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1 PROVA ESPECÍFICA DE LING. PORTUGUESA E LÍNGUA ESPANHOLA FORMATO UEL Data: 13/04/2019 Aluno(a) _________________________________________Turma _____ Instruções para a Prova LEIA COM ATENÇÃO! Questões de cálculo ou raciocínio matemática deverão apresentar resolução ou justificativa do raciocínio e resposta final a caneta (azul ou preta); NÃO RASURE A PROVA. As questões rasuradas serão desconsideradas. NÃO deixe questões em branco, faça sua tentativa e BOA PROVA! TEXTO estupor esse súbito não ter esse estúpido querer que me leva a duvidar quando eu devia crer esse sentir-se cair quando não existe lugar aonde se possa ir esse pegar ou largar essa poesia vulgar que não me deixa mentir (LEMINSKI, P. Toda Poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 249.) 1. Acerca dos pronomes presentes no poema, assinale a alternativa correta. a) As várias ocorrências de “esse” têm função coesiva e remetem ao “estupor” do título. b) A segunda ocorrência de “que” reintroduz a ideia segundo a qual a poesia é uma mentira. c) Na primeira estrofe, “me” e “eu” indicam, respectivamente, o poeta e o narrador. d) As duas ocorrências do “se”, na segunda estrofe, refletem a tensão entre eu lírico e leitor. e) No último verso, “me” é complemento do verbo “mentir”. Acontece tudo em O Pequeno Príncipe Melhor momento da adaptação que estreia hoje é o “desenho dentro do desenho”, misturando stop motion e digital; o filme é uma recriação inspirada no texto de Saint-Exupéry. O Pequeno Príncipe é um desses clássicos da literatura que pertencem ao povo não é à toa a chacota de que é o livro preferido das misses, mas também integra com frequência as listas de leitura das escolas. Talvez a forma como usa metáforas para falar de coisas adultas faça com que seja apreciado por tantos públicos diferentes. Por isso, não se sabe como o brasileiro reagirá à animação de mesmo nome que estreia hoje nos cinemas. Sensações O menino de roupas verdes está lá, e as sensações que ele provoca lembram a leitura do livro. Mas a história é outra, uma narrativa maior que engloba o enredo do principezinho e de certa forma lhe serve de continuação. Nem sempre o espectador aceita que se “mexa” na obra, utilizando seu universo para criar algo diferente. Resumindo, não se trata de uma versão do livro para as telas. Férias Uma menina se muda para um bairro novo em sua cidade sombria, onde a mãe controladora determina cada minuto das atividades de férias de verão, com o objetivo de prepará-la para uma escola de elite. As longas horas acabam passadas ao lado de um novo amigo, o velhinho que mora ao lado e que se revela aviador da história de O Pequeno Príncipe. História Além da casa cheia de apetrechos para colorir a vida da garota sem nome, ele tem uma incrível história para contar: justamente sobre um príncipe que vivia sozinho em um planeta e que amava uma rosa... (Adaptado de: CARNIERI, H. Acontece tudo em O Pequeno Príncipe. Jornal de Londrina, 20 ago. 2015. Cultura. ano 27, n. 8. p. 24.)

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PROVA ESPECÍFICA DE LING. PORTUGUESA E LÍNGUA ESPANHOLA

FORMATO UEL Data: 13/04/2019

Aluno(a) _________________________________________Turma _____

Instruções para a Prova – LEIA COM ATENÇÃO!

• Questões de cálculo ou raciocínio matemática deverão apresentar resolução ou justificativa do raciocínio e resposta final a caneta (azul ou preta);

• NÃO RASURE A PROVA. As questões rasuradas serão desconsideradas.

• NÃO deixe questões em branco, faça sua tentativa e BOA PROVA!

TEXTO estupor esse súbito não ter esse estúpido querer que me leva a duvidar quando eu devia crer esse sentir-se cair quando não existe lugar aonde se possa ir esse pegar ou largar essa poesia vulgar que não me deixa mentir

(LEMINSKI, P. Toda Poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 249.)

1. Acerca dos pronomes presentes no poema, assinale a alternativa correta. a) As várias ocorrências de “esse” têm função coesiva e remetem ao “estupor” do título. b) A segunda ocorrência de “que” reintroduz a ideia segundo a qual a poesia é uma mentira. c) Na primeira estrofe, “me” e “eu” indicam, respectivamente, o poeta e o narrador. d) As duas ocorrências do “se”, na segunda estrofe, refletem a tensão entre eu lírico e leitor. e) No último verso, “me” é complemento do verbo “mentir”.

Acontece tudo em O Pequeno Príncipe Melhor momento da adaptação que estreia hoje é o “desenho dentro do desenho”, misturando stop motion e digital; o filme é uma recriação inspirada no texto de Saint-Exupéry. O Pequeno Príncipe é um desses clássicos da literatura que pertencem ao povo – não é à toa a chacota de que é o livro preferido das misses, mas também integra com frequência as listas de leitura das escolas. Talvez a forma como usa metáforas para falar de coisas adultas faça com que seja apreciado por tantos públicos diferentes. Por isso, não se sabe como o brasileiro reagirá à animação de mesmo nome que estreia hoje nos cinemas. Sensações O menino de roupas verdes está lá, e as sensações que ele provoca lembram a leitura do livro. Mas a história é outra, uma narrativa maior que engloba o enredo do principezinho e de certa forma lhe serve de continuação. Nem sempre o espectador aceita que se “mexa” na obra, utilizando seu universo para criar algo diferente. Resumindo, não se trata de uma versão do livro para as telas. Férias Uma menina se muda para um bairro novo em sua cidade sombria, onde a mãe controladora determina cada minuto das atividades de férias de verão, com o objetivo de prepará-la para uma escola de elite. As longas horas acabam passadas ao lado de um novo amigo, o velhinho que mora ao lado e que se revela aviador da história de O Pequeno Príncipe. História Além da casa cheia de apetrechos para colorir a vida da garota sem nome, ele tem uma incrível história para contar: justamente sobre um príncipe que vivia sozinho em um planeta e que amava uma rosa... (Adaptado de: CARNIERI, H. Acontece tudo em O Pequeno Príncipe. Jornal de Londrina, 20 ago. 2015. Cultura. ano

27, n. 8. p. 24.)

