Prótese Parcial Fixa

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 Prótese Parcial Fixa PLANEJAMENTO E PLANO DE TRATAMENTO  PLANEJAMENTO: Uma PPF deve restaurar a função, o conforto e a estética. Pode transformar uma oclusão não estética, não sadia e com função deficiente, em uma oclusão confortável, sadia, apta a funcionar por muitos anos, melhorando a estética. Problemas encontrados durante ou após o tratamento podem ser resultado de er ros e omissões du ra nt e a obtenç ão do histórico e ex ame inic ia l. Re alizar um diagnóstico correto é pré-requisito para a formulação de um plano de tratamento apropriado.  Histórico:  Queixa Principal : a pre cisão e a signific ân cia das pri nci pa is raz ões par a  procurar tratamento devem ser analisados em primeiro lugar. As queixas princiap ais geralmente caem em uma das categorias seguintes: Conforto (dor, sensibilidade, edema): devem ser anotadas a localização da dor, caráter, gravidade e freqüência. Se houver edema, seu tamanho, localização, consistência e cor devem ser anotados. Função (dificuldade na mastigação): pode ser resultado de fraturas dentárias, ausênci as dentárias e pod em indic ar uma má-oclusão ou disfun ção mais generalizada. Social (odor ou gosto desagradável): má higiene bucal e doença periodontal Apa rên ci a (estética): den te s ausente s, fra tur ados, api nha dos , formato o atraente, alteração de cor ou defeito de desenvolvimento.  Det alhe s pess oais : nom e, sex o, end ere ço, te lef one , pro fissã o, hor ári ode trabalho, estado civil, etc.  Históric o médico: deve incluir qualquer medicamento que o paciente esteja tomando, bem como todas as condições médicas relevantes. Condições pato lógicas que afetam a metodologia do tratamento, como por exemplo, doenças que necessitam do uso de pré-medicação com antibióticos,

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Prótese Parcial Fixa

PLANEJAMENTO E PLANO DE TRATAMENTO

→ PLANEJAMENTO:

Uma PPF deve restaurar a função, o conforto e a estética. Pode transformar uma

oclusão não estética, não sadia e com função deficiente, em uma oclusão confortável,

sadia, apta a funcionar por muitos anos, melhorando a estética.

Problemas encontrados durante ou após o tratamento podem ser resultado de

erros e omissões durante a obtenção do histórico e exame inicial. Realizar um

diagnóstico correto é pré-requisito para a formulação de um plano de tratamento

apropriado.

 Histórico: 

Queixa Principal: a precisão e a significância das principais razões para

 procurar tratamento devem ser analisados em primeiro lugar. As queixas princiapais

geralmente caem em uma das categorias seguintes:

Conforto (dor, sensibilidade, edema): devem ser anotadas a localização da dor,

caráter, gravidade e freqüência. Se houver edema, seu tamanho, localização,

consistência e cor devem ser anotados.

Função (dificuldade na mastigação): pode ser resultado de fraturas dentárias,

ausências dentárias e podem indicar uma má-oclusão ou disfunção mais

generalizada.

Social (odor ou gosto desagradável): má higiene bucal e doença periodontal

Aparência (estética): dentes ausentes, fraturados, apinhados, formato não

atraente, alteração de cor ou defeito de desenvolvimento.

  Detalhes pessoais: nome, sexo, endereço, telefone, profissão, horári ode

trabalho, estado civil, etc.

  Histórico médico: deve incluir qualquer medicamento que o paciente esteja

tomando, bem como todas as condições médicas relevantes.

Condições patológicas que afetam a metodologia do tratamento, como por exemplo, doenças que necessitam do uso de pré-medicação com antibióticos,

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esteróides ou anticoagulantes e qualquer resposta alérgica anterior à medicação

ou materiais dentários.

Condições que afetam o plano de tratamento, como por exemplo, a radioterapia,

disfunções hemorrágicas, idade avançada. Tudo isso pode modificar a respostado paciente ao tratamento dentário e afetar o prognóstico.

Condições sistêmicas com manifestações bucais, como por exemplo a

 periodontite, que pode ser ativada pelo diabetes, menopausa, gravidez ou uso de

drogas anticonvulsivantes; certas drogas podem gerar efeitos colaterais que se

assemelham à DTM ou reduzem o fluxo salivar.

Possíveis fatores de risco para o CD como HIV, hepatite B ou sífilis.

 Histórico odontológico: 

Histórico periodontal: avaliar a higiene bucal, IHO, registrar data e natureza de

qualquer cirurgia periodontal já realizada.

Histórico de restaurações: a idade das restaurações provisórias pode ajudar a

estabelecer o prognóstico e a longevidade da PPF futura.

Histórico endodôntico: dentes com tratamento endodôntico devem ser 

identificados e revistos periodicamente para que a saúde periapical possa ser 

monitorada e qualquer recidiva de lesão prontamente detectada.

