Prótese Parcial Fixa
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Prótese Parcial Fixa
PLANEJAMENTO E PLANO DE TRATAMENTO
→ PLANEJAMENTO:
Uma PPF deve restaurar a função, o conforto e a estética. Pode transformar uma
oclusão não estética, não sadia e com função deficiente, em uma oclusão confortável,
sadia, apta a funcionar por muitos anos, melhorando a estética.
Problemas encontrados durante ou após o tratamento podem ser resultado de
erros e omissões durante a obtenção do histórico e exame inicial. Realizar um
diagnóstico correto é pré-requisito para a formulação de um plano de tratamento
apropriado.
Histórico:
Queixa Principal: a precisão e a significância das principais razões para
procurar tratamento devem ser analisados em primeiro lugar. As queixas princiapais
geralmente caem em uma das categorias seguintes:
Conforto (dor, sensibilidade, edema): devem ser anotadas a localização da dor,
caráter, gravidade e freqüência. Se houver edema, seu tamanho, localização,
consistência e cor devem ser anotados.
Função (dificuldade na mastigação): pode ser resultado de fraturas dentárias,
ausências dentárias e podem indicar uma má-oclusão ou disfunção mais
generalizada.
Social (odor ou gosto desagradável): má higiene bucal e doença periodontal
Aparência (estética): dentes ausentes, fraturados, apinhados, formato não
atraente, alteração de cor ou defeito de desenvolvimento.
Detalhes pessoais: nome, sexo, endereço, telefone, profissão, horári ode
trabalho, estado civil, etc.
Histórico médico: deve incluir qualquer medicamento que o paciente esteja
tomando, bem como todas as condições médicas relevantes.
Condições patológicas que afetam a metodologia do tratamento, como por exemplo, doenças que necessitam do uso de pré-medicação com antibióticos,
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esteróides ou anticoagulantes e qualquer resposta alérgica anterior à medicação
ou materiais dentários.
Condições que afetam o plano de tratamento, como por exemplo, a radioterapia,
disfunções hemorrágicas, idade avançada. Tudo isso pode modificar a respostado paciente ao tratamento dentário e afetar o prognóstico.
Condições sistêmicas com manifestações bucais, como por exemplo a
periodontite, que pode ser ativada pelo diabetes, menopausa, gravidez ou uso de
drogas anticonvulsivantes; certas drogas podem gerar efeitos colaterais que se
assemelham à DTM ou reduzem o fluxo salivar.
Possíveis fatores de risco para o CD como HIV, hepatite B ou sífilis.
Histórico odontológico:
Histórico periodontal: avaliar a higiene bucal, IHO, registrar data e natureza de
qualquer cirurgia periodontal já realizada.
Histórico de restaurações: a idade das restaurações provisórias pode ajudar a
estabelecer o prognóstico e a longevidade da PPF futura.
Histórico endodôntico: dentes com tratamento endodôntico devem ser
identificados e revistos periodicamente para que a saúde periapical possa ser
monitorada e qualquer recidiva de lesão prontamente detectada.
Histórico Ortodôntico: análise oclusal deve ser parte integrante da avaliação de
uma dentição pós-ortodôntica.
Histórico de próteses removíveis: discutir com o paciente o uso de elementos
protéticos anteriormente e sua experiência com esses aparelhos.
Histórico cirúrgico-bucal: informações sobre ausência de dentes e qualquer
complicação que possa ter ocorrido durante uma exodontia. Antes que qualquer
tratamento seja realizado, o componente protético do tratamento proposto deve
ser totalmente coordenado ao componente cirúrgico.
Histórico radiográfico: radiografias prévias podem ser úteis para avaliar o
progresso da doença dental.
Histórico de DTM: o paciente deve ser questionado a respeito de tratamentos
anteriores para corrigir disfunções da ATM. Essas disfunções, normalmente
devem ser tratadas antes do tratamento de prótese fixa.
Exame:
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São necessários exames completos e coleta de dados para o paciente candidato a
próteses fixas.
Exame Geral: observar a aparência geral, modo de caminhar, peso, cor da pele
(anemia ou icterícia), respiração, pulso, pressão sanguínea e temperatura.
Exame Extra-bucal: observar qualquer tipo de assimetria facial. Os nódulos
linfáticos cervicais, a ATM e os músculos da mastigação devem ser palpados.
No exame da ATM, movimentos condilares não sincrônicos podem indicar
deslocamento de disco, que impede um dos côndilos de realizar o movimento normal de
translação. Realizar palpação auricular interna, observar a presença de ruídos e/ou
estalidos. Uma abertura mandibular máxima que resulte em menos de 35mm de
movimento interincisal é considerada restrita (a média é superior a 50mm) e pode
indicar alterações intracapsulares nas articulações.
