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  • Plano Nacional de Integrao HidroviriaDesenvolvimento de Estudos e Anlises das Hidrovias

    Brasileiras e suas Instalaes Porturias com Implantao de Base de Dados Georreferenciada e Sistema de

    Informaes Geogr cas

    Fevereiro 2013

    ESTUDO DE MACROLOCALIZAODE TERMINAIS HIDROVIRIOS

    NO BRASIL

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ii ANTAQ/UFSC/LabTrans

    Repblica Federativa do Brasil

    Dilma Roussef

    Presidenta da Repblica

    Secretaria de Portos (SEP)

    Jos Lenidas Cristino

    Ministro Chefe

    Ministrio dos Transportes

    Paulo Srgio Passos

    Ministro dos Transportes

    Agncia Nacional de Transportes Aquavirios (ANTAQ)

    Diretoria Colegiada

    Pedro Brito (Diretor-Geral Substituto)

    Fernando Jos de Pdua C. Fonseca (Diretor Interino)

    Mrio Povia (Diretor Interino)

    Superintendncia de Navegao Interior (SNI)

    Adalberto Tokarski (Superintendente)

    Superintendncia de Portos (SPO)

    Bruno de Oliveira Pinheiro (Superintendente Substituto)

    Superintendncia de Fiscalizao e Coordenao (SFC)

    Giovanni Cavalcanti Paiva (Superintendente)

    Superintendncia de Navegao Martima e de Apoio (SNM)

    Andr Lus Souto de Arruda Coelho (Superintendente)

    Superintendncia de Administrao e Finanas (SAF)

    Albeir Taboada Lima (Superintendente)

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans iii

    FICHA TCNICA

    AGNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIRIOS

    Gerncia de Desenvolvimento e Regulao da Navegao Interior (GDI) Jos Renato Ribas Fialho - Gerente Eduardo Pessoa de Queiroz - Coordenador Isaac Monteiro do Nascimento Gerncia de Estudos e Desempenho Porturio (GED) Fernando Antnio Correia Serra - Gerente Herbert Koehne de Castro Jos Esteves Botelho Rabello Gerncia de Portos Pblicos (GPP) Samuel Ramos de Carvalho Cavalcanti Gerente Substituto Paulo Henrique Ribeiro de Perni Camila Romero Monteiro da Silva Superintendncia de Fiscalizao e Controle (SFC) Frederico Felipe Medeiros Unidade Administrativa Regional do Paran (UARPR) Fbio Augusto Giannini ENTIDADES COLABORADORAS Ministrio dos Transportes (MT) Administraes Hidrovirias Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) VALEC - Engenharia, Construes e Ferrovias S.A. Unidades Administrativas Regionais da ANTAQ Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto (MPOG) Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC) Marinha do Brasil/Diretoria de Portos e Costas - Capitania Fluvial de Juazeiro Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) Agncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Agncia Nacional de guas (ANA) Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (BA) Secretaria do Desenvolvimento Econmico de Pernambuco - Porto Fluvial de Petrolina (PE) Secretaria de Transportes - RS - SEINFRA Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondnia (SOPH) Superintendncia de Portos e Hidrovias do Rio Grande do Sul (SPH) Departamento Hidrovirio do Estado de So Paulo (DH) Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil (CNA) e suas Federaes Confederao Nacional do Transporte (CNT) e suas Federaes Petrobras Transporte S/A (TRANSPETRO) Vale S.A.

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    iv ANTAQ/UFSC/LabTrans

    Associao dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (APROSOJA) Empresas Brasileiras de Navegao Interior TECON/Rio Grande Porto de Rio Grande (RS) Movimento Pr-Logstica Sindicatos das Empresas Brasileiras de Navegao - SINDARMA

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans v

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC

    Roselane Neckel - Reitora Lcia Helena Martins Pacheco- Vice-Reitora Sebastio Roberto Soares- Diretor do Centro Tecnolgico Jucilei Cordini - Chefe do Departamento de Engenharia Civil Laboratrio de Transportes e Logstica Amir Mattar Valente - Coordenador Geral do Laboratrio Equipe Tcnica - Transporte e Logstica Fabiano Giacobo - Coordenador Estudos Andr Ricardo Hadlich - Responsvel Tcnico Daniele Sehn - Economista Andr Felipe Kretzer Carlo Vaz Sampaio Felipe Souza dos Santos Gabriella Sommer Vaz Guilherme Tomiyoshi Nakao Humberto Assis de Oliveira Sobrinho Jonatas J. de Albuquerque Larissa Steinhorst Berlanda Luiz Gustavo Schmitt Marjorie Panceri Pires Natlia Tiemi Gomes Komoto Priscila Lammel Fernando Seabra - Consultor Pedro Alberto Barbetta - Consultor Equipe Tcnica - Tecnologia da Informao Antnio Vencius dos Santos - Coordenador Base de dados Georreferenciada Edsio Elias Lopes - Responsvel Tcnico Caroline Helena Rosa Guilherme Butter Demis Marques Paulo Roberto Vela Junior Sistema Luiz Claudio Duarte Dalmolin - Responsvel Tcnico Emanuel Espndola Rodrigo Silva de Melo Jos Ronaldo Pereira Junior Srgio Zarth Junior Leonardo Tristo Tiago Lima Trinidad Robson Junqueira da Rosa Design Grfico Guilherme Fernandes Heloisa Munaretto Reviso de Textos Lvia Carolina das Neves Segadilha Paula Carolina Ribeiro Pedro Gustavo Rieger Renan Abdalla Leimontas

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    vi ANTAQ/UFSC/LabTrans

    LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

    ALLMN Amrica Latina Logstica Malha Norte

    ALLMO Amrica Latina Logstica Malha Oeste

    ALLMP Amrica Latina Logstica Malha Paulista

    ALLMS Amrica Latina Logstica Malha Sul

    ANTAQ Agncia Nacional de Transportes Aquavirios

    ANTT Agncia Nacional de Transportes Terrestres

    BIT Banco de Informaes e Mapas de Transportes

    DERs Departamentos de Estradas de Rodagem

    DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

    EFC Estrada de Ferro Carajs

    EFPO Estrada de Ferro Paran-Oeste

    EFVM Estrada de Ferro Vitria-Minas

    ESALQ Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz

    FCA Ferrovia Centro-Atlntica

    FMM Fundo da Marinha Mercante

    FNSTN Ferrovia Norte-Sul Tramo Norte

    FTC Ferrovia Tereza Cristina

    FUNAI Fundao Nacional do ndio

    IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    LabTrans Laboratrio de Transportes e Logstica

    MDIC Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior

    MRS MRS Logstica

    PAC Programa de Acelerao do Crescimento

    PIB Produto Interno Bruto

    PNIH Plano Nacional de Integrao Hidroviria

    PNLT Plano Nacional de Logstica de Transportes

    SAFF Sistema de Acompanhamento e Fiscalizao de Transporte Ferrovirio

    SIFRECA Sistema de Informaes de Fretes

    SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza

    TIR Taxa Interna de Retorno

    TMA Taxa Mnima de Atratividade

    TNL Transnordestina Logstica

    TU Tonelada til

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina

    USP Universidade de So Paulo

    VPL Valor Presente Lquido

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    ANTAQ/UFSC/LabTrans vii

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Microrregies lindeiras s hidrovias ........................................................................... 10

    Figura 2 - Centroides das microrregies lindeiras ....................................................................... 11

    Figura 3 - Unidades de conservao brasileiras .......................................................................... 12

    Figura 4 - Terras indgenas do Brasil ........................................................................................... 13

    Figura 5 - Instalaes Porturias localizadas em microrregies lindeiras ................................... 14

    Figura 6 - rea indicada para a microrregio de Jalapo - TO .................................................... 15

    Figura 7 - reas indicadas para a microrregio de Januria - MG .............................................. 16

    Figura 8 - reas indicadas para instalaes porturias ............................................................... 17

    Figura 9 - Representatividade dos modais no transporte de cargas brasileiro .......................... 20

    Figura 10 - Meta da composio da matriz de transporte de cargas brasileira em 2025 ........... 21

    Figura 11 - Correlao entre os dados de investimento e movimentao de terminais

    autorizados ajustados curva potencial ..................................................................................... 24

    Figura 12 - Processo de simulao iterativa para avaliao de novos terminais hidrovirios .... 27

    Figura 13 - Modal hidrovirio em 2015 ....................................................................................... 29

    Figura 14 - Modal hidrovirio em 2020 ....................................................................................... 29

    Figura 15 - Modal hidrovirio em 2015 ....................................................................................... 30

    Figura 16 - Modal hidrovirio em 2020 ....................................................................................... 30

    Figura 17 - Modal hidrovirio em 2015 ....................................................................................... 31

    Figura 18 - Modal hidrovirio em 2020 ....................................................................................... 31

    Figura 19 - Modal hidrovirio em 2015 ....................................................................................... 32

    Figura 20 - Modal hidrovirio em 2020 ....................................................................................... 32

