Prova Portugues 6Ano 2009 editado...

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(PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO DE ADMISSÃO AO 6º ANO CMB 2009 / 2010) Página 2 MÚLTIPLA-ESCOLHA (Marque com um “X” a única alternativa certa) TEXTO I A DISCIPLINA DO AMOR Foi na França, durante a segunda grande guerra. Um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta a casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais íntimos para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe. Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava a sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao seu posto de espera. O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias. Todos os dias. Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram- se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, “mas quem esse cachorro está esperando?”... Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho sempre voltado para “aquela” direção. (TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. p. 99-100) QUESTÃO 01 - A leitura do texto permite “traçar” um perfil acerca do cachorro. A única palavra inadequada para descrever a postura do animal em relação a seu dono é A ( ) displicência. B ( ) lealdade. C ( ) disciplina. D ( ) compromisso. E ( ) amor. QUESTÃO 02 - Tendo por base a leitura do texto “A Disciplina do amor”, considere as afirmativas abaixo: I – O texto narra a relação afetiva entre um cão e seu dono. II – No segundo parágrafo, no trecho que descreve o momento em que o dono do cachorro apontava ao longe, apresenta-se a ação que desencadeará a problemática vivenciada pelo animal. 01 05 10 15 20

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Página 2

MÚLTIPLA-ESCOLHA

(Marque com um “X” a única alternativa certa)

TEXTO I

A DISCIPLINA DO AMOR

Foi na França, durante a segunda grande guerra. Um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta a casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais íntimos para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe. Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava a sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao seu posto de espera. O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias. Todos os dias. Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, “mas quem esse cachorro está esperando?”... Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho sempre voltado para “aquela” direção.

(TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. p. 99-100)

QUESTÃO 01 - A leitura do texto permite “traçar” um perfil acerca do cachorro. A única palavra inadequada para descrever a postura do animal em relação a seu dono é

A ( ) displicência. B ( ) lealdade.

C ( ) disciplina. D ( ) compromisso. E ( ) amor.

QUESTÃO 02 - Tendo por base a leitura do texto “A Disciplina do amor”, considere as afirmativas abaixo:

I – O texto narra a relação afetiva entre um cão e seu dono. II – No segundo parágrafo, no trecho que descreve o momento em que o

dono do cachorro apontava ao longe, apresenta-se a ação que desencadeará a problemática vivenciada pelo animal.

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III – O narrador do texto é do tipo observador, que não se aprofunda na análise psicológica dos personagens.

IV – No texto, o tempo cronológico é demarcado pela sequência linear das ações do enredo.

Acerca das afirmativas, observa-se que

A ( ) apenas I é correta. B ( ) I e IV são corretas.

C ( ) I, II e IV são corretas. D ( ) I, II e III são corretas. E ( ) todas as afirmativas são corretas.

QUESTÃO 03 - No trecho “Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho sempre voltado

para ‘aquela’ direção” (linhas 21 e 22), observa-se a intenção de se

A ( ) enfatizar que o cachorro continuou a dedicar sua existência para esperar seu dono.

B ( ) apresentar a morte do cachorro por meio de uma linguagem objetiva e direta.

C ( ) demarcar, textualmente, a morte do cachorro, valendo-se de uma linguagem conotativa.

D ( ) demonstrar que a esperança do cão continuava e era um aspecto forte de seu comportamento.

E ( ) mostrar ao leitor que o cachorro morrera devido ao fato de perder a esperança de que o dono voltaria.

QUESTÃO 04 - Em “Foi na França, durante a segunda grande guerra” (linha 01), o verbo

destacado possui correspondência semântica e de flexões na palavra

A ( ) ocorreria. B ( ) acontecera.

C ( ) sucedera. D ( ) observou. E ( ) ocorreu.

QUESTÃO 05 - A única opção em que a palavra “que” tem a mesma classificação que em

“Mas eu avisei que o tempo era de guerra [...]” (linha 08) é

A ( ) “Um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo [...]” (linhas 01 e 02).