Os músculos da mastigação são palpados para detectar sinais de sensibilidade.
Se qualquer diferença for relatada entre os lados direito e esquerdo, o paciente deve
classificar o desconforto como leve, moderado ou grave.
Os lábios também são observados em relação à visibilidade dos dentes durante
um sorriso amplo. Quando o paciente sorri, os maxilares se abrem levemente e um
espaço escuro é visível entre os dentes superiores e inferiores (espaço negativo).
Ausência de dentes, diastemas e dentes fraturados e/ou mal restaurados rompem a
harmonia do espaço negativo e geralmente exigem correção.
Exame Intra-bucal:
Pode revelar informações consideráveis quanto à condição dos tecidos moles,
dentes e estruturas de suporte. A língua, o assoalho da boca, o vestíbulo, bochechas,
palato duro e palato mole devem ser examinados.
Exame Periodontal: fornece informações quanto ao acúmulo bacteriano, a
resposta dos tecidos hospedeiros e grau de dano irreversível. Qualquer doença
periodontal existente deve ser tratada antes de qualquer tratamento protético.
A gengiva deve ser seca antes do exame. Observar cor, textura, volume, contorno,
consistência e posição. Realizar palpação para verificar a presença de exsudato ou
pus na área do sulco gengival. A gengiva sadia tem aspecto rosado, é bem
desenhada e firmemente inserida ao tecido conjuntivo subjacente. Na gengivite
crônica, a gengiva apresenta-se hipertrófica, volumosa, com perda de contorno, com
as margens e papilas volumosas, arredondadas, com sangramento e exsudato.
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Também devem ser observadas a profundidade de bolsas e sulcos gengivais,
mobilidade dental, áreas de contato deficiente, recessão gengival, envolvimento de
furca e inserções de freio mal posicionadas. O nível de inserção clínica deve ser
documentado, pois ajuda o clínico a determinar a quantidade de destruição
periodontal que ocorreu e fornece ao clínico, informação precisa e detalhada com
relação ao prognóstico de um dente individual. O nível de inserção corresponde à
distância entre a extensão apical da profundidade de sondagem e a junção
amelodentinária.
Exame Oclusal: a relação entre os dentes deve ser avaliada tanto em RC quanto
em MIH. Os dentes são avaliados quanto ao apinhamento, rotação, extrusão,
espaçamento, má-oclusão, trespasse vertical e horizontal.
O paciente deve fazer movimentos de abertura e fechamento mandibular,
determinando até que ponto a oclusão do paciente difere do ideal e, o grau de
adaptação do paciente a essa diferença.
Exame radiográfico: as radiografias fornecem informações essenciais para
suplementar o exame clínico. Radiografias periapicais, panorâmicas ou
radiografias especiais, como as transcranianas, podem ser realizadas. Se
necessário, informações adicionais podem ser obtidas por meio de tomografias,
artrografias ou ressonância magnética.
Teste de vitalidade: antes de qualquer tratamento restaurador, a saúde pulpar
deve ser avaliada, realizando-se testes de vitalidade.
→ PLANO DE TRATAMENTO:
Consiste em formular uma seqüência lógica de tratamento, destinada a restaurar
a saúde da dentição do paciente, restaurando as funções e a estética. As preferências do
paciente são importantes para que se estabeleça um plano de tratamento adequado. Um
plano apropriado informa o paciente das condições presentes, a extensão do tratamento,
tempo, custos, nível de acompanhamento profissional e cuidados necessários por parte
do paciente para o sucesso do tratamento. O paciente deve ter conhecimento de que
alterações podem ocorrer no decorrer do tratamento.
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Um plano de tratamento bem sucedido é baseado na própria identificação das
necessidades do paciente. Os possíveis planos de tratamento devem ser discutidos cada
um com suas vantagens e desvantagens, explicando ao paciente as alternativas
existentes. O tratamento deve preencher um ou mais dos seguintes objetivos:
1. Corrigir uma doença existente: o processo da doença geralmente pode ser
impedido pela identificação e redução dos fatores que a iniciaram, pela
identificação e melhora dos fatores que existem, ou ambos.
2. Prevenção de doença futura: o tratamento deve ser proposto se houver
possibilidade de instalação de futura doença.
3. Restauração da função: o nível da função é avaliado durante o exame
clínico e o tratamento deve ser proposto para corrigir uma função
prejudicada.
4. Melhorar a estética: se a estética está fora dos valores socialmente
aceitos, a viabilidade dos procedimentos corretivos devem ser discutidos
com o paciente e estes devem ser alertados das possíveis consequêcias
adversas do tratamento.