    Figura 21 - Modal hidrovirio em 2015 ....................................................................................... 33

    Figura 22 - Modal hidrovirio em 2020 ....................................................................................... 33

    Figura 23 - Modal hidrovirio em 2015 ....................................................................................... 34

    Figura 24 - Modal hidrovirio em 2020 ....................................................................................... 34

    Figura 25 - Terminais j existentes e reas propcias de novos terminais hidrovirios com ano

    timo de abertura ....................................................................................................................... 41

    Figura 26 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) ............................................................... 42

    Figura 27 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) ............................................................... 42

    Figura 28 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) ............................................................... 43

    Figura 29 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) ............................................................... 43

    Figura 30 - Terminais j existentes e reas propcias de novos terminais hidrovirios com ano

    timo de abertura ....................................................................................................................... 47

    Figura 31 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) ............................................................... 48

    Figura 32 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) ............................................................... 49

    Figura 33 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) ............................................................... 50

    Figura 34 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) ............................................................... 51

    Figura 35 - Terminais j existentes e reas propcias de novos terminais hidrovirios com ano

    timo de abertura ....................................................................................................................... 55

    Figura 36 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) ............................................................... 56

    Figura 37 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) ............................................................... 56

    Figura 38 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) ............................................................... 57

    Figura 39 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) ............................................................... 57

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    viii ANTAQ/UFSC/LabTrans

    Figura 40 - Terminais j existentes e reas propcias de novos terminais hidrovirios com ano

    timo de abertura ....................................................................................................................... 64

    Figura 41 - Carregamento nas hidrovias- Fluxo 2015 (t) ............................................................. 65

    Figura 42 - Carregamento nas hidrovias - Fluxo 2020 (t) ............................................................ 66

    Figura 43 - Carregamento nas hidrovias - Fluxo 2025 (t) ............................................................ 67

    Figura 44 - Carregamento nas hidrovias - Fluxo 2030 (t) ............................................................ 68

    Figura 45 - Terminais j existentes e reas propcias de novos terminais hidrovirios com ano

    ideal de abertura ......................................................................................................................... 71

    Figura 46 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) ............................................................... 73

    Figura 47 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) ............................................................... 74

    Figura 48 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) ............................................................... 75

    Figura 49 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) ............................................................... 76

    Figura 50 - Terminais j existentes e reas propcias de novos terminais hidrovirios com ano

    timo de abertura ............................................................................................................................. 81

    Figura 51 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2015 (t) ............................................................... 82

    Figura 52- Carregamento na hidrovia - Fluxo 2020 (t) ................................................................ 83

    Figura 53 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2025 (t) ............................................................... 84

    Figura 54 - Carregamento na hidrovia - Fluxo 2030 (t) ............................................................... 85

    Figura 55 - Regresso Linear entre Quantidade Anual Movimentada e Investimento Inicial

    Necessrio ................................................................................................................................... 88

    Figura 56 - rea propcia de Januria .......................................................................................... 91

    Figura 57 - rea propcia de Malhada ......................................................................................... 93

    Figura 58 - rea propcia de Serra do Ramalho .......................................................................... 95

    Figura 59 - rea propcia de Sento S ......................................................................................... 97

    Figura 60 - reas propcias viveis para a Bacia do So Francisco .............................................. 99

    Figura 61 - rea propcia de Montenegro e So Sebastio do Ca ............................................ 103

    Figura 62 - reas propcias viveis para a Bacia do Sul ............................................................. 105

    Figura 63 - rea propcia de Miracema do Tocantins ............................................................... 108

    Figura 64 - rea propcia de Barra do Ouro .............................................................................. 110

    Figura 65 - rea propcia de Aguiarnpolis ............................................................................... 112

    Figura 66 - rea propcia de Peixe ............................................................................................. 114

    Figura 67 - reas propcias viveis para a Bacia do Tocantins-Araguaia................................... 115

    Figura 68 - rea propcia de Rorainpolis ................................................................................. 118

    Figura 69 - rea propcia de Bataypor ..................................................................................... 121

    Figura 70 - rea propcia de Buritama ...................................................................................... 123

    Figura 71 - rea propcia de Ibitinga ......................................................................................... 125

    Figura 72 - rea propcia de Paranaba ..................................................................................... 127

    Figura 73 - rea propcia de Pereira Barreto ............................................................................ 129

    Figura 74 - rea propcia de Piracicaba ..................................................................................... 130

    Figura 75 - rea propcia de Querncia do Norte ..................................................................... 132

    Figura 76 - rea propcia de Ubarana ....................................................................................... 134

    Figura 77 - rea propcia de Sabino .......................................................................................... 136

    Figura 78 - rea propcia de Rosana.......................................................................................... 138

    Figura 79 - reas propcias viveis para a Bacia do Paran-Tiet ............................................. 140

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans ix

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1- Relao das microrregies lindeiras s hidrovias ........................................................ 9

    Quadro 2 - reas propcias para terminais (continuao) .......................................................... 18

    Quadro 3 - Grupos de produtos .................................................................................................. 25

    Quadro 4 - Cargas tpicas e potenciais para a Bacia do So Francisco ........................................ 89

    Quadro 5 - Cargas tpicas e potenciais para a Bacia do Sul ....................................................... 100

    Quadro 6 - Cargas tpicas e potenciais para a Bacia do Sul ....................................................... 106

    Quadro 7 - Cargas tpicas e potenciais para a Amaznia .......................................................... 116

    Quadro 8 - Cargas tpicas e potenciais para a Bacia do Paraguai ............................................. 118

    Quadro 9 - Cargas tpicas e potenciais para a Bacia do Tiet ................................................... 119

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    x ANTAQ/UFSC/LabTrans

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Tarifas de transbordo por grupo de produtos ............................................................ 36

    Tabela 2 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t) ............................................................. 38

    Tabela 3 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) ........................................................... 39

    Tabela 4 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) ........................................................... 39

    Tabela 5 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) ........................................................... 39

    Tabela 6 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t) ............................................................. 45

    Tabela 7 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) ........................................................... 45

    Tabela 8 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) ........................................................... 46

    Tabela 9 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) ........................................................... 46

    Tabela 10 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t)........................................................... 52

    Tabela 11 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) ......................................................... 53

    Tabela 12 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) ......................................................... 53

    Tabela 13 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) ......................................................... 53

    Tabela 14 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t)........................................................... 59

    Tabela 15 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2020 (t)........................................................... 60

    Tabela 16 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2025 (t)........................................................... 61

    Tabela 17 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2030 (t)........................................................... 62

    Tabela 18 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t)........................................................... 70

    Tabela 19 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) ......................................................... 70

    Tabela 20 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) ......................................................... 70

    Tabela 21 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) ......................................................... 70

    Tabela 22 - Carregamento nos terminais - Fluxo 2015 (t)........................................................... 78

    Tabela 23 - Carregamentos nos terminais - Fluxo 2020 (t) ......................................................... 78

    Tabela 24- Carregamentos nos terminais - Fluxo 2025 (t) .......................................................... 79

    Tabela 25- Carregamentos nos terminais - Fluxo 2030 (t) .......................................................... 79

    Tabela 26 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de

    Januria (t) ................................................................................................................................... 90

    Tabela 27 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de

    Januria ....................................................................................................................................... 90

    Tabela 28 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica . 91

    Tabela 29 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de

    Malhada (t) .................................................................................................................................. 92

    Tabela 30 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de

    Malhada ...................................................................................................................................... 92

    Tabela 31 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica . 93

    Tabela 32 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de Serra

    do Ramalho (t) ............................................................................................................................. 94

    Tabela 33 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de

    Serra do Ramalho ........................................................................................................................ 94

    Tabela 34 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica . 95

    Tabela 35 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de Sento

    S (t) ............................................................................................................................................ 96

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans xi

    Tabela 36 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de

    Sento S ....................................................................................................................................... 96

    Tabela 37 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica . 97

    Tabela 38 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao

    tpica) ........................................................................................................................................... 98

    Tabela 39 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao

    total) ............................................................................................................................................ 98

    Tabela 40 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de

    Montenegro (t) .......................................................................................................................... 101

    Tabela 41 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de

    Montenegro .............................................................................................................................. 101

    Tabela 42 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica ... 102

    Tabela 43 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de So

    Sebastio do Ca (t) ................................................................................................................... 102

    Tabela 44 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de So

    Sebastio do Ca ........................................................................................................................ 103

    Tabela 45 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao

    tpica) ......................................................................................................................................... 104

    Tabela 46 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao

    total) .......................................................................................................................................... 104

    Tabela 47 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de

    Miracema do Tocantins (t) ........................................................................................................ 107

    Tabela 48 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de

    Miracema do Tocantins ............................................................................................................. 107

    Tabela 49 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica ... 108

    Tabela 50 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de Barra

    do Ouro (t) ................................................................................................................................. 109

    Tabela 51 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de

    Barra do Ouro ............................................................................................................................ 109

