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Plano Nacional de Integrao HidroviriaDesenvolvimento de Estudos e Anlises das Hidrovias
Brasileiras e suas Instalaes Porturias com Implantao de Base de Dados Georreferenciada e Sistema de
Informaes Geogr cas
Fevereiro 2013
ESTUDO DE MACROLOCALIZAODE TERMINAIS HIDROVIRIOS
NO BRASIL
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ii ANTAQ/UFSC/LabTrans
Repblica Federativa do Brasil
Dilma Roussef
Presidenta da Repblica
Secretaria de Portos (SEP)
Jos Lenidas Cristino
Ministro Chefe
Ministrio dos Transportes
Paulo Srgio Passos
Ministro dos Transportes
Agncia Nacional de Transportes Aquavirios (ANTAQ)
Diretoria Colegiada
Pedro Brito (Diretor-Geral Substituto)
Fernando Jos de Pdua C. Fonseca (Diretor Interino)
Mrio Povia (Diretor Interino)
Superintendncia de Navegao Interior (SNI)
Adalberto Tokarski (Superintendente)
Superintendncia de Portos (SPO)
Bruno de Oliveira Pinheiro (Superintendente Substituto)
Superintendncia de Fiscalizao e Coordenao (SFC)
Giovanni Cavalcanti Paiva (Superintendente)
Superintendncia de Navegao Martima e de Apoio (SNM)
Andr Lus Souto de Arruda Coelho (Superintendente)
Superintendncia de Administrao e Finanas (SAF)
Albeir Taboada Lima (Superintendente)
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans iii
FICHA TCNICA
AGNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIRIOS
Gerncia de Desenvolvimento e Regulao da Navegao Interior (GDI) Jos Renato Ribas Fialho - Gerente Eduardo Pessoa de Queiroz - Coordenador Isaac Monteiro do Nascimento Gerncia de Estudos e Desempenho Porturio (GED) Fernando Antnio Correia Serra - Gerente Herbert Koehne de Castro Jos Esteves Botelho Rabello Gerncia de Portos Pblicos (GPP) Samuel Ramos de Carvalho Cavalcanti Gerente Substituto Paulo Henrique Ribeiro de Perni Camila Romero Monteiro da Silva Superintendncia de Fiscalizao e Controle (SFC) Frederico Felipe Medeiros Unidade Administrativa Regional do Paran (UARPR) Fbio Augusto Giannini ENTIDADES COLABORADORAS Ministrio dos Transportes (MT) Administraes Hidrovirias Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) VALEC - Engenharia, Construes e Ferrovias S.A. Unidades Administrativas Regionais da ANTAQ Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto (MPOG) Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC) Marinha do Brasil/Diretoria de Portos e Costas - Capitania Fluvial de Juazeiro Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) Agncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Agncia Nacional de guas (ANA) Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (BA) Secretaria do Desenvolvimento Econmico de Pernambuco - Porto Fluvial de Petrolina (PE) Secretaria de Transportes - RS - SEINFRA Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondnia (SOPH) Superintendncia de Portos e Hidrovias do Rio Grande do Sul (SPH) Departamento Hidrovirio do Estado de So Paulo (DH) Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil (CNA) e suas Federaes Confederao Nacional do Transporte (CNT) e suas Federaes Petrobras Transporte S/A (TRANSPETRO) Vale S.A.
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
iv ANTAQ/UFSC/LabTrans
Associao dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (APROSOJA) Empresas Brasileiras de Navegao Interior TECON/Rio Grande Porto de Rio Grande (RS) Movimento Pr-Logstica Sindicatos das Empresas Brasileiras de Navegao - SINDARMA
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans v
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC
Roselane Neckel - Reitora Lcia Helena Martins Pacheco- Vice-Reitora Sebastio Roberto Soares- Diretor do Centro Tecnolgico Jucilei Cordini - Chefe do Departamento de Engenharia Civil Laboratrio de Transportes e Logstica Amir Mattar Valente - Coordenador Geral do Laboratrio Equipe Tcnica - Transporte e Logstica Fabiano Giacobo - Coordenador Estudos Andr Ricardo Hadlich - Responsvel Tcnico Daniele Sehn - Economista Andr Felipe Kretzer Carlo Vaz Sampaio Felipe Souza dos Santos Gabriella Sommer Vaz Guilherme Tomiyoshi Nakao Humberto Assis de Oliveira Sobrinho Jonatas J. de Albuquerque Larissa Steinhorst Berlanda Luiz Gustavo Schmitt Marjorie Panceri Pires Natlia Tiemi Gomes Komoto Priscila Lammel Fernando Seabra - Consultor Pedro Alberto Barbetta - Consultor Equipe Tcnica - Tecnologia da Informao Antnio Vencius dos Santos - Coordenador Base de dados Georreferenciada Edsio Elias Lopes - Responsvel Tcnico Caroline Helena Rosa Guilherme Butter Demis Marques Paulo Roberto Vela Junior Sistema Luiz Claudio Duarte Dalmolin - Responsvel Tcnico Emanuel Espndola Rodrigo Silva de Melo Jos Ronaldo Pereira Junior Srgio Zarth Junior Leonardo Tristo Tiago Lima Trinidad Robson Junqueira da Rosa Design Grfico Guilherme Fernandes Heloisa Munaretto Reviso de Textos Lvia Carolina das Neves Segadilha Paula Carolina Ribeiro Pedro Gustavo Rieger Renan Abdalla Leimontas
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
vi ANTAQ/UFSC/LabTrans
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ALLMN Amrica Latina Logstica Malha Norte
ALLMO Amrica Latina Logstica Malha Oeste
ALLMP Amrica Latina Logstica Malha Paulista
ALLMS Amrica Latina Logstica Malha Sul
ANTAQ Agncia Nacional de Transportes Aquavirios
ANTT Agncia Nacional de Transportes Terrestres
BIT Banco de Informaes e Mapas de Transportes
DERs Departamentos de Estradas de Rodagem
DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
EFC Estrada de Ferro Carajs
EFPO Estrada de Ferro Paran-Oeste
EFVM Estrada de Ferro Vitria-Minas
ESALQ Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz
FCA Ferrovia Centro-Atlntica
FMM Fundo da Marinha Mercante
FNSTN Ferrovia Norte-Sul Tramo Norte
FTC Ferrovia Tereza Cristina
FUNAI Fundao Nacional do ndio
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
LabTrans Laboratrio de Transportes e Logstica
MDIC Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior
MRS MRS Logstica
PAC Programa de Acelerao do Crescimento
PIB Produto Interno Bruto
PNIH Plano Nacional de Integrao Hidroviria
PNLT Plano Nacional de Logstica de Transportes
SAFF Sistema de Acompanhamento e Fiscalizao de Transporte Ferrovirio
SIFRECA Sistema de Informaes de Fretes
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza
TIR Taxa Interna de Retorno
TMA Taxa Mnima de Atratividade
TNL Transnordestina Logstica
TU Tonelada til
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
USP Universidade de So Paulo
VPL Valor Presente Lquido
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Microrregies lindeiras s hidrovias ........................................................................... 10
Figura 2 - Centroides das microrregies lindeiras ....................................................................... 11
Figura 3 - Unidades de conservao brasileiras .......................................................................... 12
Figura 4 - Terras indgenas do Brasil ........................................................................................... 13
Figura 5 - Instalaes Porturias localizadas em microrregies lindeiras ................................... 14
Figura 6 - rea indicada para a microrregio de Jalapo - TO .................................................... 15
Figura 7 - reas indicadas para a microrregio de Januria - MG .............................................. 16
Figura 8 - reas indicadas para instalaes porturias ............................................................... 17
Figura 9 - Representatividade dos modais no transporte de cargas brasileiro .......................... 20
Figura 10 - Meta da composio da matriz de transporte de cargas brasileira em 2025 ........... 21
Figura 11 - Correlao entre os dados de investimento e movimentao de terminais
autorizados ajustados curva potencial ..................................................................................... 24
Figura 12 - Processo de simulao iterativa para avaliao de novos terminais hidrovirios .... 27
Figura 13 - Modal hidrovirio em 2015 ....................................................................................... 29
Figura 14 - Modal hidrovirio em 2020 ....................................................................................... 29
Figura 15 - Modal hidrovirio em 2015 ....................................................................................... 30
Figura 16 - Modal hidrovirio em 2020 ....................................................................................... 30
Figura 17 - Modal hidrovirio em 2015 ....................................................................................... 31
Figura 18 - Modal hidrovirio em 2020 ....................................................................................... 31
Figura 19 - Modal hidrovirio em 2015 ....................................................................................... 32
Figura 20 - Modal hidrovirio em 2020 ....................................................................................... 32
Figura 21 - Modal hidrovirio em 2015 ....................................................................................... 33
Figura 22 - Modal hidrovirio em 2020 ....................................................................................... 33
Figura 23 - Modal hidrovirio em 2015 ....................................................................................... 34
Figura 24 - Modal hidrovirio em 2020 ....................................................................................... 34
Figura 25 - Terminais j existentes e reas propcias de novos terminais hidrovirios com ano
timo de abertura ....................................................................................................................... 41
Figura 26 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) ............................................................... 42
Figura 27 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) ............................................................... 42
Figura 28 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) ............................................................... 43
Figura 29 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) ............................................................... 43
Figura 30 - Terminais j existentes e reas propcias de novos terminais hidrovirios com ano
timo de abertura ....................................................................................................................... 47
Figura 31 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) ............................................................... 48
Figura 32 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) ............................................................... 49
Figura 33 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) ............................................................... 50
Figura 34 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) ............................................................... 51
Figura 35 - Terminais j existentes e reas propcias de novos terminais hidrovirios com ano
timo de abertura ....................................................................................................................... 55
Figura 36 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) ............................................................... 56
Figura 37 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) ............................................................... 56
Figura 38 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) ............................................................... 57
Figura 39 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) ............................................................... 57
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
viii ANTAQ/UFSC/LabTrans
Figura 40 - Terminais j existentes e reas propcias de novos terminais hidrovirios com ano
timo de abertura ....................................................................................................................... 64
Figura 41 - Carregamento nas hidrovias- Fluxo 2015 (t) ............................................................. 65
Figura 42 - Carregamento nas hidrovias - Fluxo 2020 (t) ............................................................ 66
Figura 43 - Carregamento nas hidrovias - Fluxo 2025 (t) ............................................................ 67
Figura 44 - Carregamento nas hidrovias - Fluxo 2030 (t) ............................................................ 68
Figura 45 - Terminais j existentes e reas propcias de novos terminais hidrovirios com ano
ideal de abertura ......................................................................................................................... 71
Figura 46 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) ............................................................... 73
Figura 47 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) ............................................................... 74
Figura 48 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) ............................................................... 75
Figura 49 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) ............................................................... 76
Figura 50 - Terminais j existentes e reas propcias de novos terminais hidrovirios com ano
timo de abertura ............................................................................................................................. 81
Figura 51 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) ............................................................... 82
Figura 52- Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) ................................................................ 83
Figura 53 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) ............................................................... 84
