Prova- Carmén
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PARTE A:
1. Tanto os nomes quanto os pronomes são suscetíveis de serem flexionados em gênero e numero. Segundo Mattoso Câmara (1970), explique e exemplifique. O que distingue os pronomes dos nomes?
De acordo com Mattoso Câmara, os nomes e os pronomes são suscetíveis de
serem flexionados em gênero e número, uma vez que são vocábulos dotados de número
e gênero, com o mesmo mecanismo flexional. Para estabelecer uma distinção entre eles
é preciso observar, em um viés, a significação e, em outro viés, os atributos inerentes ao
pronome em ausência ao nome.
Para distinguir ambos, segundo o autor, deve-se entender que o nome
remeterá a nomeação aos seres. Em contrapartida, o pronome diz respeito a uma
referencia de situação ou contexto, como, por exemplo, “aquele colar estava no meu
quarto”, sendo que “colar” e “quarto” estão em uma função referente à situação, e que
estava distante de seus interlocutores apesar de sabermos que o “quarto” é do falante
pelo uso do pronome “meu”.
É importante saber a referencia à situação dos interlocutores, pois as
palavras distantes e próximas podem ter significações relativas sem serem pronomes.
Podemos dizer que a África fica distante do Pólo Sul em qualquer parte do planeta que o
significado será igual, contudo se dizer que a África fica longe daqui, remeterá a noção
de que daqui refere-se ao locar do locutor/autor da frase está. Isto é, aquela, meu e aqui
possuem se embasam se uma significação situacional, caracterizando, portanto, os
pronomes.
Por fim, Mattoso, também, remaneja os nomes e os pronomes baseado em
características sintáticas, sendo que estes podem ser substantivos, adjetivos ou
advérbios.
2. Explique. Segundo Bortolanza (s/d), como descrever a construção: “Teríamos feito os exercícios, se tivêssemos assistido à aula.”?
3. Explique. A expressão Sem terra, segundo Mattoso Câmara (1970) é composto ou locução? Por quê?
4. Considerando as argumentações de Mattoso Câmara (1970) relativas ao gênero em Língua Portuguesa, nas quais afirma que o “o feminino é sempre uma especialização do masculino”, e analisando os sentidos dos vocábulos jarro e jarra em dicionários, explique e argumente sobre o que acontece em termos de flexão com esse par.
jarro (s.m.): vaso alto e bojudo com asa e bico, próprio para conter água.
Jarra (s.f.): vaso para conter flores ou água.
5. Uma página virtual de consultoria de Língua Portuguesa explica o que vêm a ser infixos assim:
Infixos: São vogais ou consoantes de ligação que entram na formação das palavras para facilitar a pronúncia. Existem em algumas palavras por necessidade fonética. Os infixos não são significativos, não sendo considerados morfemas. Exemplos: café – cafeteira, capim-capinzal, gás-gasômetro.
A explicação feita pelo dicionário diz respeito aos interfixos e não aos infixos, uma vez que as letras marcadas condizem vogais e consoantes de ligação e não se interpõe no radical, mas sim no radical e no morfema à sua direita.
PARTE B:
1. Segmente morfologicamente os vocábulos, considerando o ponto de vista diacrônico: chaleira, inconstitucionalissimamente, amarronzadas, antigovernamental, radioatividade, sabugais, tabeliara, babata, enfragarias, cabei.
Chaleira:
chal- raiz primária
-e – V.T
-r – S.D índice de
Amarronzadas:
a-prefizo
- marron- raiz
Antigovernamental:
Anti- prefixo
-govern – raiz
-a – V.T
-
2. Leia o texto e responda as questões a e b.
a. Qual o processo utilizado por Millôr para formar as palavras atrofobia e claustrofobia? Com base nesses exemplos discuta (explique e argumente sobre) a posição de Henriques (2007) em relação a esse processo de formação de palavras.
FOBO (O) elemento da composição do grego –phobo, de phóbos (medo), que se documenta como segundo elemento de compostos eruditos como antropofobo e hidrófobo por exemplo, e em seus derivados como antropofobia e hidrofobia (CUNHA 1999: 362)”
b. O termo barofobia, formado a partir de dois radicais gregos, significa “medo relacionado à variação de pressão atmosférica ou à ação da gravidade”. Qual palavra da língua portuguesa, também formada por dois radicais gregos, significa, literalmente, “medo de altura”?
Acrofobia.
a. Qual a hipótese da leitora Elza Marins sobre o sufixo –eiro?
Após a hipótese apresentada pela leitora Elza Marins sobre o sufixo-eira, foi
notório perceber que, para ela, esse sufixo denota alguma atividade menos privilegiada.
É sabido que o sufixo –eiro denota uma carga semântica referente a uma determinada
contribuição labora, sendo, na maioria das vezes, usado para representar uma classe
social que exige menos conhecimento cientifico e técnico, com mais habilidade manual.
Expressa falta de nobreza, de status, de autoestima
O fato em questão é o estranhamento do termo “brasileiro”, uma vez que
esta palavra possui o referido sufixo. “Brasileiro” é o único adjetivo pátrio formado pelo
sufixo –eiro, o que o qualificaria morfologicamente como uma profissão, e não um
termo capaz de qualificar o povo de uma nação. Interessante ressaltar que um país
b. Considerando o par banqueiro/bancário, o que acontece com essa hipótese?
Pode ser um ajuizamento inconsciente de caráter feito pela língua, uma vez
que o sufixo – eiro indica quem explora um comércio, um estabelecimento, enquanto
que o sufixo-ario indica profissão. O termo “banqueiro” seria depreciativo também por
indicar aquele que explora o dinheiro alheio, enquanto que “bancário” seria o
funcionário, o explorado.
c. Explique e exemplifique. Quais são as possíveis regras de formação de
palavras do sufixo –eiro e seu valor respectivo?
O sufixo -eiro é um sufixo derivacional formador de substantivo, sendo este
adicionado decorrente da à palavra primitiva, como, por exemplo, pão, originaremos a
palavra derivada, padeiro.
d. Em politiqueiros, o sentido do sufixo –eiro dá à palvra um sentido
pejorativo, o que não ocorre em brasileiro, por exemplo. Assinale o par em
que o sufixo denote valor pejorativo e n-ão pejorativo, respectivamente:
- livreco – boteco
- porciúncula – questiúncula
- ativismo – achismo
X - debilóide – andróide
4. Explique e exemplifique os processos de formação de palavras:
parassíntese, onomatopéia, regressão, derivação prefixal e sufixal,
composição, abreviação, reduplicação e neologismo.