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2. Em relação aos recursos linguístico-semânticos sublinhados no texto, considere as afirmativas a seguir. I. O conectivo “mas” é utilizado com o sentido de oposição nas duas ocorrências do texto. II. O termo “Resumindo” antecipa que a informação subsequente caracteriza-se como uma generalização das rejeições ao filme. III. O termo “que” em “uma narrativa maior que engloba o enredo do principezinho” e “o velhinho que mora ao lado” desempenha a mesma função sintática nas duas ocorrências. IV. A expressão “Por isso” pressupõe a introdução de uma ideia conclusiva em relação ao que foi dito anteriormente. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 3. Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, os sentidos expressos pelas palavras ou expressões em destaque no fragmento de texto a seguir: “Ao passo que os aparatos tecnológicos se tornam mais presentes na nossa vida, mais se aprende a viver em rede. Embora saibamos o quanto é importante firmar nossos valores individuais, acabamos sendo arrastados, como gados ao matadouro, rumo à neutralização das diferenças culturais dos povos.” a) causa, comparação e temporalidade. b) consequência, concessão e comparação. c) proporcionalidade, concessão e comparação. d) condição, conformidade e proporcionalidade. Leia o trecho do romance S. Bernardo, de Graciliano Ramos, para responder à questão a seguir. O caboclo mal-encarado que encontrei um dia em casa do Mendonça também se acabou em desgraça. Uma limpeza. Essa gente quase nunca morre direito. Uns são levados pela cobra, outros pela cachaça, outros matam-se. Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve angina e a mulher enforcou-se. Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente. Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que não preciso descrevê-la. As partes principais apareceram ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode interessar aos arquitetos, homens que provavelmente não lerão isto. Ficou tudo confortável e bonito. Naturalmente deixei de dormir em rede. Comprei móveis e diversos objetos que entrei a utilizar com receio, outros que ainda hoje não utilizo, porque não sei para que servem. Aqui existe um salto de cinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas. Ninguém imaginará que, topando os obstáculos mencionados, eu haja procedido invariavelmente com segurança e percorrido, sem me deter, caminhos certos. Não senhor, não procedi nem percorri. Tive abatimentos, desejo de recuar; contornei dificuldades: muitas curvas. Acham que andei mal? A verdade é que nunca soube quais foram os meus atos bons e quais foram os maus. Fiz coisas boas que me trouxeram prejuízo; fiz coisas ruins que deram lucro. E como sempre tive a intenção de possuir as terras de S. Bernardo, considerei legítimas as ações que me levaram a obtê-las. Alcancei mais do que esperava, mercê de Deus. Vieram-me as rugas, já se vê, mas o crédito, que a princípio se esquivava, agarrou-se comigo, as taxas desceram. E os negócios desdobraram-se automaticamente. Automaticamente. Difícil? Nada! Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não entram, cruzem os braços. Mas se virem que estão de sorte, metam o pau: as tolices que praticarem viram sabedoria. Tenho visto criaturas que trabalham demais e não progridem. Conheço indivíduos preguiçosos que têm faro: quando a ocasião chega, desenroscam-se, abrem a boca – e engolem tudo. Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primeiras tentativas e obriguei a fortuna a ser-me favorável nas seguintes. Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca, naturalmente, e levei-a para além do ponto em que estava no tempo de Salustiano Padilha. Houve reclamações. – Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora é isto. E quem não gostar, paciência, vá à justiça. Como a justiça era cara, não foram à justiça. E eu, o caminho aplainado, invadi a terra do Fidélis, paralítico de um braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, estudando Direito. Respeitei o engenho do Dr. Magalhães, juiz. Violências miúdas passaram despercebidas. As questões mais sérias foram ganhas no foro, graças às chicanas de João Nogueira. Efetuei transações arriscadas, endividei-me, importei maquinismos e não prestei atenção aos que me censuravam por querer abarcar o mundo com as pernas. Iniciei a pomicultura e a avicultura. Para levar os meus produtos ao mercado, comecei uma estrada de rodagem. Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos, chamou-me patriota, citou Ford e Delmiro Gouveia. Costa Brito também publicou uma nota na Gazeta, elogiando-me e elogiando o chefe político local. Em consequência mordeu-me cem mil-réis.

(S. Bernardo, 1996.)

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4. “Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve angina e a mulher enforcou-se.” (2º parágrafo) Os pronomes sublinhados referem-se, respectivamente, a a) “alavanca”, “um”, “viúva e órfãos”. b) “pedra”, “um”, “meninos”. c) “pedra”, “alavanca”, “viúva e órfãos”. d) “alavanca”, “pedra”, “viúva e órfãos”. e) “alavanca”, “pedra”, “meninos”.

5. O título da charge “democracinhas” é um neologismo composto pelo mesmo processo de formação presente no termo a) desanuviar, derivação sufixal. b) inativo, derivação parassintética. c) girassol, composição por hibridismo. d) fidalgo, composição por aglutinação. e) televisão, derivação prefixal e sufixal.