    Tabela 52 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica ... 110

    Tabela 53 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de

    Aguiarnpolis (t) ........................................................................................................................ 111

    Tabela 54 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de

    Aguiarnpolis ............................................................................................................................ 111

    Tabela 55 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica ... 112

    Tabela 56 - Demanda simulada de carga tpica, potencial e total para a rea propcia de Peixe

    (t) ............................................................................................................................................... 113

    Tabela 57 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de

    Peixe (t) ..................................................................................................................................... 113

    Tabela 58 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao

    tpica) ......................................................................................................................................... 114

    Tabela 59 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao

    total) .......................................................................................................................................... 115

    Tabela 60 - Demanda simulada de para a rea propcia de Rorainpolis (t) ............................ 117

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans xiii

    Tabela 86 - Resultados da anlise econmica do terminal planejado para a rea propcia de

    Rosana ....................................................................................................................................... 137

    Tabela 87 - Investimento necessrio para a viabilizao do terminal apenas com a carga tpica ... 137

    Tabela 88 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao

    tpica) ......................................................................................................................................... 138

    Tabela 89 - Comparativo entre as reas propcias para instalao de terminais (movimentao

    total) .......................................................................................................................................... 139

    Tabela 90 - Comparativo de movimentao e viabilidade das reas propcias de terminais ... 141

    Tabela 91 - reas propcias inviveis e investimento calculado para viabilizao ................... 142

    Tabela 92 - Movimentao em 2011 e carregamento apresentado nas simulaes ............... 144

    Tabela 93 - Movimentao em 2011 (ANTAQ) e carregamento apresentado nas simulaes 144

    Tabela 94 - Movimentao em 2011 (ANTAQ) e carregamento apresentado nas simulaes 145

    Tabela 95 - Movimentao em 2011 (ANTAQ) e carregamento apresentado nas simulaes 146

    Tabela 96 - Movimentao em 2011 (ANTAQ) e carregamento apresentado nas simulaes 147

    Tabela 97 - Movimentao em 2011 (AHRANA) e carregamento apresentado nas simulaes .... 148

    Tabela 98 - Comparativo de viabilidade das reas propcias para terminais ............................ 150

    Tabela 99 - Comparativo entre movimentao e investimentos mnimos e mximos previstos

    para a viabilizao de terminais ................................................................................................ 151

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    xiv ANTAQ/UFSC/LabTrans

    SUMRIO

    LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ................................................................................................vi

    LISTA DE FIGURAS......................................................................................................................... vii

    LISTA DE QUADROS ....................................................................................................................... ix

    LISTA DE TABELAS .......................................................................................................................... x

    PREFCIO .................................................................................................................................... xvii

    1 INTRODUO ........................................................................................................................... 1

    2 A FINALIDADE DO ESTUDO E DO PLANO NACIONAL DE INTEGRAO HIDROVIRIA .......... 3

    2.1 A importncia dos terminais porturios em hidrovias .......................................................... 3

    2.2 A Macrolocalizao de terminais hidrovirios no Brasil como parte de um estudo maior .. 4

    3 METODOLOGIA PARA IDENTIFICAO DAS REAS PROPCIAS E SIMULAES ................... 6

    3.1 Anlise espacial ..................................................................................................................... 6

    3.1.1 Trechos hidrovirios aptos a receberem novos terminais .................................................. 6

    3.1.2 Microrregies aptas a receberem novos terminais ............................................................ 8

    3.1.3 reas de conservao e reas indgenas .......................................................................... 11

    3.1.4 reas propcias de terminais identificadas ....................................................................... 13

    3.1.5 reas indicadas em cada bacia ......................................................................................... 18

    3.2 Estimativa de investimentos e custos operacionais de cada projeto ................................. 19

    3.2.1 Investimentos em terminais hidrovirios ......................................................................... 20

    3.2.2 Implantao de terminais hidrovirios ............................................................................. 22

    3.2.3 Custos de Investimento em terminais hidrovirios .......................................................... 23

    3.2.4 Custos de operao e manuteno de terminais hidrovirios ......................................... 24

    3.3 Simulao dos Projetos ....................................................................................................... 25

    3.3.1 Metodologia ...................................................................................................................... 25

    3.3.2 Montagem dos cenrios de infraestrutura ....................................................................... 27

    3.4 Anlise econmica de terminais hidrovirios de cargas ..................................................... 35

    4 SIMULAES E RESULTADOS GERAIS ................................................................................... 38

    4.1 Bacia do So Francisco ........................................................................................................ 38

    4.1.1 Carregamento nos terminais ............................................................................................ 38

    4.1.2 Carregamento na hidrovia ................................................................................................ 41

    4.2 Bacia do Sul.......................................................................................................................... 45

    4.2.1 Carregamento nos terminais ............................................................................................ 45

    4.2.2 Carregamento na hidrovia ................................................................................................ 48

    4.3 Bacia do Tocantins ............................................................................................................... 52

    4.3.1 Carregamento nos terminais ............................................................................................ 52

    4.3.2 Carregamento na hidrovia ................................................................................................ 55

    4.4 Bacia Amaznica .................................................................................................................. 58

    4.4.1 Carregamento nos terminais ............................................................................................ 58

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans xv

    4.4.2 Carregamento na hidrovia ................................................................................................ 64

    4.5 Bacia do Paraguai ................................................................................................................ 69

    4.5.1 Carregamento nos terminais ............................................................................................ 69

    4.5.2 Carregamento na hidrovia ................................................................................................ 73

    4.6 Bacia do Paran-Tiet .......................................................................................................... 77

    4.6.1 Carregamento nos terminais ............................................................................................ 77

    4.6.2 Carregamento na hidrovia ................................................................................................ 81

    5 ANLISE ECONMICA DE REAS PROPCIAS PARA TERMINAIS HIDROVIRIOS ................ 87

    5.1 Bacia do So Francisco ........................................................................................................ 89

    5.1.1 rea propcia de Januria ................................................................................................. 89

    5.1.2 rea propcia de Malhada ................................................................................................. 91

    5.1.3 rea propcia de Serra do Ramalho .................................................................................. 93

    5.1.4 rea propcia de Sento S ................................................................................................. 95

    5.1.5 Comparativo entre reas propcias - Movimentao tpica ............................................. 97

    5.1.6 Comparativo entre reas propcias - Movimentao total ............................................... 98

    5.2 Bacia do Sul.......................................................................................................................... 99

    5.2.1 rea propcia de Montenegro ......................................................................................... 100

    5.2.2 rea propcia de So Sebastio do Ca ............................................................................ 102

    5.2.3 Comparativo entre reas propcias - Movimentao tpica ........................................... 103

    5.2.4 Comparativo entre reas propcias - Movimentao total ............................................. 104

    5.3 Bacia do Tocantins-Araguaia ............................................................................................. 105

    5.3.1 rea propcia de Miracema do Tocantins ....................................................................... 106

    5.3.2 rea propcia de Barra do Ouro ...................................................................................... 108

    5.3.3 rea propcia de Aguiarnpolis ....................................................................................... 110

    5.3.4 rea propcia de Peixe .................................................................................................... 112

    5.3.5 Comparativo entre reas propcias - Movimentao tpica ........................................... 114

    5.3.6 Comparativo entre reas propcias - Movimentao total ............................................. 114

    5.4 Bacia Amaznica ................................................................................................................ 116

    5.4.1 rea propcia de Rorainpolis ......................................................................................... 116

    5.5 Bacia do Paraguai .............................................................................................................. 118

    5.6 Bacia do Paran-Tiet ........................................................................................................ 119

    5.6.1 rea propcia de Bataypor ............................................................................................ 120

    5.6.2 rea propcia de Buritama .............................................................................................. 122

    5.6.3 rea propcia de Ibitinga ................................................................................................. 123

    5.6.4 rea propcia de Paranaba ............................................................................................. 125

    5.6.5 rea propcia de Pereira Barreto .................................................................................... 127

    5.6.6 rea propcia de Piracicaba ............................................................................................ 129

    5.6.7 rea propcia de Querncia do Norte ............................................................................. 130

    5.6.8 rea propcia de Ubarana ............................................................................................... 132

    5.6.9 rea propcia de Sabino .................................................................................................. 134

    5.6.10 rea propcia de Rosana ................................................................................................. 136

    5.6.11 Comparativo entre reas propcias - Movimentao tpica ........................................... 138

    5.6.12 Comparativo entre reas propcias - Movimentao total ............................................. 139

    5.7 Resumo de resultados da anlise de viabilidade ............................................................... 140

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    xvi ANTAQ/UFSC/LabTrans

    6 AVALIAO DA MOVIMENTAO DE TERMINAIS HIDROVIRIOS EXISTENTES ............... 143

    6.1 Bacia do So Francisco ...................................................................................................... 143

    6.2 Bacia do Sul........................................................................................................................ 144

    6.3 Bacia do Tocantins-Araguaia ............................................................................................. 145

    6.4 Bacia Amaznica ................................................................................................................ 145

    6.5 Bacia do Paraguai .............................................................................................................. 147

    6.6 Bacia do Paran-Tiet ........................................................................................................ 147

    7 CONSIDERAES FINAIS ...................................................................................................... 149

    REFERNCIAS ............................................................................................................................ 153

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans xvii

    PREFCIO

    O Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil fruto da

    persistncia da ANTAQ em apresentar para a sociedade uma soluo vivel para investimentos

    em hidrovias no Brasil. Corrobora com a mudana na configurao dos modais de transporte

    que compem a matriz brasileira atual, cuja projeo foi feita pelo Plano Nacional de Logstica

    e Transportes (PNLT). , efetivamente, um documento a ser consultado como indicativo de

    localidades e propores de investimentos no setor hidrovirio.

