PROTEÇÃO

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1 Proteção e Medição de Sistemas de Distribuição Prof. Gênova

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Proteção e Medição de Sistemas de

Distribuição

Prof. Gênova

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1. Proteção: Conceito

Proteção de sistemas de distribuição é a técnica de selecionar, coordenar, ajustar e aplicar aos diversos equipamentos e dispositivos protetores, de forma a guardarem entre si, uma determinada relação, tal que anormalidades no sistema possam ser isoladas e removidas, sem que as outras partes do mesmo sistema sejam afetadas

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2. Proteção: FinalidadeRemover do sistema elétrico a menor parte possível da instalação, em caso de falta, isolando o curto-circuito tão próximo quanto possível de sua origem.Em outras palavras, significa desligar em tempo mínimo, a parte do sistema que está sob falta com o fim de reduzir os danos.

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3. Conceitos Básicos3.1. Hierarquia da proteção:Trata-se da operação seletiva dos equipamentos de proteção primária antecipando-se a atuação da proteção de retaguarda, reduzindo dessa forma, a área de abrangência da falta.

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3.2. Proteção primária:

É formada pela primeira linha de defesa da proteção, e se caracteriza pela sua velocidade (3 a 7 ciclos); (1 ciclo = 0,0166 segundos = 16,6 milisegundos)

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3.3. Proteção de retaguarda:Conforme o próprio nome indica, é a proteção instalada para salvar o sistema no caso de falha de atuação na proteção primária. Existem 2 (dois) tipos de proteção de retaguarda:• Retaguarda remota• Retaguarda local

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Retaguarda remota: Se diz que uma proteção é de retaguarda remota, quando as proteções a montante da proteção local servem de segunda linha em caso de falha da proteção local.

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Retaguarda local: Consiste na sua forma mais idealizada, da duplicação completa da proteção primária. A forma ideal incluiria conjunto de TCs duplicados, outros relés, outra fonte de controle e até a condição duplicada da bobina de disparo do disjuntor.

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3.4. Valor de Pick-up: Corresponde ao valor da grandeza que faz com que o relé atue (valor mínimo de disparo).Ex.

  EQUIPAMENTO TENSÃO RELAÇÃO CORRENTE CÓDIGO

ITEM OU LT (KV) DE TC DE ANSI PROTEÇÃO FABRICANTE/

  PROTEGIDO   (A) PICK-UP(A)     TIPO

    13,8 300 - 5 240 50 / 51 FASE EFACEC

06 ALIMENTADOR           TPU - S400

  RELIG. 21C2 13,8 300 - 5 24 50 / 51N NEUTRO EFACEC

              TPU - S400

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3.5. Valor drop-out: Corresponde ao valor da grandeza que libera o relé para uma nova operação.

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3.6. Relação de rearme:

Corresponde a uma grandeza que mede a capacidade de recomposição do relé. É dada pela seguinte expressão:

DROP-OUT

Kr =

PICK-UP

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4. Requisitos Básicos do Sistema de Proteção

Para que uma proteção possa atuar satisfatoriamente, é de fundamental importância que alguns requisitos básicos possam ser atendidos tanto pelos estudos de proteção, para implantação da OAP, como pelas próprias características intrínsecas dos equipamentos disponibilizados pelos fabricantes:

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Estes requisitos básicos são os seguinte:

4.1. Sensibilidade;

4.2. Seletividade;

4.3. Velocidade;

4.4. Confiabilidade

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4.1. Sensibilidade:

É a capacidade da proteção de detectar pequenas grandezas de defeito ou anormalidade e responder a uma ação.

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4.2. Seletividade

É a capacidade de discernimento entre regiões faltosas e sadias, de um sistema elétrico, de forma a minimizar ao máximo a parte a ser desligada;

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4.3. Velocidade:

É a capacidade da tomada de decisão da proteção no menor tempo possível após a sua ativação, ou seja, é a rapidez de ação;

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4.4. Confiabilidade:

É a capacidade de responder sempre convenientemente quando solicitado, dentro do programa pré-estabelecido, ou seja, é a probabilidade da proteção atender a função prevista.