Figura 54 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) ............................................................... 85
Figura 55 - Regresso Linear entre Quantidade Anual Movimentada e Investimento Inicial
Necessrio ................................................................................................................................... 88
Figura 56 - rea propcia de Januria .......................................................................................... 91
Figura 57 - rea propcia de Malhada ......................................................................................... 93
Figura 58 - rea propcia de Serra do Ramalho .......................................................................... 95
Figura 59 - rea propcia de Sento S ......................................................................................... 97
Figura 60 - reas propcias viveis para a Bacia do So Francisco .............................................. 99
Figura 61 - rea propcia de Montenegro e So Sebastio do Ca ............................................ 103
Figura 62 - reas propcias viveis para a Bacia do Sul ............................................................. 105
Figura 63 - rea propcia de Miracema do Tocantins ............................................................... 108
Figura 64 - rea propcia de Barra do Ouro .............................................................................. 110
Figura 65 - rea propcia de Aguiarnpolis ............................................................................... 112
Figura 66 - rea propcia de Peixe ............................................................................................. 114
Figura 67 - reas propcias viveis para a Bacia do Tocantins-Araguaia................................... 115
Figura 68 - rea propcia de Rorainpolis ................................................................................. 118
Figura 69 - rea propcia de Bataypor ..................................................................................... 121
Figura 70 - rea propcia de Buritama ...................................................................................... 123
Figura 71 - rea propcia de Ibitinga ......................................................................................... 125
Figura 72 - rea propcia de Paranaba ..................................................................................... 127
Figura 73 - rea propcia de Pereira Barreto ............................................................................ 129
Figura 74 - rea propcia de Piracicaba ..................................................................................... 130
Figura 75 - rea propcia de Querncia do Norte ..................................................................... 132
Figura 76 - rea propcia de Ubarana ....................................................................................... 134
Figura 77 - rea propcia de Sabino .......................................................................................... 136
Figura 78 - rea propcia de Rosana.......................................................................................... 138
Figura 79 - reas propcias viveis para a Bacia do Paran-Tiet ............................................. 140
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans ix
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Relao das microrregies lindeiras s hidrovias ........................................................ 9
Quadro 2 - reas propcias para terminais (continuao) .......................................................... 18
Quadro 3 - Grupos de produtos .................................................................................................. 25
Quadro 4 - Cargas tpicas e potenciais para a Bacia do So Francisco ........................................ 89
Quadro 5 - Cargas tpicas e potenciais para a Bacia do Sul ....................................................... 100
Quadro 6 - Cargas tpicas e potenciais para a Bacia do Sul ....................................................... 106
Quadro 7 - Cargas tpicas e potenciais para a Amaznia .......................................................... 116
Quadro 8 - Cargas tpicas e potenciais para a Bacia do Paraguai ............................................. 118
Quadro 9 - Cargas tpicas e potenciais para a Bacia do Tiet ................................................... 119
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
x ANTAQ/UFSC/LabTrans
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Tarifas de transbordo por grupo de produtos ............................................................ 36
Tabela 2 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t) ............................................................. 38
Tabela 3 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) ........................................................... 39
Tabela 4 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) ........................................................... 39
Tabela 5 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) ........................................................... 39
Tabela 6 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t) ............................................................. 45
Tabela 7 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) ........................................................... 45
Tabela 8 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) ........................................................... 46
Tabela 9 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) ........................................................... 46
Tabela 10 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t)........................................................... 52
Tabela 11 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) ......................................................... 53
Tabela 12 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) ......................................................... 53
Tabela 13 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) ......................................................... 53
Tabela 14 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t)........................................................... 59
Tabela 15 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2020 (t)........................................................... 60
Tabela 16 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2025 (t)........................................................... 61
Tabela 17 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2030 (t)........................................................... 62
Tabela 18 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t)........................................................... 70
Tabela 19 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) ......................................................... 70
Tabela 20 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) ......................................................... 70
Tabela 21 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) ......................................................... 70
Tabela 22 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t)........................................................... 78
Tabela 23 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) ......................................................... 78
Tabela 24- Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) .......................................................... 79
Tabela 25- Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) .......................................................... 79
Tabela 26 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de
Januria (t) ................................................................................................................................... 90
Tabela 27 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de
Januria ....................................................................................................................................... 90
Tabela 28 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica . 91
Tabela 29 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de
Malhada (t) .................................................................................................................................. 92
Tabela 30 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de
Malhada ...................................................................................................................................... 92
Tabela 31 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica . 93
Tabela 32 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de Serra
do Ramalho (t) ............................................................................................................................. 94
Tabela 33 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de
Serra do Ramalho ........................................................................................................................ 94
Tabela 34 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica . 95
Tabela 35 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de Sento
S (t) ............................................................................................................................................ 96
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans xi
Tabela 36 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de
Sento S ....................................................................................................................................... 96
Tabela 37 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica . 97
Tabela 38 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao
tpica) ........................................................................................................................................... 98
Tabela 39 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao
total) ............................................................................................................................................ 98
Tabela 40 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de
Montenegro (t) .......................................................................................................................... 101
Tabela 41 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de
Montenegro .............................................................................................................................. 101
Tabela 42 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica ... 102
Tabela 43 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de So
Sebastio do Ca (t) ................................................................................................................... 102
Tabela 44 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de So
Sebastio do Ca ........................................................................................................................ 103
Tabela 45 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao
tpica) ......................................................................................................................................... 104
Tabela 46 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao
total) .......................................................................................................................................... 104
Tabela 47 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de
Miracema do Tocantins (t) ........................................................................................................ 107
Tabela 48 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de
Miracema do Tocantins ............................................................................................................. 107
Tabela 49 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica ... 108
Tabela 50 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de Barra
do Ouro (t) ................................................................................................................................. 109
Tabela 51 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de
Barra do Ouro ............................................................................................................................ 109
Tabela 52 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica ... 110
Tabela 53 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de
Aguiarnpolis (t) ........................................................................................................................ 111
Tabela 54 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de
Aguiarnpolis ............................................................................................................................ 111
Tabela 55 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica ... 112
Tabela 56 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de Peixe
(t) ............................................................................................................................................... 113
Tabela 57 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de
Peixe (t) ..................................................................................................................................... 113
Tabela 58 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao
tpica) ......................................................................................................................................... 114
Tabela 59 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao
total) .......................................................................................................................................... 115