Histórico Ortodôntico: análise oclusal deve ser parte integrante da avaliação de

uma dentição pós-ortodôntica.

Histórico de próteses removíveis: discutir com o paciente o uso de elementos

 protéticos anteriormente e sua experiência com esses aparelhos.

Histórico cirúrgico-bucal: informações sobre ausência de dentes e qualquer 

complicação que possa ter ocorrido durante uma exodontia. Antes que qualquer 

tratamento seja realizado, o componente protético do tratamento proposto deve

ser totalmente coordenado ao componente cirúrgico.

Histórico radiográfico: radiografias prévias podem ser úteis para avaliar o

 progresso da doença dental.

Histórico de DTM: o paciente deve ser questionado a respeito de tratamentos

anteriores para corrigir disfunções da ATM. Essas disfunções, normalmente

devem ser tratadas antes do tratamento de prótese fixa.

 Exame:

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São necessários exames completos e coleta de dados para o paciente candidato a

 próteses fixas.

  Exame Geral: observar a aparência geral, modo de caminhar, peso, cor da pele

(anemia ou icterícia), respiração, pulso, pressão sanguínea e temperatura.

  Exame Extra-bucal: observar qualquer tipo de assimetria facial. Os nódulos

linfáticos cervicais, a ATM e os músculos da mastigação devem ser palpados.

  No exame da ATM, movimentos condilares não sincrônicos podem indicar 

deslocamento de disco, que impede um dos côndilos de realizar o movimento normal de

translação. Realizar palpação auricular interna, observar a presença de ruídos e/ou

estalidos. Uma abertura mandibular máxima que resulte em menos de 35mm de

movimento interincisal é considerada restrita (a média é superior a 50mm) e pode

indicar alterações intracapsulares nas articulações.

Os músculos da mastigação são palpados para detectar sinais de sensibilidade.

Se qualquer diferença for relatada entre os lados direito e esquerdo, o paciente deve

classificar o desconforto como leve, moderado ou grave.

Os lábios também são observados em relação à visibilidade dos dentes durante

um sorriso amplo. Quando o paciente sorri, os maxilares se abrem levemente e um

espaço escuro é visível entre os dentes superiores e inferiores (espaço negativo).

Ausência de dentes, diastemas e dentes fraturados e/ou mal restaurados rompem a

harmonia do espaço negativo e geralmente exigem correção.

 Exame Intra-bucal: 

Pode revelar informações consideráveis quanto à condição dos tecidos moles,

dentes e estruturas de suporte. A língua, o assoalho da boca, o vestíbulo, bochechas,

 palato duro e palato mole devem ser examinados.

Exame Periodontal: fornece informações quanto ao acúmulo bacteriano, a

resposta dos tecidos hospedeiros e grau de dano irreversível. Qualquer doença

 periodontal existente deve ser tratada antes de qualquer tratamento protético.

A gengiva deve ser seca antes do exame. Observar cor, textura, volume, contorno,

consistência e posição. Realizar palpação para verificar a presença de exsudato ou

  pus na área do sulco gengival. A gengiva sadia tem aspecto rosado, é bem

desenhada e firmemente inserida ao tecido conjuntivo subjacente. Na gengivite

crônica, a gengiva apresenta-se hipertrófica, volumosa, com perda de contorno, com

as margens e papilas volumosas, arredondadas, com sangramento e exsudato.

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Também devem ser observadas a profundidade de bolsas e sulcos gengivais,

mobilidade dental, áreas de contato deficiente, recessão gengival, envolvimento de

furca e inserções de freio mal posicionadas. O nível de inserção clínica deve ser 

documentado, pois ajuda o clínico a determinar a quantidade de destruição

 periodontal que ocorreu e fornece ao clínico, informação precisa e detalhada com

relação ao prognóstico de um dente individual. O nível de inserção corresponde à

distância entre a extensão apical da profundidade de sondagem e a junção

amelodentinária.

Exame Oclusal: a relação entre os dentes deve ser avaliada tanto em RC quanto

em MIH. Os dentes são avaliados quanto ao apinhamento, rotação, extrusão,

espaçamento, má-oclusão, trespasse vertical e horizontal.

O paciente deve fazer movimentos de abertura e fechamento mandibular,

determinando até que ponto a oclusão do paciente difere do ideal e, o grau de

adaptação do paciente a essa diferença.

Exame radiográfico: as radiografias fornecem informações essenciais para

suplementar o exame clínico. Radiografias periapicais, panorâmicas ou

radiografias especiais, como as transcranianas, podem ser realizadas. Se

necessário, informações adicionais podem ser obtidas por meio de tomografias,

artrografias ou ressonância magnética.

Teste de vitalidade: antes de qualquer tratamento restaurador, a saúde pulpar 

deve ser avaliada, realizando-se testes de vitalidade.