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5. ReléDe acordo com a definição da ABNT, relé de proteção é um dispositivo por meio do qual um equipamento elétrico é operado (havendo uma mudança de estado) quando se produzem variações nas condições deste equipamento ou do circuito em que ele está ligado, ou em outro equipamento ou circuito associado.

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Outras normas definem o relé como um dispositivo cuja função é detectar condições indesejáveis ou perigosas, no sistema elétrico, e iniciar convenientemente manobras de chaveamento, para eliminação da condição de falta, ou dar aviso adequado, sinalizando esta condição.

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6. Classificação dos Relés6.1. Quanto ao tempo de operação:

6.2. Quanto ao tempo de abertura

6.3. Quanto ao grau de importância

6.4. Quanto à forma de conexão

6.5. Quanto à construção

6.6. Quanto a natureza do parâmetro

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6.1. Quanto ao tempo de operação:

6.1.1. Instantâneo:

São aqueles relés que possuem tempo de operação inferior a 5 ciclos (5x16 milisegundos = 80 milisegundos).

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6.1.2. Temporizado:

São aqueles que possuem um controle em seu tempo de operação (vide gráfico)

1 2 3 4t(s)

m 1 20

onde m = múltiplo do tap de corrente.

1 = tempo definido

2 = tempo inverso

3 = tempo muito inverso

4 = extremamente inverso

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6.2 Quanto ao tempo de abertura

6.2.1. Relé de atuação direta

6.2.2. Relé de atuação indireta

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6.3. Quanto ao grau de importância

6.3.1. Relé principal:

Respondem diretamente aos parâmetros elétricos de atuação (corrente, tensão, etc.)

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6.3.2. Relés suplementares

•Relés auxiliares:

Servem para multiplicar o número de

contatos

•Relés de tempo:

Servem para definir o tempo de sua

operação

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6.4. Quanto à forma de conexão6.4.1. Relés primários:Conectados diretamente ao circuito a ser protegido;

6.4.2. Relés secundários:Conectados ao circuito a ser protegido através de TCs e TPs.

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6.5. Quanto à construção6.5.1. Armadura de atração em charneira6.5.2. Disco de indução6.5.3. Armadura de atração axial6.5.4. Térmicos6.5.5. Estáticos6.5.6. Digitais6.5.7. Numéricos6.5.8. Microprocessados, etc.

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Relé digital da EFACEC, tela de cristal líquido, teclado por membranas, porta serial, sinalização por Leds, relé do tipo TPU – S400, a ser instalado em painel de comando e controle na sala de comando ou diretamente no armário do equipamento (disjuntor ou religador) no pátio da subestação.

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6.6. Quanto a natureza do parâmetro

É representado por um código numérico que corresponde ao tipo do relé ou dispositivo quanto a natureza do parâmetro, conforme nomenclatura da ASA/ANSI, apresentada a seguir:

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RELAÇÃO DOS CÓDIGOS DOS TIPOS DE PROTEÇÃONº NOMECLATURA/PARÂMETROS

Código SIGNIFICADO

1 Elemento principal (master element)

2 Relé de partida ou fechamento temporizado

3 Relé de verificação ou interbloqueio

4 Contator principal (master contator)

5 Dispositivo de interrupção

6 Disjuntor de partida

7 Disjuntor de anodo

8 Dispositivo de desconexão da energia de controle

9 Dispositivo de reversão

10 Chave de seqüência das unidades

11 Reserva para futura aplicação

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12 Dispositivo de sobre velocidade

13 Dispositivo de rotação síncrona

14 Dispositivo de sub velocidade

15 Dispositivo de ajuste ou comparação de velocidade ou freqüência

16 Reserva para futura aplicação

17 Chave de derivação ou de descarga

18 Dispositivo de aceleração ou desaceleração

19 Contator de transição partida-marcha

20 Válvula operada eletricamente

21 Relé de distância

22 Disjuntor equalizador

23 Dispositivo de controle de temperatura

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24 Reservado para futura aplicação

25 Dispositivo de sincronização ou de conferência de sincronismo

26 Dispositivo térmico do equipamento (Temperatura do óleo)

27 Relé de subtensão

28 Reservado para futura aplicação

29 Contator de isolamento

30 Relé anunciador (painel anunciador)

31 Dispositivo de excitação em separado

32 Relé direcional de potência

33 Chave de posicionamento

34 Chave de seqüência operada por motor

35Dispositivo para operação das escovas ou para curtocircuitar os anéis do coletor