O Tempo e o Amor

1Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. 2Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! 3São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas que partem do centro para a circunferência, que, quanto mais continuadas, tanto menos unidas. 4Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor 5menino, 6porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho. 7De todos os instrumentos com que o armou a natureza o desarma o tempo. 8Afrouxa-lhe o arco, com que já não tira, embota-lhe as setas, com que já não fere, abre-lhe os olhos, com que vê o que não via, e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda esta diferença, é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhes os defeitos, enfastia-lhes o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. 9Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor? 10O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito, de amar menos.

(VIEIRA, Pe. António. Sermão do Mandato, parte III, In: Sermões. Porto: Lello & Irmão, 1959. p. 94.) Vocabulário: Embotar: tornar menos cortante, menos agudo. Enfastiar: causar ou sentir tédio (fastio). 6. O vocábulo “menino” classifica-se morfologicamente como substantivo. Entretanto, em “Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino” (ref. 5), a mesma palavra assume valor de adjetivo. O trecho do texto em que uma palavra também assume valor diferente do morfologicamente previsto é a) “Gasta-se o ferro com o uso” (ref. 9) b) “São as afeições como as vidas” (ref. 3) c) “porque não há amor tão robusto” (ref. 6) d) “O mesmo amar é causa de não amar” (ref. 10) e) “Afrouxa-lhe o arco, com que já não tira” (ref. 8)

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TEXTO l Seis estados zeram fila de espera para transplante da córnea Seis estados brasileiros aproveitaram o aumento no número de doadores e de transplantes feitos no primeiro semestre de 2012 no país e entraram para uma lista privilegiada: a de não ter mais pacientes esperando por uma córnea. Até julho desse ano, Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e São Paulo eliminaram a lista de espera no transplante de córneas, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, no Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. Em 2011, só São Paulo e Rio Grande do Norte conseguiram zerar essa fila. TEXTO lI

7 .A notícia e o cartaz abordam a questão da doação de órgãos. Ao relacionar os dois textos, observa-se que o cartaz é a) contraditório, pois a notícia informa que o país superou a necessidade de doação de órgãos. b) complementar, pois a notícia diz que a doação de órgãos cresceu e o cartaz solicita doações. c) redundante, pois a notícia e o cartaz têm a intenção de influenciar as pessoas a doarem seus órgãos. d) indispensável, pois a notícia fica incompleta sem o cartaz, que apela para a sensibilidade das pessoas. e) discordante, pois ambos os textos apresentam posições distintas sobre a necessidade de doação de órgãos. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Na minha opinião, existe no Brasil, em permanente funcionamento, não fechando nem para o almoço, uma

Central Geral de Maracutaia. Não é possível que não exista. E, com toda a certeza, é uma das organizações mais

perfeitas já constituídas, uma contribuição inestimável do nosso país ao patrimônio da raça humana. Nada de novo é

implantado sem que surja no mesmo instante, às vezes sem intervalo visível, imediatamente mesmo, um esquema

bem montado para fraudar o que lá seja que tenha sido criado. [...] Exemplo mais recente ocorreu em São Paulo, mas

podia ser em qualquer outra cidade do país, porque a CGM é onipresente, não deixa passar nada, nem discrimina

ninguém. Segundo me contam aqui, a prefeitura de São Paulo agora fornece caixão e enterro gratuitos para os

doadores de órgãos, certamente os mais pobres. Basta que a família do morto prove que ele doou pelo menos um

órgão, para receber o benefício. Mas claro, é isso mesmo, você adivinhou, ser brasileiro é meramente uma questão

de prática. Surgiram indivíduos ou organizações que, mediante uma módica contraprestação pecuniária, fornecem

documentação falsa, "provando" que o defunto doou órgãos, para que o caixão e o enterro sejam pagos com dinheiro

público.

(João Ubaldo Ribeiro. O Estado de S. Paulo, 18.09.2005.)

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8. Em - "para receber o benefício" -, a palavra "benefício" tem como referência

a) uma módica contraprestação pecuniária. b) a não-discriminação. c) caixão e enterro. d) a doação de órgãos. e) a CGM. Texto 1 Proibido para menores de 50 anos. Nos últimos meses, em meio ao debate sobre as reformas na Previdência, um ponto acabou despertando a atenção. Afinal, existem empregos para quem tem mais de 50 anos? Pendurar as chuteiras nem sempre é fácil. Às vezes, pode significar uma quebra tão grande na rotina que afeta até mesmo o emocional. Foi a partir de uma experiência familiar nesta linha que o paulistano Mórris Litvak criou a startup MaturiJobs. Trata-se de uma agência virtual de empregos, especializada em profissionais com mais de 50 anos.

(Revista Isto é Dinheiro. Mercado de Trabalho. Maio/2017. p. 6.) Texto 2 O Brasil será, em poucas décadas, um dos países com maior número de idosos do mundo, e precisa correr para poder atendê-los no que eles têm de melhor e mais saudável: o desejo de viver com independência e autonomia. [...] O mantra da velhice no século XXI é “envelhecer no lugar”, o que os americanos chamam de aging in place. O conceito que guia novas políticas e negócios voltados para os longevos tem como principal objetivo fazer com que as pessoas consigam permanecer em casa o maior tempo possível, sem que, para isso, precisem de um familiar por perto. Não se trata de apologia da solidão, mas de encarar um dado da realidade contemporânea: as residências não abrigam mais três gerações sob o mesmo teto e boa parte dos idosos de hoje prefere, de fato, morar sozinha, mantendo-se dona do próprio nariz.

