Proteína - Trombina

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“Proteínas em Exibição” Trombina Thais Tomaz Isquierdo Gonçalves Thays Cristinne Vieira

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Thais Isquierdo e Thays Vieira

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“Proteínas em Exibição”

Trombina

Thais Tomaz Isquierdo Gonçalves Thays Cristinne Vieira

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A Trombina é uma enzima encontrada no corpo humano que participa do processo de coagulação sanguínea.

A perda de sangue é encarada pelo organismo como uma ameaça e através de diversos mecanismos ele começa a combater o sangramento, processo denominado hemostasia. A hemostasia ocorre em três fases: Hemostasia Primária: ocorrência da vasoconstrição para diminuir o fluxo sanguíneo. As plaquetas começam a se agregar, formando um tampão inicial. Hemostasia Secundária: parte mais complexa e longa do processo. Série de reações enzimáticas iniciadas pela formação da tromboplastina pela ação dos fatores plasmáticos, das plaquetas ou do tecido. A tromboplastina, na presença de íon Ca++ e de outros fatores plasmáticos, converte a protrombina do plasma na enzima trombina. A trombina transforma o fibrinogênio em fibrina, e esta por ser uma proteína insolúvel, precipita-se, formando uma rede de filamentos. O depósito da rede de fibrina na parte lesada do vaso retém as células sanguíneas, criando um tampão (trombo) que obstrui o sangramento. A protombina é formada no fígado, e para que ocorra a síntese é necessária a presença da vitamina K. Hemostasia Terciária: ocorre a fibrinólise, ou seja, a dissolução de fibrina, reativando o fluxo sanguíneo. A fibrina é degradada pela plasmina, proveniente do plasminogênio.

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Esquema representando as etapas do processo de coagulação.

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Síntese de Trombina A protrombina é transformada em trombina através da tromboplastina na presença de íons Ca++. (também conhecida como fator tissular ou Fator III). A tromboplastina é uma substância presente nos tecidos e no interior das plaquetas, produzida por dois processos diferente, constituindo os sistemas intrínseco e extrínseco de coagulação. O sistema intrínseco compreende os fatores presentes no plasma, associado ao Ca e às plaquetas. No contato com uma superfície diferente do endotélio vascular é removido o inibidor da coagulação e nessa eventualidade o fator XII (Fator Hageman) atua enzimaticamente, ativando progressivamente os fatores XI, IX, VIII, V e X da coagulação. No sistema extrínseco, sucos tissulares ativam o fator VII. Este atua enzimaticamente, sobre os fatores V e X. O X funciona como um substrato, sendo também comum aos dois sistemas. Sobre ele vão agir os produtos elaborados, dando origem ao ativador final da protrombina, transformando-a em trombina. A conversão ocorre pela ação da tromboplastina ativa, que hidrolisa a protrombina em presença de cálcio com formação de trombina. A ação proteolítica da trombina sobre o fibrinogênio cinde esta molécula em peptídeos menores, formando monômeros de fibrina que se polimerizam formando fibrina. O fator XIII ativado resulta da ação da trombina e cálcio sobre o fator XIII e age neste momento, estabilizando a fibrina.

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Imagem representando a formação de um coágulo.

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Anomalias na coagulação e sua identificação

Os exames laboratoriais mais comuns para identificação de anomalias na coagulação são o Tempo de Sangramento, Tempo de Coagulação e Tempo de Protrombina Tempo de Protrombina – o sangue é retirado do paciente e imediatamente oxalatado, para que a protrombina não se transforme em trombina. Grandes quantidades de íons, cálcio e fatores teciduais são misturados ao sangue. O excesso de íons e cálcio anula o efeito oxalato, e o fator tecidual ativa a reação protrombina-trombina. O tempo de protrombina normal é de aproximadamente 12 segundos.

Na hemofilia, a coagulação não ocorre devido a deficiência na formação de uma proteína plasmática, o fator VIII, pelo organismo. Já em indivíduos que apresentam deficiências circulatórias ocasionadas por coágulos existentes na circulação, são ministradas substâncias anticoagulantes. Em laboratórios, para exames de sangue, a coagulação é inibida por meio de soluções de citrato e oxalato.