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36 Dispositivo de polaridade

37 Relé de sobrecorrente ou subpotência

38 Dispositivo de proteção de mancal

39 Reservado para futura aplicação

40 Relé de campo

41 Disjuntor ou chave de campo

42 Disjuntor ou chave de operação normal

43 Dispositivo ou seletor de transferência manual

44 Relé de seqüência de partida das unidades

45 Reservado para futura aplicação

46 Relé de reversão ou balanceamento corrente de fase

47 Relé de seqüência de fase de tensão

48 Relé de seqüência incompleta

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49 Relé térmico para máquina ou transformador (temp. enrolamnto)

50 Relé de sobrecorrente instantâneo

51 Relé de sobrecorrente-tempo CA

52 Disjuntor de corrente alternada

53 Relé para excitatriz ou gerador CC

54 Disjuntor de corrente contínua, alta velocidade

55 Relé de fator de potência

56 Relé de aplicação de campo

57 Dispositivo p/ aterramento ou curto circuito (Relé aterr. rápido)

58 Relé de falha de retificação

59 Relé de sobretensão

60 Relé de balanço de tensão

61 Relé de balanço de corrente (relé de desequilíbrio)

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62 Relé de interrupção ou abertura temporizada

63 Relé de pressão de nível ou de fluxo de líquido ou gás (Relé gás)

63A Válvula de alívio de pressão

64 Relé de proteção de terra (Relé de carcaça)

65 Regulador

66 Dispositivo de intercalação ou escapamento de operação

67 Relé direcional de sobrecorrente

68 Relé de bloqueio

69 Dispositivo de controle permissível

70 Reostato eletricamente operado

71 Indicador do nível do óleo (usado em transformador de força)

72 Disjuntor de corrente contínua

73 Contator de resistência de carga

74 Relé de alarme

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75 Mecanismo de mudança de posição

76 Relé de sobrecorrente CC

77 Transmissor de impulso

78 Relé de medição de ângulo fase, ou proteção contra falta sincronismo

79 Relé de religamento CA

80 Reservado para futura aplicação

81 Relé de freqüência

82 Relé de religamento CC

83 Relé de seleção de controle ou de transferência automática

84 Mecanismo de operação (operating mechanism)

85Relé receptor de onda portadora ou fio piloto(Carrier, or pilot-wire,

receiver relay)

86 Relé de bloqueio (locking-out relay)

87 Relé de proteção diferencial (differential protective relay)

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88 Motor auxiliar ou motor gerador

89 Chave separadora

90 Dispositivo de regulação

91 Relé direcional de tensão

92 Relé direcional de tensão e potência

93 Contator de variação de campo

94 Relé de desligamento, ou de disparo livre

95 Usados para aplicações específicas, não cobertos pelos nº anteriores

96 Usados para aplicações específicas, não cobertos pelos nº anteriores

97 Usados para aplicações específicas, não cobertos pelos nº anteriores

98 Usados para aplicações específicas, não cobertos pelos nº anteriores

99 Usados para aplicações específicas, não cobertos pelos nº anteriores

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7. Sistema de Proteção por Segmentos da Subestação de distribuição7.1 Proteção de linhas de transmissão em sistema radialNum sistema com a configuração radial a proteção é proporcionada por uma cadeia de relés de sobrecorrente constituída de 2(dois) ou 3(três) relés de fase e um relé de neutro (Fig. 01).

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Na ocorrência de um curto-circuito um dos relés detectará a corrente de defeito e comandará a abertura do disjuntor. Além da proteção de sobrecorrente são incorporadas funções de religamento (79) e de oscilografia (OSCILO), de forma que caso a proteção atue, ocorre um religamento da LT, sendo registrada a oscilografia da falta, em termos de tensão e corrente.

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•Exemplo de aplicação da função oscilo:Exemplo de um defeito que leva a atuação do religador 21M7-PCM: Durante a abertura da chave XT-1365, ao ser aberta a 2ª chave (fase B), o isolador do contato fixo soltou totalmente, provocando curto-circuito, com a formação de grande arco elétrico, danificando toda a chave.