B ( ) “[...] e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas [...]” (linha 05).

C ( ) “[...] até o momento em que seu dono apontava lá longe.” (linha 07).

D ( ) “Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo?” (linhas 08 e 09). E ( ) “[...] atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença [...]”

(linha 10).

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QUESTÃO 06 - No último parágrafo do texto, há três informações isoladas entre parênteses:

I – “(a memória dos homens!)” – linha 17. II – “(era jovem quando o jovem partiu)” – linhas 19 e 20. III – “(era inverno)” – linha 21.

Levando-se em conta o contexto, diante dos fatos apresentados, é correto afirmar que

A ( ) nas três informações há uma opinião do narrador.

B ( ) apenas nas informações II e III há uma opinião do narrador. C ( ) apenas na informação I observa-se uma opinião do narrador. D ( ) apenas na informação II observa-se uma opinião do narrador. E ( ) não há opinião do narrador em nenhuma das informações

destacadas. QUESTÃO 07 - Em “(era jovem quando o jovem partiu)” – linhas 19 e 20 – os vocábulos

destacados têm, respectivamente, a mesma classificação morfológica que os destacados em

A ( ) “Só o cachorro já velhíssimo [...]” – linha 19; “Casou-se a noiva

[...].” – linha 18. B ( ) “Foi na França, durante a segunda grande guerra.” – linha 01.

C ( ) “[...] acompanhava-o com seu passinho saltitante [...]” – linha 04. D ( ) “[...] mas no pequeno coração do cachorro não morreu a

esperança.” – linhas 14 e 15. E ( ) “[...] um relógio preso à pata [...]” – linhas 12 e 13.

TEXTO II

CALVIN E HAROLDO

A tira que se segue é a conclusão de uma história vivida pelo garoto Calvin e seu tigre de estimação humanizado, Haroldo. Na tira em questão, Calvin encontrou um pequeno esquilo doente que, apesar dos cuidados que recebeu do garoto, acabou morrendo. Na tira que você lerá, Calvin e Haroldo conversam sobre a questão da morte, motivados pelo triste destino do pobre esquilinho.

(WATTERSON, Bill. Tem uma coisa babando embaixo da cama. São Paulo: Conrad Editora, 2008).

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QUESTÃO 08 - No trecho “Minha mãe disse que morrer é tão natural quanto nascer, e que

é tudo parte do ciclo da vida” – quadrinho 01, as palavras destacadas exercem, respectivamente, função morfológica de

A ( ) advérbio, conjunção, pronome.

B ( ) pronome, conjunção, conjunção. C ( ) pronome, conjunção, pronome. D ( ) adjetivo, verbo, pronome. E ( ) pronome, verbo, advérbio.

QUESTÃO 09 - Na tira, o vocábulo “ciclo” (quadrinho 01) e a expressão “faz sentido”

(quadrinho 03), de acordo com o contexto, têm, respectivamente, como sinônimos

A ( ) período – é sensível.

B ( ) espaço – é causa. C ( ) espaço – tem coerência D ( ) período – tem causa. E ( ) período – tem lógica.

QUESTÃO 10 - As letras destacadas em “Minha mãe disse que morrer é tão natural quanto

nascer, e que é tudo parte do ciclo da vida” – (quadrinho 01) devem ser utilizadas para completar de modo correto, respectivamente, as lacunas dos vocábulos presentes na opção

A ( ) agre___ão / e___esso.

B ( ) flore___ er / di ____ ernir. C ( ) regre____ão / e___ eder. D ( ) mi___ão / su___itar. E ( ) eferve___ente / na___er.

QUESTÃO 11 - Calvin, no terceiro quadrinho, demonstra compreender a explicação que

sua mãe dera sobre a relação “vida / morte”. Ao se comparar essa informação com a fala do personagem no quarto quadrinho, se estabelece uma relação de

A ( ) causa.

B ( ) conclusão. C ( ) opinião. D ( ) problema. E ( ) oposição.