    O presente estudo representa a consecuo de um trabalho comeado h tempos,

    cujo amadurecimento foi desencadeado ao longo de vrias constataes e novas vises sobre

    o setor aquavirio de transportes. um instrumento prtico e objetivo, elaborado com auxlio

    do Sistema de Informaes Geogrficas do Transporte Aquavirio (SIGTAQ), software que se

    baseia na mais moderna tcnica de Sistemas de Informaes Geogrficas e metodologia de

    simulaes logsticas. Foi desenvolvido em um ambiente computacional que lhe permite

    constante atualizao e auxilia na busca rotineira pelos melhores caminhos para o transporte

    da produo nacional a partir de parmetros logsticos de custo. Tudo isso a partir da

    constituio de um banco de dados que alimentou as simulaes realizadas e as projees

    econmico-financeiras de cada rea propcia para instalao de terminais hidrovirios.

    O Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil indica aos usurios

    do setor aquavirio as diversas possibilidades de investimentos em terminais hidrovirios e,

    consequentemente, em hidrovias. Traz um conjunto de mapas com reas representando

    provveis locais para instalaes porturias, suas viabilidades econmico-financeiras,

    ambientais, bem como o fluxo de carga-produto a ser escoado nas hidrovias. Aponta, de forma

    consistente, o conjunto situacional sobre locais, valores financeiros e de movimentao de

    cargas, de forma que possa ser usado como instrumento essencial na escolha de projetos.

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans 1

    1 INTRODUO

    O PNIH a reunio de vrios projetos cuja composio final agrega valor capacidade

    de gesto do setor aquavirio. Possui quatro grandes objetos, que juntos formam o todo do

    projeto e que provm ao setor aquavirio os seguintes produtos:

    Banco de dados georreferenciado;

    Sistema de processamento de dados georreferenciado (SIGTAQ);

    Metodologia, anlises de hidrovias selecionadas e o Estudo de Macrolocalizao

    de Terminais Hidrovirios no Brasil; e

    Capacitao do corpo tcnico da ANTAQ.

    O Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil forma a anlise

    sobre a possibilidade de explorao de instalaes porturias ao longo das hidrovias

    brasileiras, considerando diferentes cenrios logsticos. De uma forma prtica, o resultado do

    projeto apresenta as seguintes caractersticas:

    Avaliao e indicao de demandas por transporte hidrovirio;

    Macrolocalizao de eventuais terminais hidrovirios.

    O estudo foi construdo segundo as seguintes etapas:

    Identificao dos fluxos relevantes para o estudo;

    Quantificao dos fluxos atuais de transporte;

    Localizao das reas produtoras e consumidoras;

    Projeo dos fluxos futuros de consumo e de transportes;

    Identificao da rede de terminais hidrovirios atuais e futuros;

    Estimativa de investimentos e custos operacionais de cada projeto;

    Simulao dos projetos apontados; e

    Avaliao econmica dos projetos.

    O Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios limita-se a projees de

    curto alcance temporal, que vo at o ano de 2020. Nesse cenrio, trata-se de um potencial

    instrumento de regulao da ANTAQ, constituindo-se em fonte para anlise de projetos a

    serem desenvolvidos nas hidrovias.

    Em um mercado sem lastro para balizar decises sobre investimentos, o estudo

    fonte bsica de referncia para quem deseja explorar novos terminais porturios. Nele,

    encontram-se os caminhos dos fluxos de cargas, especificados por produtos e carregamentos

    ao longo das hidrovias. Alm disso, h projees econmico-financeiras que orientam o

    interessado em questes de avaliao de retorno financeiro (Taxa Interna de Retorno - TIR),

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    2 ANTAQ/UFSC/LabTrans

    bem como de fretes e outros elementos formadores de custos. referncia para o mercado

    aquavirio e deve ser usado para que haja convergncia nas ideias que norteiam a mudana da

    matriz modal, na forma prevista pelo PNLT privilegiando o modal aquavirio.

    O PNIH foi concebido pela ANTAQ visando a dois objetivos centrais: um estudo

    detalhado sobre as hidrovias brasileiras e a indicao de reas propcias para futuras

    instalaes porturias. Para atingir ao primeiro objetivo, idealizou-se o projeto intitulado

    Desenvolvimento de Estudos e Anlises das Hidrovias Brasileiras e suas Instalaes Porturias

    com Implantao de Base de Dados Georreferenciada e Sistema de Informao Geogrfica.

    Dentre as atividades definidas para esse projeto est o Objeto 3, cujo intuito dar

    suporte ANTAQ atravs do desenvolvimento de um estudo com anlise de diferentes

    cenrios logsticos, buscando avaliar a criao de terminais porturios e alternativas de

    transporte de navegao interior para escoamento da produo. O referido estudo subdividiu-

    se em dois outros: no estudo da Bacia do Tocantins-Araguaia e no das outras cinco Bacias

    definidas no Objeto 3. O primeiro constituiu o projeto piloto que serviu como base para o

    segundo.

    Visando estruturar os relatrios de modo que estes pudessem fornecer uma viso

    geral da metodologia utilizada e, posteriormente, das particularidades de cada bacia, foram

    organizadas quatorze edies. A primeira diz respeito descrio da metodologia aplicada. As

    seis subsequentes correspondem aos resultados referentes : Bacia do Tocantins-Araguaia,

    Amaznica, do So Francisco, do Paraguai, do Paran-Tiet e, finalmente, do Sul. As outras seis

    se referem aos relatrios executivos sobre cada bacia, os quais, de forma sucinta, trazem os

    principais pontos abordados no estudo de cada uma delas, juntamente com os resultados

    alcanados. O dcimo quarto e ltimo dessa srie de relatrios trata-se do presente estudo

    sobre a Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil, que apresenta a definio das

    reas prioritrias para instalaes de portos pblicos e/ou terminais de movimentao de

    cargas considerando os horizontes de 2015 e 2020, alm de uma rpida anlise de localidades

    onde j existem terminais e que possuem grande potencialidade de extenso da capacidade

    operacional.

    Ao todo, o presente relatrio constitui-se de sete captulos, sendo o primeiro

    composto por esta introduo. Os captulos posteriores referem-se descrio da metodologia

    utilizada nas etapas elencadas anteriormente e dos resultados obtidos pelo estudo. So eles:

    Captulo 2: A finalidade de constituio do Plano Nacional de Integrao

    Hidroviria;

    Captulo 3: Metodologia para identificao das reas propcias e simulaes;

    Captulo 4: Simulaes e resultados gerais;

    Captulo 5: Anlise econmica de reas propcias para terminais hidrovirios;

    Captulo 6: Avaliao da movimentao de terminais hidrovirios existentes;

    Captulo 7: Consideraes Finais.

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans 3

    2 A FINALIDADE DO ESTUDO E DO PLANO NACIONAL DE INTEGRAO

    HIDROVIRIA

    Nessa seco discute-se a importncia dos terminais porturios em hidrovias e a

    constituio desse estudo dentro de um plano maior: o Plano Nacional de Integrao

    Hidroviria.

    2.1 A importncia dos terminais porturios em hidrovias

    No incio do sculo XXI, o Brasil comeou a delinear um novo marco de atuao na

    economia mundial, com maior diversificao e ampliao de mercados e aumento da escala

    produtiva. A exportao de commodities tem tido um peso relevante nas riquezas produzidas

    pelo pas. Entretanto, de forma contraditria, esse momento no chegou acompanhado de

    infraestrutura de transportes adequada e necessria para sustent-lo, principalmente no que

    tange infraestrutura porturia, seja essa martima ou interior.

    Dentro do jogo econmico mundial da atualidade, que globalizado e dinmico, os

    portos ganham destaque estratgico, afetando aes e polticas de governos estaduais. Isso se

    deve, basicamente, por sua funo primordial que a de ligar mercados. Os terminais

    porturios so verdadeiros ns, polos concentradores e disseminadores que permitem a

    concretizao dos fluxos de mercadorias e pessoas.