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7.2 Proteção de linhas de transmissão em paralelo

•Quando um sistema requer uma maior confiabilidade é comum o uso de dois ou mais circuitos de linhas em paralelo, e, para se obter uma boa continuidade, utiliza-se o sistema de proteção direcional, conforme apresentado na Fig. 02.

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O relé direcional (67) tem a capacidade de distinguir o sentido do fluxo de corrente, isto é, se ela flui da fonte para a carga ou vice-versa, e é esta característica que permite utilizá-la na proteção em paralelo, bastando para isso, ajustar a cadeia de proteção direcional de maneira a deixá-la mais sensível que a cadeia de sobrecorrente, existente na SE do lado da fonte, para corrente fluindo no sentido inverso ao da corrente de carga.

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Na Fig.02 os relés direcionais foram ligados para detectar corrente fluindo da SE-2 para a SE-1 (da carga para a fonte). Para um curto circuito ao longo da LT 02M2, o comportamento das cadeias de proteção será seguinte:•A cadeia de sobrecorrente 50/51 e 50/51N da LT 02M2 (SE-1) detectará uma corrente acima de seu valor mínimo de disparo (PICK-UP) e desligará o disjuntor 12M2.

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•A cadeia de sobrecorrente da LT 02M1 (SE-1) detectará uma corrente acima do seu valor mínimo de disparo, mas não haverá tempo para a sua atuação.

•A cadeia direcional da LT 01M1 (SE-2) não detectará a corrente de defeito pois esta tem o mesmo sentido da corrente de carga.

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• A cadeia direcional da LT 02M2 (SE-2) detectará a corrente de defeito, que flui no sentido inverso da corrente de carga, e desligará o disjuntor 12M2 (SE-2), antes que a cadeia de sobrecorrente da LT 02M1 (SE-1) atue, isolando a LT defeituosa, sem interromper o fornecimento.

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• Além das proteções de sobrecorrente e direcionais incorporados ao disjuntor, foram incluídas a função de religamento (79), para um religamento no caso de falta, e de oscilografia que registra a ocorrência dessa falta em termos de curva de tensão e corrente.

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7.3. Proteção de transformador de forçaO transformador de força é o equipamento mais importante e de maior custo em uma subestação, podendo chegar por vezes a 20% do custo total da SE, requerendo, portanto dispositivos de proteção que permitam detectar pequenos defeitos internos, determinando a sua retirada de operação antes que ocorram maiores danos e que promovam a retirada imediata de operação no caso de falhas ou sobrecarga severas.

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Assim sendo, podemos enumerar dispositivos de proteção de transformadores, conforme a seguir:

7.3.1. Proteção diferencial

7.3.2. Proteção de sobrecorrente (50/51)

7.3.3. Proteção de carcaça (64)

7.3.4. Desligamento remoto

7.3.5. Oscilografia

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7.3.1. Proteção diferencial (87)Protege o transformador contra curto-circuito interno nos enrolamentos e curtos-circuitos fase-fase ou fase-terra envolvendo as buchas do transformador ou qualquer outro elemento do vão que esteja abrangido pelos TCs.No sistema da Concessionária local esta proteção só é utilizada para transformadores a partir de 10 MVA.

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O relé diferencial (87) compara permanentemente o valor das correntes primárias (Ip) e secundárias (Is), e quando a "diferença" entre elas excede um determinado valor, envia um sinal de disparo ao relé de bloqueio (86) e este, por sua vez, comando a abertura dos disjuntores 12T1 e 11T1 (Fig. 03)Na prática o relé diferencial operará sempre que houver falhas na região compreendida entre as duas setas tracejadas da Fig. 03.

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Sempre que houver atuação do relé de bloqueio (86) o circuito de comando dos disjuntores 11T1 e 12T2 fica bloqueado (não aceitam comando de fechamento), sendo necessário rearmar o bloqueio para restabelecer os circuitos de comando. O rearme de bloqueio só deve ser feito após uma rigorosa inspeção da área supervisionada pela proteção diferencial, principalmente no transformador, e desde que não tenha havido danos nos equipamento instalados nessa área.