QUESTÃO 12 - Os textos I e II se relacionam a partir da

A ( ) revolta perante a temática da morte. B ( ) tipologia textual.

C ( ) caracterização dos protagonistas. D ( ) demonstração de afeto entre humanos e animais. E ( ) utilização sistemática da linguagem coloquial.

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TEXTO III

NOSSA FAMÍLIA ANIMAL

Iniciada entre 25000 e 50000 anos atrás, a relação entre homens e bichos domesticados teve, a princípio, fins essencialmente utilitários. Cães vigiavam aldeias, ajudavam a caçar e pastorear. Gatos eram bem-vindos, por exterminar ratos e outras pragas. Provavelmente a afeição, desde cedo, teve um papel nesse relacionamento. O primeiro indício concreto de um elo de emoção entre um humano e um animal data de 12000 anos: são restos fossilizados de uma mulher abraçada a um filhote de cão, encontrados no oriente médio. O certo é que o afeto remodelou, ao longo dos séculos, os laços que nos ligam a cães e gatos. E continua a remodelá-los. É o que revelam pesquisas de comportamento ao mostrar que, mais até do que amigos, os bichos de estimação são hoje vistos como filhos ou irmãos em boa parte dos lares que os acolhem. Na Europa e nos Estados Unidos, o porcentual de donos que consideram seus bichos como familiares já chega a 30%. No Brasil, de acordo com pesquisas da multinacional francesa Evialis, uma das maiores fabricantes de alimentos para animais de estimação no mundo, esse índice é de 10% - mas aponta para cima. Como todas as relações ancoradas na emoção, essa não é imune a crises. Os donos muitas vezes não sabem impor os devidos limites ao comportamento de seus companheiros de quatro patas – e o drama ganha cores semelhantes ao dos pais que enfrentam adolescentes revoltosos. Em meio à crescente indústria de produtos e serviços para bichos, emergiu até mesmo uma nova categoria profissional – a dos psicólogos de animais, adestradores especializados em lidar com cães e gatos neuróticos. Não, a neurose não é uma exclusividade humana. “Pessoas que aboliram a simplicidade de sua vida procuram, por meio de seus cães, reencontrá-la”, diz o mais famoso desses adestradores, o mexicano Cesar Millan. “Elas precisam, no entanto, se educar para isso”. Das pinturas rupestres aos ratos e cachorros antropomórficos de Walt Disney, os animais são vistos com um misto de estranhamento e familiaridade. Nas fábulas mais tradicionais, são espelhos das qualidades e defeitos morais do homem.

[...] O censo dos bichos

A pesquisa Radar Pet, realizada entre março e abril em oito metrópoles brasileiras, é o primeiro grande levantamento sobre a relação dos brasileiros com os animais de estimação. Eis os dados:

Possuem cães ou gatos

44% dos lares das classes A, B e C. Oito em cada dez dessas residências têm cachorro, uma tem gato e uma é coabitada pelas duas espécies.

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Os grupos sociais em que cães e gatos estão mais presentes...

1 - casais com filhos jovens. 2 - solteiros que vivem sozinhos. 3 - casais sem filhos ou que já não moram com eles.

... e aqueles em que cães e gatos

são menos frequentes

1 - casais idosos ou idosos que vivem sozinhos. 2 - casais com filhos pequenos.

Os gatos são mais admitidos

dentro de casa...

34% dormem no quarto. A classe A mima mais os seus bichanos: o porcentual sobe para 57%.

...mas os cães também desfrutam

dessa regalia

23% dos cães dormem nos quartos de seus donos. Nas residências da classe A, são 35%.

Quem cuida dos animais

Em 66% dos domicílios, é a mulher ou mãe de família.

O país dos vira-latas

Em 36% dos lares com cães, há animais sem raça definida. O mesmo ocorre em 77% dos lares com gatos.

Fonte: pesquisa realizada com 1307 pessoas pela COMAC – Comissão Animais de Companhia – Sindam.