Tabela 60 - Demanda simulada de para a rea propcia de Rorainpolis (t) ............................ 117
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans xiii
Tabela 86 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de
Rosana ....................................................................................................................................... 137
Tabela 87 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica ... 137
Tabela 88 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao
tpica) ......................................................................................................................................... 138
Tabela 89 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao
total) .......................................................................................................................................... 139
Tabela 90 - Comparativo de movimentao e viabilidade das reas propcias de terminais ... 141
Tabela 91 - reas propcias inviveis e investimento calculado para viabilizao ................... 142
Tabela 92 - Movimentao em 2011 e carregamento apresentado nas simulaes ............... 144
Tabela 93 - Movimentao em 2011 (ANTAQ) e carregamento apresentado nas simulaes 144
Tabela 94 - Movimentao em 2011 (ANTAQ) e carregamento apresentado nas simulaes 145
Tabela 95 - Movimentao em 2011 (ANTAQ) e carregamento apresentado nas simulaes 146
Tabela 96 - Movimentao em 2011 (ANTAQ) e carregamento apresentado nas simulaes 147
Tabela 97 - Movimentao em 2011 (AHRANA) e carregamento apresentado nas simulaes .... 148
Tabela 98 - Comparativo de viabilidade das reas propcias para terminais ............................ 150
Tabela 99 - Comparativo entre movimentao e investimentos mnimos e mximos previstos
para a viabilizao de terminais ................................................................................................ 151
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
xiv ANTAQ/UFSC/LabTrans
SUMRIO
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ................................................................................................vi
LISTA DE FIGURAS......................................................................................................................... vii
LISTA DE QUADROS ....................................................................................................................... ix
LISTA DE TABELAS .......................................................................................................................... x
PREFCIO .................................................................................................................................... xvii
1 INTRODUO ........................................................................................................................... 1
2 A FINALIDADE DO ESTUDO E DO PLANO NACIONAL DE INTEGRAO HIDROVIRIA .......... 3
2.1 A importncia dos terminais porturios em hidrovias .......................................................... 3
2.2 A Macrolocalizao de terminais hidrovirios no Brasil como parte de um estudo maior .. 4
3 METODOLOGIA PARA IDENTIFICAO DAS REAS PROPCIAS E SIMULAES ................... 6
3.1 Anlise espacial ..................................................................................................................... 6
3.1.1 Trechos hidrovirios aptos a receberem novos terminais .................................................. 6
3.1.2 Microrregies aptas a receberem novos terminais ............................................................ 8
3.1.3 reas de conservao e reas indgenas .......................................................................... 11
3.1.4 reas propcias de terminais identificadas ....................................................................... 13
3.1.5 reas indicadas em cada bacia ......................................................................................... 18
3.2 Estimativa de investimentos e custos operacionais de cada projeto ................................. 19
3.2.1 Investimentos em terminais hidrovirios ......................................................................... 20
3.2.2 Implantao de terminais hidrovirios ............................................................................. 22
3.2.3 Custos de Investimento em terminais hidrovirios .......................................................... 23
3.2.4 Custos de operao e manuteno de terminais hidrovirios ......................................... 24
3.3 Simulao dos Projetos ....................................................................................................... 25
3.3.1 Metodologia ...................................................................................................................... 25
3.3.2 Montagem dos cenrios de infraestrutura ....................................................................... 27
3.4 Anlise econmica de terminais hidrovirios de cargas ..................................................... 35
4 SIMULAES E RESULTADOS GERAIS ................................................................................... 38
4.1 Bacia do So Francisco ........................................................................................................ 38
4.1.1 Carregamento nos terminais ............................................................................................ 38
4.1.2 Carregamento na hidrovia ................................................................................................ 41
4.2 Bacia do Sul.......................................................................................................................... 45
4.2.1 Carregamento nos terminais ............................................................................................ 45
4.2.2 Carregamento na hidrovia ................................................................................................ 48
4.3 Bacia do Tocantins ............................................................................................................... 52
4.3.1 Carregamento nos terminais ............................................................................................ 52
4.3.2 Carregamento na hidrovia ................................................................................................ 55
4.4 Bacia Amaznica .................................................................................................................. 58
4.4.1 Carregamento nos terminais ............................................................................................ 58
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans xv
4.4.2 Carregamento na hidrovia ................................................................................................ 64
4.5 Bacia do Paraguai ................................................................................................................ 69
4.5.1 Carregamento nos terminais ............................................................................................ 69
4.5.2 Carregamento na hidrovia ................................................................................................ 73
4.6 Bacia do Paran-Tiet .......................................................................................................... 77
4.6.1 Carregamento nos terminais ............................................................................................ 77
4.6.2 Carregamento na hidrovia ................................................................................................ 81
5 ANLISE ECONMICA DE REAS PROPCIAS PARA TERMINAIS HIDROVIRIOS ................ 87
5.1 Bacia do So Francisco ........................................................................................................ 89
5.1.1 rea propcia de Januria ................................................................................................. 89
5.1.2 rea propcia de Malhada ................................................................................................. 91
5.1.3 rea propcia de Serra do Ramalho .................................................................................. 93
5.1.4 rea propcia de Sento S ................................................................................................. 95
5.1.5 Comparativo entre reas propcias - Movimentao tpica ............................................. 97
5.1.6 Comparativo entre reas propcias - Movimentao total ............................................... 98
5.2 Bacia do Sul.......................................................................................................................... 99
5.2.1 rea propcia de Montenegro ......................................................................................... 100
5.2.2 rea propcia de So Sebastio do Ca ............................................................................ 102
5.2.3 Comparativo entre reas propcias - Movimentao tpica ........................................... 103
5.2.4 Comparativo entre reas propcias - Movimentao total ............................................. 104
5.3 Bacia do Tocantins-Araguaia ............................................................................................. 105
5.3.1 rea propcia de Miracema do Tocantins ....................................................................... 106
5.3.2 rea propcia de Barra do Ouro ...................................................................................... 108
5.3.3 rea propcia de Aguiarnpolis ....................................................................................... 110
5.3.4 rea propcia de Peixe .................................................................................................... 112
5.3.5 Comparativo entre reas propcias - Movimentao tpica ........................................... 114
5.3.6 Comparativo entre reas propcias - Movimentao total ............................................. 114
5.4 Bacia Amaznica ................................................................................................................ 116
5.4.1 rea propcia de Rorainpolis ......................................................................................... 116
5.5 Bacia do Paraguai .............................................................................................................. 118
5.6 Bacia do Paran-Tiet ........................................................................................................ 119
5.6.1 rea propcia de Bataypor ............................................................................................ 120
5.6.2 rea propcia de Buritama .............................................................................................. 122
5.6.3 rea propcia de Ibitinga ................................................................................................. 123
5.6.4 rea propcia de Paranaba ............................................................................................. 125
5.6.5 rea propcia de Pereira Barreto .................................................................................... 127
5.6.6 rea propcia de Piracicaba ............................................................................................ 129
5.6.7 rea propcia de Querncia do Norte ............................................................................. 130
5.6.8 rea propcia de Ubarana ............................................................................................... 132
5.6.9 rea propcia de Sabino .................................................................................................. 134
5.6.10 rea propcia de Rosana ................................................................................................. 136
5.6.11 Comparativo entre reas propcias - Movimentao tpica ........................................... 138
5.6.12 Comparativo entre reas propcias - Movimentao total ............................................. 139
5.7 Resumo de resultados da anlise de viabilidade ............................................................... 140
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
xvi ANTAQ/UFSC/LabTrans
6 AVALIAO DA MOVIMENTAO DE TERMINAIS HIDROVIRIOS EXISTENTES ............... 143
6.1 Bacia do So Francisco ...................................................................................................... 143
6.2 Bacia do Sul........................................................................................................................ 144
6.3 Bacia do Tocantins-Araguaia ............................................................................................. 145
6.4 Bacia Amaznica ................................................................................................................ 145
6.5 Bacia do Paraguai .............................................................................................................. 147
6.6 Bacia do Paran-Tiet ........................................................................................................ 147
7 CONSIDERAES FINAIS ...................................................................................................... 149
REFERNCIAS ............................................................................................................................ 153
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans xvii
PREFCIO
O Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil fruto da
persistncia da ANTAQ em apresentar para a sociedade uma soluo vivel para investimentos
em hidrovias no Brasil. Corrobora com a mudana na configurao dos modais de transporte
que compem a matriz brasileira atual, cuja projeo foi feita pelo Plano Nacional de Logstica
e Transportes (PNLT). , efetivamente, um documento a ser consultado como indicativo de
localidades e propores de investimentos no setor hidrovirio.