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Diagrama da Proteção

diferencial configuração Barra-Barra

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Diagrama de Proteção

diferencial configuração Bucha-Barra

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Diagrama de Proteção

Diferencial configuração Bucha-

Bucha

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7.3.2. Proteção de sobrecorrente (50/51)

Para transformadores a partir de 10 MVA são usados relés de sobrecorrente (50/51N) como proteção de retaguarda para falta externa (Fig. 04)

Para transformadores abaixo de 10 MVA tem-se usado proteção por elos fusíveis (Fig. 04A).

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7.3.3. Proteção de carcaça (64)Protege o transformador contra curtos-circuitos internos e externos caracterizado pela falha de isolamento entre a parte "viva" e a carcaça. Esta proteção é usada para transformadores de potência menor ou igual a 10 MVA em substituição à proteção diferencial por motivos econômicos.Neste caso o transformador é instalado sobre calços isolantes e a sua carcaça é aterrada em um único ponto (Fig. 05).

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Proteção de carcaça – Fig. 05:

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Neste ponto de aterramento é inserido um TC que alimenta um relé de sobrecorrente. Quando ocorre uma falha da parte "viva" para a carcaça, a corrente de defeito flui pelo TC e sensibiliza o relé que dispara o disjuntor ou chave de aterramento rápido (57) de proteção do transformador.

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7.3.4. Desligamento remotoAlgumas Concessionárias utilizam o esquema de desligamento remoto para o caso das subestações que o transformador de força não dispõe de disjuntores em AT. Isto é obtido através de uma chave de aterramento rápido (57), que é acionada por uma das proteções intrínsecas do transformador de força (87, 63, 63-A, 64).

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Dessa forma vem a causar um curto-circuito franco para a terra e conseqüentemente, promovendo a abertura do disjuntor de retaguarda, ou seja à montante da SE (Fig.06).

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Fig. 06 – Desligamento remoto

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7.3.5. Oscilografia

Nas subestações automatizadas com relés digitais, foi incorporada na proteção do transformador, a oscilografia (OSCILO), que apresenta a forma de onda de tensão e corrente, quando da ocorrência de uma falta. O oscilograma serve para estudo e investigação da causa

Na Fig. 07 podemos visualizar as proteções de um transformador de força.

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Fig. 07

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7.4. Proteção de Alimentador de distribuição

Na barra de 15 KV dispomos para cada religador, das seguintes proteções incorporadas, para atuação quando de defeitos externos no lado da carga, a partir da saída aérea do alimentador de 13,8 KV:• Relé de sobrecorrente: 50/51• Unidade de religamento 79• Função Oscilo

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• Cadeia de proteção de sobrecorrente 50/51 de fase e 50/51N de neutro. Na ocorrência de um curto-circuito na rede de distribuição, um dos relés detectará a corrente de defeito e comandará a abertura do religador, de acordo com o número de religamentos ajustados na função 79.

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• Unidade de religamento (79), conforme o número de religamentos apontados pela OAP e de acordo com o ciclo de operação que o equipamento disponibiliza, na ocorrência de uma falha a função 79 indicará o número de religamentos para o religador

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A oscilografia (Oscilo) é outra função incorporada ao relé digital da cadeia de proteção do religador, que fornece a forma da onda de tensão e corrente a partir de cada perturbação ocorrida no sistema de distribuição e que serve, dentre outras aplicações para análise e investigação das ocorrências verificadas, como por exemplo, para visualizar qual foi a fase que iniciou o curto-circuito, se foi falta fase-terra ou fase–fase ou trifásica para terra, etc.

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Dessa análise pode-se gerar recomendações da engenharia de proteção e manutenção, para diagnóstico do defeito e eliminação da causa, podendo influenciar até numa mudança de padrão, numa troca de material, dentre outros, de forma evitar repetições de falhas dessa natureza.

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7.5. Proteção do transformador de serviço auxiliar (TSA)O TSA é um transformador de 75KVA e a sua proteção contra curto-circuito e sobrecarga é proporcionada por um conjunto de chaves indicadora fusíveis unipolares, empregando elo fusível de 5H, cujas chaves se encontram instaladas nas vigas do barramento de 15 KV, correspondente as descidas dos jumpers para alimentar as buchas de MT do referido transformador.

