Prova- Carmén

6
PARTE A: 1. Tanto os nomes quanto os pronomes são suscetíveis de serem flexionados em gênero e numero. Segundo Mattoso Câmara (1970), explique e exemplifique. O que distingue os pronomes dos nomes? De acordo com Mattoso Câmara, os nomes e os pronomes são suscetíveis de serem flexionados em gênero e número, uma vez que são vocábulos dotados de número e gênero, com o mesmo mecanismo flexional. Para estabelecer uma distinção entre eles é preciso observar, em um viés, a significação e, em outro viés, os atributos inerentes ao pronome em ausência ao nome. Para distinguir ambos, segundo o autor, deve-se entender que o nome remeterá a nomeação aos seres. Em contrapartida, o pronome diz respeito a uma referencia de situação ou contexto, como, por exemplo, “aquele colar estava no meu quarto”, sendo que “colar” e “quarto” estão em uma função referente à situação, e que estava distante de seus interlocutores apesar de sabermos que o “quarto” é do falante pelo uso do pronome “meu”. É importante saber a referencia à situação dos interlocutores, pois as palavras distantes e próximas podem ter significações relativas sem serem pronomes. Podemos dizer que a África fica distante do Pólo Sul em qualquer parte do planeta que o significado será igual, contudo se dizer que a África fica longe daqui, remeterá a noção de que daqui refere-se ao locar do locutor/autor da frase está. Isto é, aquela, meu e aqui possuem se embasam se uma

Transcript of Prova- Carmén

Page 1: Prova- Carmén

PARTE A:

1. Tanto os nomes quanto os pronomes são suscetíveis de serem flexionados em gênero e numero. Segundo Mattoso Câmara (1970), explique e exemplifique. O que distingue os pronomes dos nomes?

De acordo com Mattoso Câmara, os nomes e os pronomes são suscetíveis de

serem flexionados em gênero e número, uma vez que são vocábulos dotados de número

e gênero, com o mesmo mecanismo flexional. Para estabelecer uma distinção entre eles

é preciso observar, em um viés, a significação e, em outro viés, os atributos inerentes ao

pronome em ausência ao nome.

Para distinguir ambos, segundo o autor, deve-se entender que o nome

remeterá a nomeação aos seres. Em contrapartida, o pronome diz respeito a uma

referencia de situação ou contexto, como, por exemplo, “aquele colar estava no meu

quarto”, sendo que “colar” e “quarto” estão em uma função referente à situação, e que

estava distante de seus interlocutores apesar de sabermos que o “quarto” é do falante

pelo uso do pronome “meu”.

É importante saber a referencia à situação dos interlocutores, pois as

palavras distantes e próximas podem ter significações relativas sem serem pronomes.

Podemos dizer que a África fica distante do Pólo Sul em qualquer parte do planeta que o

significado será igual, contudo se dizer que a África fica longe daqui, remeterá a noção

de que daqui refere-se ao locar do locutor/autor da frase está. Isto é, aquela, meu e aqui

possuem se embasam se uma significação situacional, caracterizando, portanto, os

pronomes.

Por fim, Mattoso, também, remaneja os nomes e os pronomes baseado em

características sintáticas, sendo que estes podem ser substantivos, adjetivos ou

advérbios.

2. Explique. Segundo Bortolanza (s/d), como descrever a construção: “Teríamos feito os exercícios, se tivêssemos assistido à aula.”?

3. Explique. A expressão Sem terra, segundo Mattoso Câmara (1970) é composto ou locução? Por quê?

Page 2: Prova- Carmén

4. Considerando as argumentações de Mattoso Câmara (1970) relativas ao gênero em Língua Portuguesa, nas quais afirma que o “o feminino é sempre uma especialização do masculino”, e analisando os sentidos dos vocábulos jarro e jarra em dicionários, explique e argumente sobre o que acontece em termos de flexão com esse par.

jarro (s.m.): vaso alto e bojudo com asa e bico, próprio para conter água.

Jarra (s.f.): vaso para conter flores ou água.