→ PLANO DE TRATAMENTO:

Consiste em formular uma seqüência lógica de tratamento, destinada a restaurar 

a saúde da dentição do paciente, restaurando as funções e a estética. As preferências do

 paciente são importantes para que se estabeleça um plano de tratamento adequado. Um

 plano apropriado informa o paciente das condições presentes, a extensão do tratamento,

tempo, custos, nível de acompanhamento profissional e cuidados necessários por parte

do paciente para o sucesso do tratamento. O paciente deve ter conhecimento de que

alterações podem ocorrer no decorrer do tratamento.

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Um plano de tratamento bem sucedido é baseado na própria identificação das

necessidades do paciente. Os possíveis planos de tratamento devem ser discutidos cada

um com suas vantagens e desvantagens, explicando ao paciente as alternativas

existentes. O tratamento deve preencher um ou mais dos seguintes objetivos:

1. Corrigir uma doença existente: o processo da doença geralmente pode ser 

impedido pela identificação e redução dos fatores que a iniciaram, pela

identificação e melhora dos fatores que existem, ou ambos.

2. Prevenção de doença futura: o tratamento deve ser proposto se houver 

 possibilidade de instalação de futura doença.

3. Restauração da função: o nível da função é avaliado durante o exame

clínico e o tratamento deve ser proposto para corrigir uma função

 prejudicada.

4. Melhorar a estética: se a estética está fora dos valores socialmente

aceitos, a viabilidade dos procedimentos corretivos devem ser discutidos

com o paciente e estes devem ser alertados das possíveis consequêcias

adversas do tratamento.

Princípios Biomecânicos dos Preparos

1.   Princípios Mecânicos: estão ligados ao sistema de retenção e

resistência/estabilidade.

• A retenção impede o deslocamento axial da restauração quando

submetida às forças de tração. Retenção mecânica é obtida através da retenção

friccional associada à ação do agente cimentante. Alguns fatores influenciam na

retenção:

- Grau de inclinação das paredes do preparo: em coroas clínicas longas, pode-se

aumentar a inclinação das paredes para uma convergência oclusal de 10 graus. Coroas

clínicas curtas devem apresentar paredes próximas ao paralelismo, em torno de 6 graus,

associado a meios adicionais de retenção.

- Área total de superfície preparada: quanto maior for o remanescente dentário

após o preparo, maior será a retenção.

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- Textura superficial: o acabamento superficial do dente preparado deve ser 

realizado com o objetivo de torná-lo mais nítido e com textura superficial regularizada.

Uma superfície preparada altamente polida pode diminuir a retenção.

• A resistência ou estabilidade previne o deslocamento da restauração

quando submetida às forças oblíquas, que podem provocar a rotação da restauração.

Alguns fatores influenciam na forma de resistência do preparo:

- Magnitude e direção da força: forças de grande intensidade e direcionadas

lateralmente podem causar o deslocamento da prótese.

- Relação altura/largura do preparo: quanto maior for a altura maior será a área

de resistência do preparo a impedir o deslocamento da prótese. É importante que a

altura do preparo seja no mínimo igual à sua largura. Se a largura for maior que a altura,

as paredes do preparo não oferecerão resistência adequada.

- Integridade do dente preparado: coroas íntegras resistem melhor à ação das

forças laterais do que aquelas parcialmente restauradas ou destruídas. Nos casos de

coroas curtas, a forma de resistência pode ser melhorada pela diminuição da inclinação

das paredes laterais e/ou confecção de canaletas axiais. Nos dentes cariados ou

restaurados, as próprias caixas das paredes oclusais ou proximais podem atuar como

elemento de estabilização, contrapondo-se à ação das forças laterais.

Além disso, também influenciam nos princípios mecânicos, a rigidez estrutural e

a integridade marginal. O preparo deve ser realizado de tal forma que apresente área

suficiente para o material restaurador utilizado, para que o mesmo possa resistir às

forças mastigatórias e não comprometer a estética e o tecido periodontal. O desgaste

deve ser seletivo e de acordo com as necessidades funcionais e estéticas da restauração.

Em relação à integridade marginal, toda restauração cimentada deverá estar bem

adaptada e com uma linha mínima de cimento para que a prótese possa permanecer em

função o maior tempo possível. Margens inadequadas favorecem o cúmulo de placa,

instalação de processo carioso e processo patológico no tecido gengival.

2.   Princípios Biológicos: são relacionados à estrutura dental e ao

 periodonto.

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• Preservação da estrutura dental e órgão pulpar: cada restauração requer um

determinado tipo de preparo. O operador deve estar atento para que o

desgaste realizado na estrutura dental seja suficiente para a restauração

escolhida, porém, a menor possível, pois, uma remoção excessiva, além de  prejudicar o sistema de retenção e estabilidade, pode provocar 

hipersensibilidade e levar à inflamação e necrose pulpar. Outro fator a ser 

observado é o calor gerado pelo atrito durante o preparo, que pode provocar 

um desequilíbrio hidrodinâmico da polpa. Para prevenir esse fato, o desgaste

deve ser seletivo, com controle da pressão exercida e, realizado sob irrigação

abundante, com instrumental em boas condições.