Princípios Biomecânicos dos Preparos
1. Princípios Mecânicos: estão ligados ao sistema de retenção e
resistência/estabilidade.
• A retenção impede o deslocamento axial da restauração quando
submetida às forças de tração. Retenção mecânica é obtida através da retenção
friccional associada à ação do agente cimentante. Alguns fatores influenciam na
retenção:
- Grau de inclinação das paredes do preparo: em coroas clínicas longas, pode-se
aumentar a inclinação das paredes para uma convergência oclusal de 10 graus. Coroas
clínicas curtas devem apresentar paredes próximas ao paralelismo, em torno de 6 graus,
associado a meios adicionais de retenção.
- Área total de superfície preparada: quanto maior for o remanescente dentário
após o preparo, maior será a retenção.
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- Textura superficial: o acabamento superficial do dente preparado deve ser
realizado com o objetivo de torná-lo mais nítido e com textura superficial regularizada.
Uma superfície preparada altamente polida pode diminuir a retenção.
• A resistência ou estabilidade previne o deslocamento da restauração
quando submetida às forças oblíquas, que podem provocar a rotação da restauração.
Alguns fatores influenciam na forma de resistência do preparo:
- Magnitude e direção da força: forças de grande intensidade e direcionadas
lateralmente podem causar o deslocamento da prótese.
- Relação altura/largura do preparo: quanto maior for a altura maior será a área
de resistência do preparo a impedir o deslocamento da prótese. É importante que a
altura do preparo seja no mínimo igual à sua largura. Se a largura for maior que a altura,
as paredes do preparo não oferecerão resistência adequada.
- Integridade do dente preparado: coroas íntegras resistem melhor à ação das
forças laterais do que aquelas parcialmente restauradas ou destruídas. Nos casos de
coroas curtas, a forma de resistência pode ser melhorada pela diminuição da inclinação
das paredes laterais e/ou confecção de canaletas axiais. Nos dentes cariados ou
restaurados, as próprias caixas das paredes oclusais ou proximais podem atuar como
elemento de estabilização, contrapondo-se à ação das forças laterais.
Além disso, também influenciam nos princípios mecânicos, a rigidez estrutural e
a integridade marginal. O preparo deve ser realizado de tal forma que apresente área
suficiente para o material restaurador utilizado, para que o mesmo possa resistir às
forças mastigatórias e não comprometer a estética e o tecido periodontal. O desgaste
deve ser seletivo e de acordo com as necessidades funcionais e estéticas da restauração.
Em relação à integridade marginal, toda restauração cimentada deverá estar bem
adaptada e com uma linha mínima de cimento para que a prótese possa permanecer em
função o maior tempo possível. Margens inadequadas favorecem o cúmulo de placa,
instalação de processo carioso e processo patológico no tecido gengival.
2. Princípios Biológicos: são relacionados à estrutura dental e ao
periodonto.
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• Preservação da estrutura dental e órgão pulpar: cada restauração requer um
determinado tipo de preparo. O operador deve estar atento para que o
desgaste realizado na estrutura dental seja suficiente para a restauração
escolhida, porém, a menor possível, pois, uma remoção excessiva, além de prejudicar o sistema de retenção e estabilidade, pode provocar
hipersensibilidade e levar à inflamação e necrose pulpar. Outro fator a ser
observado é o calor gerado pelo atrito durante o preparo, que pode provocar
um desequilíbrio hidrodinâmico da polpa. Para prevenir esse fato, o desgaste
deve ser seletivo, com controle da pressão exercida e, realizado sob irrigação
abundante, com instrumental em boas condições.
• Preservação da saúde periodontal: a saúde periodontal é de extrema
importância para o sucesso do tratamento com PPF e está diretamente
relacionada à higiene oral do paciente, bem como à forma, contorno e
localização da margem do preparo.
A linha de término deverá proporcionar resistência e adaptação à restauração
e, a melhor localização é aquela em que o profissional pode controlar todos
os procedimentos clínicos e o paciente tem condições efetivas de
higienização. O profissional deverá fazer uma análise prévia dos modelos de
estudo e decidir qual a melhor localização do término.
3. Princípios Estéticos: a estética depende da saúde periodontal, da forma,
contorno e cor da prótese. Portanto, o periodonto deve estar saudável e a
restauração deve apresentar forma, contorno e cor adequados e, esses
fatores, estão diretamente relacionados com a quantidade de desgaste da
estrutura dental.
Restaurações de Dentes Tratados Endodonticamente
Existem diversas situações clínicas em que nos deparamos com grandes perdas
de estrutura coronária e, até dentes totalmente destruídos que necessitam ganhar
resistência e proteção. Muitas vezes as condições em que os dentes se encontram não
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permitem a confecção dos desenhos clássicos de preparo e, o planejamento nesses casos
deve incluir a reposição da coroa clínica perdida para garantir a obtenção do sucesso da
restauração final.