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/brasillenvelhecer-no-seculo-xxi/>, 18 mar. 2016. Adaptado. Acesso em: 10 ago. 17.

9. É correto concluir que os textos 1 e 2 a) afirmam que o homem é capaz de superar todas as limitações da velhice. b) concordam que o envelhecimento não aflige mais a geração atual. c) julgam que as pessoas ainda sonham ser eternamente jovens. d) transmitem uma visão idealizada do envelhecimento nos dias atuais. e) focalizam aspectos diferentes do idoso em relação ao seu espaço na sociedade. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Envelhecer

Arnaldo Antunes 1A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer Não quero morrer pois quero ver Como será que deve ser envelhecer Eu quero é viver pra ver qual é E dizer venha pra o que vai acontecer 2Eu quero que o tapete voe No meio da sala de estar 3Eu quero que a panela de pressão pressione E que a pia comece a pingar 4Eu quero que a sirene soe

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E me faça levantar do sofá 5Eu quero pôr Rita Pavone No ringtone do meu celular 6Eu quero estar no meio do ciclone Pra poder aproveitar E quando eu esquecer meu próprio nome Que me chamem de velho gagá 7Pois ser eternamente adolescente nada é mais démodé Com uns ralos fios de cabelo sobre a testa que não para de crescer Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender Que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr

Disponível em https://www.vagalume.com.br/arnaldoantunes/envelhecer.html. Acesso: 22/9/17. 10. Os versos da canção “A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer (referência 1); “Eu quero pôr Rita Pavone no ringtone do meu celular” (referência 5); “Pois ser eternamente adolescente nada é mais démodé” (referência 7) têm em comum a) a presença de definições sobre o que é envelhecer. b) a utilização de termos e ideias que ressaltam a relação entre o antigo e o novo. c) o emprego de noções que negam a velhice e afirmam a juventude. d) o uso de estrangeirismos como forma de mostrar um vocabulário arcaico próprio de pessoas idosas.

11. A Carta de Pero Vaz de Caminha é o primeiro relato sobre a terra que viria a ser chamada de Brasil. Ali, percebe-se não apenas a curiosidade do europeu pelo nativo, mas também seu pasmo diante da exuberância da natureza da nova terra, que, hoje em dia, já se encontra degradada em muitos dos locais avistados por Caminha. Tendo isso em vista, leia o fragmento a seguir. Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste ponto temos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, em algumas partes, grandes barreiras, algumas vermelhas, outras brancas; e a terra por cima é toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta é tudo praia redonda, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque a estender d’olhos não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem o vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá. As águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la, tudo dará nela, por causa das águas que tem.

CASTRO, Sílvio (org.). A Carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 2003, p. 115-6. Esse fragmento apresenta-se como um texto a) descritivo, uma vez que Caminha ocupa-se em dar um retrato objetivo da terra descoberta, abordando suas

características físicas e potencialidades de exploração. b) narrativo, pois a “Carta” é, basicamente, uma narração da viagem de Pedro Álvares Cabral e sua frota até o Brasil,

relatando, numa sucessão de eventos, tudo o que ocorreu desde a chegada dos portugueses até sua partida. c) argumentativo, pois Caminha está preocupado em apresentar elementos que justifiquem a exploração da terra

descoberta, os quais se pautam pela confiabilidade e abrangência de suas observações. d) lírico, uma vez que a apresentação hiperbólica da terra por Caminha mostra a subjetividade de seu relato, carregado

de emotividade, o que confere à “Carta” seu caráter especificamente literário. e) narrativo-argumentativo, pois a apresentação sequencial dos elementos físicos da terra descoberta serve para dar

suporte à ideia defendida por Caminha de exploração do novo território.

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12. “Ali ficamos um pedaço, bebendo e folgando, ao longo dela, entre esse arvoredo, que é tanto, tamanho, tão basto e de tantas prumagens, que homens as não podem contar. Há entre ele muitas palmas, de que colhemos muitos e bons palmitos.” “Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não têm, nem entendem nenhuma crença. E, portanto, se os degredados, que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, se hão de fazer cristãos e crer em nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, esta gente é boa e de boa simplicidade. E imprimir-se-á ligeiramente neles qualquer cunho, que lhes quiserem dar. E pois Nosso Senhor, que lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens, por aqui nos trouxe, creio que não foi sem causa.” “Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente e frutos, que a terra e as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios, que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos.” Partindo da leitura das três citações da Carta de Pero Vaz de Caminha, analise os itens a seguir: I. Trata-se de um documento histórico que exalta a terra descoberta mediante o uso de expressões valorativas dos

hábitos e costumes de seus habitantes, o que, de um lado, revela a surpresa dos portugueses recém-chegados, de outro, tem a intenção de instigar o rei a dar início à colonização.

II. Ao afirmar que os habitantes da nova terra não têm nenhuma crença, Caminha faz uma avaliação que denota seu desconhecimento sobre a cultura daqueles que habitam a terra descoberta, pois todos os grupos sociais, primitivos ou não, têm suas crenças e mitos.

III. Caminha usa a conversão dos gentios como argumento para atrair a atenção do Rei Dom Manuel sobre a terra descoberta, colocando, mais uma vez, a expansão da fé cristã como bandeira dos conquistadores portugueses.

IV. Ao afirmar que os habitantes da terra descoberta não lavram nem criam, alimentam-se do que a natureza lhes oferece, Caminha tece uma crítica à inaptidão e inércia daqueles que vivem mal, utilizando, por desconhecimento, as riquezas naturais da região.

V. As citações revelam que a Carta do Achamento do Brasil tem por objetivo descrever a nova terra de modo a atrair os que estão distantes pela riqueza e beleza de que é possuidora.