• Preservação da saúde periodontal: a saúde periodontal é de extrema

importância para o sucesso do tratamento com PPF e está diretamente

relacionada à higiene oral do paciente, bem como à forma, contorno e

localização da margem do preparo.

A linha de término deverá proporcionar resistência e adaptação à restauração

e, a melhor localização é aquela em que o profissional pode controlar todos

os procedimentos clínicos e o paciente tem condições efetivas de

higienização. O profissional deverá fazer uma análise prévia dos modelos de

estudo e decidir qual a melhor localização do término.

3.  Princípios Estéticos: a estética depende da saúde periodontal, da forma,

contorno e cor da prótese. Portanto, o periodonto deve estar saudável e a

restauração deve apresentar forma, contorno e cor adequados e, esses

fatores, estão diretamente relacionados com a quantidade de desgaste da

estrutura dental.

Restaurações de Dentes Tratados Endodonticamente

Existem diversas situações clínicas em que nos deparamos com grandes perdas

de estrutura coronária e, até dentes totalmente destruídos que necessitam ganhar 

resistência e proteção. Muitas vezes as condições em que os dentes se encontram não

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 permitem a confecção dos desenhos clássicos de preparo e, o planejamento nesses casos

deve incluir a reposição da coroa clínica perdida para garantir a obtenção do sucesso da

restauração final.

Uma maneira de reabilitar o elemento proteticamente é através da confecção de

núcleos, utilizando desde as ligas metálicas fundidas até as cerâmicas injetáveis. O

núcleo deverá restaurar as estruturas dentárias perdidas, protegendo as estruturas

remanescentes e, após a instalação de uma coroa total sobre ele, devolverá ao órgão

dental suas funções, reintegrando-o ao sistema estomatognático.

Antes de iniciar o preparo, deverá ser feita uma análise radiográfica. Deverão ser 

avaliados o comprimento e forma das raízes, a perda de estrutura coronária, condição do

tratamento endodôntico e o suporte periodontal.

O remanescente coronário deverá ser preparado de modo que se preserve o

máximo de estrutura dental para manter a resistência do dente e aumentar a retenção da

 prótese. As paredes da coroa devem apresentar uma base de sustentação para o núcleo,

em tecido hígido, para dirigir as forças para a raiz. As restaurações, o tecido cariado e o

esmalte sem suporte dentinário deverão ser removidos e as superfícies remanescentes

devem ser lisas.

 No preparo do conduto radicular, alguns fatores devem ser observados para

 propiciar retenção adequada ao núcleo:

• Comprimento: 2/3 do comprimento da raiz. Em dentes com perda óssea,

deverá ter o equivalente a metade do suporte ósseo. Promove uma melhor 

distribuição das forças oclusais ao longo da superfície radicular. É

importante que pelo menos 4 mm do material obturador do conduto

 permaneça no terço apical da raiz para garantir um selamento efetivo.

• Diâmetro: deverá apresentar 1/3 do diâmetro total da raiz. Isso é importante

 para a retenção da restauração e na sua habilidade em resistir aos esforços

mastigatórios.

• Inclinação das paredes: núcleos com paredes inclinadas além de

apresentarem menos retenção que os de paredes paralelas também

desenvolvem grandes concentrações de esforços. Deve-se seguir a própria

inclinação do conduto alargado para o tratamento endodôntico aumentando o

desgaste até que se obtenha comprimento e diâmetro adequados.

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• Textura superficial: a superfície do núcleo deve ser rugosa ou irregular para

aumentar a retenção. Isso pode ser conseguido através de brocas ou

 jateamento com óxido de alumínio.

 Nos dentes uni-radiculares o conduto tende a ser arredondado e o preparo deverá

ser ovóide para prevenir a rotação do pino. Quando existe boa quantidade de dentina

sadia pode-se confeccionar um sulco para exercer função de “única trajetória de

inserção”, limitando a movimentação do pino.

  Nos dentes multi-radiclares, o canal mais amplo deverá ter os 2/3 do seu

comprimento preparado, e os demais têm apenas a entrada do conduto preparada para

evitar o efeito de rotação do núcleo (MI-distal / MS-palatino).

Fatores a serem considerados na restauração de dentes tratados

endodonticamente:

- qualidade das estruturas dentais remanescentes;

- diâmetro do dente;

- morfologia radicular;

- suporte ósseo;

- função do dente (coroa unitária ou suporte de PPF).

Restaurações Provisórias

A restauração provisória é uma restauração de transição que fornece proteção,

estabilidade e função antes da confecção da prótese definitiva. Também atua como

elemento de diagnóstico, auxiliando na determinação da forma, contorno, dimensão

vertical e estética da prótese definitiva e, pode ser usada como treinamento para motivar 

o paciente em relação à sua higiene oral.