O presente estudo representa a consecuo de um trabalho comeado h tempos,
cujo amadurecimento foi desencadeado ao longo de vrias constataes e novas vises sobre
o setor aquavirio de transportes. um instrumento prtico e objetivo, elaborado com auxlio
do Sistema de Informaes Geogrficas do Transporte Aquavirio (SIGTAQ), software que se
baseia na mais moderna tcnica de Sistemas de Informaes Geogrficas e metodologia de
simulaes logsticas. Foi desenvolvido em um ambiente computacional que lhe permite
constante atualizao e auxilia na busca rotineira pelos melhores caminhos para o transporte
da produo nacional a partir de parmetros logsticos de custo. Tudo isso a partir da
constituio de um banco de dados que alimentou as simulaes realizadas e as projees
econmico-financeiras de cada rea propcia para instalao de terminais hidrovirios.
O Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil indica aos usurios
do setor aquavirio as diversas possibilidades de investimentos em terminais hidrovirios e,
consequentemente, em hidrovias. Traz um conjunto de mapas com reas representando
provveis locais para instalaes porturias, suas viabilidades econmico-financeiras,
ambientais, bem como o fluxo de carga-produto a ser escoado nas hidrovias. Aponta, de forma
consistente, o conjunto situacional sobre locais, valores financeiros e de movimentao de
cargas, de forma que possa ser usado como instrumento essencial na escolha de projetos.
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans 1
1 INTRODUO
O PNIH a reunio de vrios projetos cuja composio final agrega valor capacidade
de gesto do setor aquavirio. Possui quatro grandes objetos, que juntos formam o todo do
projeto e que provm ao setor aquavirio os seguintes produtos:
Banco de dados georreferenciado;
Sistema de processamento de dados georreferenciado (SIGTAQ);
Metodologia, anlises de hidrovias selecionadas e o Estudo de Macrolocalizao
de Terminais Hidrovirios no Brasil; e
Capacitao do corpo tcnico da ANTAQ.
O Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil forma a anlise
sobre a possibilidade de explorao de instalaes porturias ao longo das hidrovias
brasileiras, considerando diferentes cenrios logsticos. De uma forma prtica, o resultado do
projeto apresenta as seguintes caractersticas:
Avaliao e indicao de demandas por transporte hidrovirio;
Macrolocalizao de eventuais terminais hidrovirios.
O estudo foi construdo segundo as seguintes etapas:
Identificao dos fluxos relevantes para o estudo;
Quantificao dos fluxos atuais de transporte;
Localizao das reas produtoras e consumidoras;
Projeo dos fluxos futuros de consumo e de transportes;
Identificao da rede de terminais hidrovirios atuais e futuros;
Estimativa de investimentos e custos operacionais de cada projeto;
Simulao dos projetos apontados; e
Avaliao econmica dos projetos.
O Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios limita-se a projees de
curto alcance temporal, que vo at o ano de 2020. Nesse cenrio, trata-se de um potencial
instrumento de regulao da ANTAQ, constituindo-se em fonte para anlise de projetos a
serem desenvolvidos nas hidrovias.
Em um mercado sem lastro para balizar decises sobre investimentos, o estudo
fonte bsica de referncia para quem deseja explorar novos terminais porturios. Nele,
encontram-se os caminhos dos fluxos de cargas, especificados por produtos e carregamentos
ao longo das hidrovias. Alm disso, h projees econmico-financeiras que orientam o
interessado em questes de avaliao de retorno financeiro (Taxa Interna de Retorno - TIR),
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
2 ANTAQ/UFSC/LabTrans
bem como de fretes e outros elementos formadores de custos. referncia para o mercado
aquavirio e deve ser usado para que haja convergncia nas ideias que norteiam a mudana da
matriz modal, na forma prevista pelo PNLT privilegiando o modal aquavirio.
O PNIH foi concebido pela ANTAQ visando a dois objetivos centrais: um estudo
detalhado sobre as hidrovias brasileiras e a indicao de reas propcias para futuras
instalaes porturias. Para atingir ao primeiro objetivo, idealizou-se o projeto intitulado
Desenvolvimento de Estudos e Anlises das Hidrovias Brasileiras e suas Instalaes Porturias
com Implantao de Base de Dados Georreferenciada e Sistema de Informao Geogrfica.
Dentre as atividades definidas para esse projeto est o Objeto 3, cujo intuito dar
suporte ANTAQ atravs do desenvolvimento de um estudo com anlise de diferentes
cenrios logsticos, buscando avaliar a criao de terminais porturios e alternativas de
transporte de navegao interior para escoamento da produo. O referido estudo subdividiu-
se em dois outros: no estudo da Bacia do Tocantins-Araguaia e no das outras cinco Bacias
definidas no Objeto 3. O primeiro constituiu o projeto piloto que serviu como base para o
segundo.
Visando estruturar os relatrios de modo que estes pudessem fornecer uma viso
geral da metodologia utilizada e, posteriormente, das particularidades de cada bacia, foram
organizadas quatorze edies. A primeira diz respeito descrio da metodologia aplicada. As
seis subsequentes correspondem aos resultados referentes : Bacia do Tocantins-Araguaia,
Amaznica, do So Francisco, do Paraguai, do Paran-Tiet e, finalmente, do Sul. As outras seis
se referem aos relatrios executivos sobre cada bacia, os quais, de forma sucinta, trazem os
principais pontos abordados no estudo de cada uma delas, juntamente com os resultados
alcanados. O dcimo quarto e ltimo dessa srie de relatrios trata-se do presente estudo
sobre a Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil, que apresenta a definio das
reas prioritrias para instalaes de portos pblicos e/ou terminais de movimentao de
cargas considerando os horizontes de 2015 e 2020, alm de uma rpida anlise de localidades
onde j existem terminais e que possuem grande potencialidade de extenso da capacidade
operacional.
Ao todo, o presente relatrio constitui-se de sete captulos, sendo o primeiro
composto por esta introduo. Os captulos posteriores referem-se descrio da metodologia
utilizada nas etapas elencadas anteriormente e dos resultados obtidos pelo estudo. So eles:
Captulo 2: A finalidade de constituio do Plano Nacional de Integrao
Hidroviria;
Captulo 3: Metodologia para identificao das reas propcias e simulaes;
Captulo 4: Simulaes e resultados gerais;
Captulo 5: Anlise econmica de reas propcias para terminais hidrovirios;
Captulo 6: Avaliao da movimentao de terminais hidrovirios existentes;
Captulo 7: Consideraes Finais.
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans 3
2 A FINALIDADE DO ESTUDO E DO PLANO NACIONAL DE INTEGRAO
HIDROVIRIA
Nessa seco discute-se a importncia dos terminais porturios em hidrovias e a
constituio desse estudo dentro de um plano maior: o Plano Nacional de Integrao
Hidroviria.
2.1 A importncia dos terminais porturios em hidrovias
No incio do sculo XXI, o Brasil comeou a delinear um novo marco de atuao na
economia mundial, com maior diversificao e ampliao de mercados e aumento da escala
produtiva. A exportao de commodities tem tido um peso relevante nas riquezas produzidas
pelo pas. Entretanto, de forma contraditria, esse momento no chegou acompanhado de
infraestrutura de transportes adequada e necessria para sustent-lo, principalmente no que
tange infraestrutura porturia, seja essa martima ou interior.
Dentro do jogo econmico mundial da atualidade, que globalizado e dinmico, os
portos ganham destaque estratgico, afetando aes e polticas de governos estaduais. Isso se
deve, basicamente, por sua funo primordial que a de ligar mercados. Os terminais
porturios so verdadeiros ns, polos concentradores e disseminadores que permitem a
concretizao dos fluxos de mercadorias e pessoas.
Essa funcionalidade essencial possui importncia estratgica em determinadas regies
do Brasil, como na regio Norte, naturalmente configurada por vastas florestas e rios. Os
terminais dessa regio so verdadeiros elos entre pequenas comunidades ribeirinhas e os
grandes centros urbanos regionais, detentores dos melhores equipamentos sociais de uso
coletivo, do comrcio diversificado, de uma vasta rede bancria e lazer, entre outros. Nesse
contexto socioespacial, a ligao entre via navegvel e terminal imprescindvel para vrias
comunidades. nessa conjuntura que as instituies pblicas, como o Ministrio dos
Transportes (MT), a Secretaria de Portos (SEP), o Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (DNIT) e a Agncia Nacional de Transportes Aquavirios (ANTAQ) devem agir.