Uma maneira de reabilitar o elemento proteticamente é através da confecção de
núcleos, utilizando desde as ligas metálicas fundidas até as cerâmicas injetáveis. O
núcleo deverá restaurar as estruturas dentárias perdidas, protegendo as estruturas
remanescentes e, após a instalação de uma coroa total sobre ele, devolverá ao órgão
dental suas funções, reintegrando-o ao sistema estomatognático.
Antes de iniciar o preparo, deverá ser feita uma análise radiográfica. Deverão ser
avaliados o comprimento e forma das raízes, a perda de estrutura coronária, condição do
tratamento endodôntico e o suporte periodontal.
O remanescente coronário deverá ser preparado de modo que se preserve o
máximo de estrutura dental para manter a resistência do dente e aumentar a retenção da
prótese. As paredes da coroa devem apresentar uma base de sustentação para o núcleo,
em tecido hígido, para dirigir as forças para a raiz. As restaurações, o tecido cariado e o
esmalte sem suporte dentinário deverão ser removidos e as superfícies remanescentes
devem ser lisas.
No preparo do conduto radicular, alguns fatores devem ser observados para
propiciar retenção adequada ao núcleo:
• Comprimento: 2/3 do comprimento da raiz. Em dentes com perda óssea,
deverá ter o equivalente a metade do suporte ósseo. Promove uma melhor
distribuição das forças oclusais ao longo da superfície radicular. É
importante que pelo menos 4 mm do material obturador do conduto
permaneça no terço apical da raiz para garantir um selamento efetivo.
• Diâmetro: deverá apresentar 1/3 do diâmetro total da raiz. Isso é importante
para a retenção da restauração e na sua habilidade em resistir aos esforços
mastigatórios.
• Inclinação das paredes: núcleos com paredes inclinadas além de
apresentarem menos retenção que os de paredes paralelas também
desenvolvem grandes concentrações de esforços. Deve-se seguir a própria
inclinação do conduto alargado para o tratamento endodôntico aumentando o
desgaste até que se obtenha comprimento e diâmetro adequados.
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• Textura superficial: a superfície do núcleo deve ser rugosa ou irregular para
aumentar a retenção. Isso pode ser conseguido através de brocas ou
jateamento com óxido de alumínio.
Nos dentes uni-radiculares o conduto tende a ser arredondado e o preparo deverá
ser ovóide para prevenir a rotação do pino. Quando existe boa quantidade de dentina
sadia pode-se confeccionar um sulco para exercer função de “única trajetória de
inserção”, limitando a movimentação do pino.
Nos dentes multi-radiclares, o canal mais amplo deverá ter os 2/3 do seu
comprimento preparado, e os demais têm apenas a entrada do conduto preparada para
evitar o efeito de rotação do núcleo (MI-distal / MS-palatino).
Fatores a serem considerados na restauração de dentes tratados
endodonticamente:
- qualidade das estruturas dentais remanescentes;
- diâmetro do dente;
- morfologia radicular;
- suporte ósseo;
- função do dente (coroa unitária ou suporte de PPF).
Restaurações Provisórias
A restauração provisória é uma restauração de transição que fornece proteção,
estabilidade e função antes da confecção da prótese definitiva. Também atua como
elemento de diagnóstico, auxiliando na determinação da forma, contorno, dimensão
vertical e estética da prótese definitiva e, pode ser usada como treinamento para motivar
o paciente em relação à sua higiene oral.
A restauração provisória deve cumprir os seguintes requisitos:
Proteção pulpar : a prótese provisória, juntamente com o agente cimentante,
deverá auxiliar na recuperação do órgão pulpar. Previamente à confecção da
provisória, o dente preparado deve ser limpo e envolvido em solução de
hidróxido de cálcio, podendo também ser aplicado verniz protetor. A falta de
adaptação da provisória pode levar à infiltração marginal e o dente pode
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apresentar sensibilidade, cárie e inflamação pulpar, comprometendo a
capacidade regenerativa da polpa.
Estabilidade de posição : impede a movimentação dos dentes adjacentes e
antagonistas. Função de oclusão (guia anterior) : o fechamento da mandíbula deve ocorrer com
todos os dentes posteriores apresentando contatos simultâneos, o que
proporciona uma maior eficiência mastigatória e estabilidade oclusal, que são
importantes no direcionamento das forças oclusais para o periodonto de
sustentação e proteção da ATM. Interferências oclusais ou contatos prematuros
favorecem a incidência das forças no sentido oblíquo ou horizontal, que pode
provocar alterações no posicionamento dos dentes no arco. Forças traumáticas
podem provocar pequena mobilidade, espessamento do ligamento periodontal e
reabsorção óssea, em dentes com sustentação óssea normal (Trauma Primário).