    Essa funcionalidade essencial possui importncia estratgica em determinadas regies

    do Brasil, como na regio Norte, naturalmente configurada por vastas florestas e rios. Os

    terminais dessa regio so verdadeiros elos entre pequenas comunidades ribeirinhas e os

    grandes centros urbanos regionais, detentores dos melhores equipamentos sociais de uso

    coletivo, do comrcio diversificado, de uma vasta rede bancria e lazer, entre outros. Nesse

    contexto socioespacial, a ligao entre via navegvel e terminal imprescindvel para vrias

    comunidades. nessa conjuntura que as instituies pblicas, como o Ministrio dos

    Transportes (MT), a Secretaria de Portos (SEP), o Departamento Nacional de Infraestrutura de

    Transportes (DNIT) e a Agncia Nacional de Transportes Aquavirios (ANTAQ) devem agir.

    Da necessidade de especializao institucional e da prpria hierarquia entre os

    poderes surgem s funes de cada rgo da administrao pblica. No contexto dos

    transportes aquavirios, o planejamento e as polticas so implantadas pelo Ministrio dos

    Transportes e pela Secretaria de Portos, nos respectivos campos de atuao. J as obras em

    hidrovias so de responsabilidade do DNIT. A ANTAQ a entidade responsvel pela regulao

    e fiscalizao do subsetor de transportes que engloba as navegaes martima, interior e os

    portos. Alm disso, so objetivos da ANTAQ implementar as polticas formuladas pela esfera

    governamental e, essencialmente, garantir a movimentao de pessoas e bens, em

    cumprimento a padres de eficincia, segurana, conforto, regularidade, pontualidade e

    modicidade nos fretes e tarifas, como estabelece a Lei 10.233 de 2001.

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    4 ANTAQ/UFSC/LabTrans

    Entre as incumbncias especficas da ANTAQ, esto os estudos sobre a matria que lhe

    de competncia no exerccio de suas funes reguladoras, fiscalizadoras e de concesso de

    outorgas de autorizao.

    O presente estudo um documento emitido pela Agncia, cujo objetivo colaborar

    com o processo de expanso de um setor especfico, tendo ambivalncia para o setor pblico e

    privado. A Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios um instrumento obtido de anlises

    tcnicas que serve como suporte para que o estado e a iniciativa privada se organizem da

    melhor forma possvel para cenrios futuros que podero demandar investimentos ou

    redirecionar polticas e estratgias.

    O presente documento referente explorao de infraestrutura porturia fluvial e

    lacustre, assim cognominado de Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no

    Brasil. A sua finalidade vincula-se ao compromisso entre a ANTAQ e a sociedade brasileira,

    essencialmente aquela parcela que precisa do transporte hidrovirio como meio de

    deslocamento, de comrcio, entre outras funcionalidades sociais e econmicas de primeira

    ordem. instrumento auxiliar para as polticas de desenvolvimento e deve ser concebido

    como parte de um processo maior, que visa cooperar com o atual momento da economia

    nacional e estimular o maior intercmbio de produtos, pessoas, programas e projetos sociais

    entre as regies no pas.

    2.2 A Macrolocalizao de terminais hidrovirios no Brasil como parte de um

    estudo maior

    O presente estudo para Terminais Hidrovirios foi elaborado a partir de uma proposta

    maior, de projetos mais amplos. um produto dentro de um conjunto de aes adotadas pela

    ANTAQ desde setembro de 2010. Essas aes so denominadas de Plano Nacional de

    Integrao Hidroviria.

    Como produtos do PNIH e, ao mesmo tempo, subsdio aos estudos que foram

    realizados pelo Laboratrio de Transportes e Logstica da UFSC, foi desenvolvida uma base de

    dados geogrficos que viabilizou as simulaes de possveis reas para terminais. Essas

    simulaes, entre outras anlises de logstica e planejamento em transportes, foram realizadas

    em uma soluo computacional baseada em uma ferramenta GIS (Geographic Information

    System). Tal ferramenta, que o segundo produto do termo de cooperao, denominada de

    SIGTAQ (Sistema de Informaes Geogrficas dos Transportes Aquavirios). O ltimo elemento

    compositor do PNIH o processo de capacitao dos tcnicos da Agncia, cuja finalidade foi o

    repasse de tecnologia e conhecimento para a ANTAQ.

    Os estudos pertinentes ao PNIH tiveram dois focos principais, a saber: a avaliao da

    demanda por transporte hidrovirio, nas principais hidrovias nacionais, a partir da qual foram

    obtidos valores previstos de movimentao de carga nas hidrovias e em terminais hidrovirios

    j existentes ou planejados; e a indicao de potenciais locais para novos terminais

    hidrovirios (macrolocalizao), de forma que se possa otimizar a integrao modal para

    horizontes estabelecidos. Esse segundo estudo, que a prpria Macrolocalizao de Terminais

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans 5

    Hidrovirios, um subproduto do primeiro estudo, cujos elementos sero detalhados nas

    prximas pginas e de forma pormenorizada nos relatrios tcnicos de cada bacia.

    Cabe salientar que o presente estudo foi originalmente desenvolvido para atender ao

    inciso III, artigo 27, da Lei n 10.233/2011, cujo texto reservava ANTAQ a apresentao do

    Plano Geral de Outorgas para Terminais Hidrovirios (PGOH). Contudo, com o advento da

    Medida Provisria n 595, de 6 de dezembro de 2012, houve revogao de tal dispositivo,

    passando-se para a Secretaria de Portos a incumbncia da apresentao dos Planos Gerais de

    Outorgas, conforme teor do art. 61 da referida Medida Provisria.

    Em funo disso, deu-se a este documento o ttulo de Estudo de Macrolocalizao de

    Terminais Hidrovirios no Brasil, sendo mantidas a metodologia, a forma, o contedo e as

    caractersticas fundamentais do estudo original. Por sua original destinao, este trabalho

    certamente trar elementos significativos para as futuras iniciativas da Secretaria de Portos

    com relao a elaborao do PGO.

    Destaca-se, pois, que o Termo de Cooperao 002/2010, estabelecido entre a ANTAQ e

    a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) atingiu plenamente seu propsito de propor

    ao pblico aquavirio um PGO Hidrovirio, capaz de prover o setor de elementos de deciso

    para a anlise de viabilidades no direcionamento de investimentos para a explorao de

    instalaes porturias em hidrovias brasileiras.

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    6 ANTAQ/UFSC/LabTrans

    3 METODOLOGIA PARA IDENTIFICAO DAS REAS PROPCIAS E

    SIMULAES

    Neste captulo descreve-se a metodologia utilizada na macrolocalizao das novas

    reas propcias para instalao de terminais hidrovirios e daqueles cuja avaliao de

    viabilidade consta no captulo 5.

    No contexto desse estudo, a macrolocalizao de reas propcias para terminais

    consiste na definio da melhor rea para implantao de instalaes aquavirias nas

    microrregies lindeiras s hidrovias em estudo que ainda no possuem acesso a esse modal.

    Inclui a identificao de uma faixa no entorno dessas hidrovias, apta implantao de

    terminais, considerando limitaes tais como reas de preservao e reservas indgenas, alm

    de um centroide que apresenta a melhor opo de integrao da hidrovia com os modais

    terrestres disponveis.

    Aps a identificao dessas reas, so estabelecidos os investimentos necessrios para

    implantao das instalaes aquavirias e seus custos operacionais. J no item 3.3, descreve-se

    a etapa de simulao e o processo iterativo que excluiu os terminais com baixa movimentao,

    bem como os cenrios de infraestrutura hidroviria considerados nesse estudo. Por fim, o item

    3.4 apresenta as premissas e os procedimentos para a anlise de viabilidade de terminais a ser

    realizada no captulo 5.

    3.1 Anlise espacial

    A anlise espacial visa avaliar as reas mais adequadas para a instalao de novos

    terminais hidrovirios. Inicialmente avaliam-se os trechos hidrovirios e as microrregies

    lindeiras aptas a receber esses novos terminais. So apresentadas as reas restritas, Unidades

    de Conservao e Reserva Indgena e, finalmente, as reas propcias para terminais de cada

    bacia.

    3.1.1 Trechos hidrovirios aptos a receberem novos terminais

    Para cada bacia so apresentados os trechos aptos a receberem novos terminais

    hidrovirios, com base em orientaes da ANTAQ.

    3.1.1.1 Bacia do So Francisco

    Rio So Francisco: desde Pirapora (MG) at Juazeiro (BA);

    Rio Grande: desde Barreiras (BA) at a foz no So Francisco; e

    Rio Corrente: desde Santa Maria da Vitria (BA) at a foz no So Francisco.