A restauração provisória deve cumprir os seguintes requisitos:

Proteção pulpar : a prótese provisória, juntamente com o agente cimentante,

deverá auxiliar na recuperação do órgão pulpar. Previamente à confecção da

  provisória, o dente preparado deve ser limpo e envolvido em solução de

hidróxido de cálcio, podendo também ser aplicado verniz protetor. A falta de

adaptação da provisória pode levar à infiltração marginal e o dente pode

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apresentar sensibilidade, cárie e inflamação pulpar, comprometendo a

capacidade regenerativa da polpa.

Estabilidade de posição : impede a movimentação dos dentes adjacentes e

antagonistas. Função de oclusão (guia anterior) : o fechamento da mandíbula deve ocorrer com

todos os dentes posteriores apresentando contatos simultâneos, o que

 proporciona uma maior eficiência mastigatória e estabilidade oclusal, que são

importantes no direcionamento das forças oclusais para o periodonto de

sustentação e proteção da ATM. Interferências oclusais ou contatos prematuros

favorecem a incidência das forças no sentido oblíquo ou horizontal, que pode

 provocar alterações no posicionamento dos dentes no arco. Forças traumáticas

 podem provocar pequena mobilidade, espessamento do ligamento periodontal e

reabsorção óssea, em dentes com sustentação óssea normal (Trauma Primário).

Quando existe a redução do periodonto de sustentação, uma força de intensidade

normal pode causar mobilidade dental (Trauma Secundário). A guia anterior 

deve proteger os dentes posteriores. Uma guia anterior incorreta na prótesse

definitiva pode restringir os movimentos mandibulares podendo causar 

distúrbios funcionais de dor e desconforto, mobilidade dental e deslocamento

dos côndilos. O ajuste correto da guia anterior é essencial na obtenção da

estética, da fonética, para diminuir o estresse oclusal, melhorar a influência

funcional, conforto do paciente e longevidade dos dentes e da prótese.

Manutenção da saúde periodontal : a coroa provisória deverá preservar a saúde

 periodontal do tecido gengival saudável, auxiliar no tratamento e recuperação do

tecido gengival alterado e, manter a saúde do periodonto tratado.

Integridade marginal : deve apresentar uma correta adaptação cervical, mantendo

a arquitetura do tecido gengival, evitando sua proliferação sobre o dente

 preparado. O contorno da prótese também é importante e, é influenciado pela

estética, pela posição do dente no arco, fonética, forma da raiz, forma do rebordo

e qualidade do tecido gengival.

Retenção e estabilidade/resistência;

Função mastigatória;

Estética e fonética;

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Facilidade na higienização : a prótese provisória deverá orientar e estimular o

 paciente a realizar uma correta higiene oral. A forma e a extensão da ameia

 proximal devem permitir espaço para a papila, sem comprimi-la, auxiliando na

higienização e atendendo aos requisitos estéticos e fonéticos. Caso a higiene nãoesteja satisfatória o cirurgião-dentista deve verificar se o problema está na

 prótese, na falta de motivação ou por deficiência física do paciente.

Conforto .

A restauração provisória deve ter bom acabamento. Na cimentação, devem-se evitar 

cimentos que contém excesso de eugenol, pois se houver necessidade de um

segundo reembasamento no retorno do paciente, o eugenol inibirá a polimerização

da resina.

O profissional deve indicar ao paciente os instrumentos de higienização (escovas,

escovas interproximais, passa fio, fio dental) e orientar como usa-los.

→ O pôntico provisório restabelece a oclusão, a função mastigatória e impede a

movimentação dos dentes pilares. Deve ter forma adequada (a mesma da prótese

definitiva), com superfícies convexas e bem polidas.

→ Comprimento, largura, contorno, forma das coroas provisórias, linha média,

assimetria gengival entre os dentes pilares e na área desdentada e relação dos

 pônticos com o tecido gengival são aspectos que devem ser analisados na fase das

restaurações provisórias. O tecido gengival deve fazer parte do planejamento

estético.

→ Condicionamento Gengival: remodelamentos do rebordo residual através das

coroas provisórias. Também pode ser promovido através da remoção do tecido comeletro-bisturi ou broca diamantada em forma de pêra.

Requisitos:

Superfície lingual do pôntico deve ser totalmente convexa e polida

Correta higienização da área por parte do paciente

Espessura suficiente de tecido gengival

Ausência de ulcerações na área após o condicionamento (pressão leve e

gradativa)

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Determinar a forma das papilas na prótese provisória antes do início do

condicionamento.

Moldagem

Para a realização de uma boa moldagem é necessário a saúde do tecido gengival,

controle salivar e afastamento gengival (modelo de trabalho). O molde obtido deverá

reproduzir precisamente os elementos dentais adjacentes, com ausência de bolhas de ar.

Propriedades do material ideal: plasticidade, fluidez, capacidade de molhar os

tecidos orais, precisão dimensional, estabilidade dimensional, elasticidade e ótima

rigidez.1. Alginato: não fornece boa precisão quando comparado aos elastômeros. Deve

ser vazado imediatamente, pois sofre embebição e sinérese. Mais utilizado para

nas moldagens para obtenção dos modelos de estudo.