Quando existe a redução do periodonto de sustentação, uma força de intensidade
normal pode causar mobilidade dental (Trauma Secundário). A guia anterior
deve proteger os dentes posteriores. Uma guia anterior incorreta na prótesse
definitiva pode restringir os movimentos mandibulares podendo causar
distúrbios funcionais de dor e desconforto, mobilidade dental e deslocamento
dos côndilos. O ajuste correto da guia anterior é essencial na obtenção da
estética, da fonética, para diminuir o estresse oclusal, melhorar a influência
funcional, conforto do paciente e longevidade dos dentes e da prótese.
Manutenção da saúde periodontal : a coroa provisória deverá preservar a saúde
periodontal do tecido gengival saudável, auxiliar no tratamento e recuperação do
tecido gengival alterado e, manter a saúde do periodonto tratado.
Integridade marginal : deve apresentar uma correta adaptação cervical, mantendo
a arquitetura do tecido gengival, evitando sua proliferação sobre o dente
preparado. O contorno da prótese também é importante e, é influenciado pela
estética, pela posição do dente no arco, fonética, forma da raiz, forma do rebordo
e qualidade do tecido gengival.
Retenção e estabilidade/resistência;
Função mastigatória;
Estética e fonética;
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Facilidade na higienização : a prótese provisória deverá orientar e estimular o
paciente a realizar uma correta higiene oral. A forma e a extensão da ameia
proximal devem permitir espaço para a papila, sem comprimi-la, auxiliando na
higienização e atendendo aos requisitos estéticos e fonéticos. Caso a higiene nãoesteja satisfatória o cirurgião-dentista deve verificar se o problema está na
prótese, na falta de motivação ou por deficiência física do paciente.
Conforto .
A restauração provisória deve ter bom acabamento. Na cimentação, devem-se evitar
cimentos que contém excesso de eugenol, pois se houver necessidade de um
segundo reembasamento no retorno do paciente, o eugenol inibirá a polimerização
da resina.
O profissional deve indicar ao paciente os instrumentos de higienização (escovas,
escovas interproximais, passa fio, fio dental) e orientar como usa-los.
→ O pôntico provisório restabelece a oclusão, a função mastigatória e impede a
movimentação dos dentes pilares. Deve ter forma adequada (a mesma da prótese
definitiva), com superfícies convexas e bem polidas.
→ Comprimento, largura, contorno, forma das coroas provisórias, linha média,
assimetria gengival entre os dentes pilares e na área desdentada e relação dos
pônticos com o tecido gengival são aspectos que devem ser analisados na fase das
restaurações provisórias. O tecido gengival deve fazer parte do planejamento
estético.
→ Condicionamento Gengival: remodelamentos do rebordo residual através das
coroas provisórias. Também pode ser promovido através da remoção do tecido comeletro-bisturi ou broca diamantada em forma de pêra.
Requisitos:
Superfície lingual do pôntico deve ser totalmente convexa e polida
Correta higienização da área por parte do paciente
Espessura suficiente de tecido gengival
Ausência de ulcerações na área após o condicionamento (pressão leve e
gradativa)
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Determinar a forma das papilas na prótese provisória antes do início do
condicionamento.
Moldagem
Para a realização de uma boa moldagem é necessário a saúde do tecido gengival,
controle salivar e afastamento gengival (modelo de trabalho). O molde obtido deverá
reproduzir precisamente os elementos dentais adjacentes, com ausência de bolhas de ar.
Propriedades do material ideal: plasticidade, fluidez, capacidade de molhar os
tecidos orais, precisão dimensional, estabilidade dimensional, elasticidade e ótima
rigidez.1. Alginato: não fornece boa precisão quando comparado aos elastômeros. Deve
ser vazado imediatamente, pois sofre embebição e sinérese. Mais utilizado para
nas moldagens para obtenção dos modelos de estudo.
2. Polissulfetos: fornece boa reprodução de detalhes, alta resistência ao
rasgamento, bom tempo de trabalho e baixo custo. Apresenta odor desagradável,
capacidade de manchar, memória elástica deficiente e são hidrófobos. Os
polissulfetos devem ser usados com moldeira individual, pois esta permitirá um
espessura uniforme de 2 a 3 mm para o material de moldagem, já que
espessuras muito delgadas do material podem fazer com que o limite de
resistência elástica do material seja superado pela retenção que o próprio
formato anatômico que o dente apresenta ou pela retenção do material que
penetra e polimeriza nos espaços interdentais, distorcendo o molde durante sua
remoção da boca.