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7.6. Proteção com o disjuntor de transferência 12D1 ou 11D1

A aplicação do disjuntor de transferência pode ser concebida em 2 (duas) formas básicas, ou seja:7.6.1. Subestação com barra dupla e disjuntor de transferência com cadeia de proteção própria:

7.6.2. Subestação com barra dupla e disjuntor de transferência com transferência de disparo:

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7.6.1. Disjuntor c/ cadeia proteção própria:

Nesse caso os circuitos de disparo são idênticos aos das SEs com barra simples, mas a existência do disjuntor transferência confere uma maior flexibilidade operacional à instalação. Quando da indisponibilidade de um disjuntor, o equipamento, linha ou alimentador pode ser protegido pelo disjuntor de transferência, aumentando assim, a confiabilidade do sistema.

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Apesar das vantagens, este sistema apresenta o inconveniente de haver necessidade de mudança dos ajustes de proteção do disjuntor de transferência, adequando-os ao equipamento, linha ou alimentador a ser protegido, sob pena de comprometer a coordenação das proteções, afetando em decorrência, a confiabilidade do sistema.

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7.6.2. Disjuntor c/ transferência de disparo:Este é um sistema sofisticado, no qual o disjuntor de transferência não possui cadeia de proteção própria (Fig. 08), ou, quando a possui, esta se destina à proteção de componentes ou grupo de componentes específicos, como por exemplo, alimentadores de 13,8 KV (Fig. 08-a).Para possibilitar a transferência do disparo, cada disjuntor possui uma "chave de transferência" que permite transferir para o disjuntor de transferência o disparo de proteção de um determinado equipamento, linha ou alimentador, quando o seu disjuntor fica indisponível para a operação.

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A "chave de transferência" de disparo possui três posições de operação conforme a seguir indicada:

• Posição normal

• Posição em transferência

• Posição transferido

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• Posição "Normal": Permite que o disparo da proteção acione somente o disjuntor que protege o equipamento, linha ou alimentador defeituoso e bloqueia o comendo do disjuntor de transferência, evitando que o mesmo seja posto em operação sem proteção.

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• Posição "Em transferência": Permite que o disparo da proteção acione, também, o disjuntor de transferência e libere o comando deste possibilitando sua entrada em operação.

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• Posição "Transferido": Permite que o disparo da proteção acione somente o disjuntor de transferência, que agora assumiu a proteção do componente defeituoso, e bloqueia o comando do disjuntor que foi substituído pela transferência.

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Quando se tratar do disjuntor de transferência de 13,8 KV, este possui uma cadeia de proteção que é usada para proteger alimentadores devido à eventual indisponibilidade de um religador.Esta cadeia de proteção é posta para fora de operação quando o disjuntor de transferência é usado para substituir o disjuntor geral.

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Isto é feito através da " chave de transferência" do disjuntor a ser substituído e ocorre quando a chave é comutada para a posição "Em transferência",ou "Transferido". Para se utilizar o disjuntor de transferência na substituição de religadores, deve-se primeiramente fechar a chave de by-pass do religador, visando a liberação de bloqueio do circuito de fechamento do disjuntor de transferência, que é feito através de comando auxiliar da secionados de by-pass na posição fechada.

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Este é um sistema de alta flexibilidade operacional pois permite que umdisjuntor seja substituído prontamente pelo disjuntor de transferência, sem a intervenção do pessoal de manutenção, e propicia um alto grau de confiabilidade, uma vez que o sinal de disparo é proveniente da proteção associada ao equipamento ou linha defeituosa, mantendo-se assim as condições de seletividade e coordenação da proteção.

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7.7. Proteção Contra Intrusão e Contra Incêndio:As subestações automatizadas com a utilização de UTRs e as automatizadas através de relés digitais, possuem alarme contra intrusão na sala de comando da SE. Caso ocorra a presença de pessoas nessa sala, os sensores instalados nos cantos do teto captam a presença da pessoa e alarma no Centro de Operação do Sistema a indicação da intrusão.

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Também são instalados nos muros que circundam o perímetro da subestação, proteção do tipo cerca eletrônica, onde são instalados sensores que irão detectar a presença de pessoas ou animais caso haja o corte do sinal, nesse caso um alarme sonora vai disparar local na SE e remoto na empresa responsável pela segurança empresarial, sendo então acionada uma equipe que se deslocará até a SE para averiguar a causa do alarme.