Exames de Tempo de Protombina e sua influência na coagulação.

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Antigamente o tratamento para hemofilia era baseado em constantes transfusões

de sangue. Hoje em dia, o paciente recebe apenas o fator anti-hemofílico, seja o fator VIII ou o fator IX. O objetivo do tratamento é alcançar níveis suficientes do fator deficitário para evitar as hemorragias. O tratamento para quem tem a formação indevida de coágulos (trombose) é baseados em fármacos anticoagulantes. Os anticoagulantes são substâncias que impedem a formação de trombos, inibindo a síntese dos fatores de coagulação, ajudam a prevenir embolia pulmonar, infarto do miocárdio e AVC’s em pessoas predispostas (os coágulos sanguíneos são uma das principais causas de derrames e ataques cardíacos. São usados, também, em tubos de ensaio, malas de transfusão e diálise renal. Os principais anticoagulantes são: aspirina, varfarina e heparina. A heparina é um anticoagulante natural extraído originalmente do fígado. Atua na trombina, impedindo a transformação do fibrinogênio em fibrina. Torna o sangue mais fluido e aumenta as concentrações de lipídios no sangue. É muito utilizada em casos de síndrome coronariana aguda, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, entre outros casos. Devido ao seu efeito anticoagulante, a heparina cria um risco significativo de sangramento excessivo. Outros efeitos adversos da heparina incluem trombocitopenia, queda do cabelo transitória, osteoporose e reações alérgicas. Em tubos de ensaio, a heparina é usada para realização de gasometria, exames de hematologia, dosagens bioquímicas e imonologia.

A varfarina diminui a coagulação do sangue, interferindo com o metabolismo

da vitamina K, que é fundamental para a ação da trombina. É prescrita principalmente para pessoas com maior tendência para trombose ou como prevenção de novos episódios.Um efeito colateral relativamente raro devido ao uso de varfarina é a necrose da pele, que costuma se manifestar no prazo de uma semana após iniciar o tratamento. Outro efeito colateral, porém comum é a hemorragia.

Tratamento

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Estrutura A trombina é uma glicoproteína composta por duas cadeias polipeptídicas de 36 e

259 aminoácidos ligados por uma ponte dissulfeto. Uma vez ativada, a molécula tem uma forma mais ou menos esférica (figura 3), que possibilitam identificar aspectos importantes: O sítio catalítico da molécula, que confere propriedades de serina-protease (enzimas que cortam ligações peptídicas em proteínas), o qual fixa o substrato (fibrinogénio), também chamado de receptor de trombina.

Dois locais para ligação de antitrombina III e a inativação da trombina exosítio chamado carregado positivamente exosítio 1 e 2

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Por que escolhemos a trombina?

O grupo optou por esta proteína pois ela está intimamente ligada aos

processos de coagulação do sangue e um membro do grupo já apresentou quadro de trombose venal e faz controle regular com o uso de anticoagulantes, assim, achamos

que seria interessante conhecer uma proteína ligada ao processo coagulatório e entender melhor as etapas envolvidas e quais as anomalias que levam a formação de trombos.

Flebografia mostrando veia ilíaca

esquerda obstruída por coágulos.

Flebografia mostrando veia ilíaca esquerda após cirurgia de desobstrução.

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Referências Bibliográficas

• http://www.infoescola.com/sangue/tromboplastina/

• http://www.infoescola.com/sistema-circulatorio/coagulacao-do-sangue/ • http://www.infoescola.com/sistema-circulatorio/hemostasia/ • http://www.infoescola.com/sangue/plaquetas/ • http://www.infoescola.com/bioquimica/funcoes-das-proteinas/ • http://www.infoescola.com/farmacologia/anticoagulantes/ • http://www.infoescola.com/doencas/hemofilia/ • http://www.rcsb.org/pdb/101/motm.do?momID=25 • http://www.rcsb.org/pdb/explore.do?structureId=2c93 • http://www.medicinapratica.com.br/tag/trombina/ • http://www.iqb.es/monografia/fichas/ficha021.htm • http://www.brasilescola.com/biologia/plaquetas.htm