Da necessidade de especializao institucional e da prpria hierarquia entre os
poderes surgem s funes de cada rgo da administrao pblica. No contexto dos
transportes aquavirios, o planejamento e as polticas so implantadas pelo Ministrio dos
Transportes e pela Secretaria de Portos, nos respectivos campos de atuao. J as obras em
hidrovias so de responsabilidade do DNIT. A ANTAQ a entidade responsvel pela regulao
e fiscalizao do subsetor de transportes que engloba as navegaes martima, interior e os
portos. Alm disso, so objetivos da ANTAQ implementar as polticas formuladas pela esfera
governamental e, essencialmente, garantir a movimentao de pessoas e bens, em
cumprimento a padres de eficincia, segurana, conforto, regularidade, pontualidade e
modicidade nos fretes e tarifas, como estabelece a Lei 10.233 de 2001.
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
4 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Entre as incumbncias especficas da ANTAQ, esto os estudos sobre a matria que lhe
de competncia no exerccio de suas funes reguladoras, fiscalizadoras e de concesso de
outorgas de autorizao.
O presente estudo um documento emitido pela Agncia, cujo objetivo colaborar
com o processo de expanso de um setor especfico, tendo ambivalncia para o setor pblico e
privado. A Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios um instrumento obtido de anlises
tcnicas que serve como suporte para que o estado e a iniciativa privada se organizem da
melhor forma possvel para cenrios futuros que podero demandar investimentos ou
redirecionar polticas e estratgias.
O presente documento referente explorao de infraestrutura porturia fluvial e
lacustre, assim cognominado de Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no
Brasil. A sua finalidade vincula-se ao compromisso entre a ANTAQ e a sociedade brasileira,
essencialmente aquela parcela que precisa do transporte hidrovirio como meio de
deslocamento, de comrcio, entre outras funcionalidades sociais e econmicas de primeira
ordem. instrumento auxiliar para as polticas de desenvolvimento e deve ser concebido
como parte de um processo maior, que visa cooperar com o atual momento da economia
nacional e estimular o maior intercmbio de produtos, pessoas, programas e projetos sociais
entre as regies no pas.
2.2 A Macrolocalizao de terminais hidrovirios no Brasil como parte de um
estudo maior
O presente estudo para Terminais Hidrovirios foi elaborado a partir de uma proposta
maior, de projetos mais amplos. um produto dentro de um conjunto de aes adotadas pela
ANTAQ desde setembro de 2010. Essas aes so denominadas de Plano Nacional de
Integrao Hidroviria.
Como produtos do PNIH e, ao mesmo tempo, subsdio aos estudos que foram
realizados pelo Laboratrio de Transportes e Logstica da UFSC, foi desenvolvida uma base de
dados geogrficos que viabilizou as simulaes de possveis reas para terminais. Essas
simulaes, entre outras anlises de logstica e planejamento em transportes, foram realizadas
em uma soluo computacional baseada em uma ferramenta GIS (Geographic Information
System). Tal ferramenta, que o segundo produto do termo de cooperao, denominada de
SIGTAQ (Sistema de Informaes Geogrficas dos Transportes Aquavirios). O ltimo elemento
compositor do PNIH o processo de capacitao dos tcnicos da Agncia, cuja finalidade foi o
repasse de tecnologia e conhecimento para a ANTAQ.
Os estudos pertinentes ao PNIH tiveram dois focos principais, a saber: a avaliao da
demanda por transporte hidrovirio, nas principais hidrovias nacionais, a partir da qual foram
obtidos valores previstos de movimentao de carga nas hidrovias e em terminais hidrovirios
j existentes ou planejados; e a indicao de potenciais locais para novos terminais
hidrovirios (macrolocalizao), de forma que se possa otimizar a integrao modal para
horizontes estabelecidos. Esse segundo estudo, que a prpria Macrolocalizao de Terminais
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans 5
Hidrovirios, um subproduto do primeiro estudo, cujos elementos sero detalhados nas
prximas pginas e de forma pormenorizada nos relatrios tcnicos de cada bacia.
Cabe salientar que o presente estudo foi originalmente desenvolvido para atender ao
inciso III, artigo 27, da Lei n 10.233/2011, cujo texto reservava ANTAQ a apresentao do
Plano Geral de Outorgas para Terminais Hidrovirios (PGOH). Contudo, com o advento da
Medida Provisria n 595, de 6 de dezembro de 2012, houve revogao de tal dispositivo,
passando-se para a Secretaria de Portos a incumbncia da apresentao dos Planos Gerais de
Outorgas, conforme teor do art. 61 da referida Medida Provisria.
Em funo disso, deu-se a este documento o ttulo de Estudo de Macrolocalizao de
Terminais Hidrovirios no Brasil, sendo mantidas a metodologia, a forma, o contedo e as
caractersticas fundamentais do estudo original. Por sua original destinao, este trabalho
certamente trar elementos significativos para as futuras iniciativas da Secretaria de Portos
com relao a elaborao do PGO.
Destaca-se, pois, que o Termo de Cooperao 002/2010, estabelecido entre a ANTAQ e
a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) atingiu plenamente seu propsito de propor
ao pblico aquavirio um PGO Hidrovirio, capaz de prover o setor de elementos de deciso
para a anlise de viabilidades no direcionamento de investimentos para a explorao de
instalaes porturias em hidrovias brasileiras.
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
6 ANTAQ/UFSC/LabTrans
3 METODOLOGIA PARA IDENTIFICAO DAS REAS PROPCIAS E
SIMULAES
Neste captulo descreve-se a metodologia utilizada na macrolocalizao das novas
reas propcias para instalao de terminais hidrovirios e daqueles cuja avaliao de
viabilidade consta no captulo 5.
No contexto desse estudo, a macrolocalizao de reas propcias para terminais
consiste na definio da melhor rea para implantao de instalaes aquavirias nas
microrregies lindeiras s hidrovias em estudo que ainda no possuem acesso a esse modal.
Inclui a identificao de uma faixa no entorno dessas hidrovias, apta implantao de
terminais, considerando limitaes tais como reas de preservao e reservas indgenas, alm
de um centroide que apresenta a melhor opo de integrao da hidrovia com os modais
terrestres disponveis.
Aps a identificao dessas reas, so estabelecidos os investimentos necessrios para
implantao das instalaes aquavirias e seus custos operacionais. J no item 3.3, descreve-se
a etapa de simulao e o processo iterativo que excluiu os terminais com baixa movimentao,
bem como os cenrios de infraestrutura hidroviria considerados nesse estudo. Por fim, o item
3.4 apresenta as premissas e os procedimentos para a anlise de viabilidade de terminais a ser
realizada no captulo 5.
3.1 Anlise espacial
A anlise espacial visa avaliar as reas mais adequadas para a instalao de novos
terminais hidrovirios. Inicialmente avaliam-se os trechos hidrovirios e as microrregies
lindeiras aptas a receber esses novos terminais. So apresentadas as reas restritas, Unidades
de Conservao e Reserva Indgena e, finalmente, as reas propcias para terminais de cada
bacia.
3.1.1 Trechos hidrovirios aptos a receberem novos terminais
Para cada bacia so apresentados os trechos aptos a receberem novos terminais
hidrovirios, com base em orientaes da ANTAQ.
3.1.1.1 Bacia do So Francisco
Rio So Francisco: desde Pirapora (MG) at Juazeiro (BA);
Rio Grande: desde Barreiras (BA) at a foz no So Francisco; e
Rio Corrente: desde Santa Maria da Vitria (BA) at a foz no So Francisco.
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans 7
3.1.1.2 Bacia do Sul
Rio Jacu: da cidade de Dona Francisca (RS) para a jusante e at a sua foz no Lago
Guaba;
Rio Taquari: da cidade de Muum (RS) at a sua foz no Rio Jacu;
Rio Ca: da cidade de So Sebastio do Ca (RS) at a sua foz no Delta do Rio Jacu;
Rio Sinos: da cidade de So Leopoldo (RS) at a sua foz no delta do Rio Jacu;
Rio Gravata: da cidade de Gravata (RS) at a sua foz no delta do Rio Jacu;
Lago do Guaba: do Delta do Rio Jacu para jusante at a sua confluncia com a
Lagoa dos Patos;
Lagoa dos Patos: da sua confluncia com o Lago Guaba para jusante e at a sua
confluncia com o Oceano Atlntico;
Lagoa Mirim: da foz do arroio So Miguel at a embocadura de montante do canal
de So Gonalo;
Canal de So Gonalo: do seu emboque de montante na Lagoa Mirim at a sua foz
(ou emboque de jusante) na Lagoa dos Patos; e
Canal de Acesso ao Terminal Santa Clara.