Estão CORRETOS, apenas, a) I, II e IV. b) I, II, III e V. c) I, II e III. d) II e IV. e) I e II. Leia o soneto do poeta Luís Vaz de Camões (1525?-1580) para responder às questões 3 A 5. Sete anos de pastor Jacob servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; mas não servia ao pai, servia a ela, e a ela só por prêmio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, passava, contentando-se com vê-la; porém o pai, usando de cautela, em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos lhe fora assi negada a sua pastora, como se a não tivera merecida, começa de servir outros sete anos, dizendo: “Mais servira, se não fora para tão longo amor tão curta a vida”.

(Luís Vaz de Camões. Sonetos, 2001.)

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13. Uma das principais figuras exploradas por Camões em sua poesia é a antítese. Neste soneto, tal figura ocorre no verso: a) “mas não servia ao pai, servia a ela,” b) “passava, contentando-se com vê-la;” c) “para tão longo amor tão curta a vida.” d) “porém o pai, usando de cautela,” e) “lhe fora assi negada a sua pastora,” 14. Do ponto de vista formal, o tipo de verso e o esquema de rimas que caracterizam este soneto camoniano são, respectivamente, a) dodecassílabo e ABAB ABAB ABC ABC. b) decassílabo e ABAB ABAB CDC DCD. c) heptassílabo e ABBA ABBA CDE CDE. d) decassílabo e ABBA ABBA CDE CDE. e) dodecassílabo e ABBA ABBA CDE CDE. 15. De acordo com a história narrada pelo soneto, a) Labão engana Jacob, entregando-lhe a filha Lia, em vez de Raquel. b) Labão aceita ceder Lia a Jacob, se este lhe entregar Raquel. c) Labão obriga Jacob a trabalhar mais sete anos para obter o amor de Lia. d) Jacob descumpre o acordo feito com Labão, negando-lhe a filha Raquel. e) Jacob morre antes de completar os sete anos de trabalho, não obtendo o amor de Raquel. 16. Considere o trecho para responder à questão. No final do século XV, a Europa passava por grandes mudanças provocadas por invenções como a bússola, pela expansão marítima que incrementou a indústria naval e o desenvolvimento do comércio com a substituição da economia de subsistência, levando a agricultura a se tornar mais intensiva e regular. Deu-se o crescimento urbano, especialmente das cidades portuárias, o florescimento de pequenas indústrias e todas as demais mudanças econômicas do mercantilismo, inclusive o surgimento da burguesia. Tomando-se por base o contexto histórico da época e os conhecimentos a respeito do Humanismo, marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso e assinale a alternativa correta. ( ) O Humanismo é o nome que se dá à produção escrita e literária do final da Idade Média e início da moderna, ou

seja, parte do século XV e início do XVI. ( ) Fernão Lopes é um importante prosador do Humanismo português. Destacam-se entre suas obras: Crônica Del-

Rei D. Pedro I, Crônica Del-Rei Fernando e Crônica de El-Rei D. João. ( ) Gil Vicente é um importante autor do teatro português e suas principais obras são: Auto da Barca do Inferno e

Farsa de Inês Pereira. ( ) Gil Vicente é um autor não reconhecido em Portugal, em virtude de sua prosa e documentação histórica não

participarem da cultura portuguesa. a) V, V, V, F. b) V, F, V, V. c) F, V, V, F. d) V, V, F, F. e) V, F, F, V. 17. Quantos há que os telhados têm vidrosos E deixam de atirar sua pedrada, De sua mesma telha receosos. Adeus, praia, adeus, ribeira, De regatões tabaquista, Que vende gato por lebre Querendo enganar a vista. Nenhum modo de desculpa Tendes, que valer-vos possa: Que se o cão entra na igreja, É porque acha aberta a porta.

GUERRA, G. M. In: LIMA, R. T. Abecê de folclore. São Paulo: Martins Fontes, 2003 (fragmento).

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Ao organizar as informações, no processo de construção do texto, o autor estabelece sua intenção comunicativa. Nesse poema, Gregório de Matos explora os ditados populares com o objetivo de a) enumerar atitudes. b) descrever costumes. c) demonstrar sabedoria. d) recomendar precaução. e) criticar comportamentos. 18. Já desprezei, sou hoje desprezado, Despojo sou, de quem triunfo hei sido, E agora nos desdéns de aborrecido, Desconto as ufanias de adorado. O amor me incita a um perpétuo agrado, O decoro me obriga a um justo olvido: E não sei, no que emprendo, e no que lido, Se triunfe o respeito, se o cuidado. Porém vença o mais forte sentimento, Perca o brio maior autoridade, Que é menos o ludíbrio, que o tormento. Quem quer, só do querer faça vaidade, Que quem logra em amor entendimento, Não tem outro capricho, que a vontade.

MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos de Gregório de Matos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. Em termos formais e temáticos, as principais características barrocas do soneto são, respectivamente, a) a sintaxe rebuscada e o culto aos contrastes. b) o rigor métrico e a crítica ao sentimentalismo. c) o vocabulário erudito e a reflexão sobre o amor. d) as rimas alternadas e o embate entre emoção e razão. 19. "Se gostas de afetação e pompa de palavras e do estilo que chamam culto, não me leias. Quando esse estilo florescia, nasceram as primeiras verduras do meu; mas valeu-me tanto sempre a clareza, que só porque me entendiam comecei a ser ouvido. (...) Esse desventurado estilo que hoje se usa, os que querem honrar chamam-lhe culto, os que o condenam chamam-lhe escuro, mas ainda lhe fazem muita honra. O estilo culto não é escuro, é negro (...) e muito cerrado. É possível que somos portugueses e havemos de ouvir um pregador em português e não havemos de entender o que diz?!" Padre Antônio Vieira, nesse trecho, faz uma crítica ao estilo barroco conhecido como a) conceptismo, por ser marcado pelo jogo de ideias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico. b) quevedismo, por utilizar-se de uma retórica aprimorada, a exemplo de seu principal cultor: Quevedo. c) antropocentrismo, caracterizado por mostrar o homem, culto e inteligente, como centro do universo. d) gongorismo, ao caracterizar-se por uma linguagem rebuscada, culta e extravagante. e) teocentrismo, caracterizado por padres escritores que dominaram a literatura seiscentista. Leia o soneto “Nasce o Sol, e não dura mais que um dia”, do poeta Gregório de Matos (1636-1696), para responder às questões a seguir: Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia?

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Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância.

(Poemas escolhidos, 2010.)

20. O soneto de Gregório de Matos aproxima-se tematicamente da citação: a) “Nada é duradouro como a mudança.” (Ludwig Börne, 1786-1837) b) “Não se deve indagar sobre tudo: é melhor que muitas coisas permaneçam ocultas.” (Sófocles, 496-406 a.C.) c) “Nada é mais forte que o hábito.” (Ovídio, 43 a.C.-17 d.C.) d) “A estrada do excesso conduz ao palácio da sabedoria.” (William Blake, 1757-1827) e) “Todos julgam segundo a aparência, ninguém segundo a essência.” (Friedrich Schiller, 1759-1805)

LÍNGUA ESTRANGEIRA (ESPANHOL)

Leia a notícia espanhola a seguir e responda as questões 21 e 22.

Podemos propone rebajar a 16 años la edad para votar

Podemos pide reconocer el derecho al voto a los jóvenes de 16 y 17 años. El programa electoral del partido,

divulgado este viernes, propone rebajar la edad del sufragio, hoy en 18 años, porque “la juventud quiere un país mejor y debe poder participar”, argumenta el texto. En la UE, solo Austria (a los 16 años) y Grecia (a los 17) reconocen ese derecho para menores.

La formación que lidera Pablo Iglesias tiene ya listo su programa electoral, que someterá a la votación de la militancia durante el fin de semana para presentarlo públicamente el próximo lunes. En el apartado de garantías democráticas se incluye una medida que ya se sometió a votación en el Congreso —sin éxito— en 2016: extender a los jóvenes de 16 y 17 años el derecho a votar. Entonces el rechazo de PP, Ciudadanos y PNV impidió que se aprobara.

“Frente al discurso conservador que dice que la juventud no se interesa por la política, estos meses hemos visto las calles llenas de jóvenes defendiendo el feminismo el 8-M y la lucha contra el cambio climático”, explica el programa. Podemos creció en buena medida por el impulso de los jóvenes y confía en que la movilización de este colectivo pueda beneficiarle.

En la redacción de esta medida, la formación argumenta que a partir de los 16 años a los jóvenes “se les reconoce la capacidad para realizar actividades como trabajar, emanciparse o conducir, por lo que no está justificado restringirles el voto”. La conducción, no obstante, no incluye los coches.

En la Unión Europea son una minoría los países que reconocen este derecho. Además de los 16 años que fija Austria para las generales y de los 17 que establece Grecia, en Estonia y Malta los jóvenes a partir de 16 años pueden votar, pero solo en los comicios locales, según datos de la Agencia de los Derechos Fundamentales de la UE. Lo mismo ocurre en algunos de los Estados que componen Alemania y en Escocia (Reino Unido). En Bélgica, ese derecho existe para otro tipo de consultas públicas, no para elecciones.

En algunos países de Latinoamérica, una región que ha inspirado parte del sustrato político de Podemos, también existe esa referencia. Argentina, Brasil, Nicaragua o Ecuador son los principales Estados donde se puede votar antes de los 18 años

(Disponible en: <https://elpais.com/politica/2019/04/05/actualidad/1554467297_655286.html>. Acceso el 05 abril. 2019)

21. Com base no texto, é correto afirmar: a) Somente um partido político é a favor de que a partir dos 16 anos o cidadão espanhol possa votar. b) Os jovens espanhóis estão engajados em causas sociais, porém, no que se refere à política, não demonstram interesse. c) A maioria dos países da América Latina permite o voto antes dos 18 anos e, atualmente, servem de exemplo à nova proposta do governo espanhol. d) É a primeira vez, na história da Espanha, que um partido político propõe uma mudança em relação à idade mínima para votar. e) Os jovens espanhóis se uniram aos partidos políticos locais para lutar por seus direitos, entre eles, o do voto antes dos 18 anos.

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22. Leia o fragmento: “La formación que lidera Pablo Iglesias tiene ya listo su programa electoral, que someterá a la votación de la militancia durante el fin de semana para presentarlo públicamente el próximo lunes.” A alternativa que apresenta duas palavras com o mesmo gênero em espanhol de “lunes” são: a) Día - nariz. b) Árbol – hada. c) Hombre- aprendizaje. d) Niño – fuente. e) Mensaje – legumbre. Leia e a analise a tira a seguir e responda às questões 23 e 24.