2. Polissulfetos: fornece boa reprodução de detalhes, alta resistência ao

rasgamento, bom tempo de trabalho e baixo custo. Apresenta odor desagradável,

capacidade de manchar, memória elástica deficiente e são hidrófobos. Os

 polissulfetos devem ser usados com moldeira individual, pois esta permitirá um

espessura uniforme de 2 a 3 mm para o material de moldagem, já que

espessuras muito delgadas do material podem fazer com que o limite de

resistência elástica do material seja superado pela retenção que o próprio

formato anatômico que o dente apresenta ou pela retenção do material que

 penetra e polimeriza nos espaços interdentais, distorcendo o molde durante sua

remoção da boca.

* Moldeira individual: devem ser rígidas e ter espessura suficiente para ter 

resistência à deformação. São confeccionadas de resina acrílica

autopolimerizável e deve se estender à metade dos dentes adjacentes ao dente

 preparado e 3mm além da margem cervical e lingual. Deve possuir cabo para

realizar a tração de retirada.

3. Siliconas de Condensação: oferecem boa reprodução de detalhes, baixa

resistência ao rasgamento e pequena estabilidade dimensional. Deve ser vazado

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imediatamente, pois sofre contração contínua. Apresenta grande alteração

dimensional, pois o subproduto da reação é o álcool etílico, que se evapora.

Usada com moldeira de estoque.

4. Siliconas de Adição: apresenta ótima reprodução de detalhes, sofre pouca

estabilidade dimensional, pois não há formação de subproduto volátil, excelente

resistência ao rasgamento, bom tempo de trabalho, ótima recuperação elástica e

o molde pode ser vazado até 48hs após sua obtenção. Como desvantagem, esse

material tem seu processo alterado na presença de enxofre, não podendo ser 

manipulado com luvas, pois ocorrerá a alteração na sua consistência de dura

 para borrachóide. Também são hidrófobos e difíceis de molhar (dificuldade de

vazamento sem bolhas).

5. Poliéter: apresenta excelente reprodução de detalhes e excelente estabilidade

dimensional (não há formação de subproduto volátil), tempo de trabalho

reduzido, elevada rigidez, podendo causar problemas na remoção da boca,

 permite mais de um vazamento e possui capacidade de molhar, diminuindo a

aprisionamento de ar durante o vazamento. Pode ser usado com moldeiras de

estoque, individual ou casquete.

Restaurações Estéticas Metal-Free

O desenvolvimento de materiais dentários estéticos com melhores propriedades

físicas e mecânicas possibilitou, de certa forma, maior preservação da estrutura dental

quando o paciente exige estética. A principal vantagem desses materiais é podermos

obter estética com preparos dentais parciais ou totais.

Como alternativas para próteses livres de metal temos as inlays, onlays,

overlays, facetas laminadas, coroas parciais e coroas totais.

 Inlay, Onlay e Overlay.

As inlays e onlays estão indicadas quando houver exigência estética, em pré-

molares e molares vitalizados com perda estrutural média no sentido vestíbulo-lingual.

Também podem ser indicadas para dentes com tratamento endodôntico que apresentem

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estrutura dentária remanescente adequada e em pacientes com algum tipo de alergia a

metal.

As overlays estão indicadas quando a cárie socavou as cúspides, quando a

largura do istmo for muito grande ou dentes com tratamento endodôntico.

Estão todas contra-indicadas em pacientes com hábitos parafuncionais, dentes

com coroa clínica excessivamente curta, impossibilidade de manter o campo operatório

seco, principalmente durante a cimentação, presença de margens sub-gengivais,

  pacientes com péssima higiene oral e, pacientes que necessitam de tratamento

ortodôntico.

→ Características do preparo: todos os ângulos são arredondados, inclusive os

internos, com exceção do cavo-superficial que deve ser igual a 90º. Espaço inter-oclusal

nas caixas oclusais de 1,0 a 1,5 mm. Na caixa proximal, o degrau gengival deve ser de

1,0 a 1,5 mm para suportar a carga oclusal. No caso de onlays e overlays, o espaço

interoclusal deve ser de 1,5 a 2,0 mm nas cúspides de trabalho e, no mínimo 1,0 mm nas

cúspides de balanceio.

→ Para a confecção das inlays, onlays, overlays estão indicadas as porcelanas

feldspáticas reforçadas por leucita, porcelanas feldspáticas do sistema Vitapress,

alumina infiltrada por vidro, porcelanas aluminizadas processadas por computador e as

resinas modificadas.

 Facetas Laminadas:

As facetas laminadas estão indicadas nos casos de anomalia de cor, anomalias de

forma, textura superficial anormal, problemas de alinhamento dental, fechamento de

diastemas e para restabelecer a guia anterior.

