o poema abaixo:

    Tributo ao Par

    Ao percorrer tuas terras Vejo paisagens variadas Tens das florestas aos campos No Maraj terras encharcadas No Sul, gado e pastos artificiais Mas tambm castanhais e aaizais

    Se vou para o Oeste Vejo o Tapajs e garimpeiros Mas vejo tambm soja e vaqueiros Ao ir para o Sudeste Vejo o Tocantins e sua Tucuru Mas tambm Projetos, Carajs e ferro, muito ferro

    Ah Par! Quanta beleza! Muitas vezes obra da natureza Outras do homem Que trabalha sempre em prol de tua grandeza Quer seja no Norte, no Sul, Leste ou Oeste s sempre pai dgua Lenora Maria

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    58. O poema de Lenora Maria permite-nos construir um mapa mental do nosso Estado e fazer uma viagem por suas belas paisagens, dentre as quais se destaca uma paisagem vegetal tpica das nossas vrzeas: os aaizais nativos. A imagem abaixo retrata um apanhador de aa, personagem bem caracterstico do Par caboclo, do Par interiorano:

    Sobre esse produto, largamente consumido pela populao cabocla, verdadeiro afirmar que (A) apenas o fruto do aa pode ter significativo aproveitamento econmico; os demais componentes da

    espcie so desprezados, por no apresentarem nenhuma utilidade. (B) uma das muitas formas de uso a explorao do palmito, que resulta na morte da palmeira, o que

    contribui para a diminuio e/ou extino da espcie; da a necessidade de projetos de replantio racional da espcie.

    (C) constitui um elemento importante da dieta alimentar do homem ribeirinho, no havendo, porm, o hbito de consumi-lo nas reas urbanas da regio, onde praticamente desconhecido da maioria da populao.

    (D) a explorao realizada do tipo comercial, com emprego de modernas tcnicas de colheita e conservao dos frutos; a produo destina-se basicamente ao mercado internacional, porque a produo regional no totalmente absorvida pelo mercado interno, em virtude do baixo consumo.

    59. E nossa viagem pelo territrio paraense continua... Com base no poema de Lenora Maria, verdadeiro afirmar que (A) o Sudeste do Estado constitui uma sub-regio com grandes transformaes espaciais, sendo rea

    de explorao mineral e de atuao dos Grandes Projetos, principalmente os minerometalrgicos, como o Projeto Carajs e o Projeto Salobo.

    (B) a apropriao da regio pelo homem resulta na prtica de atividades diversificadas, como o extrativismo vegetal e a agropecuria moderna, embora as paisagens vegetais do Par sejam homogneas, visto que nosso territrio coberto pela imensa floresta amaznica.

    (C) o Oeste do Estado, embora seja rea de expanso do cultivo da soja, considerado uma das sub-regies de mais fraco desempenho econmico no contexto intra-regional, em virtude do isolamento que lhe imposto pela total ausncia de rodovias que facilitariam o escoamento da produo agrcola.

    (D) as paisagens naturais do Par encontram-se preservadas, principalmente os castanhais, os seringais e os aaizais, graas eficiente atuao das ONG que lutam pela preservao ambiental da Amaznia, dada a importncia da regio para o equilbrio climtico do planeta Terra.

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    60. O Par, considerado por muitos o Estado sentinela do Norte, tem tido nos ltimos anos uma expanso de novas fronteiras econmicas, destacando-se o(a) (A) produo siderometalrgica, principalmente do Projeto Grande Carajs, cuja base a produo de

    calcrio e ferro, destinada basicamente ao abastecimento do mercado interno, uma vez que a expanso da indstria siderrgica no Brasil tem exigido uma produo de ferro cada vez maior.

    (B) produo de leo de palma (dend), praticada principalmente na agricultura familiar, que tem na Zona Bragantina seu principal plo produtor, evidenciando a vocao extrativista vegetal do Estado, cuja economia se baseia nessa atividade.

    (C) cultivo de gros, notadamente a soja, que se expandiu no pas no caminho das regies Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Amaznia, com uma produo voltada preferencialmente para o mercado internacional, uma das principais reas de expanso desse cultivo estando localizada no Sudoeste do Estado.

    (D) produo de frutas, principalmente abacaxi e maracuj, cujos sucos so produtos de fcil aceitao no mercado internacional, o sucesso desse cultivo decorrendo da implantao de vrias reservas extrativistas no Estado.

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