(Disponible en: < https://twitter.com/mafaldaquotes/status/762439326412120064>. Acceso el 06 abril. 2019)

23. Mafalda é o nome da tira e também da personagem principal, uma menina de seis anos, de cabelos negros e laço na cabeça, que, entre outras coisas, adora os Beatles e odeia sopa. Com relação à tira, assinale a alternativa correta. a) Ao final, podemos concluir que os dois personagens compartem das mesmas ideias sobre a desigualdade social. b) Mafalda defende, com outras palavras, a necessidade de um maior desenvolvimento de políticas públicas às classes economicamente mais baixas. c) A tira discute o grande percentual de pobreza no mundo. d) Há uma crítica à sociedade mais pobre, no que se refere ao seu estilo de vida. e) Pode-se afirmar que Mafalda é contra os direitos humanos. 24. Na frase “Me parte el alma ver gente pobre”: I ‘Alma’ é um substantivo masculino. II ‘El’ é um artigo indefinido masculino. III A sílaba tônica de ‘alma’ é ‘al’. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa I está correta. b) Somente a afirmativa II está correta. c) Somente a afirmativa III está correta. d) Somente a afirmativa II e III estão corretas. e) Nenhuma alternativa está correta.

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Para responder as questões de número 25 a 27, considere o texto a seguir.

25. Com base no texto é correto afirmar que: a) A Espanha é o país ideal para aprender o espanhol, pois é o berço do idioma. b) É preciso, para aprender uma língua, viajar e viver a cultura do povo que a fala. c) Pessoas que viajam muito a turismo acabam aprendendo a língua estrangeira dos países que visitam. d) A América Latina possui os melhores destinos para quem quer aprender o espanhol. e) Viagens de estudo de línguas podem ampliar também nosso conhecimento cultural. 26. No texto, AIL Madrid oferece, entre outras coisas: I Um programa de um ano de estudos em países da América Latina. II O contato com diferentes culturas, como a árabe e a britânica. III Uma gama de cidades em que se pode estudar. Estão corretas: a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. e) Apenas II e III.

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27. No contexto apresentado, a expressão “sino que también” (linha 11) tem valor de: a) Adição. b) Negação; c) Tempo. d) Oposição. e) Alternância.

(Extraído de: <http://www.coperves.ufsm.br/concursos/vestibular_2012/arquivos/prova_ps1.pdf>. Acceso el 06 de abril 2019)

Leia o texto a seguir e responda às questões de 28 a 30.

Educación y Ciudadanía Activa Miquel Martínez

Educar para la ciudadanía supone apostar por un modelo pedagógico, no solamente escolar, en el cual se

procura que la persona construya su modelo de vida feliz y al mismo tiempo contribuya a la construcción de un modo de vida en comunidad justo y democrático. Esta doble dimensión individual y relacional, particular y comunitaria, debe conjugarse en el mismo tiempo y espacio si lo que pretendemos es construir ciudadanía y sobre todo si ésta se pretende en sociedades plurales y diversas.

No todos los modelos de vida feliz son compatibles con los modelos de vida justos y democráticos en comunidad. La segunda mitad del siglo XX, caracterizada por la lucha y la profundización de los derechos humanos debe ser completada, no substituida sino completada, en el siglo que iniciamos por la lucha y la profundización en los deberes que como seres humanos hemos de asumir en nuestra convivencia diaria y con una perspectiva de futuro.

Las transformaciones sociales y tecnológicas, los movimientos migratorios y el carácter interconectado que acompañan el proceso de globalización que estamos viviendo, presentan a las sociedades más desarrolladas y concretamente a los sectores más favorecidos de éstas, retos que no son fáciles de integrar sin más, de forma natural. Los sectores más favorecidos de nuestro mundo y en concreto los que disfrutamos del llamado “primer mundo” debemos priorizar en nuestras políticas educativas acciones orientadas a la formación de una ciudadanía activa que sea capaz de responder ante estos retos en una sociedad de la diferencia y no de la desigualdad. Esto exige formar no sólo ciudadanos que defiendan y luchen por los derechos de primera y segunda generación1, sino que también reconozcan la diferencia como factor de progreso y estén dispuestos a luchar para que éstos no induzcan desigualdades e injusticias.

Este modelo de ciudadanía activa no se improvisa. Es un modelo que requiere acciones pedagógicas orientadas a la persona en su globalidad, a la inteligencia, a la razón, al sentimiento y a la voluntad.

Estas acciones pedagógicas deben contribuir al hecho de que en nuestro proceso de construcción personal, que no es solamente individual sino que se da en la interacción con los otros, aprendamos a apreciar valores, denunciar su falta y configurar nuestra matriz personal de valores. […]

1 Según la clasificación de los Derechos Humanos, los derechos de primera generación aseguran la vida, la libertad,

la propiedad, la libertad de expresión y de religión, la participación política etc.; y los de segunda, la salud, la

educación, el empleo, la vivienda etc.

28. É correto afirmar que no texto o autor: a) especifica quais são os deveres que cada um deve assumir para a construção da cidadania ativa. b) define os desafios que o processo de globalização impõe a uma educação que vise à cidadania ativa. c) apresenta uma definição específica para o conceito de cidadania ativa. d) indica que a educação para a cidadania ativa exige um modelo pedagógico. e) Sugere que a cidadania ativa está diretamente relacionada ao desenvolvimento individual de cada cidadão. 29. Considerando a leitura dos parágrafos 1 e 2, assinale a alternativa correta. a) O modelo que rege uma educação para a cidadania deve ser estritamente escolar. b) A busca por um modelo de vida feliz e a contribuição para um modo de vida em comunidade mais justo e democrático fazem parte do projeto de educar para a cidadania. c) A construção da cidadania é possível apenas em sociedades plurais e diversas. d) A luta pelo aprofundamento dos direitos humanos deve ser substituída no século XXI pela luta pelo aprofundamento dos deveres dos cidadãos. e) É preciso separar a vida em comunidade da vida privada.