* Moldeira individual: devem ser rígidas e ter espessura suficiente para ter
resistência à deformação. São confeccionadas de resina acrílica
autopolimerizável e deve se estender à metade dos dentes adjacentes ao dente
preparado e 3mm além da margem cervical e lingual. Deve possuir cabo para
realizar a tração de retirada.
3. Siliconas de Condensação: oferecem boa reprodução de detalhes, baixa
resistência ao rasgamento e pequena estabilidade dimensional. Deve ser vazado
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imediatamente, pois sofre contração contínua. Apresenta grande alteração
dimensional, pois o subproduto da reação é o álcool etílico, que se evapora.
Usada com moldeira de estoque.
4. Siliconas de Adição: apresenta ótima reprodução de detalhes, sofre pouca
estabilidade dimensional, pois não há formação de subproduto volátil, excelente
resistência ao rasgamento, bom tempo de trabalho, ótima recuperação elástica e
o molde pode ser vazado até 48hs após sua obtenção. Como desvantagem, esse
material tem seu processo alterado na presença de enxofre, não podendo ser
manipulado com luvas, pois ocorrerá a alteração na sua consistência de dura
para borrachóide. Também são hidrófobos e difíceis de molhar (dificuldade de
vazamento sem bolhas).
5. Poliéter: apresenta excelente reprodução de detalhes e excelente estabilidade
dimensional (não há formação de subproduto volátil), tempo de trabalho
reduzido, elevada rigidez, podendo causar problemas na remoção da boca,
permite mais de um vazamento e possui capacidade de molhar, diminuindo a
aprisionamento de ar durante o vazamento. Pode ser usado com moldeiras de
estoque, individual ou casquete.
Restaurações Estéticas Metal-Free
O desenvolvimento de materiais dentários estéticos com melhores propriedades
físicas e mecânicas possibilitou, de certa forma, maior preservação da estrutura dental
quando o paciente exige estética. A principal vantagem desses materiais é podermos
obter estética com preparos dentais parciais ou totais.
Como alternativas para próteses livres de metal temos as inlays, onlays,
overlays, facetas laminadas, coroas parciais e coroas totais.
Inlay, Onlay e Overlay.
As inlays e onlays estão indicadas quando houver exigência estética, em pré-
molares e molares vitalizados com perda estrutural média no sentido vestíbulo-lingual.
Também podem ser indicadas para dentes com tratamento endodôntico que apresentem
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estrutura dentária remanescente adequada e em pacientes com algum tipo de alergia a
metal.
As overlays estão indicadas quando a cárie socavou as cúspides, quando a
largura do istmo for muito grande ou dentes com tratamento endodôntico.
Estão todas contra-indicadas em pacientes com hábitos parafuncionais, dentes
com coroa clínica excessivamente curta, impossibilidade de manter o campo operatório
seco, principalmente durante a cimentação, presença de margens sub-gengivais,
pacientes com péssima higiene oral e, pacientes que necessitam de tratamento
ortodôntico.
→ Características do preparo: todos os ângulos são arredondados, inclusive os
internos, com exceção do cavo-superficial que deve ser igual a 90º. Espaço inter-oclusal
nas caixas oclusais de 1,0 a 1,5 mm. Na caixa proximal, o degrau gengival deve ser de
1,0 a 1,5 mm para suportar a carga oclusal. No caso de onlays e overlays, o espaço
interoclusal deve ser de 1,5 a 2,0 mm nas cúspides de trabalho e, no mínimo 1,0 mm nas
cúspides de balanceio.
→ Para a confecção das inlays, onlays, overlays estão indicadas as porcelanas
feldspáticas reforçadas por leucita, porcelanas feldspáticas do sistema Vitapress,
alumina infiltrada por vidro, porcelanas aluminizadas processadas por computador e as
resinas modificadas.
Facetas Laminadas:
As facetas laminadas estão indicadas nos casos de anomalia de cor, anomalias de
forma, textura superficial anormal, problemas de alinhamento dental, fechamento de
diastemas e para restabelecer a guia anterior.
Estão contra-indicadas quando não há estrutura suficiente de esmalte ao redor da
coroa, nos casos de grandes perdas de estrutura dental, quando há indicação para
restauração com resina composta e quando há parafunção ou trespasse vertical
acentuado.
→ Características do preparo: deve ser realizado em três planos, com todos os
ângulos arredondados e com uma profundidade de cerca de 0,5 mm, envolvendo
toda a face vestibular do dente e se estendendo até levemente aquém do ponto de
contato. O término pode ser em ombro 90º ou em chanfro. Deve-se evitar o
preparo intrassulcular, pois esse tipo de preparo irá dificultar a cimentação.