3.1.1.3 Bacia do Tocantins-Araguaia
Rio Tocantins: desde Peixe (TO) at a foz no Atlntico;
Rio Araguaia: desde Aruan (GO) at a foz no Rio Tocantins; e
Rio das Mortes: desde Nova Xavantina (MT) at a foz no Rio Araguaia.
3.1.1.4 Bacia Amaznica
Os trechos da Bacia Amaznica aptos a receberem novos terminais hidrovirios esto
elencados a seguir, divididos pela hidrovia correspondente.
Hidrovia Solimes-Amazonas
Rio Solimes: desde Tabatinga (AM) at a confluncia com o Rio Negro;
Rio Amazonas: da confluncia dos rios Negro e Solimes e at a sua foz no Oceano
Atlntico;
Rio Negro: da cidade de Cucu (AM) at a sua confluncia com o Rio Solimes;
Rio Branco: da confluncia dos rios Uraricoera e Tacutu e at a sua foz no Rio
Negro, formador do Rio Amazonas;
Rio Jari: do sop da Cachoeira Santo Antnio sua foz no Rio Amazonas; e
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
8 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Rio Trombetas: do sop da Cachoeira Porteira, situada no municpio de Oriximin
(PA), at a sua foz no Rio Amazonas.
Hidrovia do Madeira
Rio Madeira: da confluncia dos rios Beni (rio boliviano) e Mamor at a sua foz no
Rio Amazonas.
Hidrovia Teles Pires-Tapajs
Rio Tapajs: da confluncia dos rios Juruena e Teles Pires at a sua foz no Rio
Amazonas; e
Rio Teles Pires: da foz do Rio Verde, seu afluente da margem esquerda, situada
pouco a montante de 1142 de latitude Sul, at a sua confluncia com o Rio Juruena,
formador do Rio Tapajs.
3.1.1.5 Bacia do Paraguai
Rio Paraguai: da foz do ribeiro Vermelho, seu afluente da margem direita, at a foz
do Rio Apa, seu afluente da margem esquerda; e
Rio Cuiab: da cidade de Rosrio do Oeste (MT) sua foz no Rio Paraguai.
3.1.1.6 Bacia do Paran-Tiet
Rio Paran: da confluncia dos rios Grande e Paranaba at a sua confluncia com o
Rio Iguau;
Rio Tiet: do lago da Represa Ponte Nova, que se situa pouco a montante da cidade
de Biritiba-Mirim (SP), para jusante e at a sua foz no Rio Paran;
Rio Piracicaba: da cidade de Paulnia (SP) at a sua foz na margem direita do Rio
Tiet;
Rio Paranaba: de 46 25 de longitude Oeste para jusante e at a sua confluncia
com o Rio Grande;
Rio Grande: do Lago da Barragem de Camargos, no Municpio de Madre de Deus de
Minas (MG), at a sua confluncia com o Rio Paranaba; e
Canal Pereira Barreto: entre o Rio So Jos dos Dourados e o Rio Tiet.
3.1.2 Microrregies aptas a receberem novos terminais
A partir das hidrovias definidas para o estudo, foi necessrio identificar quais so as
microrregies lindeiras a elas. Para tanto, foi realizada uma anlise espacial a partir do
cruzamento da geometria da camada de hidrovias e dos dados georreferenciados de
microrregies, cuja fonte foi o IBGE. Como resultado dessa anlise, foram identificadas
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans 9
microrregies lindeiras s hidrovias distribudas em 16 Unidades da Federao. Essas reas
encontram-se relacionadas no Quadro 1.
Quadro 1- Relao das microrregies lindeiras s hidrovias
Fonte: LabTrans/UFSC
Nome Estado Nome Estado
Porto Velho RO Frutal MG
Rio Negro AM Jales SP
Japur AM Fernandpolis SP
Alto Solimes AM So Jos do Rio Preto SP
Juru AM Novo Horizonte SP
Tef AM Andradina SP
Coari AM Araatuba SP
Manaus AM Birigui SP
Itacoatiara AM Lins SP
Parintins AM Bauru SP
Madeira AM Ja SP
Boa Vista RR Botucatu SP
Nordeste de Roraima RR Araraquara SP
Caracara RR Limeira SP
Sudeste de Roraima RR Piracicaba SP
bidos PA Campinas SP
Santarm PA Dracena SP
Almeirim PA Presidente Prudente SP
Portel PA Tatu SP
Furos de Breves PA Sorocaba SP
Arari PA Paranava PR
Belm PA Umuarama PR
Salgado PA Toledo PR
Cameta PA Foz do Igua PR
Itaituba PA Restinga Seca RS
Altamira PA Santa Cruz do Sul RS
Tucuru PA Lajeado-Estrela RS
Paragominas PA Cachoeira do Sul RS
Marab PA Montenegro RS
Redeno PA So Jernimo RS
Conceio do Araguaia PA Porto Alegre RS
Macap AP Osrio RS
Mazago AP Camaqu RS
Bico do Papagaio TO Pelotas RS
Araguana TO Jaguaro RS
Miracema doTocantins TO Litoral Lagunar RS
Rio Formoso TO Baixo Pantanal MS
Gurupi TO Paranaba MS
Porto Nacional TO Trs Lagoas MS
Jalapo TO Nova Andradina MS
Dianpolis TO Iguatemi MS
Imperatriz MA Alta Floresta MT
Porto Franco MA Colder MT
Petrolina PE Alto Teles Pires MT
Barreiras BA Sinop MT
Cotegipe BA Norte Araguaia MT
Santa Maria da Vitria BA Canarana MT
Juazeiro BA Mdio Araguaia MT
Barra BA Rosrio Oeste MT
Bom Jesus da Lapa BA Cuiab MT
Guanambi BA Alto Pantanal MT
Paracatu MG Tesouro MT
Januria MG Alto Araguaia MT
Janaba MG So Miguel do Araguaia GO
Pirapora MG Rio Vermelho GO
Montes Claros MG Aragaras GO
Ituiutaba MG Sudoeste de Gois GO
Uberlndia MG Meia Ponte GO
Patrocnio MG Catalo GO
Patos de Minas MG Quirinpolis GO
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
10 ANTAQ/UFSC/LabTrans
O produto da anlise espacial pode ser observado na Figura 1.
Figura 1 - Microrregies lindeiras s hidrovias
Fonte: LabTrans/UFSC
Para as microrregies definidas, foram identificados os seus centroides, que
representam os pontos de maior concentrao populacional de cada uma das microrregies,
ou seja, so as cidades de maior populao. Assim, foi utilizado o dado georreferenciado de
cidades. A fonte foi o IBGE, o qual possui, em sua tabela de atributos, as informaes de
populao necessrias para a identificao dos centroides. A Figura 2 mostra os centroides das
microrregies lindeiras.
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans 11
Figura 2 - Centroides das microrregies lindeiras
Fonte: LabTrans/UFSC
Para a anlise dos acessos rodovirios foi utilizado o dado geogrfico de rodovias
disponibilizado pelo DNIT correspondente ao ano de 2007, atualizado com informaes
obtidas junto a Departamentos de Estradas de Rodagem (DERs). J com relao aos acessos
ferrovirios, a anlise foi realizada utilizando a base de dados da Agncia Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT).
3.1.3 reas de conservao e reas indgenas
Com relao ao critrio de anlise referente s unidades de conservao, utilizaram-se
os dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renovveis (IBAMA), os quais foram compilados pelos tcnicos do LabTrans.
Sobre as unidades de conservao, cabe considerar que suas delimitaes foram
institudas pela Lei Federal n 9.985, de 18 de julho de 2000, a qual instituiu o Sistema
Nacional de Unidades de Conservao da Natureza (SNUC). No documento legal, uma unidade
de conservao entendida como:
[...] espao territorial e seus recursos ambientais, incluindo as guas jurisdicionais, com caractersticas naturais relevantes, legalmente institudo pelo Poder Pblico, com objetivos de conservao e limites definidos, sob regime especial de administrao, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteo.