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans 7

    3.1.1.2 Bacia do Sul

    Rio Jacu: da cidade de Dona Francisca (RS) para a jusante e at a sua foz no Lago

    Guaba;

    Rio Taquari: da cidade de Muum (RS) at a sua foz no Rio Jacu;

    Rio Ca: da cidade de So Sebastio do Ca (RS) at a sua foz no Delta do Rio Jacu;

    Rio Sinos: da cidade de So Leopoldo (RS) at a sua foz no delta do Rio Jacu;

    Rio Gravata: da cidade de Gravata (RS) at a sua foz no delta do Rio Jacu;

    Lago do Guaba: do Delta do Rio Jacu para jusante at a sua confluncia com a

    Lagoa dos Patos;

    Lagoa dos Patos: da sua confluncia com o Lago Guaba para jusante e at a sua

    confluncia com o Oceano Atlntico;

    Lagoa Mirim: da foz do arroio So Miguel at a embocadura de montante do canal

    de So Gonalo;

    Canal de So Gonalo: do seu emboque de montante na Lagoa Mirim at a sua foz

    (ou emboque de jusante) na Lagoa dos Patos; e

    Canal de Acesso ao Terminal Santa Clara.

    3.1.1.3 Bacia do Tocantins-Araguaia

    Rio Tocantins: desde Peixe (TO) at a foz no Atlntico;

    Rio Araguaia: desde Aruan (GO) at a foz no Rio Tocantins; e

    Rio das Mortes: desde Nova Xavantina (MT) at a foz no Rio Araguaia.

    3.1.1.4 Bacia Amaznica

    Os trechos da Bacia Amaznica aptos a receberem novos terminais hidrovirios esto

    elencados a seguir, divididos pela hidrovia correspondente.

    Hidrovia Solimes-Amazonas

    Rio Solimes: desde Tabatinga (AM) at a confluncia com o Rio Negro;

    Rio Amazonas: da confluncia dos rios Negro e Solimes e at a sua foz no Oceano

    Atlntico;

    Rio Negro: da cidade de Cucu (AM) at a sua confluncia com o Rio Solimes;

    Rio Branco: da confluncia dos rios Uraricoera e Tacutu e at a sua foz no Rio

    Negro, formador do Rio Amazonas;

    Rio Jari: do sop da Cachoeira Santo Antnio sua foz no Rio Amazonas; e

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    8 ANTAQ/UFSC/LabTrans

    Rio Trombetas: do sop da Cachoeira Porteira, situada no municpio de Oriximin

    (PA), at a sua foz no Rio Amazonas.

    Hidrovia do Madeira

    Rio Madeira: da confluncia dos rios Beni (rio boliviano) e Mamor at a sua foz no

    Rio Amazonas.

    Hidrovia Teles Pires-Tapajs

    Rio Tapajs: da confluncia dos rios Juruena e Teles Pires at a sua foz no Rio

    Amazonas; e

    Rio Teles Pires: da foz do Rio Verde, seu afluente da margem esquerda, situada

    pouco a montante de 1142 de latitude Sul, at a sua confluncia com o Rio Juruena,

    formador do Rio Tapajs.

    3.1.1.5 Bacia do Paraguai

    Rio Paraguai: da foz do ribeiro Vermelho, seu afluente da margem direita, at a foz

    do Rio Apa, seu afluente da margem esquerda; e

    Rio Cuiab: da cidade de Rosrio do Oeste (MT) sua foz no Rio Paraguai.

    3.1.1.6 Bacia do Paran-Tiet

    Rio Paran: da confluncia dos rios Grande e Paranaba at a sua confluncia com o

    Rio Iguau;

    Rio Tiet: do lago da Represa Ponte Nova, que se situa pouco a montante da cidade

    de Biritiba-Mirim (SP), para jusante e at a sua foz no Rio Paran;

    Rio Piracicaba: da cidade de Paulnia (SP) at a sua foz na margem direita do Rio

    Tiet;

    Rio Paranaba: de 46 25 de longitude Oeste para jusante e at a sua confluncia

    com o Rio Grande;

    Rio Grande: do Lago da Barragem de Camargos, no Municpio de Madre de Deus de

    Minas (MG), at a sua confluncia com o Rio Paranaba; e

    Canal Pereira Barreto: entre o Rio So Jos dos Dourados e o Rio Tiet.

    3.1.2 Microrregies aptas a receberem novos terminais

    A partir das hidrovias definidas para o estudo, foi necessrio identificar quais so as

    microrregies lindeiras a elas. Para tanto, foi realizada uma anlise espacial a partir do

    cruzamento da geometria da camada de hidrovias e dos dados georreferenciados de

    microrregies, cuja fonte foi o IBGE. Como resultado dessa anlise, foram identificadas

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans 9

    microrregies lindeiras s hidrovias distribudas em 16 Unidades da Federao. Essas reas

    encontram-se relacionadas no Quadro 1.

    Quadro 1- Relao das microrregies lindeiras s hidrovias

    Fonte: LabTrans/UFSC

    Nome Estado Nome Estado

    Porto Velho RO Frutal MG

    Rio Negro AM Jales SP

    Japur AM Fernandpolis SP

    Alto Solimes AM So Jos do Rio Preto SP

    Juru AM Novo Horizonte SP

    Tef AM Andradina SP

    Coari AM Araatuba SP

    Manaus AM Birigui SP

    Itacoatiara AM Lins SP

    Parintins AM Bauru SP

    Madeira AM Ja SP

    Boa Vista RR Botucatu SP

    Nordeste de Roraima RR Araraquara SP

    Caracara RR Limeira SP

    Sudeste de Roraima RR Piracicaba SP

    bidos PA Campinas SP

    Santarm PA Dracena SP

    Almeirim PA Presidente Prudente SP

    Portel PA Tatu SP

    Furos de Breves PA Sorocaba SP

    Arari PA Paranava PR

    Belm PA Umuarama PR

    Salgado PA Toledo PR

    Cameta PA Foz do Igua PR

    Itaituba PA Restinga Seca RS

    Altamira PA Santa Cruz do Sul RS

    Tucuru PA Lajeado-Estrela RS

    Paragominas PA Cachoeira do Sul RS

    Marab PA Montenegro RS

    Redeno PA So Jernimo RS

    Conceio do Araguaia PA Porto Alegre RS

    Macap AP Osrio RS

    Mazago AP Camaqu RS

    Bico do Papagaio TO Pelotas RS

    Araguana TO Jaguaro RS

    Miracema doTocantins TO Litoral Lagunar RS

    Rio Formoso TO Baixo Pantanal MS

    Gurupi TO Paranaba MS

    Porto Nacional TO Trs Lagoas MS

    Jalapo TO Nova Andradina MS

    Dianpolis TO Iguatemi MS

    Imperatriz MA Alta Floresta MT

    Porto Franco MA Colder MT

    Petrolina PE Alto Teles Pires MT

    Barreiras BA Sinop MT

    Cotegipe BA Norte Araguaia MT

    Santa Maria da Vitria BA Canarana MT

    Juazeiro BA Mdio Araguaia MT

    Barra BA Rosrio Oeste MT

    Bom Jesus da Lapa BA Cuiab MT

    Guanambi BA Alto Pantanal MT

    Paracatu MG Tesouro MT

    Januria MG Alto Araguaia MT

    Janaba MG So Miguel do Araguaia GO

    Pirapora MG Rio Vermelho GO

    Montes Claros MG Aragaras GO

    Ituiutaba MG Sudoeste de Gois GO

    Uberlndia MG Meia Ponte GO

    Patrocnio MG Catalo GO

    Patos de Minas MG Quirinpolis GO

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    10 ANTAQ/UFSC/LabTrans

    O produto da anlise espacial pode ser observado na Figura 1.

    Figura 1 - Microrregies lindeiras s hidrovias

    Fonte: LabTrans/UFSC

    Para as microrregies definidas, foram identificados os seus centroides, que

    representam os pontos de maior concentrao populacional de cada uma das microrregies,

    ou seja, so as cidades de maior populao. Assim, foi utilizado o dado georreferenciado de

    cidades. A fonte foi o IBGE, o qual possui, em sua tabela de atributos, as informaes de

    populao necessrias para a identificao dos centroides. A Figura 2 mostra os centroides das

    microrregies lindeiras.

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans 11

    Figura 2 - Centroides das microrregies lindeiras

    Fonte: LabTrans/UFSC

    Para a anlise dos acessos rodovirios foi utilizado o dado geogrfico de rodovias

    disponibilizado pelo DNIT correspondente ao ano de 2007, atualizado com informaes

    obtidas junto a Departamentos de Estradas de Rodagem (DERs). J com relao aos acessos

    ferrovirios, a anlise foi realizada utilizando a base de dados da Agncia Nacional de

    Transportes Terrestres (ANTT).

    3.1.3 reas de conservao e reas indgenas

    Com relao ao critrio de anlise referente s unidades de conservao, utilizaram-se

    os dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

    Renovveis (IBAMA), os quais foram compilados pelos tcnicos do LabTrans.

    Sobre as unidades de conservao, cabe considerar que suas delimitaes foram

    institudas pela Lei Federal n 9.985, de 18 de julho de 2000, a qual instituiu o Sistema

    Nacional de Unidades de Conservao da Natureza (SNUC). No documento legal, uma unidade

    de conservao entendida como:

    [...] espao territorial e seus recursos ambientais, incluindo as guas jurisdicionais, com caractersticas naturais relevantes, legalmente institudo pelo Poder Pblico, com objetivos de conservao e limites definidos, sob regime especial de administrao, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteo.