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→ Para sua confecção estão indicadas as porcelanas feldspáticas reforçadas por
leucita, porcelanas feldspáticas do sistema Vitapress, porcelanas aluminizadas
processadas por computador e as resinas modificadas.
Coroas Puras sem Metal:Estão indicadas para os dentes anteriores onde a estética seja de primordial
importância, em coroas clínicas longas e com bom remanescente dental, para
restabelecer a guia anterior, desde que haja distribuição favorável de toda a carga
oclusal.
Está contra-indicada nos dentes com coroa clínica curta, quando há falta de
suporte do preparo dental à porcelana, espessura insuficiente na face lingual (0,8 mm),
dentes antagonistas ocluindo no 1/3 cervical da coroa (dentes anteriores) e em pacientes
com hábitos parafuncionais.
→ Características do preparo: desgaste marginal em torno de 0,5 a 1,0 mm, com
término em ombro arredondado ou chanfro, desgaste vestibular de 1,0 a 1,2 mm. A
redução lingual deve permitir uma altura mínima de 2,0 a 3,0 mm da parede na região
do cíngulo, paralela ao terço cervical vestibular. O desgaste na face palatina deve
permitir um espaço interoclusal de 1,0 a 1,5 mm. A redução incisal deve ser de 2 mm.
Todos os ângulos devem ser arredondados.
A quantidade o formato da face desgastada permitirá uma espessura maior de
cerâmica e resultado estético superior, principalmente quanto à translucidez da
restauração. A inclinação das paredes axiais não deve exceder 6º pois, poderá criar mais
de um plano de inserção. A linha de término deve ser bem definida, lisa e uniforme,
seguindo o contorno da gengiva marginal.
→ Para sua confecção estão indicadas as porcelanas feldspáticas reforçadas por
leucita, porcelana de dissilicato de lítio, cerâmica vítrea fundida, alumina infiltrada por
vidro, Hi-ceram, Procera, e resinas modificadas.
Materiais Cerâmicos
1. Porcelana Feldspática: é conhecida como porcelana tradicional e sua estrutura
vítrea é composta basicamente por feldspato e quartzo. Apresenta boa adaptação
marginal, resistência ao desgaste e fratura e boa estética.
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2. Optec HSP: é uma porcelana feldspática reforçadapor leucita. O alto conteúdo
de leucita as torna mais resistentes que as porcelanas feldspáticas tradicionais.
Os cristais de tamanhos menores melhoram a dissipação de carga e aumentam a
resistência da porcelana. Os cristais ainda previnem a propagação de
microfraturas que poderiam se expandir para a matriz vítrea. Como vantagens,
estão a ausência de infra-estrutura metálica ou opaca, boa translucidez e
moderada resistência à flexão. As desvantagens são a falta de precisão marginal
devido à contração durante a sinterização da cerâmica.
→ Indicações: facetas laminadas, inlays, onlays e coroas submetidas a baixas
tensões.
3. OPC: é uma porcelana prensável com alto teor de leucita. As próteses realizadas
com esse sistema apresentam boa adaptação marginal e translucidez. Permite a
aplicação de porcelanas de corpo e incisal.
→ Indicações: coroas totais, inlays, onlays, overlays e facetas laminadas.
4. Finesse All-Ceramic: é uma porcelana feldspática reforçada por leucita. As
restaurações são fabricadas com materiais totalmente cerâmicos prensáveis e
porcelanas de baixa fusão. Suas vantagens são a maior resistência do material de
base cerâmico, associado à estética da porcelana de baixa fusão para o
revestimento, adaptação marginal e escultura oclusal pela técnica da cera
perdida e alto grau de translucidez.
→ Indicações: inlays, onlays, facetas e coroas totalmente cerâmicas.
5. IPS Empress I: é uma cerâmica feldspática reforçada por cristais de leucita. O
sistema é baseado no tradicional técnica da cera perdida e permite a realização
de restaurações através da técnica de pintura. A técnica produz uma infra-
estrutura cerâmica da cor da dentina, sobre a qual é aplicada a porcelana de
forma convencional. Tem sua resistência flexural aumentada e não permite a
confecção de PPFs.
→ Indicações: inlays, onlays e facetas.
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6. IPS Empress II: é um sistema de cerâmica aquecido e prensado. É uma cerâmica
vítrea de dissilicato de lítio. Apresenta maior resistência flexural e maior
tenacidade, possibilitando a confecção de PPFs de 3 elementos.
→ Indicações: coroas em geral e PPF de 3 elementos.