As unidades de conservao podem ser classificadas de acordo com o seu uso. Para o
estudo, as unidades de conservao entendidas como proteo integral foram consideradas
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
12 ANTAQ/UFSC/LabTrans
como reas inaptas a instalaes porturias, enquanto que aquelas de uso sustentvel,
embora consideradas, no foram definidas necessariamente como reas inapropriadas, e
puderam ser definidas como propcias na falta de outras opes com acessos e prximas ao
centroide.
Esse critrio foi adotado pela equipe do LabTrans em acordo com tcnicos da ANTAQ,
e partiu das premissas do SNUC que definem proteo integral como a manuteno dos
ecossistemas livres de alteraes causadas por interferncia humana, admitido apenas o uso
indireto dos seus atributos naturais, e uso sustentvel como
(...) explorao do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renovveis e dos processos ecolgicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecolgicos, de forma socialmente justa e economicamente vivel.
A Figura 3 apresenta uma viso geral de todas as unidades de conservao no
territrio brasileiro atribudas pelo IBAMA.
Figura 3 - Unidades de conservao brasileiras
LabTrans/UFSC
Para as reas de terras indgenas foram utilizados dados georreferenciados
disponibilizados pela Fundao Nacional do ndio (FUNAI). Esses dados esto representados
em polgonos que abarcam todos os tipos de usos de acordo com a classificao da Lei do ndio
(Lei Federal n 6.001, de 19 de Dezembro de 1973), que considera: terras ocupadas; reas
reservadas; e terras de domnio indgena. A Figura 4 apresenta a localizao das terras
indgenas no Brasil.
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans 13
Figura 4 - Terras indgenas do Brasil
LabTrans/UFSC
3.1.4 reas propcias de terminais identificadas
Previamente, analisou-se a existncia de instalaes porturias nas microrregies
lindeiras s hidrovias do PNIH. Tambm se verificou a existncia de instalaes porturias
planejadas para essas microrregies, as quais j constam na base de dados do SIGTAQ e esto
disponveis para simulao.
Dessa forma, as microrregies no contempladas com instalaes porturias tiveram
reas indicadas para o estudo. Entretanto, algumas excees foram concedidas para:
microrregies com mais de uma hidrovia, podendo ter uma rea indicada para cada hidrovia;
microrregies onde se iniciam hidrovias, as quais puderam receber reas indicadas em
extremos hidrovirios; ou ainda, microrregies que possuem vasta extenso territorial e
abrigam longo trecho hidrovirio, que as tornaram aptas a receberem mais de uma instalao
porturia dentro de seus limites.
Por outro lado, algumas microrregies sem terminais existentes no tiveram reas
indicadas, pois foram apontadas outras reas em microrregies limtrofes capazes de atender
tambm a essas microrregies.
A Figura 5 mostra as microrregies lindeiras e os portos e terminais porturios j
existentes nas hidrovias.
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
14 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Figura 5 - Instalaes Porturias localizadas em microrregies lindeiras
Fonte: LabTrans
Considerando as condies descritas, partiu-se para a identificao das reas mais
indicadas para instalaes porturias. Para ilustrar a metodologia adotada, apresentam-se
algumas situaes prticas como exemplo: a microrregio de Jalapo, no Tocantins (Figura 6) e
a de Januria, em Minas Gerais (Figura 7).
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans 15
Figura 6 - rea indicada para a microrregio de Jalapo - TO
Fonte: LabTrans/UFSC
Observa-se que na microrregio de Jalapo no existe acesso ferrovirio e no h
restries quanto a terras indgenas ou unidades de conservao s margens da hidrovia.
Assim, bastou identificar a rea lindeira hidrovia com acesso rodovirio mais prxima do
centroide (municpio de Goiantins). Como resultado, foi obtida a rea propcia no municpio de
Barra do Ouro.
Na microrregio de Januria, em Minas Gerais, houve unidades de conservao e
terras indgenas dentro desta, o que limitou as possibilidades de reas a serem indicadas,
conforme a Figura 7.
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
16 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Figura 7 - reas indicadas para a microrregio de Januria - MG
Fonte: LabTrans/UFSC
Observa-se, ainda, que a microrregio de Januria possui extenso trecho da Hidrovia
do Rio So Francisco em seu territrio. Dessa forma, foi indicada uma segunda rea propcia no
municpio de So Francisco, visto ser este o segundo mais populoso da microrregio.
Norteando-se pelos pressupostos apresentados, e conforme ilustrados nos casos das
microrregies de Jalapo e Januria, foram indicadas o restante das reas propcias para
instalaes porturias, buscando, assim, atender todas as microrregies lindeiras s hidrovias
relacionadas para o PNIH e complementar as instalaes porturias existentes e planejadas
(Figura 8).
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ANTAQ/UFSC/LabTrans 17
Figura 8 - reas indicadas para instalaes porturias
Fonte: LabTrans/UFSC
As reas propcias para novos terminais porturios de cada hidrovia esto listadas no
item 3.1.5 a seguir. Considera-se que os novos terminais entram em operao nos mesmos
horizontes em que seus respectivos trechos de hidrovia tornam-se operacionais.
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
18 ANTAQ/UFSC/LabTrans
3.1.5 reas indicadas em cada bacia
De acordo com os procedimentos descritos nos itens anteriores, para cada bacia foram
determinadas as reas propcias para instalao de novos terminais hidrovirios, apresentadas
no Quadro 2.
Quadro 2 - reas propcias para terminais (continuao)
Bacia
HidrogrficaNome Rio Microrregio
rea propcia de Barra Rio So Francisco Barra
rea propcia de Barreiras Rio Grande Barreiras
rea propcia de Malhada Rio So Francisco Guanambi
rea propcia de Riacho das Neves Rio Grande Barreiras
rea propcia de Santa Maria da Vitria Rio Corrente Santa Maria da Vitoria
rea propcia de Serra do Ramalho Rio So Francisco Bom Jesus da Lapa
rea propcia de Sento S Rio So Francisco Juazeiro
rea propcia de Xique-Xique Rio So Francisco Barra
rea propcia de Jaba Rio So Francisco Janauba
rea propcia de Januria Rio So Francisco Januaria
rea propcia de So Francisco Rio So Francisco Januaria
rea propcia de Uba Rio So Francisco Montes Claros
rea propcia de Arambar Lagoa dos Patos Camaqu
rea propcia de Dona Francisca Rio Jacu Restinga Seca
rea propcia de Gravata Rio Gravata Porto Alegre
rea propcia de Montenegro Rio Ca Montenegro
rea propcia de Muum Rio Taquari Lajeado-Estrela
rea propcia de Palmares do Sul Lagoa dos Patos Osrio
rea propcia de Restinga Seca Rio Jacu Restinga Seca
rea propcia de So Leopoldo Rio dos Sinos Porto Alegre
rea propcia de So Sebastio do Ca Rio Ca Montenegro
rea propcia para Nova Nazar Rio das Mortes Canarana
rea propcia para Nova Xavantina Rio das Mortes Nova Xavantina
rea propcia para Aguiarnpolis Rio Tocantins Porto Franco
rea propcia para Barra do Ouro Rio Tocantins Jalapo
rea propcia para Itaba Rio Tocantins Porto Nacional
rea propcia para Miracema do Tocantins Rio Tocantins Miracema do Tocantins
rea propcia para Baio Rio Tocantins Camera
rea propcia para Peixe Rio Tocantins Gurupi
rea propcia de Jacareanga Rio Tapajs Itaitba
rea propcia de Boa Vista Rio Branco Boa Vista / Nordeste de Roraima
rea propcia de Rorainpolis Rio Branco Sudeste de Roraima / Caracarai
rea propcia de Colder Rio Teles Pires Colder / Alta Floresta
rea propcia de Ipiranga do Norte Rio Teles Pires Alto Teles Pires / Sinop
rea propcia de Paranata Rio Teles Pires Alta Floresta
rea propcia de Cucu Rio Negro Rio Negro
So Francisco
Sul
Amaznica
Tocantins -
Araguaia
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans 19
Quadro 2- reas propcias para terminais (continuao)
Fonte: LabTrans/UFSC
Na etapa de simulao, atravs de um processo iterativo, foram selecionadas para
integrar a malha de transportes apenas as reas propcias de terminais com movimentao
significativa. As reas propcias em que isso ocorreu nos anos relativos a esse estudo (2015 e
2020) foram, ento, avaliadas quanto viabilidade econmica no captulo 5.