    As unidades de conservao podem ser classificadas de acordo com o seu uso. Para o

    estudo, as unidades de conservao entendidas como proteo integral foram consideradas

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    12 ANTAQ/UFSC/LabTrans

    como reas inaptas a instalaes porturias, enquanto que aquelas de uso sustentvel,

    embora consideradas, no foram definidas necessariamente como reas inapropriadas, e

    puderam ser definidas como propcias na falta de outras opes com acessos e prximas ao

    centroide.

    Esse critrio foi adotado pela equipe do LabTrans em acordo com tcnicos da ANTAQ,

    e partiu das premissas do SNUC que definem proteo integral como a manuteno dos

    ecossistemas livres de alteraes causadas por interferncia humana, admitido apenas o uso

    indireto dos seus atributos naturais, e uso sustentvel como

    (...) explorao do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renovveis e dos processos ecolgicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecolgicos, de forma socialmente justa e economicamente vivel.

    A Figura 3 apresenta uma viso geral de todas as unidades de conservao no

    territrio brasileiro atribudas pelo IBAMA.

    Figura 3 - Unidades de conservao brasileiras

    LabTrans/UFSC

    Para as reas de terras indgenas foram utilizados dados georreferenciados

    disponibilizados pela Fundao Nacional do ndio (FUNAI). Esses dados esto representados

    em polgonos que abarcam todos os tipos de usos de acordo com a classificao da Lei do ndio

    (Lei Federal n 6.001, de 19 de Dezembro de 1973), que considera: terras ocupadas; reas

    reservadas; e terras de domnio indgena. A Figura 4 apresenta a localizao das terras

    indgenas no Brasil.

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans 13

    Figura 4 - Terras indgenas do Brasil

    LabTrans/UFSC

    3.1.4 reas propcias de terminais identificadas

    Previamente, analisou-se a existncia de instalaes porturias nas microrregies

    lindeiras s hidrovias do PNIH. Tambm se verificou a existncia de instalaes porturias

    planejadas para essas microrregies, as quais j constam na base de dados do SIGTAQ e esto

    disponveis para simulao.

    Dessa forma, as microrregies no contempladas com instalaes porturias tiveram

    reas indicadas para o estudo. Entretanto, algumas excees foram concedidas para:

    microrregies com mais de uma hidrovia, podendo ter uma rea indicada para cada hidrovia;

    microrregies onde se iniciam hidrovias, as quais puderam receber reas indicadas em

    extremos hidrovirios; ou ainda, microrregies que possuem vasta extenso territorial e

    abrigam longo trecho hidrovirio, que as tornaram aptas a receberem mais de uma instalao

    porturia dentro de seus limites.

    Por outro lado, algumas microrregies sem terminais existentes no tiveram reas

    indicadas, pois foram apontadas outras reas em microrregies limtrofes capazes de atender

    tambm a essas microrregies.

    A Figura 5 mostra as microrregies lindeiras e os portos e terminais porturios j

    existentes nas hidrovias.

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    14 ANTAQ/UFSC/LabTrans

    Figura 5 - Instalaes Porturias localizadas em microrregies lindeiras

    Fonte: LabTrans

    Considerando as condies descritas, partiu-se para a identificao das reas mais

    indicadas para instalaes porturias. Para ilustrar a metodologia adotada, apresentam-se

    algumas situaes prticas como exemplo: a microrregio de Jalapo, no Tocantins (Figura 6) e

    a de Januria, em Minas Gerais (Figura 7).

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans 15

    Figura 6 - rea indicada para a microrregio de Jalapo - TO

    Fonte: LabTrans/UFSC

    Observa-se que na microrregio de Jalapo no existe acesso ferrovirio e no h

    restries quanto a terras indgenas ou unidades de conservao s margens da hidrovia.

    Assim, bastou identificar a rea lindeira hidrovia com acesso rodovirio mais prxima do

    centroide (municpio de Goiantins). Como resultado, foi obtida a rea propcia no municpio de

    Barra do Ouro.

    Na microrregio de Januria, em Minas Gerais, houve unidades de conservao e

    terras indgenas dentro desta, o que limitou as possibilidades de reas a serem indicadas,

    conforme a Figura 7.

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    16 ANTAQ/UFSC/LabTrans

    Figura 7 - reas indicadas para a microrregio de Januria - MG

    Fonte: LabTrans/UFSC

    Observa-se, ainda, que a microrregio de Januria possui extenso trecho da Hidrovia

    do Rio So Francisco em seu territrio. Dessa forma, foi indicada uma segunda rea propcia no

    municpio de So Francisco, visto ser este o segundo mais populoso da microrregio.

    Norteando-se pelos pressupostos apresentados, e conforme ilustrados nos casos das

    microrregies de Jalapo e Januria, foram indicadas o restante das reas propcias para

    instalaes porturias, buscando, assim, atender todas as microrregies lindeiras s hidrovias

    relacionadas para o PNIH e complementar as instalaes porturias existentes e planejadas

    (Figura 8).

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans 17

    Figura 8 - reas indicadas para instalaes porturias

    Fonte: LabTrans/UFSC

    As reas propcias para novos terminais porturios de cada hidrovia esto listadas no

    item 3.1.5 a seguir. Considera-se que os novos terminais entram em operao nos mesmos

    horizontes em que seus respectivos trechos de hidrovia tornam-se operacionais.

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    18 ANTAQ/UFSC/LabTrans

    3.1.5 reas indicadas em cada bacia

    De acordo com os procedimentos descritos nos itens anteriores, para cada bacia foram

    determinadas as reas propcias para instalao de novos terminais hidrovirios, apresentadas

    no Quadro 2.

    Quadro 2 - reas propcias para terminais (continuao)

    Bacia

    HidrogrficaNome Rio Microrregio

    rea propcia de Barra Rio So Francisco Barra

    rea propcia de Barreiras Rio Grande Barreiras

    rea propcia de Malhada Rio So Francisco Guanambi

    rea propcia de Riacho das Neves Rio Grande Barreiras

    rea propcia de Santa Maria da Vitria Rio Corrente Santa Maria da Vitoria

    rea propcia de Serra do Ramalho Rio So Francisco Bom Jesus da Lapa

    rea propcia de Sento S Rio So Francisco Juazeiro

    rea propcia de Xique-Xique Rio So Francisco Barra

    rea propcia de Jaba Rio So Francisco Janauba

    rea propcia de Januria Rio So Francisco Januaria

    rea propcia de So Francisco Rio So Francisco Januaria

    rea propcia de Uba Rio So Francisco Montes Claros

    rea propcia de Arambar Lagoa dos Patos Camaqu

    rea propcia de Dona Francisca Rio Jacu Restinga Seca

    rea propcia de Gravata Rio Gravata Porto Alegre

    rea propcia de Montenegro Rio Ca Montenegro

    rea propcia de Muum Rio Taquari Lajeado-Estrela

    rea propcia de Palmares do Sul Lagoa dos Patos Osrio

    rea propcia de Restinga Seca Rio Jacu Restinga Seca

    rea propcia de So Leopoldo Rio dos Sinos Porto Alegre

    rea propcia de So Sebastio do Ca Rio Ca Montenegro

    rea propcia para Nova Nazar Rio das Mortes Canarana

    rea propcia para Nova Xavantina Rio das Mortes Nova Xavantina

    rea propcia para Aguiarnpolis Rio Tocantins Porto Franco

    rea propcia para Barra do Ouro Rio Tocantins Jalapo

    rea propcia para Itaba Rio Tocantins Porto Nacional

    rea propcia para Miracema do Tocantins Rio Tocantins Miracema do Tocantins

    rea propcia para Baio Rio Tocantins Camera

    rea propcia para Peixe Rio Tocantins Gurupi

    rea propcia de Jacareanga Rio Tapajs Itaitba

    rea propcia de Boa Vista Rio Branco Boa Vista / Nordeste de Roraima

    rea propcia de Rorainpolis Rio Branco Sudeste de Roraima / Caracarai

    rea propcia de Colder Rio Teles Pires Colder / Alta Floresta

    rea propcia de Ipiranga do Norte Rio Teles Pires Alto Teles Pires / Sinop

    rea propcia de Paranata Rio Teles Pires Alta Floresta

    rea propcia de Cucu Rio Negro Rio Negro

    So Francisco

    Sul

    Amaznica

    Tocantins -

    Araguaia

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans 19

    Quadro 2- reas propcias para terminais (continuao)

    Fonte: LabTrans/UFSC

    Na etapa de simulao, atravs de um processo iterativo, foram selecionadas para

    integrar a malha de transportes apenas as reas propcias de terminais com movimentao

    significativa. As reas propcias em que isso ocorreu nos anos relativos a esse estudo (2015 e

    2020) foram, ento, avaliadas quanto viabilidade econmica no captulo 5.