(MARTHE, Marcelo. REVISTA VEJA. 22 de julho de 2009).

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QUESTÃO 13 - O título do texto III tem seu sentido traduzido no que se afirma na opção

A ( ) “[...] a relação entre homens e bichos domesticados teve, a princípio, fins essencialmente utilitários.” (linhas 01 e 02).

B ( ) “[...] os bichos de estimação são hoje vistos como filhos ou irmãos em boa parte dos lares que os acolhem.” (linhas 09 e 10).

C ( ) “Provavelmente a afeição, desde cedo, teve um papel nesse relacionamento.” (linha 04).

D ( ) “Como todas as relações ancoradas na emoção, essa não é imune a crises.” (linha 15).

E ( ) “Nas fábulas mais tradicionais, são espelhos das qualidades e defeitos morais do homem.” (linhas 25 e 26).

QUESTÃO 14 - No segundo parágrafo do texto III, o adestrador Cesar Millan expõe sua

opinião acerca do fato de a neurose não ser uma exclusividade humana. Na opinião do adestrador, isso ocorreria pelo fato de

A ( ) o homem relacionar-se equilibradamente com os animais de

estimação. B ( ) o homem buscar no relacionamento com os animais de estimação

o reencontro com a simplicidade de sua vida. C ( ) a relação do homem com os animais de estimação estar sendo

desequilibrada pelo crescente comércio de produtos para animais. D ( ) as famílias adquirirem cães e gatos para suprir suas carências

afetivas, abandonando os animais em seguida, o que geraria as neuroses.

E ( ) o homem relacionar-se com os animais com objetivos puramente utilitários.

QUESTÃO 15 - Considere as afirmativas que se seguem verdadeiras ou falsas:

( ) haverá alteração de sentido se a palavra destacada em “[...] uma tem gato e uma é coabitada pelas duas espécies.” (O censo dos bichos) for substituída pelo vocábulo “para”.

( ) os verbos destacados nas frases “Os grupos sociais em que cães e gatos estão mais presentes [...]” (O censo dos bichos); e “Pessoas que aboliram a simplicidade de sua vida procuram, por meio de seus cães, reencontrá-la” (linhas 21 e 22) estão flexionados no mesmo modo, tempo e pessoa verbal.

( ) os vocábulos destacados em “O certo é que o afeto remodelou, ao longo dos séculos, os laços que nos ligam a cães e gatos. E continua a remodelá-los.” (linhas 07 e 08) são acentuados, respectivamente, pelas regras dos monossílabos tônicos, dos proparoxítonos e dos paroxítonos.

( ) em “[...] mas os cães também desfrutam dessa regalia [...]” (O censo dos bichos), o vocábulo destacado poderia ser substituído, sem prejuízo ao sentido do enunciado, pela palavra “entretanto”.

A sequência correta é

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A ( ) V – F – F – V.

B ( ) V – F – V – V. C ( ) F – V – V – V. D ( ) F – F – F – V. E ( ) V – V – V – F.

QUESTÃO 16 - A leitura do primeiro parágrafo permite afirmar que, no que diz respeito às

relações afetivas, homens e bichos domesticados

A ( ) sempre tiveram uma relação afetiva que, desde o início, fez os homens tratarem os bichos como filhos ou irmãos.

B ( ) tiveram uma relação utilitária, que se tornou afetuosa somente na última década do século XX, quando os animais passaram a ser considerados filhos.

C ( ) não foram atingidos por questões de afeto, tendo o comportamento modificado em função da evolução biológica de cada um dos pares na relação.

D ( ) partiram de uma relação afetiva para uma relação utilitária, conforme se vê na atualidade, em que os bichos são úteis para o equilíbrio emocional de seus donos.

E ( ) tiveram, nessa relação, a afeição desempenhando um papel que, com o tempo, evoluiu para laços mais estreitos, como nas relações entre pais e filhos.