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Outro tipo de proteção também instalada nas subestações é a proteção contra a presença de fumaça. Se acionada o CCS recebe o alarme e pode agir em tempo hábil para evitar um incêndio ou perdas de maiores proporções.A proteção contra-incêndios é proporcionada por parede corta-fogo, ao lado do transformador de força e por extintores portátil e tipo carreta.

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Sala de comando: no mínimo 2 extintores portátil de gás carbônico (CO2), de 6kg;

Sala de baterias: no mínimo 1 extintor portátil de pó químico, de 12kg;

Pátio de AT e MT: no mínimo 1 extintor carreta de pó químico seco, de 50kg, em cada pátio.

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8. Sistema de medição

O sistema de medição de uma subestação compreende a medição de grandezas em 13,8 KV e 69KV, conforme a seguinte disposição:

• Medição em 13,8 KV;

• Medição em 69KV;

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8.1. Sistema de medição em 13,8 KV:

O sistema de medição de faturamento em 13,8 KV é realizado a 2 elementos, ou seja, é constituído basicamente de 2 (dois) TCs, 2 (dois) TPs, chave para liberar a medição quando for preciso a mesma sofrer intervenção nos medidores (chave de aferição) e medidores (A, V, W, Var, etc.).

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8.2. Sistema de medição em 69 KV:

O sistema de medição em 69 KV das entradas (EL) e saídas (SL) de linhas da transmissão das subestações é normalmente constituído de 3 (três) TPs e 3 (três) TCs, chave de aferição e medidores.

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Medições disponibilizadas pelos relés digitais:

Tanto na barra de 13,8KV como na de 69KV das Subestações automatizadas ou que possuam relés digitais, todos os relés devem disponibilizar para o sistema, medições de corrente (A), de tensão (V), e grandezas calculadas de potência ativa (W), potência reativa (KVAr), energia ativa (KW/h), energia reativa (KVAr/h), fator de potência e oscilografia.

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8.3. Transformadores para instrumentosSão constituídos de transformadores de corrente e de potencial que são utilizados para tornarem compatíveis as ligações dos aparelhos de medição instrumentos de proteção e circuitos de comando aplicados numa subestação distribuidora. Os TCs tem como corrente secundária padrão 5A, enquanto os TPs são empregados nas tensões de 69.000V/115V ou (69.000/√3)/115-115/√3) e 13.800/115V. Dependendo da aplicação os TCs são utilizados conforme a classe de exatidão, além de aplicação para medição ou proteção.

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9. Serviços Auxiliares

9.1. O sistema de serviços auxiliares em corrente alternada (CA) é trifásico na tensão de 380/220V, cujas cargas são supridas por um transformador tipo distribuição, classe 15-1,2 KV, com núcleo imerso em óleo isolante. (Vide item 7.5).

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9.2. O sistema de serviços auxiliares em corrente contínua (CC)

Será em 125 Vcc, sendo composto por um retificador estático, trifásico 380Vca/125Vcc, e um banco de baterias chumbo-ácidas, 60 elementos, 125Vcc, 150 A/h. Este conjunto suprirá as cargas de sinalização, controle e bobinas de abertura e fechamento dos disjuntores e religadores, além das cargas de emergência da subestação.

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9.3. RetificadorO retificador-carregador de baterias é trifásico, e será instalado na sala de comando da SE (Fig. 09).Características elétricas:Tensão de carga profunda : 147,2 VccTensão de entrada: 380Vca/60 HzTensão de saída: 125 VccVariação de tensão de entrada: + 10%Variação de freqüência: + 5%Tensão de flutuação: 132 VccCorrente nominal: 25 ou 50 A

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Retificador carregador

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9.4. Bateria de acumuladorA bateria de acumuladores é do tipo estacionária, chumbo-ácida, e será instalada em equipamento especial na casa de comando.Características elétricas:Tensão nominal: 125 VccCapacidade de descarga: 10h (150 A/h)Tensão final de descarga:Por elemento: 1,2 VccNúmero de elementos : 60Eletrólito: solução de ácido sulfúrico

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Banco de baterias:

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9.5 Quadros de serviços auxiliares

O quadro de serviços auxiliares de corrente alternada e corrente contínua, instalado na sala de comando, abriga todos os equipamentos de controle, comando e medição dos setores de serviços auxiliares da subestação.