    3.2 Estimativa de investimentos e custos operacionais de cada projeto

    Nesta seo sero abordados os aspectos metodolgicos referentes aos seguintes

    itens: investimentos em terminais hidrovirios; implantao de terminais hidrovirios; e

    levantamento de custos operacionais.

    Bacia

    HidrogrficaNome Rio Microrregio

    rea propcia de Cuiab Rio Cuiab Cuiab

    rea propcia de Rosrio Oeste Rio Cuiab Rosrio Oeste

    rea propcia de Pereira Barreto Canal de Pereira Barreto Andradina

    rea propcia de Rubinia Rio Grande Jales

    rea propcia de Bataypor Rio Paran Nova Andradina

    rea propcia de Guara Rio Paran Guara

    rea propcia de Querncia do Norte Rio Paran Paranava

    rea propcia de Cachoeira Dourada Rio Paranaba Ituiutaba

    rea propcia de Carmo do Paranaba Rio Paranaba Patos de Minas

    rea propcia de Coromandel Rio Paranaba Patrocnio

    rea propcia de Cumari Rio Paranaba Catalo

    rea propcia de Itumbiara Rio Paranaba Itumbiara

    rea propcia de Lagamar Rio Paranaba Paracatu

    rea propcia de Paranaba Rio Paranaba Paranaiba

    rea propcia de Patos de Minas Rio Paranaba Patos de Minas

    rea propcia de Rosana Rio Paranapanema Rosana

    rea propcia de Limeira Rio Piracicaba Limeira

    rea propcia de Paulnia Rio Piracicaba Campinas

    rea propcia de Piracicaba Rio Piracicaba Piracicaba

    rea propcia de Ilha Solteira Rio So Jos dos Dourados Andradina

    rea propcia de Buritama Rio Tiet Birigui

    rea propcia de Ibitinga Rio Tiet Araraquara

    rea propcia de Laranjal Paulista Rio Tiet Tatu

    rea propcia de Novo Horizonte Rio Tiet Novo Horizonte

    rea propcia de Porto Feliz Rio Tiet Sorocaba

    rea propcia de Sabino Rio Tiet Lins

    rea propcia de Salto Rio Tiet Sorocaba

    rea propcia de Tiet Rio Tiet Piracicaba

    rea propcia de Ubarana Rio Tiet Sao Jos do Rio Preto

    Paran-

    Tiet

    Paraguai

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    20 ANTAQ/UFSC/LabTrans

    3.2.1 Investimentos em terminais hidrovirios

    As hidrovias so um componente de grande importncia dentro do projeto de

    descentralizao da matriz brasileira de transportes de cargas e contam com vrias iniciativas

    que visam o desenvolvimento econmico-sustentvel, como o PNLT e o PAC. Entretanto,

    atualmente, o transporte de cargas dominado pelo modal rodovirio, como ilustra a Figura 9.

    Figura 9 - Representatividade dos modais no transporte de cargas brasileiro

    Fonte: CNT (2011)

    Como pde ser observado, o modal rodovirio responde por mais de 60% da

    movimentao de cargas no Brasil, ao passo que o modal ferrovirio e o hidrovirio

    representam 20% e 13% da movimentao, respectivamente.

    Essa configurao da matriz de transportes brasileira tem se mostrado inadequada

    principalmente no que se refere s grandes distncias e quantidades transportadas, aspecto

    em que a multimodalidade poderia contribuir no sentido de reduzir custos e aumentar a

    competitividade dos produtos brasileiros.

    Nesse contexto, as hidrovias podem desempenhar um papel fundamental se realizados

    os investimentos necessrios para operacionalizar o escoamento de cargas em importantes

    corredores de transportes que contam com vias navegveis.

    Os investimentos apontados pelo PNLT como fundamentais e priorizados pelo PAC no

    que se refere infraestrutura de transportes brasileira tm o intuito de equilibrar a

    participao dos diferentes modais no transporte de cargas e assim reduzir os altos custos

    logsticos atualmente observados. A Figura 10 apresenta a meta projetada tanto pelo PNLT

    quanto pelo PAC para a distribuio da matriz de transportes de cargas brasileira no ano de

    2025.

    61,10%

    20,70%

    13,60% 4,20%

    0,40%

    Rodovirio Ferrovirio Aquavirio Dutovirio Areo

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans 21

    Figura 10 - Meta da composio da matriz de transporte de cargas brasileira em 2025 Fonte: Ministrio dos Transportes (2010)

    Na configurao da matriz de transporte brasileira esperada para 2025, observa-se que

    a participao do modal hidrovirio dever se elevar dos atuais 13% para quase 30% tendo em

    vista os investimentos previstos para tornar esse modal mais atrativo.

    Esses investimentos, cujo valor estimado pelo PNLT gira em torno de R$ 15 bilhes,

    envolvem vrios aspectos do modal hidrovirio para que o transporte de cargas possa ser

    operacionalizado. Est prevista uma estruturao de corredores hidrovirios que envolve a

    execuo de dragagens, derrocamento, sinalizao e balizamento, bem como a construo de

    eclusas e terminais de apoio e transbordo (BRASIL, 2010).

    Alm de seu papel fundamental para o equilbrio da matriz de transporte brasileira, o

    modal hidrovirio mostra-se competitivo e vantajoso principalmente sob os aspectos

    socioeconmico e ambiental, o que justifica os investimentos previstos.

    No que se refere ao aspecto econmico, os investimentos em hidrovias e

    infraestrutura de apoio podem ser justificados pelo seguinte:

    Elevado potencial de produo agrcola: o Brasil possui enorme potencial de

    produo de gros no interior de seu continente, que conectado com a frota

    ocenica, alm de apresentar aumento progressivo da produo de lcool e

    programas alternativos para a questo energtica, como os biocombustveis.

    Cenrio futuro altamente favorvel no mercado global: os trs pases em

    desenvolvimento que esto despontando na produo de gros so a China, a

    ndia e o Brasil. Porm, h um cenrio desfavorvel para China e ndia, que tero

    problemas para manter suas produes devido escassez de recursos hdricos, de

    modo que possvel para o Brasil assumir a liderana em condies privilegiadas.

    30%

    35%

    29%

    5%

    1%

    Rodovirio Ferrovirio Hidrovirio Dutovirio Areo

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    22 ANTAQ/UFSC/LabTrans

    Santana e Tachibana (2004) pontuam que o modal hidrovirio tem competitividade

    mpar quando se trata de transportar grandes volumes de carga (superiores a 500.000

    toneladas por ano) em grandes distncias (superiores a 500 quilmetros), principalmente

    gros e combustveis. Alm disso, com poucas intervenes e investimentos, dezenas de

    milhares de quilmetros de malha viria ficariam disponveis para navegao durante todo o

    ano. Outra vantagem que o modal hidrovirio carrega a racionalizao da potncia dos

    motores, uma vez que com 1 horsepower de potncia pode-se movimentar 5 toneladas por

    hidrovia, enquanto que por ferrovia a quantidade se reduz para 0,5 a 1 tonelada, sendo menor

    ainda no transporte por rodovia, que suporta apenas 0,15 a 0,20 toneladas com essa mesma

    potncia.

    Alm das questes levantadas anteriormente, o modal hidrovirio tambm

    altamente favorvel quando considerado o aspecto ambiental, uma vez que: emite menos

    poluentes, seu nvel de rudo inferior aos demais modais, contamina com menos intensidade

    o stio ocupado e apresenta menores ndices de acidentes fatais. Dentro desse contexto,

    destaca-se a importncia do papel dos terminais hidrovirios, que representam o elo entre a

    hidrovia e os demais modais, auxiliando a compor, assim, um sistema logstico multimodal que

    reduz os custos de transporte (SANTANA; TACHIBANA, 2004).

    3.2.2 Implantao de terminais hidrovirios

    A implantao de sistemas de transporte hidrovirio interior abrange principalmente

    as seguintes atividades:

    Instalao e uso do canteiro de obras;

    Realizao de obras e servios para a criao e/ou melhoramento das condies de

    navegabilidade da via;

    Construo de portos e terminais hidrovirios.

    nesse ltimo ponto que se concentra a abordagem da presente seo, mais

    especificamente nos terminais hidrovirios, cuja principal finalidade consiste no transbordo

    das cargas dos modais terrestres para a hidrovia. De acordo com Andrade (2002), para que os

    terminais desempenhem essa funo necessrio que disponham de uma infraestrutura

    bsica composta por:

    Canal de acesso das embarcaes;

    rea de estacionamento das embarcaes;

    Estrutura de acostagem;

    Equipamentos de carga e descarga;

    rea de armazenagem e depsito;

    Ptio de carregamento (trens e caminhes);

    Ptio de manobra de veculos;

    Acessos terrestres; e

  • Estudo de Macrolocalizao de Terminais Hidrovirios no Brasil

    ANTAQ/UFSC/LabTrans 23

    Local de abastecimento das embarcaes.

    A definio do arranjo do terminal depende de vrios fatores, o que tambm influencia

    o montante investido. Nesse sentido, o arranjo fsico do terminal dev