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30. Considerando o contexto dos fragmentos sublinhados no parágrafo 3, assinale a alternativa correta com respeito a um deles. a) “ésta” retoma “dimensión individual y relacional, particular y comunitaria”. b) “éstas” retoma “transformaciones sociales y tecnológicas”. c) “nuestras políticas educativas” diz respeito a políticas educativas que não são do primeiro mundo. d) “éstos” retoma “los derechos de primera y de segunda generación”.

e) “denunciar su falta” se refere à falta de ações pedagógicas. REDAÇÃO 1 Leia os textos a seguir:

Levantamento do portal Governo do Brasil revela que o número de doações de órgão disparou e bateu recorde. Os dados foram coletados junto à Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) e mostram que o País vive o melhor cenário de doações em 20 anos.

Em 2016, foram aproximadamente 25 mil transplantes e, em 2017, cerca de 27 mil, recordes que representam a retomada após alguns anos de retração e avanços pequenos.

Em relação à taxa de doadores efetivos — aqueles que tiveram órgãos transplantados em outras pessoas — até 2017 foram sete trimestres seguidos de crescimento do indicador — algo inédito desde 2009, quando a ABTO começou a publicar balanços trimestrais. Com essa evolução, o País alcançou, no último trimestre do ano passado, uma taxa de 16,6 doadores efetivos por milhão de pessoas (pmp).

Para o presidente da Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (Adote), Rafael Paim, uma série de fatores contribui para essa melhora após anos em estado de alerta, com poucas doações.

Um dos mais importantes, segundo Paim, é o treinamento das equipes de transplante. Entre outras atividades, essa qualificação melhorou a forma de comunicar a possibilidade de doação aos familiares de pessoas falecidas.

Apesar dos avanços, o trabalho está longe de terminar. No fim do ano passado, mais de 32,4 mil pacientes adultos estavam na fila de espera por um órgão, além de outras mil crianças que também aguardam um transplante. A grande maioria deles (30 mil adultos e 785 crianças) aguardavam rins ou córnea. Força-tarefa a favor da vida

“O Brasil aumentou muito as ações de treinamento das equipes de doação”, relata Paim. “Evidências concretas, dados do mundo inteiro, apontam que os aumentos nas taxas de doação variam de 40% a 500% quando se comparam equipes treinadas e não treinadas”, afirma.

Dois decretos assinados pelo presidente da República, Michel Temer, um em 2016 e outro em 2017, também foram essenciais para o aumento na taxa de doadores efetivos. Um deles determina que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) permaneça em solo exclusivamente para transporte de órgãos para transplante. Desde a assinatura do decreto, em junho de 2016, a FAB transportou 512 órgãos: 235 fígados; 143 corações; 76 rins; 21 pâncreas; 27 pulmões; 6 tecidos ósseos; e 4 baços.

“Essas razões se somam quando os profissionais de doação veem o governo federal apoiando a causa com, por exemplo, um avião da FAB para transportar os órgãos”, explica o presidente da Adote. “É bom para os profissionais de saúde saber que eles têm mais recursos para viabilizar o esforço que fazem”, afirma.

http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/06/doacao-de-orgaos-brasil-salva-numero-recorde-de-vidas Em até 12 linhas, relate a experiência vivenciada por um familiar que recebeu um órgão para ser

transplantado. Lembre-se de explicar qual foi o motivo da cirurgia. Para nomear esse familiar, utilize os nomes Margarete ou Gastão. _____________________________________________________________________________________________

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REDAÇÃO 2 Leia o texto a seguir

Nem sempre a decisão dos familiares é doar. Na verdade, na maioria das vezes, se negam. Dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) mostram que, entre janeiro e setembro de 2012, por exemplo, cerca de 6 mil pacientes foram diagnosticados com morte cerebral no País. Seus órgãos poderiam salvar a vida de quase 22 mil pessoas que aguardavam na fila de espera. Mas somente pouco mais de 1.800 deles se tornaram doadores.

[...] “É uma questão que gera conflitos dentro do seio familiar”, comenta Edvaldo Leal, enfermeiro e vice-coordenador do Spot-HC. A própria dificuldade em compreender o conceito da morte encefálica contribui para a negação. É algo que ainda não está sedimentado para a maior parte da população. “A pessoa está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com o cérebro morto, mas o coração batendo e os outros órgãos funcionando. Para alguns, é difícil aceitar que ela morreu. Parece que há sempre uma luz no fim do túnel.”

E os motivos para a negação vão muito além: medo da reação e de conflitos com o resto da família, suspeitas de corrupção e do comércio ilegal de órgãos, desconfiança quanto às informações passadas pelos médicos, e muito mais. “O que eu percebo é que toda vez que existe um bom relacionamento entre a equipe médica e a família, fica mais fácil para que a doação seja efetivada”, declara Leal. “É importante que os familiares do paciente estejam inseridos em todo o processo de acompanhamento médico, de modo que, no caso de óbito, tenham tempo para compreender e lidar com a situação.”

Para Maria Cristina Massarolo, professora do Departamento de Orientação Profissional da Escola de Enfermagem, a recusa em doar decorre de uma falta de esclarecimento sobre o assunto para a população. As campanhas de incentivo à doação não são o bastante. “As pessoas precisam de mais do que motivação para isso. É necessária toda uma educação relativa à doação de órgãos”, comenta.”

Disponível em: http://www.usp.br/espacoaberto/?materia=dilemas-e-conflitos-eticos-na-doacao-de-orgaos - Acesso em: 17 mai. 2018 - Adaptado.

Em até 10 linhas, produza um texto argumentativo sobre: “O papel da família no processo de doação de órgãos no Brasil.” _____________________________________________________________________________________________

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