Estão contra-indicadas quando não há estrutura suficiente de esmalte ao redor da

coroa, nos casos de grandes perdas de estrutura dental, quando há indicação para

restauração com resina composta e quando há parafunção ou trespasse vertical

acentuado.

→ Características do preparo: deve ser realizado em três planos, com todos os

ângulos arredondados e com uma profundidade de cerca de 0,5 mm, envolvendo

toda a face vestibular do dente e se estendendo até levemente aquém do ponto de

contato. O término pode ser em ombro 90º ou em chanfro. Deve-se evitar o

 preparo intrassulcular, pois esse tipo de preparo irá dificultar a cimentação.

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→ Para sua confecção estão indicadas as porcelanas feldspáticas reforçadas por 

leucita, porcelanas feldspáticas do sistema Vitapress, porcelanas aluminizadas

 processadas por computador e as resinas modificadas.

Coroas Puras sem Metal:Estão indicadas para os dentes anteriores onde a estética seja de primordial

importância, em coroas clínicas longas e com bom remanescente dental, para

restabelecer a guia anterior, desde que haja distribuição favorável de toda a carga

oclusal.

Está contra-indicada nos dentes com coroa clínica curta, quando há falta de

suporte do preparo dental à porcelana, espessura insuficiente na face lingual (0,8 mm),

dentes antagonistas ocluindo no 1/3 cervical da coroa (dentes anteriores) e em pacientes

com hábitos parafuncionais.

→ Características do preparo: desgaste marginal em torno de 0,5 a 1,0 mm, com

término em ombro arredondado ou chanfro, desgaste vestibular de 1,0 a 1,2 mm. A

redução lingual deve permitir uma altura mínima de 2,0 a 3,0 mm da parede na região

do cíngulo, paralela ao terço cervical vestibular. O desgaste na face palatina deve

 permitir um espaço interoclusal de 1,0 a 1,5 mm. A redução incisal deve ser de 2 mm.

Todos os ângulos devem ser arredondados.

A quantidade o formato da face desgastada permitirá uma espessura maior de

cerâmica e resultado estético superior, principalmente quanto à translucidez da

restauração. A inclinação das paredes axiais não deve exceder 6º pois, poderá criar mais

de um plano de inserção. A linha de término deve ser bem definida, lisa e uniforme,

seguindo o contorno da gengiva marginal.

→ Para sua confecção estão indicadas as porcelanas feldspáticas reforçadas por 

leucita, porcelana de dissilicato de lítio, cerâmica vítrea fundida, alumina infiltrada por 

vidro, Hi-ceram, Procera, e resinas modificadas.

Materiais Cerâmicos

1.  Porcelana Feldspática: é conhecida como porcelana tradicional e sua estrutura

vítrea é composta basicamente por feldspato e quartzo. Apresenta boa adaptação

marginal, resistência ao desgaste e fratura e boa estética.

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2. Optec HSP: é uma porcelana feldspática reforçadapor leucita. O alto conteúdo

de leucita as torna mais resistentes que as porcelanas feldspáticas tradicionais.

Os cristais de tamanhos menores melhoram a dissipação de carga e aumentam a

resistência da porcelana. Os cristais ainda previnem a propagação de

microfraturas que poderiam se expandir para a matriz vítrea. Como vantagens,

estão a ausência de infra-estrutura metálica ou opaca, boa translucidez e

moderada resistência à flexão. As desvantagens são a falta de precisão marginal

devido à contração durante a sinterização da cerâmica.

→ Indicações: facetas laminadas, inlays, onlays e coroas submetidas a baixas

tensões.

3. OPC: é uma porcelana prensável com alto teor de leucita. As próteses realizadas

com esse sistema apresentam boa adaptação marginal e translucidez. Permite a

aplicação de porcelanas de corpo e incisal.

→ Indicações: coroas totais, inlays, onlays, overlays e facetas laminadas.

4.   Finesse All-Ceramic: é uma porcelana feldspática reforçada por leucita. As

restaurações são fabricadas com materiais totalmente cerâmicos prensáveis e

 porcelanas de baixa fusão. Suas vantagens são a maior resistência do material de

  base cerâmico, associado à estética da porcelana de baixa fusão para o

revestimento, adaptação marginal e escultura oclusal pela técnica da cera

 perdida e alto grau de translucidez.

→ Indicações: inlays, onlays, facetas e coroas totalmente cerâmicas.

5.  IPS Empress I: é uma cerâmica feldspática reforçada por cristais de leucita. O

sistema é baseado no tradicional técnica da cera perdida e permite a realização

de restaurações através da técnica de pintura. A técnica produz uma infra-

estrutura cerâmica da cor da dentina, sobre a qual é aplicada a porcelana de

forma convencional. Tem sua resistência flexural aumentada e não permite a

confecção de PPFs.

→ Indicações: inlays, onlays e facetas.

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6.  IPS Empress II: é um sistema de cerâmica aquecido e prensado. É uma cerâmica

vítrea de dissilicato de lítio. Apresenta maior resistência flexural e maior 

tenacidade, possibilitando a confecção de PPFs de 3 elementos.