7. In Ceram: esse sistema é apresentado em três formas:
In Ceram Alumina: o pequeno tamanho de suas partículas, associado à
uma pequena contração de sinterização, produzem uma adequada
fidelidade marginal para coroas unitárias, com terminação marginal em
ombro arredondado. Por esse método (slip casting) o pó cerâmico de
finas partículas, com alto conteúdo de alumina é misturado com líquido
especial e aplicado sobre o modelo duplicado, formando uma estrutura
firme e densa. Essa estrutura é esculpida e sinterizada a 1140º durante
11horas. O alto conteúdo de alumina confere à infra-estrutura um aspecto
opaco e, com baixa resistência. Em uma segunda cocção (1100º – de 3 a
5 horas), a estrutura é sinterizada e infiltrada com vidro fundido, obtendo
uma elevada resistência e tornando-se translucente. Sobre essa armação,
são aplicadas as massas de corpo de dentina e esmalte, de forma
convencional. Apresenta resistência flexural de 300 a 600 MPa.
→ Indicações: coroas unitárias anteriores e posteriores e PPF de 3 elementos
anteriores.
In Ceram Spinell: utiliza uma mistura de alumina e magnésia e deve ser
sinterizada em ambiente a vácuo. O índice de refração de sua fase
cristalina é mais próximo ao do vidro e sua infiltração a vácuo permite
uma menor porosidade, o que lhe confere uma translucidez duas vezes
maior que o In Ceram Alumina, por isso está indicado em situações onde
se deseja o máximo de translucidez da estrutura. Possui resistência
flexural mais baixa (ao redor de 150 MPa), por isso são inadequadas para
coroas em dentes posteriores.
→ Indicações: inlays, onlays, facetas e coroas unitárias anteriores.
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In Ceram Zircônia: promove uma mistura de óxido de zircônia e óxido
de alumina como material para realização da infra-estrutura, obtendo
aumento da tenacidade e da resistência flexural. São utilizados cilindros
de óxido de zircônia pré-fabricados, da Nobel Biocare (Ceradapt), quetambém são confeccionados em porcelana aluminizada.
→ Indicações: coroas unitárias posteriores, PPF de 3 elementos, incluindo
áreas posteriores sobre dentes naturais ou implantes.
8. Vita Press: é um sistema que utiliza o princípio da cera perdida. O trabalho é
realizado com equipamentos convencionais de laboratório para a elaboração de
próteses metalocerâmicas e a porcelana feldspática Vita Omega 900 e Vitadur
Alpha. Apresenta elevada dureza superficial devido à granulometria
especialmente fina do Vita Omega 900 e, superfície homogênea e lisa.
→ Indicações: inlays, onlays e facetas laminadas.
9. Cerec II: Utiliza o sistema CAD/CAM. É realizada uma moldagem óptica dos
preparos através de uma microcâmera, diretamente na oca do paciente e, os
dados são transmitidos a uma estação central para a confecção da restauração. A
detecção óptica proporciona uma resolução de 25µm para o Cerec II. Utiliza
blocos de cerâmica industrializados Vita MKII e Dicor MGC. Boa adaptação
marginal e rapidez. Estética insatisfatória.
→ Indicações: principalmente inlays, onlays e facetas.
10. Procera All-Ceram: utiliza o sistema CAD/CAM para a produção de coroas
totalmente cerâmicas. Essas coroas são compostas por uma estrutura de óxido de
alumínio altamente purificada e densamente sinterizada e combinada com o uso
de uma porcelana de baixa fusão, específica para o recobrimento. Será obtido
um molde pelas técnicas convencionais e um modelo de gesso. Obtém-se o
troquel, que tem seu preparo escaneado com Procera Scanner. Determina-se a
espessura da estrutura a ser fabricada, o ângulo do perfil de emergência para o
dente é selecionado e, o espaço para o agente de cimentação é automaticamente
estabelecido. Esses dados são transferidos para uma estação computadorizada
para a produção de uma infra-estrutura composta por óxido de alumínio com99,5% de pureza. A resistência deste material é a maior dentre os materiais
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cerâmicos usados na odontologia. Sobre essa superfície é aplicada uma
porcelana de baixa fusão através da técnica de estratificação.
→ Indicações: coroas unitárias
• Procera e In Ceram são porcelanas aluminizadas que possuem pequena
quantidade de sílica, sendo, portanto, ácido-resistentes. Por isso, o
condicionamento é feito com jateamento com oxido de alumínio (Cojet,
Rocatec).
• Porcelanas feldspáticas possuem grande quantidade de sílica, por isso, sendo,
portanto, ácido-sensíveis. Então, o condicionamento é realizado com ácido
fluorídrico a 10%, mais o agente silano que vai preencher as micro-retenções
causadas pelo ácido, evitando a propagação de trincas.