5. Uma página virtual de consultoria de Língua Portuguesa explica o que vêm a ser infixos assim:

Infixos: São vogais ou consoantes de ligação que entram na formação das palavras para facilitar a pronúncia. Existem em algumas palavras por necessidade fonética. Os infixos não são significativos, não sendo considerados morfemas. Exemplos: café – cafeteira, capim-capinzal, gás-gasômetro.

A explicação feita pelo dicionário diz respeito aos interfixos e não aos infixos, uma vez que as letras marcadas condizem vogais e consoantes de ligação e não se interpõe no radical, mas sim no radical e no morfema à sua direita.

PARTE B:

1. Segmente morfologicamente os vocábulos, considerando o ponto de vista diacrônico: chaleira, inconstitucionalissimamente, amarronzadas, antigovernamental, radioatividade, sabugais, tabeliara, babata, enfragarias, cabei.

Chaleira:

chal- raiz primária

-e – V.T

-r – S.D índice de

Amarronzadas:

a-prefizo

Page 3: Prova- Carmén

- marron- raiz

Antigovernamental:

Anti- prefixo

-govern – raiz

-a – V.T

-

2. Leia o texto e responda as questões a e b.

a. Qual o processo utilizado por Millôr para formar as palavras atrofobia e claustrofobia? Com base nesses exemplos discuta (explique e argumente sobre) a posição de Henriques (2007) em relação a esse processo de formação de palavras.

FOBO (O) elemento da composição do grego –phobo, de phóbos (medo), que se documenta como segundo elemento de compostos eruditos como antropofobo e hidrófobo por exemplo, e em seus derivados como antropofobia e hidrofobia (CUNHA 1999: 362)”

b. O termo barofobia, formado a partir de dois radicais gregos, significa “medo relacionado à variação de pressão atmosférica ou à ação da gravidade”. Qual palavra da língua portuguesa, também formada por dois radicais gregos, significa, literalmente, “medo de altura”?

Acrofobia.

a. Qual a hipótese da leitora Elza Marins sobre o sufixo –eiro?

Após a hipótese apresentada pela leitora Elza Marins sobre o sufixo-eira, foi

notório perceber que, para ela, esse sufixo denota alguma atividade menos privilegiada.

É sabido que o sufixo –eiro denota uma carga semântica referente a uma determinada

contribuição labora, sendo, na maioria das vezes, usado para representar uma classe

Page 4: Prova- Carmén

social que exige menos conhecimento cientifico e técnico, com mais habilidade manual.

Expressa falta de nobreza, de status, de autoestima

O fato em questão é o estranhamento do termo “brasileiro”, uma vez que

esta palavra possui o referido sufixo. “Brasileiro” é o único adjetivo pátrio formado pelo

sufixo –eiro, o que o qualificaria morfologicamente como uma profissão, e não um

termo capaz de qualificar o povo de uma nação. Interessante ressaltar que um país

b. Considerando o par banqueiro/bancário, o que acontece com essa hipótese?

Pode ser um ajuizamento inconsciente de caráter feito pela língua, uma vez

que o sufixo – eiro indica quem explora um comércio, um estabelecimento, enquanto

que o sufixo-ario indica profissão. O termo “banqueiro” seria depreciativo também por

indicar aquele que explora o dinheiro alheio, enquanto que “bancário” seria o

funcionário, o explorado.

c. Explique e exemplifique. Quais são as possíveis regras de formação de

palavras do sufixo –eiro e seu valor respectivo?

O sufixo -eiro é um sufixo derivacional formador de substantivo, sendo este

adicionado decorrente da à palavra primitiva, como, por exemplo,  pão, originaremos a

palavra derivada, padeiro.

d. Em politiqueiros, o sentido do sufixo –eiro dá à palvra um sentido

pejorativo, o que não ocorre em brasileiro, por exemplo. Assinale o par em

que o sufixo denote valor pejorativo e n-ão pejorativo, respectivamente:

- livreco – boteco

- porciúncula – questiúncula

- ativismo – achismo

X - debilóide – andróide

Page 5: Prova- Carmén

4. Explique e exemplifique os processos de formação de palavras:

parassíntese, onomatopéia, regressão, derivação prefixal e sufixal,

composição, abreviação, reduplicação e neologismo.