3.2 Estimativa de investimentos e custos operacionais de cada projeto
Nesta seo sero abordados os aspectos metodolgicos referentes aos seguintes
itens: investimentos em terminais hidrovirios; implantao de terminais hidrovirios; e
levantamento de custos operacionais.
Bacia
HidrogrficaNome Rio Microrregio
rea propcia de Cuiab Rio Cuiab Cuiab
rea propcia de Rosrio Oeste Rio Cuiab Rosrio Oeste
rea propcia de Pereira Barreto Canal de Pereira Barreto Andradina
rea propcia de Rubinia Rio Grande Jales
rea propcia de Bataypor Rio Paran Nova Andradina
rea propcia de Guara Rio Paran Guara
rea propcia de Querncia do Norte Rio Paran Paranava
rea propcia de Cachoeira Dourada Rio Paranaba Ituiutaba
rea propcia de Carmo do Paranaba Rio Paranaba Patos de Minas
rea propcia de Coromandel Rio Paranaba Patrocnio
rea propcia de Cumari Rio Paranaba Catalo
rea propcia de Itumbiara Rio Paranaba Itumbiara
rea propcia de Lagamar Rio Paranaba Paracatu
rea propcia de Paranaba Rio Paranaba Paranaiba
rea propcia de Patos de Minas Rio Paranaba Patos de Minas
rea propcia de Rosana Rio Paranapanema Rosana
rea propcia de Limeira Rio Piracicaba Limeira
rea propcia de Paulnia Rio Piracicaba Campinas
rea propcia de Piracicaba Rio Piracicaba Piracicaba
rea propcia de Ilha Solteira Rio So Jos dos Dourados Andradina
rea propcia de Buritama Rio Tiet Birigui
rea propcia de Ibitinga Rio Tiet Araraquara
rea propcia de Laranjal Paulista Rio Tiet Tatu
rea propcia de Novo Horizonte Rio Tiet Novo Horizonte
rea propcia de Porto Feliz Rio Tiet Sorocaba
rea propcia de Sabino Rio Tiet Lins
rea propcia de Salto Rio Tiet Sorocaba
rea propcia de Tiet Rio Tiet Piracicaba
rea propcia de Ubarana Rio Tiet Sao Jos do Rio Preto
Paran-
Tiet
Paraguai
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
20 ANTAQ/UFSC/LabTrans
3.2.1 Investimentos em terminais hidrovirios
As hidrovias so um componente de grande importncia dentro do projeto de
descentralizao da matriz brasileira de transportes de cargas e contam com vrias iniciativas
que visam o desenvolvimento econmico-sustentvel, como o PNLT e o PAC. Entretanto,
atualmente, o transporte de cargas dominado pelo modal rodovirio, como ilustra a Figura 9.
Figura 9 - Representatividade dos modais no transporte de cargas brasileiro
Fonte: CNT (2011)
Como pde ser observado, o modal rodovirio responde por mais de 60% da
movimentao de cargas no Brasil, ao passo que o modal ferrovirio e o hidrovirio
representam 20% e 13% da movimentao, respectivamente.
Essa configurao da matriz de transportes brasileira tem se mostrado inadequada
principalmente no que se refere s grandes distncias e quantidades transportadas, aspecto
em que a multimodalidade poderia contribuir no sentido de reduzir custos e aumentar a
competitividade dos produtos brasileiros.
Nesse contexto, as hidrovias podem desempenhar um papel fundamental se realizados
os investimentos necessrios para operacionalizar o escoamento de cargas em importantes
corredores de transportes que contam com vias navegveis.
Os investimentos apontados pelo PNLT como fundamentais e priorizados pelo PAC no
que se refere infraestrutura de transportes brasileira tm o intuito de equilibrar a
participao dos diferentes modais no transporte de cargas e assim reduzir os altos custos
logsticos atualmente observados. A Figura 10 apresenta a meta projetada tanto pelo PNLT
quanto pelo PAC para a distribuio da matriz de transportes de cargas brasileira no ano de
2025.
61,10%
20,70%
13,60% 4,20%
0,40%
Rodovirio Ferrovirio Aquavirio Dutovirio Areo
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans 21
Figura 10 - Meta da composio da matriz de transporte de cargas brasileira em 2025 Fonte: Ministrio dos Transportes (2010)
Na configurao da matriz de transporte brasileira esperada para 2025, observa-se que
a participao do modal hidrovirio dever se elevar dos atuais 13% para quase 30% tendo em
vista os investimentos previstos para tornar esse modal mais atrativo.
Esses investimentos, cujo valor estimado pelo PNLT gira em torno de R$ 15 bilhes,
envolvem vrios aspectos do modal hidrovirio para que o transporte de cargas possa ser
operacionalizado. Est prevista uma estruturao de corredores hidrovirios que envolve a
execuo de dragagens, derrocamento, sinalizao e balizamento, bem como a construo de
eclusas e terminais de apoio e transbordo (BRASIL, 2010).
Alm de seu papel fundamental para o equilbrio da matriz de transporte brasileira, o
modal hidrovirio mostra-se competitivo e vantajoso principalmente sob os aspectos
socioeconmico e ambiental, o que justifica os investimentos previstos.
No que se refere ao aspecto econmico, os investimentos em hidrovias e
infraestrutura de apoio podem ser justificados pelo seguinte:
Elevado potencial de produo agrcola: o Brasil possui enorme potencial de
produo de gros no interior de seu continente, que conectado com a frota
ocenica, alm de apresentar aumento progressivo da produo de lcool e
programas alternativos para a questo energtica, como os biocombustveis.
Cenrio futuro altamente favorvel no mercado global: os trs pases em
desenvolvimento que esto despontando na produo de gros so a China, a
ndia e o Brasil. Porm, h um cenrio desfavorvel para China e ndia, que tero
problemas para manter suas produes devido escassez de recursos hdricos, de
modo que possvel para o Brasil assumir a liderana em condies privilegiadas.
30%
35%
29%
5%
1%
Rodovirio Ferrovirio Hidrovirio Dutovirio Areo
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
22 ANTAQ/UFSC/LabTrans
Santana e Tachibana (2004) pontuam que o modal hidrovirio tem competitividade
mpar quando se trata de transportar grandes volumes de carga (superiores a 500.000
toneladas por ano) em grandes distncias (superiores a 500 quilmetros), principalmente
gros e combustveis. Alm disso, com poucas intervenes e investimentos, dezenas de
milhares de quilmetros de malha viria ficariam disponveis para navegao durante todo o
ano. Outra vantagem que o modal hidrovirio carrega a racionalizao da potncia dos
motores, uma vez que com 1 horsepower de potncia pode-se movimentar 5 toneladas por
hidrovia, enquanto que por ferrovia a quantidade se reduz para 0,5 a 1 tonelada, sendo menor
ainda no transporte por rodovia, que suporta apenas 0,15 a 0,20 toneladas com essa mesma
potncia.
Alm das questes levantadas anteriormente, o modal hidrovirio tambm
altamente favorvel quando considerado o aspecto ambiental, uma vez que: emite menos
poluentes, seu nvel de rudo inferior aos demais modais, contamina com menos intensidade
o stio ocupado e apresenta menores ndices de acidentes fatais. Dentro desse contexto,
destaca-se a importncia do papel dos terminais hidrovirios, que representam o elo entre a
hidrovia e os demais modais, auxiliando a compor, assim, um sistema logstico multimodal que
reduz os custos de transporte (SANTANA; TACHIBANA, 2004).
3.2.2 Implantao de terminais hidrovirios
A implantao de sistemas de transporte hidrovirio interior abrange principalmente
as seguintes atividades:
Instalao e uso do canteiro de obras;
Realizao de obras e servios para a criao e/ou melhoramento das condies de
navegabilidade da via;
Construo de portos e terminais hidrovirios.
nesse ltimo ponto que se concentra a abordagem da presente seo, mais
especificamente nos terminais hidrovirios, cuja principal finalidade consiste no transbordo
das cargas dos modais terrestres para a hidrovia. De acordo com Andrade (2002), para que os
terminais desempenhem essa funo necessrio que disponham de uma infraestrutura
bsica composta por:
Canal de acesso das embarcaes;
rea de estacionamento das embarcaes;
Estrutura de acostagem;
Equipamentos de carga e descarga;
rea de armazenagem e depsito;
Ptio de carregamento (trens e caminhes);
Ptio de manobra de veculos;
Acessos terrestres; e
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Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil
ANTAQ/UFSC/LabTrans 23
Local de abastecimento das embarcaes.
A definio do arranjo do terminal depende de vrios fatores, o que tambm influencia
o montante investido. Nesse sentido, o arranjo fsico do terminal dev