→ Indicações: coroas em geral e PPF de 3 elementos.

7.  In Ceram: esse sistema é apresentado em três formas:

In Ceram Alumina: o pequeno tamanho de suas partículas, associado à

uma pequena contração de sinterização, produzem uma adequada

fidelidade marginal para coroas unitárias, com terminação marginal em

ombro arredondado. Por esse método (slip casting) o pó cerâmico de

finas partículas, com alto conteúdo de alumina é misturado com líquido

especial e aplicado sobre o modelo duplicado, formando uma estrutura

firme e densa. Essa estrutura é esculpida e sinterizada a 1140º durante

11horas. O alto conteúdo de alumina confere à infra-estrutura um aspecto

opaco e, com baixa resistência. Em uma segunda cocção (1100º – de 3 a

5 horas), a estrutura é sinterizada e infiltrada com vidro fundido, obtendo

uma elevada resistência e tornando-se translucente. Sobre essa armação,

são aplicadas as massas de corpo de dentina e esmalte, de forma

convencional. Apresenta resistência flexural de 300 a 600 MPa.

→ Indicações: coroas unitárias anteriores e posteriores e PPF de 3 elementos

anteriores.

In Ceram Spinell: utiliza uma mistura de alumina e magnésia e deve ser 

sinterizada em ambiente a vácuo. O índice de refração de sua fase

cristalina é mais próximo ao do vidro e sua infiltração a vácuo permite

uma menor porosidade, o que lhe confere uma translucidez duas vezes

maior que o In Ceram Alumina, por isso está indicado em situações onde

se deseja o máximo de translucidez da estrutura. Possui resistência

flexural mais baixa (ao redor de 150 MPa), por isso são inadequadas para

coroas em dentes posteriores.

→ Indicações: inlays, onlays, facetas e coroas unitárias anteriores.

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In Ceram Zircônia: promove uma mistura de óxido de zircônia e óxido

de alumina como material para realização da infra-estrutura, obtendo

aumento da tenacidade e da resistência flexural. São utilizados cilindros

de óxido de zircônia pré-fabricados, da Nobel Biocare (Ceradapt), quetambém são confeccionados em porcelana aluminizada.

→ Indicações: coroas unitárias posteriores, PPF de 3 elementos, incluindo

áreas posteriores sobre dentes naturais ou implantes.

8. Vita Press: é um sistema que utiliza o princípio da cera perdida. O trabalho é

realizado com equipamentos convencionais de laboratório para a elaboração de

 próteses metalocerâmicas e a porcelana feldspática Vita Omega 900 e Vitadur 

Alpha. Apresenta elevada dureza superficial devido à granulometria

especialmente fina do Vita Omega 900 e, superfície homogênea e lisa.

→ Indicações: inlays, onlays e facetas laminadas.

9. Cerec II: Utiliza o sistema CAD/CAM. É realizada uma moldagem óptica dos

 preparos através de uma microcâmera, diretamente na oca do paciente e, os

dados são transmitidos a uma estação central para a confecção da restauração. A

detecção óptica proporciona uma resolução de 25µm para o Cerec II. Utiliza

 blocos de cerâmica industrializados Vita MKII e Dicor MGC. Boa adaptação

marginal e rapidez. Estética insatisfatória.

→ Indicações: principalmente inlays, onlays e facetas.

10. Procera All-Ceram: utiliza o sistema CAD/CAM para a produção de coroas

totalmente cerâmicas. Essas coroas são compostas por uma estrutura de óxido de

alumínio altamente purificada e densamente sinterizada e combinada com o uso

de uma porcelana de baixa fusão, específica para o recobrimento. Será obtido

um molde pelas técnicas convencionais e um modelo de gesso. Obtém-se o

troquel, que tem seu preparo escaneado com Procera Scanner. Determina-se a

espessura da estrutura a ser fabricada, o ângulo do perfil de emergência para o

dente é selecionado e, o espaço para o agente de cimentação é automaticamente

estabelecido. Esses dados são transferidos para uma estação computadorizada

 para a produção de uma infra-estrutura composta por óxido de alumínio com99,5% de pureza. A resistência deste material é a maior dentre os materiais

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cerâmicos usados na odontologia. Sobre essa superfície é aplicada uma

 porcelana de baixa fusão através da técnica de estratificação.

→ Indicações: coroas unitárias

• Procera e In Ceram são porcelanas aluminizadas que possuem pequena

quantidade de sílica, sendo, portanto, ácido-resistentes. Por isso, o

condicionamento é feito com jateamento com oxido de alumínio (Cojet,

Rocatec).

• Porcelanas feldspáticas possuem grande quantidade de sílica, por isso, sendo,

 portanto, ácido-sensíveis. Então, o condicionamento é realizado com ácido

fluorídrico a 10%, mais o agente silano que vai preencher as micro-retenções

causadas pelo ácido, evitando a propagação de trincas.