QUESTÃO 17 - No trecho “Iniciada entre 25000 e 50000 anos atrás, a relação entre

homens e bichos domesticados teve, a princípio, fins essencialmente utilitários.” (linhas 01 e 02), a expressão destacada tem o mesmo valor semântico que a destacada em

A ( ) “O garoto, em tese, não poderá levar o pequeno vira-latas para

casa”. B ( ) “Com o início da discussão, o pequeno decidiu levar o gatinho

para casa”. C ( ) “Em princípio, todos os animais peludos podem transmitir

doenças”. D ( ) “O bebê, de fato, adaptou-se bem com a presença do cachorro”. E ( ) “De modo algum, permitirei a permanência desse gato em minha

casa”. QUESTÃO 18 - No primeiro parágrafo do texto, afirma-se que “[...] mais até do que amigos,

os bichos de estimação são hoje vistos como filhos ou irmãos em boa parte dos lares que os acolhem” (linhas 09 e 10). Essa informação permite estabelecer entre os pares “bichos / donos” e “filhos / pais” uma relação de

A ( ) oposição.

B ( ) exclusão. C ( ) alternância. D ( ) analogia. E ( ) inclusão.

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QUESTÃO 19 - Ao apresentar o “O censo dos bichos” em seu texto, o autor tem o objetivo

de

A ( ) demonstrar que, apesar da relação entre homens e animais de estimação ser antiga, a presença dos animais nos lares ainda não é tão forte como se supunha.

B ( ) sustentar, por meio de dados obtidos em uma pesquisa, a ideia central do texto, de que os animais de estimação têm mera função utilitária para os homens.

C ( ) ir contra a ideia de que o afeto está redefinindo as relações entre homens e animais de estimação, já que, para ele, a visão utilitária ainda é predominante nessa relação.

D ( ) mostrar que a presença dos animais de estimação nos lares só aumenta, ainda que isso não seja consequência das relações afetivas estabelecidas entre homens e bichos.

E ( ) sustentar sua ideia por meio de dados obtidos em uma pesquisa, o que ajuda a reforçar a tese de que a relação entre homens e animais de estimação é cada vez mais estreita.

QUESTÃO 20 - No trecho “Como todas as relações ancoradas na emoção, essa não é

imune a crises” (linha 15), o vocábulo destacado tem a função de

A ( ) retomar uma ideia anterior do texto; no caso, a relação entre cães e gatos enquanto bichos domésticos.

B ( ) retomar uma ideia já apresentada no texto; no caso, a relação entre os seres humanos e os animais domésticos.

C ( ) antecipar a ideia que será desenvolvida: a relação entre bichos domésticos e seus donos.

D ( ) antecipar a informação que tratará do conflito nas relações entre bichos domésticos.

E ( ) retomar a ideia imediatamente anterior, que trata da relação entre consumidores e empresas de produtos para animais.

2ª PARTE: PRODUÇÃO TEXTUAL

QUESTÃO 21 - O candidato deverá elaborar uma página de diário, na qual um personagem irá relatar um dia que se tornou marcante por algum motivo em especial no relacionamento com seu animal de estimação (a chegada do animal a casa, ou a morte do bicho, ou alguma travessura realizada pelo animal, entre outros). Nessa página de diário, deve ficar clara a relação de afeto entre o bicho e o personagem que escreve a página do diário. Atente-se às seguintes orientações:

• a página de diário deve ser iniciada com uma data. Na linha

seguinte, escreva o vocativo que se refira ao diário (“Querido diário”, “Meu diário”, “Caro diário”, “Querida(o) companheira(o)”, entre outros);

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• por ser uma página de diário, o texto deve manter o foco narrativo de 1ª pessoa, com verbos conjugados no pretérito do indicativo, já que os fatos ainda estão próximos de quem os narra;

• mantenha o padrão culto da linguagem; • não escreva diálogos no texto; • a página de diário deve ter entre 15 (quinze) e 25 (vinte e cinco)

linhas; • o candidato que fugir ao tema, ou ao gênero textual solicitado,

receberá o grau zero (0,0).

FIM DA PROVA